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SEMINÁRIO FILOSÓFICO SÃO FRANCISCO XAVIER

Disciplina: Leituras Espirituais


Formador: Diácono Hemerson Jean Cardoso dos Santos
Seminarista: Carlos Daniel Arendt
Data: 27/09/2022

FICHAMENTO 06

Referência Bibliográfica: POWELL, John. O segredo do amor eterno. Ed. 6.


Belo Horizonte: Crescer, 1993.

1. A CONDIÇÃO HUMANA, NECESSIDADES, OPÇÕES, VÍCIOS


Em todo coração humano deveria haver uma celebração da vida e do
amor. É óbvio que não existem pessoas que não tenho algum problema.
Poucos de nós se aproximam de uma realização completa de seu potencial. Os
dois primeiros anos de vida são os mais importantes para o nosso
desenvolvimento humano.
As exigências que mais comumente são tidas pelos pais aos filhos são:
“[...] submissão, cooperação, conformismo, ser como alguma outra pessoa,
trabalhar muito, não causar problemas, honrar o nome da família dar motivos
de orgulho aos pais, etc.”. p. 21. Fracassar significa que você não alcançou
essas exigências, não pagou o preço exigido para a admissão ao amor,
levando ao sentimento de autodepreciação – o começo de uma vida triste e
autodestrutiva. Quando a criança não recebe a confirmação de seu
merecimento e valor, começa a agir e reagir de tal modo que passam a criar
estratégias para evitar mais sofrimento.
“1) O amor reconhece e reassegura o valor único e incondicional do ser
amado. 2) O amor reconhece e tenta atender as necessidades do ser amado.
3) O amor perdoa e esquece as faltas do ser amado”. P. 28.
2. AS NECESSIDADES HUMANAS E A EXPERIÊNCIA DO AMOR
Amor não é sentimento, é compromisso, decisão. Amor verdadeiro é
incondicional, é para sempre. Amor envolve decisões. Amor é valorizar a
pessoa, não é posse.
Quando a valorização e a celebração do eu estiverem presentes na
vida do ser humano, haverá paz e alegria em quantidade; quando, porém,
estiver ausente, tentativas tristes de fuga para opções e vícios serão a
alternativa primeira para se evitar o sofrimento.
Distorções do Amor
A relação entre homem e mulher deveria ser libertadora, o que não é
fácil de se alcançar. Três distorções podem acontecer: a conquista física; a
conquista psicológica; e a imagem projetada. A única realidade digna de ser
chamada amor é quando duas solidões que se protegem, se tocam e se
acolhem, os dois deixam cair a imagem projetada para encontrar a realidade
mais bela da pessoa. P. 64-66.
3. AMOR E COMUNICAÇÃO
O amor acontece no ato de compartilhar e comunicar. São vitais, pois
ali se tratam dos segredos do amor, se confiam coisas que somente ao amado
se deve confiar. Num único sim, estão contidos outros sim menores. P. 69.
O que geralmente acontece é a substituição destas ações pela
discussão. O diálogo compartilha emoções e sentimentos. A discussão
compartilha ideias, valores, planos e decisões. P. 74.
4. SOBRE AS EMOÇÕES
Ninguém pode causar ou ser responsável pelas minhas emoções, pode
apenas estimular, mas não causar. Pergunta-se, por que ele estimulou tal
sentimento em mim? Há algo latente em nós que explique as reações
emocionais, o que não significa ser uma questão ruim ou lamentável.
“Precisamos aprender a não responsabilizar os outros por essas
reações, preferindo recriminá-los ao invés de aprender algo sobre nós
mesmos”. P. 99. Nenhum de nós revela aos outros e nem a nós mesmos todos
os sentimentos, escondemos a maior parte deles por um mecanismo chamado
repressão. Reprimimos inteiramente no subconsciente. Há três motivos para tal
repressão:
Autoaceitação é a chave, estima, valorização e celebração. “Devemos
acolher em nós e nos outros esse processo com todos os sentimentos que dele
fazem parte. Cada emoção está nos dizendo alguma coisa, levando-nos a
algum lugar”. P. 108.
5. DIÁLOGO: O PÃO NOSSO DE CADA DIA
Um diálogo verdadeiro é num tom de colaboração e não de
competição. As emoções precisam ser ventiladas, colocadas para fora, porém,
o outro não deve se tornar um depósito ou toalha para enxugar as lágrimas,
mas um movimento recíproco. Um diálogo verdadeiro é a comunicação
Ao invés de ter um lugar escondido, particular, temos é que ter um
grande amigo confidente, que nos conheça por inteiro (alguém único que
levamos para a vida inteira), e alguns outros amigos que nos conheçam bem.
P. 130. O amor se efetiva ao passo de que um se entregue ao outro, quando se
manifesta o “eu te amo”.
Os julgamentos de si e do outro devem ser evitados. Julgar sempre
coloca um dos dois em situação de superioridade, o que declara a morte do
diálogo. P. 133.
A questão mais delicada no diálogo são as emoções negativas. Há um
perigo muito grande quando exponho meus ressentimentos, raiva, amargura e
hostilidade, quando não expressos da forma correta.
É mais fácil esquecer-se daqueles com quem rimos, do que daqueles
com quem choramos. Cf. p. 146. Crises são sempre convites ao crescimento, e
os que aceitarem tais convites com coragem, encontrarão ali uma nova e
estimulante dimensão na relação de amor.
Uma pergunta é capaz de curar o sofrimento e a tristeza numa relação:
me perdoa? Ao dizer isto, não se está assumindo toda a culpa, nem se julga
quem está certo ou errado, simplesmente se está pedindo que o aceite de volta
no seu amor, do qual fora afastado. P. 147.

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