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FAVENI

FACULDADE VENDA NOVA DO IMIGRANTE

ELIANA RIBEIRO DE SOUZA MORAES

TRANSTORNO DO ESPECTRO AUTISTA

MORRO AGUDO-SP
2022
FAVENI
FACULDADE VENDA NOVA DO IMIGRANTE

ELIANA RIBEIRO DE SOUZA MORAES

TRANSTORNO DO ESPECTRO AUTISTA

Trabalho de conclusão de curso


apresentado como requisito
parcial à obtenção do título
especialista em EDUCAÇÃO
ESPECIAL E INCLUSIVA E
NEUROPSICOPEDAGOGIA

MORRO AGUDO
2022
TRANSTORNO DO ESPECTRO AUTISTA

Eliana Ribeiro de Souza Moraes1

Declaro que sou autor(a)¹ deste Trabalho de Conclusão de Curso. Declaro também que o mesmo
foi por mim elaborado e integralmente redigido, não tendo sido copiado ou extraído, seja parcial ou
integralmente, de forma ilícita de nenhuma fonte além daquelas públicas consultadas e corretamente
referenciadas ao longo do trabalho ou daqueles cujos dados resultaram de investigações empíricas por
mim realizadas para fins de produção deste trabalho.
Assim, declaro, demonstrando minha plena consciência dos seus efeitos civis, penais e
administrativos, e assumindo total responsabilidade caso se configure o crime de plágio ou violação aos
direitos autorais. (Consulte a 3ª Cláusula, § 4º, do Contrato de Prestação de Serviços).

RESUMO- O presente trabalho apresenta o tema: “O Transtorno dos Espectros Autistas”. Além dos pais,
como sujeitos ativos e fundamentais no tratamento dos TEAS, ressalto neste artigo, a extrema
importância da escola, a qual precisa se adequar no convívio de crianças com TEA e a reformulação do
projeto pedagógico para atender da melhor maneira possível estes alunos. No Brasil, há muitas pessoas
com algum tipo de deficiência, mas, mesmo assim, ainda há muita falta de informação sobre o assunto,
fazendo com que parte da população tenha dificuldade em incluir e se relacionar com pessoas com
deficiência. No sistema educacional é necessário ter um olhar inovador sobre uma proposta, que consiga
romper com o ensino tradicional ao qual todos um dia fomos submetidos. A escola precisa também,
passar por uma mudança de postura e não apenas restringir-se a mudanças de procedimento. É
fundamental que as crianças com Transtorno do Espectro Autista sejam incluídas no projeto político
pedagógico da escola, a fim de avaliar seu perfil inclusivo, bem como se o ambiente escolar lhe é
acessível e acolhedor. Desta maneira, é necessária a construção de ambientes e contextos inclusivos e o
desafio de profissionais e para os pais comprometidos e envolvidos, a fim de promover a autonomia e
independência dessas crianças, sempre respeitando suas diferenças e peculiaridades. Uma sociedade
inclusiva deve ser aquela que reconhece, respeita e responde à diversidade humana. Este estudo visa a
destacar a importância do diagnóstico e do processo de reabilitação dos TEA com base nos avanços
científicos na área.

.
Palavras-chave: Família. Escola. Inclusão. Transtorno do Espectro Autista.

1
limoraes1976@gmail.com
1 INTRODUÇÃO

No Brasil, há muitas pessoas com algum tipo de deficiência, mas, mesmo assim,
ainda há falta de informação sobre isso, fazendo com que parte da população tenha
dificuldade em incluir e se relacionar com pessoas com deficiência. É necessário ter
um olhar inovador de uma proposta educacional que rompa com o ensino tradicional ao
qual todos um dia fomos submetidos.
Os pais são sujeitos ativos e fundamentais no tratamento das crianças com TEA
(Transtorno do Espectro Autista), além da importância extrema da escola, a qual
precisa se adequar no convívio com estas crianças. É necessário que a família dê
continuidade as técnicas utilizadas nas aulas no ambiente familiar sem abster-se do
apoio emocional de que o filho precisa.
A escola precisa passar por uma mudança de postura e não apenas restringir-se
a mudanças de procedimentos. É fundamental que as crianças com transtorno espectro
autista sejam incluídas no projeto político-pedagógico da escola, a fim de avaliar seu
perfil inclusivo, bem como se o ambiente escolar lhe é acessível e acolhedor.
É necessário a construção de ambientes e contextos inclusivos e o desafio dos
profissionais e pais envolvidos que promovam a autonomia e independência dessas
crianças, respeitando suas diferenças e peculiaridades.
Uma sociedade inclusiva é aquela que reconhece, respeita e responde à
diversidade humana.
Sem falar que a compreensão e busca de estratégias para uma vida plena,
saudável e melhor na vida dos espectros autistas é possível.
Falar em inclusão da criança com transtorno espectro autista, significa
compreender suas dificuldades, permitir que ela faça parte da sociedade e contribuir
para que sua participação social ocorra.
A interação das crianças autistas ocorre de maneira mais lenta para alguns,
pouco mais rápido para outros e é importante e essencial a presença da família, a qual
dá início a esse processo tão importante da socialização e inclusão social.

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A elaboração de estratégias sem dúvida, é fundamental para que as crianças
espectro autistas possam aprender.
É necessário a implementação da Política de Educação Especial na Perspectiva
da Educação Inclusiva das crianças portadoras do Transtorno do Espectro Autista, pois
este é um fator que sem dúvida, contribui positivamente para a construção de um
sistema educacional universal, público, gratuito e de qualidade, onde a diversidade é
um valor democrático a ser cultivado.
A defesa e garantia da cidadania das pessoas com deficiência, buscam na
educação, uma base de construção de uma sociedade inclusiva.
Os procedimentos metodológicos deste artigo científico serão baseados na
Pesquisa Qualitativa Bibliográfica

2 CONCEITOS DE AUTISMO

O psiquiatra Plouller em 1906 introduziu o adjetivo autista na literatura


psiquiátrica, ao estudar pacientes que tinham diagnóstico de demência
precoce(esquizofrenia) mas foi Bleuler (1911), o primeiro a difundir o termo autismo,
definindo o como perda de contato com a realidade, causada pela impossibilidade
ou grande dificuldade na comunicação interpessoal. Referiu-se originalmente ao
autismo como transtorno básico da esquizofrenia, que consistia na limitação das
relações pessoais e com o mundo externo, parecendo excluir tudo que parecia ser o
“eu” da pessoa”. (CAMARGOS JR., 2005).
O autismo é definido como um transtorno complexo do desenvolvimento, do
ponto de vista comportamental, com diferentes etiologias que se manifesta em graus
de gravidade variados (GADIA, 2006).
De acordo com Oliveira (2009), “autos” significa“próprio” e “ismo” traduz um
estado ou uma orientação, isto é, uma pessoa fechada, reclusa em si.
Assim, o autismo é compreendido como um estado ou uma condição, que
parece estar recluso em si próprio.

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O termo “autismo” passou por diversas alterações ao longo do tempo, e
atualmente é chamado de Transtorno do Espectro Autista (TEA) pelo Manual
Diagnóstico e Estatístico de Transtornos Mentais (DSM-V) (APA, 2014).
As características do espectro são prejuízos persistentes na comunicação e
interação social, bem como nos comportamentos que podem incluir os interesses e
os padrões de atividades, sintomas que estão presentes desde a infância e limitam
ou prejudicam o funcionamento diário do indivíduo (APA, 2014).
No conjunto de sintomas característicos dos TEAS, destacam-se:
perturbações na linguagem, dificuldade para comunicação e comportamentos
estereotipados e repetitivos.
O autismo pode estar em duas ou até seis pessoas em cada mil, ou seja,
uma pessoa em cada cento e sessenta e seis em pesquisa realizada pelo órgão
norte-americano Center of Diesease Control and Prevention em 2011. (OTILIO,
PAULO ,2013)
Nas últimas décadas, a incidência de casos de autismo tem crescido de
forma significativa em todo o mundo (SCHECHTER; GRETHER, 2008).
Em países como os Estados Unidos, a média de idade das crianças
diagnosticadas tem sido de 3 a 4 anos (CHAKRABARTI; FOMBONNE, 2005).
Considerando-se as taxas de 60/10.000 ou a mais recente taxa de 1% se pode
estimar, que entre 1 a 2 milhões de brasileiros preencham critério para o espectro
autista, sendo de 400 a 600 mil com menos de 20 anos, e entre 120 e 200 mil
menores de cinco anos (IBGE, 2000).
As subcategorias fazem parte do TEA, e o comprometimento pode ocorrer em
três níveis de gravidade. No nível um, o indivíduo exige apoio; no nível dois, exige
apoio substancial; e no nível três exige muito apoio substancial (APA, 2014).
O TEA é considerado um transtorno que vai além da sua complexidade,
distante de ser definido com exatidão, pois não existem meios pelos quais se
possa testá-lo, muito menos medi-lo. Em outras palavras, as pesquisas realizadas
atualmente estão distantes no sentido de apresentarem a “cura” para o autismo,
acompanhando o indivíduo por todo seu ciclo vital.
Em 1952, a Associação Americana de Psiquiatria (APA) publicou a primeira
versão do Manual Diagnóstico e Estatístico de Transtornos Mentais (DSM). Nesse
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caso, os sintomas do diagnóstico de esquizofrenia faziam referência às “reações”
psicóticas em crianças (reação esquizofrênica), não apresentando explicações
específicas sobre o autismo (GRANDIN; PANEK, 2015).
De acordo com Volkmar, McPartland e Reichow (2014), em 1968 foi criada a
segunda edição do DSM. Segundo Grandin e Panek (2015), o termo “reação”
referido no primeiro manual foi eliminado, e a classificação passou a ser
“Esquizofrenia tipo infantil”.
A terceira edição do DSM foi publicada em 1980, listando o autismo infantil
em uma categoria denominada Transtornos Globais do Desenvolvimento (TGD). Em
1987, em sua revisão denominada DSM-III-R, foi abordado o termo Transtorno
Autista.
Critérios e diagnósticos específicos foram implementados e divididos em
categorias, em que o sujeito deveria se enquadrar para obter o diagnóstico
(GRANDIN; PANEK,2015). Dessa maneira, o DSM-III e sua revisão foram um marco
importante em termos de revolução no diagnóstico do autismo, pois passou a ser
uma entidade nosográfica.
Já o DSM-IV-TR (APA, 2002) descreve que os TGD caracterizam -se pelo
comprometimento severo e invasivo em três áreas do desenvolvimento, sendo elas:
habilidades de comunicação; presença de comportamentos, interesses e atividades
estereotipadas, habilidades de interação social recíproca.
O DSM-IV apresenta dezesseis critérios detalhados, agrupados em três
domínios da disfunção. Para um diagnóstico de autismo, seis critérios ou mais
precisavam estar presentes, com pelo menos dois da categoria social e um de cada
uma das demais categorias, sendo elas: prejuízo na interação social amplo e
persistente, podendo haver um fracasso no desenvolvimento de relacionamentos
com seus pares e no uso de comportamentos não verbais (exemplo: contato visual
direto, posturas, gestos corporais e expressão facial); falta de busca espontânea
pelo prazer compartilhado, interesses e atividades estereotipadas.
O conceito de autismo foi modificando-se com base em pesquisas científicas,
as quais identificaram diferentes etiologias, graus de severidade e características
específicas ou não usuais, deixando então de ser considerado um quadro único e
passando a ser visto como uma síndrome. A tendência nas definições atuais de
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autismo é a de conceituá-lo como uma síndrome comportamental, de etiologias
múltiplas, que compromete o processo do desenvolvimento infantil (GILLBERG,
1990; RUTTER,TAYLOR & HERSOV, 1996).
Nessa classificação estão incluídas cinco categorias diagnósticas: Transtorno
Autista, o Transtorno de Rett, Transtorno Desintegrativo da Infância, Transtorno de
Asperger e Transtorno Global do Desenvolvimento sem outra Especificação, sendo
o autismo o transtorno prototípico desta categoria”.
Não há qualquer tipo de exame específico para o diagnóstico do autismo, o
qual é muito delicado e difícil de identificar, porém os sintomas podem ser
percebidos a partir do 2º ano de vida e observados pela família.
O diagnóstico segundo especialistas é feito por meio de observação de
comportamentos pouco comuns e típicos de crianças autistas, o profissional então
dispõe do tratamento sem a preocupação de rotular um nome para a síndrome.
A criança que apresenta a síndrome do autismo, geralmente tem muita
dificuldade em se interagir com colegas da mesma idade, não são espontâneos,
apresentam dificuldade de imitação e em jogos sociais, bem como
comprometimento acentuado no uso de comportamentos verbais e não verbais,
além da falta de reciprocidade social e emocional.
Além disso, os autistas apresentam atraso na aquisição da fala, uso
estereotipado e repetitivo da linguagem e uma inabilidade em iniciar e manter uma
conversação. Falam sobre si, na terceira pessoa e se preocupam persistentemente
com partes de objetos, em detrimento como um todo. Além destes sintomas,
observa-se insistência na rotina, bem como resistência frente a mudanças.
As características das crianças com autismo de acordo com a idade são as
seguintes:
Entre os seis e doze meses, a criança recusa a introdução de alimentos
sólidos; apresenta dificuldades em sentar-se ou gatinhar; não é afetuosa; pode
mostrar-se hipertônica ou hipotônica; sente dificuldade em articular palavras simples
e não olha nem aponta para os objetos. Aos 12 meses poderão demonstrar um
interesse obsessivo por determinados objetos, revelam comportamentos
estereotipados e repetitivos e até atrasos ao nível da locomoção. Geralmente só a
partir dos 24 meses é que se podem constatar dificuldades de comunicação – verbal
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e não verbal. Depois dos 2 anos de idade a criança autista tem tendência a isolar-
se, a utilizar padrões repetitivos de linguagem, a inverter os componentes das
frases, a não brincar normalmente, etc.
Dos 2 aos 5 anos de idade o comportamento autista tende a tornar-se mais
óbvio.
A criança não fala ou ao falar, utiliza a ecolalia ou inverte os pronomes.
(OLIVEIRA, 2009.p. 15-16.)

2.1 A missão da AMA e Critérios de diagnóstico do Autismo CID – 10 e DSM-V

Atualmente, no Brasil, começamos a sair do “tempo das trevas” no tocante aos


Transtornos Invasivos de Desenvolvimento e estamos evoluindo. Isso graças às
famílias que se organizaram e decidiram se juntar para edificar um futuro que
preservasse seus filhos e assegurasse a eles maior independência e produtividade.
Fundaram então, Associações como a AMA (Associação de amigos autistas) a primeira
associação de autismo no Brasil, a ABRE-TE, ASTECA , ABRA, apoio governamental
da CORDE e outras entidades de defesa de direitos da pessoa portadora de TEA.
A missão da AMA é:

Proporcionar à pessoa com autismo uma vida digna: trabalho, saúde, lazer e
integração à sociedade. Oferecer à família da pessoa com autismo instrumentos
para a convivência no lar e em sociedade. Promover e incentivar pesquisas
sobre o autismo, difundindo o conhecimento acumulado. (AMA, 2016,p.1)

Na maioria dos casos, os primeiros sintomas do autismo se percebe logo no


início da vida, portanto, é aceitável supor que essas características exerçam um
impacto no cotidiano das famílias e nas relações entre seus membros.
De acordo com o AMA, os procedimentos para o tratamento do TEA inclui
intervenções psicoeducacionais, direção familiar, andamento da linguagem e/ou
comunicação.
A AMA disponibiliza atualmente atendimento 100% gratuito devido a dois
significativos vínculos com as Secretarias de Estado de Educação e da Saúde, no
entanto, estes vínculos não asseguram tudo.

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É preciso obter recursos para a aquisição de alimentos, de material pedagógico,
para a conservação dos equipamentos e dos imóveis, além dos programas de
capacitação e motivação dos funcionários.
Ao decorrer desta difícil caminhada, a AMA alcançou o reconhecimento como
instituição de utilidade pública (Utilidades Públicas: Municipal - Decreto n°. 23.103 -
20/11/86, Estadual - Decreto n°. 26.189 - 06/11/86 e Federal – D.O.U 24/06/91).
Foi prestigiada pela sociedade, com prêmios, pelo trabalho bem sucedido, como
o "Prêmio Bem Eficiente", da Kanitz e Associados (1997 e 2005) e o "Prêmio Direitos
Humanos", da Unesco e Poder Executivo Federal (1998), entregue à AMA pelo
presidente Fernando Henrique Cardoso.
Critérios de diagnóstico do Autismo CID – 10 e DSM-V:
O CID-10 foi produzido pela Organização Mundial de Saúde (OMS) e refere-se
à Classificação Estatística Internacional de Doenças. Pelo menos 8 dos 16 itens
especificados devem ser satisfeitos:
• Lesão marcante na interação social recíproca, manifestada por pelo
menos três dos próximos cinco itens: Dificuldade em usar adequadamente o contato
ocular, expressão facial, gestos e postura corporal para lidar com a interação social;
• Dificuldade no desenvolvimento de relações de companheirismo,
• Raramente procura conforto ou afeição em outras pessoas em tempos de
tensão ou ansiedade, e/ou oferece conforto ou afeição a outras pessoas que
apresentem ansiedade ou infelicidade;
• Ausência de compartilhamento de satisfação com relação a ter prazer com a
felicidade de outras pessoas e/ou de procura espontânea em compartilhar suas
próprias satisfações através de envolvimento com outras pessoas;
• Falta de reciprocidade social e emocional.
• Marcante lesão na comunicação: Ausência de uso social de quaisquer
habilidades de linguagem existentes;
• Diminuição de ações imaginativas e de imitação social;
• Pouca sincronia e ausência de reciprocidade em diálogos;
• Pouca flexibilidade na expressão de linguagem e relativa falta de criatividade e
imaginação em processos mentais;

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• Ausência de resposta emocional a ações verbais e não-verbais de outras
pessoas;
• Pouca utilização das variações na cadência ou ênfase para refletir a modulação
comunicativa; Ausência de gestos para enfatizar ou facilitar a compreensão na
comunicação oral.
• Padrões restritos, repetitivos e estereotipados de comportamento, interesses e
atividades, manifestados por pelo menos dois dos próximos seis itens:
• Obsessão por padrões estereotipados e restritos de interesse.
• Apego específico a objetos incomuns;
• Fidelidade aparentemente compulsiva a rotinas ou rituais não funcionais
específicos;
• Hábitos motores estereotipados e repetitivos;
• Obsessão por elementos não funcionais ou objetos parciais do material de
recreação;
• Ansiedade com relação a mudanças em pequenos detalhes não funcionais do
ambiente;
• Anormalidades de desenvolvimento devem ter sido notadas nos primeiros três
anos para que o diagnóstico seja feito. (AUTISMO CID 10)
A educação especial em geral nas escolas, possui um grande suporte legal que
defende os direitos de uma educação inclusiva de qualidade, porém não são
instrumentos suficientes legais se não são eficazes em sua prática.
Mesmo a escola conhecendo seus deveres e responsabilidades com a criança
com necessidade especial e não havendo um atendimento educacional adequado, a
falta de cumprimento da lei com a criança inserida no ambiente escolar, os pais como
responsáveis por ela, devem buscar o que é direito do aluno. Caso contrário, a inclusão
não poderá se cumprir em sua totalidade.
A escola, a educação especial em geral, possui um forte embasamento legal que
defende os direitos de uma educação inclusiva de qualidade, no entanto não são
instrumentos suficientes legais se não são eficazes em sua prática.

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2.2 Lei de Diretrizes e Bases da Educação Nacional

A Lei nº 9.394/96 que se refere a Lei de Diretrizes e Base da Educação Nacional


recebeu maior destaque do que as leis anteriores. Em seu capítulo V com apenas três
artigos e com seus respectivos incisos a LDB trata da Educação Especial.

Art. 58. Entende-se por educação especial, para os efeitos desta Lei, a
modalidade de educação escolar oferecida preferencialmente na rede regular
de ensino, para educandos com deficiência, transtornos globais do
desenvolvimento e altas habilidades ou superdotação.
§ 1º Haverá, quando necessário, serviços de apoio especializado, na escola
regular, para atender às peculiaridades da clientela de educação especial. § 2º
O atendimento educacional será feito em classes, escolas ou serviços
especializados, sempre que, em função das condições específicas dos alunos,
não for possível a sua integração nas classes comuns de ensino regular.
§ 3º A oferta de educação especial, dever constitucional do Estado, tem início
na faixa etária de zero a seis anos, durante a educação infantil.
Art. 59. Os sistemas de ensino assegurarão aos educandos com deficiência,
transtornos globais do desenvolvimento e altas habilidades ou superdotação.
I - currículos, métodos, técnicas, recursos educativos e organização
específicos, para atender às suas necessidades;
II - terminalidade específica para aqueles que não puderem atingir o nível
exigido para a conclusão do ensino fundamental, em virtude de suas
deficiências, e aceleração para concluir em menor tempo o programa escolar
para os superdotados;
III - professores com especialização adequada em nível médio ou superior, para
atendimento especializado, bem como professores do ensino regular
capacitados para a integração desses educandos nas classes comuns;
IV - educação especial para o trabalho, visando a sua efetiva integração na
vida em sociedade, inclusive condições adequadas para os que não revelarem
capacidade de inserção no trabalho competitivo, mediante articulação com os
órgãos oficiais afins, bem como para aqueles que apresentam uma habilidade
superior nas áreas artística, intelectual ou psicomotora;
V - Acesso igualitário aos benefícios dos programas sociais suplementares
disponíveis para o respectivo nível do ensino regular. (PLANALTO, 1996. p. 1.)

A Resolução N°4, na Seção II da Educação Especial ressalta o direito do


deficiente em participar de Atendimentos Educacionais Especializados (AEE):

Art. 29. A Educação Especial, como modalidade transversal a todos os níveis,


etapas e modalidades de ensino, é parte integrante da educação regular,
devendo ser prevista no projeto político pedagógico da unidade escolar.
§ 1º Os sistemas de ensino devem matricular os estudantes com deficiência,
transtornos globais do desenvolvimento e altas habilidades/superdotação nas
classes comuns do ensino regular e no Atendimento Educacional Especializado
(AEE), complementar ou suplementar à escolarização, ofertado em salas de
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recursos multifuncionais ou em centros de AEE da rede pública ou de
instituições comunitárias, confessionais ou filantrópicas sem fins lucrativos.
§ 2º Os sistemas e as escolas devem criar condições para que o professor da
classe comum possa explorar as potencialidades de todos os estudantes,
adotando uma pedagogia dialógica, interativa, interdisciplinar e inclusiva e, na
interface, o professor do AEE deve identificar habilidades e necessidades dos
estudantes, organizar e orientar sobre os serviços e recursos pedagógicos e de
acessibilidade para a participação e aprendizagem dos estudantes.
§ 3º Na organização desta modalidade, os sistemas de ensino devem observar
as seguintes orientações fundamentais:
I - o pleno acesso e a efetiva participação dos estudantes no ensino regular;
II - a oferta do atendimento educacional especializado;
III - a formação de professores para o AEE e para o desenvolvimento de
práticas educacionais inclusivas;
IV - a participação da comunidade escolar;
V - a acessibilidade arquitetônica, nas comunicações e informações, nos
mobiliários e equipamentos e nos transportes;
VI - a articulação das políticas públicas intersetoriais. (BRASIL, 2010, p.1).

Precisamos urgentemente lidar com as formas de superação das desigualdades


nos dias de hoje e para isso é necessário termos o conhecimento e investigação sobre
como superar essa questão.
A manutenção de serviços de informação acessíveis ao cidadão tornaram-se sem
dúvida um dos mecanismos indispensáveis para o compartilhamento do saber, de forma a
reduzir as desigualdades sociais.
Há infelizmente muitas pessoas com dificuldades em conseguir uma participação
igualitária na sociedade por terem pouco ou nenhum acesso a informações atualizadas.
A promoção de políticas de inclusão social sem o conhecimento das tecnologias
hoje existentes, das normas jurídicas em vigor e de uma visão sistêmica em termos de
áreas do conhecimento.
Desta forma, o compartilhamento de informações torna-se uma tarefa de
fundamental importância.
A igualdade de oportunidades passa necessariamente pela tomada de consciência
dos direitos e necessidades de cada cidadão, bem como da colaboração que cada um é
capaz de oferecer.
Uma preocupação da Secretaria de Estado dos Direitos Humanos é a de oferecer
ao cidadão a oportunidade de todos exercerem a sua cidadania com conhecimento dos
direitos e exercício consciente de seus deveres. (Transtornos invasivos do
desenvolvimento: 3o Milênio. Brasília: CORDE, 2005. 2).
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3 O IMPACTO DO DIAGNÓSTICO DO TRANSTORNO DO ESPECTRO AUTISTA
PARA A FAMÍLIA

Quando a família espera a chegada de um filho, a qual é muito especial e


esperada, de repente os pais acompanhando todo o desenvolvimento do filho e vibrando a
cada um deles, se veem frente ao que não esperava: o desenvolvimento normal tão
esperado não acontece e se veem frente ao desafio de ajustar seus planos e expectativas
quanto ao futuro, às limitações desta condição do filho, além da necessidade de adaptar-
se à intensa dedicação e prestação de cuidados.
A família possui a capacidade de perceber bem cedo, alterações e carências de
comportamentos que nenhum profissional perceberia, isso pelo fato de que a família
acompanha a criança desde seu nascimento e tem o dom de observação do caráter e
comportamento de seus filhos. Há um questionamento, porque a criança nasceu assim e a
dificuldade em se relacionar com a criança
Os filhos geralmente tendem a ter uma dependência maior dos pais e é nesta
instituição social que a criança se sentirá mais segura e mais confiante para superar suas
dificuldades.
Apesar da aparência harmoniosa e um perfil irregular de desenvolvimento que a
criança autista possui, o autismo intriga e angustia as famílias. Algumas áreas da criança
autista apresentam bom funcionamento, enquanto outras são bem prejudicadas. Mas os
pais devem agir com sabedoria e deixar que a criança se expresse livremente, evitando
também os comentários negativos.
Devido à dificuldade em interpretar muitas vezes a fala e o desejo da criança
autista, os pais com certeza tendem a ficar mais tensos, pois a falta de clareza de
comunicação afeta a interação dos pais com o filho e gera um desconforto e indicador de
estresse em ambos.
O estresse entre os pais é aceitável e até inevitável principalmente quando não
concordam sobre o diagnóstico do Transtorno do Espectro Autismo nos filhos.
Os pais da criança com TEA, geralmente apresentam sentimentos de baixa
autoestima, culpa, perda de confiança no futuro, estresse conjugal, crises de ansiedade e
pânico, problemas de sono e redução de renda familiar.

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Sentimentos de frustrações e culpa vêm à tona, o que é natural quando os pais
recebem um diagnóstico médico de que o seu filho tem o Transtorno do Espectro Autista
(TEA). A preocupação com o futuro social e escolar do filho, a aceitação pela sociedade, o
medo de que esta aceitação não aconteça são geradores de insegurança e angústia
vivenciados pela família.
Estudos indicam que as dificuldades das crianças com algum transtorno do
desenvolvimento podem ser consideradas como um estressor apenas em potencial,
podendo estes pais sofrer ou não os efeitos de um estresse real. Para estes autores, o
impacto das dificuldades próprias da síndrome sobre os pais vai depender de uma
complexa interação entre a severidade das características próprias da criança e as de
personalidade dos pais, bem como a disponibilidade de recursos comunitários e sociais.
(KONSTANTAREAS, HOMATIDIS & PLOWRIGHT, 1992; SILVA & DESSEN, 2003).
Konstantareas e colaboradores (1992) sugerem uma avaliação sistemática do
estresse percebido, por exemplo, enfocando a forma como estes pais encontram-se frente
à necessidade de lidar com a alta demanda de cuidados solicitados por seus filhos, às
reações negativas da comunidade, aos limitados recursos de apoio que podem contar ou
sentimentos diante de possíveis renúncias quanto à carreira profissional.
As características clínicas da síndrome afetam as condições físicas e mentais da
criança, aumentando a demanda por cuidados e consequentemente, o nível de
dependência de pais e/ou cuidadores.
A relação da criança autista com os familiares e até mesmo na escola é muito
comprometida, pois a criança tem dificuldade em se adaptar ao novo e em fazer
amizades. Daí a importância da especialização do educador sobre a síndrome e a
interação dele com os familiares para buscar uma convivência e aprendizagem mais
significativa de acordo com a realidade da criança.
A mãe muitas vezes acaba cobrando do pai que trabalha o dia todo e chega em
casa cansado, uma atenção maior ao filho, mas isso nem sempre acontece. É um fator de
estresse que acaba afetando as relações entre todas as partes envolvidas, principalmente
relação esposo/esposa.
Deve haver muita união, espírito de solidariedade e cooperação para juntos se
aprofundarem em estudos e pesquisas sobre a síndrome, contar com a ajuda de

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profissionais especializados no assunto para buscar estratégias de uma convivência sadia
e avanço para o filho portador do TEA.
Milgram e Atzil (1988), também descrevem o papel dos pais, que em contraposição
às expectativas das mães, consideram justa sua menor participação nos cuidados gerais
da criança, devido ao peso de suas responsabilidades financeiras e ocupacionais já
desempenhadas junto à família. Porém, outros estudos revelam que estas
responsabilidades tendem a acarretar tensão emocional e financeira significativas,
consequentemente dificultando a contribuição destes para com os cuidados da criança.
Já o que mostrou maior preocupação por parte dos pais na década de 90, foram as
preocupações relativas ao bem-estar de seus filhos, quando os mesmos não puderem
mais prover seus cuidados. Estas preocupações subdividem-se em:
1) preocupação com o futuro de seu filho;
2) dificuldades cognitivas e habilidades de funcionamento independente da criança;
3) aceitação em sua comunidade.
No que diz respeito a renda familiar, gasta-se muito dinheiro com diversas terapias
e eventuais medicações, além do fato de que um dos cônjuges precise reduzir a carga
horária de trabalho ou em outros casos extremos pedir demissão do trabalho para poder
cuidar melhor desta criança.
Hoje na nossa sociedade, ainda é comum a mulher ser a responsável pelos
cuidados básicos dos filhos e, neste caso, não é exceção. Elas que mais perdem
oportunidades profissionais e tendem a se comprometer mais com as necessidades desta
criança. Muitas vezes, o marido a abandona ou se afasta das responsabilidades exigidas
pelo filho especial o que redobra as demandas deste pelos cuidados de sua mãe. Sem
dúvida, um casamento sólido e solidário associado a compreensão da família em seu
entorno fortalecem o relacionamento e tornam os tratamentos mais eficazes e duradouros
para a criança com Autismo.
As emoções e a excitação fisiológica criada por situações estressantes são
altamente desconfortáveis, motivando o indivíduo a fazer algo para seu alívio
(ATKINSONS, ATKINSONS,SMITH & BEM, 1995; LAZARUS & FOLKMAN, 1984).
Lazarus e Folkman identificaram duas formas principais de coping. A primeira inclui
estratégias de definição do problema, geração de soluções alternativas, comparação em
termos de custos e benefícios, seleção e implementação da alternativa escolhida
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(focalizada no problema). Já a segunda, focalizada na emoção, objetiva desenvolver
ações para controlar o estado emocional, bem como impedir que as emoções “negativas”
afetem o engajamento em ações para a solução de seus problemas.
A posição da família do aluno com necessidades educacionaispeciais é apontada
como um obstáculo do processo de inclusão educacional, quando esta dificulta a inclusão
por não reconhecer as possibilidades da criança. (PAULON; FREITAS; PINHO, 2005,
p.26)
De nada adianta a escola cumprir seu papel diante à inclusão, se a família que é
responsável pelo aluno com TEA não demonstrar interesse em colaborar para que de fato
isso aconteça.

3.1 Orientações quando do diagnóstico do Transtorno do Espectro Autista

1) logo no primeiro diagnóstico ou na primeira suspeita, levem a criança para as


intervenções nos seus atrasos de desenvolvimento mesmo que você não aceite que seu
filho tenha autismo;
2) os pais devem, ambos, responsabilizarem-se pelos cuidados com a criança com
autismo;
3) revezar cuidados, noites mal dormidas e suporte físico;
4) reforçar o laço do casamento;
5) exigir e buscar todos os direitos previstos para estas crianças no que tange o
suporte escolar, acesso a transporte, benefícios para reforçar a renda, concessões dos
convênios particulares para garantir reembolso para terapias mais eficazes;
6) devemos providenciar atendimento psicológico e suporte de assistência social
`as famílias;
7) lembrar sempre que não existem culpados pelo Autismo mas que todos devem
fazer a sua parte. Estas medidas aliviam a carga de atividades e melhoram a relação dos
pais com as demandas exigidas pelo tratamento de seu filho autista.
Pesquisas realizadas por Koegel e colaboradores (1992) também identificou as
dificuldades verbais e cognitivas das crianças com autismo como os sintomas mais
relacionados ao estresse em familiares. Porém, analisando a metodologia desta pesquisa
17
em pormenor, nota-se que não foi levado em conta o apoio social disponível a estas
famílias nem a severidade dos sintomas presentes na criança a estas famílias nem a
severidade dos sintomas presentes na criança. Sabe-se que estes dois fatores exercem
influência importante quanto ao mapeamento do estresse parental (Factor & cols., 1990;
Gill &Harris, 1991; (Bristol & Schopler, 1983; DeMyer & Goldberg, 1983) encontrando que
a idade mais avançada da criança (adolescentes) tende a ser preditor de estresse familiar.
Uma possível explicação para isso é que, enquanto as crianças são pequenas, os pais
ainda não têm plena consciência do significado e da extensão de seus “sintomas”,
gerando menor preocupação. Já em outros estudos (Bebko & cols., 1987; Schopler &
Mesibov, 1983) os pais consideraram os sintomas das crianças mais velhas
(adolescentes) como menos severos, contribuindo para as contradições quanto aos
achados.
À medida que a criança cresce, novos problemas surgem, trazendo a necessidade
de novos ajustes. Com isso, pode-se dizer que a “adaptação” familiar não é linear e
progressiva, ocorrendo, ao contrário, em “picos”.
Conforme a criança cresce, os pais vão ficando mais ansiosos quanto ao seu futuro
e aos problemas que terão que continuar enfrentando frente as demandas do cotidiano, se
a criança irá sofrer bullying na escola e como irá lidar e enfrentar isso, etc
A falta de apoio social à esta criança autista também é um gerador de estresse,
as dificuldades na renda familiar, a qual provoca muitos conflitos e decepções na
família, também geram conflito familiar. Mas nunca deve-se perder a esperança e o
otimismo frente às dificuldades.
Valores familiares e crenças religiosas também podem influenciar o processo
decisório sobre o tratamento. Beresford (1994) complementa que as crenças religiosas de
pais de filhos com dificuldades não são estratégias de coping importantes apenas no
momento do diagnóstico e início dos sintomas, mas um recurso potencial relevante
durante todo o processo de prestação de cuidados à criança. Este autor relata que
crenças religiosas podem oferecer uma maneira de interpretar ou redefinir o significado
das dificuldades do filho. Algumas crenças permitem aos pais acreditar terem sido
especialmente selecionados para lidar com seu filho com problemas, ou ainda, que estes
recebem “forças” para executar esta tarefa (BERESFORD, 1994).

18
Toda ajuda externa é bem vinda e sem dúvida as crenças de uma força maior, no
caso a fé, são indicadores de que as coisas podem melhorar e até serem aperfeiçoadas,
tendendo a diminuir o nível de estresse e colaborando para uma vida mais dinâmica e
feliz.

4 INCLUSÃO SOCIAL

4.1 É direito garantido o ingresso de crianças com qualquer necessidade


especial e TEA em escola regular de ensino

Segundo a Lei de Diretrizes e Bases (LDB) e para que isto aconteça, é necessário
uma grande reforma no sistema educacional, o qual inclua mudanças na adequação do
currículo, de tal modo que o aluno com estas necessidades especiais possam participar
inteiramente do processo de aprendizagem oferecido na rede regular de ensino e na sala
de recurso.
É necessário desta maneira, professores qualificados e comprometidos com o
ensino e uma reestruturação física da escola para facilitar a locomoção de todos.

A inclusão escolar implica em redimensionamento de estruturas físicas da


escola, de atitudes e percepções dos educadores, adaptações curriculares,
dentre outros. A inclusão num sentido mais amplo significa o direito ao exercício
da cidadania (SERRA, 2004, p.27).

Para que haja uma educação de qualidade e para que a inclusão social ocorra, é
necessário um esforço coletivo, o qual deve passar por uma revisão na postura de
pesquisadores, políticos, prestadores de serviços, educadores, profissionais
especializados que atendam as crianças com necessidades especiais e principalmente
dos familiares.
A família, como um dos primeiros meios de socialização da criança, sem dúvida,
é fundamental no contexto escolar, como facilitadora do processo de inclusão do aluno
com TEA.

19
4.2 Alguns métodos eficazes de mediação para pessoas com autismo:

Os métodos de mediação mais comuns e mais usados para favorecer o


desenvolvimento da pessoa com autismo e que apresentam confirmação científica de
êxito são:
•TEACCH (Treatmentand Education of Autisticand Related Communication
Handcapped Children): é um programa estruturado que combina diferentes materiais
visuais para organizar o ambiente físico através de rotinas e sistemas de trabalho, de
forma a tornar o ambiente mais compreensível, esse método visa à independência e o
aprendizado.
•PECS (Picture Exchange Communication System) é um método de
comunicação alternativa através de troca de figuras, é uma ferramenta valiosa tanto na
vida das pessoas com autismo que não desenvolvem a linguagem falada quanto na
vida daquelas que apresentam dificuldades ou limitações na fala.
• ABA (Applied Behavior Analysis) ou seja, analise comportamental aplicada que
se embasa na aplicação dos princípios fundamentais da teoria do aprendizado baseado
no condicionamento operante e reforçadores para incrementar comportamentos
socialmente significativos, reduzir comportamentos indesejáveis e desenvolver
habilidades. Há várias técnicas e estratégias de ensino e tratamento incluindo: (a)
tentativas discretas, (b) análise de tarefas, (c) ensino incidental, (d) análise funcional,
(AMORIM, 2016, p.1.)

Controle da raiva
Método 1- Acalmando a criança durante a crise
1° Acalmando a criança durante a crise.
2° Abrace
3° Coloque a criança de castigo.
4° Aprenda a identificar a diferença entre crises nervosas reais e falsas.
5° Esteja preparado para futuras crises.
6° Chame a polícia, se necessário.

Método 2 – Evitando crises nervosas


20
1° Mantenha a criança entretida.
2° Tire a criança da situação estressante.
3° Faça uma gravação em vídeo da crise e mostre para ela depois.
4° Explique a diferença entre comportamentos bons e maus.
5° Use reforço positivo.
6° Use um quadro de estrelas.

Método 3- Entendendo as causas da crise


1° Cuidado com ambientes muito estimulantes.
2° Esteja ciente de problemas de comunicação.
3° Não sobrecarregue a criança com informação.
4° Evite se afastar muito da rotina normal da criança.
5° Tenha cuidado ao intervir desnecessariamente.

Terapia comportamental
Terapia que tem como foco a modificação de comportamentos prejudiciais
associados a um distúrbio psicológico.
Exposição com prevenção de respostas.
Confrontar uma situação ou estímulo temido. Ex.: o paciente obsessivo-
compulsivo é instigado a refrear a lavagem de suas mãos após mergulhá-las em água
suja.
Flooding ou Inundação
É uma modalidade de exposição in vivo em que um indivíduo fóbico é exposto ao
objeto ou situação mais temido por um período prolongado sem oportunidade de fugir.
Reforçamento seletivo
Reforço de comportamento específico, muitas vezes mediante o uso de fichas
que podem ser trocadas por recompensas.
Treinamento de Relaxamento
Relaxar diferentes grupos musculares em sequência, imaginar imagens
relaxantes, praticar exercícios de respiração.
É importante elaborar sistemas de comunicação que ajudem a criança, como
placas com desenhos e palavras, para que ela possa indicar o que deseja.
21
Ao trabalhar com linguagem, não se deve expor a criança a várias figuras ao
mesmo tempo. A atenção à figura é intencional, e o nível com no máximo quatro figuras
de cada vez. Esse trabalho deve ser estimulado diariamente.
Não se deve conversar com as pacientes em tom e linguagem infantilizados, pois
usar o nome adequado das palavras ajuda a estimular a linguagem e a comunicação.
A discriminação de conceitos básicos (formas, cores, temperaturas), é a melhor
forma de ajudar a desenvolver essa discriminação são as atividades lúdicas, com uso
de fantoches, bonecos, brinquedos coloridos e sonoros, livros de estórias bem
ilustrados, aplicativos interativos para leitores eletrônicos etc
Diariamente devemos explorar bem estes recursos metodológicos.
É preciso um trabalho constante de estimulação para melhorar as funções
cognitivas.
É muito importante uma rotina de casa, pois é pela repetição de atividades
lúdicas, atividades motoras e atividades de estimulação sensorial que a criança vai
desenvolver a aprendizagem, mas não se deve forçar a criança a realizar e repetir
essas atividades, pois precisam ser prazerosas para que elas desenvolvam o interesse,
a atenção e a concentração.
Não devem ser realizados qualquer procedimento (em casa, na escola ou em
ambientes terapêuticos) antes de comunicar à criança, verbal e visualmente,
exatamente o que vai acontecer logo em seguida, como vai acontecer, e o que está
envolvido nesse acontecimento, de modo que não se percam o contato social, o
interesse e a intencionalidade da criança.
Devemos respeitar também o tempo de aprendizagem de cada criança e contar
com a ajuda do Atendimento Educacional Especializado (AEE), fazendo ajustes nas
atividades sempre que necessário e procurar apresentar os conteúdos de maneira bem
visual, para facilitar a compreensão.
O processo de intervenção em crianças com o Transtorno do Espectro Autista
deve envolver uma equipe multidisciplinar constituída por: médicos, fisioterapeutas,
professores/educadores (para melhorar o nível cognitivo, sócio-afetivo e motor);
Terapeutas da fala (para auxiliar na assistência à alimentação, e realizar exercícios
preparatórios de linguagem); psicólogos (como suporte emocional aos pais, assim
como para criar novos canais de comunicação).
22
A intervenção deve ser organizada e estruturada no sentido de melhorar a
qualidade de vida da criança com TEA.

4.3 A inclusão escolar

As pessoas com necessidades especiais vêm conquistando seu espaço e seus


direitos na atual sociedade, porém para chegar até os dias atuais, foram muitas lutas.
Uma das conquistas foi o decreto nº 3298/99 alterado pela lei nº 5296/04, que traz a
definição de pessoa com deficiência:
I - Pessoa portadora de deficiência, além daquelas previstas na Lei no 10.690,
de 16 de junho de 2003, a que possui limitação ou incapacidade para o desempenho de
atividade e se enquadra nas seguintes categorias:
a) deficiência física;
b) deficiência auditiva;
c) deficiência visual; d) deficiência mental. (DECRETO Nº 5.296, 2004)
O Brasil na década de 90, passou por várias reformas no tocante a educação
especial, e as escolas tiveram um grande desafio que era atender a demanda
educacional inclusiva, o qual não era simplesmente entrar na sala de aula e
desenvolver as práticas docentes de um modo geral e único, mas dever do educador
observar as necessidades dos alunos especiais de um modo global.
Devem ser repensadas as concepções pedagógicas e as práticas de
ensino, visando entender as dificuldades da criança em sua especialidade para que
sejam atendidas com urgência e como prioridade.
É preciso de educadores capacitados e que entendam sobre o TEA.
Os educadores devem ser orientados para que possam criar atividades
diversificadas e específicas, sempre observando os limites das crianças e respeitando
seu ritmo e capacidade de aprendizado. As metas devem ser alcançadas
individualmente
O sistema de ensino deve-se adequar ao aluno, e não o contrário. Construir uma
escola inclusiva exige muitas mudanças, discussões e principalmente engajamento de
todos. Com nossas ações é preciso plantar a semente para que juntos transformemos
nossas práticas.
23
A aceitação das diferenças na escola, não envolve somente os
educadores, a direção os pais, mas também os alunos, que precisam na medida em
que constroem suas identidades nas relações, respeitar e aceitar o outro, o que exige
motivação pessoal, participação em grupo e espaços que incentivem essas
construções. Essa é uma tarefa essencial, pois vivemos em uma sociedade que
valoriza a competição, o individualismo, então a escola é um local que precisa definir,
com seus alunos, os valores, o diálogo, a solidariedade, mostrando como se colocar no
lugar do outro e crescer com ele. A sociedade, através da mídia, tem debatido sobre o
respeito às diferenças, mas ao mesmo tempo exclui aqueles que não se enquadram em
seus padrões,como destaca Rodrigues (2001, p.23):
As perspectivas sobre o valor da diferença são um campo aberto de discussão
na sociedade hoje. Se por um lado, a diferença é encarada como positiva na
perspectiva cultural, sociológica, antropológica, criativa e mesmo biológica, assistimos
por outro, a uma enorme massificação e uniformização de gostos, de valores, de
modas, de normas de comportamento e de normativos de capacidades, uma espécie
de globalização dos padrões de comportamento pessoal e social. As economias de
mercado, ao valorizarem a produção, elegem frequentemente, como valor decisivo a
produtividade com margens de tolerância em relação à diferença muito estreitas. Este
antagonismo, obviamente, enormes repercussões na forma como são encaradas as
pessoas com necessidades especiais.
Os educadores e demais profissionais numa escola inclusiva são fundamentais
para a aprendizagem dos alunos com TEA. O corpo docente e a Instituição de ensino
devem estar preparados para receber crianças com TEA.
Por isso é fundamental e importante, o preparo de todos envolvidos pois
muitas vezes, não sabem reconhecer as necessidades reais dos seus alunos. A
inclusão pode trazer muitos benefícios para a criança, sendo uma delas a socialização
com outros alunos, que além do aprendizado e a interação juntamente com outras
crianças e o respeito às diferenças, é possível crer que todos somos capazes de obter
conquistas em nossas vidas.

24
4.4 A inclusão da criança com TEA e suas dificuldades

A instituição escolar não pode exigir tanto rigor e ser tão severa, estipulando
tarefas isoladas, mas deve contribuir significativamente com ações inclusivas para o
aluno, mas adquirindo o ensino como uma concepção de aprendizagem, incluindo
desafios e superações, proporcionando a autonomia.
O apoio educacional desta maneira é essencial para o desenvolvimento de
qualquer criança, proporcionando o desenvolvimento de habilidades e competências e
garantindo um equilíbrio pessoal e bem-estar emocional.
Tudo que for construído no ambiente escolar deverá possuir um conceito de
qualidade. O educador também pode contar com a ajuda de um tutor em classe para
auxílio do seu trabalho e melhor desenvolvimento do aluno.
A Lei n° 12.764 garante que: “Parágrafo único. Em casos de comprovada
necessidade, a pessoa com transtorno do espectro autista incluída nas classes comuns
de ensino regular, nos termos do inciso IV do art. 2o, terá direito a acompanhante
especializado.”
A interação e relação entre a família e a escola devem assegurar uma ativa
participação dos pais nas tomadas de decisão e planejamento educacional dos filhos.
Para que o aluno com necessidades especiais tenha seus direitos de
aprendizado garantido e a inclusão social ocorra, é necessário rever as políticas
públicas e o sistema educacional, garantindo também aos educadores uma formação
continuada para que possa atender de maneira eficaz essas crianças.

4.5 Desenvolvimento escolar de crianças com TEA

Para trabalhar com crianças com necessidades especiais e TEA, o educador


deve qualificar-se para que possa encarar o desafio e a responsabilidade profissional e
pessoal que terá pela frente, tendo a habilidade de compreender quais as necessidades
educacionais que seu aluno precisa. Sem falar com os cuidados e paciência que devem
ser contínuos, devendo ir além da sala de aula, juntamente com o apoio da família o
que garantirá o bem-estar, tanto emocional quanto intelectual da criança. A recompensa
que nem sempre é a curto prazo, é satisfatória.
25
Os sistemas de ensino precisam ter como compromisso a formação continuada
dos professores, para que eles possam estar aptos para elaborar e implantar novas
propostas e práticas de ensino. Os professores devem ser capazes de analisar os
domínios de conhecimentos e necessidades de seus alunos, precisam criar atividades
ou adaptar materiais, além de prever formas de avaliar os educandos. (MARTINS,
2011).
Todos os dias chegam nas instituições de ensino, crianças com algum tipo de
necessidade especial e a escola precisa se adequar e adaptar desde sua estrutura
física até sua metodologia de ensino no projeto pedagógico, com materiais próprios e
de qualidade que atendam com eficácia estes alunos.
Muitas vezes, A falta de ambiente adequado, profissionais despreparados e
materiais de ensino de baixa qualidade, fazem com que a maioria das escolas estejam
despreparadas para receber crianças com TEA, e consequentemente o seu quadro
clinico tende a piorar, pois nessas situações ele coloca toda a sua dificuldade a prova.
Caso contrário, se as instituições de ensino, possuem um ambiente apropriado com
profissionais aptos, materiais adaptados e que tenham uma ação inclusiva, serão
possíveis que os alunos com TEA tenha um bom desenvolvimento desde os anos
iniciais e possam comunicar-se de modo que sejam compreendidos ou até mesmo
desperte habilidades específicas dentro do seu limite.
Os aspectos ambientais são importantíssimos no desenvolvimento do autista, o
qual tanto em casa com a família, como na escola, o ambiente deve ser programado e
adaptado para que a criança se sinta socializada com o meio em que está inserida. O
ambiente físico deve ser especialmente construído para promover a interação e a
aceleração do aprendizado. Quanto mais conseguirmos simplificar o ambiente sensorial
de uma criança, mais fácil será para ela focar em interações sociais e no aprendizado
de novas habilidades

CONCLUSÃO

O autismo é um transtorno que atualmente vem sendo alvo de grandes discussões


e autores com reconhecimentos significativos nos proporcionaram muitas informações

26
relevantes sobre o tema. Graças a isso, hoje é possível definir características, causas e
diagnóstico padrão que facilitam a compreensão das habilidades necessárias que uma
criança com TEA possui para desenvolver um convívio sadio na sociedade.
A família sem dúvida exerce uma participação ativa e indispensável na vida da
criança, tanto na aprendizagem, quanto na inclusão desta, independentemente do
ambiente em que ela esteja inserida.
A falta de comprometimento e seriedade da família frente à questão de inserção do
filho com autismo, tanto na escola, como na sociedade, traz uma série de prejuízos para o
desenvolvimento mental, social e educacional desta criança.
Sem contar com a auto estima baixa e dificuldade em acreditar no seu potencial,
pois mesmo que a equipe educacional incentive desafios de superação para ele, de nada
adiantará se os pais que estão desde pequeno com a criança não acreditarem na sua
capacidade de desenvolvimento.
A inclusão apresenta muitos desafios e a escola que tem como papel a preparação
do cidadão, não fica de fora diante a isso e sofre também seus desafios internos que
envolvem a estrutura física, apoio familiar, educadores preparados, currículos bem
elaborados, entre outras coisas, de maneira que sua prática traga benefícios ao aluno e
não ao contrário. É de extrema importância que a família participe inteiramente, buscando
desenvolver um trabalho em conjunto com a escola.
O currículo adaptado é necessário e importante na aprendizagem da criança com
TEA e de direito do mesmo.
Sendo assim, é notório que a influência da presença ou ausência, desempenhará
um papel positivo ou negativo que a família definirá no progresso da vida da criança. Para
que esta inclusão de fato aconteça é necessário que a família e a escola desenvolvam
responsabilidades paralelas, mas conjuntas

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