O documento discute a história dos manicômios no Brasil. Originalmente concebidos para tratar e reintegrar pessoas, na prática os manicômios eram lugares de maus tratos e violência, servindo para alienar da sociedade aqueles considerados "indesejados". A Reforma Psiquiátrica brasileira buscou substituir este modelo por serviços comunitários como o CAPS, visando o respeito aos direitos humanos e a reinserção social.
O documento discute a história dos manicômios no Brasil. Originalmente concebidos para tratar e reintegrar pessoas, na prática os manicômios eram lugares de maus tratos e violência, servindo para alienar da sociedade aqueles considerados "indesejados". A Reforma Psiquiátrica brasileira buscou substituir este modelo por serviços comunitários como o CAPS, visando o respeito aos direitos humanos e a reinserção social.
O documento discute a história dos manicômios no Brasil. Originalmente concebidos para tratar e reintegrar pessoas, na prática os manicômios eram lugares de maus tratos e violência, servindo para alienar da sociedade aqueles considerados "indesejados". A Reforma Psiquiátrica brasileira buscou substituir este modelo por serviços comunitários como o CAPS, visando o respeito aos direitos humanos e a reinserção social.
Manicômios são lugares que a princípio parecem para tratamento e
reintegração, porém o que acontece na prática é muito diferente do tratamento, na verdade o manicômio acaba sendo um lugar para colocar os indesejados da sociedade e tais indivíduos são submetidos a situações destrutivas como abandono, violência e maus tratos. Um lugar que serve para alienar pessoas da sociedade não pode ser considerado um ambiente que também reintegra, é contraditório. Portanto um ambiente de reintegração deve partir do princípio de respeito à dignidade humana, coisa que era inexistente nas instituições de modelo manicomial. Fontes: Livro “O Holocausto Brasileiro”; Artigo “Violações de Direitos Humanos na História da Psiquiatria no Brasil” e “A reforma psiquiátrica brasileira, da década de 1980 aos dias atuais: história e conceitos”; Documentário “Quarto Episódio da Luta Antimanicomial – CRP”. 2) Por que eles são ruins? Manicômios são confundidos com os hospitais psiquiátricos da modernidade, porém em essência manicômios são conhecidos por serem locais onde as pessoas sofrem tratamentos desumanos, a ideia ali não é oferecer tratamento, e sim prender pessoas Fonte: Livro “Holocausto Brasileiro” Se pensarmos no próprio início dos manicômios do brasil, eles tinham o objetivo de substituir a cadeia pública, ou seja, eram utilizados para recolher os "indesejados" de ficarem andando nas ruas; temos assim o início da proposta de manicômio como um simples depósito de gente, na época costumava ser chamado de "casa de loucos", não havia qualquer proposta de desenvolvimento ou tratamento, era meramente um local para alienar pessoas indesejadas da sociedade. O que houve em seguida foi uma superlotação dos manicômios, o que trouxe bastante pessoas precisando dormir no chão ou em colchões, isso no frio em conjunto com as privações em relação à alimentação, roupas, água e higiene traziam muitas mortes. Era um caso total de desrespeito à dignidade e integridade humana. Fonte: Artigo “Violações de Direitos Humanos na História da Psiquiatria no Brasil” 3) Há manicômios no Brasil? No passado o mais famoso foi o Hospital Psiquiátrico Colônia que ficava em Barbacena – MG; ali foi responsável por pelo menos 60 mil mortes. Cerca de 70% dos pacientes de lá não tinham qualquer diagnóstico de doença mental. Fonte: Livro “Holocausto Brasileiro” Atualmente mesmo com a reforma psiquiátrica no brasil, ainda existem cerca de 159 manicômios com 25.126 leitos psiquiátricos; o que acontece é que a lei da reforma psiquiátrica atualmente não determina uma data para fechamento dessas localidades. Fonte: Estadão 4) O que é a Reforma Psiquiátrica? A Lei 10.216/2001, também conhecida como a Lei da Reforma Psiquiátrica ou também da Luta Antimanicomial é uma lei que foi sancionada pelo presidente daquela época (Fernando Henrique Cardoso) e que garante os direitos aos pacientes com transtornos mentais e a participação de sua família no tratamento e sua proteção contra quaisquer formas de abuso. (Brito, s.d.) Fonte: Artigo “Lei 10.216: Tudo que você precisa saber sobre a Lei da Reforma Psiquiátrica” 5) Qual era a forma de tratamento dentro dos manicômios? Isso variava de local para local, mas havia muitos tipos, tais como usos de medicamentos, uso de choque, celas fortes (pequenas salas, individuais, fechadas, com portas de material reforçado, que continham uma ou duas aberturas, na parte superior para o profissional observar a pessoa no interior do cubículo e na parte inferior para entrega das refeições), lençol de contensão e camisa de força. É válido lembrar que muitas dessas formas de tratamento foram usadas de forma desumana e coercitiva. Fonte: Artigo “Tratamento em saúde mental no modelo manicomial (1960 a 2000): histórias narradas por profissionais de enfermagem” 6) Quais as formas de tratamento que temos hoje em dia? Com a queda dos manicômios tivemos os centros de atenção psicossociais como por exemplo o trabalho do CAPS. O Centro de Atenção Psicossocial (CAPS) tem o objetivo de oferecer atendimento à área de abrangência, fazendo não apenas o acompanhamento clínico, mas também a reinserção social pelo acesso do trabalho lazer, exercício dos direitos civis e fortalecimento dos laços familiares e comunitários. A ideia do manicômio é prender e alienar, em serviços como o CAPS a ideia é libertar (da própria condição de transtorno mental). Fonte: Ministério da Saúde
Novo Milênio - Histórias e Lendas de Santos - Antigos Médicos e Hospitais Santistas - Hospitais - Hospital Anchieta (4) - Livro 'Anchieta, 15 Anos', de Paulo Matos PDF