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Resumo do livro O Lugar Mais Seguro Da Terra.

Orelha do livro:

“A maioria de nós supõe que, tendo decidido seguir a jesus como nosso Senhor e Salvador,
passa a fazer parte de uma comunidade espiritual de amigos afins, uma família de irmãos e
irmãs, desfrutando o companheirismo uns dos outros no nosso caminho rumo glória. Na
maioria dos casos nos decepcionamos.”

Larry Crabb aborda diretamente esse fracasso universal da igreja e nos conduz a uma visão
nova e profunda daquilo que ela poder ser e do proposito para o qual foi verdadeiramente
criada. Ao contrário do que se imagina, a igreja não é um lugar para que as pessoas exibam
sua bondade e ocultem seus fracassos temerosos da censura. Em vez disso, deve ser um
lufar aberto, que trate de nossas fraquezas com misericórdia e benevolência. Deve ser “o lugar
mais seguro da terra”, um lugar de verdadeira comunhão espiritual. É na igreja que as
pessoas:
 Compreendem que a aflição é o caminho para o relacionamento mais profundo
com Deus e com os outros.
 Conectam-se de modo a intensificar a paixão por Deus em detrimento das
demais paixões.
 Acreditam que as amizades espirituais são o melhor balsamo para as feridas
da alma.
 Alcançam aquele lugar sagrado de vulnerabilidade onde a vida é transformada
para sempre.
A igreja não é um lugar onde as pessoas alcançam certo nível de perfeição, mas onde
caminham em direção a Deus.

Prefácio.
Por que a comunidade espiritual – a igreja – é para tantas pessoas um dos maiores problemas
espirituais? A pergunta não é discriminatória: pessoas variadas e pastores nos púlpitos,
crentes antigos e novos, não convertidos. Em todas as denominações. As vezes com raiva,
debochado cinismo, desespero. Como é de se esperar, não faltam respostas numa economia
espiritual fundada na lei da oferta e da procura.

Neste livro não há resposta, e sim uma conversa descontraída e longa sobre a natureza
pessoal e interpessoal concentrada na revelação trinitária dessa vida em Jesus. Mergulhar na
centralidade da igreja, até que Cristo ser formado em nós. Gl. 4.19; Ef. 4.13. Não podemos
fazer isso sozinhos; O individualismo não é alternativa. Larry Crabb insiste em abranger as
dificuldades encontradas na comunidade espiritual: não há intimidades instantâneas nessa
questão; não existem atalhos; não há como evitar a confusão e a decepção. Estaremos nos
preparando para uma longa caminhada de perigosos riscos, acompanhados de pessoas aflitas
que também se apressam ou fraquejam atrás de dele.

O livro apresenta um contraste bem vindo com o urgente espirito dominante e empreendedor
dessa era que transforma comunidade num produto. Explorando as comunidades menos
favorecidas. Nossa necessidade de comunhão e nossa insatisfação com a comunidade em que
estamos inseridos. Como algo que nasce como criação do Espírito Santo pode tantas vezes (e
com tamanho lucro!) ser vendido como técnica ou produto?

A formação de uma comunidade é a obra intrincada, paciente e dolorosa do Espírito Santo.


Não podemos comprar nem fazer uma comunidade; só podemos nos oferecer como parte de
uma comunidade. Vamos nos remeter às reais condições em que se desenvolvem as
verdadeiras comunidades espirituais, o lugar mais seguro da terra oferece instrução sabedoria
e esperança para recuperar os lugares que nos foram concedidos e as pessoas que lá
encontramos, prontos para sermos transformados pela Palavra e pelo Espírito de Deus numa
comunidade espiritual.

EUGENE H. PETERSON
Professor emérito de teologia Espiritual
Regent College
INTRODUÇÃO

Em uma cidade qualquer o escritor vê uma cena incrível: em uma sala ampla cadeiras
enfileiradas arrumadas de forma que não tocavam umas nas outras, com homens e mulheres
sentados, eram aposentados que fitavam a rua como se fossem mortos vivos. Olhos fitos e
nenhuma palavra, ou qualquer coisa que expressassem que eram pessoas criadas por um
Deus relacional para desfrutar de relacionamentos próximos. Pessoas entorpecidas dormentes
por anos de relacionamentos sem vida e conversas inúteis. Essas conversas podem ter sido
importantes um dia. Negócios, encontros românticos, broncas nos filhos, cultos religiosos, sem
contudo, houvesse tocado algo profundo bastante para estimular a vida. Todos trabalharam o
bastante para desfrutar de uma aposentadoria, e agora eles conseguiram. Mas olha só para
eles! Todo o seu objetivo deu nisso. Senhor nos livre desse terrível destino!

O que o Espírito Santo sente quando ele caminha por entre um grupo de cristãos. Há,
logicamente, algumas diferenças. Por vezes estamos conversando, cantando, estudando a
Bíblia, conversando coisas sérias, planejando retiros de fim de semana. As vezes papos
animados, corriqueiros, sobre esportes e boatos maliciosos.

Todos os domingos na igreja, ora em pé, ora sentados, ora cantando, dependendo das ordens
que recebemos. Alguns levantam as mãos, ficamos sentados enquanto alguém nos fala. A
certa altura, levamos a mão a carteira e depositamos uma mistura de verde e prata numa
grande cesta revestida e veludo para evitar que a prata tilinte.

Será que o Espirito que vive em relacionamento constante com o Pai e o Filho, nos vê como
aqueles aposentados sem vida circulante entre nós? Será que é assim que realmente nos
mostramos?

Nas reuniões dos grupos todos fazem o que os manuais mandam. Contam histórias pessoais,
fazem juntos pedidos em orações, discutem coisas interessantes, refletem sobre o texto bíblico,
adoram juntos, às vezes até choram. Será que falta alguma coisa?

Será que nos nossos relacionamentos, nós não guardamos nossa alma para nós mesmos,
jamais nos reunimos de fato, sem dar nem receber aquilo que mais queremos?

(Será que o termo reunião está correto? Encontro pode mudar uma vida. As equipes de
trabalho se reúnem para resolver problemas e aprece que acontece o que está previsto.)

Nós temos que passar para um outro nível! Disse uma líder de um pequeno grupo. “Boas
coisas tem acontecido nos grupos, mas não aquilo que mais precisa acontecer, não aquilo que
eu de algum modo sei que poderia acontecer”. Muitas vezes nos sentamos em círculo, mas
nossa alma fica sentada em cadeira de espaldar reto. Viradas de costas para a outra. Ninguém
se sente seguro no grupo, e não quer correr riscos.

Vamos virar nossas cadeiras, de forma que nossas almas se defronte das outras, ajoelhemos e
depois lavemos os pés uma das outras. Adoração, humildade, depois diálogo.

Depois vamos conversar, não mero bate papo, mas para fazer uma diferença para que
penetremos em outra esfera, o mundo do Espírito. Tomar consciência do que temos de melhor
dentro de nós e de todas as coisas ruins que bloqueiam a liberação do que é bom, uma
unidade penetrante que nos transformem em adultos espirituais.

Congregação é grupo de pessoas reunidas para determinado propósito ou atividade. Tem a


sua origem etimológica na palavra grega ekklesia, que significa literalmente “chamada para
fora”, de ek, “para fora”, e klesis, “chamada”.

Qual o sinônimo de congregar?


Reunir num determinado lugar: 1 reunir, juntar, agregar, unir, ajuntar, agrupar, conglobar,
adunar, cooptar. Misturar elementos para homogeneizar: 2 misturar, fundir, ligar, associar,
combinar, aglutinar, conglutinar, mesclar, amalgamar.

Objetivo de congregar – dizer e fazer coisas que transformem uma chama numa fogueira,
estimular a vida que o Espírito de Deus pôs dentro de nós para que assim possais avançar por
noites sombrias ou manhãs agradáveis com os olhos fixos numa realidade invisível.
Considerar, pensar seriamente, sobre o que isso significa.

Temos participado da igreja de maneira que não exijam uma conexão verdadeira, sem virar
totalmente a cadeira. Numa comunidade verdadeira as pessoas se conhecem; se relacionam
de modos que somente o Espirito de Deus possibilita. Adorar em meio a amigos e bem melhor.
Os cristãos em comunidade só dão e recebem o que Deus proporciona por intermédio de
alguns amigos que intimamente conhecem a Deus e uns aos outros, ou que pelo menos
estejam sinceramente em busca desse objetivo.

As igrejas raramente são comunidades. Na maioria dos casos não passam de maquinas
sociais que funcionam bem por algum tempo, depois quebram e em seguida são consertadas
para funcionar bem de novo, ou pelo menos para, ruidosamente, funcionar o melhor que
possam. O convite para cumprimentar os companheiros de banco no início do culto em geral
não leva a nada. Você pode se apresentar como Maria ou Joana não faz a menor diferença,
não resulta em comunidade, mais frequentemente a substituem.

O caminho do Espírito é muito diferente. É mais estreito, mais íngreme e mais reto do que
qualquer outro. É um caminho trilhado somente por fiéis que celebram sua dependência de
Deus e dos outros, virando a cadeira para uma pequena comunidade de amigos e
permanecendo com eles; fiéis que encontram a fora do Espírito de Deus para fazer essa
comunidade funcionar. Eles sabem que Deus lhes dá Seu Espírito e opera milagres tanto
neles quanto entre eles, não porque eles fazem isso acontecer por meio de sua inteligência,
mas porque festejam sua dependência e aprendem a ouvir a voz do Espírito Gl 3.5

Só há um caminho na vida que leva a verdadeira comunidade, ao lugar mais seguro da terra,
onde as almas se conectam e se transformam para sempre. Vamos pensar nesse caminho e
no lugar aonde ele conduz. Esse é o pensamento desse livro.

Saber o que significa virar a cadeira uns para os outros e derramar em nossos irmãos a vida
que há em nosso coração, deixando que eles também derramem sua vida em nós. As vezes é
mais difícil receber do que dar. Nas comunidades espirituais, as pessoas fazem os dois.

Parte I

Descreve a comunidade espiritual. O que é? Como podemos nos relacionar uns com os outros
de modo que o Espírito aja, de maneiras que os não cristãos jamais poderiam? O que é que os
atrairia e os deixaria curiosos? Pessoas que não tem o Espírito muitas vezes se relacionam
muito bem, com gestos de sacrifício inspirado e muito bondade. O que então torna única uma
comunidade espiritual?

Parte II

Desenvolve uma maneira de compreender nossas lutas que deixa claro por que amigos
espirituais e orientadores espirituais – os dois principais tipos de relacionamento numa
comunidade espiritual - são mais indicados para nos ajudar (quando uma comunidade
espiritual não é segura, não é de fato espiritual.)

Parte III

Aspectos práticos de uma maneira de se relacionar neste mundo, que define o que significa
estar em comunidade espiritual. Isto exige que viremos as cadeiras.

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