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Psicologia na saúde

Prof.ª Gabriela Neves


Qual a contribuição da psicologia na área da Indivíduo: Aquilo que
é indivisível, único.
saúde? A forma única como
a pessoa significa
Incluir suas
a individualidade
experiências e
• Buscar ampliar a compreensão sobre o indivíduo, sua subjetividade
do caso a casoaonasque lhe
reage
e seu comportamento. Identificando fatores subjetivos que interferem
estratégias de
ocorre.
intervenção.
no processo saúde/doença.
Na elaboração:
1.Projeto Terapêutico
• Permitir a equipe uma visão mais complexa dos casos
Singular
(paciente/comunidade/instituição). 2.Ações de Saúde
3.Atividades de gestão

• Compreender o modo como o indivíduo organiza sua vida e atribui


significados ao estado de saúde ou de doença, sua relação consigo
mesmo e com os outros (ALMEIDA; MALAGRIS, 2011).
Organização Mundial de Saúde

A Organização Mundial de Saúde


define saúde como um estado de
completo bem-estar físico, mental
e social e não somente ausência de
afecções e enfermidades. (OMS, 1995)
Lei nº 8.080, de 19 de setembro de 1990

Art. 3 - A saúde tem como fatores determinantes e condicionantes, entre


outros:

A alimentação, a moradia, o saneamento básico, o meio ambiente, o


trabalho, a renda, a educação, o transporte, o lazer e o acesso aos bens e
serviços essenciais; os níveis de saúde da população expressam a
organização social e econômica do País.
Psicologia na Saúde

Complexidade que envolve o ser humano e a saúde

Herança genética Gorayeb (2010) compreende o paciente


da área da saúde do seguinte modo:
Subjetividade “[...] um indivíduo que tem um problema
orgânico relacionado a aspectos
comportamentais ou emocionais,
Costumes culturais
podendo tanto o problema orgânico
quanto os aspectos
Organização social comportamentais/emocionais serem
causa ou consequência da relação".
Interdisciplinaridade / Aconselhamento

• O trabalho em equipe propõe uma


• Na segunda
estratégia metade
para do
enfrentar o séculoprocesso
intenso XX, a interdisciplinaridade ganhou espaço no
Vale ressaltar
universo o Asurgimento
científico. partir de das passou-se a reclamar a integralização do
então,
de especialização na área da saúde.
novas estratégias
olhar para o objeto no decuidado
estudoem (o indivíduo) em substituição à visão
• saúde, as equais
fragmentada
O conhecimento fomentam
alienante
aprofundado a
que caracterizou
verticalmente o pensamento moderno presente
criatividade
também no modelo
e a intervenção biomédico
individualizada,
dos profissionais . não
para
contempla
que alcancema articulação
um novo das modeloaçõesde e
saberes.
• trabalho,
Esse novo resinificando
modo desuas práticasvem da
trabalho
• profissionais
A
compreensão especializadas
interação comunicativa
de quedososagentes ee a
processos de
construindo
adoecimento e de formas
superação do isolamento
saúde das de
ciências
são resultados de
requerem
intervençõesflexibilidade,
ampliadas. integração e
um complexo
reconhecimento dossistema
diferentes de relação.
saberes.
(PEDUZZI, 2001)
Psicologia na Saúde x Psicologia Hospitalar

• Enquanto saúde se refere a CAMPO DE ATUAÇÃO:


um conceito complexo relativo às
funções orgânicas, físicas e mentais, hospital diz respeito a uma
• Atenção
instituição concreta onde se tratam doentes,Primária: UBS;
internados ou ESF
não.

• Atenção Secundária:
• O próprio significado da palavra saúde leva-nos a refletir
CAPS/CAPSij/CAPSad; sobre a
Policlínica;
prática profissional centrada na intervenção primária,
Hospital Geral; secundária
Hospital Psiquiátrico;e
terciária.
No BrasilJáé ofertada UPAao hospital, automaticamente,
quando nose referimos
pensamos em algum tipo de doença já instalada, só sendo possível a
gerida pelo Sistema
intervenção secundária e terciária• Atenção Terciária:
para prevenir seus - efeitos
Hospitais
Único de
adversos, Saúde
sejam (SUS) emocionais
eles físicos, ou sociais.
Demandas complexas, como
transplante de órgãos, entre outras.
Rede de Atenção a Saúde
Psicoterapia breve e aconselhamento
Cuidado pontual

• Psicologia Hospitalar: Compreender o paciente a partir de uma visão


interdisciplinar. Lança olhar para o doente, e não apenas para a doença.
Auxiliar na aderência ao tratamento. Cuidado continuado
• Psicologia na Saúde: Busca conscientizar as pessoas
a adotarem atitudes e comportamentos ativos, direcionados
à prevenção, promoção, e recuperação em saúde,
auxiliando ainda no processo de adaptação ao adoecer.
Psicologia da Saúde

• Baseada no modelo biopsicossocial, a Psicologia da Saúde reúne


conhecimentos da psicologia clínica, das ciências biomédicas e também da
psicologia social e comunitária. Prioriza a educação e a atenção
integral ao indivíduo em oposição ao modelo biomédico.

(REMOR, 1999 apud CERQUEIRA-CESAR; DESSEN; COSTA JÚNIOR, 2011)

Cabe muito bem neste campo o


aconselhamento, aconselhamento
psicológico e a psicoterapia breve.
Ações em Saúde

• Promoção: visam à redução de fatores de risco que ameaçam a saúde e


podem causar incapacidades e doenças às pessoas. Promover ações saudáveis.
• Ações
Prevenção: Vigilância epidemiológica, saneamento
que podem promover saúde: grupos terapêuticos,
básico, vigilância
grupos de
CONSCIENTIZAÇÃO sobre
sanitária,
caminhada, exames
• Reabilitação: médicos
educaçãodiagnóstico
em saúde,e e odontológicos
alimentaçãode
o tratamento periódicos.
comportamentos
e nutrição
doenças, Campanhas
que
acidentes,
educativas adoção
adequadas, dirigidas
deouàestilo
população
de vida esaudável,
estão sob a responsabilidade
comprometem
aconselhamentos a saúde:do
danos, limitação invalidez. Elas têm como objetivo a
tabagismo,
recuperação
sedentarismo,de
Governo.
de cunho Uma ação bastante conhecida no Brasil são as campanhas
total genético
ou parciale sexual, incentivo ànoprática
das capacidades de
processo exercícios
de doença
alcoolismo, e na
consumo de
vacinação.
físicos, hábitos de da
higiene pessoal,
reintegração pessoa às suasdomiciliar
atividadese sociais
ambiente.
e laborais.
drogas.
REDE DE ATENÇÃO PSICOSSOCIAL
A RAPS é constituída por sete componentes. Cada um deles
compreende um conjunto de ações e serviços que têm o propósito de
atender às diferentes necessidades dos usuários e seus familiares, nos
mais diversos territórios. Esses serviços são chamados de pontos de
atenção.
Referências

ALMEIDA, R.; MALAGRIS, L. A prática da psicologia da saúde. Rev. SBPH, Rio de Janeiro,  v. 14, n. 2, dez.  2011. Disponível em: . Acesso em: 2 set. 2019.

BRASIL. Ministério da Saúde. Cadernos de Atenção Básica: saúde mental. Brasília, 2013. Disponível em: . Acesso em: 01 set. 2019.

BRASIL. Lei nº 8.080, de 19 de setembro de 1990. Lei Orgânica da Saúde. Dispõe sobre as condições para a promoção, proteção e recuperação da saúde, a
organização e o funcionamento dos serviços correspondentes e dá outras providências. Brasília, set. 1990.

CERQUEIRA-SILVA, S.; DESSEN, M.; COSTA JUNIOR, A. As contribuições da ciência do desenvolvimento para a psicologia da saúde. Ciência e Saúde Coletiva, v. 16,
suplemento 1, p. 599-1609, 2011. Disponível em: . Acesso em: 01 set. 2019.

ORGANIZAÇÃO MUNDIAL DE SAÚDE. Facet definitions and questions. Geneva: OMS, 1995.

RUMIN, C. Notas para a história da psicologia da saúde. Est. Inter. Psicologia, Londrina, v. 4, n. 1, jun. 2013. Disponível em: . Acesso em: 05 mar. 2019.

SIMONETTI, A. (2004). Manual de Psicologia Hospitalar. São Paulo: Casa do Psicólogo.

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