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EM CONFLITO
COM A LEI
Salvador – 2019
(Herbert de Sousa)
TRIBUNAL DE JUSTIÇA
DO ESTADO DA BAHIA
Presidente
Desembargador Gesivaldo Nascimento Britto
1º Vice-Presidente
Desembargador Augusto de Lima Bispo
2° Vice-Presidente
Desembargadora Maria da Graça Osório Pimentel Leal
Corregedora - Geral
Desembargadora Lisbete Maria Teixeira Almeida Cézar Santos
Coordenadora:
Desembargadora Soraya Moradillo Pinto
Representante na Capital:
Juiz Walter Ribeiro Costa Junior – Titular da 1ª Vara
da Infância e Juventude de Salvador
Representante no Interior:
Juíza Elke Figueiredo Schuster Gordilho – Titular da Vara
da Infância e Juventude da Comarca de Feira de Santana
Equipe Técnica:
Aionah Brasil Damásio de Oliveira
Assistente Social - adamasio@tjba.jus.br
Estagiários:
Aytan da Cruz Pires
Estagiário de Nível Médio
APRESENTAÇÃO
O ECA define que tudo que as Leis brasileiras consideram como crime ou contraven-
ção, se praticado por adolescente, chama-se ato infracional. Como, por exemplo, o trá-
fico de drogas, a ameaça, o homicídio, as brigas na escola com lesões corporais leves,
o furto, roubo, receptação, vandalismo, desacato, porte de arma de fogo, entre outros.
Quando um adolescente transgride a Lei, ele é responsabilizado pelos seus atos atra-
vés do cumprimento das medidas socioeducativas. Ao falarmos especificamente de
adolescentes que cometem atos infracionais, não raramente ouvimos a alegação de
que não existe responsabilização para esses casos, e, ainda, que o envolvimento com a
criminalidade é fruto da ausência de punição. Essa percepção, contudo, é equivocada.
Ocorre que somente nas últimas décadas é que se passou a compreender o adoles-
cente que comete ato infracional como um sujeito de direitos.
MEIO ABERTO
Advertência: É feita pelo juiz de forma verbal reduzida a termo que será assinado
pelo juiz, representante do Ministério Público, adolescente, pais ou responsável. É
uma repreensão branda; inclui uma advertência ao adolescente sobre o ato pratica-
do e aconselhamento para que não volte a fazê-lo.
Liberdade Assistida: É aplicada pelo juiz e executada pelo município e será aplicada
sempre que se configurar como a medida mais adequada para o acompanhamento
e orientação do adolescente. O juiz designará pessoa capacitada para acompanhar
o caso, a qual poderá ser recomendada por entidade ou programa de atendimento
(ECA- Art. 118).
A medida será fixada por um tempo mínimo de seis meses, podendo a qualquer mo-
mento ser prorrogada, revogada ou substituída por outra medida. Essa medida visa
fortalecer os vínculos familiares, escolares, comunitários desses adolescentes, que na
grande maioria das vezes já se encontram com os laços fragilizados e bastante en-
volvidos com a criminalidade. É exigido do adolescente matrícula, frequência e apro-
MEIO FECHADO
Semiliberdade: É aplicada pelo juiz e executada pelo Estado. Pode ser determinada
desde o início ou como forma de transição para o meio aberto. O adolescente fica
possibilitado de realizar atividades externas, independente de autorização do juiz. Ele
deverá estudar e se profissionalizar, utilizando-se dos recursos da comunidade, sempre
que possível. Os adolescentes poderão visitar sua família nos fins de semana. Visando
sempre promover o fortalecimento dos vínculos familiares e comunitários, é permitido
ao adolescente realizar atividades fora do local onde está cumprindo a medida.
Internação: É aplicada pelo juiz e executada pelo Estado. Esta medida significa a per-
da do direito de ir e vir e é cumprida em local específico para adolescentes. A medida
de internação não terá um prazo determinado, devendo ser avaliada a situação do
adolescente no mínimo a cada seis meses. No prazo máximo de 03 anos o adolescen-
te deverá ser liberado da internação, podendo ser colocado em regime de Semiliber-
dade ou Liberdade Assistida. Ao completar 21 anos a sua liberação será compulsória.
Se não for possível tal apresentação, deve o adolescente ser conduzido para entidade
de atendimento especializada, que fará a apresentação ao Promotor em 24 horas.
Não existindo entidade especializada, a lei dispõe que o adolescente seja levado para
repartição policial especializada. Se não houver, ele permanece na delegacia de ori-
gem, sempre separado de eventuais presos adultos. Em qualquer caso, a apresenta-
ção ao Ministério Público deve dar-se em, no máximo, 24 horas.
Os princípios estabelecidos no primeiro artigo da Lei do SINASE deixam claro quais os obje-
tivos das medidas socioeducativas, inclusive da prevista responsabilização do adolescente.
5 - Legalidade
10 - Incompletude institucional
12 - Municipalização do atendimento;
Quaisquer dificuldades para cesso ou utilização do Sistema CNACL poderão ser sa-
nadas em contato com a CIJ, pelo e-mail cijbahia@tjba.jus.br ou pelos telefones (71)
3372-1711/1714.
Objetivos Específicos:
Importante: A reserva da vaga terá o prazo máximo 05 (cinco) dias úteis. Ex-
pirando o prazo de 05 dias sem apresentação do adolescente, a autoridade
solicitante deve apresentar nova solicitação para iniciar novo procedimento.
Para a comarca de Salvador, as peças processuais referidas devem ser enviadas para
o e-mail da Seção de Controle, Distribuição e Informação Criminal (SECODI CRIME)
- secodi.criminal@tjba.jus.br, com a respectiva confirmação de recebimento, a qual
deve ser anexada aos autos do processo de conhecimento, para os devidos fins.
(Aviso Conjunto nº 13/2017).
e) Além disso, a Central de Vagas fará articulação para reserva de vaga junto as uni-
dades de internação provisória, de medida de internação e com a Coordenação de
regionalização para reserva em unidade de semiliberdade.
Não havendo vaga naquele momento, a solicitação será atendida tão logo haja dis-
ponibilidade.
Unidades de Semiliberdade:
ATRIBUIÇÕES E RESPONSABILIDADES
ATRIBUIÇÕES RESPONSABILIDADE
Solicitar vagas para adolescente. Autoridade Judiciária
Solicitar transferência do socioeducando. Gerente da UnidadWe
Solicitar transferência do socioeducando de outro
Autoridade Judiciária
Estado.
Emitir relatório fundamentado para transferência do
Equipe técnica das Unidades
socioeducando com base nos critérios.
Receber as demandas de regulação e transferência. Equipe da Central de Vagas
Analisar e estudar o caso. Equipe da Central de Vagas
Manter contato com as Unidades e Regionalização. Equipe da Central de Vagas
Informar a disponibilidade de vagas nas Unidades de
Regionalização
Semiliberdade.
Emitir a autoridade judiciária e Unidades de vagas dispo-
Equipe
nibilizada.