Monografia

Tema: Relacionamentos

1. Deus de relacionamentos

Existem pessoas que buscam a relação com Deus por medo, por
religiosidade, para atender a compromissos e não em uma comunhão espiritual
com Deus.
Durante a sua passagem terrena, Jesus sempre condenou a hipocrisia,
a religiosidade.
Jesus sempre alertou para que as pessoas buscassem seguir o 1° e
maior mandamento:

“Amar ao Senhor, Seu Deus, de todo o coração, de toda a sua alma e de

todo o seu entendimento”.

De todo o seu coração e de toda a sua alma quer dizer entrar no

“Santo dos Santos”, é acessar um nível de relação com Deus em que é latente
a presença do Espírito Santo ao seu lado, em que você consegue se derramar,
se conectar com o Pai. E o mais incrível e maravilhoso de tudo isso é que ELE
é recíproco, ELE responde e corresponde.
Ainda em relação a nossa relação com Deus, Jesus combatendo a
hipocrisia e religiosidade dos sacerdotes judeus dizia:

“Vocês estudam cuidadosamente as escrituras, porque pensam que

nelas tem a vida eterna. E são as Escrituras que testemunham a meu respeito ;
contudo, vocês não querem vir a mim para terem vida.”

Podemos ver aqui na passagem a indignação de Jesus em relação ao

comportamento frio, distante, do povo em relação aos necessitados. A
passagem da parábola do Bom Samaritano apresentada por Jesus veio para
mostrar que o verdadeiro seguidor de Jesus é aquele que ama ao próximo e
não aquele que cumpre formalidades.

2. Alma próspera

Nessa condição de buscar um relacionamento sincero e intenso com

Deus, devemos ter em mente que Deus como um pai que quer o melhor para
os seus filhos, nos quer prósperos, sejamos abençoados, que cresçamos e
multipliquemos, que sejamos frutíferos. A história do povo hebreu reflete isto,
onde Abraão foi próspero, a ponto de não poder viver na mesma região de seu
sobrinho Ló, dado o rebanho e empregados que cada um tinha. Assim também
foi com José, que prosperou e se tornou uma figura importante, mesmo em
terra estrangeira.
Reconhecer que nossa alma é próspera, permite que exercitemos o dom
da cura, da proteção e da prosperidade no meio de nosso povo. Muitas vezes
não exercemos e não permitimos o acesso a dons espirituais por conta de um
coração endurecido e incrédulo.
 Em várias passagens de cura realizada por Jesus o texto cita: “se
apenas crerdes ...” o que significa que devemos ter em mente a necessidade
de exercitar a nossa fé.

3. Trindade relacional

Assim como devemos compreender que o nosso relacionamento com o

sagrado se dá numa dimensão trina, já que Deus é Pai, também é Filho e é o
Espírito Santo, e que ao acessar 1, acessamos os 3, não havendo uma
hierarquia de importância, sendo todos um, precisamos compreender também
que nossas necessidades são trinas, ou seja, temos necessidades e
consequentemente fraquezas (ou vulnerabilidades) em três áreas da nossa
existência: nosso corpo, nossa alma e nosso espírito.
A Bíblia nos fala que nosso corpo é “templo do Espírito Santo” e que
portanto, é onde hospedamos nossa alma e nosso espírito.
A nossa alma é onde se guarda e manifestam nossas emoções, nossos
sentimentos, nossa crença. É onde se passa a batalha da mente.
O nosso espírito é o canal de acesso ao Pai, é por onde nos
conectamos ao Espírito Santo. É onde exercemos a nossa fé, a nossa
adoração, depositamos as nossas esperanças e por onde o Espírito Santo se
revela a nós.

4. O perdão

Quando falamos de relacionamento, nos deparamos também com a falta

dele, com a ruptura de uma relação, por conta de desavenças, por conta de
uma situação de intriga, de mentira, de falta de caráter, de violência física,
emocional ou psicológica. Enfim, relacionamentos são afetados por erros ou
falhas cometidos por pessoas.
A chave que acessa a cura nesta área e reestabelece os vínculos, que
traz a cura para a ferida emocional é o perdão. O perdão é curador, é
restaurador.
Mas se é tão simples assim, por que pessoas carregam raízes de
amargura por anos a fio? A resposta está no fato que o perdão exige uma
quebra de postura, a saída de uma situação defensiva e se dispor a colocar o
coração contrito e voltado ao Senhor. Somente quem tem o Espírito Santo de
Deus preenchendo o seu coração é capaz de liberar perdão ao próximo ou se
encher de coragem e ir pedir perdão.
A falta de perdão nos mantém amarrados ao passado, não evoluímos,
não crescemos.
A falta de perdão torna ambas as pessoas presas. Não apenas aquela
que não pediu perdão, mas também aquela que não teve a atitude de liberar
perdão.
O perdão nos faz experimentar uma nova vida, um novo relacionamento
com o próximo, bem como a cura da alma para problemas emocionais que nem
nos damos conta que carregamos: o medo, a angústia, a depressão, a
dependência emocional, a rejeição, o complexo de inferioridade, a insegurança,
a baixa autoestima, a culpa.
 5. Comunicação e Limites
Uma das maiores batalhas que travamos é com nossa mente. Quando
estamos fracos espiritualmente, nos permitimos achar que não somos dignos,
que não somos capazes, que não temos direito à herança e às bençãos que o
Senhor tem para nós.
Deixamos que o medo nos governe, e quando nos expressamos somos
tomados de um sentimento negativista, que invade o nosso coração.
Toda a carga negativa que carregamos no coração são despejados,
quer de forma voluntária ou involuntária e acabamos ferindo pessoas a nossa
volta. A Palavra diz que “a boca fala do que o coração está cheio”.
Nossa comunicação fica abalada e por vezes usamos de um artifício que
desagrada a Deus pois é uma oferta agradável ao inimigo: a mentira. Por não
termos coragem de nos confrontar com a verdade, deixamos que a mentira
seja a maior ferramenta usada em nossa comunicação.
Se não nos expressamos de forma verdadeira, o próximo não nos
conhece e nós também não conseguimos acessar a plenitude do irmão, e
acabamos por compreender o outro de forma equivocada.

6. 5 linguagens do amor

Para que o processo de comunicação seja estabelecido de forma

verdadeira e sadia, devemos conhecer o processo de linguagem, através do
amor.
O amor, maior mandamento apresentado e requerido por Deus, primeiro
amando-O sobre todas as coisas e em seguida, exercendo sobre o próximo, é
a chave para a cura, a libertação e a nossa salvação.
As 5 linguagens do amor são:
 As palavras de afirmação: palavras de bendição, palavras
positivas, que restauram a confiança, o pertencimento, o sentir-se
digno e amado;
 Os presentes: não significa dar coisas caras, valiosas, mas sim o
fato do importar-se, do lembrar-se do próximo, do reconhecimento
do valor que todos nós temos;
 Atos de serviço: se colocar na condição de servo, de humildade.
Jesus, por meio do lava-pés mostrou como é bom ser servido.
Como aquele ato quebrantou o coração dos irmãos;
 Tempo de qualidade: talvez uma das coisas que a modernidade
e a condição atual da nossa sociedade mais tenha usurpado
tenha sido o tempo. Como ele atualmente parece ser escasso,
algo em extinção. Reclamamos o tempo todo que não temos
tempo para nada. O tempo de qualidade é demonstrar o zelo, o
carinho, é estender o braço, o ombro e mais importante, o ouvido
para aquele que quer se fazer ouvir. É um comportamento para
valorizar a vida do próximo.
 Toque/afeto: expressão de carinho, de proximidade, de se
importar com o outro. Muitas vezes o que uma pessoa aflita, com
problemas, quer e precisa é de um abraço, de uma demonstração
de carinho. Como é poderosa a força de um abraço! Um toque,
um afeto, um carinho pode representar um “eu te amo!”, “eu gosto
de você!”.