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O
fundo
teórico
dos
problemas
que
gostaria
de
levantar
é:
constituição
histórica
de
um
sujeito
de
conhecimento
através
de
um
discurso
tomado
como
um
conjunto
de
estratégias
que
fazem
parte
das
práticas
sociais.
A
VERDADE
E
AS
FORMAS
JURÍDICAS
Entre
as
práticas
sociais
em
que
a
análise
histórica
permite
localizar
a
emergência
de
novas
formas
de
subjetividade,
as
práticas
jurídicas
ou,
mais
precisamente,
as
práticas
judiciárias,
estão
entre
as
mais
importantes.
A
VERDADE
E
AS
FORMAS
JURÍDICAS
Formas
jurídicas
e
sua
evolução
no
campo
do
direito
penal,
deram
origem
a
um
determinado
número
de
formas
de
verdade
que
podem
ser
definidas
a
partir
da
prática
penal.
A
VERDADE
E
AS
FORMAS
JURÍDICAS
n Psicologia
n Psicopatologia
n Criminologia
n Psicanálise
A
VERDADE
E
AS
FORMAS
JURÍDICAS
Formas
de
análise
(exame)
→
ligadas
diretamente
controles
políticos
e
sociais
no
momento
da
formação
da
sociedade
capitalista,
no
final
do
século
XIX.
A
VERDADE
E
AS
FORMAS
JURÍDICAS
“Em
algum
ponto
perdido
deste
universo,
cujo
clarão
se
estende
a
inúmeros
sistemas
solares,
houve,
uma
vez,
um
astro
sobre
o
qual
animais
inteligentes
inventaram
o
conhecimento.
Foi
o
instante
da
maior
mentira
e
suprema
arrogância
da
história
universal”.
(Nietzche,
1873)
A
VERDADE
E
AS
FORMAS
JURÍDICAS
Para
Nietzche,
o
conhecimento:
n Tem
relação
com
os
instintos
mas
não
pode
estar
presente
neles,
nem
ser
um
entre
os
outros;
n é
o
resultado
do
jogo,
do
afrontamento,
da
junção,
da
luta
e
do
compromisso
entre
os
instintos;
n é
o
efeito
dos
instintos,
resultado
de
um
compromisso;
n efeito
de
superfície
não
delineado
de
antemão
na
natureza
humana;
A
VERDADE
E
AS
FORMAS
JURÍDICAS
Para
Nietzche,
o
conhecimento:
n não
é
natural→
atua
diante
dos
instintos,
acima
deles,
no
meio
deles,
os
comprime→estado
de
tensão
ou
apaziguamento;
n não
é
instintivo,
é
contrainstintivo;
n não
é
natural,
é
contranatural.
A
VERDADE
E
AS
FORMAS
JURÍDICAS
Há
uma
relação
entre
uma
natureza
humana,
um
mundo,
e
algo
entre
os
dois
que
se
chama
conhecimento,
não
havendo
entre
eles
nenhuma
afinidade;
semelhança
ou
mesmo
elos
de
natureza.
O
conhecimento
só
pode
ser
uma
violação
das
coisas
a
conhecer
e
não
percepção,
reconhecimento,
identificação
delas
ou
com
elas.
A
VERDADE
E
AS
FORMAS
JURÍDICAS
Spinoza:
“...
se
quisermos
compreender
as
coisas,
se
quisermos
efetivamente
compreendê-‐las
em
sua
natureza,
em
sua
essência
e,
portanto,
em
sua
verdade,
é
necessário
que
nos
abstenhamos
de
rir
delas,
de
deplorá-‐las
ou
de
detestá-‐las.”
Políticos→
relação
de
luta
e
poder,
é
na
maneira
como
as
coisas
entre
si,
os
homens
entre
si
se
odeiam,
lutam,
procuram
dominar
uns
aos
outros,
querem
exercer
uns
sobre
os
outros,
relações
de
poder,
que
compreendemos
em
que
consiste
o
conhecimento.
A
VERDADE
E
AS
FORMAS
JURÍDICAS
n generalizante
e
particular;
n esquematiza;
n ignora a s d iferenças;
As
condições
políticas
são
o
solo
em
que
se
formam
o
sujeito,
os
domínios
de
saber
e
as
relações
com
a
verdade.
A
VERDADE
E
AS
FORMAS
JURÍDICAS
A
tragédia
de
édipo
é
o
primeiro
testemunho
que
temos
das
práticas
judiciárias
gregas.
História
em
que
pessoas
-‐ um
soberano,
um
povo
– ignorando
uma
certa
verdade,
conseguem,
por
uma
série
de
técnicas,
descobrir
uma
verdade
que
coloca
em
questão
a
própria
soberania
do
soberano.