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Psicologia jurídica é o campo da psicologia que agrega os profissionais que se dedicam à

interação entre a psicologia e o direito. A principal função dos psicólogos no âmbito da justiça é
auxiliar em questões relativas à saúde mental dos envolvidos em um processo.
A Psicologia Jurídica é um dos campos de conhecimento e de investigação dentro da psicologia,
com importantes colaborações nas áreas da cidadania, violência e direitos humanos.

História
A Psicologia Jurídica emergiu da Psicologia do Testemunho cuja prática, em âmbito
internacional, ajudou a consolidar a Psicologia enquanto ciência, dada a necessidade de sua
contribuição na comprovação da fidedignidade de testemunhos, principalmente com o
surgimento e aplicação dos testes psicológicos, em meados do século XX, assim como o
desenvolvimento de estudos sobre os funcionamentos dos interrogatórios, dos delitos, dos falsos
testemunhos e falsas memórias etc., colaborando para a criação dos primeiros laboratórios de
Psicologia.

No Brasil, apesar de a prática psicológica jurídica ser reconhecida apenas no ano 2000, pelo
Conselho Federal de Psicologia – CFP, ela teve início junto ao reconhecimento da profissão, em
1960, por meio de trabalhos voluntários na área Criminal, na avaliação de pessoas em situação
prisional e de adolescentes infratores.
Em torno de 1979, a atuação do psicólogo na esfera jurídica é estendida à área Civil,
desenvolvendo trabalho voluntário e informal com famílias em vulnerabilidade econômico-social,
no Tribunal de Justiça de São Paulo.

Áreas
 Psicanálise forense (mais genérica e aborda o sistema jurídico como um
todo sob perspectivas psicológicas;
 Psicologia criminal; que se dedica mais propriamente ao Direito Penal. Este tipo
de psicólogo é chamado a atuar em processos criminais de diversas formas, como
na avaliação de suspeitos, compreensão das motivações do crime e detecção de
comportamentos perigosos.
 Psicologia obrigacional e do consumidor (também denominado de
psicologia civil);
 Psicologia da família;
 Psicopatologia trabalhista;
 Psicologia judiciária, que também envolvem os cartórios judiciais e
extrajudiciais, devido ao aumento significativo de processos;
 Psicologia e direitos humanos.

Funções do Psicólogo Jurídico:

 Avaliação de psicodiagnóstico;
 Assessoramento como perito a órgãos judiciais;
 Intervenção: planejamento e realização de programas de prevenção,
tratamento, reabilitação e Integração ao meio social;
 Planejamento de campanhas de combate à criminalidade;
 Vitimologia: pesquisa e atendimento às vítimas de violência;
 Mediação: alternativas à via judicial.
Dedica-se à proteção da sociedade e à defesa dos direitos do cidadão, através da
perspectiva psicológica. Juntamente com a psicanálise forense, constitui o campo de
atuação da psicologia conjuntamente com o direito.
Este ramo da psicologia dedica-se às situações que se apresentam sobretudo nos
tribunais e que envolvem o contexto das leis. Desse modo, na psicologia jurídica, são
tratados todos os casos psicológicos que podem surgir em contexto de tribunal. Dedica-se,
por exemplo, ao estudo do comportamento criminoso, ao estudo das doenças envolventes
de situações familiares e de separação civil. Clinicamente, tenta construir o percurso de
vida dos indivíduos no dia a dia na sociedade em constantes relações jurídicas e todos os
processos psicológicos que possam conduzido à doenças do consumidor, de estrutura
familiar e do trabalho. A psicologia jurídica não se confunde com a psicologia forense,
posto que o psicólogo forense, tenta descobrir a raiz do problema, uma vez que só assim
se pode partir à descoberta da solução. Descobrindo as causas das desordens, sejam elas
mentais e/ou comportamentais, também se pode determinar um processo justo, tendo em
conta que estes casos são muito particulares e assim devem ser tratados em tribunal.

Relação entre Psicologia Jurídica e Forense


O primeiro ramo da psicologia forense a surgir foi a psicologia criminal, pois realiza
estudos psicológicos de alguns dos tipos mais comuns de delinquentes e criminosos em
geral, como, por exemplo, os psicopatas. De fato, a investigação psicológica desta
subárea apresenta, sobretudo, trabalhos sobre homicídios e crimes sexuais, talvez devido
à sua índole grave.
A psicologia forense também tem relações com a psicanálise e a sexologia forense,
traçando as causas psíquicas que levam certos indivíduos à sexualidade doentia.

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