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Seu relacionamento amoroso tem feito você crescer?

O sentido espiritual de um relacionamento amoroso, tirando todo o romantismo, é ser um material de escola que te ensina a amar, a ser
livre e a deixar o outro livre.

O sentido espiritual de um relacionamento amoroso, tirando todo o romantismo, é ser um material de


escola que te ensina a amar, a ser livre e a deixar o outro livre. Quando eu digo “ensinar a amar”, uso
uma figura de linguagem, porque não é possível aprender a amar – o amor já existe, ele é a fragrância
do ser. Mas a relação afetiva gera uma fricção que possibilita remover obstáculos que te impedem de
amar. Esse é um assunto bastante delicado e as chances de eu ser mal compreendido são tremendas,
mas vamos tentar.
Existem certas lições que você só pode aprender com suas relações amorosas, porque elas são
catalizadoras de todas as suas feridas, de tudo aquilo que não está integrado dentro da sua constelação
familiar. Todo seu passado é reeditado na relação amorosa para que você tenha a chance de integrá-lo,
de curar essas relações familiares que ainda estão, de alguma forma, infringindo dor no seu sistema.
Embora o relacionamento amoroso seja um poderoso instrumento de
aprendizado e de cura, ele pode também te levar a um sono
Embora o relacionamento amoroso seja um poderoso instrumento de aprendizado e de cura, ele pode
também te levar a um sono. Nesse sentindo, você pode estar apenas repetindo determinados padrões
destrutivos (apegos, disputas, projeções, medos) e andando em círculos, deixando de se expandir e
crescer. Há que se ter discernimento e sabedoria para identificar quando isso ocorre.
O objetivo maior de um relacionamento amoroso é sustentar o êxtase. É sustentar a conexão da
energia sexual com o coração aberto: o encontro de duas correntes positivas, dois sins. Esse encontro
aponta a direção da suprema liberdade e só é possível se existir amor e liberdade.
Portanto, isso que eu tenho chamado de novo casamento, não costuma chegar cedo na vida, porque
requer certa maturidade, uma compreensão e inclinação para deixar o outro livre – livre inclusive
para não te amar se ele não quiser. Essa é a prova final dessa iniciação chamada relacionamento
amoroso.
Eu o vejo como uma iniciação espiritual. Você só completa esse ciclo iniciático quando supera a
carência afetiva, ou seja, quando se liberta da insegurança, do ciúme e da possessividade. Só assim
você consegue de fato, ser livre e deixar o outro livre. Por sua vez, podemos entender a relação
amorosa como o próprio remédio para a carência. Dependendo da sua carência, você precisa ficar um
tempo X dentro de uma relação ou às vezes precisa ficar sozinho. Não tem uma receita. Isso tem que
ser sentido por você – o que você está precisando no momento.
você está apenas andando em círculos, machucando e sendo machucado
Às vezes você não consegue perceber porque está cego pela própria carência. Por exemplo, você pode
estar precisando ficar um tempo sozinho, mas sua carência ainda está tão grande que você não quer
sequer parar para pensar se a relação em que você está tem te feito crescer ou se dentro dela, você está
apenas andando em círculos, machucando e sendo machucado.
Quando a relação se torna eminentemente destrutiva, sem chances para crescer no amor, na liberdade
e no perdão, você tem que ter a coragem de tirar umas férias. Tem que ter coragem de olhar de frente
para isso e explorar o medo que talvez você tenha de ficar sozinho. Eu não estou incentivando a
separação! Eu estou incentivando você a encarar a verdade; a ser honesto com você e com o outro.
Muitas vezes, você mantém seu relacionamento para poder ter onde projetar suas ilusões. O outro é
uma tela em que você projeta seus sonhos e quando ele quer deixar de ser essa tela ou quando você
sente que não está mais conseguindo projetar seu sonho nessa tela, você acaba com o relacionamento.
Mas você fica ansiosamente aguardando o momento de encontrar outra tela para continuar
projetando o seu sonho. Outras vezes, você mantém o seu sonho fazendo do outro um escravo para
atender os seus caprichos. Você força o outro a te amar, porque acreditou que se ele fizer do seu jeito,
ele te ama. Não se engane: isso significa aprisionar o outro.
Vou te passar uma lição de casa. Se você está com alguém, comece a se perguntar: por que estou nessa
relação? O que me mantém aqui? Não tenha medo de ser honesto consigo mesmo. É só a mentira que
cai, a verdade nunca cai. Se o que te mantém nessa relação é o amor a Deus e à liberdade é porque
você está se expandindo na luz; está crescendo dentro do programa estabelecido pela sua alma. Se for
assim, zele por essa relação, firmeza no amor, no perdão, na liberdade e siga em frente. Mas se você
está na relação por outras razões, tenha coragem para olhar o que te mantém aí. Dê essa passo a seu
favor. Estou querendo que você rompa com a mentira e siga se expandindo.

O que satisfaz a alma é a verdade


 Emodiversidade: variedade de emoções como segredo de saúde mental
 A metáfora dos três macacos e o bem viver
 Do silêncio ao grito: o dramático pêndulo emocional

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Mentir ou não dizer a verdade para não machucar uma pessoa ou para ocultar uma realidade é algo que acontece com todos nós ao longo da
vida. Tememos machucar alguém, temos vergonha do que os outros possam pensar e nos recusamos a mostrar nossos sentimentos.

Mas quando não falamos a verdade ou não falamos toda a verdade, algo em nosso interior se retorce, nos lembra de que não
estamos sendo honestos com nós mesmos, sentimos que algo falha. Às vezes ocultamos nossa idade real, ou nosso nível em um idioma, ou em
aspectos mais importantes como nossos sentimentos.
“A verdade se vive, não se ensina.”
-Hermann Hesse-

O medo de dizer a verdade


Muitas vezes tememos dizer a verdade pelo medo do que os possam pensar, mas esse motivo pode nos afundar em uma
realidade que não é a nossa, pode nos converter em uma pessoa que não somos realmente.
A honestidade é uma das características básicas para se relacionar com outras pessoas e é fundamental cuidá-la e respeitá-
la, fazendo com que ela nos acompanhe em todas as nossas ações e palavras.
Não devemos nos esquecer de que o medo é uma emoção que previne frente a uma situação potencialmente perigosa, mas como
toda emoção, pode ser administrada e controlada. Os neurocientistas se perguntaram se o medo é simplesmente um mecanismo
de defesa frente a alarmes psicossociais, que nos impulsiona para o esquecimento e o ocultamento do que sabemos ser verdade.

A valentia necessária para dizer a verdade


Dizer a verdade é realmente um ato de valentia em algumas ocasiões, é falar com o coração e dizer o que realmente se pensa, não
se esconder sob falsas aparências. Ser valente significa olhar a outra pessoa nos olhos e dizer que gosta dela, é conseguir que
nossa alma e nosso coração batam ao mesmo tempo diante das palavras que surgem do mais profundo de nosso ser.
“A verdade se corrompe tanto com a mentira quanto com o silêncio.”
-Marco Tulio Cicerón-

Quando dizemos a verdade nos despimos diante dos outros, nos mostramos como somos e isso pode dar medo, mas não é
possível se ocultar durante muito tempo sob falsas camadas, sob aparências inventadas.

Se você errar, peça perdão


Todos nós cometemos erros ao longo da vida ao tentarmos proteger alguém, por exemplo, e ocultamos a verdade, mas de alguma
forma, a verdade sempre aparece e nosso erro se mostra. Nestes casos, peça perdão, seja honesto e você se sentirá
reconfortado e valorizado.
Errar é humano se não há intenção de fazê-lo, e a única coisa que devemos fazer é aprender a lição e evitar que aconteça
novamente. Trata-se de refletir sobre o ocorrido e ser honesto com nós mesmos e com os demais.

Os benefícios de dizer a verdade


Um estudo realizado por pesquisadores da Universidade de Notre Dame, nos Estados Unidos, constatou que a média
de mentiras que os americanos verbalizavam por semana é de 11. Durante 10 semanas eles analisaram as respostas de 110
pessoas em certas situações.

Metade das pessoas foram treinadas para dizer menos mentiras, e esse grupo foi o que, de acordo com a professora de psicologia
Anita E. Kelly, apresentou melhoras na saúde. Estas melhoras consistiram em uma menor tensão e menos dores de cabeça e de
garganta.
Por que mentimos?
No geral as pessoas mentem por três razões: para se adaptar a um ambiente hostil, para evitar castigos e para conseguir
prêmio ou ganhar algo. Por exemplo, existem pessoas que mentem sobre alguma habilidade profissional para conseguir um
trabalho, mentem para conseguir um prêmio, outras vezes, as pessoas mentem quando se sentem atacadas, para conseguirem
serem aceitas.
“A verdade existe, somente a mentira se inventa.”
-Georges Braque-

Não devemos nos esquecer de que as mentiras tem uma relação direta com a autoestima. Mentimos quando nosso ego se vê
ameaçado ou quando queremos tirar proveito de uma situação. Neste contexto, a mentira é um mecanismo de defesa, uma
arma para a sobrevivência. Mas em todos os casos, é preciso diferenciar quem sente culpa e remorso de quem não sente nada e
acaba acreditando em seu próprio engano.

A verdade sempre aparece


Não devemos nos esquecer de que o que ocultamos, o que não dizemos, sempre aparecerá de uma forma ou de outra. A verdade
sempre encontra um caminho para se tornar real, para se manifestar, porque é a verdade que satisfaz a alma, que a enaltece e a
faz ser livre.
“A pessoa que não está em paz consigo mesma será uma pessoa em guerra com o mundo inteiro.”
-Mahatma Gandhi-

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