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Capa
A Psicologia Criminal/Forense
Índice
Capa ................................................................................................................................................................... 1
Índice ................................................................................................................................................................. 2
Introdução ......................................................................................................................................................... 3
O que é a psicologia criminal/forense? ............................................................................................................. 4
Origem da Psicologia criminal/ forense ............................................................................................................ 4
Definição: objeto de estudo, métodos, área de investigação ........................................................................... 4
O trabalho do psicólogo criminal ...................................................................................................................... 5
Casos famosos que contaram com a importante ajuda da psicologia .............................................................. 6
A psicologia criminal/forense em Portugal ....................................................................................................... 7
Conclusão .......................................................................................................................................................... 8
Bibliografia/Webgrafia ...................................................................................................................................... 9
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A Psicologia Criminal/Forense 2019/2020
Introdução
A criminalidade é um tema presente no nosso quotidiano e que por vezes vem ao nosso encontro. De um
modo geral a criminalidade tem vindo a aumentar. É com o objetivo de nos proteger que foi desenvolvida
dentro da área da psicologia aplicada, uma vertente que procura compreender a mente do criminoso de
maneira a prever e evitar comportamentos criminosos e o próprio crime. A psicologia criminal, também
chamada de forense será o tema retratado ao longo deste trabalho.
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A Psicologia Criminal/Forense 2019/2020
Para tal podem ser usados estudos psicológicos da personalidade, da estrutura mental e de outras
características. Constituindo o interface entre a psicologia e o direito, dedica-se também em ajudar as
instituições de investigação a cumprir a sua missão de maneira mais eficaz, ou seja, contribuindo com a
aplicação dos conhecimentos psicológicos ao serviço das mesmas.
Uma grande parte da Psicologia Criminal, conhecida como “Criminal Profiling” começou em 1940, quando
os Estados Unidos da América criaram um departamento de Serviços Estratégicos, no qual foi encarregue
ao psiquiatra William L. Langer (1896-1977) a difícil tarefa de elaborar um perfil psicológico de Adolf Hitler.
No entanto, podemos afirmar que este estudo e construção de perfis psicológicos se afirmou
verdadeiramente com o psicólogo Lionel Haward, após a Segunda Guerra Mundial. Quando este começou a
colaborar com a Royal Air Force, elaborando uma lista de características que os criminosos de guerra
poderiam através da construção dos seus perfis, especialmente do regime nazi. Mais tarde, em 1950 o
psiquiatra James A. Brussel (1905-1982) recorreu ao mesmo método elaborando o perfil preciso de um
bombista que aterrorizou Nova Iorque.
Enquanto isso em Inglaterra, na década de 80, o Professor David Canter funda a psicologia investigativa,
com o objetivo de colaborar com a polícia, abordando os crimes de um ponto de vista mais rigoroso e
científico, construindo e investigando perfis de indivíduos.
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Esta analisa os desejos, pensamentos, intenções e reações dos criminosos, de forma a traçar perfis,
solucionar crimes e compreender comportamentos. Com este objetivo, são utilizados testes de
personalidade, estuda-se a estrutura mental e outras características patológicas, construindo um perfil e
seleciona-lo se for possível com o direito penal.
As perguntas centrais do objeto de estudo desta área da psicologia, prendem-se muito com “ O que fez
com que este crime acontecesse?” ou “ O que fez o individuo cometer o crime?”, porém abrange as
reações posteriores ao crime, na fuga, até mesmo no tribunal. Ou seja, a Psicologia Criminal, não se
interessa apenas em resolver o crime, vai mais além, tentando perceber a sua origem íntima. Estudando os
perfis de todos os intervenientes, criminosos e vítimas.
Ao contrário de algumas teorias que afirmam que ser criminoso é inato, há teorias que defendem
que este não é este que causa o crime, mas sim a combinação de todos os fatores que o envolvem, até
mesmo as características da vítima. Nesse sentido, a psicologia criminal complementa-se com
a vitimologia que estuda as características da vítima, pois existem investigadores que defendem que
existem características que tornam as pessoas mais propensas a determinados tipos de crimes.
Uma vertente mais direcionada com o trabalho direto com a força policial, permite ao psicólogo outro
tipo de envolvimento profissional. Em 1981, um dos pais da psicologia criminal do Reino Unido, o professor
Lionel Haward, descreveu quatro maneiras pelas quais o psicólogo pode atuar no seu envolvimento
profissional em processos criminais. Sendo as seguintes:
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Experimentalmente: Nesse caso, a tarefa do psicólogo é realizar uma pesquisa para informar
um caso. Esta pode envolver a execução de testes experimentais com o objetivo de ilustrar um
ponto ou fornecer mais informações aos tribunais. Se envolver uma memória falsa, podem
realizar-se experiências de credibilidade de testemunhas oculares e outros. Por exemplo, desta
forma, perguntas semelhantes a "qual a probabilidade de uma testemunha ver um objeto que
se encontra a 100 metros?" serão respondidas.
Atuarialmente: Esta função envolve o uso de estatísticas para informar um caso. Por exemplo,
um psicólogo pode ser solicitado a fornecer a probabilidade de ocorrência de um evento. Por
exemplo, os tribunais podem perguntar qual a probabilidade de uma pessoa reincidir se uma
sentença for recusada.
Aconselhamento: Aqui, um psicólogo pode aconselhar a polícia sobre como proceder na
investigação. Por exemplo, qual é a melhor maneira de entrevistar o indivíduo, qual a melhor
forma de interrogar uma testemunha vulnerável ou outra especialista, como um infrator agirá
após cometer o crime.
Considera-se que um psicólogo poderia passar uma vida a examinar a mente distorcida de Ted Bundy, um
dos mais notórios e carismáticos assassinos americanos. Felizmente, um grupo de psicólogos usou a sua
experiência para solucionar este famoso caso. Ao longo do tempo, os ataques brutais e assassinatos de Ted
Bundy tornaram-se menos cuidadosos e mais frequentes. O perfil psicológico construído, que beneficiou
bastante das informações dadas pela sua ex-namorada, eventualmente pôs fim à busca nacional pelo
Bundy e ligou-o a outros assassinatos por resolver.
Embora as queixas e suspeitas dos vizinhos terem sido o que ultimamente terminou a chocante matança do
“palhaço assassino” John Wayne, a avaliação construída por psicólogos foi o garante de que o culpado
deste famoso caso não fosse libertado sob um argumento falso de insanidade. Por meio de uma série de
entrevistas, os psicólogos conseguiram determinar que os assassinatos de Gacy envolviam premeditação e
um plano detalhado para ocultar os corpos das vítimas. Sem a assistência de psicólogos Gacy poderia ter
nunca vindo a ser punido pelos seus crimes.
Uma série de contínuos atentados no famoso Radio City Music Hall em Nova York é um caso intrigante que
é frequentemente esquecido nos dias de hoje. Este caso, que envolveu mais de uma dúzia de explosões
entre 1940 e 1950, mostrou-se tão problemático para a polícia que foi uma das causas do desenvolvimento
do Federal Bureau of Investigation. O psicólogo James Brussel conseguiu determinar que, devido à
complexidade e conhecimento dos dispositivos explosivos, o homem-bomba era quase definitivamente um
engenheiro, provavelmente em Con Edison. Foi esse perfil que direcionou a polícia para George Metesky e
conduziu à captura do culpado. A notável precisão e eficácia do perfil construído pelo psicólogo, que levou
á captura do responsável pela explosões, aumentou a demanda por estes especialistas por todo o país.
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Aileen Wuornos
O caso do assassino em série Aileen Wuornos, que pode ser conhecido como inspiração para o
desempenho de Charlize Theron em "Monster", poderia nunca ter sido resolvido sem o famoso uso da
psicologia criminal/forense. Os psicólogos conseguiram determinar uma motivação consistente pelos
assassinatos de Wuorno, o seu intenso medo de perder o relacionamento com a sua parceira Tyria Moore.
Este perfil mostrou-se incrivelmente preciso quando cada um dos assassinatos de Wuornos foi mais tarde
relacionado a períodos difíceis e separações de curto prazo entre os amantes.
Andrei Chikatilo
O reinado de terror de Andrei Chikatilo confundiu a polícia russa por mais de duas décadas, até que se
tornou um dos casos famosos resolvido por psicólogos forense. Até ao momento, Chikatilo tem sido
associado aos assassinatos de 53 mulheres e crianças russas. Frustrado com a falta de pistas promissoras,
Viktor Burakov, o principal investigador do caso, decidiu empregar um novo método. Este recrutou a ajuda
do Dr. Alexander Bukhanovsky na construção de um perfil psicológico para o assassino. Contendo este
informação que se mostrou inestimável para reduzir a lista de suspeitos ao próprio Chikatilo, que confessou
os seus crimes em 1990.
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Conclusão
Com este trabalho compreendemos a tamanha importância que a psicologia criminal/forense tem a nível
da justiça, estabelecendo uma relação entre a psicologia e a polícia ou o direito, e na sociedade, com a
aplicação dos conhecimentos psicológicos ao serviço da mesma. Contribuindo para uma redução
significativa na taxa de criminalidade, um aumento da taxa de sucesso na captura de criminosos e uma vida
social mais segura.
Nos dias de hoje esta é uma ciência imprescindível, no entanto consideramos que deveria ser
desenvolvido um maior trabalho na sensibilização da comunidade para com esta e com a psicologia em
geral.
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A Psicologia Criminal/Forense 2019/2020
Bibliografia/Webgrafia
https://pt.slideshare.net/pirolitas/psicologia-criminal-21611322
https://pt.slideshare.net/ingahh/psicologia-criminal-5613508
https://psicologia-b-12-luisa.webnode.pt/news/a-psicologia-criminal-ou-forense-/
https://pt.wikipedia.org/wiki/Psicologia_criminal
http://www.psicologiafree.com/curiosidades/psicologia-criminal/
https://www.publico.pt/2014/09/29/sociedade/opiniao/psicologia-forense-onde-como-quando-e-
porque-1671147
https://sites.google.com/site/lacospsychelogos/sss/psicologia-aplicada/psicologia-criminal-ou-
forense
https://www.online-psychology-degrees.org/list-articles/five-famous-cases-cracked-by-forensic-
psychologists/
Manual de Psicologia de 12º ano- Psi para Si
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