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PSICOLOGIA JURÍDICA

GUILHERME CAVALCANTE
Varas da Infância
e adolescência Estado - DEGASE
Semiliberdade - volta pra
casa
O psicólogo Jurídico deve
garantir a Humanização do
Direito, para promover
Internação - modelo justiça social
Articulam teorias nas dimensões preventivas, prisional

protetivas e socioeducativas - Nosso foco Município - CREAS Quem determina as medidas


Liberdade assistida socieducaticas é o juiz, em
Código de Ética Profissional do Psicólogo função da gravidade
estabelece que é função deste contribuir para a
extinção de qualquer tipo de negligência,
violência, crueldade, discriminação e opressão

Psicologia Jurídica e as Questões da Infância e Juventude


Atua com avaliação psicológica no fenômeno da
violência contra a criança e o adolescente + Recebem encaminhamento para confecção de
atuação na Vara especial e estudos de práticas avaliação ou diagnóstico (não diz no laudo se é
infratoras. TDA, TDAH... coloca-se o que poderia ser feito -
CFP (2010) - Psi Jurídico desenvolve práticas senão o indivíduo vira o laudo, deixa de ser sujeito)
próprias à área da Psicologia Jurídica
ATRIBUIÇÕES DO PSICÓLOGO
Avaliar as condições intelectuais, emocionais, relacionais e psíquicas de partes envolvidas em processos judiciais
de habilitação para adoção, guarda, tutela e medidas de proteção;

Atuar em diversos tipos de processos judiciais, ligados a proteção da criança e do adolescente, como perito,
elaborando laudos e pareceres, quando designado;

Acompanhamento psicológico aos adotantes e ao adotado durante o período de convivência;

Desempenhar acompanhamento psicológico de crianças, adolescentes e famílias que estejam envolvidos em


processos judiciais e situação de risco - ABUSO, POR EXEMPLO

Realizar palestras ou grupos de reflexão para habilitação à adoção, adotantes e famílias; SEMPRE QUE
DESIGNADO
APENAS
Praticar visitas, acompanhamento e avaliação psicológica de crianças e adolescentes abrigadas.

Realizar avaliações, propor NÃO ADIANTA TER UM MANDADO, SE NÃO FOR HUMANIZADO
intervenções, por meio de relatórios A finalidade da intervenção judiciária é garantir que esses
técnicos ou laudos direitos sejam restabelecidos e assegurados.
ESCUTA DA CRIANÇA E DO
ADOLESCENTE
- PROTEÇÃO INTEGRAL -
No âmbito da regulação do exercício do poder familiar, a oitiva
pode se dar de três formas:

ex lege, ou seja, determinada pela lei em casos de regras de


Characteristics
dispensa motivada do comparecimento da criança pelo juiz;
Por convocação do juiz, nas hipóteses possíveis ;
Por solicitação da criança

Não se deve permitir a indicação de criança como testemunha


por uma das partes, ou seja, por um dos seus pais ou de seus
parentes.

Cabe ao psicólogo, diante de uma situação traumática,


reduzir os danos.
DEPOIMENTO SEM DANO
Forma de ouvir o depoimento da criança em sala provada - psi ou assistente social - Considerar a “fala da
criança”, como prevê a convenção, necessariamente não exige o uso da palavra falada - geral ouve o que a criança
está falando - Na sala de audiência, o juiz pode fazer perguntas e solicitar esclarecimentos por comunicação em
tempo real com o psicólogo.
Melhor forma de humanizar - não importa o que tenha acontecido

ADOÇÃO
Psicologicamente, é atribuir o lugar do filho à outra criança, aquém da história- colocar no outro um valor afetivo,
um peso emocional, que poderá não ser alcançado.
Na grande maioria dos países, o filho adotado possui os mesmos direitos de um filho biológico. No Brasil não há
possibilidade de adoção restrita: uma vez que a criança ou adolescente foi adotado, ela tem os mesmos direitos
que um filho biológico.

Código Civil - Lei nº 10.406/2002


Poder paternal, pátrio poder ou "poder familiar" é o poder de decisão e obrigação de guarda, sustento e educação
sobre a vida de uma criança (até 12 anos incompletos) ou de um adolescente (de 12 anos a 18 anos). Atualmente se
utiliza ‘poder familiar’ desde 2009.
ART. 21 ECA
prevê deveres para os pais (adotivos ou biológicos): sustento, guarda e educação dos filhos.

CADASTRO NACIONAL DE ADOÇÃO


Lançado em 29 de abril de 2008, tem por objetivo agilizar os processos de adoção mapeando informações
unificadas e possibilita ainda a implantação de políticas públicas na área.

ECA (Lei n.º 8.069/90)


estabelece regras e restrições para a adoção, quais sejam:
-idade mínima para adotar é de 21 anos, sendo irrelevante o estado civil;
-o menor a ser adotado deve ter no máximo 18 anos de idade, salvo quando já convivia com aqueles que o adotarão,
caso em que a idade limite é de 21 anos;
-Antes da sentença de adoção, a lei exige que se cumpra um estágio de convivência entre a criança ou adolescente e
os adotantes - AQUI ENTRA O PSI. - COMEÇA A FAZER O RELATÓRIO
- Entre muitas outras. NÃO TÃO IMPORTANTE
VIOLÊNCIA DOMÉSTICA TRAUMA (ANOTAÇÃO MINHA DA AULA)
Quando o fato é grave e maior que a
Além de tudo, qualquer forma que o
capacidade de resolução - é uma marca
afete psicologicamente.
ESCUTA DE CRIANÇAS E ADOLESCENTES
Tem vinculação com a OAB - Assegurar a pessoa humana
Caracterização ou confirmação do aspecto humano
Ser psi. não é concordar com o que o outro fez, mas dar condição para o que ele tem de pagar.

PROTOCOLO VOZ - 2018


-CONDIÇÃO INTEGRAL -
Proteção integral; intervenção mínima e precoce; privacidade e sigilo;interesse superior da criança ou
adolescente.
Seu objetivo é criar estratégias para a atuação dos profissionais envolvidos no Sistema de Garantia de Direitos
(SGD), ao regular todos os atos referentes ao atendimento, à escuta e à obtenção das declarações das vítimas ou
testemunhas em condição particular de desenvolvimento.

CREAS e Conselho Tutelar - portas de entrada para acolhimento e encaminhamento para a delegacia
dá conta dos casos de jovens infratores e liberdade assistida

-Além disso, não cabe o detalhamento do caso, nem a veracidade do que é compartilhado pela criança.
PROTOCOLO BRASILEIRO FORENSE
Voltado à família, vítima ou à testemunha de situação de violência
Não é para questões psicológicas
Objetivo - Conseguir questões forenses
-Método semiestruturado para acompanhar o estágio de desenvolvimento da criança

RESOLUÇÃO CFP 06/2019


I - Declaração;
II - Atestado Psicológico;
III - Relatório: a) Psicológico; b) Multiprofissional;
IV - Laudo Psicológico;
V - Parecer Psicológico - Avalia um laudo de alguém
ADOLESCENTES
INFRATORES FASE FÁLICA - Criança começa
a se nistrar ao mundo -
NÃO SE PODE ESPERAR DO
PACIENTE UMA POSTURA QUE
SE VÊ NO CONSULTÓRIO -
poder- estima - com poder, vc LEVÁ-LO A TER INTERESSE
é visto, reconhecido - relação
LEI 8069/1990 - ECA - Medidas socioeducativas - para ato com o crime.
infracional - adolescente - foi criada porque o adolescente LIBERDADE ASSISTIDA - CREAS
MEDIDAS
precisa cumprir com seu ato, mas com os direitos humanos SOCIOEDUICATIVAS -
garantidos. TEM QUE SABER
-Há resquícios do modelo prisional, ainda que não seja legal
MEDIDAS SOCIOEDUCATIVAS
-Psi deve garantir a ação educativa (pedagogo da Advertência;
unidade), oportunização, acesso à formação e
informação - forma de humanizar.
Obrigação de reparar o dano;
-Quando se atende um adolescente, também Prestação de Serviço à comunidade;
atende-se a família, obrigatoriamente
Liberdade assistida;
CADA UM NUMA ESFERA regime de semiliberdade;
PREFEITURA OU ESTADO
Internação em estabelecimento
educacional.
INSERÇÃO EM REGIME DE SEMILIBERDADE
obrigatório a escolarização e a
Transição para o meio aberto - fica na instituição, vai pra
profissionalização, a medida não estabelece
escola e volta; fim de semana - volta pra casa prazo determinado.
Cabo Frio - CRIAD

INTERNAÇÃO EM ESTABELECIMENTO
EDUCACIONAL
Similar à prisão - atos infracionais graves - não pode
ficar mais de 3 anos - tem conotação coercitiva +
educativa
ART. 101 - ECA MIRANDA JR (2003)
a autoridade competente poderá determinar (...) V- Psicologia chamada para averiguar e dar várias
requisição de tratamento médico, psicológico ou verdades - a verdade buscada se funda numa pretensa
psiquiátrico, em regime hospitalar ou ambulatório universalidade

Ouvir o adolescente - ver sua singularidade e as ART. III - ECA


questões que este não pode expressar e busca Juiz pode requerir atendimento médico, psico. e psiq.
refúgio entrando em conflito com a lei. A psicologia nesse momento é chamada para
Ato infracional deve ser escutado como um concretizar o ideal de justiça.
apelo ao outro. O sujeito deve ser ouvido e
pensado como um de Direitos e Desejos. MEIO ABERTO
Ele não tem recursos para elaboração (fala) - Os que estão em L. A. ou Prestação de Serviço Comun (PSC)
desenvolver isso com eles, pois partem para são encaminhados para atend. psico., quando iniciam o
ação - não sabem solucionar seus conflitos cumprimento da Medida socioeducativa em Meio Aberto.
internos.
importante estabelecer vínculo terapêutico -
estabelece uma condição - é primordial - o
afeto influencia na vivência do sujeito.
Pode ocorrer grupos informativos com os adolescentes, grupos com
No laudo, dizer quais foram os testes,
as mães dos adolescentes em Cooperativa de Mães, visitas
instrumentos... - isso serve como prova
domiciliares, reuniões mensais com os Orientadores Judiciários,
participação das reuniões de equipe semanalmente, quando Violar a lei para preencher
solicitado elabora-se Pareceres, Laudos e Informações para anexar
A problemática da infração na
ao processo do adolescente.
adolescência é uma questão de saúde
Auxilia na elaboração de documentos como: o PIA-PLANO
INDIVIDUAL DE ATENDIMENTO, PAF-PLANO DE
ATENDIMENTO FAMILIAR, com reestruturação do trabalho de PERÍODO DA FORMAÇÃO DO
acordo com as normas do SINASE – SISTEMA NACIONAL de TEMPERAMENTO
ATENDIMENTO SOCIOEDUCATIVO. (TÁ EM UMA DAS PROVAS)

A vida primitiva abrange a vida no útero (embrionário e fetal), Período embrionário (fecundação ao
neural (2ª/3ª semana de vida), desenvolvimento e construção segundo mês de gestação);
psicológica e a conquista da autonomia no desmame. Período fetal (terceiro mês ao décimo dia
Formam o temperamento - Alicerce para a vida adulta de nascido);
Demarca a construção do temperamento Período neonatal (11º dia aos nove meses de
Destaca-se a importância entre este período e o comportamento vida)
infrator na adolescência - período de colocar em prática o temp.
INIMPUTABILIDADE E MENORIDADE:
O Código de Menores de 79 e o Estatuto
da Criança e do Adolescente
ART. 228 - CF
Preceitua que "são penalmente inimputáveis os Segundo a Doutrina de Proteção Integral, a criança
menores de dezoito anos, sujeito às normas da e o adolescente, por suas características peculiares
legislação especial". de pessoas em desenvolvimento, têm o direito à
proteção integral da família, sociedade e Estado. De
ART. 27 - CF acordo com tal doutrina, o segmento infanto-juvenil
O art. 27 do Código Penal dispõe: “Os menores de tem garantias jurídicas que asseguram os seus
dezoito anos são penalmente inimputáveis, ficando direitos e adotam as medidas de proteção e as
sujeitos às normas estabelecidas na legislação medidas sócio-educativas, como substituição do
especial. caráter repressivo e punitivo da Doutrina da
Situação Irregular
CÓDIGO DE MENORES DE 1927
CÓDIGO MELO MATTOS (ECA, LEI FEDERAL N. 8.069/1990)
Primeira lei do Brasil dedicada à proteção da infância e da adolescência a adolescência é demarcada entre as idades de 12 a
Funcionava como instrumento de controle, transferindo para o Estado a 18 anos.
tutela dos “menores inadaptados” e assim, justificava a ação dos
aparelhos repressivos.

Foi anulado na década de 70, mas seu artigo que prevê que os menores
de 18 anos não podem ser processados criminalmente resistiu à
mudança dos tempos.

CÓDIGO DE MENORES (1979)


Limitava-se na proteção do “menor em situação irregular”, abrangendo
os casos de abandono, prática de infração penal, desvio de conduta,
falta de assistência ou representação legal.

Somente em 1990, com a promulgação da Lei nº 8.069/90 (ECA), houve


do ponto de vista legal a regularização da situação dos menores, visto
que até o momento, apenas o Código de Menores (1979) era tido como
uma legislação voltada para esta faixa etária .

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