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UNIVERSIDADE ANHANGUERA

BACHAREL EM EDUCAÇÃO FÍSICA


LUCAS LOUIS DOS REIS

RELATÓRIO DO ESTÁGIO CURRICULAR OBRIGATÓRIO EM


BACHAREL EM EDUCAÇÃO FÍSICA

Santo André – SP
2020
LUCAS LOUIS DOS REIS

RELATÓRIO DO ESTÁGIO CURRICULAR OBRIGATÓRIO EM


BACHAREL EM EDUCAÇÃO FÍSICA

Relatório de Estágio apresentado ao Curso de Educação


Física da IES Universidade Anhanguera, para a
disciplina de Estágio Curricular Obrigatório em Estágio
Curricular I: Iniciação e Treinamento Desportivo
Coordenador de Curso: Patrícia Improta

Santo André - SP
2020
SUMÁRIO

1 INTRODUÇÃO...........................................................................................................4
2 ATIVIDADE A – Maturação e Desempenho ..........................................................6
3 ATIVIDADE B – Especialização Esportiva Precoce..............................................7
4 ATIVIDADE C – Método Tradicional ou Tecnicismo............................................8
5 ATIVIDADE D – O Ensino a partir de jogos.........................................................11
6 ATIVIDADE E – Treinamento das capacidades motoras...................................12
7 ATIVIDADE F – Os avanços científicos e tecnológicos do Treinamento
Desportivo..................................................................................................................14
8 DISCUSSÕES..........................................................................................................18
9 CONSIDERAÇÕES FINAIS.....................................................................................19
REFERÊNCIAS...........................................................................................................20
1 INTRODUÇÃO

O presente plano de trabalho “Estágio em Iniciação e Treinamento


Desportivo” é uma reformulação devido à Pandemia COVID-19 e tem como objetivo
a realização de seis atividades separadas em estudos de caso. Dentro desse
contexto serão abordados seis tópicos diferentes, avaliando situações do cotidiano
em diferentes ambientes.
O primeiro será em Maturação e Desempenho, em que será organizada a
prática desportiva para que todos os alunos do time de futsal de uma escola
participem de um evento municipal que reúne escolas da região. Com isso será
também abordada a avaliação do nível de maturação dos alunos, utilizando métodos
e suas características e sua associação ao desempenho esportivo.
O segundo será em Especialização Esportiva Precoce, em que um
adolescente de 14 anos e 6 meses de prática entra em uma equipe de atletismo com
3 atletas de nível internacional e pelo menos 10 anos de treinamento. O garoto de
14 anos realiza o mesmo treino que os demais atletas, e, dada a situação, o objetivo
será explicar ao técnico que esta prescrição de treino não é adequada, citando o
problema em colocar atletas de diferentes faixas etárias e experiências para realizar
as mesmas atividades durante todo o treinamento e os problemas da Especialização
Esportiva Precoce.
O terceiro será em Método Tradicional ou Tecnicismo, onde está sendo
efetuado um estágio em um Clube Esportivo na modalidade futsal, com 2 equipes de
meninos de 10 a 12 anos de idades. O treinador utiliza um método tecnicista,
postura tecnicista, porém é mais na sua postura com os garotos, na forma de cobrar
e ensinar do que um planejamento baseado neste método. Inclusive, foi observado
em três semanas de treino, que este treinador repete muitas atividades, tendo um
repertório pequeno, não planeja as aulas e nem há uma estruturação do ensino.
Diante desta situação, o objetivo será elaborar um texto sobre o método tradicional
de ensino, apontando seus pontos fortes e fracos, para apresentar ao técnico o que
irá fundamentar seu trabalho. Também será apresentado um planejamento de duas
semanas de trabalho com dois encontros semanais, utilizando alguns fundamentos
do futsal através do método tradicional de ensino, voltado ao grupo de ensino:
garotos entre 10 e 12 anos de idade.
O quarto tópico abordado será O ensino a partir de Jogos. Este método de
ensino busca romper o método tecnicista, onde a técnica não é o único e principal
elemento, mas sim o trabalho com elementos táticos e técnicos em situações reais
de jogos, em pequenos jogos. Com isso, iniciou-se o estágio em uma escolinha de
de voleibol que trabalha com a iniciação a partir do Mini Voleibol, com crianças de 7
a 14 anos de idade. O objetivo é descrever as características do método de ensino a
partir de jogos; o que seria o Método Situacional; como aplicar o Método Situacional
no contexto do Mini Voleibol e, por fim, elaborar duas atividades para o ensino do
Mini Voleibol.
O quinto tópico abordado será no Treinamento das capacidades motoras, em
que o objetivo será auxiliar o preparador físico de um clube de futebol local. As
capacidades motoras desenvolvidas serão: Força muscular, velocidade, resistência
coordenação e flexibilidade, indicando quais tipos destas capacidades seriam mais
inerentes ao futebol, considerando o início da temporada.
Por fim, o sexto tópico trabalhará Os avanços científicos e tecnológicos do
Treinamento Desportivo. O objetivo será, principalmente, preparar uma série de
palestras a jovens em fase de iniciação desportiva de um clube desportivo com
diversas modalidades, abordando os seguintes momentos e avanços científicos e
tecnológicos:
- Um marco histórico aconteceu em 1936, durante os Jogos Olímpicos de
Berlim com o norte-americano Jesse Owens.
- O avanço tecnológico na chegada dos atletas em provas de corrida no
atletismo.
- Análise tecnológica de algumas situações que ocorrem em uma partida
no Voleibol e no futebol.
- Avanço científico na análise de concentração de lactato sanguíneo e
frequência cardíaca.
- A utilização do GPS (global positioning system) que é um sistema de
navegação por satélite que também passou a ser utilizado de maneira ampla
no esporte.
2 ATIVIDADE A – Maturação e Desempenho

* Como organizar a prática esportiva para que todos os alunos


participem?
Organizar diversas e distintas atividades em que haja entrosamento entre os
alunos. Como exemplo, tirar times durante os jogos de treino, onde as equipes
sejam mistas e propor outro tipo de treino aos garotos que ficarem de fora, que
trabalhem força, coordenação, equilíbrio e velocidade, fundamentos essenciais no
futsal. Realizando um rodízio para que todos participem de todas as atividades.

* Como você pode avaliar o nível de maturação dos alunos? Descreva um


método e suas características.
Existem diversas maneiras de avaliar o nível de maturação dos alunos, sejam
eles formais (tais como a maturação dental, a maturação esquelética, a maturação
morfológica e a maturação sexual) e informais (como uma corrida de tiro entre os
alunos para testar sua velocidade, alongamento de um determinado músculo para
testar sua flexibilidade e/ou até mesmo a realização de agachamentos com cargas
para testar sua força, dentre outros).
Um método de maturação que pode ser utilizado para avaliar o nível dos
alunos é o método de maturação esquelética, que tem como principal característica
realizar radiografias nas mãos e nos punhos dos atletas, assim sendo possível
comparar a idade cronológica com a idade óssea dos atletas. É um método eficaz,
porém possui preço alto dos equipamentos e exposição à radiação como fatores
negativos.

* Como a maturação está associada ao desempenho esportivo?


Em todas as faixas etárias, os indivíduos em estágios maturacionais mais
avançados apresentam massa corporal e estatura significantemente superiores em
comparação com os mais tardios. Um aspecto a ser considerado nesse sentido é o
fato de que os jovens com maturação física precoce podem ter certa vantagem em
modalidades esportivas que privilegiem um maior tamanho corporal.
Existe uma tendência no sexo masculino, no período inicial de treinamento a
longo prazo, a selecionar indivíduos que apresentem um desenvolvimento físico
precoce em detrimento daqueles com desenvolvimento esperado ou tardio, o que
pode ser um erro, pois, não necessariamente, os indivíduos precoces continuarão
apresentando essa vantagem na idade adulta (B ÖHME , 2000; J ONES , H ITCHEN
& S TRATTON , 2000). Muitas vezes isso ocorre devido à falta de preocupação com
os resultados a longo prazo. São equipes de clubes, por exemplo, cujo objetivo é
obter resultado competitivo apenas nas categorias iniciais.

3 ATIVIDADE B – Especialização Esportiva Precoce

* Como você explicaria esta situação ao técnico?


Que este método adotado pelo técnico pode vir a prejudicar o adolescente de
14 anos, que certamente não irá acompanhar adequadamente os demais atletas de
nível internacional. É necessário propor um isolamento ao adolescente em
determinadas atividades, de acordo com seu nível, para que o mesmo não tenha
frustração.

* Considerando o tópico de Especialização Esportiva Precoce, qual o


problema de colocar atletas de diferentes faixas etárias e experiências para realizar
as mesmas atividades durante todo o treinamento?
Este treinamento pode ser o primeiro passo na vida esportiva de um futuro
atleta. Porém, alguns estudos mostram que se esse percurso for mal orientado, este
primeiro passo poderá ser traumatizante na vida de uma criança ou adolescente
iniciante no esporte, podendo implicar em seu desenvolvimento. O mesmo ocorre
do lado dos atletas adultos de alto rendimento, pois se as atividades não forem
adequadas a estes atletas, poderá ocorrer um certo “atraso” em em seu treinamento
e prejudicar seu desenvolvimento.

* Quais os problemas decorrentes da Especialização Esportiva Precoce?


A especialização esportiva caracteriza-se por cargas de treinos muito
intensos, que promovem rápidos desenvolvimentos da prestação desportiva nas
fases iniciais, mas que levam a um esgotamento prematuro da capacidade de
rendimento, promovendo aquilo que se designa por barreiras de desenvolvimento.
4 ATIVIDADE C – Método Tradicional ou Tecnicismo

a) Elabore um texto sobre o método tradicional de ensino, apontando seus


pontos fortes e fragilidades, para apresentar ao técnico o que irá fundamentar seu
trabalho.
O método tradicional de ensino tem como principal objetivo transmitir
conhecimento, trabalhando com os alunos com base no pressuposto equivocado de
que todos os alunos são iguais. Assim, ouvindo o professor passivamente e
realizando todas as atividades propostas pelo mesmo, aprenderão a lição.
Como pontos fortes, este método visa que o professor deva conhecer as
necessidades do aluno, identificando suas habilidades e competências, mesmo que
de forma geral coletivamente. Acompanha o processo ensino-aprendizagem,
orientando e esclarecendo dúvidas instantaneamente. Permite uma melhor
avaliação do processo cognitivo e atitudinal dos alunos. Por possuir trato direto com
os alunos, permite empatia e a socialização da educação.
Como pontos fracos, o tecnicismo promove o memorismo, a passividade, o
academicismo teórico ao invés de promover a pesquisa elementar e a pesquisa
científica. Este método acostuma o aluno à passividade, dependência e submissão,
ou seja, é imperativo e autoritário.
Com estes conceitos descritos nos parágrafos anteriores, o técnico em suas
aulas práticas, poderá usar da ludicidade para determinadas atividades, porém tem
que atribuir valores e explicar não só brincadeiras em si, mas a finalidade e o
objetivo do conteúdo da aula, fazendo com que todos possam despertar interesse
em cada atividade executada, chegando ao seu convívio social e adaptando-se ao
meio escolar (BRACHT, 2003, p.92-93).
GALLARDO (2005), afirma que o futsal deva ser ensinado de maneira
recreativa e não tecnicista, o professor deverá escolher jogos e brincadeiras que
envolvam a maior parte das habilidades motoras básicas e especificas de acordo
com o fundamento escolhido, além disso, deve escolher atividades recreativas que
favoreçam a cooperação e o trabalho grupal.
É responsabilidade de o professor mudar os padrões de comportamento em
relação aos alunos, deixando de trabalhar com os métodos e técnicas tradicionais
acreditando que o lúdico é eficiente como estratégias do desenvolvimento na sala de
aula.
Convém ressaltar que o educador deve ter cuidado ao desenvolver uma
atividade trabalhando o lúdico, por ser uma tarefa dinâmica, o professor fica na
condição de estimular, conduzir e avaliar o modo como é feita a atividade. Da
mesma forma deve prestar atenção na quantidade de atividade lúdica, pois utilizada
exageradamente acabam tornando-se rotineira e transformando-se numa aula
tradicional.

b) Apresente um planejamento de duas (2) semanas de trabalho, com dois


(2) encontros semanais, pensando seu grupo de alunos: meninos de 10 a 12 anos
de idade: Não esqueça de selecionar alguns fundamentos do futsal e planejar as
atividades a partir do método tradicional de ensino.
Durante estes 4 encontros, serão trabalhados fundamentos básicos do futsal,
não focando somente na técnica, mas trazendo benefícios à saúde das crianças. Por
ser um exercício coletivo, o futsal consegue potencializar o desenvolvimento físico e
social. Nessa fase da vida, o plano de treino deve ser bem estruturado e pensado,
para que a criança fique motivada e não desista do esporte.
No primeiro encontro a proposta é trabalhar os fundamentos domínio, passe e
condução. O time será dividido em duplas e ficarão de frente a uma parede. Um dos
jogadores irá chutar a bola na parede, alternando a força e altura de onde a mesma
será rebatida, assim, o outro jogador deverá dominá-la e devolvê-la, trabalhando
passe e domínio. Após repetirem este exercício por algumas vezes, pequenos times
serão criados em espaços limitados da quadra e os atletas devem tocar a bola um
para o outro em apenas um toque (o famoso toque de primeira). Com o
desenvolvimento da atividade e conforme a habilidade vai sendo aprimorada, o
espaço e o número de jogadores será aumentado até que todos estejam
participando da atividade e vire um jogo. Gradualmente, aumentando o número de
toques na bola.
Depois do jogo, serão formadas duas filas nas laterais das quadras, onde os
jogadores irão conduzir a bola entre cones. A atividade consiste em conduzir a bola
por entre os cones até chegar à coluna que está do outro lado, entregando a bola
para o próximo jogador fazer o caminho inverso. Desta forma, será trabalhada a
condução de bola com os garotos.
No segundo encontro o foco será em chute e cabeceio. Na parte de chute,
será feita uma fila com todos os atletas e um jogador será posicionado na marca do
pênalti. O primeiro atleta da fileira deve fazer um passe para o jogador que estará
posicionado na marca do pênalti, que dominará a bola e devolverá para o colega
realizar um chute a gol, seja de primeira ou com domínio seguido de chute. O atleta
que chutou fica posicionado na marca do pênalti para fazer o domínio para o
próximo colega, e o que estava posicionado ali anteriormente vai para o final da fila.
Essa atividade é interessante, pois mesmo que a finalidade principal seja o chute,
ela trabalha outros dois fundamentos ao mesmo tempo: o passe e o domínio. Como
complemento, pode-se acrescentar cobranças de falta com e sem barreiras e
pênaltis, aprimorando ainda mais a técnica dos garotos.
Para o treino de cabeceio, serão formadas duplas entre os jogadores e
determinado que eles troquem passes de cabeça, sem deixar a bola cair ao chão.
Para estimular os atletas, haverá competições entre as duplas para ver qual jogador
deixa a bola cair por último. Ao final, serão realizados cruzamentos das laterais da
quadra para a área, onde serão válidos somente gols de cabeça.
No terceiro encontro os fundamentos a serem trabalhados serão marcação e
drible. Nessa atividade, o time será dividido em pequenos grupos, que podem variar
de quatro a seis jogadores. Em um espaço pequeno, metade do grupo irá marcar e a
outra metade defender. Para marcar ponto, o time precisa ficar com a posse da bola
durante um minuto. Quando a equipe perde a bola, zera o cronômetro e o outro time
passa a atacar. A atividade ocorrerá até os 50 minutos finais do treino, onde a
equipe que marcou mais pontos vence. Em seguida terão 10 minutos de descanso
para em seguida jogarem uma partida de 2 tempos de 20 minutos cada.
No quarto e último encontro, finalmente o treinamento tático será realizado,
porém de forma leve, embora siga o modelo tradicional, para não entediar as
crianças, com mais prática e menos teoria. Entre 10 e 12 anos, os garotos já
definiram quais posições preferem jogar e provavelmente desenvolveram
habilidades que os coloquem como destaque em determinada posição. Serão
realizadas partidas com foco em táticas defensivas e ofensivas baseadas nas
atividades desenvolvidas nos encontros anteriores, com jogadas ensaiadas,
marcação firme e jogadas individuais.
5 ATIVIDADE D – O Ensino a partir de jogos

- Quais as características do método de ensino a partir de jogos?


O método foi proposto pelo professor Claude Bayer (1986) sendo composto
por três elementos: 1) valorização dos jogos espontaneamente praticados pelas
crianças podendo ser modificados por elas; 2) adequação à etapa de
desenvolvimento das crianças objetivando a formação de um aluno inteligente,
capaz de atuar por si e 3) valorização dos elementos perceptivos da própria conduta
e sua reflexão tática, sendo conveniente eliminar o aprendizado extremamente
mecânico que desenvolve comportamentos muito automatizados.

- O que seria o Método Situacional?


No processo de iniciação desportiva universal adotada por Greco (1998)
destaca-se o caminho que se faz da aprendizagem motora ao treinamento técnico e
que consiste, basicamente, em desenvolver a competência para solucionar
problemas motores específicos do esporte através do desenvolvimento das
capacidades coordenativas e técnico-motoras.
Os objetivos deste tipo de treinamento são: a) Formação de automatismos
flexíveis de movimentos ideais conforme modelos; b) Otimização dos programas
motores generalizados; c) Aprimoramento da capacidade de variação, combinação e
adaptação do comportamento motor na execução da técnica na situação de
competição.
Este método procura incorporar o desenvolvimento paralelo de processos
cognitivos inerentes à compreensão das táticas do jogo e se compõem de jogadas
básicas extraídas de situações padrões de jogo, aspecto este que, segundo o autor,
é a grande vantagem deste método.

- Como você aplicaria o Método Situacional no contexto do Minivoleibol?


Realizando atividades que trilhem os praticantes ao desenvolvimento motor e
técnico. No contexto do minivoleibol, a aplicação mais adequada seria de técnicas
fundamentais ao jogo, como saque por baixo e tipo tênis, recepção de saque de
toque e manchete, levantada de toque e manchete, ataque de toque, largada,
cortada, bloqueio simples e recuperação. Promovendo a participação de todas as
crianças, como uma atividade mista e, se necessário, com improvisos.
- Elabore duas atividades para o ensino do Minivoleibol.
O Minivoleibol tem como um de seus principais objetivos a inclusão de todos
os praticantes em suas atividades, reduzindo as regras mais complexas do voleibol.
Para alunos que estão na iniciação, alguns podem ter dificuldades em não deixar a
bola cair, assim alguns são favorecidos e outros não com o esporte.
Como incentivo a todos participarem, uma atividade a ser proposta é reduzir o
espaço e formar equipes de 1x1, 2x2 ou 3x3 e nisto trabalharem fundamentos
básicos do voleibol, tentando fazer com que a bola não caia no chão. Outra atividade
que também pode ser enquadrada neste contexto, é propor um jogo de voleibol, com
tamanho da quadra e altura da rede reduzidos e permitir que os praticantes dêem
mais toques na bola antes de devolvê-la para a outra equipe, assim trabalhando
melhor os fundamentos básicos com as crianças, sendo que terão mais tempo e
calma para pensarem nas jogadas e também utilizarão de menos força para mandar
a bola para o outro time.

6 ATIVIDADE E – Treinamento das capacidades motoras

Nesta seção, a tarefa é auxiliar o preparador físico de uma equipe de futebol


do município no treinamento das capacidades motoras: Força muscular, velocidade,
resistência, coordenação e flexibilidade. Indicar quais destas capacidades seriam
mais inerentes ao futebol, considerando o início da temporada.
Sem esquecer o tronco e os membros superiores, os exercícios que envolvem
todo o corpo e principalmente os membros inferiores são os mais úteis para a
melhoria do rendimento no futebol. Visto que este fortalecimento auxilia no ganho de
massa muscular do atleta e pode evitar lesões futuramente, pode-se afirmar que é
uma das principais capacidades motoras não somente no início da temporada, mas
ao decorrer dela também, pois os benefícios trazidos com este tipo de treino são
percebidos desde curto até a longo prazo.
Nesta categoria se enquadram exercícios de explosão (potência) e
fortalecimento muscular. Alguns exemplos ótimos para se trabalhar são:
agachamento livre (para fortalecimento de membros inferiores), prensa e passo com
descolamento à frente (como dominante de joelho, exercícios úteis para evitar
habituais lesões), flexões de braço (para fortalecimento de todo o tronco e,
principalmente, de membros superiores), exercícios abdominais (com suas
diversificações, como prancha e elevação de membros inferiores, para
fortalecimento abdominal), passadas laterais ou diagonais com carga, passeios
laterais de cócoras com colete de pesos e passos laterais com banda de resistência
(para força e potência lateral). Ainda há importantes exercícios que trabalhem os
quadríceps, são exemplos exercícios em cadeira flexora, hip thrusts e até o peso
morto, que melhoram a força dos extensores do joelho e potência de deslocamento
horizontal. Como complemento também há exercícios de pliometria intensa (plintos,
barreiras, com carga de companheiros, dentre outros…)
Dentre velocidade e resistência os principais exercícios são sprints curtos de
média e alta intensidade (com resistência, como empurre de trenó, pequenos para-
quedas ou companheiro). Corridas de resistência com maiores distâncias
percorridas em baixa intensidade também auxiliam no condicionamento físico do
atleta para que o mesmo tenha fôlego e preparo para jogar partidas completas sem
que haja esgotamento físico.
Tratando-se de coordenação, realizar exercícios que trabalhem a visão de
jogo do atleta são de grande auxílio para seu desenvolvimento motor. Como
exemplo, pode-se trabalhar a condução de bola através de obstáculos, utilizar
deslocamentos com foco na lateralidade e até mesmo a brincadeira “bobinho”, onde
4 jogadores ficam trocando passes entre eles e um quinto jogador tenta recuperar a
bola.
Por fim, e não menos importante, tem-se a flexibilidade, em que é
fundamental no condicionamento físico de jogadores de futebol. Faz parte desta
capacidade motora os exercícios de alongamento, importante para o relaxamento
muscular, podendo ser aplicado no aquecimento e no final dos treinos. Evita que os
atletas tenham cãibras ou sofram distensões musculares.
7 ATIVIDADE F – Os avanços científicos e tecnológicos do Treinamento
Desportivo

Elaborar uma palestra abordando sobre os avanços científicos e tecnológicos


que ocorreram no treinamento desportivo em vários momentos no esporte
competitivo. Sendo eles:

- Um marco histórico aconteceu em 1936, durante os Jogos Olímpicos de


Berlim com o norte-americano Jesse Owens.
Em plena Alemanha nazista, Jesse Owens confronta mito da supremacia
ariana e conquista quatro medalhas de ouro. O Estádio Olímpico de Berlim lotado
ecoava em apoio aos atletas alemães em meio aos gestos de saudações nazistas.
Adolf Hitler assistia das arquibancadas de honra o que acreditava ser o triunfo da
raça ariana.
Os feitos foram nos 100m rasos, 200m rasos, revezamento 4x100m e salto
em distância e o transformaram na primeira estrela do esporte mundial em uma
época que os Jogos Olímpicos tinham um status amador. Foi uma derrota para Adolf
Hitler ver um negro triunfar, mas uma vitória para a humanidade, foi um feito tão
grandioso que a rua em frente ao estádio de Berlim, hoje, se chama Jesse Owens.

- O avanço tecnológico na chegada dos atletas em provas de corrida no


atletismo.
O uso das novas tecnologias vem aumentando, progressivamente, no
esporte, em busca de melhores resultados e de performances mais dinâmicas,
visando competições de alto nível, aplicados em pesquisas de treinamento físico, em
desenvolvimento de suplementos alimentares e de vestuário e acessórios esportivos
(BIANCHI 1 , 2008).
Antigamente, nas provas de velocidade, era difícil apurar o vencedor quando
os atletas chegavam à meta quase ao mesmo tempo. Hoje em dia várias inovações
permitem superar essas dificuldades. Um exemplo foi a invenção de aparelhos que
registram o tempo exato em que os atletas chegam à meta.
Também houveram avanços ao nível dos instrumentos utilizados pelos
atletas, nomeadamente às varas utilizadas no salto à vara, aos dardos e ao objeto
lançado no lançamento do peso. Atualmente as varas são feitas de fibra de carbono
ou fibra de vidro o que proporciona uma grande diminuição do seu peso e uma maior
flexibilidade. Também os dardos sofreram alterações na sua confecção e no seu
lançamento. No lançamento do peso, também o objeto que é lançado sofreu
alterações, antes os pesos eram fabricados a partir de grandes pedras e hoje em dia
são feitos de metal.
- Análise tecnológica de algumas situações que ocorreram em uma partida no
Voleibol e no futebol.
Tanto nas Olimpíadas quanto em jogos amistosos ou de temporadas, muitas
equipes de Voleibol já foram prejudicadas no passado com erros por parte da
arbitragem. Lances muito rápidos ou desatenção do árbitro e sua equipe durante
determinado momento da partida já prejudicaram algumas equipes por não
enxergarem corretamente algum lance. Como exemplo, em uma cortada, a bola
tocar ou não na linha delimitadora da quadra ao cair no chão.
Com o passar dos anos, foram introduzidas diversas câmeras posicionadas
em vários pontos da quadra captando diferentes ângulos. Com isso, a arbitragem
passou a ser capaz de avaliar determinados lances através das filmagens, com
precisão, caso tenham dúvidas, tornando as partidas mais justas para as equipes.
A mesma tecnologia de filmagens passou a ser introduzida no futebol nos
últimos anos. Muitas equipes foram prejudicadas pela arbitragem por incorreta
interpretação de diversos lances, geralmente por estarem mal posicionados em
campo ou sem visão do lance. Sejam estes faltas, impedimentos, agressões físicas
e até mesmo verbais. O árbitro pode recorrer à tecnologia para avaliar algum lance
duvidoso e aplicar as regras do esporte de maneira correta.

- Avanço científico na análise de concentração de lactato sanguíneo e


frequência cardíaca.
No treinamento esportivo, pode haver a necessidade de se medir a
intensidade do treinamento. Lactato é a melhor maneira disto, pois ele mede o stress
e efeitos do treinamento nos músculos. Freqüência Cardíaca sozinha somente mede
o stress no coração o que é uma pequena parte da imagem global do estado de um
atleta.
Enquanto um sistema cárdio-circulatório bem condicionado é altamente
desejável para todo mundo, treinamento para melhorar o sistema cardíaco não irá
necessariamente criar adaptações em determinados músculos necessários para
uma ótima performance. Entretanto, o inverso é verdadeiro. Através de uma
otimização o treinamento dos músculos o atleta irá quase certamente ver as grandes
melhoras no sistema cárdio-circulatório.
Enquanto níveis de lactato são a melhor medida da intensidade de
treinamento, informações sobre lactato eram tradicionalmente muito difíceis de se
conseguir. Técnicos e fisiologistas esportivos inventaram outros meios de aproximar
as informações que a análise de lactato fornece e usar freqüência cardíaca era um
destes métodos. Muitos técnicos instruem seus atletas a suar freqüência cardíaca
como um indicador de níveis de lactato para guiar seus treinamentos. Isto é o
porquê de os monitores de freqüência cardíaca terem se tornado tão populares.
Entretanto, técnicos e atletas não deveriam perder de vista o fato do motivo
de se medir frequência cardíaca é fornecer uma estimativa dos níveis de lactato e
não porque frequência cardíaca são uma medida verdadeira de intensidade de
trabalho. Se correlacionada com níveis de lactato, monitores de frequência cardíaca
podem fazer um bom trabalho fornecendo estimativas de intensidade de
treinamento. Mas geralmente frequência cardíaca sem análise de lactato faz um
trabalho impreciso nestas estimativas. Frequência cardíaca sozinha não reflete
níveis do metabolismo pois muitos outros fatores afetam uma frequência cardíaca
individual.
Antes da introdução do analisador portátil de lactato, um técnico ou atleta
tinha que ter acesso a um laboratório de ciências do esporte para correlacionar sua
frequência cardíaca com lactato. Agora qualquer técnico pode fazer isto na pista ou
no ginásio.

- A utilização do GPS (global positioning system) que é um sistema de


navegação por satélite que também passou a ser utilizado de maneira ampla
no esporte.
O sistema de posicionamento global, por vezes incorretamente designado de
sistema de navegação, é uma ferramenta norte-americana utilizada para
determinação da posição de um receptor na superfície da Terra ou em órbita. Criado
e controlado pelo departamento de defesa dos EUA (DoD), para uso militar, a
princípio, e foi dissipado ao mundo civil e declarado totalmente operacional apenas
em 1995.
Nos esportes, o GPS passou a ter um papel fundamental, aperfeiçoando hoje
a questão da mensuração do desempenho dos atletas no quesito de deslocamento,
movimentações. De forma geral busca-se mapear o que o atleta faz em seu
ambiente de prática, deslocamentos, aceleração, velocidade, percurso, com objetivo
de melhorar os processo de treinos.
No futebol, por exemplo, através do GPS é possível medir todo o percurso
que um jogador realizou durante toda a partida. Com isso é possível analisar a
performance do mesmo, para que seja aprimorada durante os treinos. Também é
possível avaliar todo o desempenho e deslocamento do time. Com isso, pode-se
trabalhar para obter um melhor posicionamento tático dos atletas quando em campo.
8 DISCUSSÕES

Na atividade com crianças de 8 a 10 anos referente a maturação e


desempenho, nem sempre é fácil trabalhar neste ambiente, pois algumas crianças
se destacam com melhor desempenho em relação à outras e embora sejam
propostas atividades de inclusão, algumas se comparam à outras e sentem-se
“inferiores” por possuírem um pior desempenho.
Na atividade referente a especialização esportiva precoce, é um assunto que
pode vir a ser complicado tratar com certas crianças, que já sofrem disto na infância
em seu ambiente familiar. O ideal é acompanhar o ritmo do praticante e ir evoluindo
com o treino gradativamente.
Outra discussão é referente ao método tradicional, que é muito utilizado até a
atualidade e é um ótimo método, planejado e estruturado. Porém, por se tratar de
um método bastante técnico (inclusive é também conhecido como tecnicismo) e com
muita teoria, pode não despertar interesse aos alunos, principalmente em crianças.
Como alternativa ao modelo tradicional, pode-se utilizar de outros métodos de
ensino ou até mesclar entre eles. Um exemplo é o ensino a partir de jogos,
excelente método para trabalhar com crianças, onde a técnica não é o elemento
único e principal, trabalha-se elementos táticos e técnicos em situações reais de
jogos, em pequenos jogos. Assim, o aluno pode aprender a técnica dentro de uma
situação real de jogo.
Em relação ao treinamento das capacidades motoras, o profissional de
educação física possui flexibilidade para trabalhar estas capacidades com os atletas,
visto que há centenas de exercícios conhecidos, sendo necessário conhecer bem
sua finalidade e quais aplicar em determinada capacidade motora do atleta.
Por fim, o último tópico tratou em elaborar uma palestra sobre avanços
científicos e tecnológicos do treinamento desportivo. Um tema atual no universo dos
esportes, que desperta interesse em diversos públicos. Os esportes estão abrindo
cada vez mais espaço para a tecnologia e isso ajuda em seu desenvolvimento,
sejam em aparelhos eletrônicos, vestimentas e até mesmo materiais melhores para
confeccionar produtos utilizados nos esportes. É um assunto que rende diversos
trabalhos futuros, contribuindo também para um melhor desempenho dos atletas.
9 CONSIDERAÇÕES FINAIS

A realização do presente trabalho tem sido de grande contribuição para o


conhecimento e formação do acadêmico. Como alternativa à pandemia COVID-19,
as simulações propostas retratam situações reais que um profissional de educação
física pode enfrentar em diversas áreas.
Mostra diversos cenários para o acadêmico atuar, trabalhando com diferentes
modalidades esportivas e lidando com pessoas de diversas faixas etárias, dando
flexibilidade para o mesmo atuar de acordo com a situação.
A experiência adquirida permite ao estudante enxergar diferentes cenários de
trabalho, podendo se adaptar àqueles que não sentia interesse e até mesmo
aprofundar seu conhecimento naqueles que mais gosta.
Uma grande vantagem em realizar estas pesquisas, foi poder utilizar parte do
conhecimento adquirido nas aulas da Universidade e colocar em prática, como
também buscar outras fontes bibliográficas, em livros e artigos científicos, para
concluir este plano de trabalho.
REFERÊNCIAS

Andersen, J.L. (2011). Strength-training in Football. Disponível em (acessado em


15 de novembro de 2020 às 08h00min).

Badillo, J. J. G., & Gorostiaga, E. (2002). Fundamentos del entrenamiento de la


fuerza: Aplicación al alto rendimiento deportivo (Vol. 302). Madrid. Inde.

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