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SISTEMA DE ENSINO SEMIPRESENCIAL

BACHARELADO EM EDUCAÇÃO FÍSICA

EDERSON LUCIANO PINHEIRO

PLANO DE TRABALHO DO CURSO DE EDUCAÇÃO FÍSICA


REFORMULADO DEVIDO À PANDEMIA COVID-19: ESTÁGIO
CURRICULAR I: INICIAÇÃO E
TREINAMENTO DESPORTIVO

Portão-RS
2021
EDERSON LUCIANO PINHEIORO

PLANO DE TRABALHO DO CURSO DE EDUCAÇÃO FÍSICA


REFORMULADO DEVIDO À PANDEMIA COVID-19: ESTÁGIO
CURRICULAR I: INICIAÇÃO E
TREINAMENTO DESPORTIVO

Trabalho de produção de relato apresentado como


requisito parcial para a obtenção de média semestral na
disciplina de Estágio Obrigatório I: Iniciação e
Treinamento Desportivo.

Orientador: Franciele Fernanda Souza Ferreira

Portão-RS
2021
SUMÁRIO

1 ATIVIDADE A: MATURAÇÃO E DESEMPENHO.................................................


2 ATIVIDADE B: ESPECIALIZAÇÃO ESPORTIVA PRECOCE..............................
3 ATIVIDADE C: MÉTODO TRADICIONAL OU TECNICISMO...............................
4 ATIVIDADE D: O ENSINO A PARTIR DE JOGOS.............................................11
5 ATIVIDADE E: TREINAMENTO DAS CAPACIDADES MOTORAS..................15
6 ATIVIDADE F: OS AVANÇOS CIENTÍFICOS E TECNOLÓGICOS DO
TRTEINAMENTO DESPORTIVO..............................................................................18
CONSIDERAÇÕES FINAIS........................................................................................19
REFERÊNCIAS...........................................................................................................20
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INTRODUÇÃO

O presente relatório apresenta o desenvolvimento do Estágio


Curricular Obrigatório I, realizado de forma adaptada devido à situação mundial
perante a manifestação do COVID-19, com atividades interdisciplinares para dar
continuidade ao aprendizado da vivencia de estágio nas teorias presentes no
campo. O estágio possibilita ao formando em Educação Física, na habilitação do
bacharelado, a oportunidade de estabelecer relação entre a teoria e a prática, bem
como a chance de conhecer e analisar a atuação do profissional.
O trabalho do profissional de Educação Física na iniciação e
treinamento desportivo é cercado de potencialidades e desafios para promoção da
saúde em diferentes contextos e realidades do desenvolvimento humano. Dentro
desta perspectiva, a inserção em uma prática corporal diversa, seja de maneira
direta e indireta, faz da Educação Física uma importante área. Além disso a
iniciação esportiva permite não só a aquisição de saberes específicos, mas também
a aquisição e especialização de fatores psicomotores e de desenvolvimento que são
importantes ao longo da vida. Dessa forma, os eixos de atividades propostas no
manual objetiva simular essa realidade, proporcionando ao estagiando uma
oportunidade de tomada de decisão baseada no que já foi aprendido até o momento.
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1 ATIVIDADE A: MATURAÇÃO E DESEMPENHO

Considerando a proposta de aprendizagem para essa atividade, o


principal fator da problemática é a diferença de capacidades como força e
velocidade, que são importantíssimas nesse processo. Além disso, o público alvo
que são as crianças apresenta idades diferentes que causam manifestações
emocionais nos que se julgam “menos aptas”.
Em situações como essas a melhor forma de se trabalhar é criando
atividades que proporcionem conceitos diferentes da iniciação esportiva para que
todos participem, considerando todas as idades e suas diferenças.
A iniciação esportiva é o período em que a criança começa a
aprender de forma específica e planejada a prática esportiva. Santana (2005),
procurando uma iniciação esportiva que contemple toda a complexidade humana, a
entende como o período em que a criança inicia a prática regular e orientada de uma
ou mais modalidades esportivas, e o objetivo imediato é dar continuidade ao seu
desenvolvimento de forma integral, não implicando em competições regulares.
Segundo Bento (2000), é preciso que as pautas metodológicas
sejam discutidas a fim de levar em conta cada período escolar, buscando
alternativas diversas que aproveitem as particularidades de cada fase do
desenvolvimento. Há uma variedade de esportes que podem ser incentivados para a
prática. Focar em apenas um ou dois esportes exclui aqueles que não possuem
aptidão para eles, como é o caso da situação de aprendizagem colocada em
questão.
Bento (2000) ainda coloca que quando o professor oferece a
oportunidade de os alunos conhecerem outras práticas, como o atletismo, por
exemplo, abre possibilidades para os outros alunos se interessarem. Por isso, é
essencial que as aulas sejam focadas em trazer um panorama maior dos esportes,
trabalhando com o máximo de práticas esportivas possível, de acordo com as
dependências e das propostas.
Segundo Astrogildo (2013), a avaliação da maturação é um aspecto
importante da prática desportiva por parte de crianças e adolescentes. Existem
diferentes métodos de avaliação em crianças e adolescentes, cada um com pontos
fortes e fracos. Nas primeiras duas décadas de vida, a criança e o adolescente
vivenciam três processos interativos: crescimento, maturação e desenvolvimento. O
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primeiro processo refere-se ao tamanho e proporções físicas; o segundo refere-se


ao aprimoramento das funções esquelética, reprodutora, somática, neuroendócrina e
neuromuscular. O terceiro processo refere-se ao desenvolvimento cognitivo,
emocional, social, motor e moral. Para organizar melhor a resposta, apresenta-se o
quadro com algumas formas de avaliar o nível maturacional, que são:

A avaliação da maturação sexual baseia-se na idade de


aparecimento e evolução das características sexuais primárias e
MATURIDADE secundárias. As características sexuais primárias são aquelas
SEXUAL diretamente envolvidas com a reprodução: desenvolvimento dos
ovários, útero e vulva nas meninas; e desenvolvimento dos
testículos, próstata e produção de esperma nos meninos.
(ASTROGILDO, 2013)
MATURIDADE A maturação do esqueleto é amplamente reconhecida como o
ESQUELÉTIC melhor indicador isolado do estado de maturidade. A idade
A OU ÓSSEA óssea tem sido o indicador mais comumente usados nos
estudos sobre crescimento e desenvolvimento, sendo
considerada como um registro verdadeiro da idade biológica.
Todas as crianças iniciam com um esqueleto de cartilagem e
progridem até um esqueleto totalmente ossificado, adulto.
(ASTROGILDO, 2013)

A maturação associada ao desempenho esportivo está diretamente


ligada com a influência da capacidade funcional da faixa etária discutida nesse
relatório, sugerindo que o sucesso dos atletas jovens estaria relacionado à seleção
daqueles com uma maturidade biológica.
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2 ATIVIDADE B: ESPECIALIZAÇÃO ESPORTIVA PRECOCE

a) Como você explicaria esta situação ao técnico?

De acordo com o problema proposto, a explicação se basearia nas


teorias de Rubio (2009).  A especialização esportiva precoce é um grande risco do
esporte competitivo durante a iniciação esportiva. A busca pelo resultado bom
conduz professores e familiares a exporem as crianças e jovens a situações de
grande exigência e tensão, de treinamentos intensivos e precoces em busca de altos
rendimentos. (GABARRA, RUBIO e ÂNGELO, 2009)
Atualmente existem diversos estudos comprovando que a prática de
atividades físicas e esportivas, quando realizada com conhecimento e
responsabilidade, contribui positivamente para o desenvolvimento psíquico, social e
motor da criança. Por outro lado, quando o desporto é voltado para a competição e
iniciado precocemente, pode trazer graves problemas ao desenvolvimento do
praticante.

b) Considerando o tópico de Especialização Esportiva Precoce, qual o problema de


colocar atletas de diferentes faixas etárias e experiências para realizar as mesmas
atividades durante todo o treinamento?

Neste sentido, Ferreira (2001) afirma que, ao falarmos na relação da


criança com a especialização desportiva, não podemos esquecer que o
desempenho técnico de uma criança está diretamente ligado às suas possibilidades
motoras, ou seja, para exercer total domínio sobre as técnicas individuais de um
desporto, faz-se necessário que a criança tenha total domínio sobre seus
movimentos.
O processo de ensino, para ser eficiente, deve levar em conta o
nível de desenvolvimento real da criança e o seu nível de desenvolvimento potencial
adequado a sua faixa etária, conhecimentos e habilidades que já possui. Isso
justifica a necessidade de consertar o erro do técnico ao colocar o adolescente de
14 anos junto com veteranos do esporte.

c) Quais os problemas decorrentes da Especialização Esportiva Precoce?


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Essa decisão, se não ajustada a necessidade desse adolescente,


poderia causar vários problemas decorrente da especialização precoce, como
desistência do esporte, redução de participação, unilateralização de
desenvolvimento, formação esportiva deficiente, lesões, saturação esportiva e
estresse de competição. Existem vários outros problemas decorrentes da
especialização precoce, porém alinhado a situação problema proposta esses são os
mais possíveis de acontecer.
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3 ATIVIDADE C: MÉTODO TRADICIONAL OU TECNICISMO

a) Elabore um texto sobre o método tradicional de ensino, apontando seus pontos


fortes e fragilidades, para apresentar ao técnico o que irá fundamentar seu trabalho.

TEXTO

Segundo Scaglia (2014), fazer valer o método tradicional


significa acreditar que o mundo é feito de padrões e comportamentos
manipuláveis, ou seja, entende-se que o ser humano veio ao mundo vazio e
precisa ser preenchido de conhecimentos (modelados e transmitidos) ou, então,
precisa ter seus talentos descobertos, revelados por um experiente observador.
Dessa forma um adepto da metodologia tradicional sempre aplica treino de
passe dois a dois a uma modalidade qualquer de jogos coletivos de invasão,
cobrando que o gesto técnico seja executado com maestria e em consonância
com os padrões motores. Em uma aula de voleibol, por exemplo, ele inicia
explorando o domínio da manchete e do toque, além da distribuição espacial dos
jogadores durante o jogo determinada por marcas desenhadas no chão para
reconhecimento dos postos específicos. Na de basquete, começa pela clássica
fila para realização da bandeja, traçando arcos no chão para sincronizar as
passadas. Esse mesmo professor ainda desenvolve treinos de futebol com
chutes a gol em fila, cruzamentos sem defesa, treinos táticos com o time
adversário fazendo sombra etc.
Nota-se com os exemplos que esse técnico não leva em
consideração o que é imprevisível e, concomitantemente, ignora a complexidade
existente nos jogos e esportes, além do fato de todos os problemas
fundamentais serem resolvidos previamente pela ação do técnico. Logo, os
alunos não precisam pensar, somente executam movimentos. Esse
procedimento didático-metodológico é o mesmo que alfabetizar com cartilhas,
gerando analfabetos funcionais, que identificam as letras (que equivalem a
gestos técnicos), mas apresentam grande dificuldade na interpretação de textos
(que equivale à leitura tática do esporte), ou seja, dependem de um outro
traduzir, a seu modo, o texto (o que tem relação no esporte com o fato de o
treinador ler o jogo para o jogador, narrar as ações e indicar suas tomadas de
9

decisão). No ensino tradicional, se aprende por modelação e transmissão de um


padrão a ser copiado de modo estereotipado (SCAGLIA, 2014).

b) Apresente um planejamento de duas (2) semanas de trabalho, com dois (2)


encontros semanais, pensando seu grupo de alunos: meninos de 10 a 12 anos de
idade: Não esqueça de selecionar alguns fundamentos do futsal e planejar as
atividades a partir do método tradicional de ensino.

Não é pecado seguir o método tradicional, mas é um grave equívoco


desenvolver o método sem compreender as bases teóricas que o sustentam e
também o que desencadeia ações e intenções. Esse paradigma foi referência para
elaborar o planejamento de 2 semanas de trabalho, com dois encontros semanais.
Segue:
PLANEJAMENTO
ESPORTE Futsal
FAIXA ETÁRIA 10 a 12 anos
IDENTIFICAÇÃO
PERÍODO 4 aulas
CONTEÚDO Fundamentos do Futsal
Objetivo geral
Praticar conceitos pré desportivos do futsal.
Objetivos específicos
- Trabalhar a cooperação
OBJETIVOS - Incentivar trabalho em grupo
- Propiciar requisitos pré desportivos.

SEMANA 01

A metodologia para essa semana consiste em 05 níveis, sendo o


METODOLOGIA primeiro nível passes laterais, de bico, trivela e gancho; segundo
nível domínio e recepção; terceiro nível condução de bola; quarto
nível finalizações; e o quinto nível marcação individual e jogo
propriamente dito;

1º AULA

Atividade 01
10

Alunos divididos em duplas, uma dupla com bola, tenta penetrar


dentro da área com a bola dominada e os defensores tentam evitar.
Atividade 02
Um jogo de cinco contra cinco, cada equipe com um goleiro, e cada
equipe deverá ter três atacantes e dois defensores. Os alunos não
podem sair de sua área de ação. Para diferenciar os alunos
atacantes e defensores de cada time o professor poderá utilizar
coletes de cores diferentes para facilitar a execução da atividade.
Atividade 03
Dividir a quadra em pequenos minicampos e oito equipes jogam em
um espaço reduzido sem gol. Para marcar ponto, a equipe tem que
manter a posse de bola por um minuto.
Atividade 04
Em meia quadra, duas equipes de quatro alunos cada uma, uma
equipe ataca e outra defende. Após um tempo, trocar as funções
das equipes.
Atividade 05
Em meia quadra, dividir quatro alunos defensores contra três
alunos atacantes, o gol só é valido de dentro da área.
Atividade 06
Um jogo normal de futebol, mas as equipes só podem chutar a gol
após realizarem cinco passes entre seus jogadores.

- 2º AULA

Atividade 07
Um jogo de quatro alunos contra quatro, com um goleiro em cada
equipe, o goleiro deverá defender um gol grande e dois gols
pequenos montados por cones de cada lado nas linhas de fundo da
quadra. Cada time definirá dois jogadores que usarão coletes
diferentes e que não podem passar da sua metade da quadra,
fazendo sempre três atacantes contra quatro defensores.
Atividade 08
Um jogo normal de futebol, sendo que cada equipe escolherá um
aluno que poderá fazer os gols da equipe. Este jogador terá um
colete diferente dos demais e a cada cinco minutos troca-se o
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jogador responsável por marcar o gol da equipe.


Atividade 09
O técnico dividirá a turma em duas equipes e realizará um jogo de
futsal ou futebol de campo com duas bolas.

SEMANA 02

3º AULA
Atividade 10
Um jogo de três alunos contra três, com um aluno neutro e de
colete diferente que joga com a equipe que tem a posse de bola.
Atividade 11
Um jogo de cinco alunos contra cinco, tendo cada equipe um
jogador dentro de um arco, toda vez em que a bola chegar a este
jogador, a equipe marca um ponto.
Atividade 12
Um jogo de futsal ou futebol de campo e a marcação utilizada pelas
equipes será a individual.

4º AULA
Jogo propriamente dito, colocando em prática tudo o que foi
trabalhado ao longo das três aulas anteriores afim de verificar o
desenvolvimento e desempenho, avaliando quais conceitos devem
ser revistos e praticados.

RECURSOS bola de futsal, coletes, giz.

AVALIAÇÃO Por meio da participação nas atividades, discutindo regras,


questionando e sugerindo novas possibilidades. Será avaliado
também os conceitos aprendidos verificando a necessidade de
revisão.
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4 ATIVIDADE D: O ENSINO A PARTIR DE JOGOS

a) Quais as características do método de ensino a partir de jogos?

Ao contrário do descrito no tópico anterior, ao apontar que existem


novas tendências em pedagogia do esporte, evidentemente, afirma-se, ao mesmo
tempo, que a pedagogia tradicional já está superada. As novas tendências não vêm
ajustar o modo de trabalho tradicional. Elas nascem sob uma nova ótica, sob um
emergente paradigma influenciado diretamente pelas teorias interacionistas. Quando
se evidencia uma mudança de paradigma como essa, está se afiançando uma
ruptura com um determinado modo de pensar e fazer.
Se o problema metodológico é de ordem paradigmática, não é
possível modificar a metodologia sem alterar a forma de pensar o processo. Sob
essa perspectiva, os princípios ditam que o processo de ensino do esporte deve ser
centrado na lógica que aproxima as diferentes modalidades, por exemplo, analisar o
processo com base nas competências para o jogo, na inteligência interpretativa e na
tomada de decisão.
Assim, os jogos, levando em conta as metodologias interacionistas,
primam pela exploração das ações do jogo (não dos movimentos ou dos gestos). O
jogo, por sua vez, orientado para ampliar o acervo de possibilidades de ações
(condutas motoras), é um processo aberto a todos, que não necessita de pré-
requisitos para sua prática. Logo, o aluno é observado como sujeito ativo em seu
desenvolvimento, influenciando o ambiente (que deve ser rico em possibilidades) e
sendo influenciado por ele. Aprende a tomar decisões, busca autonomia aliada à
emancipação, principalmente à medida que toma consciência de suas ações e da
manifestação da lógica do esporte (jogo) em nosso contexto cultural e social.
Um professor influenciado pelos princípios e metodologias
interacionistas tende a ensinar os diferentes esportes por meio de jogos
semelhantes, agrupando-os em blocos que levam em conta a lógica de cada um.
Entende que a tática do passe no basquete é a mesma do polo aquático e dos
demais esportes coletivos. Dessa maneira, se o aluno entende a lógica do passe,
mais facilmente construirá as ações motoras específicas para cada jogo. Com isso,
a razão de fazer (tática) determinará o modo de fazer (técnica).
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b) O que seria o Método Situacional?

Coutinho (2009) reflete sobre o método situacional e dita que, no


processo de iniciação desportiva universal, adotada por Greco (1998) destaca-se o
caminho que se faz da aprendizagem motora ao treinamento técnico e que consiste,
basicamente, em desenvolver a competência para solucionar problemas motores
específicos do esporte através do desenvolvimento das capacidades coordenativas
e técnico-motoras. Os objetivos deste tipo de treinamento são:
a) Formação de automatismos flexíveis de movimentos ideais conforme modelos;
b) Otimização dos programas motores generalizados;
c) Aprimoramento da capacidade de variação, combinação e adaptação do
comportamento motor na execução da técnica na situação de competição.
Ainda nas palavras de Coutinho (2009), este método procura
incorporar o desenvolvimento paralelo de processos cognitivos inerentes à
compreensão das táticas do jogo e se compõem de jogadas básicas extraídas de
situações padrões de jogo, aspecto este que, segundo o autor, é a grande vantagem
deste método.

c) Como você aplicaria o Método Situacional no contexto do Minivoleibol?

Segundo Coutinho (2009), no minivoleibol, Através do método


situacional, o aluno ou atleta se defronta com situações próprias do jogo e, suas
capacidades técnicas e táticas são trabalhadas concomitantemente. Para isto, deve
haver uma diminuição na complexidade do jogo (menos jogadores, mais espaço,
etc.).

d) Elabore duas atividades para o ensino do Minivoleibol.

Seguindo esse paradigma, as duas atividades propostas para ensino


do minivoleibol são:

PL
ANEJAMENTO
ESPORTE Minivoleibol
FAIXA ETÁRIA 7 a 14 anos
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IDENTIFICAÇÃO PERÍODO 2 aulas


Fundamentos do Minivoleibol
CONTEÚDO
Objetivo geral
Praticar conceitos pré desportivos do minivoleibol.
Objetivos específicos
- Trabalhar a cooperação
OBJETIVOS - Incentivar trabalho em grupo
- Propiciar requisitos pré desportivos baseados no
método situacional.

ATIVIDADE 01
As regras do minivoleibol diferem das
METODOLOGIA
do voleibol normal. O mini vôlei é jogado com menos de seis
jogadores por time, permitindo maior contato de cada jogador com
a bola, maior cooperação, táticas mais simples e maior interesse.
Propõe-se:

Base Minivoleibol 1x1


Nesta fase, a atividade propõe familiaridade com a
bola, a quadra, a rede, ensinando as posturas básicas e
movimentação na quadra; segurando, arremessando, lançando e
rolando diferentes tipos de bolas (plástico, borracha, futebol, vôlei
etc.), praticando diferentes tipos de pequenos jogos para
desenvolver qualidades físicas como velocidade, agilidade, força e
reação (SANTOS, 1999).

Introdução ao Minivoleibol 2x2


Passada a fase de domínio da bola, a criança já
pode começar a preparar-se para o toque, a manchete e o saque
por baixo, permitindo um jogo de voleibol simples 2x2. O principal
objetivo é atacar e lançar a bola sobre a rede (GOTSCH, 1983).
São ensinados os princípios de formação inicial,
movimentos de acordo com as situações de jogo, cooperação com
o colega, observação do oponente e posicionamento na quadra,
contínuo desenvolvimento de preparação física básica, através de
movimentos rápidos na direção da bola, saltos e deslocamentos de
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diferentes formas (SANTOS, 1999).

ATIVIDADE 02

Baby Voleibol – 3x3 sem regras


O objetivo do trabalho, nesta fase, é a aquisição
dos gestos técnicos básicos como toque, manchete, saque por
baixo, ataque em toque, bem como, estimular situações que são
exigidas no voleibol. Buscar a melhora da manchete para a
recepção do saque e para uma possível situação de defesa. Na
preparação física, introdução dos saltos com corda, velocidade de
reação, agilidade e flexibilidade, para favorecer o processo de
aprendizagem do ataque e do bloqueio (SANTOS, 1999). Nesta
fase, o jogo já pode ser 3x3, atacando e lançando a bola, mas sem
se preocupar com as regras, o senso de coletividade é a principal
meta.

Minivoleibol 4x4
Introdução do bloqueio e da defesa, melhora dos
fundamentos e habilidades técnicas e táticas. Aperfeiçoamento em
todos os fundamentos, novas variações. Continuação da
preparação física geral e o aperfeiçoamento de todas as
habilidades relavas aos fundamentos (SANTOS, 1999).

RECURSOS bola de vôlei, rede, quadra.

AVALIAÇÃO Por meio da participação nas atividades,


discutindo regras, questionando e sugerindo novas possibilidades.
Será avaliado também os conceitos aprendidos verificando a
necessidade de revisão.
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5 ATIVIDADE E: TREINAMENTO DAS CAPACIDADES MOTORAS

Atividade: Procure fazer de forma resumida e indicando quais tipos destas


capacidades seriam mais inerentes ao futebol, considerando o início da temporada.

Nas reflexões de Marques e Oliveira (2001), as capacidades físicas


são qualidades próprias de cada indivíduo, correspondente à parte física corporal do
movimento. Estas capacidades podem ser aprimoradas com atividades físicas
específicas e, juntamente com as habilidades motoras, integram o desenvolvimento
motor.
Capacidades físicas ou capacidades motoras podem ser
compreendidas como componentes do rendimento físico, são elas que nós
utilizamos para realizar os mais diversos movimentos durante a nossa vida. São em
um total de cinco: Resistência, Força, Flexibilidade, Coordenação e Velocidade.
(MARQUES & OLIVEIRA, 2001). Elas se resumem nos conceitos:

RESISTÊNCIA É a capacidade de suportar e recuperar-se da fadiga, ou


seja, a capacidade de manter o esforço físico em um
maior espaço de tempo. (FERNANDES FILHO et. al.,
2007; GALLAHUE & OZMON, 2005).
FORÇA MUSCULAR É a capacidade de vencer uma determinada resistência
através de uma contração muscular. Através dela é que
conseguimos levantar, saltar, etc. (DANTAS, 2003;
FERNANDES FILHO et. al., 2007; GALLAHUE &
OZMON, 2005).
FLEXIBILIDADE É a capacidade de realizar os movimentos articulares na
maior amplitude possível sem que ocorram danos as
articulações. Ela é específica para cada exercício, um
exemplo são os movimentos das danças. (DANTAS,
2003; FERNANDES FILHO et. al., 2007).
COORDENAÇÃO Capacidade do nosso corpo de realizar movimentos
articulados e é resultado da interação entre os sistemas
muscular, esquelético, nervoso e sensorial. (DANTAS,
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2003).
VELOCIDADE É a capacidade de realizar as ações vigorosas em um
curto espaço de tempo. Essa capacidade só é utilizada,
em geral, em atividades intervaladas, onde sempre há um
intervalo entre cada ação. (DANTAS, 2003).
18

6 ATIVIDADE F: OS AVANÇOS CIENTÍFICOS E TECNOLÓGICOS DO


TRTEINAMENTO DESPORTIVO

Fazendo um apanhado geral do que foi proposto na atividade F,


refletindo sobre todos os tópicos propostos, entende-se que a tecnologia
proporcionou um avanço cientifico no desporto ao longo da história. O que todos têm
em comum é como a tecnologia age nesse processo.
Segundo Astrogildo (2013), o universo desportivo é bastante
complexo, sempre envolvendo técnicas e estratégias para a melhor performance.
Com o passar dos anos, novos métodos, acessórios e objetos passaram a ser
desenvolvidos e implementados nas rotinas de diversas modalidades, com o intuito
de proporcionar maior conforto e para explorar o que há de melhor no esportista,
como no futsal e futebol.
Um marco histórico aconteceu em 1936, durante os Jogos
Olímpicos de Berlim. O norte-americano Jesse Owens utilizou o primeiro par de
sapatilhas de uma marca famosa, culminando em quatro medalhas de ouro. Desde
então, as indústrias passaram a procurar a perfeição tecnológica, a fim de
garantirem maior conforto e performance aos atletas. (LOURENÇO, 2017)
Nesse sentido, a tecnologia tem sido cada vez mais aliada para as
práticas esportivas. Mais do que as tecnologias usadas nas roupas, calçados e
aparelhos, as novas tecnologias proporcionam a obtenção de dados essenciais e
seguros para a criação e cruzamento de informações para a reprodução de
estatísticas individuais ou coletivas da prática esportiva. (ASTROGILDO, 2013)
Assim, são pontuados picos de desempenho, pontos fracos e fortes
dos atletas, movimentos corretos e incorretos, entre outros detalhes que fazem toda
a diferença na montagem dos treinos e na atuação do treinador para com seu atleta.
Tudo isso irá refletir em seu desempenho nas competições e nos resultados obtidos.
Para que tudo isso funcione, as empresas que produzem materiais
esportivos diversos montaram verdadeiros centros de pesquisas e testes para
desenvolver e aprimorar as inovações nesse setor. Independentemente da
modalidade esportiva, todas essas inovações visam melhorar o desempenho do
atleta, aumentando sua segurança durante a prática e proporcionando maior
conforto durante as atividades. (ASTROGILDO, 2013)
19

O GPS por exemplo, segundo Fantato (2009), tem se aperfeiçoado


na mensuração do desempenho dos atletas no quesito de deslocamento,
aceleração, velocidade, percurso e movimentações. De forma geral busca-se
mapear o que o jogador faz no campo, deslocamentos, aceleração, velocidade,
percurso, com objetivo de melhorar os processos de treinos.
Não só voltado para esses fatores, a tecnologia também contribui
para algumas funções do treinamento físico analisando substancias que antes era
feita de forma invasiva. Segundo Lourenço (2017), a determinação do limiar
anaeróbio a partir da análise da concentração de lactato sanguíneo é capaz de
fornecer informações fundamentais sobre a capacidade aeróbia do sujeito, além de
servir como ferramenta de determinação de um parâmetro individual de intensidade
de treinamento.
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CONSIDERAÇÕES FINAIS

O desenvolvimento do estágio foi interessante na primasia teórica da


do aprendizado acadêmico com a prática. Apesar de ter sido elaborado de forma
adaptada, os casos apresentados na situação problema permitem uma reflexão
profunda de como o profissional de educação física deve se posicionar.
O trabalho do profissional de Educação Física na iniciação e
treinamento desportivo, é cercado de potencialidades e desafios para promoção da
saúde em diferentes contextos e realidades do desenvolvimento humano. Dentro
desta perspectiva, a inserção em uma prática corporal diversa, seja de maneira
direta e indireta, faz da Educação Física uma importante área.
Além disso, a iniciação esportiva permite não só a aquisição de
saberes específicos, mas também a aquisição e especialização de fatores
psicomotores e de desenvolvimento que são importantes ao longo da vida. Dessa
forma, os eixos de atividades propostas no manual simularam essa realidade,
proporcionando uma oportunidade de tomada de decisão baseada no que já foi
aprendido até o momento.
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REFERÊNCIAS

ALVES, João Guilherme Bezerra. MONTENEGRO, Fernanda Maria Ulisses,


OLIVEIRA, Fernando Antônio. ALVES, Roseane Victor. Prática de esportes
durante a adolescência a atividade física de lazer na vida adulta. Rev Bras Med
Esporte. v. 11, n.5, set-out 2005.

ASTROGILDO, V. Avaliação da maturação em crianças e jovens. Rev H&E. v. 11,


n.5, set-out 2013. Disponível em < https://www.e
publicacoes.uerj.br/index.php/revistahupe/article/view/8711/9614 > Acesso em:
16/08/2021.

Avaliação da Efetividade de intervenções de promoção da atividade física no


sistema único de saúde, 2018. Disponível em:
https://www.scielosp.org/article/rsp/2017.v51/56/pt/. Acesso em: 16/08/2021.

BESSA, Ludmilla C. SILVA, Heliton G. da. CARRIJO, Jackeline de S. OLIVEIRA,


Kléber M. de. A importância dos princípios do treinamento. Prescrição do
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COUTINHO. N . F. Conhecimento e Aplicação de Métodos de Ensino para os


Jogos Esportivos Coletivos na Formação Profissional em Educação Física,
2009. Disponível em: file:///C:/Users/Neuza%20Campelo/Downloads/2086-24978-1-
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DANTAS, E. H. M. A prática da preparação física. 5. ed. Rio de Janeiro: Shape,


2003. Efeitos de curto prazo de um programa de atividade física moderada em
pacientes com síndrome metabólica, 2013. Disponível em:
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Exercício físico supervisionado, aptidão física e fatores de risco para doenças


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http://docs.bvsalud.org/biblioref/2018/10/947231/34964-97561-1-pb.pdf. Acesso em:
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FREIRE, J. B.; LEITE, D. A. R. C. Educação Física: Processo disciplinar e


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GALLAHUE, D. L.; OZMUN, J. Compreendendo o Desenvolvimento Motor. São


Paulo: Phorte, 2005.
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LOURENÇO, THIAGO FERNANDO. Fundamentos do Treinamento Esportivo.


Londrina: Editora e Distribuidora Educacional S.A., 2017.

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