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Rosália Mourão
Cesare Lombroso
Lombroso
Também escreveu diversas obras ao longo de sua vida. Algumas delas são: “Gênio e
Loucura” (1874), “O Homem Delinquente” (1876), “O Delito” (1891), “O Anti-semitismo
e as ciências modernas” (1891), “A Mulher Delinquente, a Prostituta e a Mulher Normal”
(1893), “As mais recentes descobertas e aplicações da psiquiatria e antropologia criminal”
(1893), “Os anarquistas” (1894), “O crime, as causas e remédios” (1894).
O homem delinquente - 1876
O louco moral é aquele indivíduo que tem, aparentemente, íntegra a sua inteligência, mas
sofre de profunda falta de senso moral. É um homem perigoso pelo seu terrível egoísmo. É
capaz de praticar um morticínio pelo mais ínfimo dos motivos.Lombroso o diferenciava do
alienado definindo-o como um “cretino do senso moral” ou seja, uma pessoa desprovida
absolutamente de senso moral. A explicação da criminalidade do louco moral também é
dada pela biologia, é congênita, mas pode, de acordo com o meio na qual o indivíduo se
desenvolve, aflorar ou não
Epilepsia
A epilepsia foi outra explicação aventada por Lombroso como causa da criminalidade. A
epilepsia ataca os centros nervosos em que se elaboram os sentimentos e as emoções.
Objetaram-lhe porém que se a epilepsia, bem conhecida e perceptível, explica em certos
casos o delito, em outros não se observa haver sinal objetivo da doença em face do delito
praticado.A essa objeção Lombroso opôs a sua teoria da epilepsia larvada, sem
manifestações facilmente visíveis, que poderia explicar a etiologia do delito. Ao passo que
a epilepsia declarada se exterioriza em meio a contrações musculares violentíssimas, a
epilepsia larvada se denuncia por fugazes estados de inconsciência que nem todos
percebem. Lombroso não abandonou uma das explicações da etiologia do delito pelas
outras. Procurou coordená-las. Assim, por exemplo, acentuou que a teoria do atavismo se
completava e se corrigia com os estudos referentes ao estado epilético. A etiologia do
crime para Lombroso interrelaciona portanto o atavismo, a loucura moral e a epilepsia: o
criminoso nato é um ser inferior, atávico, que não evolucionou, igual a uma criança ou a
um louco moral, que ainda necessita de uma abertura ao mundo dos valores; é um
indivíduo que, ademais, sofre alguma forma de epilepsia, com suas correspondentes lesões
cerebrais .
Lombroso, baseado em suas observações, encarava o seu tipo primordial de criminoso, o
criminoso nato, como compondo 40 % do total da população criminosa, restando as demais
àquelas outras formas de crime que tinham por fontes a loucura, a ocasião, o alcolismo e a
paixão. Para Lombroso essas formas eram ligadas mais estreitamente a suas causas
ocasionais e portanto, não forneceriam uma base possível para uma etiologia desses
delitos.
Especialistas do delito
Alguns de seus críticos se apegam até mesmo na literatura, como a história dos irmãos
corsos: eram xifópagos e do mesmo sangue; nasceram ligados e foram separados. Todavia,
viveram em ambientes diferentes e cada um formou seu tipo de personalidade. Portanto,
pode o criminoso nascer com certos caracteres degenerados, mas poderá modificar-se por
seu esforço e pelo tipo de educação que receber. O ser humanos é portanto, fruto do meio
em que vive e se desenvolve. Ele pode nascer doente, mas a doença pode ter cura, o que,
aliás, Lombroso nunca negou.
Críticas a teoria
Nas pessoas sãs é livre a vontade, como diz a metafísica, mas os atos são
determinados por motivos que contrastam com o bem-estar social. Quando
surgem, são mais ou menos freados por outros motivos, como o prazer do louvor,
o temor da sanção, da infâmia, da Igreja, ou da hereditariedade, ou de prudentes
hábitos impostos por uma ginástica mental continuada, motivo que não valem
mais nos dementes morais ou nos deliquentes natos, que logo caem na
reincidência.