Escolar Documentos
Profissional Documentos
Cultura Documentos
A ROCHA NO CAMINHO
Em tempos bem antigos, um rei colocou uma pedra enorme no meio de uma
Outros até reclamavam e falavam contra o rei, dizendo que ele não
mantinha as estradas limpas, mas nenhum deles tentou sequer remover a pedra
dali.
aproximar da imensa rocha, ele colocou de lado a carga e tentou remover a pedra
do lugar.
Após muita força e suor, ele, finalmente, conseguiu mover a pedra para o
lado da estrada. Voltou a pegar a carga de vegetais e notou que havia uma bolsa
Foi até ela e viu que a bolsa continha muitas moedas de ouro e um bilhete
escrito pelo rei, que dizia: “todo obstáculo contém uma oportunidade para
1
COMPILADO POR REGINA FERREIRA GOMES
2
COMPILADO POR REGINA FERREIRA GOMES
KARATÊ-DO
HISTÓRIA
3
COMPILADO POR REGINA FERREIRA GOMES
suas disciplinas de combate fora de seu estreito círculo. De qualquer modo, a classe
guerreira (os peichin) acabou por se render às técnicas de luta desarmada.
A independência do reino de Ryukyu sofreu duro golpe quando, em 1609,
o clã samurai de Satsuma, com aprovação do imperador do Japão, subjugou
o arquipélago. Por ocasião da invasão, os samurais encontraram pouco ou nenhum
revide, porque, dadas as circunstâncias, o Rei declarou que a vida é o mais
importante tesouro e recomendou que a população das ilhas não revidasse à
agressão estrangeira. Oquinaua passou a ser um estado tributário do Japão e
China, mas, contrário ao cenário anterior, com predomínio nipônico, que expôs a
cultura local e influenciou muito o desenvolvimento das artes marciais, sob os
valores da classe guerreira. Naquele momento, o clã Satsuma introduziu sua própria
disciplina, o jigen-ryu.
Anko Itosu
No fim do século XIX, o caratê ainda era marcado de modo forte por quem o
ensinava, não havia, mesmo que houvesse similaridades entre as técnicas, um
padrão, o que dificultava sua maior aceitação fora de círculos restritos, porque era
praticado e ensinado num rígido esquema de mestre/aluno.
Nesse meio tempo, o cenário político mudou por causa da anexação final
de Ryukyu, em 1875, por parte do Japão, fazendo com que o reino se expandisse na
província de Oquinaua. O que poderia ser o fim acabou tornando-se uma
oportunidade, pois terminou com o isolamento da população do arquipélago,
incorporados de vez à população nipônica. Coube a Anko Itosu, um discípulo de
Matsumura e secretário do rei de Oquinaua, usar de sua influência para tentar
divulgar a arte marcial.
5
COMPILADO POR REGINA FERREIRA GOMES
O mestre via o te não somente como arte marcial, mas, principalmente, como
uma forma de desenvolver caráter, disciplina e físico das crianças. Ainda assim, o
mestre julgava que os métodos utilizados até a época não eram práticos: o te era
ensinado basicamente por intermédio do treino repetitivo dos kata. Então, Itosu
simplificou o treino a unidades fundamentais, os kihons, que são as técnicas
compreendidas em si mesmas, um soco, uma esquiva, uma base, e, além, compilou
a série de kata Pinan com técnicas mais simples e que passariam a formar
o currículo introdutório. A mudança resultou na diminuição, supressão em alguns
casos, de táticas de luta, mas reforçou o caráter esportivo, para benefício da saúde:
deu-se relevo a postura, mobilidade, flexibilidade, tensão, respiração e relaxamento.
Atribui-se ao mestre Itosu os primeiros movimentos para promover a mudança
de denominação para karate (mãos vazias), como forma de vencer as barreiras
culturais, as resistências para aceitação, porque algo com origem chinesa não era
visto com bons olhos, ademais porque havia tensões latentes entres os dois
países. Todavia, documentado é o fato de o mestre Hanashiro Chomo, numa
publicação intitulada «karate kumite», claramente referir-se à sua arte marcial como
mãos vazias.
O caratê tornou-se esporte oficial em 1902 que é o ponto em que se
aperfeiçoa a transição de arte marcial para disciplina física, deixando de ser visto
apenas como meio de autodefesa.
Como resultado de seu progresso, Anko Itosu crê ser possível exportar o
caratê para o resto do Japão e, em começos do século XX, passa a empreender
esforços para tanto, mas não consegue sucesso.
Paralelos a esses eventos, outro influente mestre, Kanryo Higashionna,
promovia por si outras mudanças. Ele desenvolvia um estilo peculiar que mesclava
técnicas suaves, evasivas e defensivas (como esquivas e projeções), e menos as
rígidas, e tinha como discípulos Chojun Miyagi e Kenwa Mabuni. A exemplo de Itosu,
Higashionna conseguiu incluir os valores neles que levaram até as mudanças
futuras que tornariam o caratê mais aceitável.
A evolução que arte estava experimentando e havendo a fama de ser um
estilo de luta eficaz, fama que já corria pelo Japão, ainda era pouco conhecida. Não
se sabia realmente muito dessa luta que havia matado muitas pessoas e inclusive,
em 1965 o caratê foi proibido no Brasil por que ele havia matado duas pessoas que
estavam lutando: Francisco de Oliveira dos Santos e Maria Fernanda dos Campos.
Alguns fatores contribuíram, entretanto, para a divulgação do caratê. Um
desses fatores era a mentalidade corrente da época que, mesmo com o processo de
disseminação dos costumes ocidentais iniciado com a Restauração Meiji, ainda era
muito apegada à figura do guerreiro, não sendo incomum o lance de desafios a
lutadores proeminentes ou mesmo a uma casa, família ou paragem. Não se pode
esquecer, contudo, que isso não se deva por intimidação, mas por orgulho de suas
tradições e para homenagear seus mestres, resguardando-se a honra. Era comum a
prática do dojo yaburi (desafio ao dojô).
Certa altura, por volta de 1906 chegou a Oquinaua um praticante
de jujutsu (ou de judô, segundo algumas fontes) que desafiou a todos da ilha a medir
forças com ele, para provar que seu estilo de jiu-jítsu era superior aos do Japão e da
região. No dia combinado, já na casa dos setenta anos, no meio de vários lutadores,
o mestre Itosu não quis deixar sem resposta o convite e foi ter com o desafiante, que
interpelou o mestre, dizendo "que honra haveria de ganhar de um idoso?", mas
aceitou o desafio por respeito ao nobre ancião. A luta foi decidida com apenas um
golpe.
6
COMPILADO POR REGINA FERREIRA GOMES
Kenwa Mabuni
Ginchin Funakoshi
8
COMPILADO POR REGINA FERREIRA GOMES
O mestre sabia que haveria de surgir enorme oposição, haja vista que naquele
período da história das relações entre Japão e China não era dos melhores.
Ainda era muito recente a lembrança da Primeira Guerra Sino-
Japonesa (1894–1895). E até o fim da Segunda Guerra Mundial e da Segunda
Guerra Sino-Japonesa, com a rendição do Japão perante os Aliados, ocorreram
vários incidentes.
Tais circunstâncias levavam à conclusão de que uma arte marcial de origem
chinesa seria certamente repudiada, pelo que a mudança da arte para o karate-
dō (caminho das mãos vazias), isto é, com o acréscimo do sufixo "dō", como se deu
com muitas das artes marciais praticadas no Japão. A partícula do significa caminho,
palavra que é análoga ao familiar conceito de tao. Daí que o caratê deixou de ser
encarado apenas em seu aspecto técnico, ou jutsu, para serem realçados o
filosófico e o físico (educacional).
Por outro lado, o caratê beneficiou-se de uma perspectiva que existia, a de
que a luta nativa de Oquinaua, aí incluso o seu kobudo (manipulação de armas), era
simplesmente uma forma de jujutsu ou koryu. Assim se pensava porque tanto os
vários estilos de jujutsu (takenouchi-ryu, daito-ryu e etc.) japoneses quanto o
oquinauense valiam-se das mesmas formas técnicas (luta desarmada,
principalmente), diferenciando-se apenas no foco e no treinamento, ou seja, nada de
estranho, se comparado à tradição samurai e denominava-se o caratê de tejutsu, o
que reforçava esse aspecto.
9
COMPILADO POR REGINA FERREIRA GOMES
Jigoro Kano
Atualidades
Mesmo que o mestre Funakoshi pregasse que o caratê era uma arte
marcial única, que as variações nas formas, nos estilos, deviam-se essencialmente
às estruturas políticas e que jamais denominou sua linhagem de estilo, ainda
durante sua existência e persistindo até os dias atuais, o que sucedeu foi uma
proliferação de estilos, escolas e linhagens diferentes.
10
COMPILADO POR REGINA FERREIRA GOMES
Olimpíadas
CÓDIGO SAMURAI
11
COMPILADO POR REGINA FERREIRA GOMES
“Os homens devem moldar o seu caminho. A partir do momento em que você vir o
caminho em tudo o que fizer, você se tornará o caminho.”
“Um samurai deve antes de tudo, ter sempre em mente, dia e noite, desde a manhã
de ano novo, quando pega os palitos para comer e tomar café, até a noite do último dia do
ano, quando pega as suas faturas, o fato de que um dia irá morrer. Essa é a sua principal
tarefa.”
“Seguir o bushido é dar ênfase à lealdade, auto sacrifício, justiça, modos refinados,
humildade, espírito marcial, honra e acima de tudo, viver e morrer com dignidade.”
13
COMPILADO POR REGINA FERREIRA GOMES
ORIGEM DO BUSHIDO
Confúcio (552-479AC) ao ser indagado a respeito do amor pelo seu discípulo
número um Gankai, respondeu : - Ao permanecer com respeito após vencer a si
próprio considere amor.
Gankai perguntou novamente: - Qual seria o método pratico? Então Confúcio
respondeu: - Se carecer respeito, não veja! Se carecer respeito, não ouça! Se
carecer respeito, não fale! Se carecer respeito, não se mova!
Este pensamento do (jin) amor de Confúcio foi ampliado na sua interpretação
pelo discípulo Shi-shi (483–402 AC) como sendo (tyuuyoo) imparcialidade.
O seu seguidor Mo-shi (372-289AC) é famoso pela teoria de sei-zen-setu, que
considera o ser humano originalmente fruto de bem e que possui de nascença o: -
Sentimento misericordioso. Sentimento de envergonhar-se da falta do bem e
desgostar o mal. Sentimento de humildade e oferecer oportunidade aos outros.
Sentimento que aceita o bem e nega o mal.
Com isto quis provar que o ser humano é originalmente de bem.
Assim originaram as quatro virtudes do ser humano, que foi acrescido de (shin)
confiança/fé na Era Kan da China (202 AC–220 DC). Completando assim as cinco
virtudes do ser humano simbolizado até nas cinco dobras que existe na parte
dianteira do hakama que se usa na prática de artes marciais. A dobra da parte de
trás dizem ser isshin (um objetivo, caráter puro).
Dojo kun
一、人格完成に努むること
HITOTSU! JINKAKU KANSEI NI TSUTOMURU KOTO!
Primeiramente, Esforçar-se para a formação do caráter!
Significa que deve-se esforçar-se para sempre ter um bom
caráter, seguindo sempre as leis, sendo respeitoso e tudo o que
envolva o bom caráter
一、誠の道を守ること
HITOTSU! MAKOTO NO MICHI O MAMORU KOTO!
Primeiramente, esforçar-se para manter-se no verdadeiro caminho da razão!
Significa que sempre deve ter em si a valorização da honestidade,
sempre sendo verdadeiro e sempre se guiando pela razão e não pela
emoção.
14
COMPILADO POR REGINA FERREIRA GOMES
一、努力の精神を養うこと
HITOTSU! DORYOKU NO SEISHIN O YASHINAU KOTO!
Primeiramente, Criar o intuito do esforço
Significa que sempre deve-se ter a intenção de se esforçar
sempre ao máximo pelos seus objetivos
一、礼儀を重んずること
HITOTSU! REIGI O OMONZURU KOTO!
Primeiramente, Respeito acima de tudo
Significa que sempre deve-se respeitar a todos, pais, filhos,
amigos, patrão, subordinado, independente do cargo e/ou de
quem seja
一、血気の勇を戒むること
HITOTSU! KEKKI NO YU O IMASHIMURU KOTO!
Primeiramente, Conter o espírito de agressão
Significa que sempre deve- manter calmo e não usar o
conhecimento em artes marciais contra os outros, sabendo
eles ou não alguma arte marcial, alguma forma de se
defender, sendo que tal conhecimento só deve ser usado em
autodefesa e/ou defesa de alguém injustiçado
Niju Kun
Não se esqueça que o Karate deve iniciar com saudação e terminar com
saudação.
No Karate não existe atitude ofensiva.
O Karate é um assistente da justiça.
Conheça a si próprio antes de julgar os outros.
15
COMPILADO POR REGINA FERREIRA GOMES
SISTEMA NUMÉRICO
1 – ICHI
2 – NI
3 – SAN
4 – SHI OU YON
5 – GO
6 – ROKU
7 – SICHI OU NANA
8 – HACHI
9 – KYU OU KU
10 – JU
11 – JU-ICHI
12 – JU-NI
13 - JUUSAN
14 – JUUYON
15 - JUUGO
16 – JUUROKU
17 – JUUNANA
18 - JUUHACHI
19 - JUUKYUU
20 – NIJUU
30 – SAN-JU
40 – YON-JU
16
COMPILADO POR REGINA FERREIRA GOMES
100 – HYAKU
1000 – SEN
10 000 – MAN
QUIMONO
O quimono (kimono) é uma vestimenta tradicional japonesa utilizada por
mulheres, homens e crianças. A palavra "kimono", que no seu sentido literal,
traduzido diretamente do japonês, significa "coisa para vestir" (ki = "vestir" e mono =
"coisa") é utilizada para denotar o nome destes longos roupões. Pode ser chamada
tanto a parte principal, como o conjunto todo. Kimono também é o nome da roupa
utilizada para lutar jiu-jitsu, judô, karate, e várias outras lutas japonesas.
O termo kimono tem origem com os navegadores do século XVI, como
espanhóis e portugueses, que chegaram ao Japão e perguntaram o que eles
estavam vestindo, e os japoneses respondiam apenas kimono, o que significava
roupa, e o termo é utilizado até hoje.
Inicialmente, o kimono era usado por homens, mulheres e crianças, com
tecidos mais nobres, como seda, e sempre bastante chamativo e decorado com
pedras, em especial os femininos. O kimono pode ser de mangas longas, de
mangas curtas, para ser utilizado apenas no dia-a-dia, existe um kimono especial
para a nova na celebração do casamento, kimono de verão, e etc.
O kimono também tornou-se parte dos indivíduos que praticam lutas, como judô, jiu-
jitsu, karate, e etc. É chamado de kimono a roupa que os lutares usam, existem
diversas marcas, modelo e cores, e é sempre utilizado uma faixa em volta, que
significa o nível que o lutador se encontra.
Karategi ou Karate-gi é a denominação formal para o uniforme de
treinamento de caratê.
O correto seria então, nomear o uniforme ou roupa de treino das Artes
Marciais de origem japonesa de Keikogi, que significa "uniforme de
treinamento" (Keiko = treinamento, prática; Gi = roupa). A palavra "Keikogi" é
erroneamente substituída somente por "Gi", essa substituição é errada por que "Gi"
não apresenta o mesmo significado. Uma substituição correta seria "Dogi" que
significa "o uniforme usado no caminho" da Arte Marcial de sua escolha, pois se
você colocar o nome da Arte Marcial no lugar de "Do", você obtém exatamente o
significado de Dogi (Judô-Gi, Karatê-Gi), mas de uma forma geral, podemos chamar
o uniforme de Keikogi ou Dogi.
O karategi geralmente é feito de tecido mais leve e o corte o torna um pouco
mais folgado do que o judogi. Por causa da natureza do treinamento da arte marcial,
que enfatiza golpear, chutar, movimentos rápidos e um leque mais limitado de
agarramentos, quando comparado ao judô. A indumentária evoluiu de modo a
potencializar o binômio mobilidade/velocidade, o que torna dispensáveis tecidos
mais grossos e fortes exigidos para a prática de técnicas de arremessos e
agarramentos.
De fato, os karategis mais baratos são muitas vezes feitos de tecidos mais
finos similares aos usados em camisetas de verão, e são frágeis e rasgando com
facilidade. Tendem a aderir à pele do praticante, criando algum desconforto quando
uma transpiração prolongada ocorre. Este tipo de karategi é feito com tecidos mais
leves do que 8 oz (onças).
17
COMPILADO POR REGINA FERREIRA GOMES
18
COMPILADO POR REGINA FERREIRA GOMES
FAIXAS DO KARATÊ
Faixas do Karatê – Antigamente no Japão não haviam faixas de cores
variadas, havia no máximo duas cores até chegar à preta. Os praticantes
permaneciam muito tempo nessas graduações. Então foi adotado um sistema de
cores, da qual serviam como estímulos para os atletas alcançarem a próxima
graduação.
Ao observar atualmente as cores das faixas do Karatê, nota-se que elas vão
escurecendo com os anos de prática e dedicação até chegar à faixa preta. É como
se você só tivesse uma faixa branca e nunca lavasse, com o tempo essa faixa iria
escurecer.
As faixas representam a graduação e hierarquia dentro do Karatê. A faixa
demonstra o nível de experiência de cada praticante, e é vista como sinal de
respeito pelos atletas menos graduados.
O método usado na graduação de faixas são o Kyu (classe) e Dan (grau), que
foi criado por Jigoro Kano, o fundador do Judô. O Kyu ocorre de forma decrescente
e o Dan ocorre de forma crescente.
19
COMPILADO POR REGINA FERREIRA GOMES
As pessoas que gostam de ação e drama apreciam essa cor. É uma cor de
uma energia muito forte e o praticante deve ter o cuidado e a persistência para não
se deixar ser vencido por ela e desistir do caminho. Sendo a cor do sangue, o
vermelho também está relacionado à vida e à força de uma energia vital máxima.
Esta é uma cor Yang.
21
COMPILADO POR REGINA FERREIRA GOMES
A cor violeta é excelente para purificação e cura dos níveis físico, emocional e
mental.
Simboliza: dignidade, devoção, piedade, sinceridade, espiritualidade,
purificação e transformação. Quando em mau aspecto determina manias e
fanatismo.
Representa o mistério, expressa sensação de individualidade, influenciando
emoções e humores, mas também simboliza a dignidade, a inspiração e justiça.
Gera tensão, poder, tristeza, piedade, sentimentalidade.
Tendo isso tudo em mente, a cor desta graduação nos indica que devemos
encontrar novos caminhos e a elevar nossa intuição espiritual.
KATA
Kata (forma) é uma sequência de movimentos — técnicas de ataque e defesa
— cujo fito é proporcionar ao praticante o aprendizado mais aprofundado da arte e,
simultaneamente, experiência de luta. Também é conhecido por "balé da morte".
Antes do advento do caratê moderno e da criação de métodos mais básicos e
simplificados de transmissão do conhecimento, a arte marcial era ensinada somente
pela prática ostensiva de kata.
O kata possui outras facetas além do treinamento físico. Cada forma também
possui um componente psicológico, pois prepara o carateca para um combate real, e
um componente filosófico, que busca transmitir dores e pensamentos críticos para
avaliar as situações serenamente, situações essas não kuku limitadas a embates
físicos.
Os kata, segundo ensinamento dos grandes mestres, são a essência do estilo
de caratê. Neles estão contidas as técnicas de grandes mestres, representando
23
COMPILADO POR REGINA FERREIRA GOMES
cada um deles uma situação diferente pela qual o carateca pode enfrentar, sendo
que seus significados somente serão compreendidos, na verdade, por aquele que os
pratica com maior frequência.
Um grande mestre, no passado disse que um kata só deve ser mostrado aos
outros quando ele for praticado 10.000 vezes. Com uma prática dessa quantidade,
pode-se realmente alcançar o real significado de cada técnica contida no Kata, e não
a simples ordenação dos movimentos, pois o kata não deve ser dublado, mas sim
vivido, e deve-se incorporar a situação para que ele possa vir a ter um proveito real
para o praticante.
Sabe-se que o te, a arte marcial autóctone de Okinawa, já era estabelecida
quando se deu a majoração da influência chinesa, mas não se tem como precisar
como era exatamente transmitida, devido aos escassos registros. A arte marcial
chamada de Okinawa-te foi justamente, e grosso modo, a evolução das técnicas
locais insulares sob influência de mestres de chuan fa, e o kata é a exata marca
dessa evolução.
Os mestres chineses faziam a transmissão de seus conhecimentos por
intermédio de exercícios pré-estabelecidos, de origem vetusta, e que eram uma
expressão do Tao. O Tao, de forma bem simples, quer dizer caminho e que por essa
via as coisas devem ser aprendidas como se fossem uma consequência natural,
então os mestres transmitiam seus conhecimentos por esses "caminhos", esses
"taos".
Antes da influência chinesa no te não há recordações de haverem sido
praticados os kata. Em todo caso, o ensino por meio dos kata arraigou-se a tal modo
que os mestres tradicionais chegam a repudiar qualquer outro.
No caratê tradicional não há lembrança também de Dojo/dojôs, um
estabelecimento dedicado à transmissão e ao ensino da arte marcial, mas, por outro
lado, havia apenas um esquema de mestre-aprendiz muito simples, no qual o mestre
repassava somente para quem de confiança, ou ainda somente da família. E tudo
sob o mais velado segredo. Ou seja, o que um mestre sabia somente aqueles
venturosos discípulos tinham a honra de lhes ser ensinado.
A despeito de os kata terem sua origem na China, não se lhes pode retirar a
originalidade nascida em Oquinaua, pois são claras as modificações desenvolvidas
pelos mestres do te. Não se pode esquecer que o caratê surgiu como uma
necessidade de defesa com as mãos nuas contra agressores portando punhais e/ou
espadas e, às vezes, usando armadura. Por conseguinte, aqueles movimentos
considerados supérfluos ou ineficientes nesse tipo de embate, foram ou suprimidos
ou adaptados: os movimentos acrobáticos (saltos) praticamente sumiram.
No caratê moderno, que é praticado em escolas, até, sentiu-se a necessidade
de uma simplificação do aprendizado, pois alguns kata são ainda muito complexos,
pelo que foram introduzidos os kihon, por Anko Itosu e Gichin Funakoshi.
24
COMPILADO POR REGINA FERREIRA GOMES
25
COMPILADO POR REGINA FERREIRA GOMES
26
COMPILADO POR REGINA FERREIRA GOMES
27
COMPILADO POR REGINA FERREIRA GOMES
28
COMPILADO POR REGINA FERREIRA GOMES
29
COMPILADO POR REGINA FERREIRA GOMES
30
COMPILADO POR REGINA FERREIRA GOMES
31
COMPILADO POR REGINA FERREIRA GOMES
32
COMPILADO POR REGINA FERREIRA GOMES
33
COMPILADO POR REGINA FERREIRA GOMES
34
COMPILADO POR REGINA FERREIRA GOMES
35
COMPILADO POR REGINA FERREIRA GOMES
36
COMPILADO POR REGINA FERREIRA GOMES
37
COMPILADO POR REGINA FERREIRA GOMES
38
COMPILADO POR REGINA FERREIRA GOMES
39
COMPILADO POR REGINA FERREIRA GOMES
40
COMPILADO POR REGINA FERREIRA GOMES
JION: (Amor e Gratidão): O Jionji é um famoso velho templo budista. O nome sugere
que o kata tenha sido introduzido por alguém identificado com o templo Jion. É um
Kata de bases pesadas.
41
COMPILADO POR REGINA FERREIRA GOMES
42
COMPILADO POR REGINA FERREIRA GOMES
43
COMPILADO POR REGINA FERREIRA GOMES
44
COMPILADO POR REGINA FERREIRA GOMES
45
COMPILADO POR REGINA FERREIRA GOMES
46
COMPILADO POR REGINA FERREIRA GOMES
47
COMPILADO POR REGINA FERREIRA GOMES
48
COMPILADO POR REGINA FERREIRA GOMES
JI’IN: (Amor e Proteção): Kata de bases pesadas e sempre visando uma melhor
postura do praticante. Segue o mesmo princípio do JION.
49
COMPILADO POR REGINA FERREIRA GOMES
WANKAN: (Coroa Real): É o Kata com apenas um kiai, é o mais curto do Karate
Shotokan. Contém técnicas básicas e avançadas como torções, é sem dúvida um
Kata singular.
Obs: A palavra Kata não tem plural, só deve ser escrita no singular, mesmo que
falemos de mais de um Kata.
50
COMPILADO POR REGINA FERREIRA GOMES
BASES DO KARATÊ
51
COMPILADO POR REGINA FERREIRA GOMES
Takai dachi são aquelas posturas altas do caratê, que servem a dois
propósitos: apresentação e execução de técnicas.
Em sinal de respeito, todo lutador deve manter-se em posturas sóbrias e
firmes. Assim, por exemplo, em Musubi dachi fazem-se os cumprimentos e
reverências, pois a postura, com as pernas eretas e os pés juntos e abertos,
demonstra a quem está à frente que não tem intenções de ataque, ou Heiko dachi,
que demonstra ao mestre que o aluno está apto e atento a seus comandos.
Por outro lado, as bases elevadas, quando executadas em luta, estão mais
conectadas às origens do caratê como arte de combate - jutsu (arte) porque o
lutador, ao enfrentar um adversário, procura sempre manter-se menos exposto e
suscetível a ataques, tanto é assim que os estilos mais chegados às origens
guardam a execução de técnicas em base mais altas.
O próprio mestre Gichin Funakoshi, logo no início da divulgação de seu estilo,
apresentava este tipo. Todavia, quando a arte marcial por razões filosóficas passou
a ser mais vista como uma doutrina de evolução da pessoa - dô (caminho, maneira),
visando mais a parte atlética e educacional, as bases mais baixas tornaram-se
preferenciais.
As posturas elevadas são, por assim dizer, um ponto de partida, pois delas
saem às demais bases. Ainda durante uma luta, o praticante sai e retorna para uma
postura elevada constantemente, ou seja, são as posições fundamentais e na
aplicação (num confronto real) guardam estreita relação com as bases médias.
Um ponto fraco, contudo, reside no fato de tais posturas deixarem o centro de
gravidade relativamente vulnerável, isto é, o lutador está mais sujeito a ter
desequilíbrio.
52
COMPILADO POR REGINA FERREIRA GOMES
54
COMPILADO POR REGINA FERREIRA GOMES
Teiji dachi ou choji dachi é feita com apoio maior do corpo no pé traseiro,
que fica posicionado num ângulo de 90º em relação ao dianteiro, com o calcanhar do
pé frontal, em caso de recuo, tocando o meio do pé traseiro. O nome da base vem
da forma do caractere kanji.
55
COMPILADO POR REGINA FERREIRA GOMES
Ippon ashi dachi faz com que o carateca sustente seu peso numa perna
exclusivamente. Diferentemente de katashi dachi ou sagiashi dachi, em cuja
formação a perna soerguida resta lastreada na articulação do joelho da perna
56
COMPILADO POR REGINA FERREIRA GOMES
57
COMPILADO POR REGINA FERREIRA GOMES
BASES MÉDIAS
As posturas de média altura têm como objetivo, reunir o melhor das altas e
baixas, ou mobilidade e estabilidade. Ainda que as bases altas possibilitem maior
fluidez no deslocamento e as baixas, maior firmeza, durante um kumite, as bases
médias mostram-se mais adequadas a uma situação de enfrentamento, pois
permitem aliar as duas características e são mais naturalmente assumidas.
Filosoficamente, ensina-se que o "caminho do meio" é o mais seguro, ou seja,
não se devem priorizar os extremos, nem para mais, nem para menos.
Esta óptica não é particular aos povos orientais. Cita-se, como exemplo, os
ensinamentos de Moisés, no Egito, ou os do Rambam, na Espanha. De igual modo,
o Karateca, quando em kumite (ou qualquer outra situação), deve assumir uma base
média, ficar sereno, pois poderá recuar para uma base alta ou ser ofensivo em uma
base baixa. As bases médias são o ponto de convergência das técnicas, altas e
baixas.
é feita com o peso do corpo distribuído uniformemente nos pés, às articulações dos
joelhos permanecem flexionados para dentro no fito de proporcionar proteção
adicional, a distância entre os pés é mediana, aproximadamente a mesma
de naihanchi dachi, e os mesmos são apontados para dentro.
A movimentação dentro desta postura dá-se tanto adiantando quanto
recuando, e os pés fazem um movimento que lembra a forma da lua em quarto
crescente, dai a sua denominação também de "base da lua crescente". A postura
assemelha-se em forma e versatilidade a Zenkutsu dachi. Devido à sua firmeza (em
forma de ampulheta), é adequada tanto ao ataque quanto à defesa, com mais
ênfase para defesa. A base é executada no kata homônimo.
58
COMPILADO POR REGINA FERREIRA GOMES
Moto dachi
Jigotai dachi
É semelhante à naihanchi dachi, porém com os pés apontando para fora em 45º,
aproximadamente; as articulações dos joelhos apontam para frente. Devido a tal
abertura, a base ganha estabilidade adicional, fazendo com que o lutador consiga
relativo conforto quando obrigado a defletir ataques frontais.
Kosa dachi
59
COMPILADO POR REGINA FERREIRA GOMES
Kakeashi dachi
BASES BAIXAS
Hikui dachi são as posturas nas quais o centro de gravidade resta próximo
ao chão. Suas origens remontam aos estilos de chuan fa do sul da China, de
Cantão, que possuem até hoje posturas bem rentes ao chão, haja vista que as artes
marciais praticadas na região priorizam métodos mais pragmáticos e menos
acrobáticos (em contraposição àquelas praticadas no norte do país), com ênfase em
técnicas de mão potentes, chutes baixos rápidos buscando manter sempre uma
posição estável e mais vantajosa em relação ao adversário. Diz uma lenda que
como o sul da China tem mais pântanos e água, remava-se mais, desenvolvendo
mais seus braços. Com posturas mais baixas, liberam-se os membros superiores
para agir com velocidade, força e agilidade.
No Caratê moderno, as bases baixas são preferidas para treinamento, eis que
desenvolvem mais o lado atlético do praticante. O escopo de tais bases é
proporcionar estabilidade extra para execução de técnicas de ataque e defesa, ou
para execução de técnicas específicas como, por exemplo, um soco perpendicular
para baixo, que deve ser executado em shiko dachi.
Servem ainda para estender os ataques, isto é, saindo de uma posição alta
ou média, o carateca tem como atingir seu adversário sem, contudo, perder a
estabilidade e, posto que sofra um contra-ataque, tem condições de absorvê-lo sem
ter que se deslocar em excesso. Quando bem executadas, são eficazes em repelir
ataques ao equilíbrio.
Como o centro de gravidade está mais próximo ao solo, nas bases mais
baixas há a possibilidade de aplicar técnicas de nage waza e katame waza e
subjugar o oponente.
60
COMPILADO POR REGINA FERREIRA GOMES
Kiba dachi
O mestre de kenpo de Oquinaua Choki Motobu ensinava que a base seria a ideal
para ser executada em cenários reais de luta.
A base possibilita ainda o emprego de técnicas de katame waza ou nage waza, o
que, devido a sua solidez, ainda proporciona a capacidade de mover-se suavemente
em que, lidando com quaisquer tipos de movimentos, das mãos e dos pés.
Aparece nos kata, Tekki, Enpi, Heian sandan, Heian
godan, Jion, Jitte, Kanku, Unshu.
O berço da base kiba dachi pode ser rastreado até o Templo de Shaolin, onde a
postura servia como base para a prática de todas as outras técnicas. Tal como
sucede com o caratê moderno, que visa precipuamente o desenvolvimento físico, o
templo estimulava a prática das artes marciais como um complemento no caminho
da evolução espiritual, assim a base era muito importante e usada para fortalecer as
pernas.
Shiko dachi
Sokutsu dachi
ou Kyo kokutsu dachi, tem também a característica de ser uma base recuada, mas
os pés plantam-se numa linha reta, mas perpendicularmente alinhados, o que leva à
flexão da perna lateralmente. Alguns sugerem que a postura trata-se de uma
variação mais ofensiva da base Kokutsu dachi, haja vista que ao avançar
frontalmente o carateca não necessita girar o tronco, bastando esticar a perna
traseira e flexionar mais a dianteira, bem como ambas as posturas são recuadas e
direcionam o apoio maior na perna traseira. Tanto é assim que no estilo Shotokan-
ryu recebe esta denominação e aparece em vários kata. Em verdade, trata-se de
duas posturas diferentes, posto que sejam, contudo coirmãs, nas quais a vocação
defensiva é premente.
62
COMPILADO POR REGINA FERREIRA GOMES
Nekoashi dachi
Fudo dachi
Postura inabalável, ou sochin dachi, tem silhueta com o carateca apoiando seu
peso em ambas as pernas, flexionando-as na articulação do joelho. A distância entre
os pés corresponde exatamente à mesma abertura das bases sokutsu
dachi, zenkutsu dachi e kiba dachi, ao que se diz ser a base uma combinação das
duas últimas citadas. Trata-se de uma postura avançada e ofensiva. Devido à
firmeza que o carateca obtém de sua disposição é o que justifica sua denominação,
por outro lado, o termo sochin dachi desta postura advém do kata Motobu no sochin,
a variante praticada no estilo Shotokan do kata Sochin.
63
COMPILADO POR REGINA FERREIRA GOMES
Zenkutsu dachi
Iaigoshi dachi
BASES DE TRANSIÇÃO
Ayumi dachi , as bases de transição possuem um fito próprio, que é de
assegurar ao praticante a coerência de seus movimentos, de seu deslocamento, ao
garantir a estabilidade. Mesmo que o karateka esteja num instante intermediário da
execução de qualquer técnica de ataque ou defesa, não pode ele olvidar que no
enfrentamento de um adversário pode ser surpreendido com um contragolpe.
Há técnicas específicas para atacar uma base mal formada, exemplo do ashi
barai. Assim este tipo de postura, ainda que aparentemente simples, guarda
complexidade, pois evita ataques diretos à estabilidade do lutador, pois ao se
desestruturar uma base, o lutador natural e inconscientemente buscará restabelecer
seu equilíbrio, o que fatalmente propiciará ao adversário uma abertura de sua
guarda.
Ataques e defesas são em sua grande maioria aplicados de pé, entretanto,
pode haver circunstâncias em que tais posturas não se mostrem viáveis, o que
demandam estar o lutador preparado para agir a qualquer momento. Exemplo, a
posição Seiza, que é mais praticada em rituais, possui grande estabilidade e permite
o lutador aplicar técnicas contra um adversário de pé.
BASES CRUZADAS
Juji dachi são as posturas nas quais as pernas encontram-se cruzadas. Formam o
conjunto, kugiashi dachi, bensoku dachi, kosa dachi e kake dachi.
BASES MONOPODAIS
Tsuru dachi são as posturas nas quais se assume conformação semelhante a
um guará. Formam o conjunto, ippon ashi dachi, tsuruashi dachi e katashi dachi.
BASES EQUESTRES
Ba dachi são as posições virtualmente relacionadas à equitação, ou as bases dos
cavaleiros, e neste grupo estão naihanchi dachi, jigotai dachi, kiba dachi e shiko
dachi.
BASES BICONCAVAS
Uchiwa dachi diz-se da posição na qual os joelhos ficam apontados para
dentro. Nesse conjunto acham-se as bases uchi hachiji dachi, sanchin
dachi, hangetsu dachi.
65
COMPILADO POR REGINA FERREIRA GOMES
SEIZA
AURAZA
KAMAE
É de fato uma postura para aprimorar o posicionamento do corpo, com ênfase
em como as pernas se alinham e os pés se plantam, mas a
postura kamae relaciona-se com o corpo por inteiro, isto é, como o lutador se coloca
com pés, tronco, cabeça, mãos etc. para um enfrentamento. Kamae é conhecida
comumente como posição de guarda.
Trata-se em verdade de um termo genérico, segundo o contexto. Os
diferentes estilos (inclusive outras modalidades de artes marciais) usam o vocábulo
para denominar uma postura genérica de combate, porque tem muitas posições
diferentes de preparação, apesar de se dizer que em caratê não existe kamae.
Esta postura, além de denotar como o lutador se posiciona, aponta como o
lutador se comporta, seu estado de espírito, que deve estar preparado para agir e
reagir conforme cada circunstância: Kamae não está no corpo, mas na mente.
- Kokoro gamae , quando se tratar de postura proativa, ofensiva.
- Mi gamae , quando se tratar de postura passiva, defensiva.
- Hanmi no kamae, (postura de guarda), postura básica de enfrentamento, a qual
apresenta duas variações precípuas, uma baseada em moto dachi (mais comum no
estilo Shotokan) e outra, em teiji dachi.
66
COMPILADO POR REGINA FERREIRA GOMES
HARA
Segundo os ensinamentos medicinais tradicionais da China e do Japão, é a
área situada entre o plexo solar e a pélvis, que sempre foi considerada muito
importante, por ser um dos centros de energia do corpo, ao que se servia como área
diagnóstica. De igual forma o Caratê enxerga grande importância no hara. Assim, no
Japão, os termos Tanden e Hara são um pouco diferenciados e de certa forma
intercambiáveis.
Tanto em treino quanto em combate real ou tão-somente concentrando-se,
seguindo os preceitos das escolas Zen, a pessoa deve estar tranquila e a técnica
para tal é focada no hara, na respiração, que é feita no abdômen, isto é, deve-se
controlar a respiração de maneira a não sobrecarregar o corpo e deixá-lo ainda mais
pressionado e permanecer num estado desprovido de emoção.
Trata-se do ponto através do qual toda e qualquer técnica provém ou se
conduz: ou um ataque sai dele; uma defesa afasta um ataque; as pernas sustentam
o corpo. Se um lutador tenta executar um ataque usando apenas braço ou perna,
suas técnicas serão fracas, pois a energia será desperdiçada, pois usada somente
pelo membro, mas, se se conseguir conectar o movimento ao hara, o corpo inteiro
será usado e a técnica será poderosa.
67
COMPILADO POR REGINA FERREIRA GOMES
KUMITÊ
Kumite (encontro de mãos) - é nas modalidades modernas das artes marciais
japonesas um dos componentes de treinamento e de competição, é a luta, o
combate.
No Karaté conjuntamente com o kihon e o kata forma a tríade básica de
sua didática. É classificado conforme a finalidade pedagógica. Nem sempre foi parte
das aulas porque os mestres consideravam arriscado praticá-lo sem necessidade
real de luta.
Ordinariamente, existem três tipos de treino com luta: jyu kumite, ou combate
livre com controle; shiai kumite, combate de competição, semi-livre, com controle
extremo dos golpes; e yakusoku kumite, combate combinado.
- sanbon kumite - três movimentos, tendo por objetivo aumentar a agilidade de quem
ataca e de quem defende. Deve ser executado com a máxima intensidade e
velocidade de movimentos, pois só assim o controle necessário ao domínio das
técnicas utilizadas poderá ser alcançado. O corpo deverá trabalhar como uma
unidade que se desloca pela área de combate.
- gohon kumite - cinco movimentos, cujo escopo é fortalecer o vigor dos praticantes
através de sequências de ataque e defesa. O gohon kumite deve ser praticado a
exaustão, procurando realizar cada movimento com a maior precisão e fidelidade
possível.
Shiai kumite (luta recreativa) - é combate com regras oficiais e tempo definido, é a
modalidade utilizada em competições. E, de acordo com a organização promotora
do evento, variam as contagens e valoração das técnicas, sendo as mais
comuns shobu ippon, shobu ippon han e nihon, ou, um, um e meio e dois pontos,
respectivamente.
Jyu kumite (combate livre), sem regras, uso livre de todo o tipo de técnica, tanto de
braços como de pernas, luxações, projeções, estrangulamentos, etc. Todavia, os
praticantes devem ter em mente o respeito para com o colega e não procurar um
golpe realmente traumatizante, pois a finalidade é desenvolver a arte marcial e não
vencer o outro.
A modalidade possui uma variante chamada jyu ippon kumite, que é uma luta semi
livre a um único golpe, tendo por objetivo favorecer o desenvolvimento de vivências
corporais nas situações de luta real e assim preparar o corpo e a mente para as
mesmas.
68
COMPILADO POR REGINA FERREIRA GOMES
GOLPES DE KARATÊ
69
COMPILADO POR REGINA FERREIRA GOMES
70
COMPILADO POR REGINA FERREIRA GOMES
71
COMPILADO POR REGINA FERREIRA GOMES
Há duas maneiras de usar a mão: (1) aberta (2) fechada. Há seis tipos de punhos
(Ken) e onze tipos de mão aberta (Kaishõ).
Tipos de punho
1 - Seiken: Os nós dos dedos indicador e médio são usados para golpear o alvo. O
punho tem que ser mantido inflexível, o dorso da mão e o pulso formando uma linha
reta.
2 - Ura ken: O dorso da mão e o nós dos dedos e indicador e médio são usados
principalmente para atacar
3- Kentsui: Os ataques ao corpo são efetuados com a base (do lado do dedo
mínimo) do punho. Outros nomes para este punho são: Shutsui (mão martelo) e
tettsui (martelo de ferro).
4 - Ipoon Ken: Com os dedos médio, anular e mínimo o mesmo que no punho
frontal, o nó médio do dedo indicador é estendido com o polegar pressionado contra
ele.
5 – Hiraken: Os dedos são dobrados até que suas pontas comecem a tocar na
palma da mão e o polegar é mantido pressionado contra o dedo indicador.
72
COMPILADO POR REGINA FERREIRA GOMES
73
COMPILADO POR REGINA FERREIRA GOMES
SOCOS:
O ataque com as mãos e com os pés pode variar três regiões: JODAN (nível
superior), CHUDAN (nível médio), GEDAN (nível mais baixo). Temos o golpe com
ação direta(tsuki) , golpe com ação indireta( uchi) e golpes com o cotovelo (empi).
Em qualquer caso, para que o soco seja eficaz, tem-se que aprender os
seguintes fatores básicos e coloca-los em prática.
1. Direção correta
2.Velocidade
3.Concentração de força
74
COMPILADO POR REGINA FERREIRA GOMES
75
COMPILADO POR REGINA FERREIRA GOMES
BLOQUEIOS - UKE
76
COMPILADO POR REGINA FERREIRA GOMES
KIHON
Kihon (básico, fundamenta), nas artes marciais japonesas, refere-se
normalmente às técnicas básicas, consideradas princípios fundamentais, como
o kendo, aikido e karate.
O conteúdo dos treinos são compostos atualmente de repetições das
técnicas, reduzidas neste contexto, àqueles movimentos de aprendizado mais
natural: as sessões com práticas de kihons permitem até ao praticante inicial de uma
arte marcial melhorar a velocidade e a potência de suas técnicas, junto com a
correção da respiração, dos movimentos de pés e da postura.
Os kihons são movimentos de defesa e ataque praticados pelo Karateca, na
formação da estrutura básica da postura, bem como na execução de seus
movimentos. Podem ser aplicados parado ou em movimento (andando). São
utilizados nomes em japonês que associados ao kihon definem o número de
repetições dos movimentos. Por exemplo: kihon go ho - são 5 repetições do kihon;
kihon san - são 3 repetições do kihon. Há ainda o kihon parado (kihon sonoba).
Muito utilizado para o fortalecimento da postura do praticante da arte marcial.
No caratê do estilo Seigokan, Kihon é o nome do primeiro kata, que se aprende
ainda na faixa branca.
77
COMPILADO POR REGINA FERREIRA GOMES
78
COMPILADO POR REGINA FERREIRA GOMES
BUDO
Budô e bujutsu
Bujutsu é um composto de raízes bu e jutsu que significa ciência, ofício, ou
arte. O budô é mais freqüentemente traduzido como "o caminho da guerra", ou
"caminho marcial ", enquanto bujutsu é traduzido como "ciência da guerra" ou "ofício
marcial". No entanto ambos, budô e bujutsu, são utilizados com o termo "arte
marcial".
O budô e o bujutsu tem uma diferença bastante delicada. Enquanto o bujutsu
só dá atenção para a parte física de luta (a melhor maneira de derrotar um inimigo),
o budô também dá atenção para a mente e como se deve desenvolver-se. O budô
moderno usa aspectos do estilo de vida dos samurais do Japão feudal e os traduz
para o auto-desenvolvimento na vida moderna.
O bujutsu era um conjunto de disciplinas marciais que podiam ser treinadas
apenas pelos bushi (ou samurais) visando seu uso em batalha. Alguns exemplos
são: kenjutsu (técnica da espada), iaijutsu (técnica de desembainhar a
espada), sojutsu (técnica da lança), kyujutsu (técnica do arco), naginatajutsu (técnica
da alabarda), jujutsu (técnica suave), aikijujutsu (técnica suave com harmonização
do ki), entre outros.
O Ninjútsu era o conjunto das técnicas usadas pelos Ninjas. Incluía táticas
de guerrilha, guerra psicológica, arte do disfarce, espionagem, combate corpo a
corpo, etc. Durante a II Guerra Mundial, o Japão ensinou técnicas ninjas a espiões
num centro de treinamento secreto.
A partir do Xogunato Tokugawa (século XVII), com a estabilização e
pacificação do Japão, o bujutsu começa a perder sua importância como instrumento
de guerra e a ganhar uma conotação mais formadora e educacional. Após
a restauração Meiji, que terminou com o Xogunato e a sociedade estratificada, a
classe guerreira deixou de existir e, assim, nada mais restava das antigas
circunstâncias que sustentavam as tradicionais técnicas de guerra. Elas haviam
perdido completamente seu propósito original.
Para preservar o patrimônio marcial japonês foram necessárias mudanças
para se conformar com os novos tempos. Uma das mudanças foi a dos objetivos. A
nova finalidade não poderia ser mais a guerra, já que boa parte das técnicas, já
naquela época, eram anacrônicas tendo em vista os equipamentos e armamentos
79
COMPILADO POR REGINA FERREIRA GOMES
modernos. Outra mudança foi em relação ao público que tinha acesso às antigas
técnicas: os samurais já não existiam.
A nova finalidade foi explicitar o caráter formador e educacional em
detrimento da busca pela eficiência letal. Através do treino das técnicas se cultivaria
corpo, mente e espírito para o auto-desenvolvimento. E as técnicas estavam abertas
para toda a sociedade. Por essas razões, muitas técnicas foram adaptadas e
algumas até eliminadas. Não deveriam ser mais, técnicas que visavam a guerra e a
morte, exclusivas dos samurais, mas caminhos educacionais para o
aperfeiçoamento humano que estavam ao alcance de qualquer um. Esta é a origem
do budô.
4 - O lutador deverá portar protetor bucal, protetor de mão (Luva, Azul e Vermelho),
genital e protetor peito de pé (Azul e Vermelho, que serão vistoriados pela
organização do evento (OBRIGATÓRIO).
5 - O uso de vaselina ou qualquer outro tipo de óleo em excesso, que venha causar
desvantagem ao oponente é proibido.
80
COMPILADO POR REGINA FERREIRA GOMES
Classe feminina:
1 - Cada luta terá duração de 2 rounds de três minutos cada por 1 descanso,
dependendo da classe.
2- Lutador menor de idade deve ter autorização, por escrito, dos seus pais ou
responsável legal, será permitido somente atletas de 15 anos acima.
4 - Cada lutador poderá ter no máximo três segundos (ajudantes) em seu córner, os
quais deverão apenas dar instruções ao seu lutador, será proibido brigas e
discussões das equipes.
6 - A luta terá um árbitro central e três juízes laterais (jurados), formados pela
Confederação Brasileira de Karate ou outra Organização.
1 - KNOCK OUT (KO): quando um dos lutadores, devido a um golpe, cai e não tem
mais condição de continuar o combate;
2 - KNOCK OUT TÉCNICO (TKO): Quando o árbitro verifica que um dos lutadores
não tem mais condições de continuar a luta devida a não esta se defendendo, por
exemplo, mesmo não tendo sido nocauteado;
5 - Decisão do médico.
81
COMPILADO POR REGINA FERREIRA GOMES
7 - Desclassificação.
Formas de Pontuação
5 - Ao final da luta, os juizes laterais deverão passar os cartões com a somatória dos
pontos para o juiz central, o qual comunicará ao locutor oficial do evento o resultado.
6 - No caso de empate, haverá um round extra e o vencedor será aquele que melhor
se sair neste round. Isto em disputa de títulos, em eventos sem disputa de títulos
poderá apenas haver um empate.
3 - No caso da infração ser involuntária, o árbitro central deverá pedir por “tempo”
82
COMPILADO POR REGINA FERREIRA GOMES
para que o lutador atingido se recupere. Se o lutador não puder continuar a luta, o
árbitro central deverá pará-la e consultar a pontuação dos juizes laterais; a vitória
será concedida ao lutador que tiver mais pontos até o momento do incidente.
Pontos de ataque
3 - Golpes válidos:
Para Competir
Sistema de Competições
Campeonatos:
O sistema será pelo de Chaves, ou seja, eliminatória simples até chegar ao
Campeão do evento.
Pesagem
Será realizada antes ou no dia evento. Caso o atleta esteja muito fora de peso
daquele em que foi inscrito será desclassificado.
Se a pesagem for realizado no dia anterior, ele tem que bater no peso certo.
Caso haja muitos atletas fora de peso o card poderá ser modificado em comum
acordo entre dirigentes e atletas.
União: Devemos todos trabalhar com muito profissionalismo, sejamos unidos e com
muita disciplina.
84
COMPILADO POR REGINA FERREIRA GOMES
Disposições Gerais
Qualquer situação que aconteça durante o evento que não esteja listada nas
regras acima serão consideradas exceções.
Orientações:
Cabeça
Rosto
Pescoço
85
COMPILADO POR REGINA FERREIRA GOMES
Peito
Abdômen
Lado
Costas
A pontuação é atribuída quando um lutador executa uma técnica que está de acordo
com os seguintes critérios:
Boa forma
Aplicação vigorosa
Bom timing
Distância exata
Consciência
Atitude Esportiva
Faixas
No karatê existem sete faixas, cada uma associada a uma cor representativa
do Kyu. A faixa representa amadurecimento, conhecimento individual de cada
praticante, e a função do professor é de guiá-lo nesta estrada, indicando os aspectos
básicos de cada etapa.
86
COMPILADO POR REGINA FERREIRA GOMES
Pontuações:
1. As pontuações são as seguintes
IPON: Três pontos
WAZA-ARI: Dois pontos
YUKO: Um ponto
a) Boa Forma
b) Atitude Esportiva
c) Aplicação Vigorosa
d) Estado de alerta (ZANSHIN)
e) Tempo Apropriado
f) Distância correta
Ganhando o Jogo
A partida pode ser ganhada em um número de maneiras:
Por ter mais pontos do que o seu adversário no final da luta.
Ao estender uma vantagem de oito pontos.
Se você imobilizar seu adversário, deixando-o incapaz de continuar.
Se o seu adversário for desclassificado.
Se a quantidade de pontos são iguais no final, então o árbitro e os três juízes irão se
consultar e decidir um vencedor entre eles.
QUADRO DE ÁRBITROS
EXPLICAÇÃO:
No início de uma competição de Kumite, o Árbitro se coloca do lado de fora
da área de competição. A sua esquerda, se posicionam os Juízes 1 e 2, e a sua
direita, os Juízes 3 e 4.
Após a troca de cumprimentos formais pelos competidores e Quadro de
Árbitros, o Árbitro dá um passo para trás, os Juízes giram e todos se saúdam. Todos
então tomam suas posições.
88
COMPILADO POR REGINA FERREIRA GOMES
REGRAS DE KATA
EXPLICAÇÃO:
Para apresentação adequada de Kata é exigida uma superfície lisa e estável.
Normalmente as áreas de Kumite (tatames ou piso oficial) são satisfatórias.
UNIFORME OFICIAL
Competidores e Árbitros devem usar o uniforme oficial definido no Artigo das
Regras de kumite.
Qualquer pessoa que não atenda este regulamento deve ser excluída.
EXPLICAÇÃO:
A blusa do karate-gi não deve ser retirada durante uma apresentação de kata.
Competidores que se apresentam inadequadamente vestidos, terão um minuto para
resolver o problema.
EXPLICAÇÃO:
O número de kata requeridos depende do número de competidores
individuais ou de equipes participantes, como mostrados na tabela seguinte.
Competidores sem adversários (cabeças de chave/Byes) são contados como
competidores ou equipes.
QUADRO DE ARBITROS
Um Quadro de cinco Árbitros para cada encontro será designado pelo Chefe
de Tatame.
O Árbitro de competição de Kata não pode ser da mesma nacionalidade de
qualquer um dos participantes.
Adicionalmente serão designados cronometristas, anunciadores e marcadores
de pontuação.
EXPLICAÇÃO:
CRITERIO DE AVALIAÇÃO
Nível Técnico:
a) Posições
b) Técnicas
c) Movimentos de mudança
d) Tempo/Sincronização
e) Respiração correta
Concentração ( Kime):
a). Posições
b). Técnicas
c). Movimentos de mudança
90
COMPILADO POR REGINA FERREIRA GOMES
d). Tempo
e). Controle
Nível Atlético:
a). Força
b). Rapidez
c). Equilíbrio
d). Tempo
Desclassificação:
Um competidor ou uma equipe podem ser desclassificados por qualquer dos
seguintes motivos:
1. Execução do Kata equivocado ou anuncio do Kata equivocado.
2. Pausa inequívoca ou parada na execução durante vários segundos.
3. Interferência com a função dos Juízes (tal como que um Juiz tenha que se mover
por razões de segurança ou haver contato físico com um Juiz).
4. Caída da faixa durante a execução do Kata.
5. Exceder o tempo de seis minutos para o Kata e o Bunkai.
6. Má conduta em não seguir as instruções do Juiz Chefe.
Faltas:
De acordo com os critérios anteriores, as seguintes faltas devem ter em conta
na avaliação:
a). Uma pequena perda de equilíbrio.
b). Realizar um movimento de forma incorreta ou incompleta (a saudação se
considera a este respeito como parte dos movimentos do Kata), tal como falhar um
bloqueio de forma completa ou executar um golpe de punho fora do objetivo.
c). Movimento não sincronizado, tal como realizar uma técnica antes de completar a
rotação do corpo, ou no caso de uma equipe, não executar um movimento em
uníssono.
d). Utilização de comandos acústicos (de qualquer outra pessoa, incluindo os outros
membros da equipe) ou ações tais como golpear o solo com os pés, dar uma
palmada no peito, nos braços ou no kimono, ou uma respiração inadequada.
e). Perda de tempo, incluindo prolongar a marcha, demasiadas saudações ou uma
pausa prolongada antes de continuar a execução.
f). Causar lesão por não controlar as técnicas durante o Bunkai.
EXPLICAÇÃO
Kata não é uma dança ou desempenho teatral. Ele deve guardar os valores e
princípios tradicionais. Deve ser realista em termos de luta e exibir concentração, e
potencial de impacto de suas técnicas. Deve demonstrar força, potencia e
velocidade, como também elegância, ritmo e equilíbrio.
91
COMPILADO POR REGINA FERREIRA GOMES
Em Kata por equipe, os três membros da equipe devem iniciar o kata olhando
para a mesma direção e para o Juiz Chefe.
Os membros da equipe devem demonstrar competência em todos os
aspectos do kata demonstrado, bem como sincronismo.
Comandos para começar e parar a demonstração, bater os pés no chão, dar
palmadas no peito, braços ou no karate-gi, respiração inadequada, são exemplos de
estímulos externos e devem ser levados em conta pelos Árbitros quando da tomada
de uma decisão.
É da responsabilidade exclusiva do técnico ou do competidor assegurar que o
kata notificado para a mesa de pontuação, é apropriado para aquela rodada de que
se trata.
OPERAÇIONALIZAÇÃO DA COMPETIÇÃO
EXPLICAÇÃO:
O ponto inicial para demonstração de Kata é dentro do perímetro da área de
competição.
Se estiverem sendo utilizadas bandeiras, o Juiz Chefe pedirá a decisão
(Hantei) e dará dois sopros de apito. Os Árbitros levantarão as suas bandeiras
simultaneamente. Depois de dar tempo suficiente para contagem dos votos,
(aproximadamente cinco segundos) as bandeiras serão abaixadas depois de um
curto sopro adicional de apito.
Se um competidor ou uma equipe não se apresentam quando chamado ou
desiste (Kiken), a decisão será declarar o oponente automaticamente como
vencedor, sem necessidade de executar o Kata previamente notificado. Neste caso
o competidor ou a equipe poderá realizar o Kata anunciado em uma rodada
posterior.
92
COMPILADO POR REGINA FERREIRA GOMES
ÁRBITROS
JUÍZES:
2. Exercer direito de voto numa decisão a ser tomada. Os Juízes devem observar
cuidadosamente as ações dos competidores e fazer sinal para o Árbitro mostrando
sua opinião nas seguintes situações:
a) Quando veem que foi marcado um ponto.
b) Quando um competidor comete um ato e/ou técnicas proibidas.
c) Quando advertem uma lesão, uma indisposição ou a falta de capacidade de um
competidor para continuar.
d) Quando ambos ou um dos competidores saem da área de competição (Jogai).
e) Em outras situações que julgar necessário chamar a atenção do Árbitro.
93
COMPILADO POR REGINA FERREIRA GOMES
SUPERVISOR DO ENCONTRO:
SUPERVISORES DE PONTUAÇÃO:
EXPLICAÇÃO:
94
COMPILADO POR REGINA FERREIRA GOMES
95
COMPILADO POR REGINA FERREIRA GOMES
18. Quando dois ou mais Juízes indiquem um ponto ou uma falta para o mesmo
competidor.
19. Quando na opinião do Árbitro tenha sido marcado um ponto ou tenha sido
cometido uma falta, ou se deva parar o encontro por motivo de segurança.
20. Quando solicitado pelo Chefe de Tatame para fazer isto.
EXPLICAÇÃO:
Antes de iniciar uma luta, o Árbitro chama os competidores para suas linhas
de partida. Se um competidor entrar prematuramente na área de competição, ele
deve sair. Os competidores devem se cumprimentar adequadamente, um rápido
aceno com a cabeça é descortês e insuficiente. O Árbitro pode ordenar que os
competidores se cumprimentem quando nenhum deles o faz voluntariamente,
conforme é mostrado no Apêndice 2 das regras.
Quando reinicia a luta, o Árbitro deve verificar se os competidores estão nas
suas linhas e devidamente compostos. Competidores que ficam saltando e
agachando, ou estão irrequietos, devem ficar quietos antes de o combate
recomeçar. O Árbitro deve reiniciar a luta com o mínimo de atraso.
Competidores devem cumprimentar-se antes do inicio da luta e no final
também.
SHOBU HAJIME Começa a luta Após anunciar, o Árbitro dá um Passo para trás.
ATOSHI BARAKU Falta pouco tempo O cronometrista dará um sinal audível, dez
segundos antes do final do combate e o Árbitro anunciará “Atoshi Baraku”.
SHUGO Convocação dos Juízes O Árbitro chama os Juízes no fim da luta ou para
recomendar Shikkaku. HIKIWAKE Empate No caso de uma igualdade por pontos, o
Árbitro cruza os seus braços, descruzando-os em seguida, mostrando as palmas
das mãos para frente.
AKA (AO) NO KACHI Vitória de Aka (Ao) O Árbitro levanta o braço obliquamente
direção do vencedor.
96
COMPILADO POR REGINA FERREIRA GOMES
AKA (AO) IPPON Três pontos para O Árbitro levanta seu braço para cima a 45º para
Aka (Ao) o lado do competidor que pontuou.
AKA (AO) WAZA ARI Dois pontos para O Árbitro estende seu braço no nível do Aka
ombro para o lado do competidor que ou A pontuou.
AKA (AO) YUKO Um ponto para O Árbitro estende seu braço para baixo Aka ou Ao
a 45º para o lado do competidor que pontuou.
JOGAI Saída da área de O Árbitro aponta seu dedo indicador para o competição não
infrator para indicar aos Juízes que o causada pelo competidor saiu da área de
competição. Oponente SHIKKAKU Desclassificação O Árbitro aponta primeiro para
cima a 45º na “Expulso da área” direção do infrator, movimentando para fora e atrás,
anunciando “Aka (AO) Shikkaku. Depois anuncia a vitória do oponente.
MUBOBI Auto exposição O Árbitro toca sua face e leva sua mão à ao perigo frente,
movendo-a para trás, para indicar aos Juízes que o competidor está arriscando a si
próprio.
97
COMPILADO POR REGINA FERREIRA GOMES
OTAGAI-NI-REI
YAME: “Parem”
Interrupção ou final do combate. O
Árbitro separa os competidores
executando com a sua mão um sinal
de corte. O cronometrista para o
cronómetro
TSUZUKETE HAJIME
“Continuação do combate.
Comecem!”
O Árbitro retrocede
em Zenzutsu dachi, estende as palmas
das mãos em direcção aos
competidores e quase as junta ao
centro.
98
COMPILADO POR REGINA FERREIRA GOMES
OPINIÃO DO ÁRBITRO
Depois de dizer “Yame” utilizando o
sinal prescrito, o Árbitro indica a sua
preferência mantendo o braço flectido
com a palma da mão virada para cima
do lado do respectivo competidor.
99
COMPILADO POR REGINA FERREIRA GOMES
NO KACHI
O Árbitro levanta o braço em oblíquo
(45º) para o lado vencedor
KIKEN
“Desistência”
O Árbitro aponta com o dedo indicador
para o local do competidor indicado na
área de competição, anuncia a sua
desistência e a vitória do seu
oponente.
SHIKKAKU
“Desclassificação, Saia da área da
competição”.
O Árbitro utiliza dois gestos,
anunciando «aka (Ao) shikkaku»,
apontando com o indicador a cara do
competidor e de seguida aponta para
trás dele, expulsando-o da competição,
anunciando de seguida a vitória do seu
oponente com o gesto atrás descrito.
HIKIWAKE: “Empate”
O Árbitro cruza os braços no peito,
descruza-os e sustenta-os esticados
ao lado do corpo com as palmas das
mãos viradas para fora.
Infração de CATEGORIA 1
O Árbitro vira-se para o competidor
que cometeu a infração e cruza os
braços ao nível do peito.
Infração de CATEGORIA 2
O Árbitro aponta o seu dedo indicador
(com o braço dobrado) para a cara do
competidor que cometeu a infração.
100
COMPILADO POR REGINA FERREIRA GOMES
CHUKOKU
Fazendo o sinal apropriado, o Árbitro
dá um aviso de Categoria 1 ou
Categoria 2. Não é dada nenhuma
penalização.
KEIKOKU
“Penalização, atribuindo um Ippon ao
oponente”.
O Árbitro indica uma penalização da
Categoria 1 ou 2 e aponta com o dedo
indicador o pé do infrator.
HANSOKU CHUI
“Penalização de Nihon”.
O Árbitro indica a penalização de
Categoria 1 ou 2 e aponta com o dedo
indicador horizontalmente na direção
do prevaricador e
dá Nihon (dois pontos), ao oponente.
HANSOKU
“Desclassificação”
O Árbitro indica a penalização da
Categoria 1 ou 2 e aponta com o seu
dedo indicador para cima a 45º graus
na direção do prevaricador, e dá a
vitória ao oponente.
TORIMASEN
“Não é aceitável como técnica
pontuável”
O Árbitro cruza os braços e faz o
gesto de cortar, com as palmas das
mãos viradas para baixo. Quando o
árbitro usa este sinal seguido do de
reconsideração, significa que a técnica
foi deficiente num ou mais dos seis
critérios de pontuação.
101
COMPILADO POR REGINA FERREIRA GOMES
“RECONSIDERAÇÃO”
Depois de indicar a sua motivação, o
Árbitro pede aos Juízes que
reconsiderem a sua opinião.
TÉCNICA BLOQUEADA
O Árbitro coloca
uma das mãos aberta sobre o outro
braço indicando aos Juízes que aquela
técnica foi bloqueada ou atingiu uma
área não pontuável.
TÉCNICA FALHADA
O Árbitro move o seu punho fechado
ao longo do seu corpo indicando aos
Juízes que aquela técnica falhou.
CONTATO EXCESSIVO
O Árbitro indica aos Juízes que houve
contato excessivo, uma infração da
Categoria 1.
102
COMPILADO POR REGINA FERREIRA GOMES
JOGAI
“Saída da área de competição”
O Árbitro aponta o seu dedo indicador
para a linha limitadora da área de
competição do lado do competidor que
cometeu a infração.
SHUGO
“Chamar os Juízes”
O Árbitro chama os Juízes no final do
combate ou para analisar uma
penalização de Shikaku.
EVITAR COMBATER
O Árbitro faz um movimento circular
com o dedo indicador apontando para
baixo, indicando aos Juízes falta de
Categoria 2.
ATAQUES DESCONTROLADOS E
PERIGOSOS
O Árbitro faz o seu punho fechado
passar ao lado da cabeça, indicando
aos Juízes falta de Categoria 2.
103
COMPILADO POR REGINA FERREIRA GOMES
FALAR OU RIDICULARIZAR O
OPONENTE, OU COMPORTAMENTO
DESCORTÊS
O Árbitro coloca o seu dedo indicador
nos lábios, indicando uma falta de
categoria 2.
104
COMPILADO POR REGINA FERREIRA GOMES
AIUCHI MIENAI
Movem-se as bandeiras, uma em As bandeiras são colocadas em frente à
direcção à outra, em frente ao peito. cara.
105
COMPILADO POR REGINA FERREIRA GOMES
GLOSSÁRIO DO KARATÊ
-A-
ADA – adversário.
AGURA-WO-KAKU – sentar-se com as pernas cruzadas.
AHIMSA – (Sânscrito) – não violência dirigido aos homens e animais. Ideal de
origem budista excluindo o ódio, os maus pensamentos e o egoísmo.
AI KAMAE – os combatentes tem a guarda de lados contrários (posição aberta)
AIKI – união com o Ki. Estado de impassibilidade de espírito do combatente, no qual
toda a sua força está concentrada no Hara. O seu espírito deve estar livre de
qualquer intenção de agressão e permanecer alerta. É o estado estático do Kiai, da
mesma maneira que esta seja a forma dinâmica expressa silenciosamente ou não,
do Aiki. Dele precede a faculdade de vencer moral e espiritualmente um adversário
sem recorrer a armas. É o estado psicológico que não exige vencer sem atingir.
AIKI-HO – doutrina baseada na não resistência ao empurrão, ao peso ou atração de
um adversário, como o ramo de salgueiro que se dobra debaixo da neve e faz com
que esta caia, e adotada por muitas escolas.
AIKI-NO-SEN – tirar proveito da postura do adversário.
AI-NUKE – situação na qual dois potenciais adversários tendo chegado à união dos
seus respectivos Ki, quer seja antes ou durante um confronto, não podem combater
e cuja consequência é que não pode haver vencedor nem vencido. Os dois
adversários chegam então a uma mútua compreensão que supera o materialismo do
combate e unem-se espiritualmente, acima dele, em perfeita harmonia.
AITE – inimigo, adversário.
ANTEI – harmonia, equilíbrio e firmeza.
ARASHI – tempestade.
ARASO-U – disputa.
ASA-GEIKO – treino matinal.
ASE – suar, transpirar.
ASAHI – sol, levante.
ASHI – pé, perna.
ASHI-ATE-WAZA – técnica com os pés.
ASHI-BARAI – varrer com os pés (passar o pé).
ASIRU – correr.
ATATAMARU – pré-aquecimento antes do treino (também chamado de Junan-
Taisho e Junbi-Undo).
ATEMI-WAZA – técnicas de golpear, traumatizando os pontos vitais.
ATO-NO-SEN – iniciativa defensiva, ação de iniciar um movimento de defesa
quando se percebe a intenção de ataque do adversário, de maneira que se possa
bloquear e contra-atacar imediatamente, às vezes, inclusive, de atacar antes do
adversário.
AYUMI-ASHI – passo cruzado. Mae frontal e alto para trás.
-B-
BANZAI – 10.000 anos de felicidade.
BOGU-KUMITE – combate com projeções.
106
COMPILADO POR REGINA FERREIRA GOMES
-C-
CHI – sabedoria, prudência.
CHIKARA – força, potência. A ação Chikara (In/Yin) acompanhada de Ki (Yo/Yang)
dá uma ação completa e perfeita.
CHIMEI – golpe decisivo e perigoso que pode ser mortal se dado verdadeiramente a
fundo.
CHÔYAKU HANGERI – contra ataque em salto
CHUDAN – altura do plexo, altura média, nível médio.
CHUDAN KAMAE – Kamae com a guarda em nível médio
CHUI – infração (comportamento incorreto na luta), advertência.
CHUSHIN – centro.
-D-
DACHI – posição, colocação, base.
DAI – superior.
DAKI – abraçar.
DAN – grau.
DE-AI – ataque realizado ao mesmo tempo em que o adversário.
107
COMPILADO POR REGINA FERREIRA GOMES
-E-
EMPI – cotovelo.
ENBU – demonstração.
ENCHO-SEN – prolongamento do combate.
ENRYO – desprezo da morte, sem medo da morte.
ENSAN-NO-METSUKE – arte de olhar sem ver e ver sem olhar. Não há que se
fazer escravo do objeto que se olha, há que captar toda a sua esfera em uma visão
total.
ENSHIN – posição de preparação no combate.
ERI ZUKAMI – agarrar pelo pescoço
-F-
FU-ANTEI – desequilíbrio, instabilidade.
FUDO DACHI – posição imóvel.
FUDOSHIN – espírito imutável. O domínio da mente, o estado no qual o espírito é
imutável. O estado no qual o espírito não está perturbado por nada exterior. Ignora o
medo em face ao perigo, em face de uma agressão e em face de um acontecimento
imprevisto. É a impassividade total diante dos riscos da vida. Este conceito, exposto
por Taukan, foi desenvolvido por Miyamoto Musashi, que o denominou Iwa-No-Mi,
(corpo como uma rocha). Diz-se de um combatente que permanece imperturbável e
sereno em qualquer circunstância.
FUKUSHI-KOKYU – prática de respiração e tensão abdominal
FUMIDASHI – avançar
FUMI-GAESHI – troca de guarda sem deslocamento.
FUMI-KOMI – pontapé para baixo (pisão).
FURYU – costumes e crenças das antigas gerações que há de respeitar nos treinos.
FUTARIDORI – combate contra vários atacantes.
-G-
GAMAN – perseverança, paciência.
GANKAKU KAMAE – posição de dupla defesa do Kata Gankaku, com o pé apoiado
na curva do joelho oposto.
GAWA – lado
GEDAN – abaixo da linha da faixa, baixo ventre, nível inferior.
GEDAN KAMAE – Kamae com a guarda de nível baixo
108
COMPILADO POR REGINA FERREIRA GOMES
-H-
HACHIJI DACHI – posição com os pés em 45º. para fora
HAI – sim.
HAITO-UCHI – golpear com o bordo interno da mão.
HAJIME – iniciar, começar.
HAKKE-YOI – muito bem.
HAKUDA – curso de treino.
HAN – Pelotão, patrulha e corpo.
HANGEKI – defesa e contra-ataque simultâneos.
HANGETSU DACHI – posição em meia lua.
HANMI – posição com o corpo rodado a 45º. Com a anca da perna da frente rodada
de frente.
HANSOKU-CHUI – reprimenda por infração.
HANTEI – julgamento.
HAPPO KUMITE – combater em várias direções contra diversos adversários.
109
COMPILADO POR REGINA FERREIRA GOMES
-I-
I – vontade.
IBUKI – técnica respiratória sonora a partir do ventre que permite principalmente,
dominar a dor parecida depois de um Atemi ou um Hishigi.
ICHIBAN – primeiro em japonês. Diz-se de tudo o que é de primeira qualidade, pode
aplicar-se tanto às coisas como à técnica.
IDÔ – movimento
IIE – não.
110
COMPILADO POR REGINA FERREIRA GOMES
IKI-AI – coordenação.
IKKEN-HISSATSU – matar de um só golpe. Também Ichigeki-Hisatsu.
IRIKUMI-KUMITE – combate no qual o Uke se baseia em atacar e Tori apenas
defende.
IRIMI – lançar o corpo com força. Esquiva em Tsugi-Ashi/Okuri-Ashi, entrando. É a
forma positiva de toda a técnica defensiva, a não resistência deixando que a força
do adversário se vire contra ele, e que deve originar um movimento simultâneo de
contra-ataque.
IRIMI-TENKAN – esquiva entrando e girando o corpo para desequilibrar.
I-SHIN-DEN-SHIN – modo de receber um ensinamento segundo a expressão
japonesa – da minha alma à tua alma. Não se transmite verbalmente e dava-se
antigamente no Tibet e no Oriente, de mestre a discípulo.
-J-
JIEI – defesa pessoal (Goshinjutsu)
JIKU ASHI – perna que serve de pivot
JISEI – método.
JISSEN-KUMITE – combate real.
JIYU-IPPON KUMITE – combate livre com um deslocamento
JODAN – altura do rosto, pescoço, nível superior.
JODAN KAMAE – Kamae com a guarda alta
JÔ DORI – puxar o bastão
JOGAI – fora do campo de treino ou luta.
JOHO – para cima.
JOI – atenção, preparados! Também chamado de Kiotsuke.
JOTATSU – progressos.
JÔ ZUKAMI – agarrar o bastão
JUHO – treino para a flexibilidade.
JUJI KAMAE – Kamae com os braços em defesa em “X”
JUJI-UKE – bloqueio em cruz.
JÛ-JOKU-GO-O-SEI-SURU – a suavidade controla a força. Conceito que se
encontra na base de todos os Budo e que teria sido enunciado pela primeira vez
pelo filósofo chinês Lao-Tse.
JUNAN-SHITSU – flexibilidade, elasticidade (também chamado de Danryoku).
JUN KAITEN – rotações seguidas
JUTSU – técnica. Conceito que se aplica à parte material das artes marciais, dirigido
principalmente à eficiência das técnicas de uma arte marcial e em segundo plano, à
sua filosofia.
JYU – movimentos livres.
JYU KAMAE – Kamae livre
JYU-KUMITE – combate livre.
JUKUREN – habilidade, destreza
JUKURYO-DANKO – reflexivo, mas rápido na ação.
JU-NO-RI – princípio de suavidade e de flexibilidade que consta de uma postura
adequada e de uma ação sem brutalidade, nas quais Tori não deve opor-se à força
de Uke, mas pelo contrário, servir-se dela para desequilibrar o adversário
conservando sempre o seu próprio equilíbrio.
111
COMPILADO POR REGINA FERREIRA GOMES
-K-
KACHINUKI – treino muito especial tipo combate, no qual um praticante enfrenta um
oponente atrás de outro, sucessivamente e sem pausas, até ficar esgotado física ou
mentalmente e/ou ser derrotado.
KAESHI-IPPON KUMITE – combate a um deslocamento com resposta a um
deslocamento (quem efetua a defesa contra ataca avançando, obrigando o atacante
original a uma posição defensiva).
KAGI KAMAE – Kamae com braço em Kagi Tsuki
KAHO – para baixo.
KAIGEN – despertar espiritual.
KAISHI – inaugurar, abrir, começar.
KAISO – fundador.
KAITEN – rotação
KAIUN NO TE – ambos os braços na lateral com as mãos em tate
KAKAEKOMI – suportar o peso (adversário) sobre um braço.
KAKARI-GEIKO – prática de técnicas básicas de defesa e ataque.
KAKATO-GERI – chute com o calcanhar.
KAKEDAMESHI – ataque forte.
KAKE-GOE KAKUTO-BUGEI – artes marciais de combate. Conjunto de técnicas
Budo em que se utilizam só armas, excluindo-se as técnicas de mãos desarmadas.
KAMAE – posição de combate com incidência no ataque ou na defesa
KAMAETE – colocar-se em posição.
KAMI ZUKAMI – puxar o cabelo
KAN-KEN-FUTATSU-NO-KOTO – expressão do guerreiro na sua aplicação do
Bujutsu significando a sua possibilidade de ver com os olhos e a mente, dando-lhe a
oportunidade de pressentir o perigo.
KANNAGARA – via de intuição que não comporta nem leis nem doutrinas do bem e
do mal. Rege-se pelas leis que governam os fenômenos naturais.
KAN-GEIKO – treino de inverno.
KANTAN-NA-MONO-YOKU-KACHI-O-SEISU – o equilíbrio entre a vitória e a
derrota, muitas vezes depende das coisas simples.
KANZYO – pensamento concentrado para levar as energias em uma mesma
direção.
KASHI – vencedor.
KATA – forma.
KATA ASHI DACHI – posição sobre um apoio
KATA HIZA DACHI – posição sobre um apoio
KATAI – duro, rígido.
KEAGE – chute com recolhida rápida do pé, chicotada.
KEIKO – prática. Estudo e aperfeiçoamento das aplicações de um Budo, com o fim
de superar (Kei) os antigos (Ko)
KEN RYO KOSHI KAMAE – guarda com ambos os punhos em ambas as ancas
KENSEI – Kiai em silêncio
KENSHI – experiente na técnica do sabre.
KIAI – grito utilizado na finalização do golpe, que serve para liberar energia, assustar
o adversário e estimular a contração do tórax, aumentando a estabilidade articular.
Concentração da energia, expulsão do Ki acumulado mediante um grito. Também
utilizado para paralisar o inimigo. Gritar para obter mais energia.
KIBA-DACHI – posição de cavaleiro de ferro.
112
COMPILADO POR REGINA FERREIRA GOMES
-M-
MA-AI – distância, espaço, significa a distância/tempo que separa duas coisas.
Existem três distâncias básicas - Chika-Ma - curta distância, To-Ma – longa distância
e Issoku-Itto-No-Maai – intermediária. Donto – respiração normal entre as duas. Esta
última, literalmente, distancia de um passo ou golpe.
MAE – à frente.
MAE-GERI – chute para frente.
MAGOKORO – sinceridade de coração.
MAKE – derrota.
MAKOTO – mente pura. Sentimento de sinceridade absoluta, fidelidade e lealdade.
MAMORI – proteção, defesa.
113
COMPILADO POR REGINA FERREIRA GOMES
-N-
NAGAI-MONO – armas comprimas como sabres, lanças e etc.
NAGASHI-UKE – defesa circular para o alto.
NAMI ASHI – elevação da perna, pelo joelho (Tekki Shodan).
NANAME – diagonal.
NAORE – voltar à posição inicial
NEKO ASHI DACHI – posição do gato
NIGE ASHI DACHI – o mesmo que Gyaku Zenkutsu Dachi
NOGARE – respiração. Faz-se inspirando pelo nariz e expirando (Ibuki) pela boca.
NUKAZU-NI-SUMU – sem desembainhar o sabre, significa que o sabre está para
manter a paz e não para fazer a guerra.
NUKI – esquiva.
NUKI-WAZA – técnica evasiva. Geralmente consiste em um passo atrás ou uma
rotação destinada a esquivar um ataque, o que ocasiona que o mesmo encontre o
vazio e com isto se aproveite do momento de equilíbrio do oponente para contra-
atacar. Origem no Hara e que ativa o movimento do Ki. É a coordenação entre a
respiração e o movimento, acumulando o Ki e dirigindo-o e redirecionando-o com o
golpe ou técnica. Também chamado de Yo-Ibuki.
NUKITE – técnica com as pontas dos dedos.
NUSUMI ASHI – roubar o apoio
NYUNAN-SHIN – suavidade do espírito, o praticante deve aceitar com humildade,
as diretrizes do professor, abstraindo-se do seu ego.
-O-
OI KOMI – técnica comum avanço
OKURI ASHI – deslocamento deslizante em que se desloca primeiro o pé mais
próximo do alvo, arrastando o outro.
OKURI-IPPON KUMITE – combate com dois ataques do mesmo elemento. O
primeiro é pré-determinado, sendo o segundo de livre escolha baseado na distância
do oponente.
OKURU – enviar
O-MOI – ajudar com carinho e desapego.
OSHI KOMI – puxar (lançar uma perna e após o apoio, arrastar a perna de trás).
OTOKODATE – homem de espírito cavalheiresco e forte caráter.
OYO-BUNKAI – aplicação de um Bunkai.
115
COMPILADO POR REGINA FERREIRA GOMES
-R-
RAKKA – força contra força.
RAN – guerra.
REI – saudação.
RENOJI DACHI – posição com os pés em “L”
RENSHU – treino físico.
RI-GI-ITTAI – teoria e técnica são uma só
RISHI – transcendente, o que encontrou o caminho da verdade.
RYO KEN YAMA KAMAE – guarda em Yama Kamae com punhos fechados
RYO SHO YAMA KAMAE – guarda em Yama Kame com os punhos abertos
RYO TE FUSE – posição com as mãos no chão
RYU – escola, estilo.
RYU-GI – aprender a dirigir o espírito, um dos segredos das artes marciais.
-S-
SABAKI – desviar para o lado
SAHI-TE – mão que entra, técnica defensiva.
SAKKI – sede de sangue/ar de assassinato. Sensação negativa de agressividade.
Sentimento instantâneo e intuitivo que tem um praticante de um Budo
respectivamente à intenção agressiva de outra pessoa e que permite contra-atacar
antes, inclusive que o adversário tenha tido tempo de decidir um ataque efetivo.
SAMADHI – concentração total, perfeita.
SAMURAI – servidor, vassalo, soldado que jura lealdade e honra ao seu senhor
(Daimyo).
SANBON KUMITE – combate com três deslocamentos.
SANCHIN DACHI – posição da ampulheta
SAN-NEN-GOROSHI – técnica secreta que consiste em atingir o adversário de tal
forma que a morte o encontra mais tarde (San-Nen – 3 anos). Esta técnica pertence
mais ao domínio da lenda do que da realidade, ainda que alguns traumatismos
derivados de um Atemi possam deixar sequelas que, em longo prazo, podem
encurtar a vida normal de um indivíduo.
SASAE URAKEN KAMAE – guarda com Uraken suportado nas costas do punho
oposto (posição de Ura Tsuki/Uraken Uchi da Tekki Shodan)
SATORI – iluminação espiritual.
SATSUI – intenção de matar, assassinar.
SAYU – direita e esquerda.
SEI – natureza, espírito autêntico, vida.
SEIEN – estímulo, ajuda.
SEICHUSHI – samurai inteligente e leal.
SEIKAKU NI – certo, exatamente, precisamente.
SEIKEN – parte interior do punho cerrado.
SEI-RYOKU-ZEN-YO – mínimo esforço e máxima eficácia/resultado.
SEISHIN-TANREN – formação espiritual do homem, cujo espírito é comparável a
uma folha de sabre e deve, como esta, ser forjada e purificada de maneira a que
alcance a perfeição.
116
COMPILADO POR REGINA FERREIRA GOMES
-T-
TACHI HIZA – posição a um apoio (Kata Hiza Dachi)
TACHIKATA – posição
TAI – conhecimento interior do corpo
TAIKAI – encontro.
TAI-SABAKI – esquiva em círculo, deslocar para o lado a totalidade do corpo.
TAI SOKU NI – para o lado do corpo.
TAMESHI – prova, ensaio, experiência.
TANDEN – área situada atrás do umbigo, considerada pelos Orientais, há milênios,
como base para se conseguir estabilidade, equilíbrio e força.
TANDOKU-DOSA – estudo e treino de uma técnica individual
TANDOKU-GEIKO – prática individual.
TANREN – prática assídua pela qual se chega a auto perfeição.
TANREN KUMITE – combate de destrezas
TANTRA – disciplina espiritual.
TARYU-JIAI – duelo entre escolas distintas, ou estilos diferentes, realizados para
ajudar no progresso das artes marciais e estabelecer superioridade do estilo.
TATSUJIN – aquele que alcançou a perfeição do sabre.
TE – mão.
118
COMPILADO POR REGINA FERREIRA GOMES
-U-
UCHI – ataque indireto, para dentro.
UCHI HACHI JI DACHI – posição com os pés em 45º. para dentro (contrário ao
Hachiji Dachi)
UCHI GAWA – para dentro.
UHO – direção à direita.
UKE – defesa.
UKE GAE – mudança de defesa
URA – lado contrário.
USHIRO – para trás.
-W-
WA – PAZ.
WAKARE – separar.
WAZA-O-KOROSU – controle da técnica. Ataca-se a técnica do adversário
adivinhando as suas intenções, conhecendo os seus pontos fracos.
-Y-
YUKKURI – devagar
YAKUSOKU KUMITE – as formas de combate do Gohon Kumite ao Okuri-Ippon
Kumite, formam o grupo do Yakusoku kumite. A palavra Yakusoku significa
promessa ou compromisso, o que obriga o atacante a efetuar o ataque que estava
pré-determinado.
YAMA – montanha
119
COMPILADO POR REGINA FERREIRA GOMES
-Z-
ZANSHIN – Estado de alerta, guarda mental.
ZENGO – para frente e para trás
ZENKUTSU DACHI – posição com o joelho frontal flexionado
ZEN-KWUN-DO – técnica de combate cujo principal objetivo consiste em partir o
braço ou a perna do adversário ao primeiro ataque. Há bloqueios especiais.
Utilizam-se também os dedos nos olhos e na garganta.
ZENPO – em direção à frente
120
COMPILADO POR REGINA FERREIRA GOMES
REFERENCIAS:
www.culturajaponesa.com.br/kimonos
https://pt. wikipedia.org/wiki/Karategi
http://karateshotokan.net/faixas-do-karate/
http://worldfighter.com.br/karate-faixas/
http://karateshotokan.net/category/significado-das-faixas/
https://pt.wikipedia.org/wiki/Katas_do_carat%C3%AA
http://karateshotokan.net/significados-dos-kata-shotokan/
http://karateshotokan.net/as-bases-do-karate/
http://fskcmeikyo.blogspot.com/2010/02/meikyo-bunkai.html
http://www.brevardshotokan.com/kata/view/jiin
http://www.brevardshotokan.com/kata/view/wankan
http://www.butokukaisa.com.br/informacoes-sobre-o-karate/bases-do-karate-
shotokan/
https://pt.wikipedia.org/wiki/Bases_do_carat%C3%AA#Bases_altas
https://pt.wikipedia.org/wiki/Kumite
https://karatevicosa.wordpress.com/tag/golpes-de-karate/
https://sites.google.com/site/shotokankaratept/tecnicas/maos-e-bracos/mao
http://karateesportivo.blogspot.com/2011/
https://pt.wikipedia.org/wiki/Kihon
http://karateshotokangondomar.blogspot.com/2010/04/blog-post.html
https://pt.wikipedia.org/wiki/Bud%C3%B4
http://regras.net/karate/
http://www.cbkt.org/index.php?option=com_content&view=article&id=50&Itemid=69
http://fgk.com.br/portal/wp-content/uploads/2014/02/Regulamento-de-Arbitragem.pdf
http://aulasdekarate.blogspot.com/2015_04_01_archive.html?view=snapshot
http://www.akv.pt/consultorio/Regras%20WKF%20Ver5.3%20Portugues.htm
https://www.google.com.br/search?q=DESENHO+POSI%C3%87%C3%83O+DOS+
%C3%81RBITROS+KARATE&tbm=isch&tbs=rimg:CfsZcf4H
121