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CURSO DE TEOLOGIA PARA LEIGOS

DISCIPLINA: INTRODUCAO A ESCATOLOGIA

Por: Padre Artur Oliveira

INTRODUCÃO

Resumindo:

1 – O fim último do homem é o próprio Deus;


2 – Tudo o que vai acontecer com o homem e com o mundo no final dos tempos
somente pode ser compreendido a partir de Cristo: Ele é nosso FIM último que dá
sentido as coisas últimas;
3 - “Deus é o Céu para quem O alcança, o inferno para quem O perde, o juízo para
quem por Ele é examinado, o purgatório para quem é por Ele purificado... E tudo isto
no modo em que Ele dirigiu-Se ao mundo, isto é, no Seu Filho, Jesus Cristo, que é a
possibilidade de revelação de Deus e, portanto, a síntese das coisas últimas”. (Hans
Urs von Balthasar)

O CÉU

Resumindo:

1 – O céu não é um lugar geográfico e sim uma relação de amor eterno.


2 – No AT a compreensão de comunhão com Deus passa por uma ideia de
recompensas terrenas (prosperidade) para a ideia de íntima amizade com Deus. Em
outras palavras, o AT não descreve o céu: o importante é o que é este céu: a amizade
eterna com Deus.
3 – No NT Jesus alarga a compreensão do céu como:
• Uma alegria sem fim. “Lá veremos a Deus e o louvaremos! Nem toda alegria
entrará em nós, mas nós entraremos na alegria” (Santo Agostinho);
• Caráter comunitário da salvação;
• Estar com Cristo, morar junto de Deus. “Hoje mesmo estarás comigo no paraíso
(Lc 23, 42).
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4 – Os Santos Padres constroem um discurso teológico sobre a visão beatífica de
Deus.
5 – A Palavra definitiva do Magistério sobre o céu está da Constituição Dogmática
Benedictus Deus (Bento XII)

O INFERNO

Resumindo:

1 – O desejo de Deus é que todos se salvem e cheguem ao conhecimento da Verdade


(Cf. 1Tm 2,4; 2Pd 3,9)
2 – A mensagem central da Escritura é de Salvação. Ou seja, o plano de Deus para o
homem é o céu. Ele não pensou o inferno;
3 – O inferno é um acidente no percurso. Ele existe porque Deus respeita a liberdade
do homem;
4 – A escritura ensina sobre a existência do inferno;
5 – O inferno é a negação de toda felicidade do céu e o fracasso absoluto do homem;
6 – O inferno é eterno.

A MORTE CRISTÃ E OS JUIZOS PARTICULAR E UNIVERSAL

A morte é o fim da peregrinação terrestre do homem, do tempo de graça e de


misericórdia que Deus lhe oferece para realizar sua vida terrestre segundo o
projeto divino e para decidir seu destino último. Quando tiver terminado “o
único curso de nossa vida terrestre”, não voltaremos mais a outras vidas
terrestres. “Os homens devem morrer uma só vez” (Hb 9,27). Não existe
“reencarnação” depois da morte. (CIC 1013)

Resumindo:

1 – O salário do pecado é a Morte (Rm 6, 23);


2 – Ao morrer na cruz Cristo dá um novo sentido a nossa morte;
3 – A morte é um mistério que leva ao a comunhão com Deus. “Não é a morte que
virá me buscar, é Deus!” (Santa Terezinha);
4 – A morte de Cristo leva-nos imediatamente a presença do Senhor; (JUIZO
PARTICULAR)

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5 – O estado intermédio compreende o período entre a morte individual e a Parusia
6 – A Igreja crê na ressureição dos mortos;
7 – Essa ressurreição compreende o homem inteiro (corpo e alma)
8 – A Igreja crê na imortalidade da alma;
9 – A Igreja espera a segunda vinda de Cristo (Parusia), no ultimo dia mesmo que já
estejamos com Deus na gloria, após a morte.
10 – A Igreja professa que dentre todas as criaturas, somente a Virgem Maria, já está
no céu de corpo e alma desde a sua Assunção

O PURGATÓRIO

1 Não é um lugar físico e nem está entre o céu e o inferno.


1 – Não existe na Bíblia a palavra PURGATÓRIO. Porém em sentido figurado temos
passagens que atestam para a realidade na qual os mortos são purificados (2Mc
12,39-45)
2 – Pode-se entender o purgatório como “fogo” que purifica tudo aquilo que foi “poeira
pelo caminho” na vida de quem amou a Cristo na terra. Como um remédio para a alma
que morre em não completa perfeição
4 – A Igreja ensina que:
• “As almas dos justos que no instante da morte ainda estão marcadas por
pecados veniais ou por penas temporais devidas pelo pecado vão para o
Purgatório”;
• “Os fiéis vivos podem ajudar as almas do Purgatório por meio de suas
intercessões (sufrágios)”

5 - As penas do purgatório são as dores da própria alma que não amou bastante a
Deus não são sofrimentos impostos por Deus.

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