Você está na página 1de 25

PSICOLOGIA JURÍDICA NAS VARAS DE FAMÍLIA E

CÍVEL

1
Sumário

PSICOLOGIA JURÍDICA: VARAS DE FAMÍLIA E CÍVEL ............................... 4

Psicologia Jurídica – Psicologia Forense ..................................................... 4


História da psicologia jurídica....................................................................... 4
Psicologia e Direito de Família; .................................................................... 6
CICLO DO DIVÓRCIO ................................................................................. 7
MELHOR INTERESSE DA CRIANÇA ......................................................... 7
ACOMPANHAMENTO DE CASOS.............................................................. 8
ELABORAÇÃO DE RELATÓRIOS EM AÇÕES DAS VARAS DE FAMÍLIA 8
QUANTO À REDAÇÃO DO LAUDO: ........................................................... 8
Violência Doméstica contra crianças e adolescentes ................................ 12
Negligência ................................................................................................ 13
Fase um: o aumento da tensão.................................................................. 17
Fase dois: o incidente agudo da violência ................................................. 17
Fase três: o apaziguamento/Iua-de-mel..................................................... 18
REFERÊNCIAS ............................................................................................. 19

1
NOSSA HISTÓRIA

A nossa história inicia com a realização do sonho de um grupo de empresários,


em atender à crescente demanda de alunos para cursos de Graduação e Pós-
Graduação. Com isso foi criado a nossa instituição, como entidade oferecendo
serviços educacionais em nível superior.

A instituição tem por objetivo formar diplomados nas diferentes áreas de


conhecimento, aptos para a inserção em setores profissionais e para a participação
no desenvolvimento da sociedade brasileira, e colaborar na sua formação contínua.
Além de promover a divulgação de conhecimentos culturais, científicos e técnicos que
constituem patrimônio da humanidade e comunicar o saber através do ensino, de
publicação ou outras normas de comunicação.

A nossa missão é oferecer qualidade em conhecimento e cultura de forma


confiável e eficiente para que o aluno tenha oportunidade de construir uma base
profissional e ética. Dessa forma, conquistando o espaço de uma das instituições
modelo no país na oferta de cursos, primando sempre pela inovação tecnológica,
excelência no atendimento e valor do serviço oferecido.

2
PSICOLOGIA JURÍDICA: VARAS DE FAMÍLIA E CÍVEL
Psicologia Jurídica – Psicologia Forense

- Psicologia Jurídica - termo mais abrangente – inclui tanto os processos nos tribunais
quanto aqueles que são frutos da decisão judicial ou de interesse do jurídico ou do
Direito (segurança pública, penitenciária, Conselho tutelar etc).
- Psicologia Forense – psicologia jurídica dos tribunais. (PERÍCIA – limites da Pericia:
conhecimento produzido a partir de um recorte da realidade , pontual, dependente
dos instrumentos psicológicos utilizados. “Deve-se reconhecer a limitação do
conhecimento da conduta por meio da Pericia. Neste contexto, torna-se necessário
verificar a confiabilidade e a validez dos instrumentos e do modelo Teórico utilizados,
a fim de verificar se os mesmos respondem ao objetivo do procedimento. Em virtude
dessa limitação do conhecimento produzido, torna-se imperativa a compreensão
interdisciplinar do fenômeno estudado para melhor aborda-lo em sua complexidade.
“(Franca, citando Popolo 1996.)
“ (...) o conhecimento resultante da Pericia nao representa a compreensão do
individuo como um todo. Por esse motivo, esse conhecimento refere-se a um recorte
parcial darealidade (do individuo). No entanto, por vezes, esses conhecimentos
produzidos pelas pericias são tratados como a verdade sobre o individuo.” (França,
2004)
- Avaliação psicológica , Pericia nao resumem toda a possibilidade de atuação do
psicólogo jurídico ; o psicólogo atua em orientação, acompanhamento, prevenção, etc.
- Resposta as demandas da justiça – transcender as solicitações do mundo jurídico.
“Deve-se repensar se é possível responder, sob o ponto de vista psicológico, a todas
as perguntas que lhe são lançadas.”(França, 2004)

História da psicologia jurídica

- Modelo inicial - modelo pericial – psicologia criminal - Perícia – avaliação de


características de personalidade – estabelecimento de relação causa/culpa, resposta

3
à Justiça, auxilio ao juiz. - Direito do Menor – (Código de Menores, 1927) - Década de
70 – surgimento das Varas de Família- 1990 – Estatuto da Criança e do Adolescente
Três doutrinas referentes a criança e adolescente: a Doutrina do Direito Penal, que
se preocupa com a criança e o adolescente na medida em que este é praticante de
alguma infração penal; a Doutrina da Situação Irregular, que se preocupa não com
todos as crianças e adolescentes, mas apenas com aqueles que estão imersos em
situação de risco social (abandono, vivendo em ruas,etc) e, por úlitmo, a Doutrina da
Proteção Integral, que preconiza que o Direito da Criança e do Adolescente deve se
ocupar de toda e qualquer criança e adolescente, baseado na Declaração Universal
dos Direitos da Criança.
No Brasil a Doutrina da Situação Irregular foi dominante nos meios jurídicos
até 1988, quando passou-se de uma doutrina intermediaria para outra considerada
mais avançada: a Doutrina da Proteção Integral. Dessa maneira, o Código de
Menores, que vigorou até 1990, se ocupava da criança e do adolescente em situação
de risco social e de patologia. No contexto do Código, as ciências medicas,
psicológicas e sociais ofereceram a justiça formas consideradas por estas disciplinas
como as mais adequadas para o tratamento e prevenção dos desvios a que estavam
sujeitas algumas crianças.
No final do século XIX e inicio do século XX as crianças abandonadas viviam
nas ruas, praças, mercados, ora mendigando , ora cometendo pequenos delitos. O
discurso de especialistas e juristas sobre essas crianças parece comportar dois eixos:
a visão de que consistiam em um perigo para a sociedade e a convicção de que eram
vitimas dessa mesma sociedade, na medida em que não podiam contar com a
proteção de uma família.
No terreno legal, o Código de Menores, baseia-se na idéias de que os menores
em situação de risco devem ser reeducados para adequarem-se ao esperado pela
sociedade. As ações efetivas eram marcadamente assistencialistas ou terapêuticas e
delas participaram pedagogos, assistentes sociais, médicos e psicólogos. A maior
mudança nessa concepção no terreno legal, foi em 1990, com a promulgação do
Estatuto da Criança e do Adolescente. O Estatuto baseia-se na doutrina da Proteção
Integral, na concepção de que toda menoridade, seja em situação irregular ou
protegida por uma família, é sujeito de direitos. O Estatuto é a expressão da tendência
da busca pelos direitos de toda criança e adolescente. (CARDOSO, 2005)
Caracterização do campo da psicologia jurídica no Brasil

4
- Psicologia Criminal - Psicologia Penitenciária - Psicologia da Infância e Adolescência
-Psicologia e o Direito de Família - Psicologia nos processos cíveis
- Delegacias ( De proteção a mulher, deficiente e idoso; de proteção à criança e
adolescente, etc. ) - Conselhos Tutelares - Centros de Referência e órgãos de
atendimentos ao cidadão ( CERNA, por exemplo ) – Pesquisa - Organizações não
governamentais ( Instituto Albam – www.albam.org.br, por exemplo) (Texto para
consulta: “Reflexões sobre a psicologia jurídica e seu panorama no Brasil” – Fátima
França)

Psicologia e Direito de Família;

CONCEITOS ESPECIFICOS:

- capacidade civil: art. 1, Código Civil: toda pessoa é capaz de direitos e deveres na
ordem civil.
- curatela
- interdição
- Poder familiar
- Guarda / tutela / adoção – diferenças
- divorcio
- destituição/ suspensão do poder familiar
- alimentos
- incidente de alienação parental
Atuação do psicólogo jurídico nas Varas de Família
– divórcio, guarda, tutela, regulamentação de visitas, alimentos, destituição dopoder
familiar, busca e apreensão.
– poder familiar, guarda/custódia (guarda compartilhada, guarda alternada, guarda
unilateral).
- interdição civil
- Superação do modelo pericial:
. a natureza dos processos não comporta relação causa/culpa
. trabalho envolvendo a dinâmica familiar
. melhor interesse da criança e do adolescente
. psicologia jurídica como instrumento de promoção da saúde psíquica

5
- O divórcio como uma crise no ciclo de vida familiar
. projeto comum com idealização do vínculo
. sensação de fracasso e dificuldade de separar-se
. contrato individual – implícito, não compartilhado, idealizado, dois contratos
incongruentes
. contrato de interação – recíproco, explícito, negociado

CICLO DO DIVÓRCIO
- pré-divórcio )divórcio emocional
- divórcio (divórcio legal, econômico)
- pós-divórcio (divórcio psíquico)
MARIDO / MULHER
PAI / MÃE
FILHOS
DISFUNÇÕES: par parental x par marital
- vínculo conjugal presente, interferindo na relação parental
- par parental completamente separado, não conseguindo exercer as função
parentais

MELHOR INTERESSE DA CRIANÇA


- Direitos dos filhos nos processos de divórcio
- Pontos a ser considerados na avaliação da guarda:
. qualidade do relacionamento dos pretendentes entre si
. qualidade do relacionamento entre cada pretendente e a criança/adolescente
.habilidade de cada pretendente para cuidar/resguardar os interesses dos filhos
. saúde psíquica de cada pretendente e dos filhos
(Texto para consulta: “O que significa o melhor interesse da criança?)
- O ESTUDO PSICOLÓGICO (AVALIAÇÃO, ORIENTAÇÃO, ENCAMINHAMENTO)
- estudo dos autos
- entrevistas com as partes
- entrevistas com as crianças e adolescentes (a escuta da criança)
- entrevistas conjuntas
- entrevistas com outros participantes da dinâmica familiar

6
- visitas técnicas
- dinâmicas de grupo
- uso de testes

ACOMPANHAMENTO DE CASOS
- acompanhamento de visitas, “plantão psicológico”

RELAÇÕES COM OUTROS PROFISSIONAIS E COM A JUSTIÇA


- ética no trabalho do psicólogo jurídico nas Varas de Família
- relações com o assistente técnico
- a equipe interprofissional
- relações com os operadores do direito/ limites e possibilidades

ELABORAÇÃO DE RELATÓRIOS EM AÇÕES DAS VARAS DE


FAMÍLIA
O relatório psicológico é uma resposta à justiça sobre o caso. Nas questões
referentes às Varas de Família é o momento de descrever a situação e, ao mesmo
tempo, indicar alternativas que contribuirão para deixar os filhos preservados e não
divididos na disputa pela guarda.
O laudo, ou relatório, pode descrever e analisar os dados psicológicos e dar parecer
sobre diagnóstico, prognóstico, sugestões técnicas e encaminhamentos.

QUANTO À REDAÇÃO DO LAUDO:


- clareza na redação, de forma a não dar margem a duplas interpretações e ser de
fácilleitura.
- evitar o uso de termos técnicos o máximo possível já que o laudo se dirige a
leigos.
- colocar apenas os dados relacionados à questão processual, a fim de não expor
desnecessariamente as pessoas envolvidas.
- cuidar para não fazer afirmações fechadas, exclusivas, radicais, deixar sempre
claro que as conclusões se referem a um momento atual, que podem sofrer
alterações, etc.

7
- não emitir julgamentos de valor.
- não colocar protocolo de teste
- não enfatizar apenas aspectos negativos do caso, mas procurar abordar a família
e seus membros como um todo, com suas potencialidades e limitações.
- se não entrevistar uma parte da ação, deixar bem claro qual é a fonte de
informações sobre ela.
- o laudo trata apenas “do ponto de vista psicológico”, por isso deve deixar margem
para o juiz levar em conta outros pontos de vista.

3. INTERDIÇÃO CIVIL –

Capacidade civil – é a possibilidade do sujeito de, sob um estado de


responsabilidade e livre arbítrio, poder praticar os atos da vida civil como casar,
vender, contrair dívidas, fazer doações, testamentos, etc. Essas atitudes supõem
que a pessoa tenha consciência de seus atos, não seja alienada mentalmente ou
tenha deficiência intelectual severa.

Legislação atual (Código Civil)

Art. 3º Sãoabsolutamente incapazes de exercer pessoalmente os atos da vida civil:

I - os menores de dezesseis anos;


II - os que, por enfermidade ou deficiência mental, não tiverem o necessário
discernimento para a prática desses atos;
III - os que, mesmo por causa transitória, não puderem exprimir sua vontade.

Art. 4º São incapazes, relativamente a certos atos, ou à maneira de os exercer:

I - os maiores de dezesseis e menores de dezoito anos;


II - os ébrios habituais, os viciados em tóxicos, e os que, por deficiência mental,
tenham o discernimento reduzido;
III - os excepcionais, sem desenvolvimento mental completo;
IV - os pródigos.

8
- a interdição exige sempre prova pericial
- o papel do perito é avaliar o interditando para determinar se ele pode ser
considerado responsável pelos atos da vida civil.
- complementar a isso o perito pode avaliar o curador e verificar se ele tem
condições de exercer a curatela

Quesitos mais comuns:


1. a pessoa é portadora de alguma doença mental?
2. se afirmativo, indicar o tipo e o CID.
3. tal doença a incapacita a exercer os atos da vida civil?
4. se afirmativo, tal incapacidade é permanente ou temporária?

Modelo de Avaliação:
- estudo dos autos
- entrevista com os envolvidos (autor, interditando, demais envolvidos)
- uso de testes psicológicos de acordo com o caso e necessidade
- uso de outras técnicas
Normas a nortear o trabalho:
- a personalidade/capacidade (aspectosafetivos, cognitivos, adpatativos, etc.)
- o significado da interdição para o interditando
- o significado da interdição para a família
- as conseqüências da interdição
- a “normalidade” não é absoluta, é relativa
- o curador e sua responsabilidade

No Brasil, o Novo Código Civil, de 2002, introduziu algumas modificações na


concepção jurídica de interdição, trazendo alterações importantes na condução desse
processo judicial. A idéia fundamental presente no Código Civil é o conceito de
personalidade. A partir dele se derivam implicações para a cidadania. Para a lei, a
personalidade civil é um atributo de todos, do nascimento à morte, sendo que os
direitos da personalidade são irrenunciáveis e intransmissíveis, não podendo sofrer

9
limitações voluntárias em seu exercício. Dessa forma, todos têm direito à cidadania,
que é um dos fundamentos da nossa organização social. A Constituição Federal, da
mesma forma, em seu artigo primeiro, trata do princípio da dignidade da pessoa
humana como um dos fundamentos do Estado Brasileiro, entendendo que todos têm
direito a ser respeitados em sua dignidade, a viver de forma digna.
O Código Civil brasileiro anteriormente vigente, de 1916, considerava,
diferentemente do atual, os “loucos de todo gênero” como incapazes para o exercício
dos atos da vida civil. A legislação fazia uma associação direta entre loucura e
incapacidade civil. Dessa maneira, o portador de sofrimento mental estava sujeito,
pela via judicial, a ser destituído de seus direitos e excluído da participação na
sociedade. Tal prática refletia a maneira como a loucura estava, nesse contexto,
representada culturalmente . Nesse sistema representativo, considerava-se que os
loucos deveriam viver à margem da sociedade, comumente confinados em hospitais
ou asilos. A legislação brasileira, dessa forma, reproduzia a visão social da loucura,
considerando-a equivalente, no plano jurídico, à incapacidade civil. Vemos que, na
prática, essa associação também se fez em relação aos surdos-mudos (apontados
textualmente no código de 1916), aos portadores de Síndrome de Down e
oligofrênicos, que estavam sujeitos ao mesmo tratamento no meio jurídico.
Atualmente, a associação loucura-incapacidade civil foi superada, tanto no meio
jurídico quanto no campo dos trabalhadores da saúde mental.
O Código Civil em vigor não estabelece uma associação causal entre os dois
termos, determinando, ao contrário, que a ênfase deve recair na capacidade de
discernimento da pessoa e não no diagnóstico psiquiátrico. Trata-se de um grande
avanço no tratamento da questão, reflexo das profundas modificações operadas na
concepção social da loucura nos últimos anos.

Violência Doméstica contra crianças e adolescentes

A Convenção sobre os Direitos da Criança, da ONU, de 1989, ratificada pelo


Brasilem 1990, considera como criança todo ser humano com menos de dezoito anos
de idade. O Estatuto da Criança e do Adolescente, em vigor no Brasil, define como
criança a pessoa até doze anos de idade incompletos e adolescente aquela entre

10
doze e dezoito anos de idade. A Declaração Universal dos Direitos da Criança,
aprovada pela ONU em 1959 e também ratificada pelo Brasil, afirma que a criança
tem direito a crescer num ambiente de afeto e segurança moral e material para
desenvolver a sua personalidade. Da mesma forma, é direito da criança gozar de
proteção contra quaisquer formas de negligência, abandono, crueldade e exploração.
Desta forma, quaisquer atos que atentem contra os direitos das crianças são
considerados formas de violência. O Código Penal Brasileiro prevê os seguintes
crimes:

Estupro:
Art. 213 - constranger alguém, mediante violência ou grave ameaça, a ter
conjunção carnal ou a praticar ou permitir que com ele se pratique ato libidinoso .
Estupro de vulnerável:
Art. 217 A – ter conjunção carnal ou praticar outro ato libidinoso com menor de 14
anos ( ou alguém que não tenha o discernimento para a pratica do ato ou não pode
oferecer resistência)
Corrupção de menores
Art. 218 – induzir alguém menor de 14 anos a satisfazer a lascívia de outrem
Satisfação da lascívia mediante presença de criança ou adolescente
Art. 218 A – praticar, na presença de alguém menor de 14 anos, ou induzi-lo a
presenciar, conjunção carnal ou outro ato libidinoso, a fim de satisfazer a lascívia
própria ou de outrem.

A seguir veremos, mais detalhadamente, as modalidades de violência contra a


criança e adolescente.

Negligência
A negligência consiste em deixar de prestar assistência material e emocional
para uma criança ou adolescente. Alguns autores incluem a negligencia como um
subtipo de abuso físico e de maus tratos. Deixar uma criança sozinha em casa, à
noite ou durante o dia, não colocá-la a salvo dos perigos domésticos, não prover sua
alimentação, sono, lazer, educação, são formas de negligência.
Maus tratos físicos Aqui se incluem os castigos físicos, a agressão a crianças e

11
adolescentes, com uso ou não de instrumentos ofensivos (armas em geral e outros)
e castigos como cárcere privado. De acordo com a definição apresentada por Gil apud.
AZEVEDO: GUERRA (2007), abuso-vitimização física é todo o emprego de força
física e todos os atos de omissão, com o objetivo de ferir, danificar ou destruir a
criança, independentemente do grau de severidade do ato. Assim, todo emprego de
força física é abusivo. Violência psicológica O abuso psicológico pode se traduzir em
negligência afetiva e rejeição afetiva.
Conforme AZEVEDO; GUERRA (2007) “a negligência afetiva consiste numa falta de
responsabilidade, de calor humano, de interesse para com as necessidades e
manifestações da criança. A rejeição afetiva caracteriza-se por manifestações de
depreciação e agressividade para com a criança.” (p.41)
Violência sexual no âmbito das relações afetivas AZEVEDO; GUERRA (2007)
caracteriza o abuso sexual como “todo ato ou jogo sexual, relação heterossexual ou
homossexual, entre um ou mais adultos e uma criança menor de 18 anos, tendo por
finalidade estimular sexualmente a criança ou utilizá-la para obter uma estimulação
sexual sobre sua pessoa ou de outra pessoa.” (p.42.) O Abuso Sexual compreende
qualquer conduta sexual, de um adulto em relação a uma criança ou de uma criança
mais velha em relação a uma mais jovem. Pode implicar em penetração vaginal ou
anal na criança, toque de genitália ou fazer com que uma criança toque os genitais
do abusador, o contato oral-genital, o toque nos genitais do adulto, carícias na criança.
São também considerados abusos condutas como mostrar os genitais de um adulto
a uma criança, incitar a criança a ver revistas ou filmes pornográficos e veicular
imagem pornográfica envolvendo crianças ou adolescentes.
A violência sexual pode abranger atos como o incesto, estupro a exploração e o
assédio sexual. Incesto na infância é definido como uma atividade sexual envolvendo
uma pessoa de até 18 anos e um adulto que tenha com a criança uma relação de
consangüinidade, afinidade ou de responsabilidade.
Ou seja, situações onde uma pessoa que representa uma figura parental, que
mantenha uma relação de afetividade com a criança (pai, pai adotivo, padrasto, por
exemplo) e que com ela mantenha relações sexuais são consideradas incesto. Já a
exploração sexual significa a participação de uma criança ou adolescente em
atividades de prostituição ou envolvendo o comércio sexual, como imagens
pornográficas.

12
Artigos do ECA que tratam do atendimento a crianças e adolescentes em
situação de risco:
Art. 19. Toda criança ou adolescente tem direito a ser criado e educado no seio da
sua família e, excepcionalmente, em família substituta, assegurada a convivência
familiar e comunitária, em ambiente livre da presença de pessoas dependentes de
substâncias entorpecentes.
§ 1º Toda criança ou adolescente que estiver inserido em programa de acolhimento
familiar ou institucional terá sua situação reavaliada, no máximo, a cada 6 (seis)
meses, devendo a autoridade judiciária competente, com base em relatório elaborado
por equipe interprofissional ou multidisciplinar, decidir de forma fundamentada pela
possibilidade de reintegração familiar ou colocação em família substituta, em
quaisquer das modalidades previstas no art. 28 desta Lei.
§ 2º A permanência da criança e do adolescente em programa de acolhimento
institucional não se prolongará por mais de 2 (dois) anos, salvo comprovada
necessidade que atenda ao seu superior interesse, devidamente fundamentada pela
autoridade judiciária.
§ 3º A manutenção ou reintegração de criança ou adolescente à sua família terá
preferência em relação a qualquer outra providência, casoem que será esta incluída
em programas de orientação e auxílio, nos termos do parágrafo único do art. 23, dos
incisos I e IV do caput do art. 101 e dos incisos I a IV do caput do art. 129 desta Lei.
Art. 23. A falta ou a carência de recursos materiais não constitui motivo suficiente
para a perda ou a suspensão do poder familiar.

Parágrafo único. Não existindo outro motivo que por si só autorize a decretação da
medida, a criança ou o adolescente será mantido em sua família de origem, a qual
deverá obrigatoriamente ser incluída em programas oficiais de auxílio.
Art. 28. A colocação em família substituta far-se-á mediante guarda, tutela ou adoção,
independentemente da situação jurídica da criança ou adolescente, nos termos desta
Lei.
§ 1o Sempre que possível, a criança ou o adolescente será previamente ouvido por
equipe interprofissional, respeitado seu estágio de desenvolvimento e grau de
compreensão sobre as implicações da medida, e terá sua opinião devidamente
considerada.

13
Violência de Gênero
A violência contra a mulher é definida, pela legislação atual como qualquer
ação ou omissão baseada no gênero que lhe cause morte, lesão, sofrimento físico,
sexual ou psicológico e dano moral ou patrimonial. A violência, assim, pode se dar no
âmbito doméstico, envolvendo os moradores de um mesmo espaço de convívio
permanente, com ou sem vínculo familiar; no âmbito da família, compreendida como
o grupo formado por laços naturais, de afinidade ou de vontade; ou em qualquer
relação íntima de afeto, independentemente de coabitação.
O Código penal prevê, no artigo 213, o crime de estupro que consiste em
“constranger mulher à conjunção carnal, mediante violência ou grave ameaça.”
A Lei Maria da Penha indica claramente, as formas de violência contra a mulher: física,
psicológica, sexual, moral, patrimonial.
A violência física abrange qualquer conduta que ofenda a integridade ou a
saúde corporal de uma mulher. A violência psicológica compreende “qualquer
conduta que lhe cause dano emocional e diminuição da auto-estima ou que lhe
prejudique e perturbe o pleno desenvolvimento ou que vise degradar ou controlar
suas ações, comportamentos, crenças e decisões, mediante ameaça,
constrangimento, humilhação, manipulação, isolamento, vigilância constante,
perseguição contumaz, insulto, chantagem, ridicularização, exploração e limitação do
direito de ir e vir ou qualquer outro meio que lhe cause prejuízo à saúde psicológica
e à autodeterminação” (Art. 7º, II) Violência sexual é entendida como qualquer
conduta que constranja a mulher a “presenciar, a manter ou a participar de relação
sexual não desejada, mediante intimidação, ameaça, coação ou uso da força; que a
induza a comercializar ou a utilizar, de qualquer modo, a sua sexualidade, que a
impeça de usar qualquer método contraceptivo ou quea force ao matrimônio, à
gravidez, ao aborto ou à prostituição, mediante coação, chantagem, suborno ou
manipulação; ou que limite ou anule o exercício de seus direitos sexuais e
reprodutivos” (Art. 7º, III)
A violência patrimonial é definida como condutas que impliquem em “retenção,
subtração, destruição parcial ou total de seus objetos, instrumentos de trabalho,
documentos pessoais, bens, valores e direitos ou recursos econômicos, incluindo os
destinados a satisfazer suas necessidades” (Art. 7º, IV)

14
Por fim, a violência moral é entendida como situações de calúnia, difamação e injúria.

Ciclo da violência no casal

“Podemos considerar que as interações violentas de um casal estão vinculadas ao


aumento de tensão nas relações de poder estabelecidas e que a relação de
dominação/subordinação necessita ser confirmada.

A situação de violência pode ser, então, uma tentativa de restaurar o poder perdido
ou nunca alcançado, ou ainda a confirmação mútua da identidade (Mesterman,
1998)(Gregory, 1996).

O ciclo da violência, descrito por L. Walker (1979), expressa como os diferentes


fatores interagem num mesmo relacionamento de violência, através de sucessivas
fases.

Segundo Walker, nem todos os momentos são marcados pela agressão e entendê-lo
é muito importante na sua prevenção e interrupção.O ciclo da violência tem três fases
distintas, as quais variam, tanto em intensidade como
no tempo, para o mesmo casal e entre diferentes casais e não aparecem,
necessariamente, em todos os relacionamentos.

Fase um: o aumento da tensão

Ocorrem pequenos, mas freqüentes, incidentes de violência. É mais fácil a


mulher negar a sua raiva, atribuindo cada incidente à uma situação externa. Tenta
acreditar que tem algum controle sobre o comportamento do agressor. Esta aparente
aceitação estimula-o a não controlar a si mesmo, as tentativas de humilhação
psicológica tornam-se mais fortes e as ofensas verbais mais longas e hostis. A mulher
não consegue restaurar o equilíbrio na relação, ficando cada vez menos capaz de se
defender. O homem aumenta a opressão, o ciúme e a possessividade quando
observa que ela está tentando afastar-se. Os atos da mulher estão sujeitos a

15
interpretações equivocadas. Ele vigia todos os seus passos. Qualquer situação
externa pode atrapalhar o equilíbrio e a tensão entre os dois torna-se intolerável.

Fase dois: o incidente agudo da violência

Esta fase é mais breve que a anterior e a seguinte, caracterizando-se pela


incontrolável descarga de tensão acumulada na fase um e pela falta de previsibilidade
e controle. O que marca a distinção entre as fases é a gravidade com a qual os
incidentes da fase dois são vistos pelo casal. A raiva do homem é tão grande que o
impede de controlar seu comportamento. Inicialmente, tenta dar uma "lição" à mulher,
sem a intenção de causar-lhe dano, e termina quando crê que ela aprendeu a "lição".
O motivo para dar início às agressões raramente é o comportamento da mulher, mas
um acontecimento externo ou um estado interno do homem. A mulher,
ocasionalmente, provoca incidentes na fase dois. A antecipação do que possa ocorrer
leva ao estresse psicológico: ela torna-se ansiosa, deprimida e queixa-se de sintomas
psicossomáticos. Seus sentimentos, nessa fase, são de terror, raiva, ansiedade,
sensação de que é inútil tentar escapar. Com freqüência, a opção é encontrar um
lugar seguro para esconder-se.

Fase três: o apaziguamento/Iua-de-mel

O agressor sabe que o seu comportamento foi inadequado e demasiadamente


agressivo, e tenta fazer as pazes. É um período de calma incomum. O agressor a
trata carinhosamente, pede perdão e promete que os episódios de violência não mais
ocorrerão. Ele acredita que não agredirá mais, crendo que poderá controlar a si
mesmo, e pensa que a mulher aprendeu a "lição". A mulher agredida precisa acreditar
que não sofrerá mais violência. O agressor reforça a crença de que realmente pode
mudar. Há predominância da imagem idealizada da relação, de acordo com os
modelos convencionais de gênero. O casal que vive em uma situação de violência
torna-se um par simbiótico, tão dependente um do outro que, quando um tenta
separar-se, o outro torna-se drasticamente afetado. Esta fase parece ser mais longa

16
que a fase dois, porém mais curta que a fase um. Em diferentes combinações de
casal para casal, estas fases resumem o que se chama dedinâmica da violência. Sua
compreensão é muito importante para uma abordagem adequada, permitindo ao
profissional não atuar vitimizando a mulher e culpabilizando o homem, mas
compreendendo sua interação e interdependência na relação violenta.” BRASIL,
MINISTÉRIO DA SAÚDE, 2002)

17
REFERÊNCIAS

BRASIL. Estatuto da Criança e do Adolescente.

BRASIL. Código Civil.

BRASIL. Lei Maria da PenhaCONSELHO FEDERAL DE PSICOLOGIA. Manual de


elaboração de documentos produzidos pelo psicólogo decorrentes de Avaliação
Psicológica. 2001.

MACHADO, Maria Renata Coelho . Narrativa de mulheres vítimas de violência:


passos do processo Psicologia teoria e pratica, São Paulo, v.6 n.1.jun. 2004.
Disponível em: www. Scielo.Br. Acesso em: 20 jan. 2008.

SHINE, Sidney. A espada de Salomão: a psicologia e a disputa de guarda dos filhos.


São Paulo: Casa do Psicólogo, 2003.

FRANÇA, Fátima. Panorama da Psicologia Jurídica no Brasil. Psicologia: Teoria e


Pesquisa. v. 1, n. 2, set. 2001. Disponível em: www.scielo.br. Acesso em: 12. fev.
2007.

DELGADO, Pedro Gabriel. As razões da tutela: psiquiatria, justiça e cidadania do


louco no Brasil. Rio de Janeiro: Te Corá: 1992.

BRITO, Leila Maria Torraca de. De competências e convivências: caminhos da


psicologia junto ao direito de família. In: RIBEIRO, Marília Lobão. Psicologia Jurídica.
Rio de Janeiro: Relume-Dumará, 2000. p. 171-185.

AZEVEDO, Maria Amélia; GUERRA,Viviane Nogueira de Azevedo. Vitimação e


vitimização: questões conceituais. In: AZEVEDO, Maria Amélia; GUERRA, Viviane

18
Nogueira de Azevedo (orgs.). Crianças vitimizadas: a síndrome do pequeno poder. 2
ed. São Paulo: Iglu, 2007. p. 25-47.

AZEVEDO, Maria Amélia; GUERRA, Viviane Nogueira de Azevedo. Telecurso de


Especialização Infancia e Violência Doméstica. São Paulo, Universidade de São
Paulo -LACRI, PSA, IPUSP. s/d. (apostila)

GARCIA, Schirley dos Santos; CRUZ, Roberto Moraes. Violência intrafamiliar contra
idosos. ROVINSKI, Sonia Liane Reichert; CRUZ, Roberto Moraes (orgs.). Psicologia
Jurídica: perspectivas teóricas e processos de intervenção. São Paulo: Vetor, 2009.
p. 117-128.

MACIEL, Saidy Karolin ; CRUZ, Roberto Moraes. Violência psicológica contra


crianças nas interações familiares. In: ROVINSKI, Sonia Liane Reichert; CRUZ,
Roberto Moraes (orgs.). Psicologia Jurídica: perspectivas teóricas e processos de
intervenção. São Paulo: Vetor, 2009. p. 89-106

SAFFIOTI, Heleieth I. A Síndrome do pequeno poder. In: AZEVEDO, Maria Amélia;


GUERRA, Viviane Nogueira de Azevedo (orgs.). Crianças vitimizadas: a síndrome do
pequeno poder. 2 ed. São Paulo: Iglu, 2007. p. 13-21.

STREY, Marlene Neves. Gênero. In: JACQUES, Maria da Graça Corrêa et al.
Psicologia Social Contemporânea: Livro-texto. Petrópolis: Vozes, 1998. p. 180-197.

WERLANG, Blanca Suzana Guevara; SÁ, Samantha Dubugras; BORGES, Vivian


Roxo. Violência doméstica contra a mulher e a LeiMaria da Penha. In: ROVINSKI,
Sonia Liane Reichert; CRUZ, Roberto Moraes (orgs.). Psicologia Jurídica:
perspectivas teóricas e processos de intervenção. São Paulo: Vetor, 2009. p. 107 –
116.

NEVES, Anamaria Silva; ROMANELLI, Geraldo. A violência doméstica e os desafios


da compreensão interdisciplinar. Estudos de Psicologia, Campinas, v.23, n.3, jul./set.
2006. Disponivel em: WWW.scielo.com.br. Acesso em: 22 ago. 2010.
REFERÊNCIAS COMPLETAS – PSICOLOGIA JURÍDICA

ARANTES, E.M.M. ; MOTA, M.E.S. A criança e seus direitos: Estatuto da Criança e

19
do Adolescente e Código de Menores em debate. Rio de Janeiro: PUC-
Rio/FUNABEM, 1990.

ARIÉS, P. História social da criança e da família, 2 ed. Rio de Janeiro:


Guanabara/Koogan, 1981.

ALTOÉ, Sônia (Org.). Sujeito do direito, sujeito do desejo: direito e psicanálise. 2.ed.
Rio de Janeiro: Revinter, 2004.

ALTOÉ, Sônia. A Lei e as leis: direito e psicanálise. Rio de Janeiro: Revinter, 2007.

BADIOU, Alain. Ética: um ensaio sobre a consciência do mal. 2.ed. Rio de Janeiro:
Relume-Dumará, 1995.

BOCK, Ana Mercês Bahia et al. Psicologia e direitos humanos: práticas psicológicas:
compromissos e comprometimentos. São Paulo: Casa do Psicólogo/CFP, 2001.

BRASIL. Lei 8069 de 13 jul. 1990. Dispõe sobre o Estatuto da Criança e do


Adolescente, e dá outras providências.

BRITO, Leila Maria Torraca. Varas de Família: uma questão para psicólogos? Rio de
Janeiro: UERJ, 1992. (Dissertação de Mestrado)BRITO, Leila Maria Torraca. (org).
Temas de Psicologia Jurídica. 2. ed. Rio de Janeiro: Relume-Dumará, 2000.

BOBBIO, N. A era dos direitos. Rio de Janeiro: Campus, 1992.


BRASIL, Lei nº 8069, de 13 jul. 1990. Dispõe sobre o Estatuto da Criança e do
Adolescente e dá outras providências.

BRANDÃO, Eduardo; GONÇALVES, Hebe Signorini. Psicologia jurídica no Brasil. Rio


de Janeiro: Nau Editora, 2004.

CARTER, B. e MCGOLDRICK, M. (orgs) As mudanças no ciclo de vida Familiar. 2 ed.


Porto Alegre: Artes Médicas, 1995.

CARDOSO, Roselane Martins. A infância e a adolescência abandonadas: laudos em


processos do judiciário mineiro (1968-1984). Memorandum, n.11, p. 71-84.

Disponível em: WWW.fafich.ufmg.br/memorandum. Acesso em 24 mar. 2010.


CASTRO, R.M.C. A quem pertencem as crianças? Representações sociais da
infância em processos de guarda das Varas de Família de Belo Horizonte (1990-1995).
Belo Horizonte: UFMG, 1996. (Dissertação de Mestrado)

20
CALLIGARIS. C. et al. O laço conjugal. Porto Alegre: Artes e Ofícios, 1994. P.p. 6
CONSELHO FEDERAL DE PSICOLOGIA (org). Loucura, ética e política: escritos
militantes. São Paulo: Casa do Psicólogo, 2003

CURINGA. A Lei e o Fora da Lei. Belo Horizonte: EBP/MG, nº 18, nov/2002.


CUNHA, Jurema Alcides. Psicodiagnóstico. 5.ed. Porto Alegre: Artmed, 2000.
DOLTO, Françoise. Quando os pais se separam. 2 ed. Rio de Janeiro: Jorge Zahar,
1991.

FIGUEIREDO, L.C.M. A invenção do psicológico: quatro séculos desubjetivação


(1500-1900), 2 ed. São Paulo: EDUC/Escuta, 1994.

FRANÇA, Fátima. Reflexões sobre a Psicologia Jurídica e seu panorama no Brasil.


Psicologia: Teoria e Prática. 2004, 6(1): 73-80.

FREYRE, G. Sobrados e mucambos: decadência do patriarcado rural e


desenvolvimento do urbano, 3 ed. Rio de Janeiro: José Olympio, 1961.

FREUD, S. Edição Standard Brasileira das Obras Psicológicas Completas de


Sigmund Freud. Rio de Janeiro: Imago, 1982.vol. 6: Psicopatologia da vida cotidiana;
vol. 7: Três ensaios sobre a teoria da sexualidade; vol.10: Análise de uma fobia em
um menino de cinco anos; e vol. 19: Neurose e psicose.

FOUCAULT, M. Os anormais. São Paulo: Martins Fontes, 2001


GARCIA, Célio. Psicologia jurídica: operadores do simbólico. Belo Horizonte. Del Rey,
2004.

KASLOW, F e SCHWARTZ, L.L. As dinâmicas do divórcio: uma perspectiva de ciclo


vital. São Paulo: Editorial Psy, 1995.

LACAN, J. Premissas a todo desenvolvimento possível em criminologia. In: Lacan, J.


Outros Escritos. RJ: Jorge Zahar Editor, 1998

LOBOSQUE, Ana Marta. Princípios para uma clínica antimanicomial e outros escritos.
São Paulo: Hucitec, 1997. (Saúde em debate: saúde loucura,13).

LONDOÑO, F.T. A origem do conceito de menor. In: DEL PRIORI, M. (org).História


da criança no Brasil. São Paulo: Contexto, 1991. p.p. 65-77.

21
MALHEIROS, F. Os laços conjugais e os novos rumos da família. In: CALLIGARIS.
C. et alii. O laço conjugal. Porto Alegre: Artes e Ofícios, 1994. P.p. 6MUSZKAT,
Malvina Éster (Organizadora). Mediação de conflitos: pacificando e prevenindo a
violência. São Paulo:Summus, 2003.

MYRA Y LOPEZ, Emilio. Manual de Psicologia Jurídica. São Paulo: Mestre Jou, 1955.

PORTILLO, J. U. e MEZQUITA, B. V. (comps) Manual de Psicología forense. Madrid,


Siglo XXI de Espana, 1993.

NAZARETH, Eliana R. (Coord). Direito de família e ciências humanas. 2 ed. São


Paulo: Jurídica Brasileira, 1998. (Cadernos de Estudos, 1).

OCAMPO, Maria Luisa Siquier de et al. O processo psicodiagnóstico e as técnicas


projetivas. 10.ed. São Paulo: Martins Fontes, 2001.

PASSETI, E. O menor no Brasil Republicano. In: DEL PRIORI, M. Op. Cit., p.p. 146-
175.

PERROT, M. (org). História da vida privada, 4 ed. São Paulo: Companhia das Letras,
1993.

QUINET, Antônio. As 4+1 condições da análise. 9.ed. Rio de Janeiro: J.Zahar, 2002.

RAMOS, Magdalena; SHINE, S.K. A família em litígio. In: RAMOS, Magdalena (org.).
Casal e família como paciente. São Paulo: Escuta, 1999.

RIZZINI, I. (org), A criança no Brasil hoje: desafio para o terceiro milênio. Rio de
Janeiro: Editora Universitária Santa Úrsula, 1993.

ROVINSKI, Sonia Liane Reichert; CRUZ, Roberto Moraes (orgs.). Psicologia Jurídica:
perspectivas teóricas e processos de intervenção. São Paulo: Vetor, 2009.

STAHL, P. M. Conducting child custody evaluations: a comprehensive guide.


Thousand Oaks, Sage, 1993.

SILVA, Denise M.P. A psicologia jurídica no processo civilbrasileiro. São Paulo: Casa
do Psicólogo, 2003. (Coleção Psicologia Jurídica).

22
VEIGA, Cynthia Greize, FARIA, Luciano Mendes de. Infância no Sótão. Belo
Horizonte: Autêntica, 1999.

KASLOW, F. e SCHWARTZ, L.L. As dinâmicas do divórcio: uma perspectiva de ciclo


vital. São Paulo: Editorial Psy, 1995.

WALLERSTEIN, Judith S. e KELLY, Joan B. Sobrevivendo à separação: como pais e


filhos lidam com o divórcio. Porto Alegre: Artmed, 1998.

MINISTÉRIO DA SAÚDE. Legislação em saúde mental – 1990/2004 . Brasília:DF,


Ministério da Saúde, 2004.

Lei Federal nº 7.210, de 11 de julho de 1984 -Lei de Execução Penal – (arts. 40 e 41;
art. 61; arts. 147 a 149; arts. 151 a 154; art. 156; art. 158; arts. 160 e 161; arts. 180 e
181 e art. 202)

Lei Federal nº 8.069, de 13 de julho de 1990 -Estatuto da Criança e do Adolescente-


(arts. 7º a 52; arts. 90 a 94; arts. 98 a 140 e arts. 150 a 190)

Lei Federal nº 10.741, de 01 de outubro de 2003 (Estatuto do Idoso).


Lei Federal nº 9.099, de 26 de setembro de 1995 – Juizados Especiais Cíveis e
Criminais (arts. 60 e 61; art. 76; art. 85 e art.89)

Decreto-Lei Federal nº 2.848, de 7 de dezembro de 1940 - Código Penal (arts. 43 a


47; art. 55 e arts. 77 a 82)

Lei Federal nº 5.869, de 11 de janeiro de 1973 - Código de Processo Civil (arts. 145
a 147; art. 421; art. 423; arts. 432 e 433;art. 435 e art. 437).

23
Decreto Federal nº 99.710, de 21 de novembro de 1990 - Convenção sobre os Direitos
da Criança.

24

Você também pode gostar