Você está na página 1de 51

FEDERAÇÃO PORTUGUESA DE ATLETISMO

PENAJ
PLANO ESTRATÉGICO NACIONAL PARA O ATLETISMO JOVEM

2009 - 2012

“Atletismo sem limites”

Linda-a-Velha, 30 de Novembro de 2008


FEDERAÇÃO PORTUGUESA DE ATLETISMO

Introdução

O Desenvolvimento do atletismo jovem português no Ciclo Olímpico de 2009 – 2012


deve assentar numa dinâmica e estratégia que em relação a ciclos anteriores, devem
ser, redefinidas, clarificadas e estruturadas, num processo de reorganização e
dinamização, para se conseguir influenciar toda a estrutura regional de suporte, de modo
a que esta possa agir e intervir com mais êxito.

Uma nova cultura para o atletismo juvenil precisa-se. A prática do atletismo por parte dos
jovens deve ser encarada com mais acutilância e devem ser encontradas dinâmicas que
promovam a sua existência com maior sucesso.

Será necessário desencadear um processo de alterações a algumas dinâmicas


instaladas para o sucesso deste ciclo de 2009 a 2012 no que diz respeito à obtenção dos
objectivos globais de criação de condições várias que possibilitem o aumento do número
de praticantes e condições técnicas que promovam a melhoria do rendimento desportivo
médio como preparação para o Alto Rendimento. O acompanhamento do processo de
treino dos atletas mais dotados e uma formação inicial e contínua de treinadores e
monitores que dê respostas concretas e correctas ao enquadramento da prática serão
igualmente factores de primordial importância.

Será necessário ver a globalidade desta acção numa atitude sistémica que envolva os
Agrupamentos de Zona, os Centros de Formação, as Associações, o Sector de
Formação da FPA, o Desporto Escolar e os restantes sectores da Federação,
nomeadamente os sectores competentes, para se conseguir uma intervenção cada vez
mais relevante no meio envolvente, e assente numa visão estratégica para o futuro.

Conhecendo-se a vastidão dos pontos fracos e a dimensão dos pontos fortes de suporte
dos principais pilares do desenvolvimento, podem-se abordar com uma relativa
segurança as “inter dependências” que se devem utilizar para, de uma forma concreta,
se dar corpo a um Programa de Desenvolvimento do Atletismo Juvenil, com uma forte
base na organização regional.

A Federação Portuguesa de Atletismo, através deste documento emana orientações


gerais para este ciclo, esperando trabalhar cada vez mais em conjunto com o tecido
organizativo regional e aguardando das Associações, nomeadamente dos Directores
Técnicos Regionais a assunção dos desafios que este Plano lhes coloca e uma resposta
adequada a todos eles.

1
P E N A J - Plano Estratégico Nacional para o Atletismo Jovem
FEDERAÇÃO PORTUGUESA DE ATLETISMO

Uma análise exaustiva da situação do atletismo juvenil dos últimos anos e o


acompanhamento da actividade recente das Associações, Agrupamentos e Federação
realizada através do conhecimento directo e da consulta de documentos existentes –
Fichas de Competição, Relatórios, Calendários, Resultados e Atletas filiados – ajudam a
sinalizar uma lista de debilidades, que deve ser considerada.

A análise referida está centralizada fundamentalmente no Atletismo Juvenil, embora a


ultrapasse e tente descortinar os impactos da prática neste escalão reflectida nos
escalões seguintes. Centra-se ainda na pretensão de conhecimento do Atletismo
Regional e na verificação do que tem sido a “Campanha Viva o Atletismo”, para além de
se tentar perceber a influência no treino e no rendimento advinda das Acções e Cursos
de Formação patrocinados a diversos níveis pela Federação.

Assim, pode construir-se uma lista que sinalize e preconize as principais medidas a
tomar, que permitem introduzir correcções e sugestões com vista ao futuro, pois as
potencialidades da nossa organização são por demais conhecidas.

2
P E N A J - Plano Estratégico Nacional para o Atletismo Jovem
FEDERAÇÃO PORTUGUESA DE ATLETISMO

Refira-se que a análise dos pontos fracos e pontos fortes tenta colocá-los em
contraponto para se verificar o equílibrio existente entre ambos. Da constatação de um
défice de intervenção e, em antecipação, tenta-se já realizar a demonstração da
necessidade de uma transformação significativa da nossa modalidade. Esta
transformação passa por uma primeira etapa de análise e posterior intervenção sistémica
com várias interligações: Associações, Agrupamentos de Zona, Centros de Formação,
Sector Juvenil, Sector de Formação e Documentação da FPA, Desporto Escolar,
restantes sectores, etc.

Para haver evolução tem de se ser ambicioso. Mas tem de haver lucidez na ambição. O
que se fizer na área do atletismo jovem terá de ser debaixo de uma orientação muito
clara, com vista a um objectivo de curta, média e longa duração. O atletismo deve ser
repensado e reiventado “todos os dias”, necessitando-se de agir e de realizar bem.

Se é no Juvenil que está o futuro, deve ser na força do juvenil que se deve assentar.
Será na organização e no modelo do atletismo jovem que se joga o futuro da
modalidade. Será necessário uma tomada de consciência das responsabilidades. Anda-
se há anos à procura de uma nova cultura da prática juvenil e o assunto tem-se debatido
muitas vezes em muitos locais, mas o que é certo é que pouco se tem progredido neste
aspecto.

Com este Plano Estratégico para o Atletismo Juvenil para o período de 2009 a 2012
propomo-nos preparar as alterações que são necessárias para o atletismo juvenil em
Portugal. Este documento comporta a experiência vivida e sugere um avanço na
intervenção. Tudo se deve desencadear a partir da análise e das recomendações
realizadas neste Plano. Se os problemas são velhos necessita-de de novas ideias e
novas atitudes.

No futuro terá de haver mais actividade e esta tem de deixar nos jovens uma imagem
positiva! O desafio será superar as metas, passando o futuro por melhor organização no
juvenil e pela detecção e acompanhamento dos melhores. Se não são as actividades
competitivas por si só que transformam a realidade e a situação, serão certamente as
atitudes, a melhoria dos mecanismos de gestão e a orientação do treino.

Em cada Novo Ciclo se renovam as esperanças. Antes da entrada em cada nova etapa
se definem e desenham as estratégias. Se as potencialidades não são totalmente
aproveitadas, deve-se aproveitar o nascer de um novo ciclo para lhe fazer equivaler as
orientações adequadas!

3
P E N A J - Plano Estratégico Nacional para o Atletismo Jovem
FEDERAÇÃO PORTUGUESA DE ATLETISMO

Pontos fortes / Potencialidades

• Existe, pelo menos, uma pista de sintético em todos os distritos, ainda que num
número significativo delas não exista apetrechamento adequado nem salas de
musculação ou ginásios e uma grande parte das Autarquias ainda não tenha
recrutado técnicos para a sua animação.
• Adesão sempre crescente do número de professores de EF a Acções de Formação
de atletismo promovidas pela estrutura federada e um número aceitável de Escolas
filiadas e participantes em Campeonatos Nacionais da FPA.
• Progressiva consolidação da vida associativa, pela experiência acumulada da
estrutura dirigente e técnica, na concretização de Programas Nacionais, de Zona e
Distritais.
• Existência de um lote alargado de Treinadores com qualidade no atletismo português,
de entre os quais se destaca uma elite com resultados de excelência.
• Existe um grupo de agentes com uma grande vontade pessoal e uma atitude forte,
que podem ser os líderes de uma transformação desejável.
• Existência de 3 Centros de Formação em fase de consolidação ou de incremento da
sua intervenção e organização das Associações em Agrupamentos de Zona com
possibilidade de resposta a algumas necessidades comuns.
• Existência de uma cooperação cada vez mais próxima entre a FPA e o Ministério da
Educação / Desporto Escolar, de que são prova o Projecto Mega e os Corta Matos
Escolares.
• Existência de uma Campanha “Viva o Atletismo” com mais de duas dezenas de anos
de implantação e uma boa sistematização do Programa de Provas dos Escalões de
Benjamins até Juvenis.
• O Kid’s Athletics, Fun Athletics, etc. com dezenas de kits começa a dar um contributo
decisivo para a adesão de novos praticantes.
• Existência de indicadores de Desenvolvimento do Atletismo sintetizados num
conjunto de Mapas e Quadros de Conhecimento da situação do Atletismo Distrital
que permite conceber uma estratégia e dinâmica de intervenção futura com
aproveitamento da reserva de aplicação de um modelo de desenvolvimento do
atletismo nas componentes qualitativa e quantitativa.
• Grande esforço da FPA na aquisição de apetrechos para as Pistas de Atletismo e
para Ginásios nessas instalações.
• Adesão muito significativa de clubes, nos três anos mais recentes, ao Campeonato
Nacional de Juvenis de Pista (140 em 2006,131 em 2007 e 144 em 2008).
• Adesão muito significativa de atletas, nos três anos mais recentes, ao Campeonato
Nacional de Juvenis de Pista, com quotas de participantes acima dos 500 atletas (503
em 2006, 501 em 2007 e 572 em 2008).

4
P E N A J - Plano Estratégico Nacional para o Atletismo Jovem
FEDERAÇÃO PORTUGUESA DE ATLETISMO

• Evoluiu de forma satisfatória o número de praticantes e de federados, nos anos mais


recentes.
• Aprovação recente de um esquema de atribuição de duodécimos às Associações,
que valoriza o bom trabalho desenvolvido.

Principais dificuldades / Pontos fracos / Debilidades

Ao nível das Associações:

• O somatório dos Planos das Associações não constitui um Plano Nacional de


Desenvolvimento do Atletismo.
• Existem dificuldades variadas no apoio técnico de algumas Associações aos clubes,
pelo cruzar de várias situações: pouca disponibilidade, deficiente atitude e alguma
insuficiência de preparação para a função.
• Verifica-se uma debilidade organizativa nalgumas Associações, sobretudo na
demonstração do trabalho realizado, por ausência de relatórios e documentos de
planeamento e ainda pela insuficiência de contactos regulares com a comunicação
social e com as instituições do distrito.
• Esteve durante algum tempo não suficientemente definido por parte da Federação o
quadro de obrigações mínimas de âmbito administrativo e desportivo a realizar
anualmente por cada Associação, nomeadamente no respeitante a Estágios, Cursos
e Acções de Formação e Relatórios.
• Ainda existe pouca cooperação inter – Associações (cooperação bilateral!), pese
embora, a existência de Agrupamentos de Zona.
• Nota-se algum conformismo em algumas Associações, perante os constrangimentos
da conjuntura económica, social e cultural que tem afectado o país nos últimos anos,
o que tem condicionado a intervenção das AR’s.
• Algumas Associações realizam insuficiente acompanhamento ou intervenção no
planeamento e orientação do treino dos atletas jovens mais dotados.
• Tem-se instalado uma rotina competitiva que dificulta o progresso, com uma
tendência para as disciplinas praticadas serem sempre as mesmas durante toda a
época e durante toda a carreira do atleta.
• Os quadros competitivos em muitas Associações são pobres a diversos níveis e
várias delas apresentam nas provas da Campanha “Viva o Atletismo” muitos atletas
de baixíssimo nível.
• Embora existindo um Programa de Provas dos Escalões de Benjamins até Juvenis
bem sistematizado, muitas das Associações não lhe têm prestado a devida atenção.

5
P E N A J - Plano Estratégico Nacional para o Atletismo Jovem
FEDERAÇÃO PORTUGUESA DE ATLETISMO

• A quantidade de Clubes não é a suficiente e faltam mais Torneios de Clube e


Torneios de Captação.
• Ainda não é a ideal a ligação entre DTN, DTR’s, Associações e Clubes.
• Tem havido pouca reflexão e contributos para a mudança e quando alguns técnicos
ou dirigentes contestam ou criticam, não aproveitam para apresentar argumentos
válidos para a discussão que leve a evoluções positivas.
• Embora se conheçam muitas das causas e das consequências do abandono precoce
dos praticantes, não têm as Associações nem os Clubes conseguido formas e meios
de contrariem esta situação.

Ao nível da FPA e dos Agrupamentos:

• A verba superior a 1 860 000 Euros (370.000 contos) aplicada nos Agrupamentos de
Zona, nos últimos 15 anos, e 220.000 Euros (44.000 contos) aplicada nos Centros de
Formação nos 7 anos mais recentes, não conseguiu alterar de forma significativa o
panorama do atletismo regional, ainda que se admita que em momentos de crise
económica do país tenha permitido manter os níveis competitivos e contribuído para
alguma evolução de atletas jovens.
• O Quadro Competitivo de Zona, nos moldes em que foi desenvolvido nalguns
Agrupamentos contribuiu, em alguns casos, para fragilizar o Quadro Competitivo
Distrital. Por outro lado, veio contribuir, em alguns casos, para uma excessiva
ocupação de datas, tendo afectado a possibilidade de mais momentos de treino e
mais momentos para a actividade distrital.
• Existiu demasiado investimento e enfoque no Quadro Competitivo com um claro
prejuízo e menor atenção ao Programa de Formação, nomeadamente no que diz
respeito à evolução dos jovens praticantes.
• As iniciativas dos Agrupamentos nem sempre foram abraçadas de igual modo por
todos os parceiros, ou seja, uma lógica de preparação prévia dos atletas nem sempre
esteve presente.
• Detecta-se que antes da competição muitas das vezes não existe um percurso sólido
de preparação dos atletas, representando para muitos, as competições do
Agrupamento, o primeiro momento competitivo da época.
• Mesmo procurando adoptar estratégias diversas ao longo da última década os
Agrupamentos não conseguiram responder a alguns dos grandes objectivos que lhes
deram razão de ser como, por exemplo, transformar a qualidade da intervenção
técnica e ter níveis mais elevados de rendimento desportivo.
• Os Directores Técnicos Regionais raramente têm solicitado acompanhamento e
apoio da estrutura técnica federativa.

6
P E N A J - Plano Estratégico Nacional para o Atletismo Jovem
FEDERAÇÃO PORTUGUESA DE ATLETISMO

• A intervenção da FPA (através dos Centros de Formação) na evolução técnica dos


praticantes jovens ainda não conseguiu ser a adequada e não têm existido grandes
modelos de intervenção a irradiar do seio dos Agrupamentos.
• Praticamente não tem existido debate em torno dos problemas do crescimento e
desenvolvimento do atletismo. A reflexão sobre a Campanha “Viva o Atletismo”, o
quadro competitivo, as iniciativas, os modelos organizativos, os escalões e os níveis
de responsabilidade nunca foi muito participada no exterior da Federação.
• Acentua-se a clivagem entre as Associações mais fortes e as restantes.

Ao nível da Formação de Quadros e Enquadramento Técnico:

• A oferta de Acções de Formação especializada para Treinadores de atletismo, ainda


é insuficiente.
• Sendo muito reduzida a oferta de trabalho profissional a treinadores, não encontram
estes incentivos para elevarem o seu nível de formação técnica e pedagógica.
• Tem havido uma quase nula resposta às exigências de Formação dos Dirigentes das
Associações e Clubes e, por outro lado, muitas das Associações não têm aproveitado
as ofertas de Cursos e Acções de Formação para a reciclagem dos treinadores e
Monitores existentes nas suas áreas,
• Verificou-se uma manifesta incapacidade das Associações realizarem Acções de
Formação para o atletismo juvenil e, em consequência só uma pequena parte do
financiamento da formação se tem direccionado para este sector do atletismo.

Ao nível geral do Atletismo Juvenil:

• Nota-se que muitas vezes existe nalguns treinadores demasiada pressa na promoção
do rendimento dos atletas, queimando-se etapas de formação e desenvolvimento.
• Muitas vezes existe uma corrida às marcas de entrada nos níveis de Percurso de Alta
Competição para se ter acesso à Universidade.
• Existe uma falta acentuada de material de treino geral e treino da força para jovens
nas instalações existentes.
• Praticamente não existe autoconstrução de apetrechos para utilização com os atletas
jovens.
• O número de Escolas de Atletismo em funcionamento é ainda muito reduzido.
• A oferta de competições para jovens é, a maior parte das vezes, desinteressante,
apresentando, na generalidade, os calendários competitivos distritais algumas
deficiências ao nível da distribuição anual das competições, ao nível da diversificação
da oferta, ao nível da fusão dos escalões, entre outras.

7
P E N A J - Plano Estratégico Nacional para o Atletismo Jovem
FEDERAÇÃO PORTUGUESA DE ATLETISMO

• O treino dos praticantes jovens, em muitos casos, é deficiente com uma acentuada
percentagem dos treinadores a especializarem os jovens, por não serem
especialistas do treino de jovens.
• Os Juvenis competem demasiado em provas dos escalões acima. Há anos que os
Juvenis alimentam os quadros competitivos dos juniores e dos seniores em muitas
Associações e mesmo em Campeonatos Nacionais de Pista.
• Têm existido muitos estímulos para uma preparação intensa precoce de muitos
jovens: FOJE, Campeonato do Mundo de Juvenis, FISEC, Campeonato da Europa de
Juniores, Campeonato do Mundo de Juniores e a partir de 2010 Jogos Olímpicos da
Juventude
• Têm aparecido poucos treinadores novos na modalidade a dedicarem-se ao treino de
jovens e verifica-se que apenas um diminuto número de treinadores têm feito carreira
exclusivamente nos escalões jovens.
• Verifica-se a existência de solicitações concorrenciais cada vez maiores para os
jovens e a situação do Atletismo Juvenil é hoje preocupante em muitas das
Associações.
• A reflexão constante realizada em 5 anos de existência do GRCAJ (Grupo de
Reflexão, Coordenação e Acompanhamento do Atletismo Jovem), que desenvolveu
um trabalho importante, não teve a continuidade que levasse à existência de novas
práticas, ou novas formas organizativas no atletismo juvenil.
• A Campanha “Viva o Atletismo” tem-se concentrado, nos últimos anos, quase
unicamente nas Finais Distritais e Nacionais: Triatlo Técnico, Atleta Completo e
Olímpico Jovem. Tem diminuído significativamente o número de iniciativas do Quadro
Competitivo de âmbito local, concelhio e inter – concelhio e, nalguns casos, foi
relegado para segundo plano o Quilómetro Jovem e o Salto em Altura.
• Tem-se acentuado nos últimos anos uma perda significativa da capacidade dos
Clubes organizarem Torneios e outras iniciativas de captação de novos praticantes.
• Tem havido constrangimentos nalgumas pistas através da concorrência com outras
modalidades, e mesmo com relvados sintéticos limitadores da prática de disciplinas
de lançamento, o que tem dificultado o aparecimento de praticantes.
• Os Clubes deixarem de ter instalações próprias para a prática e têm encontrado
muitas dificuldades em utilizar instalações de outras entidades, nas quais muitas
vezes são submetidos a taxas de utilização.
• Durante vários anos houve uma ausência de objectivos claros, concretos e
mensuráveis para o atletismo juvenil.
• Embora venha aumentando, ano após ano, ainda é reduzido o número de Escolas
com grupo equipa de atletismo no Desporto Escolar.
• Existe insuficiente preparação de muitos professores de EF para abordarem o
atletismo na escola de uma forma apropriada, estimulante e motivadora.

8
P E N A J - Plano Estratégico Nacional para o Atletismo Jovem
FEDERAÇÃO PORTUGUESA DE ATLETISMO

• Ainda não se conseguiu realizar actividades complementares ao Projecto Mega.

Oportunidades

• Momento adequado para a existência de um Projecto Nacional de Desenvolvimento


do Atletismo Juvenil, uma vez existir uma reserva de desenvolvimento do atletismo
jovem, que importa explorar através das ligações ao Desporto Escolar e ao Ensino
Particular e ainda na disponibilização do sector Juvenil em estar com as Associações.
• Através da existência do PENAJ 2009 – 2012 ter a oportunidade de persuadir os que
podem fazer alguma coisa de positivo pela modalidade.
• Possibilidade das Associações inventarem e colocarem em prática novas ofertas,
novas propostas de intervenção e novos programas para os jovens, através da
atribuição de maior relevo à intervenção dos Directores Técnicos Regionais e
diminuição do peso do quadro competitivo formal.
• Investir nos treinadores jovens e nos novos treinadores, criando condições para que
muitos façam carreira no atletismo juvenil.
• Momento para a estrutura técnica ter mais protagonismo e responsabilidade,
envolvendo-se mais nos Projectos e nos Programas, criando estímulos para se
conseguir a sua máxima rentabilidade.
• Motivo para os treinadores nacionais estarem mais em contacto com as Associações,
os clubes, os treinadores e os atletas.
• Momento para cada sector encontrar uma orientação consequente ainda mais eficaz
e de acordo com a orientação nacional geral.
• Melhorar o modelo existente, potenciar os seus pontos fortes e diminuir os fracos.
• Reforçar o papel das Associações no crescimento e desenvolvimento da modalidade,
tendo cada uma delas o seu Projecto, planeado em conjunto, o qual contenha um
programa de oferta para o juvenil de acordo com a sua realidade.
• Diminuir a demasiada formalidade do Quadro Competitivo Juvenil e promover a
estruturação dos Calendários Distritais, que na maioria dos casos são deficientes.
• Aproveitar para que a Campanha “Viva o Atletismo” tenha maior dimensão e
projecção, criando condições para a adequação do Quadro Competitivo às
características próprias de cada Associação.
• Colocar os Infantis a participarem preferencialmente em competições a nível do
distrito, a participarem algumas vezes em competições inter associações vizinhas e
poucas vezes ao nível dos Agrupamentos de Zona.
• Sensibilizar para a existência de um quadro competitivo infantil diferente, de âmbito
local e distrital, que possa atrair novos praticantes através de actividades de
velocidade e outras de disciplinas múltiplas.

9
P E N A J - Plano Estratégico Nacional para o Atletismo Jovem
FEDERAÇÃO PORTUGUESA DE ATLETISMO

• Depois de recuperada a ideia do Quilómetro Nacional Jovem deve ser recuperada a


ideia do Salto em Altura em Sala, neste caso destinando para o efeito uma semana
de realizações.
• Definir (aclarar) um percurso de carreira desde o início até ao Alto Rendimento, que
se suporte também na diversificação da oferta e na facilitação da progressão.
• Aproveitar o bom momento público da modalidade, para a revitalização do tecido
associativo através da cada vez maior ligação à escola.
• Implementar novos Programas, como o Projecto Clube Formador e Clube Portugal
Jovem, promovendo a acção dos Clubes tradicionalmente formadores.
• Recuperação por parte de FPA da intenção de distinguir e valorizar o mérito do
trabalho com jovens.
• Consolidação do modelo de intervenção nas Escolas, criando modas como o Projecto
Mega e tornando o Quilómetro Jovem em Pista, o Salto em Altura em Sala e o
Projecto da Corrida uma prioridade.
• Redimensionar um pouco o Campeonato Nacional de Juvenis de Pista, o Olímpico
Jovem e outras iniciativas da Campanha “Viva o Atletismo” e introduzir diversas
iniciativas no período dos 3 primeiros anos do PENAJ 2009-2012.
• Repensar os Agrupamentos de Zona e encontrar soluções para a evolução das
Associações menos desenvolvidas.

Ameaças

• De nada servirá o esforço de uns se não houver equipa, não podendo existir egoísmo
na estrutura técnica, nem entre as Associações… todos têm de estar abertos ao
exterior.
• A dedicação de muitos dos técnicos situar-se em baixos índices.
• Não se conseguir conquistar os clubes para pertencerem também “à equipa”!
• Não valorizar ao máximo o trabalho dos Monitores e Treinadores, deixando-os de fora
de projectos activos e acções congregadoras, desaproveitando a possibilidade de
sinergias.
• Não se dar visibilidade ao trabalho que se desenvolve no atletismo juvenil.
• Não se ser consequente.
• Continuar a não existir mercado de trabalho para novos treinadores e cerca de 95%
dos treinadores de atletismo em Portugal não usufruírem qualquer gratificação pela
sua actividade.
• A oferta de distracções e a ocupação dos tempos livres e de lazer cada vez mais
diversificada e intensa, não encontrando, muitos jovens no atletismo aliciantes que os

10
P E N A J - Plano Estratégico Nacional para o Atletismo Jovem
FEDERAÇÃO PORTUGUESA DE ATLETISMO

prendam à sua prática, tornando-se presas fáceis da concorrência desenfreada


advinda de outros meios e, geralmente, com prazer imediato.

Objectivos

A Federação Portuguesa de Atletismo partindo do conhecimento da situação e


suportando-se igualmente nas potencialidades enumeradas, além de reconhecer uma
maior necessidade de coordenação, orientação, harmonização e supervisão,
desencadeará um conjunto de iniciativas na área do desenvolvimento, em geral, e do
atletismo juvenil, em particular, com as seguintes preocupações / objectivos gerais:

• Gerar a diversificação da actividade;


• Aumentar o número de actividades;
• Aumentar o número de atletas filiados (e de clubes!):
o Em 2009 alcançar 14.220 atletas (em média + 30 por AR em relação ao ano anterior)
o Em 2010 alcançar 14.660 atletas (em média + 20 por AR em relação ao ano anterior)
o Em 2011 alcançar 14.990 atletas (em média + 15 por AR em relação ao ano anterior)
o Em 2012 alcançar 15.210 atletas (em média + 10 por AR em relação ao ano anterior)
• Melhorar o nível organizativo e desportivo das actividades;
• Qualificar o trabalho associativo;
• Qualificar a intervenção técnica na base (no treino de jovens);
• Fomentar o relacionamento e a cooperação com as Associações;
• Transformar os técnicos em locomotivas da FPA e das Associações;
• Cimentar o relacionamento e cooperação com o ME / Desporto Escolar;
• Ultrapassar questões várias por falta de coordenação;
• Ter no mínimo duas Escolas de Atletismo por Associação, até final de 2010.

Neste ciclo existe a ambição de ter um atletismo jovem mais suportado em boa
intervenção técnica. Da orientação emergente deste Plano Estratégico, suportada na
realidade que já é actualmente o atletismo nos escalões jovens em Portugal, e ainda na
tradição existente, é possível traçar ainda objectivos de curta, média ou longa duração
na afirmação internacional dos principais praticantes.

Assim define-se como objectivo ter alguns bons resultados em importantes competições
internacionais, havendo a expectativa de alguns atletas chegaram às finais e mesmo a
lugares de pódio.

11
P E N A J - Plano Estratégico Nacional para o Atletismo Jovem
FEDERAÇÃO PORTUGUESA DE ATLETISMO

Festival Olímpico da Juventude Europeia


2009 Campeonato do Mundo de Juvenis
Campeonato da Europa de Juniores

Campeonato do Mundo de Juniores


2010 Jogos Olímpicos da Juventude

Festival Olímpico da Juventude Europeia


2011 Campeonato do Mundo de Juvenis
Campeonato da Europa de Juniores

2012 Campeonato do Mundo de Juniores

Linhas orientadoras gerais para a FPA


• A FPA deve estar mais próximo e garantir uma presença mais permanente na vida
das Associações.
• A FPA deve assumir uma liderança forte do Juvenil, a qual deve emanar da
própria Federação, mas que encontre a participação adequada por parte das
Associações.
• Colaborar activamente na organização técnica das Associações menos
estruturadas e que demonstrem interesse nesta colaboração.
• Zelar pela adequada articulação e procura da máxima eficiência nas intervenções
das Associações, Agrupamentos e Centros de Formação.
• Colocar o técnico do sector Juvenil e responsável pelo Departamento de
Desenvolvimento no terreno, em maior proximidade com as Associações, e estar
com estas no momento em realizam o seu plano de intervenção anual para o
distrito e posteriormente em diversos momentos da sua concretização.
• Fortalecer a ligação da Direcção Técnica Nacional aos Directores Técnicos
Regionais através da realização regular, e sempre que se justifique, de reuniões e
de deslocações onde necessário.
• Concertar com as Associações iniciativas tendentes à melhoria da organização e
funcionamento dos Clubes seus filiados.

12
P E N A J - Plano Estratégico Nacional para o Atletismo Jovem
FEDERAÇÃO PORTUGUESA DE ATLETISMO

• Realizar as Acções programadas para este ciclo de 2009 – 2012 como pilares de
suporte à transformação do Atletismo Juvenil.
• Dinamizar e aprofundar Campanhas de fomento da prática do atletismo, como por
exemplo, o Projecto Mega, Escolas de Atletismo, Campanha Viva o Atletismo,
Torneios de Clube, Plano de Animação de Pistas, Projecto da Corrida, Clube
Portugal Jovem, etc.
• Editar publicações que criem identidade e dêem visibilidade do trabalho de todos
os agentes e entidades que estejam ligados ao atletismo jovem.
• Encetar um processo evolutivo de reformas estruturantes.
• Apontar para que em 2.012 os Juvenis só possam competir nas provas do seu
escalão e no de Juniores, limitando a sua participação em competições de
seniores a nível nacional ao Campeonato de Clubes.

Linhas orientadoras gerais para os Centros de Formação,


Associações, Agrupamentos
Tão importante como tratar de aumentar o número de praticantes é tratar bem dos que já
existem. Para tal será necessário um trabalho em equipa e uma intervenção em muitas
áreas. Em linhas gerais deverá neste período dar-se muita atenção ao seguinte:
• Potenciar mais os efeitos da cooperação da FPA para se imprimir maior
dinamismo aos clubes de cada região, levando ao aumento do número de clubes
e de atletas e atrair escolas para as actividades de âmbito distrital.
• Encontrar fórmulas de emulação dos resultados e dos atletas.
• Dar visibilidade regional a todas as suas iniciativas.
• Realizar encontros distritais da Federação com a Associação e os Clubes.
• Dar resposta à necessidade de formação de quadros.
• As Associações devem encetar cooperações com as suas vizinhas.
• Estimular a realização dos Torneios e Campeonatos Distritais de Infantis e
Iniciados sob a forma de Duatlos e Triatlos.
• Estimular as Associações e Clubes a realizarem Torneios no início do Verão e em
Setembro e Outubro e ainda a promoveram acções de Pistas Abertas e de Férias
Desportivas.
• Realização de uma grande aposta na formação de quadros técnicos de
enquadramento. O atletismo português necessita de treinadores especialistas do
treino dos jovens, para que diminuam as taxas de especialização dos praticantes
jovens.

13
P E N A J - Plano Estratégico Nacional para o Atletismo Jovem
FEDERAÇÃO PORTUGUESA DE ATLETISMO

PRINCIPAIS MEDIDAS A INTRODUZIR

2009
2010
2011
2012
„ Reformular os CF.
„ Redefinir a vocação dos
Agrupamentos.
„ Criação de equipa „ Dia Nacional do
técnica móvel de apoio. Atletismo Jovem A. Vilela
„ Criação de equipa técnica „ Meeting Jovem de „Taça Nacional de Juvenis
apoio Atletismo Juvenil Portugal. em Pista Coberta.
„ Semana Nacional do „ Criação Escola Atletismo „ Introdução de uma „Avaliação ao Ciclo
Salto em Altura em Sala. do Jamor. Competição denominada 2009-2012.
„ Campeonato Nacional de „ Criação de um Centro “Encontro Nacional de „Planeamento do Ciclo
Juniores - Pista Coberta. Iniciados”. 2013-2016.
Nacional do Atletismo
„ Reformulação da Juvenil (Luso) „ Torneio Nacional
Campanha ”Viva o “Escolas de Atletismo”.
„ Criação, no site, da FPA
Atletismo”.
de uma área de
„ Dossier de Ensino do
publicação específica
Atletismo.
„ Clube Portugal Jovem. para o atletismo juvenil.
„ Lançamento do Projecto
“Clube de Formação de
Jovens”.
QUADRO I

Reformular os CF
Os Centros de Formação devem sofrer uma reformulação que lhes permita maior capacidade
de influência e maior capacidade de intervenção. Para desempenharem o papel que lhes
cabe, cada um deles deverá ter uma liderança forte e equipas técnicas de apoio. Para que
isso se verifique deve ser equacionada a liderança actual de cada um e introduzir as
substituições que se julgue necessárias. A definição das equipas de apoio e do papel que as
mesmas devem desempenhar encontram-se indicadas no sub titulo “Equipa técnica móvel …”

14
P E N A J - Plano Estratégico Nacional para o Atletismo Jovem
FEDERAÇÃO PORTUGUESA DE ATLETISMO

Sendo os Centros de Formação estruturas de apoio a todas as Associações, estas devem


ser chamadas a participar na afirmação dos mesmos e devem ser responsabilizadas na
ausência de participação nas acções.
Os Centros de Formação deverão manter as Tabelas de Referência já existentes para as
concentrações de Zona, de forma a terem critérios de qualidade, podendo estas tabelas ser
revistas numa ou noutra disciplina no início da época de 2009. Estes critérios de qualidade
exigem-se também para uma maior ligação ao Clube Portugal Jovem.
Por outro lado, com a continuação das concentrações e acompanhamento de atletas a
verificar-se ao nível dos escalões de Juvenis e Juniores os CF além de garantirem a ligação
ao Clube Portugal, garantem igualmente uma aproximação progressiva dos melhores
Juniores à intervenção dos respectivos sectores.

Redefinir a vocação dos Agrupamentos


Os Agrupamentos de Associações deverão continuar a lutar por um melhor atletismo
regional, devendo continuar a ofertar um quadro competitivo intermédio para um vasto lote de
atletas, devendo, ao mesmo tempo, contribuir para o fortalecimento organizativo das
Associações. Estas actividades deverão continuar a ser planeadas no seio de cada um.
Dentro da filosofia e das preocupações expressas neste PENAJ os Agrupamentos terão uma
importância enorme nas áreas do atletismo jovem, assumindo-se como entidades capazes
de promover e dinamizar a sua prática, expressando-se a possibilidade de se estudarem
respostas adequadas de acordo com o nível de desenvolvimento.
Ainda dentro de uma reestruturação do quadro competitivo da Campanha “Viva o Atletismo”,
será desejável realizar-se em todos os Agrupamentos um Torneio “Atleta Completo” (anexo
7), Olímpico Jovem de Infantis e Iniciados e Campeonato de Corta Mato, ficando as restantes
iniciativas à livre iniciativa de cada Agrupamento. No entanto, em termos ideais os
Agrupamentos deveriam optar ainda pelo Triatlo Técnico de Iniciados e Juvenis; Quilómetro
Jovem de Iniciados, Juvenis (e eventualmente Juniores) e Campeonatos de Absolutos. Esta
estimulação da participação do ponto de vista competitivo é fundamental. (Elementos
referentes à reestruturação proposta para a Campanha “Viva o Atletismo” encontram-se no anexo 6).

Semana Nacional do Salto em Altura em Sala


Como forma de dinamização da prática do Salto em Altura deve ser lançado em 2009 um
Torneio alargado a todo o território nacional. No período de uma semana (última de Março)
deverá existir o maior número possível de Torneios de Salto em Altura em Sala com a mais
diversa participação, de acordo com o anexo 3. Nesta iniciativa devem estar envolvidos os
jovens dos escalões de Infantis, Iniciados, Juvenis e Juniores, sendo elaborado um Ranking /
classificação individual por escalão e duas classificações colectivas com todas as marcas
alcançadas, uma por Clube / escola e outra por Associação de Atletismo.

Campeonato Nacional de Juniores de Pista Coberta


A disputa de um Campeonato Nacional de Juniores de Pista Coberta deverá suprir um défice
de motivação para muitos atletas que não encontram na Competição colectiva (Campeonato

15
P E N A J - Plano Estratégico Nacional para o Atletismo Jovem
FEDERAÇÃO PORTUGUESA DE ATLETISMO

de Clubes) um espaço para a sua afirmação. A participação dos Juniores no Campeonato


Nacional de Sub 23 de Pista Coberta não é suficiente para estimular muitos dos atletas a
treinarem durante o Inverno. A criação deste objectivo é igualmente extensiva ao escalão de
Juvenis, podendo estes escalões, em conjunto, proporcionar a realização de um bom
campeonato. Insere-se ainda na perspectiva de uma aproximação que visa progressivamente
afastar os Juvenis quase totalmente da competição de seniores. (Anexo 1).

Dossier de Ensino do Atletismo


A existência de um Dossier de Ensino do Atletismo torna-se fundamental para a modalidade,
ao nível da iniciação da prática e treino do atletismo. Por um lado, nota-se uma grande falta
documental de apoio a professores e monitores e por outro, a concepção deste dossier torna-
se um desafio para a Direcção Técnica Nacional que o vem perseguindo desde 2005, ano em
que se extinguiu o Grupo de Reflexão, Coordenação e Acompanhamento do Atletismo
Juvenil (GRCAJ), que ainda deu os primeiros passos na sua concepção. Pretende-se no ano
de 2009, ter este Dossier concluído e editado.

Equipa técnica de apoio ao Atletismo Juvenil


Como forma de se garantir uma intervenção continuada e tecnicamente criteriosa deverá ser
constituída uma equipa de apoio técnico a este sector do Atletismo, no seio da FPA. Esta
equipa assegurará o enquadramento de todos os Estágios e Concentrações do Clube
Portugal Jovem, ou outras a desenvolver no seio do sector. Será ainda chamada de tempos a
tempos para momentos de reflexão sobre o atletismo juvenil em geral ou para a discussão de
assuntos deste sector em particular,
A equipa será constituída pelos seguintes técnicos: Fernando Pereira, José Uva, Júlio Cirino,
Pedro Pimenta, Pedro Rocha, Rui Carvalho e Rui Norte, podendo nalgumas das iniciativas
integrar os Directores dos Centros de Formação.

Equipa técnica móvel de apoio


A criação de uma equipa técnica móvel de apoio ao desenvolvimento do atletismo jovem é
fundamental. Se nalgumas Associações e Clubes há carências técnicas de diversa ordem ao
nível do enquadramento de jovens mais capacitados para a prática do atletismo, compete à
FPA, dentro dos seus colaboradores técnicos actuais e de outros a anexar à equipa, destacar
um conjunto deles para o apoio concreto no terreno.
As Associações e Clubes devem solicitar este apoio responsabilizando-se a FPA pelos
encargos com gratificações e deslocações, garantindo os beneficiários do apoio técnico os
encargos com a estadia e eventual alojamento. Ao mesmo tempo, em cada região e
emanada do respectivo Centro de Formação deverá haver uma intervenção concreta,
delineada pela sua Direcção, debaixo das linhas orientadoras da FPA, e assegurada pela
equipa de apoio, sendo os programas de intervenção preparados pelos Centros.
A partir da equipa deverão irradiar influências técnicas que permitam a evolução dos
melhores atletas em fase de construção de carreiras desportivas e, ao mesmo tempo, serem
criadas progressivamente maiores autonomias dos treinadores locais.

16
P E N A J - Plano Estratégico Nacional para o Atletismo Jovem
FEDERAÇÃO PORTUGUESA DE ATLETISMO

Constituição da equipa
NORTE LIDER DO CF: Serafim Gadelho
EQUIPA DE COORDENAÇÃO: Pedro Guimarães, Rui Carvalho,
Emanuel Brandão, Pedro Pimenta …

BEIRAS LIDER DO CF: ANTÓNIO BEÇA


EQUIPA DE COORDENAÇÃO: António Graça, Rui Norte, Carlos
Carmino, Júlio Cirino, Mário Barbosa …

CENTRO - SUL LIDER DO CF: Carlos Silva


EQUIPA DE COORDENAÇÃO: Orlando Fernandes, Pedro Rocha,
Fernando Pereira, José Uva, Anabela Leite, Gustavo Ventura, João
Abrantes, Paulo Murta, Rafael Varela …

REGIÃO LIDER DO CF: A combinar com as Associações intervenientes


AUTÓNOMA EQUIPA DE COORDENAÇÃO:
AÇORES

REGIÃO LIDER DO CF: Alcino Pereira


AUTÓNOMA EQUIPA DE COORDENAÇÃO: Equipa técnica da AARAM
MADEIRA

Reformulação da Campanha “Viva o Atletismo”


A Campanha “Viva o Atletismo” terá de sofrer uma alteração condizente com uma maior
participação nas iniciativas de âmbito distrital e uma participação de âmbito regional e
nacional mais equilibrada. Por outro lado, deve ser retirada das finais nacionais a
participação de atletas Infantis. Estes deverão incluir-se até ao nível regional (ver anexo 6).
Também o Torneio Atleta Completo se deverá disputar em fases distritais e regionais,
desaparecendo a final nacional.
Nestas alterações a introduzir, além das indicadas, assumem particular importância as do
Campeonato Nacional de Juvenis, que embora mantendo as suas características actuais
deve sofrer algumas alterações em termos da organização e da participação nalgumas
disciplinas (anexo 2).
Importante também será a introdução faseada de diversas iniciativas, de acordo com o
esquema gráfico discriminado no quadro I e desenvolvidas neste capítulo e nomeadamente
nos anexos 1 a 13.

Clube Portugal Jovem (novo modelo!)


O Clube Portugal Jovem deve ser entendido como um processo de reconhecimento a clubes
merecedores de um Certificado de Mérito pelo seu trabalho nos escalões jovens e a jovens
atletas como forma de apoio e supervisão técnica de acompanhamento das suas carreiras.

17
P E N A J - Plano Estratégico Nacional para o Atletismo Jovem
FEDERAÇÃO PORTUGUESA DE ATLETISMO

No passado deram-se alguns passos nesta direcção, embora de forma “tímida”, pelo que
nunca se chegou a concretizar um verdadeiro “Clube Portugal Jovem”. Essa intenção deve
ser retomada em 2009 e o Clube deve avançar dada a sua importância para a fidelização dos
melhores Juvenis à prática do atletismo. (anexo 15).

Projecto “Clube de Formação de Jovens”


Debaixo do patrocínio da Federação Portuguesa de Atletismo irá ser criado um projecto
inovador que sinalize e identifique, dentro do associativismo juvenil do atletismo, um conjunto
de clubes com uma base reconhecidamente qualitativa ao nível da prática. A FPA entende
ser necessário reconhecer esta realidade e criar uma forma de suporte à acção destes
clubes.
O Projecto apresentado, com entrada em vigor em 2009, pretende seleccionar e distinguir,
numa base diversificada, mas muito *objectiva, os Clubes que em Portugal, durante cada um
dos anos melhor enquadramento realizam da prática do atletismo ao nível dos escalões mais
jovens e, em consequência, atribuir-lhes alguns meios económicos ou em material que
ajudem a garantir a continuidade da sua prática. O Projecto descriminado encontra-se no anexo 14.

Dia Nacional do Atletismo Jovem “António Vilela”


A partir de 2010 deve ser instituído um “Dia Nacional do Atletismo Jovem” a exemplo do
“World Athletic Day” da IAAF. Pretende-se neste dia desenvolver por todo o país um conjunto
diverso de iniciativas, que se tornem como um importante meio de promoção do atletismo
junto dos jovens com menos de 17 anos. Nesta iniciativa deve ser envolvida a comunidade
atlética regional e a comunidade escolar, realizando-se neste dia um conjunto alargado e
diversificado de eventos, que chame a atenção para a prática do atletismo.
Caberá à Federação Portuguesa de Atletismo, marcar a data e encorajar o movimento
associativo a organizar-se no sentido de tornar este dia um importante momento do atletismo
se dar a conhecer. Como o professor António Vilela foi durante quase 3 décadas o
responsável pela coordenação do atletismo juvenil, no seio da FPA, o seu nome deve ser
associado a esta iniciativa.

Meeting Jovem de Portugal


Criação de um Meeting de Atletismo destinado exclusivamente a atletas Juvenis, para
preencher uma lacuna de calendário pós Campeonato Nacional de Juvenis e para diversificar
e fortalecer a oferta competitiva para este escalão etário.
A organização deste Meeting deve ser entregue anualmente a uma Associação de Atletismo,
que garantirá toda a organização técnica, contribuindo a Federação com uma
comparticipação de 2.500 Euros e responsabilizando-se a Associação organizadora pelos
restantes encargos e eventuais receitas (anexo 10).

Centro Nacional do Atletismo Jovem


Com a criação de um Centro Nacional do Atletismo Jovem a Federação Portuguesa de
Atletismo dará resposta concreta a questões de consolidação da carreira dos atletas mais

18
P E N A J - Plano Estratégico Nacional para o Atletismo Jovem
FEDERAÇÃO PORTUGUESA DE ATLETISMO

promissores. Será neste Centro que se desenrolarão os Estágios Nacionais e Concentrações


do escalão de Juvenis e dos elementos do Clube Portugal. O Centro ficará sedeado no Luso,
utilizando-se as instalações desportivas do Centro de Estágios do Luso.

Escola de Atletismo do Jamor


Se não for possível em 2009, não poderá ultrapassar-se 2010 sem ter em actividade uma
Escola de Atletismo no Estádio Nacional.
A existência de uma Escola neste local privilegiado para a prática do atletismo é importante
pela localização geograficamente relevante e por ser deficitária a oferta de locais de
enquadramento e de ensino do atletismo. Ao mesmo tempo, com a importância que o
atletismo pretende dar às instalações do Estádio Nacional que no futuro será o Centro
Nacional de Rendimento do Atletismo e da Academia do Atletismo, tem toda a importância
haver igualmente uma oferta para a prática de base neste local.

Torneio Nacional “Escolas de Atletismo”


Justifica-se, introduzir neste ciclo, mesmo a título experimental, um Torneio / Festa Convívio
Nacional por equipas destinado a atletas Infantis e Benjamins, com um Programa sustentado
no “Kids Athletics” e idêntico ao já realizado por algumas Associações.
Este Torneio deverá ter lugar em recinto coberto e ser realizado durante o mês de Abril.
Deverá anualmente ser assumido por uma Associação de Atletismo, sendo a participação
efectuada a nível de Clube ou Escola competindo ao sector Juvenil da FPA dinamizar este
processo.

Taça Nacional de Juvenis em Pista Coberta


Organização de um Torneio de Pista Coberta de participação por Clubes destinado a atletas
Juvenis (exclusivamente), visando criar um momento de competição específico para este
escalão. Neste Torneio cada Clube pode participar com um atleta por prova (ver regulamento
no anexo 11), devendo a sua disputa ter lugar a fechar a época de Inverno.

Encontro Nacional de Iniciados


A título experimental deve ser introduzida uma Competição de Pista, específica para atletas
Iniciados, e denominada “Encontro Nacional de Iniciados”. Deve ser encontrado um
programa curto e só será possível a participação de Clubes que apresentem equipas de 4 a 8
elementos. Cada participante terá de participar em duas provas. Se o número de
participantes o justificar o Encontro poderá ter lugar em dois locais distintos a Norte / Centro
ao Sul / Centro. (Ver Programa no anexo 12)

19
P E N A J - Plano Estratégico Nacional para o Atletismo Jovem
FEDERAÇÃO PORTUGUESA DE ATLETISMO

LINHAS ORIENTADORAS ESPECÍFICAS


CICLO DE 2009 - 2012

QUALIFICAR A PRÁTICA
INVENTAR NOVAS OFERTAS

MELHORAR A ORGANIZAÇÃO
POTENCIAR OS MEIOS

20
P E N A J - Plano Estratégico Nacional para o Atletismo Jovem
FEDERAÇÃO PORTUGUESA DE ATLETISMO

A organização, dinamização e promoção do atletismo Juvenil, em Portugal, deverão


assentar num sector próprio no seio da FPA que deverá ter a responsabilidade de
liderança e de supervisão de tudo o que diga respeito aos escalões que integram este
sector, garantindo ainda a sua ligação ao escalão seguinte – o dos Juniores. Também
devem ter um papel importante e decisivo nesta responsabilidade os Centros de
Formação, os Agrupamentos de Zona e as Associações de Atletismo, devendo constituir
este conjunto o verdadeiro suporte para o Departamento do Atletismo Juvenil.

A acção dos Agrupamentos e das Associações Distritais deverá ir no sentido do fomento


e da promoção da prática do atletismo juvenil, encontrando soluções nacionais, regionais
e locais, não se podendo ficar unicamente pelo Quadro Competitivo até aqui existente.
Necessita-se nesta área do desenvolvimento de maior dinamismo e intervenção e tal só
será conseguido se se for mais arrojado no atletismo juvenil. Mas tal só se verificará se
se tiver equipa ... e essa equipa terão de “ser todos”!

De entre um conjunto de iniciativas que este sector deverá levar a efeito nos próximos
anos destacam-se as indicadas no Quadro I, as quais se encontram sumariadas nas
páginas que se seguem a esse quadro e ainda nos anexos a este PENAJ 2009 – 2012.

A Campanha “Viva o Atletismo” já com mais de duas dezenas de anos de existência,


inicialmente assente em necessidades técnicas e de promoção e desenvolvimento do
atletismo, evoluiu ao longo dos tempos mais ou menos de acordo com os meios
financeiros disponíveis e com as ideias estratégicas, ao momento, consideradas
adequadas ou oportunas.

Nos primeiros anos desta Campanha existiu o Salto em Altura em Sala e o Quilómetro
Nacional Jovem que num determinado momento deixaram de contar com uma final
nacional, sendo o Salto em Altura substituído pelo Triatlo Técnico de Pista Coberta com
uma corrida, um salto e o lançamento do peso. A corrida inicialmente de 60 metros
passou depois para os 60m barreiras. O Quilómetro Jovem passou, nalguns casos, para
a esfera dos Agrupamentos de Zona. Alguns Agrupamentos mantiveram igualmente o
Salto em Altura em Sala. Em 2008 retomou-se a disputa da final nacional do Quilómetro
Jovem.

Para 2009 – 2012 a proposta vai no sentido da continuação da disputa do Quilómetro a


nivel nacional e da passagem do Salto em Altura em Sala para uma manifestação com a
duração de uma semana, disputando-se neste período uma grande quantidade de
Torneios, fundamentalmente a nivel local / concelhio e distrital.

O Atleta Completo tem-se mantido praticamente desde o inicio (22ª edição em 2008)
sofrendo, no entanto, algumas alterações ao longo da sua existência, fundamentalmente

21
P E N A J - Plano Estratégico Nacional para o Atletismo Jovem
FEDERAÇÃO PORTUGUESA DE ATLETISMO

no aumento do número de disciplinas e na adequação da altura das barreiras e do peso


dos engenhos.

Por sua vez, o Torneio Olímpico Jovem durante muitos anos denominado de DN Jovem,
tem sofrido muitas alterações. Inicialmente foi dirigido a 4 Associações e
progressivamente estendeu-se a todo o país. Durante vários anos destinou-se a atletas
Infantis e Iniciados. Mais tarde progrediu para Iniciados e Juvenis e ainda mais tarde
para algumas edições com Iniciados, Juvenis e Juniores. No entanto, acabou por
regressar à formula anterior de Iniciados e Juvenis.

Também durante muitos anos este Torneio foi disputado em Lisboa, primeiro no Estádio
Nacional e entre 1994 e 1997 no Estádio Universitário, tendo então deixado a capital não
mais aí regressando: Vila Real St.º António (1998), Aveiro (1999), Maia (2000), Leiria
(2001 e 2008), Seixal (2002), Guimarães (2003), Elvas (2004). Lagos (2005), Covilhã
(2006 e 2007).

De selecções distritais no Olímpico Jovem, constituídas por mais de 45 atletas passou-se


em 2004 para menos de 30, por força dos encargos elevados e pela necessidade do
torneio ser mais equilibrado na fase final, tendo-se o programa adequado a esta
realidade. Verifica-se, no entanto, em 2008 - após 5 edições com este figurino - que esta
intenção de maior disputa entre selecções não se conseguiu. Desta constatação deverá
ser reequacionado, de novo, o programa de provas e a fórmula organizativa, debate este
que deverá ocorrer em 2009.

A grande maioria dos atletas portugueses da actualidade passou por provas da


Campanha Viva o Atletismo e a existência desta Campanha tem servido em maior ou
menor grau para o dinamismo de muitas das Associações, nomeadamente das mais
pequenas. No entanto, com esta Campanha podem desencadear-se maiores progressos,
bastando para tal a existência de um questionamanto e avaliação permanentes sobre os
seus efeitos e resultados.

Neste processo de análise e reflexão, terá de ser incluida maior dinâmica regional do que
a que tem existido. Por outro lado, as finais distritais das iniciativas da Campanha Viva o
Atletismo devem culminar um processo anterior de treino e de competição de
preparação, o que a não acontecer contraria todos os principios orientadores da
competição.

O Projecto Escolas de Atletismo ganhou um pequeno fôlego ao ser enquadrado pela FPA
no âmbito do Programa Especial do Instituto do Desporto de Portugal: “Projecto Inovador
de Desenvolvimento”. Esta integração permitiu que em 2006 se apoiassem 15 Escolas,
10 em 2007 e outras tantas em 2008, com uma importância de mil euros.

22
P E N A J - Plano Estratégico Nacional para o Atletismo Jovem
FEDERAÇÃO PORTUGUESA DE ATLETISMO

Como forma de desenvolvimento da modalidade ao nível do aumento de praticantes e do


ensino correcto do atletismo, deverão ser realizados esforços no sentido do
aparecimento de novas escolas e da consolidação das existentes, perseguindo-se o
objectivo mínimo de existência de duas Escolas por Associação de Atletismo, até final de
2010. Além disso, na medida do possível, deverá ser:

• Incluído nas Acções de Formação um módulo especifico para os Monitores das


Escolas no qual deverão participar também os professores dos Centros de
Formação Desportiva do Desporto Escolar.
• Concebida documentação técnica de apoio ao ensino do atletismo de forma a
construir um Dossier de Supervisão Pedagógica das Escolas de Atletismo,
conteúdos esses que deverão ser retirados do Dossier de Ensino do Atletismo, em
elaboração.

A ideia de Torneios de Clubes, várias vezes divulgada, deverá passar á prática durante
os anos iniciais deste ciclo, pois esta forma organizativa de competição para captação de
novos praticantes e de animação das instalações de atletismo é de fácil organização e
baixos custos, podendo contribuir para o reforço da intervenção dos Clubes e das
Associações. O êxito desta iniciativa passa fundamentalmente pelo envolvimento das
Associações de Atletismo, que devem realizar esforços para a sua dinamização.

Outras iniciativas, além das mencionadas acima, deverão ser desenvolvidas,


envolvendo-se nelas toda a estrutura técnica federativa e associativa, encontrando-se
neste grupo:
• Encontros Regionais do Atletismo Juvenil.
• Seminários sobre a temática do treino de jovens.
• Boletim do Atletismo Juvenil
• Organização e participação em Sessões de intercâmbio de experiências de
animação, de treino, de competição e de organização.

PILARES DE SUPORTE AO DESENVOLVIMENTO DO


ATLETISMO JOVEM / ACÇÕES A DESENVOLVER
QUADRO COMPETITIVO
NÍVEL DE COMPETIÇÃO / FASES
DESIGNAÇÃO ESCALÕES LOCAL DIST. REG. NAC.
ANO
Triatlo Técnico INF – INIC – JUV 9 9 4 9 „
Atleta Completo INF – INIC - JUV 2 9 9 2 „
Olímpico Jovem INIC - JUV 9 9 4 2 „
Olímpico Jovem de Infantis INF 9 9 4 2 „

23
P E N A J - Plano Estratégico Nacional para o Atletismo Jovem
FEDERAÇÃO PORTUGUESA DE ATLETISMO

Campeonato Marcha Estrada JUV 2 9 4 9 „


Campeonato de Corta Mato JUV 2 9 4 9 „
Campeonato de Corta Mato INF – INIC 2 9 4 2 „
Projecto Mega INF – INIC - JUV 9 9 2 9 „
Campeonato de Infantis INF 2 9 2 2 „
Campeonato de Iniciados INF - INIC 2 9 2 2 „
Campeonato de Juvenis INIC - JUV 2 9 2 9 „
Campeonato de Juniores JUV – JUN 2 9 2 9 „
Campeonato Provas Combinadas JUV 2 9 2 9 „
Quilómetro Nacional Jovem INF – INIC - JUV 9 9 4 9 2008
Campeonato Jun. Pista Coberta JUV - JUN 2 2 4 9 2009
Torneios de Clube Diversos 9 2 2 2 2009

Semana Nacional Salto Altura Sala INF – INIC – JUV 9 9 4 2 2009

Dia Nacional Atletismo Jovem A. Vilela BEN-INF-INI-JUV 9 9 2 9 2010


Meeting Jovem de Portugal JUV 2 2 2 9 2010
Torneio Nacional “Escolas Atletismo” BEN - INF 2 2 2 9 2010
Taça Nacional Juvenis P. Coberta JUV 2 2 2 9 2011
Encontro Nacional de Iniciados INIC 2 2 2 9 2011
Legenda: 9 sim 2 não 4 Opcional „ Já vem do passado

FORMAÇÃO

DESIGNAÇÃO DESTINATÁRIOS QUANDO OBS


Estágio Nacional de Juvenis Atletas JUV 2 Vezes por ano Ver anexo 16
Concentração Projecto Mega Alunos INIC – JUV 1 Vez por ano 2008 ? 2009 9
Concentrações Regionais JUV – JUN 2 Vezes por ano
Seminário do Atletismo Juvenil Aberto 2009 e 2011
Encontro Nacional Atletismo Juvenil Aberto 2010 e 2012 Ver anexo 8
Publicação Técnica (Dossier Treino) Treinadores / Prof. Mar.2009 –Mar.2010 –Abr.2011 –Mai2012

PROMOÇÃO

DESIGNAÇÃO
Revista de Divulgação a editar em Out. 2009 – Nov. 2010 – Dez. 2011
Realizar iniciativas diversas com o Ministério da Educação / Desporto Escolar / Escolas
Sensibilizar as Associações, Clubes e Autarquias para a implementação de Escolas de Atletismo

24
P E N A J - Plano Estratégico Nacional para o Atletismo Jovem
FEDERAÇÃO PORTUGUESA DE ATLETISMO

Estimular o aparecimento de Torneios de Captação e Torneios de Clube


Na medida do possível, “utilizar” os Campeões em Acções de Promoção
Antes das grandes Competições Nacionais e Internacionais realizar iniciativas para crianças
Re - aproximar as Associações ao seu papel dinamizador da prática
Tentar incrementar local e regionalmente as acções para Benjamins e Infantis
Participação sistemática da Federação em acções das Associações e dos Clubes
Lançamento de um Concurso Nacional de Fotografia com a temática do atletismo jovem *
Redefinir o Olímpico Jovem como Competição de vanguarda na promoção
Sensibilizar as Associações, Clubes e Autarquias para a implementação de Escolas de Atletismo

* De preferência a culminar no Dia Nacional do Atletismo Jovem”

PAPEL A DESEMPENHAR POR CADA SUB-SISTEMA DE


SUPORTE

Para uma eficaz e progressiva integração dos atletas jovens dotados nos respectivos
sectores, estes devem ser acompanhados a partir do momento em que acedam ao Clube
Portugal Jovem.

O sector Juvenil e restantes sectores devem procurar trabalhar em conjunto para se


conseguirem melhores resultados da capacidade e potencial existentes. Os responsáveis
dos sectores devem realizar esforços no sentido de fazerem uma ligação aos treinadores
no terreno o mais cedo possível e não “aparecerem” apenas quando os atletas já têm
apresentado resultados. Os resultados e progressos na carreira dos jovens atletas
devem ter uma percentagem de responsabilidade dos treinadores nacionais.

Outra área onde é fundamental a intervenção dos treinadores nacionais será ao nível da
documentação e da participação como formadores em Cursos e Acções de Formação.
Ao nível da documentação não esquecer a intenção da elaboração de um Dossier de
Ensino do Atletismo a ser publicado durante a primeira parte do ano de 2009 e a
publicação de três edições do Dossier de Treino dedicadas ao atletismo jovem.

Os Centros de Formação deverão assumir-se como entidades de implantação regional


de resposta efectiva às questões técnicas do desenvolvimento dos praticantes jovens. A
carreira dos jovens atletas deve constituir a sua preocupação principal nesta fase do

25
P E N A J - Plano Estratégico Nacional para o Atletismo Jovem
FEDERAÇÃO PORTUGUESA DE ATLETISMO

desenvolvimento evoluindo progressivamente para a criação de maiores autonomias


regionais.

Os Centros de Formação deverão organizar-se tendo em vista três aspectos:


1. Pensar e actuar em todas as áreas do desenvolvimento do atletismo;
2. Procurar a auto - suficiência da Zona onde se inserem em termos de recursos
humanos de enquadramento, formando os treinadores, os dirigentes e os
Juizes, para uma maior qualificação da prática;
3. Constituir-se para as Associações e para a FPA como Observatórios de
desenvolvimento do atletismo em geral e atletismo regional, em particular.

Os Centros de Formação deverão ter metodologias, formas de intervenção e formas de


actuação idênticas, embora adaptadas à realidade do atletismo da zona que
supervisionam.

Os Centros de Formação deverão ser assumidos pelas Associações de Atletismo como


instrumentos de mudança do atletismo, na perspectiva de um atletismo regional melhor
sustentado. Os CF’s deverão ter a coordenação de um Director e o apoio de uma equipa
técnica. Esta equipa deve ser a atrás indicada, sob a denominação de “equipa técnica
móvel”. O responsável pelo Departamento de Desenvolvimento da FPA e técnico do
atletismo Juvenil, deverá ser o supervisor geral dos Centros e o seu primeiro
dinamizador.

Especificamente, e independentemente de outras responsabilidades a serem assumidas,


a intervenção estratégica dos Centros, com vista a contribuir para o elevar da qualidade
do enquadramento do atletismo, deve verificar-se em:
• Dinamizar processos de detecção e identificação de atletas dotados.
• Acompanhar tecnicamente a carreira desses atletas.
• Actuar no sentido do enquadramento qualificado do treino dos jovens.
• Garantir em termos regionais a formação dos técnicos capazes de acompanhar a
evolução desses atletas.
• Organizar - em conjunto com os Agrupamentos - Estágios Regionais para os
melhores, sendo incluídas nestas iniciativas os Juvenis e os Juniores.
• Promover Encontros Zonais de Clubes para intercâmbio de experiências de treino
e qualificação dos agentes.
• Contribuir para a execução de uma política nacional do atletismo juvenil.
• Apoiar as Associações e Clubes na organização de Fóruns, Encontros,
Seminários e Colóquios do atletismo regional.
• Colaborar num processo gradual de Formação dos Dirigentes associativos.
• Promover Acções que visem uma melhor Formação especializada dos Directores
Técnicos Regionais.

26
P E N A J - Plano Estratégico Nacional para o Atletismo Jovem
FEDERAÇÃO PORTUGUESA DE ATLETISMO

Como anteriormente se referiu os Centros de Formação deverão manter as Tabelas de


Referência já existentes para as concentrações de Zona, de forma a terem critérios de
qualidade que permitam uma melhor rentabilização das concentrações e se possa
verificar uma maior ligação ao Clube Portugal Jovem.

Por outro lado, com a continuação das concentrações e acompanhamento de atletas


referenciados a verificar-se ao nível dos escalões de Juvenis e Juniores os CF além de
garantirem a ligação ao Clube Portugal, garantem igualmente uma aproximação
progressiva dos Juniores à intervenção dos respectivos sectores. Os atletas a apoiar no
âmbito dos Centros de Formação não devem ainda ser acompanhados pelo respectivo
sector.

No início deste ciclo, deverão funcionar cinco Centros de Formação, com as seguintes
interligações:

• NORTE: Porto, Braga, Bragança, Viana do Castelo e Vila Real;


o Serafim Gadelho – Pedro Guimarães - Emanuel Brandão – Pedro Pimenta – Rui Carvalho…
• BEIRAS: Aveiro, Castelo Branco, Coimbra, Leiria, Guarda e Viseu;
o António Beça – António Graça - Carlos Carmino – Mário Barbosa – Rui Norte, Júlio Cirino …
• CENTRO-SUL: Lisboa, Santarém, Setúbal, Algarve, Beja, Évora e Portalegre;
o Carlos Silva – Orlando Fernandes – Gustavo Ventura - João Abrantes– Raposo Borges – Pedro
Rocha – Fernando Pereira – Paulo Murta – Rafael Varela.
• REGIÃO AUTÓNOMA AÇORES: S. Miguel, Terceira e Faial.
o A definir com as Associações intervenientes.
• REGIÃO AUTÓNOMA MADEIRA: Madeira.
o Assegurado pela Associação de Atletismo da Região Autónoma da Madeira.

Os Centros de Formação terão uma ligação estreita com FPA e com a liderança dos
Agrupamentos de Zona e com as Associações de Atletismo. No início de cada ano o
Director de cada um deles deve ter realizado um levantamento dos atletas e treinadores
que devem ser acompanhados. Os encargos com as Acções que vierem a ser
planificadas e aprovadas serão assumidos pela FPA, na observância do princípio da
racionalidade dos encargos.

A intervenção dos Centros de Formação deverá canalizar-se em 70% para preocupações


de formação de atletas e agentes e 30% para acções e intervenção no âmbito da
promoção do atletismo.

Até 31 de Outubro de cada ano, cada Centro de Formação depois de ter planeado as
principais acções em conjunto com as Associações de Atletismo e FPA, deverá delas dar
conhecimento e publicitação.

27
P E N A J - Plano Estratégico Nacional para o Atletismo Jovem
FEDERAÇÃO PORTUGUESA DE ATLETISMO

Os momentos específicos de encontro com o grupo de Associações para as acções de


planeamento não deverão terminar aí, antes devendo prolongar-se no tempo, de forma a
que a interacção com a estrutura regional seja permanente e seja dada continuidade à
filosofia técnica determinada, sob pena do efeito das acções ser reduzido.

Deverá ser responsabilidade geral dos Agrupamentos de Zona, dentro de uma filosofia
de desenvolvimento a concretização de algumas acções que visem a promoção de um
Quadro Competitivo reduzido de carácter Regional, dirigido preferencialmente aos
melhores atletas dos escalões de Iniciados e de Juvenis. Deve ser reduzida, no âmbito
dos Agrupamentos, a participação competitiva vocacionada para os Infantis ao nível de
selecções distritais. A actividade dos Infantis encontra o seu espaço priveligiado de
realização ao nível das Associações Distritais. Admite-se no entanto, a realização de um
Torneio Olímpico Jovem para Infantis, o Atleta Completo, uma competição de corta mato
e outras, mas sempre dentro do principio da observância de participação reduzida.

Existindo um défice importante de oferta no Quadro Competitivo Distrital de algumas


Associações, não pode a existência de qualquer Agrupamento e do respectivo quadro
competitivo regional contribuir para o aumentar desse défice.

Iniciativas que ao longo de algumas épocas, no âmbito da formação de técnicos e


concentrações de atletas foram realizadas por alguns Agrupamentos de Associações
devem passar definitivamente para a esfera da coordenação dos Centros de Formação.
Isto não significa que a dinamização dos Centros de Formação como Observatórios do
desenvolvimento do atletismo e como entidades de supervisão ou enquadramento da
formação aos mais diversos níveis não seja também da responsabilidade dos
Agrupamentos de Zona, nomeadamente ao nível do planeamento, acompanhamento e
avaliação.

Os Agrupamentos deverão realizar um trabalho em equipa e uma intervenção em


diversas áreas, de modo a que possam ser potenciados melhor os efeitos da cooperação
e se possa imprimir maior dinamismo aos clubes de cada região, levando, por esta via,
ao aumento do número de clubes, do número de atletas e atrair mais as escolas para as
actividades de âmbito regional.

Nesta dinâmica devem os Agrupamentos ser responsabilizados por um conjunto de


Competições a levar a efeito em todos eles: Torneio Atleta Completo (anexo 7), Torneio
Olímpico Jovem de Infantis e Iniciados (Anexo 5) e Campeonato de Corta Mato. No caso
das Regiões Autónomas se pretenderem integrar num “Atleta Completo” num

28
P E N A J - Plano Estratégico Nacional para o Atletismo Jovem
FEDERAÇÃO PORTUGUESA DE ATLETISMO

Agrupamento do Continente, devem fazê-lo nas condições em que o faziam quando o


Torneio se disputava com final nacional. Igualmente as Associações não agrupadas, se
pretenderem participar nesta fase do Atleta Completo devem procurar integrar-se num
dos Agrupamentos, nas condições indicadas anteriormente.

Além destas competições a disputar por um desígnio nacional de desenvolvimento, as


Associações integrantes dos Agrupamentos deverão agendar outras que considerem
decisivas para o seu desenvolvimento, fazendo-as disputar nos moldes que entenderem
e para os atletas que desejarem, condicionados ao limite máximo de financiamento
concedido pela Federação para cada Agrupamento, ou a outros recursos que consigam
angariar. No entanto, de acordo com a estratégia de desenvolvimento preconizada, os
Agrupamentos deveriam optar igualmente pelo Triatlo Técnico de Iniciados e Juvenis;
Quilómetro Jovem de Iniciados e Juvenis e Campeonatos de Absolutos.

As Associações não agrupadas em Agrupamento poderão levar a efeito as iniciativas


enumeradas de acordo com estratégia e moldes a definir conjuntamente com a
Federação.

Cada Agrupamento de Zona deverá enviar à FPA os seus Projectos para cada época
desportiva até 10 de Novembro, após terem planificado em conjunto as iniciativas que
desenvolverão. A Federação P\ortuguesa de Atletismo, deverá realizar reuniões com
cada um deles, integrando também nestas reuniões os Centros de Formação, para
apresentação e apreciação do projecto que cada Zona apresente e para serem debatidas
em conjunto estratégias específicas para vários factores de desenvolvimento.

O sector de Formação e Documentação da FPA deverá desempenhar um papel


importante na formação dos agentes de enquadramento técnico do atletismo jovem. Este
sector deverá dar resposta célere a várias questões que se colocam sempre que se
desencadeia um Curso ou Acção de Formação, para que haja a máxima rentabilização
dos recursos aplicados e o melhor aproveitamento das acções.

As publicações técnicas previstas (Dossier de Treino) com três edições vocacionadas


para o treino de jovens terão de estar concluídas em Março de 2009, Abril de 2011 e
Maio de 2012. Também as três Revistas de Divulgação geral previstas, terão de ser
editadas em Outubro de 2009, Novembro de 2010 e Dezembro de 2011.

O sector de Formação e Documentação da FPA deve igualmente preocupar-se com a


necessidade de um investimento na formação dos Directores Técnicos Regionais, para

29
P E N A J - Plano Estratégico Nacional para o Atletismo Jovem
FEDERAÇÃO PORTUGUESA DE ATLETISMO

que estes tenham maior capacidade de intervenção técnica, em termos do


acompanhamento distrital do atletismo juvenil e, ao mesmo tempo, se (co-)
responsabilizem pela formação dos treinadores jovens.

Ainda dentro de um quadro de responsabilidades específicas este sector terá de


organizar, em sontonia com o sector juvenil dois seminários abertos do Atletismo Juvenil
em 2009 e 2011. Em idêntica sintonia também deverá organizar o Encontro Nacional do
Atletismo Juvenil em 2010 e 2012.

Todas as Associações de Atletismo deverão ter a sua autonomia, projectos, dinâmicas e


estratégias próprias. No entanto, a Federação Portuguesa de Atletismo deve tentar que
estas assumam as ideias que são importantes para o desenvolvimento do atletismo.

Como ponto de partida deve entender-se que:


• As Associações mais pequenas e com mais dificuldades devem prioritariamente
focalizar-se no Atletismo Juvenil:
• Treino • Animação
• Organização e Competições • Escolas de Atletismo
• Ajuizamento
• As Associações, na sua generalidade, deverão ter igualmente a responsabilidade
de retomar os seus “alvos” prioritários:
• Clubes • Pistas
• Escolas • Autarquias
• Cada Associação deverá ter um modelo de intervenção, ou seja, deverá ter um
Projecto próprio.

• Compete às Associações utilizar / potenciar os recursos técnicos humanos que


existem na estrutura regional e nacional.

• Independentemente das competições de zona, cada Associação deve


desenvolver um quadro competitivo ajustado aos interesses dos praticantes.
Nalgumas Associações o Programa das Competições não pode ser muito extenso
nem deve contemplar as disciplinas todas, uma vez que o grau de
desenvolvimento não o justifica.

• O levantamento e conhecimento da situação do atletismo em cada distrito


deverão constituir pontos de partida para novos projectos e novas formas de
intervenção, pelo que se recomenda que cada Associação valorize a sua base de
dados do conhecimento distrital.

30
P E N A J - Plano Estratégico Nacional para o Atletismo Jovem
FEDERAÇÃO PORTUGUESA DE ATLETISMO

• Deverão as Associações empenhar-se na Animação das Pistas existentes.

• As Associações deverão recorrer, sempre que necessário e possível, aos


elementos da Direcção Técnica Nacional para o desenvolvimento de acções nas
suas regiões.

• Cabe às Associações fomentar as parcerias inter – Associações. A FPA além de


recomendar estas sinergias, deve conceder um estímulo às iniciativas entre
Associações vizinhas, nomeadamente na realização em conjunto de
Campeonatos Distritais de Iniciados, Juvenis e Juniores, sempre que o número de
participantes o justifique.

A cooperação com o Desporto Escolar é de vital importância para a captação de novos


praticantes para a prática do atletismo. As Associações de Atletismo devem mostrar
ainda maior abertura de cooperação, do que aquela que se tem verificado, nas iniciativas
de atletismo escolar e encontrar-se disponíveis para enquadrar as iniciativas que for
possível.

Esta cooperação passa por manter o Projecto Mega tal com está actualmente, no
entanto, com os seguintes acertos / tónicas:
o Maior intervenção das Associações
o Maior ligação destas às Escolas e Professores
o Responsabilidade das Associações realizarem uma acção anual em cada distrito
vocacionada para os professores, ou em termos ideais deixar esta responsabilidade
para os Centros de Formação.

Passa ainda pela colaboração nas competições escolares de Corta – Mato e nos
Torneios de Pista, não descurando a possibilidade de participação em acções de
atletismo realizadas no âmbito das escolas. Por último, e como o Projecto, é
essencialmente vocacionado para a realização em pavilhão desportivo devem ser
estimuladas as Escolas a aderirem à Semana do Salto em Altura em Sala, transformando
este momento numa grande iniciativa de promoção e da prática do salto em altura.

Também ao nível das Escolas de Referência de Atletismo do Desporto Escolar as


Associações deverão cooperar, quer através da cedência de apetrechamento de treino,
quer na cedência de documentação e ainda na organização de Torneios / Convívios.

As Associações também devem divulgar as suas iniciativas junto da estrutura do


Desporto Escolar e das Escolas do distrito.

31
P E N A J - Plano Estratégico Nacional para o Atletismo Jovem
FEDERAÇÃO PORTUGUESA DE ATLETISMO

RECOMENDAÇÕES GERAIS

• Deverá haver um Quadro Competitivo mínimo para cada Associação que passa
pela realização de 12 Competições de Pista, 4 de Corta – Mato, 7 a 10 específicas
para Benjamins e 3 de Pavilhão.
• Nos Juvenis e Juniores a competição deverá ser resultado dos treinos, ou seja,
deverá haver momentos vastos de treino a que se seguirá competição, devendo
na realização dos Calendários estar presente esta preocupação.
• A competição dos escalões mais jovens deverá ter características diferentes da
dos adultos, pelo que na definição dos Programas / Horários se deverá tomar em
consideração este factor.
• Deverão disputar-se provas de Pista durante todo o ano para Benjamins, Infantis
e Iniciados, algumas das quais deverão ser em Pavilhão. Os jovens necessitam de
competir muitas vezes!
• A Competição de Pista, nomeadamente nos meses de Outono, Inverno e inicio de
Primavera deverá ser simplificada e com programas curtos.
• As competições para jovens devem prolongar-se até ao início do período de férias
(Julho).
• Os Campeonatos Distritais de Juvenis e Juniores deverão realizar-se numa data
próxima dos nacionais, aconselhando-se que se situem num período de entre 15 a
21 dias antes dos Campeonatos Nacionais respectivos.
• O Salto em Altura além das iniciativas a calendarizar para a Semana Nacional do
Salto em Altura, deverá ter outros Torneios de realização local e Distrital.
• Na medida do possível deve ser considerada a participação dos escalões em
separado e deve ser evitado que atletas de um determinado escalão compitam
nas provas do escalão seguinte, nomeadamente os Infantis e os Iniciados.
• O Calendário Distrital deve estar concebido e divulgado até 05 de Novembro e
após conhecimento do Calendário Nacional definitivo.

ESTRADA
• Evitar a realização de provas de Estrada nos meses de Abril, Maio e Junho.
• Nos distritos onde se realizem poucas provas de estrada as Associações deverão
incentivar Clubes, Autarquias, etc., no sentido de se realizarem mais. No entanto,
esta aposta deverá incidir nos escalões dos mais velhos, devendo as propostas
para os jovens incidir em formas jogadas de corrida rápida, de salto e de
destrezas (Actividades no âmbito do Kid’s Athletics).

32
P E N A J - Plano Estratégico Nacional para o Atletismo Jovem
FEDERAÇÃO PORTUGUESA DE ATLETISMO

PISTA
• Deverão disputar-se provas de Pista ao longo de todo o ano, embora mais
concentradas nos meses de Abril, Maio, Junho e Julho.
• Entre os meses de Março e Julho, inclusive, os Infantis, Iniciados e Juvenis
deverão ter 2 a 3 competições de Pista por mês. Nos meses de Junho e Julho os
Juniores e os Seniores, de preferência, deverão ter o mínimo de duas.
• O número mínimo aconselhável deve ser de 16 competições de Pista para as
Associações com maiores dificuldades e 20 para as restantes. O número “ideal”
de competições de Pista numa época deverá rondar as 25.
• Nos Calendários deverão ser inscritos Torneios de Captação nomeadamente para
os meses de Setembro e Outubro.
• Não faz qualquer sentido colocar-se nos Calendários Distritais a realização de
Campeonatos Distritais se não se realizarem anteriormente Torneios de
Preparação.

CORTA - MATO

• Sendo o Corta – Mato uma especialidade do atletismo com enorme tradição em


Portugal e sendo uma prova com potencialidades ímpares, além de ser de
acessível organização não se percebe porque razão as Associações o organizam
cada vez menos. A recomendação aponta para que, no futuro, em cada época
cada Associação organize de 4 a 6 provas de Corta – Mato.

BENJAMINS

• Os Benjamins e Infantis deverão ter muitos momentos competitivos e ricos na


diversificação. Para estes escalões Treino e Competição complementam-se.
• Os Benjamins deverão ter, no mínimo, uma “competição” por mês.

33
P E N A J - Plano Estratégico Nacional para o Atletismo Jovem
FEDERAÇÃO PORTUGUESA DE ATLETISMO

AVALIAÇÃO

2012
2011
2010 „ Avaliação final do ciclo.
„ Número de Federados.
„ Resultados Mundial JUN.
2009 „ Número de Federados
„ Resultados Europeu JUN
„ Resultados Nacional JUV
„ Resultados Nacional JUN
„ Número de Federados
„ Resultados FOJE „ Participação Nac. JUV
„ Resultados Mundial JUN „ Resultados Nacional JUV „ Participação Nac. JUN
„ Participação Nac. JUN i
„ Número de Federados „ Resultados JJOO Juvent. „ Resultados Nacional JUN
„ Análise Ranking INIC
„ Resultados Nacional JUV „ Participação Nac. JUV „ Análise Ranking JUV
„ Resultados Europeu JUN
„ Participação Nac. JUN „ Análise Ranking JUN
„ Resultados FOJE „ Participação Nac. JUV „ Nº de Jovens de 2009
„ Participação Nac. JUN i
que ascendeu às
„ Resultados Nacional JUV „ Participação Nac. JUN „ Análise Ranking INIC Selecções nacionais de
„ Participação Nac. JUV „ Análise Ranking INIC „ Análise Ranking JUV Juniores e Sub-23
„ Análise ao grau de
„ Análise Ranking INIC „ Análise Ranking JUV „ Análise Ranking JUN
execução do PENAJ

34
P E N A J - Plano Estratégico Nacional para o Atletismo Jovem
FEDERAÇÃO PORTUGUESA DE ATLETISMO

CONCLUSÕES

A concepção deste PENAJ decorre de uma reflexão realizada a partir de elementos


objectivos sobre a prática. Com ele visa-se sugerir e preparar as alterações que são
desejáveis para o atletismo juvenil em Portugal. Na impossibilidade de se promover um
fórum de discussão e reflexão alargada sobre os conteúdos da prática juvenil e de se
questionarem os modelos organizativos, trabalhamos este Plano Estratégico no sentido
de uma nova cultura dessa prática juvenil.

Os primeiros passos na execução deste Plano Estratégico Nacional para o Atletismo


Jovem têm de ser sólidos e coerentes, por serem decisivos na continuidade e no
progresso da sua implementação. O problema do efeito das acções está na sua
continuidade e na regularidade com que se fazem. Este Plano define um quadro de
realizações sistemáticas, organizadas de forma coerente, que devem ser tomadas em
consideração

Destinando-se ao atletismo juvenil, com ligações e extensões para cima e com a


assunção clara de uma direcção e supervisão por parte da FPA deve encontrar nas
Associações de Atletismo o suporte para a sua execução, embora sem delimitação a
jusante da intervenção destas. A recusa das Associações e Directores Técnicos
Regionais em aderir ao Projecto da FPA para o Desenvolvimento do Atletismo pode
representar para elas uma dificuldade maior.

Suportados neste Plano de referência todos os treinadores nacionais devem assegurar-


se e garantir as soluções para que todos os treinadores dos atletas mais promissores
sejam conquistados para a “equipa”.

Não se estando em tempos de banalização de critérios de escolha e tendo a


preocupação da racionalização dos meios, para se poder chegar mais longe, deve a
modalidade orientar-se por critérios de rigor e de ambição. Uma modalidade sem
ambição tende a não evoluir.

2009 – 2012, é o período para se demonstrar que se é capaz. 2009, será um ano de
arranque. A expectativa é elevada pelos resultados já alcançados pela modalidade e,
neste sentido, teremos de ir mais longe pela racionalização dos recursos e pelo empenho
colectivo. No fim do ciclo estaremos em condições de realizar a avaliação do
envolvimento e partir para novos desafios!

35
P E N A J - Plano Estratégico Nacional para o Atletismo Jovem
FEDERAÇÃO PORTUGUESA DE ATLETISMO

ANEXO 1
Campeonato Nacional de Juniores de Pista Coberta
O Campeonato Nacional de Juniores de Pista Coberta deverá ter todo o Programa de Pista
Coberta, destinando-se, em exclusivo, a atletas Juniores e Juvenis que obtenham os
mínimos de participação, havendo classificação individual e colectiva.

Os mínimos de participação são os seguintes:


PROVAS MASC FEM PROVAS MASC FEM
60 metros 7,44 8,54 5.000m marcha 25,30,00 17.30,00
11,34 (100) 13,04 (100) 3.000m marcha
200 metros 23,54 28,54 4x400 metros sm sm
22,94 (AL) 26,64 (AL)
400 metros 52,14 63,14 Vara 3,20m 2,10m
52,04 (AL) 62,64 (AL)
800 metros 2.04,00 2.26,00 Comprimento 6,25m 5,00m

1.500 metros 4.15,00 5.00,00 Altura 1,78m 1,50m

3.000 metros 9.20,00 11.10,00 Triplo Salto 12,70m 10,40m


15.20,00 (5000)
60 m 9,84 (1,00) 10,44 Peso 12,00m (6 Kg) 9,80m
barreiras 10,04 (1,06) 10,24 (0,76) 12,50m (5Kg) 10,70m (3 Kg)
9,24 (0,91) 16,54 (100B)
16,24 (110B-1,00) 16,24 (100B-0,76) Heptatlo M 3.800 (Heptatlo) 2.400 (Pentatlo)
16,54 (110B-1,06) Pentatlo F 5.300 (Decatlo) 3.500 (Heptatlo)
15,94 (110B-0,91)

Consideram-se os mínimos de participação obtidos entre 1 de Janeiro do ano anterior e até 6


dias antes da 1ª jornada desta competição.
Cada clube pode apresentar a quantidade de atletas que desejar por disciplina desde que
sejam possuidores dos mínimos de participação.
A classificação colectiva será encontrada através da atribuição de pontos aos 8 primeiros
classificados de cada prova, independentemente do número de atletas que o clube apresente
nesta competição e independentemente do número de atletas que classifique entre os 8
primeiros de cada prova.

ANEXO 2
Campeonato Nacional de Juvenis
O Campeonato Nacional de Juvenis, embora venha tendo um grande sucesso de
participação nos anos mais recentes deve ser alvo de algumas medidas para o tornar ainda
mais participado e universal.

Com algumas medidas que se preconizam pretende-se torná-lo mais acessível em áreas
mais difíceis. Assim, dificultam-se as marcas de acesso em 4 disciplinas:
3.000m femininos De 11.30,00 para 11.10,00

36
P E N A J - Plano Estratégico Nacional para o Atletismo Jovem
FEDERAÇÃO PORTUGUESA DE ATLETISMO

2.000m Obstáculos Fem. De s/m para 8.30,00


100m Barreiras Fem. De 16,94 para 16,74
Triplo Salto Masculinos De 12,40m para 12,50m

Facilita-se o acesso em 8 disciplinas:


Peso/5 Kg Masculino De 12,80m para 12,30m
Peso/3 Kg Feminino De 11,00m para 10,80m
Martelo/3 Kg Feminino De 39,00m para 38,00m
Disco/1 Kg Feminino De 28,00m para 27,00m
Dardo/600g Feminino De 30,00m para 26,00m
Dardo/700g Masculino De 43,00m para 41,00m
5.000m Marcha Feminino De 30.00,00 para 31.00,00
5.000m Marcha Masculino De 28.00,00 para 29.00,00

Em todas as corridas com eliminatórias, o apuramento para as finais faz-se, em princípio, por
marcas. Também se deve apostar no princípio da elaboração da classificação colectiva sem
um número mínimo de atletas a pontuarem ou a participar.

ANEXO 3
Semana Nacional do Salto em Altura em Sala
A Semana Nacional do Salto em Altura será lançada em 2009. Este pretende ser um Torneio
alargado a todo o território nacional, para ser disputado no período de uma semana (última
de Março), com a 1ª edição a ter como principal incidência o dia 28 de Março de 2009.
Neste período de uma semana deverá existir o maior número possível de Torneios de Salto
em Altura em Sala com a mais diversa participação. Nesta iniciativa devem estar envolvidos
os jovens dos escalões de Infantis, Iniciados, Juvenis e Juniores, sendo elaborado um
Ranking / classificação individual por escalão e duas classificações colectivas com todas as
marcas alcançadas. Estas deverão ser apuradas uma por Clube / escola e outra por
Associação de Atletismo.
Os Torneios a disputar neste período, por iniciativa, dinâmica e eventual patrocínio ou
enquadramento das Associações de Atletismo podem ter a mais diversa participação: ser
disputados a nível de escola, a nível concelhio, a nível de clubes, a nível distrital, etc.
A classificação colectiva de clubes / escolas será realizada através do somatório das marcas
do 1º classificado de cada entidade, em cada escalão no ranking elaborado. A classificação
colectiva por distritos será realizada através do somatório das marcas do 1º classificado de
cada distrito, em cada escalão no ranking elaborado.
Para os melhores classificados devem ser encontradas formas de atribuição de prémios.
Para os melhores Iniciados e Juvenis, juntamente com os seus treinadores / professores
devem ser criadas condições de serem convidados para participarem numa concentração
técnica de um ou dois dias, a realizar a nível distrital ou de zona, sob a responsabilidade dos
Centros de Formação.
As Associações Distritais de Atletismo devem enviar à FPA até ao dia 15 de Março a
calendarização de todos os torneios a disputar nesta semana para se realizar a respectiva
divulgação no site da FPA e, eventualmente, por outras vias.

37
P E N A J - Plano Estratégico Nacional para o Atletismo Jovem
FEDERAÇÃO PORTUGUESA DE ATLETISMO

As classificações serão divulgadas com carácter definitivo até ao dia 25 de Abril, com todos
os resultados recebidos no sector Juvenil da FPA até ao dia 22 de Abril. Resultados
recebidos após essa data não serão considerados para as Classificações Individuais, de
Clube / Escola e de Associações.

ANEXO 4
Torneio Nacional de Atletismo “Olímpico Jovem”

Durante o Ano de 2009 deverá continuar o debate e terminar-se a tempo de em 2.010 ter um
novo modelo para o “Olímpico Jovem”. O processo levado a cabo durante 2008 de recolher
opiniões das Associações de Atletismo não teve o êxito desejado, uma vez os contributos se
situarem quase só na alteração de uma ou outra disciplina.
As mudanças que a Federação entende deverem ser introduzidas no Torneio, suportam-se
na verificação de diversas realidades:

• A universalidade do atletismo juvenil ainda não existe, havendo muitas disciplinas


sem praticantes nalgumas regiões ou distritos.
• O valor médio das marcas nalgumas disciplinas é muito baixo.
• Muitas das competições para jovens, nalgumas Associações, apresentam um
número reduzido de participantes.
• O modelo actual do “Olímpico Jovem” não responde, na totalidade, aos desafios
do desenvolvimento.
Partindo dos elementos recolhidos por Inquérito, pretende-se avançar para uma base de
discussão sobre o Torneio “Olímpico Jovem”, a ter lugar no seio das Associações e dos
Agrupamentos, de forma a encontrarmos um modelo que sirva melhor os interesses do
desenvolvimento do atletismo.

ANEXO 5
Olímpico Jovem Regional (Agrupamentos)
O Torneio Olímpico Jovem Regional, insere-se dentro da convicção que os Agrupamentos de
Associações deverão continuar a lutar por um melhor atletismo regional. Dentro desta
preocupação, devem organizar um quadro competitivo intermédio para um vasto lote de
atletas, devendo, ao mesmo tempo, contribuir para o fortalecimento organizativo regional.

Além de outras actividades planeadas no seio de cada Agrupamento, para outros escalões
etários, e às quais foi feita referência em capítulo próprio, assumem particular importância as
organizadas na área do atletismo jovem e, de entre estas, assume relevo o Olímpico Jovem
de Infantis e Iniciados.

A FPA propõe que esta Competição seja disputada numa só jornada, em Pista a definir pelas
Associações de cada Agrupamento, sendo a participação em cada disciplina definida pelas
mesmas, sugerindo a FPA que este Torneio se realize por clubes e não por selecções
distritais. As disciplinas propostas são as seguintes:
INFANTIS: 60m, 60m Barreiras, 600 metros ou 1.000 metros, Peso, Comprimento.

38
P E N A J - Plano Estratégico Nacional para o Atletismo Jovem
FEDERAÇÃO PORTUGUESA DE ATLETISMO

INICIADOS: 80m, 800 metros, 80mB/100m Barreiras, Altura, Comprimento, Dardo, Disco.
No entanto, a realização do Torneio e as disciplinas a adoptar ficarão ao critério das
Associações de cada Agrupamento

ANEXO 6
Campanha “Viva o Atletismo”
A Campanha “Viva o Atletismo” deverá sofrer no inicio do Ciclo 2009 – 2012, uma
reformulação, que leve a uma maior participação nas iniciativas de âmbito distrital e a uma
participação mais equilibrada nas competições de âmbito regional e nacional. Neste sentido
serão introduzidas entre 2009 e 2011 novas iniciativas na Campanha e serão realizadas
algumas alterações em algumas das que se manterão.

Como primeira medida preconiza-se que as finais nacionais das competições inter selecções
se deverão destinar unicamente a atletas Iniciados e Juvenis,

Nas Competições da Campanha disputadas ao nível dos Agrupamentos os escalões


envolvidos deverão ser os Infantis, Iniciados e Juvenis, com particular atenção e preferência
por estes dois últimos.

O Triatlo Técnico Nacional deverá destinar-se a 6 atletas por Associação, sendo 1 Juvenil (60
m Barreiras, Altura e Peso) e 2 Iniciados (Triatlo 1: 60m Barreiras, Peso e Comprimento e
Triatlo Opcional: 60m Barreiras, 60 metros, Peso, Altura e Comprimento, das quais cada
atleta elegerá 3 disciplinas), tanto em masculinos como em femininos. Admite-se, em
alternativa que no futuro, este Torneio se destine a dois Iniciados por Associação e género,
realizando-se o Torneio juntamente com um Campeonato Nacional de Juvenis de Provas
Combinadas em Pista Coberta.

por sua vez, o Quilómetro Nacional Jovem deverá destinar-se a 6 atletas por Associação,
sendo 1 Iniciado 2 Juvenis, de cada género. Juntamente com o Quilómetro Nacional Jovem
inter Associações, deverá ainda disputar-se um Quilómetro Nacional aberto à participação
dos clubes, através da admissão de atletas não seleccionados para as representações das
Associações.

Do Torneio “Atleta Completo” desaparece a final nacional, passando o Torneio a disputar-se


na vertente de Final Regional (ao nível de Agrupamentos) com o Programa actualmente
existente (ver anexo 7). Poderá em alternativa (no futuro – opção em estudo!) continuar a
disputar-se o Torneio “Atleta Completo” a Nível Nacional, exclusivamente para atletas
Iniciados a realizar juntamente com o Campeonato Nacional de Juvenis de Provas
Combinadas.

As restantes alterações à Campanha “Viva o Atletismo” encontram-se discriminadas em


diversos anexos deste PENAJ.

ANEXO 7
Torneio “Atleta Completo”
O Torneio “Atleta Completo” passará a disputar-se em fases distritais e numa fase
(facultativa) ao nível de Agrupamentos de Associações constituídos, ou de Associações que

39
P E N A J - Plano Estratégico Nacional para o Atletismo Jovem
FEDERAÇÃO PORTUGUESA DE ATLETISMO

entendam agrupar-se para este fim, desaparecendo a final nacional. A final nacional
desaparece por se verificar não existir uma transferência directa dos melhores atletas deste
Torneio para o Campeonato Nacional de provas Combinadas de Juvenis, ou para uma
carreira nas Provas Combinadas

Manter-se-á, no entanto, a Classificação Nacional de Clubes, encontrada através do


somatório dos pontos do melhor classificado de cada clube / escola em cada escalão, com
resultados a obter na final distrital. Esta classificação será tomada em consideração no
Projecto Clube de Formação de Jovens, onde se encontra referenciada nos pontos 4 e 7.6.1.

O Torneio disputado ao nível dos Agrupamentos destina-se a selecções distritais das


Associações, integrando atletas Infantis, Iniciados e Juvenis de cada género e terá a seguinte
estrutura técnica:
Infantis Masculinos
PENTATLO: 60 metros, Comprimento + 60m Barreiras, Peso (3 Kg), 1.000 metros.

Iniciados Masculinos
HEPTATLO: 80m, Comprimento, Dardo (600g) + 100m Barreiras, Peso (4 Kg), Altura, 1.000m.

Juvenis Masculinos
OCTATLO: 100m, Comprimento, Peso (5Kg), 300m.+ 110m Barreiras, Altura, Dardo (700 g), 1.000m.

Infantis Femininos
PENTATLO: 60 metros, Peso (2 Kg) + 60m Barreiras, Comprimento, 1.000 metros.

Iniciados Femininos
HEPTATLO: 80m Barreiras, Dardo (500g), Altura + 80m, Comprimento, Peso (3 Kg), 800m.

Juvenis Femininos
HEPTATLO: 100m Barreiras, Altura, Peso (3 Kg), 200m + Comprimento, Dardo (600g), 800m.

A Federação Portuguesa de Atletismo considerará esta realização, nos encargos com os


Agrupamentos, nomeadamente naqueles onde a competição não era habitual.

ANEXO 8
Encontro Nacional do Atletismo Juvenil (ENAJ)
Iniciativa do âmbito da Formação a realizar em 2010 e 2012, por iniciativa do próprio sector
Juvenil e do sector de Formação.

Este Encontro deve conter 3 Blocos:


1 – A realidade e perspectivas de evolução
2 – Intercâmbio de experiências
3 – A intervenção junto dos jovens
- A perspectiva técnica do Clube
- A perspectiva técnica da Escola
- A perspectiva dos dirigentes
- A perspectiva dos pais

40
P E N A J - Plano Estratégico Nacional para o Atletismo Jovem
FEDERAÇÃO PORTUGUESA DE ATLETISMO

Para estes Encontros Nacionais devem ser encontradas datas que não colidam com outras
iniciativas, devendo estas acções ser prioritárias no contexto de eventuais marcações de
diversas iniciativas.

Deverá existir uma grande preocupação no êxito destes Encontros, devendo ser procurados
prelectores e comunicações de acordo com os interesses da Federação para esta área do
atletismo e serem encontrados locais de realização atractivos e de fácil acesso, contando-se
para o efeito com a colaboração das Associações.

ANEXO 9
Dia Nacional do Atletismo Jovem “António Vilela”
O “Dia Nacional do Atletismo Jovem – António Vilela” pretende ser uma iniciativa a
desenvolver por todo o país, constituído por um conjunto diverso de actividades, que se
tornem como um importante meio de promoção do atletismo junto dos jovens com menos de
17 anos.

Devendo nesta iniciativa ser envolvida a comunidade atlética regional e a comunidade


escolar, deverá realizar-se neste dia um conjunto alargado e diversificado de eventos, que
chame a atenção para a prática do atletismo. Os eventos a realizar poderão conter: provas
de atletismo, actividades de demonstração, colóquios, seminários, conferências, stands,
concursos de fotografia, etc.

ANEXO 10
Meeting Juvenil de Portugal
Este Meeting destina-se exclusivamente a atletas Juvenis, para preencher uma lacuna de
calendário pós Campeonato Nacional de Juvenis.
O Meeting terá a 1ª edição em 2010 e a organização deve ser entregue anualmente a uma
Associação de Atletismo, que garantirá toda a organização.
A Federação contribui com uma comparticipação que garanta parte substancial dos encargos
e a Associação organizadora responsabiliza-se pelos restantes encargos e eventuais
receitas.
Este Meeting disputa-se no fim-de-semana (sábado) anterior ao Campeonato de Portugal,
sendo o Programa de Provas o seguinte:
Masculinos:
100m, 200m, 800m, 1500m, 110m Barreiras, 300m Barreiras e 5.000m marcha
Altura, Comprimento, Peso, Dardo.
Femininos:
100m, 200m, 800m, 1500m, 100m Barreiras, 300m Barreiras e 5.000m marcha
Altura, Comprimento, Peso, Disco.
No Meeting Juvenil de Portugal admitem-se unicamente atletas do escalão de Juvenis,
podendo cada um participar no máximo de duas provas. Nos concursos admite-se o máximo
de 10 atletas por disciplina e as corridas admitem o máximo de 16 atletas, com excepção dos
1.500 metros que apenas admitirá 14.

41
P E N A J - Plano Estratégico Nacional para o Atletismo Jovem
FEDERAÇÃO PORTUGUESA DE ATLETISMO

ANEXO 11
Taça Nacional de Juvenis de Pista Coberta
Organização de um Torneio de Pista Coberta de participação por Clubes destinado a atletas
Juvenis (exclusivamente), visando criar um momento de competição específico para este
escalão. Nesta Taça cada Clube pode participar com um atleta por prova nos concursos e
dois nas corridas, e ainda uma equipa de 4 x 200m. Cada atleta pode realizar duas provas,
contabilizando-se nesta contagem as estafetas.
Esta Taça deve ser disputada a fechar a época de Inverno e será introduzida em 2011. O
Programa contemplará as seguintes disciplinas:
MASC: 60m, 300m, 1.500m, 60m Barreiras, 4x200m, Altura, Comprimento, Peso
FEM: 60m, 300m, 1.500m, 60m Barreiras, 4x200m, Vara, Comprimento, Peso
Trata-se de uma competição de disputa Inter Clubes, havendo classificação individual e
colectiva, sendo os Prémios para esta Taça decididos oportunamente.

ANEXO 12
Encontro Nacional de Iniciados
Com carácter experimental deve ser introduzida uma Competição de Pista, específica para
atletas Iniciados, e denominada “Encontro Nacional de Iniciados”, que terá unicamente
componente colectiva, em ambos os géneros.
O programa do Encontro será curto e só será possível a participação e classificação de
Clubes que apresentem equipas de 4 a 8 elementos. Cada atleta terá de participar em duas
provas. Cada clube apenas poderá apresentar 2 atletas por prova e duas equipas na
estafeta. As pontuações para a classificação colectiva dependem do nº de clubes
participantes 8x2)
Se o número de participantes o justificar o Encontro poderá ter lugar em dois locais distintos
a Norte / Centro e ao Sul / Centro, realizando-se uma única classificação colectiva com as
marcas obtidas nos dois locais. Este Encontro será introduzido em 2011, devendo o
Programa contemplar as seguintes disciplinas:
MASC: 80m, 250m, 1.000m, 100m Barreiras, Altura, Comprimento, Disco, Peso, 4x80
FEM: 80m, 250m, 1.000m, 80m Barreiras, Altura, Comprimento, Disco, Peso, 4x80.

ANEXO 13
Torneio Nacional “Escolas de Atletismo”
Justifica-se, introduzir neste ciclo, um Torneio / Festa Convívio Nacional por equipas
destinado a atletas Infantis e Benjamins, com um Programa sustentado no “Kids Athletics” e
idêntico ao já realizado por algumas Associações.
Este Torneio deverá ter lugar em recinto coberto e ser realizado durante o mês de Abril.
Deverá anualmente ser assumido por uma Associação de Atletismo, ou mesmo por um
Clube, sendo a participação efectuada a nível de Clube ou Escola.
Compete ao sector Juvenil da FPA dinamizar este processo, juntamente com o organizador.

42
P E N A J - Plano Estratégico Nacional para o Atletismo Jovem
FEDERAÇÃO PORTUGUESA DE ATLETISMO

ANEXO 14
Projecto Clube de Formação de Jovens
Os Clubes desportivos desempenham um papel importante quando conseguem proporcionar
experiências desportivas de qualidade às crianças e aos jovens que a eles se ligam. Sabe-se
de diversos estudos realizados em diversos países que os atletas de top identificam a
comunidade local e o clube de origem como o segundo elemento mais importante que
influencia as suas carreiras, depois da família.

Outros estudos referem igualmente para além das qualidades do próprio praticante a
importância determinante das experiências associadas aos clubes desportivos e aos campos
de férias. Estes representam os factores mais significativos nas etapas iniciais e médias do
desenvolvimento do talento na juventude.

Os estudos mostram igualmente a existência de um efeito positivo quando se verifica uma


ligação mais ou menos duradoura ao “clube de nascimento”. Segundo as conclusões destes
estudos quando os atletas crescem em comunidades de dimensão pequena, parecem ter
maiores probabilidades de se tornarem praticantes desportivos de maior qualidade e de
terem carreiras mais longas.

O desporto em geral e o atletismo, em particular, fornecem uma excelente via através da qual
as crianças podem desenvolver a sua capacidade física, as habilidades específicas das
modalidades desportivas, a condição física, nomeadamente o desempenho cardiovascular, o
fortalecimento do sistema neuro muscular, a redução do stress e da ansiedade, o aumento
da auto estima, a diminuição do risco de doenças crónicas, a obesidade, etc.

A prática desportiva desempenha também um papel decisivo no desenvolvimento


harmonioso e global da criança e dos jovens do ponto de vista físico, pessoal, social e
emocional.

Neste contexto, os clubes desportivos assumem uma função decisiva na possibilidade de


proporcionarem um tal conjunto de experiências positivas aos jovens que aderem à prática
desportiva que estes lhes oferecem. Uma boa parte dos Clubes está em condições de
garantir que os seus praticantes sejam trabalhados, em contexto desportivo pluridisciplinar,
em seis capacidades principais. Referimo-nos às capacidades técnica, táctica, física, mental,
pessoal e de estilo de vida saudável.

O Projecto Clube de Formação de Jovens, que se apresenta, insere-se dentro destes


princípios e ainda na ideia geral de que um Clube pode e deve ser “Escola de Atletismo”. A
prática, em Portugal, demonstra esta evidência nos anos mais recentes, pelo que podem ser
facilmente sinalizados vários clubes que preenchem estes requisitos e, a quem deve, ser
reconhecida tal qualidade.

Debaixo do patrocínio da Federação Portuguesa de Atletismo importa criar um Projecto que


seja inovador e que sinalize e identifique esta realidade de suporte a um associativismo com
uma base qualitativa ao nível da prática que é necessário reconhecer.

O presente Projecto pretende seleccionar e distinguir, numa base diversificada, mas muito
objectiva, os Clubes que em Portugal, durante cada um dos anos, melhor enquadramento
realizem da prática do atletismo juvenil.

43
P E N A J - Plano Estratégico Nacional para o Atletismo Jovem
FEDERAÇÃO PORTUGUESA DE ATLETISMO

1. Conceitos de suporte

O conceito “Escola de Atletismo” assenta em pressupostos e ideias que importa referir ou


relembrar e, que a prazo, serão decisivos para uma prática de maior qualidade nos escalões
seguintes de juniores, a sub-23 e seniores. Estas ideias e conceitos encontram-se
sistematizados a seguir.

• O lugar do atletismo na vida das crianças e jovens tem de ser assegurado através da
prática devidamente enquadrada;
• As prioridades da sessão de treino de jovens devem ser identificadas e praticadas;
• Sucesso no treino e na vida conseguem-se com uma boa formação;
• O espírito desportivo tem de estar sempre presente em todos os momentos;
• As responsabilidades de um treinador de um Clube, ou seja de um Treinador de
Jovens devem ser assumidas por ele e pelo respectivo clube;
• O exemplo do treinador é decisivo;
• A importância da correcção no ensino da técnica é fundamental para o futuro;
• A atitude perante o aparecimento de um talento tem de ser responsável e partilhada;
• As competências psicológicas a serem desenvolvidas, são-no desde muito cedo;
• Planear a carreira dos jovens deve ser uma preocupação prioritária;
• A melhoria das competências dos jovens praticantes passa pela qualidade da
intervenção do clube e dos seus agentes;
• O Planeamento a longo prazo é para levar a sério;
• Visar a autonomia dos jovens também é um objectivo do treino;
• Cultivar a confiança dos jovens é tarefa de todos;
• Para alguns praticantes, a primeira etapa de uma carreira no atletismo começa muito
cedo;
• Competição, ansiedade e confiança moldam-se e potenciam-se;
• As Escolas de Atletismo são reconhecidamente um caminho de aprendizagem
desportiva.

2. Princípios e Objectivos do Projecto

• Criar um conceito de apoio a Clubes que enquadram atletas jovens;


• Premiar a dedicação e a aposta na formação;
• Proporcionar maiores estímulos aos Clubes que ano após ano, apresentam
resultados de qualidade no enquadramento realizado;
• Fomentar a formação dos agentes no sentido da melhoria do enquadramento;
• Minorar as carências dos Clubes ao nível do apetrechamento;
• Reconhecer o mérito na formação de atletas;
• Canalizar (a médio prazo) verbas para assegurar uma gratificação a equipas técnicas
de enquadramento de jovens atletas nos clubes.

44
P E N A J - Plano Estratégico Nacional para o Atletismo Jovem
FEDERAÇÃO PORTUGUESA DE ATLETISMO

3. Responsabilidade do Projecto

A responsabilidade do Projecto é da Federação Portuguesa de Atletismo, debaixo da


supervisão da Direcção Técnica Nacional, nomeadamente do Departamento de
Desenvolvimento.

4. Desenvolvimento do Projecto

• Os clubes serão pontuados por um conjunto de factores.


• Os factores, com valorizações diversas, serão os seguintes: Atletas filiados de
Benjamins a Juvenis, Classificações no Campeonato Nacional de Juvenis (Corta
Mato, Marcha em estrada e Pista), Posições no ranking Nacional de Infantis a
Juvenis, Classificações Nacionais de Clubes no Atleta Completo, Triatlo Técnico,
Salto Altura em Sala e Quilómetro Jovem.
• Os Clubes pontuados serão ordenados pelo total de pontos do maior para o
menor.

5. Calendário

¨ Até 30/09/2008 - Concepção do Projecto


¨ 01/10/2008 a 20/10/2008 – Apreciação interna do Projecto
¨ 21/10/2008 a 30/10/2008 – Decisão acerca da Aprovação do Projecto
¨ 01/11/2008 a 15/11/2008 – Divulgação externa do Projecto
¨ 01 a 15/10/2009 e anos seguintes – Apuramento das Pontuações
¨ 16/10 de cada ano – Divulgação das classificações provisórias
¨ 17 a 27/10 de cada ano – Período de reclamações e correcções
¨ até 29/10 de cada ano – Divulgação das classificações oficiais
¨ até 15/11 de cada ano – Entrega dos prémios

6. Prémios para a classificação

Os Prémios a atribuir aos Clubes classificados no Projecto Clube de Formação de Jovens


serão 10.000,00 (dez mil) euros em dinheiro e 3 Kits de material Kids Athletics a):
1º - Kit de material + 2.000,00 Euros
2º - Kit de material + 1.500,00 Euros
3º - Kit de material + 1.100,00 Euros
4º - 1.000,00 Euros
5º - 900,00 Euros
6º - 800,00 Euros
7º - 750,00 Euros
8º - 700,00 Euros
9º - 650,00 Euros
10º - 600,00 Euros
a) Verbas para 2009, conseguidas pelo Programa do IDP “Projectos Inovadores …”. Se
possível, esta verba deve ser aumentada em anos seguintes.

7. Pontuações a atribuir em cada um dos factores

Cumulativamente atribuir-se-ão a cada Clube os pontos obtidos pelos seus atletas em cada
uma das alíneas seguintes:

45
P E N A J - Plano Estratégico Nacional para o Atletismo Jovem
FEDERAÇÃO PORTUGUESA DE ATLETISMO

7.1 – ATLETAS FILIADOS


ATLETAS PONTOS
7.1.1 Por cada atleta Benjamim filiado 0,5
7.1.2 Por cada atleta Infantil filiado 1
7.1.3 Por cada atleta Iniciado filiado 1,5
7.14 Por cada atleta Juvenil filiado 2

7.2 – CLASSIFICAÇÃO NO CAMPEONATO NACIONAL JUVENIS CORTA - MATO


7.2.1. Classificação individual 7.2.2. Classificação colectiva
LUGAR NA PROVA PONTOS LUGAR NA PROVA PONTOS
1º 16 1º 20
2º a 5º 11 2º - 3º 15
6º a 10º 7 4º - 5º 10
11º a 17º 4 6º - 7º - 8º 6
18º a 26º 2 ≥ 9º 3
27º a 40º 1

7.3 – CLASSIFICAÇÃO NO CAMPEONATO NACIONAL JUVENIS MARCHA ESTRADA


7.3.1. Classificação individual
LUGAR NA PROVA PONTOS
1º 10
2º - 3º 7
4º - 5º 5
6º - 7º 3
8º - 9º 2
10º a 15º 1

7.4 – CLASSIFICAÇÃO NO CAMPEONATO NACIONAL DE JUVENIS - PISTA


7.4.1. Classificação individual 7.4.2. Classificação colectiva
LUGAR NA PROVA PONTOS LUGAR NA PROVA PONTOS
1º 10 1º 20
2º - 3º 7 2º - 3º 17
4º - 5º 5 4º - 5º 12
6º - 7º - 8º 3 6º - 7º - 8º 6
9º - 10º 2 9º - 10º - 11º 4
11º - 12º 1 12º a 15º 2

7.4.3. Consideram-se todas as provas do Campeonato Nacional Juvenis de Pista e


ainda a classificação final do Campeonato Nacional Juvenis P. Combinadas.
7.4.4. Por cada atleta participante no Campeonato Nacional de Provas Combinadas
e Juvenis de Pista o respectivo Clube capitaliza 1 ponto.

7.5 – RANKING NACIONAL A 31 de JULHO


7.5.1. Ranking Nacional de Infantis
LUGAR NO RANKING PONTOS
1º 5
2º 4
3º 3
4º - 5º - 6º 2

46
P E N A J - Plano Estratégico Nacional para o Atletismo Jovem
FEDERAÇÃO PORTUGUESA DE ATLETISMO

7º - 8º - 9º - 10º 1

7.5.2. Ranking Nacional de Iniciados


LUGAR NO RANKING PONTOS
1º 7
2º 6
3º 5
4º - 5º - 6º 3
7º - 8º - 9 – 10º 1

7.5.3. Ranking Nacional de Juvenis


LUGAR NO RANKING PONTOS
1º 12
2º 10
3º 8
4º 6
5º 4
6º - 7º 3
8º - 9º - 10º 1

7.5.4. Consideram-se as provas básicas do Programa de cada um dos escalões.

7.6 – CLASSIFICAÇÃO NACIONAL DE CLUBES


7.6.1. Atleta Completo
LUGAR NA CLASSIFICAÇÃO PONTOS
1º 20
2º 18
3º 16
4º - 5º - 6º 14
7º a 10º 12
11º a 15º 10
16º a 22º 8
23º a 31º 6
32º a 40º 4
41º a 50º 2

7.6.2. Triatlo Técnico


LUGAR NA CLASSIFICAÇÃO PONTOS
1º 20
2º 18
3º 16
4º - 5º - 6º 14
7º a 10º 12
11º a 15º 10
16º a 22º 8
23º a 31º 6
32º a 40º 4
41º a 50º 2

47
P E N A J - Plano Estratégico Nacional para o Atletismo Jovem
FEDERAÇÃO PORTUGUESA DE ATLETISMO

7.6.3. Salto Altura em Sala


LUGAR NA CLASSIFICAÇÃO PONTOS
1º 20
2º 18
3º 16
4º - 5º - 6º - 10º 14
11º a 18º 12
19º a 26º 10
27º a 34º 8
35º a 42º 5
43º a 50º 2

7.6.4. Quilómetro Jovem


LUGAR NA CLASSIFICAÇÃO PONTOS
1º 20
2º 18
3º 16
4º - 5º - 6º - 10º 14
11º a 18º 12
19º a 26º 10
27º a 34º 8
35º a 42º 5
43º a 50º 2

ANEXO 15
Projecto Clube Portugal Jovem
O Clube Portugal Jovem, deve ser entendido como um processo de reconhecimento a clubes
merecedores de um Certificado de Mérito pelo seu trabalho nos escalões jovens e a jovens
atletas como forma de apoio e supervisão técnica de acompanhamento das suas carreiras. A
estes e respectivos treinadores será igualmente atribuído um Certificado de Mérito.

O Clube Portugal Jovem (CPJ) será um instrumento da Federação Portuguesa de Atletismo


de classificação de referência e de divulgação de atletas jovens que em cada ano se venham
revelando pelo valor das suas marcas e como tal devem começar a ser enquadrados em
actividades dos Centros de Formação ou nos Estágios Nacionais de Juvenis, se for o caso e
mesmo de sector, quando justificável. Por outro lado, define um conjunto de atletas que
devem motivar uma maior atenção de acompanhamento por parte dos respectivos sectores.

O Clube Portugal Jovem abrange os melhores atletas juvenis de 1º ou 2º ano


independentemente da disciplina. A admissão dos atletas ao Clube processa-se de acordo
com a tabela de “Mínimos de Acesso - quadro de referência” e abrange todos os atletas
(juvenis) que tenham obtido as marcas na época imediatamente anterior. As marcas
consideradas são as que constam do Ranking Nacional de Juvenis da época anterior, ou seja
em 31 de Julho. No entanto, se algum atleta durante a época de Inverno, até 30 de Março
obtiver as marcas da Tabela entrará no Clube a partir desse momento, permanecendo nele
até 31 de Julho.

48
P E N A J - Plano Estratégico Nacional para o Atletismo Jovem
FEDERAÇÃO PORTUGUESA DE ATLETISMO

A composição do CPJ será divulgada num único momento – durante o mês de Setembro de
cada ano. Assim, os atletas estarão integrados no Clube durante 10 meses (01 de Outubro
de cada ano até 31 de Julho do ano seguinte).

Ao contrário do passado, considera-se apenas um nível Nacional, estando o ingresso neste


nível sujeito ao cumprimento de “Mínimos de Acesso”. Também não haverá, como acontecia
no passado, admissão dos atletas melhor classificados em cada prova, caso os mínimos não
tivessem sido atingidos.

A responsabilidade da actualização do Ranking Nacional de Juvenis é do coordenador da


Estatística Jovem da Federação Portuguesa de Atletismo, debaixo da supervisão do técnico
nacional do sector juvenil, cabendo igualmente a este a responsabilidade da tabela de
referência (mínimos de acesso), do registo e respectiva divulgação.

Assim, o Clube Portugal Jovem distinguirá os melhores atletas juvenis nas diversas
disciplinas do programa oficial de provas de Juvenis. O Clube Portugal Jovem deve constituir
um estímulo para os responsáveis técnicos dos clubes e dos praticantes e um incentivo para
os atletas abrangidos, através da oportunidade de serem mencionados numa avaliação
realizada a nível nacional, possibilitando-lhes uma maior visibilidade sobre a sua prática e
concedendo-lhes a possibilidade de participação em acções de valorização técnica.

Representa a porta de entrada para uma avaliação mais rigorosa das suas aptidões e para
um acompanhamento mais adequado da sua formação. Durante o decorrer de cada época
serão atribuídos prémios e certificados aos atletas, treinadores e instituições (clubes ou
escolas) que façam parte do Clube Portugal Jovem em cada ano.

Com o Clube Portugal Jovem pretende-se que sejam alcançados os seguintes objectivos:
1. Integrar num “Clube” que progressivamente alargará a sua missão, os melhores
praticantes de ambos os sexos do escalão de juvenis, que revelem qualidades
especiais para a prática do Atletismo;
2. Criar um verdadeiro espírito desportivo entre os participantes no CPJ, contribuindo
para a formação sócio - desportiva dos jovens praticantes;
3. Proporcionar oportunidades de aperfeiçoar as suas qualidades desportivas em
concordância com a melhoria de intervenção dos treinadores e professores.

No âmbito deste Projecto as actividades a desenvolver serão o conhecimento e divulgação


das listas dos atletas que cumpriram os “Mínimos de Acesso” ao CPJ, a convocatória para os
Estágios Nacionais de Juvenis que vierem a ter lugar e outras acções ou tarefas
consideradas relevantes para a promoção deste Clube.

As oportunidades concedidas aos atletas que em cada ano representam o melhor nível do
Atletismo Nacional Juvenil serão os potenciais representantes em competições internacionais
e constituirão o suporte para a renovação da selecção nacional sénior. A progressão nas
carreiras destes atletas e de outros que venham a revelar qualidades excepcionais para a
prática do Atletismo, necessitará e estará dependente da coordenação de acções dos
diversos sectores da FPA e da Direcção Técnica Nacional.

Para os atletas deste Clube deverão ser realizados anualmente dois Estágios Nacionais de
Juvenis, sendo um deles preferencialmente nos meses de Novembro ou Dezembro e o outro

49
P E N A J - Plano Estratégico Nacional para o Atletismo Jovem
FEDERAÇÃO PORTUGUESA DE ATLETISMO

nas Férias Escolares do Carnaval ou Páscoa. Excepcionalmente poderão ser encontrados


outros momentos para a realização dos Estágios.

Embora não pertencendo ao Clube Portugal Jovem, poderão participar em actividades do


Clube, por proposta dos Treinadores Nacionais de Sector, outros atletas em evolução regular
e consistente e com um nível de marcas próximo das indicadas no quadro de referência.
Estas propostas serão apreciadas pelo Director Técnico Nacional, Técnico Nacional do
Sector Juvenil e técnico do sector de cada atleta proposto.

Tabela de “Mínimos de Acesso - quadro de referência”

PROVA MASCULINO FEMININO


100 metros 11,10 12,60
200 metros 22,80 26,00
300 metros 36,40 41,90
400 metros 50,70 59,00
800 metros 1.55,90 2.15,80
1.000 metros 2.35,00 2.59,00
1.500 metros 3.59,90 4.40,00
3.000 metros 8.48,30 10.20,0
2.000 m Obstáculos 6.16,40 7.20,10
110 / 100 m Barreiras 14,60 15,10
300 m Barreiras 40,15 46,30
400 m Barreiras 57,10 67,80
Salto em Altura 1,96m 1,67m
Salto com Vara 4,20m 3,20m
Salto em Comprimento 6,90m 5,50m
Triplo Salto 14,10m 11,80m
Lançamento do Peso 15,00m 13,75m
Lançamento do Disco 45,00m 38,00m
Lançamento do Martelo 54,00m 51,50m
Lançamento do Dardo 51,00m 36,00m
5.000 metros Marcha 25.00,00 27.00,00
Octatlo – Heptatlo 5.106 p 4.017 p

50
P E N A J - Plano Estratégico Nacional para o Atletismo Jovem

Você também pode gostar