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Autista
RESUMO
O estudo tem por objetivo compreender e investigar a inclusão de alunos autistas em turmas regulares,
na rede pública de ensino. Com o crescente interesse pela sociedade cientifica em estudar a inclusão
escolar e pela vivência com crianças autistas em escolas do ensino regular e salas especiais, busca-
se a compreensão e entendimento sobre o autismo, principalmente na fase infantil. Outro fator que
remete ao tema é a falta de preparo dos educadores para lidar com crianças autistas, quando elas se
encontram em sala de aula e como consequência não saber quando e como agir. Nesse contexto,
surge e urge a necessidade de pesquisar quais são as maiores dificuldades enfrentadas pelos docentes
na tentativa de inclusão do autista e também ressaltar a importância do autista de frequentar a escola
regular, e como essa frequência pode favorecer o desenvolvimento global da criança. Para relatar sobre
o autismo e a inclusão escolar foi necessário recorrer a pesquisa bibliográfica, realizada em meio
eletrônico tendo em vista que a aquisição de livros para esse fim não é viável, mas se pode perceber
que existem vários estudos que muito contribuíram para a formulação do tema proposto. Se pode
concluir que ao investigar como se processa a inclusão de crianças autista no ensino regular se
verificou que ainda falta treinamento do educador para essa inclusão.
INTRODUÇÃO
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Graduanda em Pedagogia pela Faculdade Educacional da Lapa – FAEL.
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casos nos quais a somatória da medida do campo visual em ambos os olhos for igual
ou menor que 60º; ou a ocorrência simultânea de quaisquer das condições anteriores.
Deficiência mental ou intelectual – funcionamento intelectual significativamente
inferior à média, com manifestação antes dos dezoito anos e limitações associadas a
duas ou mais áreas de habilidades adaptativas, tais como: a) comunicação; b) cuidado
pessoal; c) habilidades sociais; d) utilização dos recursos da comunidade; e) saúde e
segurança; f) habilidades acadêmicas; g) lazer; h) trabalho; Deficiência múltipla –
associação de duas ou mais deficiências.
Quatro anos após a Declaração Mundial da Educação para Todos, ocorreu na
Espanha a Conferência Mundial sobre as Necessidades Educativas Especiais com
objetivos de promover uma educação de qualidade para todos e assegurar o acesso
das pessoas com deficiências ao sistema de educacional, gerando o documento
conhecido com Declaração de Salamanca. (DECLARAÇÃO DE SALAMANCA, 1994;
GONÇALVES, et al., 2009).
De acordo com Brasil (2010) os princípios dessa declaração orientam a
inclusão do deficiente ao sistema regular de ensino, a política decretada pela
declaração propõe mudanças nas práticas educacionais, valorizando as diferentes
formas de aprendizagem. A responsabilidade da educação permanece
exclusivamente da educação especial.
A Lei de Diretrizes e Bases da Educação Nacional – LDBEN de 1996 traz em
seu bojo capítulo especifico para a Educação Especial: “Art. 4º. O dever do Estado
com a educação escolar pública será efetivado mediante a garantia de: III -
atendimento educacional especializado gratuito aos educandos com necessidades
especiais, preferencialmente na rede regular de ensino.
O Estado deve oferecer atendimento educacional gratuito a todos aqueles que
necessitam de educação escolar, independente de sua condição.
O Artigo 58 destina o ensino regular como foco para atendimento daqueles que
são portadores de necessidades especiais.
Art. 58º. Entende-se por educação especial, para os efeitos desta Lei, a
modalidade de educação escolar, oferecida preferencialmente na rede
regular de ensino, para educandos portadores de necessidades especiais.
§ 1º. Haverá, quando necessário, serviços de apoio especializado, na escola
regular, para atender às peculiaridades da clientela de educação especial.
§ 2º. O atendimento educacional será feito em classes, escolas ou serviços
especializados, sempre que, em função das condições específicas dos
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alunos, não for possível a sua integração nas classes comuns de ensino
regular.
§ 3º. A oferta de educação especial, dever constitucional do Estado, tem início
na faixa etária de zero a seis anos, durante a educação infantil.
Autismo, então, sendo caracterizado por ser uma desordem neurológica que
afeta a capacidade do indivíduo de se comunicar ou estabelecer relações com as
pessoas e o ambiente, apresentando restrições por atividades, além de abranger
sintomas complexos que variam de indivíduo para indivíduo, necessita ser
diagnosticado na mais tenra idade, haja vista, que o tratamento precoce pode
influenciar no avanço do desenvolvimento da pessoa com deficiência.
dela. A interação social de uma criança também é uma das áreas afetadas pelo TEA,
o que prejudica o seu contato com o mundo das regras, da divisão de espaços assim
como em uma sala de aula.
de regra, os alunos que lotam as classes especiais não são, na grande maioria dos
casos, aqueles a quem essa modalidade se dirige e pela ausência de laudos periciais
competentes e de queixas escolares bem fundamentadas, correm o risco de serem
todos admitidos e considerados como alunos com deficiência. Trata-se de alunos com
necessidades educativas especiais que não estão conseguindo "acompanhar" seus
colegas de classe ou que são indisciplinados, filhos de lares pobres, negros, e outros
desafortunados da nossa sociedade entre alguns poucos realmente deficientes.
Ressalta-se a existência de ações que buscam garantir a esses alunos o
respeito às suas conquistas legais de estudar com seus pares em escolas regulares.
Para tanto se tem mobilizado os procuradores e promotores de justiça responsáveis
pela infância e juventude, pessoas idosas e deficientes no sentido de verificarem o
cumprimento da legislação. As recomendações dessas autoridades tem dirimido
dúvidas e resolvido com sucesso os casos de inadequação e de exclusão escolar, em
escolas da rede pública e particular.
A Inclusão constitui-se num processo à medida que necessita ser avaliada e
reforçada numa luta permanente contra as estratégias e manobras de exclusão social.
Nesse sentido, as pessoas devem ser percebidas com igualdade, implicando assim
no reconhecimento e atendimento de suas necessidades específicas.
Apesar disso Glat (1999, p. 27-8), afirmar que sem a efetiva capacitação do
professor para transformar sua prática educativa, o discurso da inclusão não sairá da
esfera da própria educação especial e a escola inclusiva nada mais será do que mais
uma utopia [...]. Sem uma reforma na estrutura do sistema educacional no Brasil, a
inclusão dos portadores de deficiência (principalmente das mais acentuadas) nas
escolas regulares, acontecerá apenas no papel.
Compartilhando da mesma opinião de Glat estão Mantoan e Prieto (2006, p.
50) ao afirmarem que: “[...] a inclusão de indivíduos com necessidades educacionais
especiais na rede regular de ensino não consiste apenas na sua permanência junto
aos demais alunos, nem na negação dos serviços especializados àqueles que deles
necessitam”. Ao contrário, implica uma reorganização do sistema educacional, o que
acarreta a revisão de antigas concepções e paradigmas educacionais na busca de se
possibilitar o desenvolvimento cognitivo cultural e social desses alunos, respeitando
suas diferenças e atendendo às suas necessidades.
Todas estas situações, que implicam problemas conceituais, desconhecimento
dos preceitos da Constituição Federal e interpretações tendenciosas da legislação
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CONCLUSÃO
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REFERÊNCIAS