Você está na página 1de 23

MÓDULO 1

FUNDAMENTOS DA PSICOLOGIA JURÍDICA


Breve história da Psicologia Jurídica

- História da atuação de psicólogos brasileiros na área da Psicologia


Jurídica tem seu início no reconhecimento da profissão, na década de
1960. Tal inserção deu-se de forma gradual e lenta, muitas vezes de
maneira informal, por meio de trabalhos voluntários.

- Os primeiros trabalhos ocorreram na área criminal, enfocando estudos


acerca de adultos criminosos e adolescentes infratores da lei (Rovinski,
2002).

- O trabalho do psicólogo junto ao sistema penitenciário existe, ainda que


não oficialmente, em alguns estados brasileiros há pelo menos 40 anos.
Contudo, foi a partir da promulgação da Lei de Execução Penal (Lei Federal
nº 7.210/84) Brasil (1984), que o psicólogo passou a ser reconhecido
legalmente pela instituição penitenciária (Fernandes, 1998).

ATRIBUIÇÕES PROFISSIONAIS DO PSICÓLOGO NO BRASIL

Refere sobre a profissão do psicólogo no Brasil

Contribuição do Conselho Federal de Psicologia ao Ministério do Trabalho


para integrar o catálogo brasileiro de ocupações – enviada em 17 de
outubro de 1992.

Procede ao estudo e análise dos processos intrapessoais e das relações


interpessoais, possibilitando a compreensão do comportamento humano
individual e de grupo, no âmbito das instituições de várias naturezas, onde
quer que se deem estas relações. Aplica conhecimento teórico e técnico
simone@simonelemespericias.com.br
www.simonelemespericias.com.br
da psicologia, com o objetivo de identificar e intervir nos fatores
determinantes das ações e dos sujeitos, em sua história pessoal, familiar e
social, vinculando-as também a condições políticas, históricas e culturais.

O Psicólogo, dentro de suas especificidades profissionais, atua no âmbito


da educação, saúde, lazer, trabalho, segurança, justiça, comunidades e
comunicação com o objetivo de promover, em seu trabalho, o respeito à
dignidade e integridade do ser humano.

Contribui para a produção do conhecimento científico da psicologia


através da observação, descrição e análise dos processos de
desenvolvimento, inteligência, aprendizagem, personalidade e outros
aspectos do comportamento humano e animal; analisa a influência de
fatores hereditários, ambientais e psicossociais sobre os sujeitos na sua
dinâmica intrapsíquica e nas suas relações sociais, para orientar-se no
psicodiagnóstico e atendimento psicológico; promove a saúde mental na
prevenção e no tratamento dos distúrbios psíquicos, atuando para
favorecer um amplo desenvolvimento psicossocial; elabora e aplica
técnicas de exame psicológico, utilizando seu conhecimento e práticas
metodológicas específicas, para conhecimento das condições do
desenvolvimento da personalidade, dos processos intrapsíquicos e das
relações interpessoais, efetuando ou encaminhando para atendimento
apropriado, conforme a necessidade. Participa da elaboração, adaptação e
construção de instrumentos e técnicas psicológicas através da pesquisa,
nas instituições acadêmicas, associações profissionais e outras entidades
cientificamente reconhecidas.

Realiza divulgação e troca de experiência nos eventos da profissão e


comunidade científica e, à população em geral, difunde as possibilidades
de utilização de seus recursos.

O psicólogo desempenha suas funções e tarefas profissionais


individualmente e em equipes multiprofissionais, em instituições privadas
ou públicas, em organizações sociais formais ou informais, atuando em:
simone@simonelemespericias.com.br
www.simonelemespericias.com.br
hospitais, ambulatórios, centros e postos de saúde, consultórios, creches,
escolas, associações comunitárias, empresas, sindicatos, fundações, varas
da criança e do adolescente, varas de família, sistema penitenciário,
associações profissionais e/ou esportivas, clínicas especializadas,
psicotécnicos, núcleos rurais e nas demais áreas onde as questões
concernentes à profissão se façam presentes e sua atuação seja
pertinente.

PSICÓLOGO JURÍDICO

Atua no âmbito da Justiça, nas instituições governamentais e não-


governamentais, colaborando no planejamento e execução de políticas de
cidadania, direitos humanos e prevenção da violência. Para tanto, sua
atuação é centrada na orientação do dado psicológico repassado não só
para os juristas como também aos sujeitos que carecem de tal
intervenção. Contribui para a formulação, revisões e interpretação das
leis.

Detalhamento das Atribuições

1- Assessora na formulação, revisão e execução de leis.

2- Colabora na formulação e implantação das políticas de cidadania e


direitos humanos.

3- Realiza pesquisa visando a construção e ampliação do conhecimento


psicológico aplicado ao campo do Direito.

4- Avalia as condições intelectuais e emocionais de crianças adolescentes


e adultos em conexão processos jurídicos, seja por deficiência mental e
insanidade, testamentos contestados, aceitação em lares adotivos, posse
e guarda de crianças ou determinação da responsabilidade legal por atos
criminosos.

simone@simonelemespericias.com.br
www.simonelemespericias.com.br
5- Atua como perito judicial nas varas cíveis, criminais, justiça do trabalho,
da família, da criança e do adolescente, elaborando laudos, pareceres e
perícias a serem anexados aos processos.

6- Elabora petições que serão juntadas ao processo, sempre que solicitar


alguma providência, ou haja necessidade de comunicar-se com o juiz,
durante a execução da perícia.

7- Eventualmente participa de audiência para esclarecer aspectos técnicos


em Psicologia que possam necessitar de maiores informações a leigos ou
leitores do trabalho pericial psicológico (juízes, curadores e advogados).

8- Elabora laudos, relatórios e pareceres, colaborando não só com a


ordem jurídica como com o indivíduo envolvido com a Justiça, através da
avaliação das personalidade destes e fornecendo subsídios ao processo
judicial quando solicitado por uma autoridade competente, podendo
utilizar-se de consulta aos processos e coletar dados considerar
necessários a elaboração do estudo psicológico.

9- Realiza atendimento psicológico através de trabalho acessível e


comprometido com a busca de decisões próprias na organização familiar
dos que recorrem a Varas de Família para a resolução de questões.

10- Realiza atendimento a crianças envolvidas em situações que chegam


às Instituições de Direito, visando a preservação de sua saúde mental,
bem como presta atendimento e orientação a detentos e seus familiares.

11- Participa da elaboração e execução de programas sócio educativos


destinados a criança de rua, abandonadas ou infratoras.

12- Orienta a administração e os colegiados do sistema penitenciário, sob


o ponto de vista psicológico, quanto as tarefas educativas e profissionais
que os internos possam exercer nos estabelecimentos penais.

13- Assessora autoridades judiciais no encaminhamento à terapias


psicológicas, quando necessário.
simone@simonelemespericias.com.br
www.simonelemespericias.com.br
14- Participa da elaboração e do processo de Execução Penal e assessorar
a administração dos estabelecimentos penais quanto a formulação da
política penal e no treinamento de pessoal para aplicá-la.

15- Atua em pesquisas e programas de prevenção à violência e desenvolve


estudos e pesquisas sobre a pesquisa criminal, construindo ou adaptando
instrumentos de investigação psicológica.

O QUE É A PERÍCIA?

- A perícia é um dos elementos de prova de um processo e é realizada por


pessoa habilitada tecnicamente, chamado de perito.

PERITO DO JUÍZO

- Profissional de confiança nomeado pelo Juiz, não concursado, auxiliar da


justiça.

DE ACORDO COM: Dr. Adacir Reis que é advogado e presidente do Instituto


San Tiago Dantas de Direito e Economia do Distrito Federal.

No novo Código de Processo Civil (2015) existe o reconhecimento da


importância da prova pericial e apresenta grandes inovações para a
designação do perito.

Nas hipóteses em que a prova do fato depender de conhecimento técnico


especializado, o juiz determinará, de ofício ou por requerimento de uma
das partes, a produção de prova pericial.

A perícia técnica tem por objetivo auxiliar o juiz com um conhecimento


especializado que ele não possui, de modo a lhe dar condições objetivas
para que tome a melhor decisão possível, formando seu convencimento a
partir do esclarecimento técnico de questões controvertidas.

simone@simonelemespericias.com.br
www.simonelemespericias.com.br
O resultado do trabalho do perito, expresso no laudo pericial, tem o
potencial de influenciar decisivamente o magistrado na formação de sua
convicção. Portanto, é uma das provas mais sensíveis do processo, digna
de merecer toda a atenção do legislador, a começar pelos critérios de
escolha do perito.

O perito a ser escolhido pelo juiz deve ser, necessariamente, um expert no


tema objeto de elucidação técnica ou científica.

Nos termos do caput do artigo 156 do novo CPC, o juiz será assistido
(note-se o comando afirmativo "será" e não "poderá") por perito quando
a prova do fato depender de conhecimento técnico ou científico.

De acordo com o § 1º do artigo 156 do novo CPC, "os peritos serão


nomeados entre os profissionais legalmente habilitados e os órgãos
técnicos ou científicos devidamente inscritos em cadastro mantido pelo
tribunal ao qual o juiz está vinculado".

Portanto, o juiz poderá nomear para perito não apenas o profissional,


pessoa física, mas também órgãos técnicos ou científicos, como
instituições universitárias e institutos de pesquisas.

Em qualquer situação, será condição, e eis aqui mais uma grande inovação
trazida pelo novo CPC, a inscrição em cadastro mantido pelo tribunal. Em
nome dos princípios da publicidade e da impessoalidade, a elaboração de
tal cadastro deverá ser precedida de consulta pública, por meio de
divulgação na internet ou em jornais de grande circulação, além de
consulta direta a universidades e conselhos de classe, nos termos do § 2º
do citado art. 156. Esse cadastro de peritos estará, ainda, sujeito a
avaliações e reavaliações periódicas.

O novo CPC foi além, ao prever que, na localidade onde não houver perito
inscrito no cadastro disponibilizado pelo tribunal, a nomeação, em tal
hipótese, será feita livremente pelo juiz, mas ainda assim "deverá recair
sobre profissional ou órgão técnico ou científico comprovadamente
simone@simonelemespericias.com.br
www.simonelemespericias.com.br
detentor do conhecimento necessário à realização da perícia" (art. 156, §
5º).

Nos termos do § 2º do artigo 157 do novo CPC, "será organizada lista de


peritos na vara ou na secretaria, com disponibilização dos documentos
exigidos para habilitação à consulta dos interessados, para que a
nomeação seja distribuída de modo equitativo, observadas a capacidade
técnica e a área do conhecimento".

Embora tenha que merecer a confiança do juízo, o perito não pode ser
nomeado em razão de laços de amizade ou de simpatia com o magistrado,
vara ou secretaria, mas sim por critérios objetivos e transparentes, já que
o perito, como importante auxiliar da Justiça (art. 149 do novo CPC),
desempenha papel de extrema relevância para se alcançar a verdade no
âmbito do processo judicial.

O novo CPC suprimiu a exigência de nível universitário para o perito (§ 1º


do art. 145 do CPC de 1973), privilegiando o conhecimento técnico
efetivo, que pode derivar apenas da experiência profissional, como no
caso a extração de borracha na Amazônia, em que o especialista pode ser
até mesmo um analfabeto. Registre-se, porém, a aparente desarmonia do
novo CPC com a hipótese de produção de prova técnica simplificada (§ 3º
do artigo 464), na qual o juiz pode inquirir, em substituição à confecção do
laudo pericial, um especialista, embora neste caso o § 4º do artigo 464
estabeleça que tal especialista terá que ter "formação acadêmica
específica" na área objeto de seu conhecimento.

O perito deve ser imparcial e neutro em relação aos interesses das partes,
condição que o diferencia dos assistentes técnicos, pois estes também
devem possuir conhecimento especializado, mas atuam em favor da parte
que os elegeu.

Em qualquer situação, inscrito no cadastro ou, por exceção, fora dele, o


perito há de ter conhecimento específico para o tema controvertido a ser
elucidado, o que impedirá, por exemplo, em matéria de previdência
simone@simonelemespericias.com.br
www.simonelemespericias.com.br
complementar, que um contador venha a ser nomeado para atuar como
perito em questão técnica específica na qual se exige um profissional
habilitado em ciência atuarial. Neste ponto, será de fundamental
importância que os atuários, e até mesmo as empresas de consultoria
atuarial que trabalham nesse segmento, bem como nas áreas de seguros
em geral e de saúde suplementar, façam sua inscrição naquele cadastro, a
fim de que possam contribuir para o aprimoramento técnico das decisões
judiciais.

Em resumo, o novo CPC prestigia o perito, exige maior transparência para


a sua indicação e reforça a necessidade do conhecimento técnico
especializado, tudo em consonância com os princípios da moralidade,
publicidade, impessoalidade e eficiência, lembrando que o processo
judicial, e não mais o juiz, passa a ser o verdadeiro destinatário das
provas.

SITUAÇÕES DE IMPEDIMENTO DO PERITO

-Falta de conhecimento técnico

-Se for parte na ação De acordo com a Resolução 008/2010: o psicólogo


perito é profissional designado para assessorar a Justiça no limite de suas
atribuições e, portanto, deve exercer tal função com isenção em relação
às partes envolvidas e comprometimento ético para emitir
posicionamento de sua competência teórico-técnica, a qual subsidiará a
decisão judicial;

-Testemunha

-Parentesco ou amigo de uma das partes/advogados: A mesma resolução


diz: que é vedado ao psicólogo ser perito, avaliador ou parecerista em
situações nas quais seus vínculos pessoais ou profissionais, atuais ou
anteriores, possam afetar a qualidade do trabalho a ser realizado ou a
fidelidade aos resultados da avaliação;
simone@simonelemespericias.com.br
www.simonelemespericias.com.br
-Alguma das partes credora ou devedora

- Ser perito de pessoa por ele atendida:

Sobre essa questão a Resolução 008/2010 refere no Art. 10

- Com intuito de preservar o direito à intimidade e equidade de condições,


é vedado ao psicólogo que esteja atuando como psicoterapeuta das
partes envolvidas em um litígio:

I - Atuar como perito ou assistente técnico de pessoas atendidas por ele


e/ou de terceiros envolvidos na mesma situação litigiosa;

II – Produzir documentos advindos do processo psicoterápico com a


finalidade de fornecer informações à instância judicial acerca das pessoas
atendidas, sem o consentimento formal destas últimas, à exceção de
Declarações.

Parágrafo único – Quando a pessoa atendida for criança, adolescente ou


interdito, o consentimento formal referido no caput deve ser dado por
pelo menos um dos responsáveis legais.

Se houver quesitos o psicólogo deve respondê-los, após sua conclusão, de


forma sintética e convincente, afirmando ou negando. Se não houver
dados para a resposta dos mesmos, ou quando o especialista não pode ser
categórico, deve utilizar a expressão: “SEM ELEMENTOS DE CONVICÇÃO”.
Quando houver quesitos mal formulados, estes também devem ser
respondidos, utilizando-se expressões do tipo “PREJUDICADO”, “SEM
ELEMENTOS” ou “AGUARDA EVOLUÇÃO”

simone@simonelemespericias.com.br
www.simonelemespericias.com.br
PERITO ASSISTENTE OU ASSISTENTE TÉCNICO

Indicado por uma das partes.

É reconhecido como profissional habilitado, de confiança, a merecer


consideração jurídica pelo trabalho realizado.

O domínio completo do procedimento pericial é um importante fator na


avaliação da exatidão dos resultados atingidos pelo perito designado pelo
juízo, contribuindo para se chegar à verdade dos fatos.

Perito vai contestar ou concordar com o laudo do perito do juízo

DE ACORDO COM A RESOLUÇÃO 006/2019 que Institui regras para a


elaboração de documentos escritos produzidos pela(o) psicóloga(o) no
exercício profissional e revoga a Resolução CFP nº 15/1996, a Resolução
CFP nº 07/2003 e a Resolução CFP nº 04/2019.

Art. 14 O parecer psicológico é um pronunciamento por escrito, que tem


como finalidade apresentar uma análise técnica, respondendo a uma
questão-problema do campo psicológico ou a documentos psicológicos
questionados.

I - O parecer psicológico visa a dirimir dúvidas de uma questão-problema


ou documento psicológico que estão interferindo na decisão do
solicitante, sendo, portanto, uma resposta a uma consulta.

II - A elaboração de parecer psicológico exige, da(o) psicóloga(o),


conhecimento específico e competência no assunto.

III - O resultado do parecer psicológico pode ser indicativo ou conclusivo.

simone@simonelemespericias.com.br
www.simonelemespericias.com.br
IV - O parecer psicológico não é um documento resultante do processo de
avaliação psicológica ou de intervenção psicológica.

Estrutura:

§ 1º O parecer psicológico deve apresentar as informações da estrutura


detalhada abaixo, em forma de itens.

I - O Parecer é composto de 5 (cinco) itens:

a) Identificação;

b) Descrição da demanda;

c) Análise;

d) Conclusão;

e) Referências.

Identificação:

§ 2º Neste item, a(o) psicóloga(o) deve fazer constar no documento:

I - Título: "Parecer Psicológico";

II - Nome da pessoa ou instituição objeto do questionamento (ou do


parecer): identificação do nome completo ou nome social completo e,
quando necessário, outras informações sócio demográficas da pessoa ou
instituição cuja dúvida ou questionamento se refere;

III - Nome do solicitante: identificação de quem solicitou o documento,


especificando se a solicitação foi realizada pelo Poder Judiciário, por
empresas, instituições públicas ou privadas, pelo próprio usuário do
processo de trabalho prestado ou outros interessados;

simone@simonelemespericias.com.br
www.simonelemespericias.com.br
IV - Finalidade: descrição da razão ou motivo do pedido;

V - Nome da(o) autora(or): identificação do nome completo ou nome


social completo da(o) psicóloga(o) responsável pela construção do
documento, com a respectiva inscrição no Conselho Regional de Psicologia
e titulação que comprove o conhecimento específico e competência no
assunto.

Descrição da Demanda:

§ 3º Destina-se à transcrição do objetivo da consulta ou demanda. Deve-


se apresentar as informações referentes à demanda e finalidades do
parecer.

I - A descrição da demanda deve justificar a análise realizada.

Análise:

§ 4º A discussão da questão específica do Parecer Psicológico se constitui


na análise minuciosa da questão explanada e argumentada com base nos
fundamentos éticos, técnicos e/ou conceituais da Psicologia, bem como
nas normativas vigentes que regulam e orientam o exercício profissional.

Conclusão:

§ 5º Neste item, a(o) psicóloga(o) apresenta seu posicionamento sobre a


questão-problema ou documentos psicológicos questionados.

I - O documento deve ser encerrado com indicação do local, data de


emissão, carimbo, em que conste nome completo ou nome social
completo da(o) psicóloga(o), acrescido de sua inscrição profissional, com
simone@simonelemespericias.com.br
www.simonelemespericias.com.br
todas as laudas numeradas, rubricadas da primeira até a penúltima lauda,
e a assinatura da(o) psicóloga(o) na última página.

II - É facultado à(ao) psicóloga(o) destacar, ao final do parecer, que este


não poderá ser utilizado para fins diferentes do apontado no item de
identificação, que possui caráter sigiloso, que se trata de documento
extrajudicial e que não se responsabiliza pelo uso dado ao parecer por
parte da pessoa, grupo ou instituição, após a sua entrega ao beneficiário,
responsável legal e/ou solicitante do serviço prestado.

Referências:

§ 6º Na elaboração de pareceres psicológicos, é obrigatória a informação


das fontes científicas ou referências bibliográficas utilizadas, em nota de
rodapé, preferencialmente.

RESOLUÇÃO 008/2010 SOBRE A REALIZAÇÃO DA PERÍCIA

Art. 1º - O Psicólogo Perito e o psicólogo assistente técnico devem evitar


qualquer tipo de interferência durante a avaliação que possa prejudicar o
princípio da autonomia teórico-técnica e ético-profissional, e que possa
constranger o periciando durante o atendimento.

Art. 2º - O psicólogo assistente técnico não deve estar presente durante a


realização dos procedimentos metodológicos que norteiam o atendimento
do psicólogo perito e vice-versa, para que não haja interferência na
dinâmica e qualidade do serviço realizado.

Parágrafo Único - A relação entre os profissionais deve se pautar no


respeito e colaboração, cada qual exercendo suas competências, podendo
o assistente técnico formular quesitos ao psicólogo perito.

simone@simonelemespericias.com.br
www.simonelemespericias.com.br
RESOLUÇÃO REFERE SOBRE A PRODUÇÃO E ANÁLISE DE DOCUMENTOS

Art. 8º - O assistente técnico, profissional capacitado para questionar


tecnicamente a análise e as conclusões realizadas pelo psicólogo perito,
restringirá sua análise ao estudo psicológico resultante da perícia,
elaborando quesitos que venham a esclarecer pontos não contemplados
ou contraditórios, identificados a partir de criteriosa análise.

Parágrafo Único - Para desenvolver sua função, o assistente técnico


poderá ouvir pessoas envolvidas, solicitar documentos em poder das
partes, entre outros meios.

TERMO DE COMPROMISSO DO ASSISTENTE TÉCNICO

Art. 9º – Recomenda-se que antes do início dos trabalhos o psicólogo


assistente técnico formalize sua prestação de serviço mediante Termo de
Compromisso firmado em cartório onde está tramitando o processo, em
que conste sua ciência e atividade a ser exercidas, com anuência da parte
contratante.

Parágrafo Único – O Termo conterá nome das partes do processo, número


do processo, data de início dos trabalhos e o objetivo do trabalho a ser
realizado.

RETOMANDO ALGUNS ASPECTOS DO CÓDIGO DO PROCESSO CIVIL 2015


E A RESOLUÇÃO 008/2010 QUE INSTITUI A RELAÇÃO ENTRE PERITO E
PERITO ASSISTENTE TÉCNICO

Art. 466 O perito cumprirá escrupulosamente o encargo que lhe foi


cometido, independentemente de termo de compromisso.

§ 1o Os assistentes técnicos são de confiança da parte e não estão sujeitos


a impedimento ou suspeição.
simone@simonelemespericias.com.br
www.simonelemespericias.com.br
§ 2o O perito deve assegurar aos assistentes das partes o acesso e o
acompanhamento das diligências e dos exames que realizar, com prévia
comunicação, comprovada nos autos, com antecedência mínima de 5
(cinco) dias.

Art. 473. O laudo pericial deverá conter

A exposição do objeto da perícia

A análise técnica ou científica realizada pelo perito

Indicação de método utilizado, esclarecendo e demonstrando ser


predominantemente aceito pelos especialistas da área de conhecimento
da qual se originou.

Resposta conclusiva a todos os quesitos apresentados pelo juiz, pelas


partes e pelo órgão do Ministério Público.

Inciso 1º No laudo, o perito deve apresentar sua fundamentação em


linguagem simples e com coerência lógica, indicando como alcançou suas
conclusões.

Inciso 2º É vedado ao perito ultrapassar os limites de sua designação, bem


como emitir opiniões pessoais que excedam o exame técnico ou científico
do objeto de perícia.

simone@simonelemespericias.com.br
www.simonelemespericias.com.br
simone@simonelemespericias.com.br
www.simonelemespericias.com.br
simone@simonelemespericias.com.br
www.simonelemespericias.com.br
simone@simonelemespericias.com.br
www.simonelemespericias.com.br
ÁREAS DE ATUAÇÃO DE UM PERITO PSICÓLOGO
JUIZADO INFÂNCIA E JUVENTUDE:

- avaliação de candidatos à adoção e de adolescentes autores de ato


infracional que estão internados em regime de privação de liberdade:

Na adoção, por exemplo, deve-se examinar a personalidade e maturidade


dos candidatos (capacidade de dar e receber afeto e para assumir a
responsabilidade de cuidar, flexibilidade para mudanças segundo as
necessidades do outro; habilidade para enfrentar frustações);

O modo de se relacionar com a própria família;

Qualidade da união matrimonial, adaptação no local de trabalho;

Atividades comunitárias;

Capacidade de aceitar a criança como ela é;

simone@simonelemespericias.com.br
www.simonelemespericias.com.br
Capacidade dos candidatos de lidar com a infertilidade (se for o caso);

Se as motivações para a adoção estão baseadas em necessidades


emocionais sãs.

VARA CÍVEL

- Avaliar a presença de danos psíquicos decorrentes de um fato


traumatizante e avaliar a incapacidade para exercer atos da vida civil –
interdição ou ainda, nomes bizarros (Adolfo Hitler).

- Avaliação da capacidade de reger sua pessoa e administrar seus bens.

- Perícia nas ações de Interdição de direitos;

- Perícia nas ações de anulações de atos jurídicos;

- Anulações de casamentos e separações judiciais litigiosas;

- Avaliação de transtornos mentais em ações de indenização e ações


securitárias;

VARA DE FAMÍLIA:

- avaliação para definição de guarda e regulamentação de visitas

- As perícias examinam as competências parentais. Não devem focar


somente nos aspectos intrapsíquicos dos pais, mas os aspectos relacionais
e redes de apoio que a família pode contar.

simone@simonelemespericias.com.br
www.simonelemespericias.com.br
VARA CRIMINAL

averiguação de periculosidade em detentos, da sanidade mental de um


indivíduo no momento do crime e de sujeitos que receberam medida de
segurança

Investigar se há doença do espectro psicótico ou rebaixamento intelectual


que poderia ter diminuído ou anulado a capacidade de entendimento da
natureza criminosas de um ato;

Verificação da capacidade de imputação nos incidentes de insanidade


mental;

Verificação da capacidade de imputação nos incidentes de


farmacodependência;

Avaliação de transtornos mentais em casos de lesão corporal e crimes


sexuais;

VARA DO TRABALHO:

avaliar se há nexo causal entre possíveis danos psicológicos causados pelo


ambiente de trabalho ou por acidentes ocorridos neste, avaliar pedidos de
aposentadoria e de afastamento do trabalho por sofrimento psicológico.

LAUDO PSICOLÓGICO E AVALIAÇÃO PSICOLÓGICA

Uma das finalidades da avaliação psicológica é subsidiar uma decisão para


quem sabe ter uma intervenção futura

Anastasi e Urbina (2000) o objetivo da avaliação psicológica


geralmente esta associado a ajudar a tomar uma decisão, seleção de
carreira, recomendação de tratamento, à culpabilidade, entre outras.

simone@simonelemespericias.com.br
www.simonelemespericias.com.br
EXAME PSICOLÓGICO

Procedimento da avaliação psicológica usado na seleção de pessoal,


concursos públicos e na obtenção de carteira de motorista.

PASSO PARA AVALIAÇÃO DO PROCESSO


DE AVALIAÇÃO PSICOLÓGICA

Determinar os motivos do encaminhamento, queixas e outro problemas.

Fazer um levantamento de dados de natureza psicológica, social, médica,


profissional, e/ou escolar.

Colher dados da história clínica e história pessoal.

Realizar exame do estado mental .

Levantar hipóteses iniciais e definir os objetivos do exame.

Estabelecer um plano de avaliação.

Estabelecer um contrato de trabalho com o sujeito e responsável.

Administrar teste e outros instrumentos psicológicos.

Levantar dados quantitativos e qualitativos.

Selecionar, organizar e integrar todos os dados significativos.

Comunicar resultados (entrevista devolutiva, relatório, laudo, parecer e


outros Informes) propondo soluções se for o caso.

simone@simonelemespericias.com.br
www.simonelemespericias.com.br
MÉTODO

O psicólogo perito deverá se basear na própria natureza do caso em


questão e na prévia leitura dos autos do processo (com especial atenção
ao que demandou a perícia psicológica e aos quesitos formulados).

Não existem metodologias fixas para realizar avaliações psicológicas


periciais.

A ESCOLHA DEVE LEVAR EM CONSIDERAÇÃO:

Idade

Escolaridade

Limitações físicas e mentais, etc.

simone@simonelemespericias.com.br
www.simonelemespericias.com.br

Você também pode gostar