Você está na página 1de 15

FACULDADES KENNEDY PROMOVE

RELATÓRIO DE ESTÁGIO ESPECÍFICO II

PERÍODO DE ATIVIDADES

De: Março/2022 Até: junho/2022

DADOS DO ESTAGIÁRIO(A)

Nome: Jaqueline da Silveira Lemos Assis

Curso: Psicologia Período: 10o. Período Turno: Noturno

DADOS DA EMPRESA ou PROFISSIONAL LIBERAL

Razão Social/Nome:

Área de atuação: PLANTÃO PSICOLÓGICO – HOSPITAL FELÍCIO ROCHO

Objetivos:

-Conhecer a realidade profissional do psicólogo nas suas áreas de atuação no mercado de trabalho. Visando á
construção futura dos estudos e o saber sobre as abordagens teóricas da clínica e do social no campo psicológico.

-Discutir as possibilidades e as dificuldades vivenciadas pelos profissionais na atualidade no seu local de trabalho
ou seja a atuação do psicólogo in loco.

-Criar habilidade e flexibilidade de trabalho em grupo e identificação de novas tecnologias e desafios na profissão
FACULDADES KENNEDY PROMOVE

PSICOLOGIA

RELATÓRIO DE ESTÁGIO ESPECÍFICO II

Plantão Psicológico
Hospital Felício Rocho
BELO HORIZONTE /2022
FACULDADES KENNEDY PROMOVE

PSICOLOGIA

RELATÓRIO DE ESTÁGIO ESPECÍFICO II

Plantão Psicológico
Hospital Felício Rocho

Acadêmica : Jaqueline da Silveira Lemos Assis


Coordenadora do Curso: Maria Rita Tupinambá
Coordenadora do Estágio: Natália
Supervisora do Estagio : Karima Fernanda R Simão

BELO HORIZONTE /2022


FACULDADES KENNEDY PROMOVE

PSICOLOGIA

AGRADECIMENTO

Em primeiro lugar quero agradecer a supervisão de estágio sob a direção da


professora e Psicóloga Karima Fernanda Rosa Simão e pela oportunidade por
compartilhar comigo o seu conhecimento na área do Plantão Psicológico e fazer
parte deste processo tão importante da minha vida, embora tenha sido um breve
período, foi muito enriquecedor para minha formação acadêmica.

É uma honra poder contribuir com o Hosptal Felício Rocho, com a Particpação e
colaboração de Josenilson Alves Costa, responsável pela Psicologia do trabalho.
Esse mérito é de vocês também, por ajudar fazer acontecer.

“Ali realmente o atendimento acontece”.

Gratidão

BELO HORIZONTE /2022

RELATÓRIO DE ESTÁGIO
Nome do(a) estagiário(a): Jaqueline da Silveira Lemos Assis RA:
Nome do(a) supervisor(a) de estágio: Karima F. Rosa Simões CRP:
Nome do estágio:Jaqueline da Silveira Lemos Assis Período: 10o. Período
Local de estágio: Plantão Psicológico Hospital Felício Rocho
Carga Horária: Prática: h | Teórica: h | Total: h Semestre/Ano: 1/2022

I - INTRODUÇÃO

Este relatório nos demonstra a percepção do trabalho realizado por meio do


Plantão Psicológico que surgiu a partir do Estágio Supervisionado II, no hospital
Felício Rocho a Av. do Contorno 9765 – Bairro Prado – Belo Horizonte – MG, na área
da Psicologia do Trabalho, durante o período de 14 de Março de 2022 a 08 de junho de
2022. O presente estágio teve sob supervisão a Professora e Psicóloga Hospitalar
Karima Fernanda Rosa Simão e coordenação de Josenilson Alves Costa Psicólogo
responsável pela Psicologia do Trabalho do Hospital – SESMET 7058.

Apresentação e problematização da temática

O Plantão Psicológico visa dar acolhimento no atendimento de urgência em


conformidade com a necessidade do paciente naquele exato momento, além de discutir
a psicoterapia breve, além de ser um meio de agilizar o processo de atendimento faz
com que os setores responsáveis como clínica escolas e dos profissionais da área de
saúde e outras campos ligados ao processo de desenvolvimento do ser humano, acerca
do papel de co-responsabilidade na falta de oportunidades para o indivíduo que, não
somente pelo serviço gratuito, não tem suas necessidades biopsicossocial supridas,
apenas apreendido por meio de processos de somatização que ali se encontram.

Justificativa
Além de um pronto atendimento de urgência/emergência do Plantão psicológico,
a instituição disponibiliza de um atendimento mais amplo para aqueles que ali
trabalham, oferecendo assistência clínica psicológica prolongada, aqueles que com
encaminhamento do profissional do plantão psicológico, possa dar continuidade ao
tratamento se caso necessitem na área de “Saúde Mental para Todos” , tanto para
colaboradores e seus familiares, que após o diagnóstico precisam de um
acompanhamento terapêutico ou psiquiátrico.

Objetivos.

O Plantão Psicológico entre muitos modelos de atendimento, dentro do aspecto


de atendimento clínico, tem como objetivo acolher o indivíduo e responder no
momento de sua urgência, ajudando a lidar melhor com suas dificuldades e
possibilidades de enfrentamento das adversidades. Para Mahfoud (1987) o Plantão
Psicológico refere-se a um serviço desempenhado por profissionais que, por um tempo
ininterrupto, colocam-se a disposição de quaisquer pessoas que necessitam de cuidados
emergenciais. Tal disponibilidade do plantonista possibilita lidar com o inesperado e
com a incerteza de que a pessoa atendida retorne para o próximo encontro, pois, a
procura pelo atendimento ocorre espontaneamente e sem agendamento prévio.

Público-alvo

Trata-se também de um processo de atendimento psicoterápico específico e único


voltados aos colaboradores da instituição com intuito de dar continuidade ao tratamento
caso se fizer necessário com encaminhamento a rede oferecida Saúde Mental para
todos, e/ou profissional que o paciente desejar através do convênio que o hospital
oferece, extensivo ao seus familiares.

II – MÉTODO
O método utilizado neste trabalho foi a da Psicoterapia Breve, por sua
particularidade em trabalhar com aspectos específicos e com objetivos delimitados,
oferecendo a possibilidade de realizar um processo com começo, meio e fim dentro de
um tempo sucinto, que traz benefícios para os colaboradores e respectivamente para os
terapeutas em formação.
...Segundo Santos, 1996 a intervenção para o paciente, pode trazer alívio em pouco
espaço de tempo para atendimento e para o terapeuta em formação, proporcionar mais
segurança na intervenção pode elucidar foco, objetivo e a chance de acompanhar o
mesmo paciente ao longo do processo, proporcionando maior adaptação à prática na
qual é aprendiz e o paciente por ele atendido.

O atendimento foi realizado por no máximo 04(quatro) sessões, depende da


necessidade de cada colaborador, e de acordo com a demanda, encaminhamento para
acompanhamento terapêutico, foi disponibilizado consultórios individualizados com
atendimento de segunda a sexta feira, com horários programados e não programados
com um número de 03 a 04 plantonistas no dia.

III – FUNDAMENTAÇÃO TEÓRICO-PRÁTICA

Em 1969 no Instituto da psicologia da USP, foi fundado o Serviço de


Aconselhamento Psicológico (SAP) por meio da Dra. Rachel Léa Rosenberg e Oswaldo
de Barros Santos, com o propósito de aprimorar a formação de psicólogos, pesquisas, e
nos atendimentos às comunidades, que surgiu inerente a abordagem centrada na pessoa.

O (SAP) – Serviço de Aconselhamento Psicológico, concebe se de um plantão


psicológico que é atribuido num espaço institucional para fins de apredizagem para
acadêmicos de graduação em Psicologia, oferecendo acolhimento psicológico à
população. Fundamentado numa visão de mundo, que, quando usados na
fenomenologia existencial e no existencialismo, colocando em primeiro lugar a escuta
da demanda que o indivíduo trás no plantão psicológico, no processo de trabalho,
conta com a experiência vivida pelo paciente. Dentro da visão do Plantão Psicológico –
(SAP) mostra se a possibilidade de um único encontro, atendimento regular de curta
duração, o afastamento de interpretações psicopatologizantes dividindo
responsabilidades no momento da escuta, intervenção e repercursão do atendimento. O
plantão psicológico é o espaço de inconsistência. A proposta do plantão no que se refere
a demanda do paciente, torna se difícil de compreender no primeiro instante.

IV – DESCRIÇÃO FUNDAMENTADA DAS ATIVIDADES DESENVOLVIDAS

Dando início ao atendimento do Plantão Psicológico, foi me encaminhado a


coaboradora A….. anos .

Durante o primeiro contato com a paciente, pude percebe la muito agitada e com
uma crise muito forte de ansiedade .

...Segundo Sousa, a ansiedade e o medo, são experiências, pela qual todos os indivíduos
passam, em vários momentos da vida.

A ansiedade e o medo são condições essenciais e naturais à vida


humana, responsáveis por preparar o indivíduo para situações de
ameaça e perigo. (...) Em alguns casos, no entanto, um indivíduo
pode apresentar ansiedade ou medo elevados de forma
desproporcional à situação que os elicia ou em situações nas
quais eles não são adaptativos, muitas vezes se mantendo de
modo persistente e levando a prejuízos no seu funcionamento,
caracterizando os transtornos de ansiedade. (...) Os TA interferem
significativamente na vida do indivíduo diagnosticado e daqueles
com quem ele convive, comprometendo suas atividades
cotidianas, seus relacionamentos sociais e outras esferas da vida.
Além disso, transtornos de ansiedade apresentam baixos índices
de remissão espontânea e tendem a se cronificar ou mesmo se
desdobrar em outros transtornos psiquiátricos quando não
tratados (Sousa et al. (2013, p. 397 e 398).

A ansiedade é apresentada por um estado de humor negativo, desenvolvendo


sintomas corporais de tensão física e apreensão em tudo que se relacionam ao futuro.
Podemos observar que ansiedade é muito complexa para estudos, dificultando sua
interpretação. Ela pode surgir através de uma inquietação subjetiva do sujeito, podendo
ser desencadeada por um conjunto de comportamentos que o sujeito vem apresentando
no seu dia a dia, relativas as experiências vividas, que vem vivenciando e fatores
ambientais.

Ao dar início ao atendimento senti me comovida, mas ao mesmo tempo capaz


de compreender a situação da paciente naquele momento de angústia e a necessidade de
dar acolhimento e a escuta.

No primeiro momento a cumprimentei e a perguntei o que fez com que ela


procurasse o atendimento do plantão psicológico, e logo ela pôs se a falar (apresentou
fala lenta) arrastada, chorando, dizia sentir muita falta de ar, que não poderia usar
máscara já que trabalhava no setor de tratamento de Covid, pedi que me contasse o que
estava sentido e dei a liberdade que falasse tudo que a incomadava. No entanto a falta
de ar não era o único sintoma, em seu momento de desespero a paciente demonstrou em
sua fala, muita desvalia, morbilidade em seus pensamentos, uma profunda tristeza e
desespero.

Além do quadro de angústia e tristeza que a paciente se apresentava, havia


também sintomas psicóticos de delírios e também comportamentos suicídas e de
exterminioa a sua vida e à vida do companheiro, mas porém, foi percebido em sua fala
e emoções, arrependimento profundo de seu comportamento de tentar eliminar a vida do
companheiro.

Nos últimos anos, encontra se muitos estudos de alerta acerca do aumento de


sucialidade (ideações, tentativas e comportamentos suicídas) em pessoas que usam
antidepressivos, evento contrário grave que pode ser explicitado pelo efeito rebote,
desde que em determinado período as drogas seja valorizadas na avaliação do
fenômeno. Independente da doença, da droga e daduração do tratamento, o fenômeno se
manifesta numa pequena proporção de indivíduos suscetíveis.

A paciente relata ter uma criançã de 02 anos e que sentia rermorço por estar
maltratando e agredindo seu filho quando tinha crises nervosas e também maus tratos de
terceiros e abandono dos pais.
Minha primeira reação foi deixa la falar, até esvaziar se, por um dado momento, permiti
que tirasse a máscara e a ajudei para que controlasse a respiração, para que não sentisse
falta de ar, usando a respiração do diafragma. A paciente queixava dormença nas mãos e
braços, assim a deixei bem à vontade, solicitei que pegasse em minha mãos e respirasse
bem devagar até sentir se calma e segura. Naquele momento a Colaboradora foi se
estabilizando e logo a diante, disse que estava se sentindo melhor. Neste mesmo
momento pedi para me contar como era o seu filho, e o quanto ele era importante para
ela, perguntei também pelo seu companheiro, como eles viviam, se ele era um bom
marido, como era o relacionamento dela com a família dele, conta que tinha um
relacionamento harmonioso com a família dele e que eram bons para com ela em todos
os sentidos, perguntei como era a família dela. Ela conta que a mãe abandou ela e mais
quatro irmãos para viver com um companheiro, e ela foi morar com o pai, ele tinha
uma companheira que o fez decidir entre ela e a filha, e claro ele optou pela
companheira.

A princípio percebi o sofrimento de A…. pela dor do abandono, ela se sentia


desvalorizada e sem entender que como filha, o pai escolheu ficar com a atual mulher
do que ficar com ela que era filha e só tinha 08 anos de idade.

(...)”Sendo o abandono afetivo exatamente um ato de violência psicológica contra


criança que se sente preterida, discriminada e obviamente é o ato de negligência por
parte de quem pratica o abandono, é um ato tão grave quanto a alienação parental e o
abandono de incapaz.

(...)”Para ampliar a proteção da criança e do adolescente foi criado em 1990 o estatuto


da criança e do adolescente conhecido como ECA, a lei 8.069 reforça o que foi
determinado na constituição federal.

Ela conta, nos momentos que morava com o pai, a madrasta dela tinha um
tratamento abusivo com ela por não conseguir engravidar, então ela foi morar com a
mãe da madrarsta que a protegia, até conhecer seu marido e viver sua vida com ele e
que tinha um filho de 02 anos. Perguntei como era o seu trabalho no hospital, a mesma
disse não ter problemas, gostava muito de seu chefe, era bem elogiada e também
gostava do que fazia. Perguntei o que sentia pelo esposo e o que achava dele, me relatou
que ele cuidava dela nos momentos de crise, que era um otimo marido, sempre
carinhoso e paciente, e que sentia arrependimento de ter colocado fogo nas roupas dele
e ter tentado acabar com sua vida a golpes de facada. Perguntei sobre a criança e disse a
ela que tinha certeza que era um bom menino e era tão bonito quanto ela, a mãe...ela
diz que não se sentia bonita, eu respondi que sim ela era bonita, ela deu um sorrizinho e
começou a falar emocionada como era lindo o seu filho e percebeu o quanto era bebê e
que ele precisava muito dela e que não queria fazer aquilo com ele de maltratá lo
descontando raiva e nervosismo na criança, também tinha medo de perder o emprego se
fosse se cuidar terapeuticamente, pois não poderia deixar o seu filho sem amparo e um
lugar para morar, e acontecer o mesmo que aconteceu com ela quando depedia de viver
em casa de estranhos, já que tinha conseguido comprar a casa onde morava, tinha que
terminar de pagar. Se sentia ameaçada por ser despedida do trabalho, por isso não dava
continuidade ao tratamento.

No momento em que sentia falta de ar, dormença nas mãos, depois de tê la


ajudado com a respiração comecei a fazer estas perguntas para que ela perdesse o foco
de sua ansiedade e voltasse para si, o que funcionou.

Partindo da suposição de que uma instituição está bem quando os membros que
a compõem estão bem.

(…) “se faz necessário, em algum momento da história de uma instituição hospitalar,
instaurar um espaço de acolhimento e segurança para seus funcionários. ( Cautella
1999a)”.
O Plantão Psicológico como estrutura, responsabiliza se a essa demanda
institucional, onde o colaborador tem um espaço para manifestar suas angústias, seus
anseios e compor se melhor, para conseguir dar conta das exigências internas e do seu
cotidiano dentro deste contexto de trabalho.
…” Para Pucci (1999) instituições de Saúde, como hospitais, corrobora se a
necessidade de cuidar-se dos colaboradores, para o benefício destes também para a
qualidade de trabalho oferecido àqueles que estão doentes e necessitam de cuidados
especiais”.

Lembrando que esse acolhimento não esta voltado somente a saúde mental dos
colaboradores em questões do ambiente externo mas também o ambiente interno em
função de algumas dificuldade encontradas pelo colaborador, medo de perder o
emprego, ameaças de chefes arrogantes, insatisfação no trabalho, rotina, condições de
trabalho inadequado, a não utilização das potencialidades, que podem levar a
consequências devastadoras no que se refere a saúde mental /física como absenteísmos,
aumento de reclamações e diminuição no rendimento.

Dando continuidade a escuta, a colaboradora sempre falando que queria morrer,


que estava tomando doses altíssimas de rivotril para não sentir tanta dor do ambandono,
do pai e a angústia. Perguntei a ela se tomava algum outro medicamento e quem
prescreveu. Ela me diz ter dado entrata em três hospitais psiquiátricos com crises como
aquela, inclusive no André Luiz e que foi dado a ela medicações na veia, não sabendo
me explicar e que o rivotril um psiquiatra receitou para ela 8 gotas só em casos
extremos, mas que ela estava tomando todos os dias de 10 a 15 doses, perguntei se ela
lembrava à partir de quando começou as crise de ansiedade e alucinações que me contou
ter, sobre algum medicamento controlado e se fazia acompanhamento terapêutico, disse
que tomava Certralina para ansiedade e que fazia acompanhamento com psiquiatra, e
decidiu parar com tudo de repente e lembra que as crises começaram à partir do
momento que ela rompeu com o tratamento medicamentoso e terapêutico.

Expliquei para A... que ao tomar um medicamento controlado com


acompanhamento de um profissional psiquiátrico, não se deve interromper sem prévia
do médico, e que para deixar de tomar esses medicamentos tem que ir diminuindo as
doses aos poucos e somente com consentimento do psiquiatra, não podendo interromper
de uma vez, pois os sintomas da doença poderia se pontencializar e ter crises muito mais
fortes. Expliquei também que doses excessivas de rivotril, poderia causar danos maiores
a sua saúde física e mental, trazendo grandes prejuizos a sua vida cotidiana e familiar e
seu desempenho laboral, além de alucinações.
...”Segundo o Webster's New World Medical Dictionary, o termo "rebote" se define
como a "reversão da resposta após a retirada de um estímulo", enquanto "efeito rebote"
significa a "produção de sintomas antagônicos em um nível mais elevado quando o
efeito desta droga termina ou deixa de fazer efeito para o paciente que já não responde
mais à droga; caso uma droga produza um efeito rebote, e a condição em que foi
usada para tratar, pode retornar ainda mais forte quando é interrompido o uso da droga
ou perde a sua eficácia".

V – RESULTADOS

Ao concluir minhas intervenções a cada momento com A…., pude perceber ela
foi se acalmando, falou que estava se e sentindo muito melhor e que não sentia mais
falta de ar e nem dormenças na mão, que naquele momento ela pode sentir que tinha
que se cuidar e valorizar quem de fato estava realmente ao lado dela apoiando e dando
amor, que iria enfrentar seus medos. Durante o acolhimento ela fala que pode perceber o
quanto o marido a amava, que o seu filho precisava dela porque ainda era um bebê e
incapaz, e quão jovem para querer morrer, ela percebeu também que se continuasse
trabalhando doente, realmente poderia correr o risco de perder o emprego, e que depois
de estabilizada iria tentar resgatar a convivência com os pais, conquistar a amizade do
pai e a convivência com a mãe e os irmãos. Retomar a vida que ficou para trás de uma
forma mais madura, consciente e saudável com seu esposo, cuidar de seu filho dando
mais amor e carinho aos seus.
Expliquei a importância de um acompanhamento terapêutico e Psiquiátrico, que ela
precisa regilar suas emoções para que ela pudesse retornar sua vida normal dar
continuidade aos seus projetos e viver com mais dignidade e qualidade de vida, melhora
sua sua alta estima, desejo de viver, recuperar o amor de sua família, recuperar as
forças para enfrentamento de suas singularidades e mostrando a ela as possibilidades de
uma vida melhor, os benefícios que ela poderia obter com o tratamento. Sugeri ao
supervisor o encaminhamento da paciente urgente e prontamente ela aceitou e
atualmente A…. retornou ao tratamento psiquiátrico e está fazendo acompanhamento
terapêutico na clínica da instituição Saúde Mental para Todos.
CONSIDERAÇÕES FINAIS

Em colaboração com a Instituição e em conformidade com as características de


um Plantão Psicológico, dentro deste contexto, a minha percepção, o fazer do psicólogo
vai muito além, do que a uma escuta, o profissional plantonista deve ficar sempre
cauteloso com as modificações no que se concerne a realidade do mundo, tendo um
olhar mais amplo acerca da história de vida e experiências vividas por cada um que ali
necessite, o seu contexto social, envolvendo a diversidade, a complexidade que faz parte
de um processo de constituição da natureza humana envolvendo a pluralidade sem
esquecer da singularidade que envolve cada ser na sua construção e condição humana.

VI – REFERÊNCIAS

https://www.scielo.br/j/prc/a/7ZpfjKNjbrppy8F3BF6BDJc/?lang=pt

Belo Horizonte, ___ de ___________ de 2022.

_____________________________
Nome do Acadêmico:

___________________________
Supervisor(a):
CRP

Você também pode gostar