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Responsabilização e Reparação

Psicóloga CRP - MT 18/03329


• No Brasil, o ordenamento jurídico estabelece as normas
necessárias para o bom convívio em sociedade. Essas
normas cuidam da responsabilidade civil e garantem a
reparação de danos, por meios amigáveis ou judiciais, a
todos que seguem as regras.
• Por isso, a responsabilidade é tão importante ao nosso
sistema jurídico. Uma vez que se baseia em regras e
normas para proteger pessoas prejudicadas e punir
indivíduos que trazem prejuízo a alguém por não
obedecerem a norma.
Elementos da responsabilidade civil
• Os elementos da responsabilidade civil também são denominados
por alguns doutrinadores de pressupostos da responsabilidade
civil.
• São três os elementos: a conduta humana, o dano e o nexo de
causalidade.
• O artigo 186 do Código Civil traz os elementos da
responsabilidade civil.
• Art. 186. Aquele que, por ação ou omissão voluntária, negligência
ou imprudência, violar direito e causar dano a outrem, ainda que
exclusivamente moral, comete ato ilícito.”
Conduta positiva ou negativa
• A conduta humana pode ser positiva (um fazer) e negativa (uma
omissão). Essa conduta deve ser voluntária, o que não significa,
necessariamente, a vontade de causar prejuízo (culpa).
• Exemplo: Beber e Dirigir
• A voluntariedade é tão simplesmente ter consciência da ação
cometida. A voluntariedade do agente deve existir tanto na
responsabilidade subjetiva (baseada na culpa), como na
responsabilidade objetiva (fundada na ideia de risco - dolo).
• O Código Civil de 2002, além de prever a responsabilidade civil por
ato do próprio indivíduo, prevê a responsabilidade por ato de
terceiro ou por fato do animal.
• Vejamos os dispositivos legais sobre o tema:
• Art. 932. São responsáveis pela reparação civil:
• I- os pais, pelos filhos menores que estiverem sob sua autoridade e
em sua companhia;
• II- o tutor e o curador, pelos pupilos e curatrelados, que se acharem
nas mesmas condições;
• III- o empregador ou comitente, por seus empregados, serviçais e
prepostos, no exercício do trabalho, que lhes competir, ou em razão
dele;
• IV- os donos de hotéis, hospedarias, casas ou estabelecimentos
onde se albergue por dinheiro, mesmo para fins de educação, pelos
seus hóspedes, moradores e educandos”
• Art. 936. O dono, ou detentor, do animal ressarcirá o dano por este
causado, se não provar culpa da vítima ou força maior. ”
Dano

• O dano é requisito essencial para a existência da responsabilidade


em qualquer das espécies, seja contratual ou extracontratual, seja
subjetiva ou objetiva.

• O dano é a lesão a um interesse jurídico, patrimonial ou


extrapatrimonial (direito personalíssimo) que foi gerado pela ação
ou omissão de um indivíduo infrator.
• Todo dano deve ser reparado, mesmo que não se possa voltar ao
estado em que as coisas estavam (status quo ante), sempre será
possível fixar uma quantia pecuniária a título de compensação.

• Para a reparação do dano são necessários os seguintes requisitos:


violar um interesse jurídico patrimonial ou extrapatrimonial de uma
pessoa física ou de uma pessoa jurídica; e a certeza do dano.

• No caso do dano moral, não é preciso provar a dor, mas deve provar
a violação a um direito a personalidade. Então existe o que
denominamos de dano moral presumido (o fato em si já configura o
dano), um exemplo é quando se tem o nome inserido no cadastro de
inadimplentes.
• Os direitos da personalidade são direitos essenciais à
dignidade e integridade e, independem da capacidade
civil da pessoa, protegendo tudo o que lhe é próprio,
honra, vida, liberdade, privacidade, intimidade, entre
outros. São direitos originários, vitalícios,
imprescritíveis e absolutos, inerentes à própria pessoa.
A perversão é um desvio de comportamento, apontado pela psicanálise como um
dos tripés das psicopatologias, juntamente com a neurose e psicose.
• A psicopatia pode ser entendida como um conjunto de traços de personalidade
relacionados à ausência de remorso, baixa empatia, impulsividade, busca por
estimulação, além de uma maior dominância social, cuja expressão pode se
dar a partir da capacidade de manipular outros indivíduos (Hauck Filho,
Teixeira, & Dias, 2012; Patrick, Fowles, & Krueger, 2009).

• A psicopatia pode ser entendida como um transtorno cujas origens remetem a


eventos neurobiológicos e psicossociais relativos ao desenvolvimento da
personalidade. Isso significa dizer que as diferentes estruturas cerebrais
verificadas como alteradas em psicopatas adultos revelam-se, no que se refere
à suas regularidades funcionais, passíveis de manutenção ou modificação,
conforme o próprio ambiente no qual o indivíduo se desenvolve (Perez,
2012).
• O considerável desenvolvimento volumétrico da amígdala
cerebral até cerca de oito ou nove anos de idade, bem como o
acréscimo de substância cinzenta que essa estrutura pode
comportar em anos subsequentes (Uematsu et al., 2012), sugerem
que fatores genéticos e ambientais podem interagir para a
consolidação do transtorno na idade adulta (Fallon, 2006).
• O sistema límbico é responsável pelo controle do
comportamento emocional do sistema nervoso e está envolvido
diretamente com a natureza afetiva das percepções sensoriais
Psicopata ou Sociopata?

• Os laudos psicológicos e o teste de Rorschach, uma técnica de


avaliação psicológica, apontavam que não havia evidências de que
Suzane seria perigosa, podendo conviver em sociedade, mas que,
por outro lado, dentre outros pontos, tinha personalidade
manipuladora e agressividade camuflada .
• Transtorno de personalidade antissocial é caracterizado
por um padrão generalizado de descaso com as
consequências e direitos dos outros. O diagnóstico é por
critérios clínicos. O tratamento pode incluir terapia
cognitivo-comportamental, fármacos antipsicóticos e
antidepressivos.
Eloisa Lima
Psicóloga CRP-MT 18/03329
Especialista em Avaliação
Psicológica
Psicóloga Clínica e Social
Psicóloga do Fórum da Comarca
de Vera
Contato 66 99944 1273

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