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CÍVEL
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Sumário
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NOSSA HISTÓRIA
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PSICOLOGIA JURÍDICA: VARAS DE FAMÍLIA E CÍVEL
Psicologia Jurídica – Psicologia Forense
- Psicologia Jurídica - termo mais abrangente – inclui tanto os processos nos tribunais
quanto aqueles que são frutos da decisão judicial ou de interesse do jurídico ou do
Direito (segurança pública, penitenciária, Conselho tutelar etc).
- Psicologia Forense – psicologia jurídica dos tribunais. (PERÍCIA – limites da Pericia:
conhecimento produzido a partir de um recorte da realidade , pontual, dependente
dos instrumentos psicológicos utilizados. “Deve-se reconhecer a limitação do
conhecimento da conduta por meio da Pericia. Neste contexto, torna-se necessário
verificar a confiabilidade e a validez dos instrumentos e do modelo Teórico utilizados,
a fim de verificar se os mesmos respondem ao objetivo do procedimento. Em virtude
dessa limitação do conhecimento produzido, torna-se imperativa a compreensão
interdisciplinar do fenômeno estudado para melhor aborda-lo em sua complexidade.
“(Franca, citando Popolo 1996.)
“ (...) o conhecimento resultante da Pericia nao representa a compreensão do
individuo como um todo. Por esse motivo, esse conhecimento refere-se a um recorte
parcial darealidade (do individuo). No entanto, por vezes, esses conhecimentos
produzidos pelas pericias são tratados como a verdade sobre o individuo.” (França,
2004)
- Avaliação psicológica , Pericia nao resumem toda a possibilidade de atuação do
psicólogo jurídico ; o psicólogo atua em orientação, acompanhamento, prevenção, etc.
- Resposta as demandas da justiça – transcender as solicitações do mundo jurídico.
“Deve-se repensar se é possível responder, sob o ponto de vista psicológico, a todas
as perguntas que lhe são lançadas.”(França, 2004)
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à Justiça, auxilio ao juiz. - Direito do Menor – (Código de Menores, 1927) - Década de
70 – surgimento das Varas de Família- 1990 – Estatuto da Criança e do Adolescente
Três doutrinas referentes a criança e adolescente: a Doutrina do Direito Penal, que
se preocupa com a criança e o adolescente na medida em que este é praticante de
alguma infração penal; a Doutrina da Situação Irregular, que se preocupa não com
todos as crianças e adolescentes, mas apenas com aqueles que estão imersos em
situação de risco social (abandono, vivendo em ruas,etc) e, por úlitmo, a Doutrina da
Proteção Integral, que preconiza que o Direito da Criança e do Adolescente deve se
ocupar de toda e qualquer criança e adolescente, baseado na Declaração Universal
dos Direitos da Criança.
No Brasil a Doutrina da Situação Irregular foi dominante nos meios jurídicos
até 1988, quando passou-se de uma doutrina intermediaria para outra considerada
mais avançada: a Doutrina da Proteção Integral. Dessa maneira, o Código de
Menores, que vigorou até 1990, se ocupava da criança e do adolescente em situação
de risco social e de patologia. No contexto do Código, as ciências medicas,
psicológicas e sociais ofereceram a justiça formas consideradas por estas disciplinas
como as mais adequadas para o tratamento e prevenção dos desvios a que estavam
sujeitas algumas crianças.
No final do século XIX e inicio do século XX as crianças abandonadas viviam
nas ruas, praças, mercados, ora mendigando , ora cometendo pequenos delitos. O
discurso de especialistas e juristas sobre essas crianças parece comportar dois eixos:
a visão de que consistiam em um perigo para a sociedade e a convicção de que eram
vitimas dessa mesma sociedade, na medida em que não podiam contar com a
proteção de uma família.
No terreno legal, o Código de Menores, baseia-se na idéias de que os menores
em situação de risco devem ser reeducados para adequarem-se ao esperado pela
sociedade. As ações efetivas eram marcadamente assistencialistas ou terapêuticas e
delas participaram pedagogos, assistentes sociais, médicos e psicólogos. A maior
mudança nessa concepção no terreno legal, foi em 1990, com a promulgação do
Estatuto da Criança e do Adolescente. O Estatuto baseia-se na doutrina da Proteção
Integral, na concepção de que toda menoridade, seja em situação irregular ou
protegida por uma família, é sujeito de direitos. O Estatuto é a expressão da tendência
da busca pelos direitos de toda criança e adolescente. (CARDOSO, 2005)
Caracterização do campo da psicologia jurídica no Brasil
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- Psicologia Criminal - Psicologia Penitenciária - Psicologia da Infância e Adolescência
-Psicologia e o Direito de Família - Psicologia nos processos cíveis
- Delegacias ( De proteção a mulher, deficiente e idoso; de proteção à criança e
adolescente, etc. ) - Conselhos Tutelares - Centros de Referência e órgãos de
atendimentos ao cidadão ( CERNA, por exemplo ) – Pesquisa - Organizações não
governamentais ( Instituto Albam – www.albam.org.br, por exemplo) (Texto para
consulta: “Reflexões sobre a psicologia jurídica e seu panorama no Brasil” – Fátima
França)
CONCEITOS ESPECIFICOS:
- capacidade civil: art. 1, Código Civil: toda pessoa é capaz de direitos e deveres na
ordem civil.
- curatela
- interdição
- Poder familiar
- Guarda / tutela / adoção – diferenças
- divorcio
- destituição/ suspensão do poder familiar
- alimentos
- incidente de alienação parental
Atuação do psicólogo jurídico nas Varas de Família
– divórcio, guarda, tutela, regulamentação de visitas, alimentos, destituição dopoder
familiar, busca e apreensão.
– poder familiar, guarda/custódia (guarda compartilhada, guarda alternada, guarda
unilateral).
- interdição civil
- Superação do modelo pericial:
. a natureza dos processos não comporta relação causa/culpa
. trabalho envolvendo a dinâmica familiar
. melhor interesse da criança e do adolescente
. psicologia jurídica como instrumento de promoção da saúde psíquica
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- O divórcio como uma crise no ciclo de vida familiar
. projeto comum com idealização do vínculo
. sensação de fracasso e dificuldade de separar-se
. contrato individual – implícito, não compartilhado, idealizado, dois contratos
incongruentes
. contrato de interação – recíproco, explícito, negociado
CICLO DO DIVÓRCIO
- pré-divórcio )divórcio emocional
- divórcio (divórcio legal, econômico)
- pós-divórcio (divórcio psíquico)
MARIDO / MULHER
PAI / MÃE
FILHOS
DISFUNÇÕES: par parental x par marital
- vínculo conjugal presente, interferindo na relação parental
- par parental completamente separado, não conseguindo exercer as função
parentais
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- visitas técnicas
- dinâmicas de grupo
- uso de testes
ACOMPANHAMENTO DE CASOS
- acompanhamento de visitas, “plantão psicológico”
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- não emitir julgamentos de valor.
- não colocar protocolo de teste
- não enfatizar apenas aspectos negativos do caso, mas procurar abordar a família
e seus membros como um todo, com suas potencialidades e limitações.
- se não entrevistar uma parte da ação, deixar bem claro qual é a fonte de
informações sobre ela.
- o laudo trata apenas “do ponto de vista psicológico”, por isso deve deixar margem
para o juiz levar em conta outros pontos de vista.
3. INTERDIÇÃO CIVIL –
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- a interdição exige sempre prova pericial
- o papel do perito é avaliar o interditando para determinar se ele pode ser
considerado responsável pelos atos da vida civil.
- complementar a isso o perito pode avaliar o curador e verificar se ele tem
condições de exercer a curatela
Modelo de Avaliação:
- estudo dos autos
- entrevista com os envolvidos (autor, interditando, demais envolvidos)
- uso de testes psicológicos de acordo com o caso e necessidade
- uso de outras técnicas
Normas a nortear o trabalho:
- a personalidade/capacidade (aspectosafetivos, cognitivos, adpatativos, etc.)
- o significado da interdição para o interditando
- o significado da interdição para a família
- as conseqüências da interdição
- a “normalidade” não é absoluta, é relativa
- o curador e sua responsabilidade
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limitações voluntárias em seu exercício. Dessa forma, todos têm direito à cidadania,
que é um dos fundamentos da nossa organização social. A Constituição Federal, da
mesma forma, em seu artigo primeiro, trata do princípio da dignidade da pessoa
humana como um dos fundamentos do Estado Brasileiro, entendendo que todos têm
direito a ser respeitados em sua dignidade, a viver de forma digna.
O Código Civil brasileiro anteriormente vigente, de 1916, considerava,
diferentemente do atual, os “loucos de todo gênero” como incapazes para o exercício
dos atos da vida civil. A legislação fazia uma associação direta entre loucura e
incapacidade civil. Dessa maneira, o portador de sofrimento mental estava sujeito,
pela via judicial, a ser destituído de seus direitos e excluído da participação na
sociedade. Tal prática refletia a maneira como a loucura estava, nesse contexto,
representada culturalmente . Nesse sistema representativo, considerava-se que os
loucos deveriam viver à margem da sociedade, comumente confinados em hospitais
ou asilos. A legislação brasileira, dessa forma, reproduzia a visão social da loucura,
considerando-a equivalente, no plano jurídico, à incapacidade civil. Vemos que, na
prática, essa associação também se fez em relação aos surdos-mudos (apontados
textualmente no código de 1916), aos portadores de Síndrome de Down e
oligofrênicos, que estavam sujeitos ao mesmo tratamento no meio jurídico.
Atualmente, a associação loucura-incapacidade civil foi superada, tanto no meio
jurídico quanto no campo dos trabalhadores da saúde mental.
O Código Civil em vigor não estabelece uma associação causal entre os dois
termos, determinando, ao contrário, que a ênfase deve recair na capacidade de
discernimento da pessoa e não no diagnóstico psiquiátrico. Trata-se de um grande
avanço no tratamento da questão, reflexo das profundas modificações operadas na
concepção social da loucura nos últimos anos.
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doze e dezoito anos de idade. A Declaração Universal dos Direitos da Criança,
aprovada pela ONU em 1959 e também ratificada pelo Brasil, afirma que a criança
tem direito a crescer num ambiente de afeto e segurança moral e material para
desenvolver a sua personalidade. Da mesma forma, é direito da criança gozar de
proteção contra quaisquer formas de negligência, abandono, crueldade e exploração.
Desta forma, quaisquer atos que atentem contra os direitos das crianças são
considerados formas de violência. O Código Penal Brasileiro prevê os seguintes
crimes:
Estupro:
Art. 213 - constranger alguém, mediante violência ou grave ameaça, a ter
conjunção carnal ou a praticar ou permitir que com ele se pratique ato libidinoso .
Estupro de vulnerável:
Art. 217 A – ter conjunção carnal ou praticar outro ato libidinoso com menor de 14
anos ( ou alguém que não tenha o discernimento para a pratica do ato ou não pode
oferecer resistência)
Corrupção de menores
Art. 218 – induzir alguém menor de 14 anos a satisfazer a lascívia de outrem
Satisfação da lascívia mediante presença de criança ou adolescente
Art. 218 A – praticar, na presença de alguém menor de 14 anos, ou induzi-lo a
presenciar, conjunção carnal ou outro ato libidinoso, a fim de satisfazer a lascívia
própria ou de outrem.
Negligência
A negligência consiste em deixar de prestar assistência material e emocional
para uma criança ou adolescente. Alguns autores incluem a negligencia como um
subtipo de abuso físico e de maus tratos. Deixar uma criança sozinha em casa, à
noite ou durante o dia, não colocá-la a salvo dos perigos domésticos, não prover sua
alimentação, sono, lazer, educação, são formas de negligência.
Maus tratos físicos Aqui se incluem os castigos físicos, a agressão a crianças e
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adolescentes, com uso ou não de instrumentos ofensivos (armas em geral e outros)
e castigos como cárcere privado. De acordo com a definição apresentada por Gil apud.
AZEVEDO: GUERRA (2007), abuso-vitimização física é todo o emprego de força
física e todos os atos de omissão, com o objetivo de ferir, danificar ou destruir a
criança, independentemente do grau de severidade do ato. Assim, todo emprego de
força física é abusivo. Violência psicológica O abuso psicológico pode se traduzir em
negligência afetiva e rejeição afetiva.
Conforme AZEVEDO; GUERRA (2007) “a negligência afetiva consiste numa falta de
responsabilidade, de calor humano, de interesse para com as necessidades e
manifestações da criança. A rejeição afetiva caracteriza-se por manifestações de
depreciação e agressividade para com a criança.” (p.41)
Violência sexual no âmbito das relações afetivas AZEVEDO; GUERRA (2007)
caracteriza o abuso sexual como “todo ato ou jogo sexual, relação heterossexual ou
homossexual, entre um ou mais adultos e uma criança menor de 18 anos, tendo por
finalidade estimular sexualmente a criança ou utilizá-la para obter uma estimulação
sexual sobre sua pessoa ou de outra pessoa.” (p.42.) O Abuso Sexual compreende
qualquer conduta sexual, de um adulto em relação a uma criança ou de uma criança
mais velha em relação a uma mais jovem. Pode implicar em penetração vaginal ou
anal na criança, toque de genitália ou fazer com que uma criança toque os genitais
do abusador, o contato oral-genital, o toque nos genitais do adulto, carícias na criança.
São também considerados abusos condutas como mostrar os genitais de um adulto
a uma criança, incitar a criança a ver revistas ou filmes pornográficos e veicular
imagem pornográfica envolvendo crianças ou adolescentes.
A violência sexual pode abranger atos como o incesto, estupro a exploração e o
assédio sexual. Incesto na infância é definido como uma atividade sexual envolvendo
uma pessoa de até 18 anos e um adulto que tenha com a criança uma relação de
consangüinidade, afinidade ou de responsabilidade.
Ou seja, situações onde uma pessoa que representa uma figura parental, que
mantenha uma relação de afetividade com a criança (pai, pai adotivo, padrasto, por
exemplo) e que com ela mantenha relações sexuais são consideradas incesto. Já a
exploração sexual significa a participação de uma criança ou adolescente em
atividades de prostituição ou envolvendo o comércio sexual, como imagens
pornográficas.
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Artigos do ECA que tratam do atendimento a crianças e adolescentes em
situação de risco:
Art. 19. Toda criança ou adolescente tem direito a ser criado e educado no seio da
sua família e, excepcionalmente, em família substituta, assegurada a convivência
familiar e comunitária, em ambiente livre da presença de pessoas dependentes de
substâncias entorpecentes.
§ 1º Toda criança ou adolescente que estiver inserido em programa de acolhimento
familiar ou institucional terá sua situação reavaliada, no máximo, a cada 6 (seis)
meses, devendo a autoridade judiciária competente, com base em relatório elaborado
por equipe interprofissional ou multidisciplinar, decidir de forma fundamentada pela
possibilidade de reintegração familiar ou colocação em família substituta, em
quaisquer das modalidades previstas no art. 28 desta Lei.
§ 2º A permanência da criança e do adolescente em programa de acolhimento
institucional não se prolongará por mais de 2 (dois) anos, salvo comprovada
necessidade que atenda ao seu superior interesse, devidamente fundamentada pela
autoridade judiciária.
§ 3º A manutenção ou reintegração de criança ou adolescente à sua família terá
preferência em relação a qualquer outra providência, casoem que será esta incluída
em programas de orientação e auxílio, nos termos do parágrafo único do art. 23, dos
incisos I e IV do caput do art. 101 e dos incisos I a IV do caput do art. 129 desta Lei.
Art. 23. A falta ou a carência de recursos materiais não constitui motivo suficiente
para a perda ou a suspensão do poder familiar.
Parágrafo único. Não existindo outro motivo que por si só autorize a decretação da
medida, a criança ou o adolescente será mantido em sua família de origem, a qual
deverá obrigatoriamente ser incluída em programas oficiais de auxílio.
Art. 28. A colocação em família substituta far-se-á mediante guarda, tutela ou adoção,
independentemente da situação jurídica da criança ou adolescente, nos termos desta
Lei.
§ 1o Sempre que possível, a criança ou o adolescente será previamente ouvido por
equipe interprofissional, respeitado seu estágio de desenvolvimento e grau de
compreensão sobre as implicações da medida, e terá sua opinião devidamente
considerada.
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Violência de Gênero
A violência contra a mulher é definida, pela legislação atual como qualquer
ação ou omissão baseada no gênero que lhe cause morte, lesão, sofrimento físico,
sexual ou psicológico e dano moral ou patrimonial. A violência, assim, pode se dar no
âmbito doméstico, envolvendo os moradores de um mesmo espaço de convívio
permanente, com ou sem vínculo familiar; no âmbito da família, compreendida como
o grupo formado por laços naturais, de afinidade ou de vontade; ou em qualquer
relação íntima de afeto, independentemente de coabitação.
O Código penal prevê, no artigo 213, o crime de estupro que consiste em
“constranger mulher à conjunção carnal, mediante violência ou grave ameaça.”
A Lei Maria da Penha indica claramente, as formas de violência contra a mulher: física,
psicológica, sexual, moral, patrimonial.
A violência física abrange qualquer conduta que ofenda a integridade ou a
saúde corporal de uma mulher. A violência psicológica compreende “qualquer
conduta que lhe cause dano emocional e diminuição da auto-estima ou que lhe
prejudique e perturbe o pleno desenvolvimento ou que vise degradar ou controlar
suas ações, comportamentos, crenças e decisões, mediante ameaça,
constrangimento, humilhação, manipulação, isolamento, vigilância constante,
perseguição contumaz, insulto, chantagem, ridicularização, exploração e limitação do
direito de ir e vir ou qualquer outro meio que lhe cause prejuízo à saúde psicológica
e à autodeterminação” (Art. 7º, II) Violência sexual é entendida como qualquer
conduta que constranja a mulher a “presenciar, a manter ou a participar de relação
sexual não desejada, mediante intimidação, ameaça, coação ou uso da força; que a
induza a comercializar ou a utilizar, de qualquer modo, a sua sexualidade, que a
impeça de usar qualquer método contraceptivo ou quea force ao matrimônio, à
gravidez, ao aborto ou à prostituição, mediante coação, chantagem, suborno ou
manipulação; ou que limite ou anule o exercício de seus direitos sexuais e
reprodutivos” (Art. 7º, III)
A violência patrimonial é definida como condutas que impliquem em “retenção,
subtração, destruição parcial ou total de seus objetos, instrumentos de trabalho,
documentos pessoais, bens, valores e direitos ou recursos econômicos, incluindo os
destinados a satisfazer suas necessidades” (Art. 7º, IV)
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Por fim, a violência moral é entendida como situações de calúnia, difamação e injúria.
A situação de violência pode ser, então, uma tentativa de restaurar o poder perdido
ou nunca alcançado, ou ainda a confirmação mútua da identidade (Mesterman,
1998)(Gregory, 1996).
Segundo Walker, nem todos os momentos são marcados pela agressão e entendê-lo
é muito importante na sua prevenção e interrupção.O ciclo da violência tem três fases
distintas, as quais variam, tanto em intensidade como
no tempo, para o mesmo casal e entre diferentes casais e não aparecem,
necessariamente, em todos os relacionamentos.
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interpretações equivocadas. Ele vigia todos os seus passos. Qualquer situação
externa pode atrapalhar o equilíbrio e a tensão entre os dois torna-se intolerável.
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que a fase dois, porém mais curta que a fase um. Em diferentes combinações de
casal para casal, estas fases resumem o que se chama dedinâmica da violência. Sua
compreensão é muito importante para uma abordagem adequada, permitindo ao
profissional não atuar vitimizando a mulher e culpabilizando o homem, mas
compreendendo sua interação e interdependência na relação violenta.” BRASIL,
MINISTÉRIO DA SAÚDE, 2002)
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