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Programação anual........................................................................................................................................1
Recomendações — Ensino Médio.................................................................................................................3
Educação Física: o que ensinar?...................................................................................................................4
Projeto Enem..................................................................................................................................................5
Efeitos benéficos do condicionamento físico..................................................................................................9
Mitos e verdades do exercício — Efeitos negativos dos exercícios.............................................................10
Fontes de energia do corpo.......................................................................................................................... 11
Alongamentos...............................................................................................................................................12
Tabela de alimentos e calorias.....................................................................................................................14
Curiosidades sobre nutrição e atividade física.............................................................................................15
Elementos minerais no corpo.......................................................................................................................16
Vitaminas, funções e fontes..........................................................................................................................17
Atividades físicas x calorias..........................................................................................................................18
Fumo — Doping...........................................................................................................................................19
Musculação..................................................................................................................................................20
Aquecimento — Maratona............................................................................................................................21
Frequência cardíaca.....................................................................................................................................22
Minimaratona................................................................................................................................................23
Distribuição sanguínea – Pressão arterial....................................................................................................25
Trocas gasosas entre O2 e CO2....................................................................................................................27
Exercício aeróbio estável.............................................................................................................................28
Músculos......................................................................................................................................................29
Exercícios em grandes alturas.....................................................................................................................30
Avaliação da composição corporal...............................................................................................................31
Avaliação do perfil de risco de coronariopatia..............................................................................................33
Envelhecimento – Atividades físicas regulares............................................................................................34
Força............................................................................................................................................................35
Flexibilidade..................................................................................................................................................36
Resistência motora.......................................................................................................................................39
Velocidade....................................................................................................................................................41
Agilidade.......................................................................................................................................................42
Informações sobre os principais esportes....................................................................................................43
Jogos de inclusão.........................................................................................................................................58
Grandes jogos..............................................................................................................................................66
Jogos multidisciplinares................................................................................................................................70
Esporte adaptado.........................................................................................................................................75
Atletismo.......................................................................................................................................................80
Bibliografia....................................................................................................................................................94
Autores:
Genivaldo Severiano da Rocha
Giorgio Falco
José Paulo de Moraes Júnior
Marcos Fernando Larizatti
PROGRAMAÇÃO ANUAL DO ENSINO MÉDIO
EDUCAÇÃO FÍSICA
Coordenador: Prof. Otto Dittrich Junior
N.o DE
SÉRIES PROGRAMA OBJETIVOS
AULAS
Observação: Nas unidades de São Paulo, além dos esportes tradicionais, utilizamos também em nossas aulas, como alternativas ao programa,
jogos de inclusão, grandes jogos, esportes adaptados e jogos multidisciplinares.
–1
EDUCAÇÃO FÍSICA – 1.a, 2.a E 3.a SÉRIES
SEM. PROGRAMA
2 Basquetebol
5 Basquetebol
8 Saltos
11 Handebol
14 Handebol
16 Corrida de resistência
19 Voleibol
22 Voleibol
23 Corrida de resistência
26 Futsal
29 Corrida de resistência
2
22––
RECOMENDAÇÕES
• Quando o professor trabalha os conteúdos esporti- • O professor pode interceder na escolha de times du-
vos, ele deve ter em mente que o esporte tende a rante as aulas, evitando os “grupinhos”. Exemplos de
excluir os alunos menos habilidosos, favorecendo critérios que podem ser seguidos: a ordem de chama-
apenas os mais hábeis, propiciando a formação de
da; formação de duplas e, por meio de par ou ímpar,
“grupinhos” em que se valoriza muito o ganhar e não
a participação de todos (inclusão). define-se que quem ganhar vai para um time e quem
• O professor não deve se preocupar apenas com as perder, para o outro; livre escolha e cada um que vai
técnicas e gestos esportivos, mas sim respeitar a in- sendo escolhido tem o direito de escolher outro com-
dividualidade de cada aluno, para que todos tenham ponente do time (neste caso, os últimos escolhidos de-
a oportunidade de participar durante todas as aulas. vem ser os primeiros na aula seguinte); livre escolha,
• Deve-se dar a maior importância ao próprio processo
porém cada aluno escolhe os jogadores do outro time.
de aprendizagem e não ao produto dele – os resulta-
dos –, pois estes dependem das capacidades e habi- • O professor deve reservar sempre alguns minutos
lidades de cada aluno. das aulas para explicações sobre elas e seus obje-
• O professor deve separar os materiais da aula com tivos, fazendo com que o aluno tenha uma atitude
antecedência. crítica a respeito delas e da Educação Física, além
• Orientar os alunos sobre a necessidade de unifor- de adquirir conhecimentos sobre fisiologia e nutri-
mes adequados para as atividades físicas.
• O professor deve verificar as condições de seguran- ção, preparando-se assim sua autonomia no futuro.
ça do local da aula, dos materiais empregados e do Enfim, o aluno não deve apenas praticar atividades
modo como serão utilizados. físicas mas também aprender sobre elas.
ENSINO MÉDIO
O trabalho realizado no Ensino Médio no Colégio Obje- Características afetivo-sociais
tivo é, na verdade, uma continuação dos objetivos já traba- –– Fase das contestações e transições.
lhados do 6.o ao 9.o ano, no sentido da inclusão dos alunos –– Não gostam de se expor aos outros. Temem falar er-
nas aulas de Educação Física, da melhoria da qualidade rado, estar com roupas fora de moda, usar pouco ou
de vida por meio de atividades físicas, além do aprimora- muito perfume etc.
mento das habilidades físicas e motoras através dos jogos –– Passam grande parte do tempo entre os “seus” (estão
de inclusão, esportes e demais atividades de aulas. numa fase de transição da vida familiar para uma fu-
O diferencial passa a ser quanto às características es- tura vida independente e o grupo auxilia nesta fase).
pecíficas desta faixa etária, pois tanto física, quanto social, –– Utilizam muitas “classificações” para os colegas:
emocionalmente etc., muitas mudanças acontecem nesta “nerd”, “CDF”, “patricinha” etc. Esta fase envolve
fase e o professor deve perceber isso e adequar seus con- popularidade e rejeição e precisamos estar atentos
teúdos para manter a motivação e interesse pela aula. à exclusão das pessoas dos grupos e consequente-
Veremos a seguir algumas mudanças principais des- mente das aulas de Educação Física.
ta idade, que corresponde ao Ensino Médio. Características psicológicas
Características físicas –– Podem ter problemas em aceitar o próprio corpo (cul-
–– No homem, a produção hormonal cresce 18 vezes ao turalmente determinado). Podem ocorrer transtornos
longo da puberdade. (O aumento da testosterona faz alimentares. Em meninas: bulimia (vômito induzido,
crescer a massa muscular, nascem pelos ao longo exercícios intensos, depressão etc.) e anorexia (dieta
do corpo, ocorre a mudança do tom da voz etc.). restrita, isolamento, negação da fome, obsessão por
–– O crescimento ósseo no homem se dá até os 18-19 exercícios, podendo causar morte).
anos e na mulher, até os 16-17 anos. Assim, preci- –– Medo de não aceitação pelo grupo.
samos incentivar os alunos às atividades físicas para –– Podem ter problemas de autoestima.
aumentar a massa óssea, pois após esse período, –– Procuram modelos para identidade (Iiderança adulta
as pessoas começam a perder o cálcio quando se sensata) em pessoas mais velhas, atletas famosos, ami-
tornam mais sedentárias. gos, familiares e, às vezes, o professor ou a professora.
–– A resistência muscular e a força no homem crescem –– São “negativistas”. Tudo dos pais é errado. Querem
até os 18 anos, e na mulher até os 15 anos. Depois suas músicas, suas roupas etc.
estabilizam-se ou declinam se não houver treinamento. –– Voltam a ser “egocêntricos”. Só suas ideias são boas;
–– Na mulher, os hormônios aumentam em 8 vezes (ci- o mundo gira em torno deles.
cio menstrual, crescimento das mamas e outras ca- –– São “indestrutíveis”.
racterísticas sexuais secundárias). Cuidados especiais
–– Os hormônios tendem ao aumento da agressão ver- –– Gravidez na adolescência: segundo pesquisas, al-
bal nas mulheres e deixam os homens mais irritados guns fatores podem contribuir para o aumento do
e impacientes. risco de gravidez na adolescência:
–3
• Quanto mais cedo inicia-se a vida sexual, maior –– Bebidas/cigarros/drogas: explicar os malefícios das
o risco de gravidez. drogas para a vida do aluno, mostrando os perigos e
• Famílias de baixa renda e progenitor único (quan- as consequências.
do vivem só com o pai ou só com a mãe). –– Segurança: essa questão exige cuidados, pois os
• Meninas cujas mães tiveram iniciação sexual
dolescentes são mais independentes e querem ser
precoce.
assim. Tanto em aulas quanto em atividades extras,
O risco de engravidar nessa fase pode ser menor
quando: como viagens e excursões, não acreditam que cor-
• Sai-se bem na escola (aspirações educacionais). ram perigos e sentem-se desafiados a se mostrar
• Há boa comunicação com os pais sobre o assunto. para os demais, para serem aceitos pelo grupo.
6–
O voleibol é um dos esportes mais praticados na 6. Saúde, no modelo atual de qualidade de vida, é o
atualidade. Está presente nas competições espor- resultado das condições de alimentação, habitação,
tivas, nos jogos escolares e na recreação. Nesse educação, renda, trabalho, transporte, lazer, serviços
esporte, os praticantes utilizam alguns movimentos médicos e acesso à atividade física regular. Quanto
específicos, como: saque, manchete, bloqueio, le- ao acesso à atividade física, um dos elementos es-
vantamento, toque, entre outros. senciais é a aptidão física, entendida como a capaci-
Na sequência de imagens, identificam-se os movi- dade de a pessoa utilizar seu corpo — incluindo mús-
mentos de: culos, esqueleto, coração, enfim, todas as partes —, de
a) sacar e colocar a bola em jogo, defender a bola forma eficiente em suas atividades cotidianas; logo,
e realizar a cortada como forma de ataque. quando se avalia a saúde de uma pessoa, a aptidão
b) arremessar a bola, tocar para passar a bola ao física deve ser levada em conta.
levantador e bloquear como forma de ataque. A partir desse contexto, considera-se que uma pes-
c) tocar e colocar a bola em jogo, cortar para defen- soa tem boa aptidão física quando:
der e levantar a bola para atacar. a) apresenta uma postura regular.
d) passar a bola e iniciar a partida, lançar a bola ao b) pode se exercitar por períodos curtos de tempo.
levantador e realizar a manchete para defender. c) pode desenvolver as atividades físicas do dia a
e) cortar como forma de ataque, passar a bola para dia, independentemente de sua idade.
defender e bloquear como forma de ataque. d) pode executar suas atividades do dia a dia
Resolução: com vigor, atenção e uma fadiga de moderada
Na imagem número 1, o jogador prepara-se para sa- a intensa.
car e colocar a bola em jogo. Na imagem número 2, o e) pode exercer atividades físicas no final do dia,
atleta, agachado, defende a bola. Na última imagem, mas suas reservas de energia são insuficientes
o ângulo da foto é o da cortadora, atacando em cima para atividades intelectuais.
do bloqueio. 7. Nunca se falou e se preocupou tanto com o corpo
5. Embora o Índice de Massa Corporal (IMC) seja am- como nos dias atuais. É comum ouvirmos anúncios
plamente utilizado, existem ainda inúmeras restri- de uma nova academia de ginástica, de uma nova
ções teóricas ao uso e às faixas de normalidade forma de dieta, de uma nova técnica de autoconhe-
preconizadas. cimento e outras práticas de saúde alternativa. Em
O Recíproco do Índice Ponderal (RIP), de acordo com síntese, vivemos nos últimos anos a redescoberta do
o modelo alométrico, possui uma melhor fundamen- prazer, voltando nossas atenções ao nosso próprio
tação matemática, já que a massa é uma variável de corpo. Essa valorização do prazer individualizante se
dimensões cúbicas e a altura, uma variável de dimen- estrutura em um verdadeiro culto ao corpo, em ana-
sões lineares. As fórmulas que determinam esses logia a uma religião, e assistimos hoje ao surgimento
índices são: de novo universo: a corpolatria.
CODO, W.; SENNE, W. O que é corpo(latria). Coleção Primeiros
massa (kg) altura (cm)
IMC = RIP = 3
Passos. Brasiliense, 1985 (adaptado).
[altura (m)]2 massa (kg) Sobre esse fenômeno do homem contemporâneo
ARAÚJO. C. G. S.; RICARDO, D.R. Índice de Massa Corporal: presente nas classes sociais brasileiras, principal-
um questionamento científico baseado em evidências. Arq. Bras. mente, na classe média, a corpolatria:
Cardiologia, vol. 79, n.o 1, 2002 (adaptado). a) é uma religião pelo avesso, por isso outra reli-
gião; inverteram-se os sinais, a busca da felici-
Se uma menina, com 64 kg de massa, apresenta
dade eterna antes carregava em si a destruição
IMC igual a 25 kg/m2, então ela possui RIP igual a:
do prazer, hoje implica o seu culto.
a) 0,4 cm/kg1/3.
b) criou outro ópio do povo, levando as pessoas a
b) 2,5 cm/kg1/3. buscarem cada vez mais grupos igualitários de
c) 8 cm/kg1/3. integração social.
d) 20 cm/kg1/3. c) é uma tradução dos valores das sociedades sub-
e) 40 cm/kg1/3. desenvolvidas, mas em países considerados do
Resolução: primeiro mundo ela não consegue se manifestar
porque a população tem melhor educação e sen-
Se h for a altura da menina, em metros, então:
so crítico.
6
1) IMC => 25 = 642 => h2 = 64 = 22 = 26 = d) tem como um de seus dogmas o narcisismo, sig-
h 25 5 52 nificando o “amar o próximo como se ama a si
23 = 8 = 1,6m mesmo”.
5 5 e) existe desde a Idade Média, entretanto esse
acontecimento se intensificou a partir da Revo-
160 1/3
lução Industrial no século XIX e se estendeu até
2) RIP = 3 = 40cm/kg
64 os nossos dias.
–7
8. A dança é importante para o índio preparar o corpo. 10. O convívio com outras pessoas e os padrões sociais
A garganta significa energia para o corpo, que fica estabelecidos moldam a imagem corporal na men-
robusto. Na aldeia, para preparo físico, dançamos te das pessoas. A imagem corporal idealizada pelos
desde as cinco horas da manhã até seis horas da pais, pela mídia, pelos grupos sociais e pelas pró-
tarde, passa-se o dia inteiro dançando quando os prias pessoas desencadeia comportamentos este-
padrinhos planejam a dança dos adolescentes. O reotipados que podem comprometer a saúde. A bus-
padrinho é como um professor, um preparador físi- ca pela imagem corporal perfeita tem levado muitas
co dos adolescentes. Por exemplo, o padrinho so- pessoas a procurar alternativas ilegais e até mesmo
nha com um determinado canto e planeja para todos nocivas à saúde.
Revista Corpoconsciência, Fefisa, v.10, n.o 2, Santo André, jul./
entoarem. Todos os tipos de dança vêm dos primei-
dez., 2006 (adaptado).
ros xavantes: Wamar~idzadadzeiwaw~ e, Butséwaw~ e,
~
Tseretomodzatsewawe, que foram descobrindo atra- A imagem corporal tem recebido grande destaque e valo-
vés da sabedoria como iria ser a cultura Xavante. Até rização na sociedade atual. Como consequência,
hoje existe essa cultura, essa celebração. Quando a) A ênfase na magreza tem levado muitas mulhe-
o adolescente fura a orelha é obrigatório ele dançar res a depreciar sua autoimagem, apresentando
toda a noite, tem de acordar meia-noite para dançar insatisfação crescente com o corpo.
e cantar, é obrigatório, eles vão chamando um ao ou- b) As pessoas adquirem a liberdade de desenvol-
ver seus corpos de acordo com critérios estéti-
tro com um grito especial.
cos que elas mesmas criam e que recebem pou-
WÉRÉ' É TSI'RÓBÓ, E. A dança e o canto-celebração da ca influência do meio em que vivem.
existência xavante. VIS-Revista do Programa de Pós-Gradu- c) A moldagem corporal é um processo em que o
ação em Arte da UnB. v. 5, n. 2, dez. 2006. indivíduo observa o comportamento de outros,
A partir das informações sobre a dança xavante, sem, contudo, imitá-los.
conclui-se que o valor da diversidade artística e da d) O culto ao corpo produz uma busca incansável, tri-
tradição cultural apresentado originam-se da: lhada por meio de árdua rotina de exercícios, com
a) iniciativa individual do indígena para a prática da pouco interesse no aperfeiçoamento estético.
dança e do canto. e) O corpo tornou-se um objeto de consumo impor-
tante para as pessoas criarem padrões de bele-
b) excelente forma física apresentada pelo povo
za que valorizam a raça à qual pertencem.
xavante. 11. Luciana trabalha numa loja de venda de carros. Ela
c) multiculturalidade presente na sua manifestação tem um papel muito importante de fazer a conexão
cênica. entre os vendedores, os compradores e o serviço de
d) inexistência de um planejamento da estética da acessórios. Durante o dia, ela se desloca inúmeras
dança, caracterizada pelo ineditismo. vezes da sua mesa para resolver os problemas dos
e) preservação de uma identidade entre a gestuali- vendedores e dos compradores. No final do dia, Lu-
dade ancestral e a novidade dos cantos a serem ciana só pensa em deitar e descansar as pernas.
Na função de chefe preocupado com a produtividade
entoados.
(número de carros vendidos) e com a saúde e a sa-
9. Para que todos os órgãos do corpo humano funcio- tisfação de seus funcionários, a atitude correta frente
nem em boas condições, é necessário que a tem- ao problema seria
peratura do corpo fique sempre entre 36o C e 37o C. a) Propor a criação de um programa de ginástica
Para manter-se dentro dessa faixa, em dias de muito laboral no início da jornada de trabalho.
calor ou durante intensos exercícios físicos, uma sé- b) Sugerir a modificação do piso da loja para dimi-
rie de mecanismos fisiológicos é acionada. Pode-se nuir o atrito do solo e reduzir as dores nas pernas.
citar como o principal responsável pela manutenção c) Afirmar que os problemas de dores nas pernas
são causados por problemas genéticos.
da temperatura corporal humana o sistema
d) Ressaltar que a utilização de roupas bonitas e de
a) digestório, pois produz enzimas que atuam na
salto alto são condições necessárias para com-
quebra de alimentos calóricos. por o bom aspecto da loja.
b) imunológico, pois suas células agem no sangue, e) Escolher um de seus funcionários para conduzir
diminuindo a condução do calor. as atividades de ginástica laboral em intervalos
c) nervoso, pois promove a sudorese, que permite de 2 em 2 horas.
perda de calor por meio da evaporação da água. 12. A falta de espaço para brincar é um problema muito
d) reprodutor, pois secreta hormônios que alte- comum nos grandes centros urbanos. Diversas brin-
ram a temperatura, principalmente durante a cadeiras de rua tal como o pular corda, o pique pega
e outros têm desaparecido do cotidiano das crianças.
menopausa.
As brincadeiras são importantes para o crescimento
e) endócrino, pois fabrica anticorpos que, por sua e desenvolvimento das crianças, pois desenvolvem
vez, atuam na variação do diâmetro dos vasos tanto habilidades perceptivo-motoras quanto habili-
periféricos. dades sociais.
8–
Considerando a brincadeira e o jogo como um impor- 13. Folclore designa o conjunto de costumes, lendas,
tante instrumento de interação social, pois por meio provérbios, festas tradicionais, manifestações artísti-
deles a criança aprende sobre si, sobre o outro e so- cas em geral, preservado, por meio da tradição oral,
bre o mundo ao seu redor, entende-se que: por um povo ou grupo populacional. Para exemplifi-
a) O jogo possibilita a participação de crianças de car, cita-se o frevo, um ritmo de origem pernambuca-
diferentes idades e níveis de habilidade motora. na surgido no início do século XX. Ele é caracteriza-
b) O jogo desenvolve habilidades competitivas cen- do pelo andamento acelerado e pela dança peculiar,
tradas na busca da excelência na execução de feita de malabarismos, rodopios e passos curtos,
atividades do cotidiano. além do uso, como parte da indumentária, de uma
c) O jogo gera um espaço para vivenciar situações sombrinha colorida, que permanece aberta durante a
de exclusão que serão negativas para o aprendi- coreografia.
zado social. As manifestações culturais citadas a seguir que integram
d) Através do jogo é possível entender que as re- a mesma categoria folclórica descrita no texto são:
gras são construídas socialmente e que não po- a) Bumba-meu-boi e festa junina
demos modificá-las. b) Cantiga de roda e parlenda
e) No jogo, a participação está sempre vinculada à c) Saci-pererê e boitatá
necessidade de aprender um conteúdo novo e de d) Maracatu e cordel
desenvolver habilidades motoras especializadas. e) Catira e samba
Tempo
0s 4s 10s 1 ½ min 3 min
ATP
Força-potência
levantamento de potência, salto em altura,
arremesso de peso, tacada de golfe, saque no tênis
ATP–CP
Potência sustentada
piques, freadas rápidas, desempenho
Tipos de desempenho
Endurance aeróbica
além da corrida de meia milha
12 –
Alongamentos para a região lombar das costas, quadris, virilhas e tendões
– 13
TABELA DE ALIMENTOS E CALORIAS
ALIMENTOS PESO CALORIAS
Maçã 150 g 70
Abacate (metade) 142 g 185
Banana 175 g 100
Uvas (cacho médio) 150 g 65
Manga 200 g 90
Mamão 91 g 35
Melancia 925 g 115
Morango 75 g 30
Abacaxi (1 fatia grande) 122 g 90
Laranja 180 g 65
Tomate 200 g 40
Cenoura 50 g 20
Pepino 50 g 5
Alface 50 g 10
Pão francês 20 g 60
Bife grelhado (9 cm x 5 cm x 2 cm) 85 g 330
Bife hamburger 85 g 245
Peito de galinha frito 94 g 55
Pimentão recheado c/ carne 113 g 200
Linguiça de porco (2 pedaços pequenos) 26 g 125
Purê de batatas 100 g 95
Batata cozida (1 grande) 122 g 80
Batata frita (10 pedaços médios) 57 g 155
Pizza de queijo (1 pedaço médio) 75 g 185
Macarrão cozido 105 g 115
Cachorro quente 291
Big Mac 187g 541
Cheeseburger 114g 306
Torta de maçã 91g 300
Batata frita 69g 211
Hamburger 99g 257
Pizza Hut – queijo 450
3 pedaços de uma pizza de 25 cm
– supreme 510
Coca-Cola 124 ml 55
Café 250 ml 96
Cerveja 180 ml 2
Uísque 250 ml 100
Vinho branco 45 ml 110
Leite integral 90 ml 75
Leite desnatado 245 ml 160
Iogurte 245 ml 90
Queijo suíço 245 ml 125
Sorvete 28 g 105
Açúcar (1 colher de sopa) 70 g 145
6g 30
Ovo
50 g 80
Bombom de chocolate 28 g 145
14 –
Uma pessoa gasta em média aproximadamente
2.000 kcal/dia e dependendo do seu nível de atividades Exemplos de quantidades de calorias gastas
por uma pessoa, em um dia, de acordo com
diárias, essa média de calorias gastas num dia pode
a profissão que exerce
aumentar ou abaixar. Por exemplo, uma pessoa que
trabalha como lenhador, por ser muito cansativo, gasta
aproximadamente 3.500 kcal/dia. Já uma pessoa que Idoso aposentado 1.900 a 2.400 kcal/dia
está sentada, sem realizar esforço nenhum, pode gastar
aproximadamente 1.500 kcal/dia. Técnico de laboratório 2.100 a 2.800 kcal/dia
Assim, uma pessoa que gasta cerca de 2.000 kcal/
dia deve também ingerir 2.000 kcal/dia em alimentos Estudante universitário 2.200 a 2.900 kcal/dia
para manter seu peso. Como exemplo, se comermos 4
Big Macs (500 kcal cada = 2.000 kcal) num dia alcan- Lenhador 3.500 a 3.700 kcal/dia
çaremos a marca das 2.000 kcal/dia. O problema será
analisarmos se a alimentação foi balanceada, com todos Operário de construção 3.000 a 3.300 kcal/dia
os nutrientes necessários para o nosso organismo.
Uma alimentação balanceada deve ter os seguintes Dona de casa 2.000 a 2.200 kcal/dia
componentes:
• carboidratos – são as principais fontes de ener- Assim, a pessoa que desempenha uma das profis-
gia. Estão presentes, por exemplo, em pães, bo- sões citadas deve, consequentemente, ingerir por dia a
los, amido etc. quantidade de calorias indicada para suprir seu corpo de
• gorduras – são fontes de energia, servem de pro- energia.
Caso a pessoa gaste mais do que a quantidade de
teção a órgãos vitais, promovem isolamento térmico
alimentos que ingeriu, ela irá emagrecer. Exemplo: um
etc. Podem ser encontradas em carnes, ovos, leites,
operário de construção gastou num dia de trabalho 3.000
queijos, mariscos etc.
kcal, mas ingeriu apenas 2.700 kcal. Assim, ficou com
• proteínas – função de construção de células, tecidos
gasto superior de 300 kcal e irá emagrecer, consumindo
e estruturas. São encontradas em carnes, leite, ovos,
suas reservas de gordura armazenadas.
cereais, gorduras etc. Caso a pessoa gaste menos do que a quantidade
• vitaminas – substâncias que realizam as funções que ingeriu, irá acumular energia, em forma de gordura.
metabólicas nas células. Exemplos: A, D, E, K, B-1, Se uma pessoa consome diariamente 2.000 kcal e
B-2, C etc. sua alimentação também é de 2.000 kcal, manterá seu
• minerais – são responsáveis pela formação de vá- peso. Caso ela pratique alguma atividade física além da
rias estruturas no organismo. Exemplos: ferro, sódio, sua atividade normal de trabalho, como, por exemplo,
potássio, zinco, flúor etc. correr ou andar por 60 minutos, ela pode consumir, além
• água – é o meio em que ocorrem todos os processos das 2.000 kcal normais, mais 300 kcal. Assim, passará a
do organismo. Está presente em alimentos, frutas, consumir 2.300 kcal e se mantiver sua alimentação igual
bebidas, líquidos etc. (2.000 kcal), irá emagrecer.
Localização primária do
Mineral Principal função Fontes de alimento Dieta recomendada
corpo
Cálcio Ossos e dentes Coagulação sanguínea, Leite e seus produtos, 1200 mg/dia para idades
formação óssea, transpor- brócolis, sardinha, ostras de 11 a 18 anos e 800 mg
te de líquidos, contração e moluscos por dia para adultos
muscular
Fósforo Ossos e dentes Formação óssea, sistema Queijo, gema de ovo, leite, 1200 mg/dia para idades
energético do corpo, regu- carne, peixe, aves, cereais de 11 a 18 anos e 800 mg
lação do pH e legumes por dia para adultos
Magnésio Ossos e interior de células Ativação de enzimas Cereais, carne, leite, ver- 300 a 400 mg/dia para
duras e legumes adolescentes e adultos
Sódio Ossos e líquidos extrace- Regulação da osmolalida- Sal, frutos do mar, leite e 900 a 3.300 mg/dia para
lulares de, pH e volume líquido do ovos; abundante na maio- adolescentes e adultos
corpo ria dos alimentos, exceto
frutas
Potássio Líquido intracelular Regulação da osmolali- Frutas, carne, leite, cereais 1.525 a 5.625 mg/dia para
dade, pH e mudança na vegetais e legumes adolescentes e adultos
membrana celular
Ferro Hemoglobina, fígado, baço Transporte de O2 Fígado, carne, gema de 10 a 18 mg/dia para ado-
e ossos ovo, legumes, grãos vege- lescentes e adultos
tais, camarão e ostras
Zinco Maioria dos tecidos; fíga- Constituinte de enzimas Leite, fígado, ostra, aren- 15 mg/dia para adolescen-
do, músculo e ossos especiais e insulina que e farelo de trigo tes e adultos
Cobre Todos os tecidos; fígado, Constituinte de enzimas Fígado, ostra, grãos, cere- 2,0 a 3,0 mg/dia para ado-
cérebro, coração e rim jas, legumes, rim, ave, mo- lescentes e adultos
luscos, chocolate e nozes
Iodo Glândula tireoide Constituinte essencial de Sal iodado, frutos do mar, 150 mcg/dia para adultos
tiroxina água e vegetais e adolescentes
Manganês Ossos, pituitária, fígado, Constituinte essencial de Grãos, legumes, frutas, 2,5 a 5,0 mg/dia para ado-
pâncreas e tecido gas- enzimas chá e nozes lescentes e adultos
trointestinal
Flúor Ossos Reduz as cáries e a perda Água, chá, café, espinafre, 1,5 a 2,5 mg/dia para ado-
óssea gelatina, alface, feijão de lescentes e 1,5 a 4,0 mg/
soja e cebola dia para adultos
Molibdênio Enzimas Constituinte de enzimas Legumes, cereais, vege- 0,15 a 0,5 mg/dia para
essenciais tais e órgãos adolescentes e adultos
Cobalto Em todas as células Essencial à função normal Fígado, rim, ostras, aves, Nenhuma
de todas as células moluscos e leite
Selênio A célula Metabolismo da gordura Grãos, cebola, carne, leite 0,05 a 0,2 mg/dia para
e vegetais adolescentes e adultos
Cromo A célula Metabolismo de glicose Óleo de milho, cereais, 0,05 a 0,2 mg/dia para
moluscos, carne e água adolescentes e adultos
16 –
VITAMINAS, FUNÇÕES E FONTES
Dieta recomendada
Vitamina Função principal Fontes
(unidades/dia)
Adaptação à luz crepuscular, re- 800 e 1.000 mg para ho-
Fígado, rim, leite, manteiga,
sistência à infecção, e desenvol- mens e mulheres, respec-
A gema de ovo, vegetais, damasco,
vimento dos ossos e dentes; evita tivamente – adultos e ado-
melão e pêssego
problemas oculares e cutâneos lescentes
Facilidades de absorção de cál- 10 mg para adolescentes
Luz solar, peixe, ovos, laticínios
D cio, desenvolvimento dos ossos de 11 a 18 anos; 5 a 7,5 g
enriquecidos e fígado
e dentes para adultos
Evita a oxidação de vitaminas es-
Germe de trigo, óleos vegetais, 8 a 10 mg para adultos e
E senciais e ácidos graxos e prote-
verduras, leite e gema de ovo adolescentes
ge as células contra hemólise
Fígado, óleo de soja, óleo vege-
70 a 140 mg para adultos e
K Coagulação sanguínea tal, verduras, tomates, couve-flor
adolescentes
e farelo de trigo
B2 Crescimento, saúde dos olhos e Leite e laticínios, carne, verduras, 1,2 a 1,7 mg para adultos e
(Riboflavina) metabolismo energético ovos, peixe e cereais enriquecidos adolescentes
Metabolismo energético e sínte- Peixe, fígado, carne, ave, grãos, 13 a 19 mg para adultos e
Niacina
se de ácidos graxos ovos, leite, legumes e amendoim adolescentes
Atividades 50 56 62 68 71 77 83 89 95
Jogar cartas 1,3 1,4 1,6 1,7 1,8 1,9 2,1 2,2 2,4
Cozinhar 2,3 2,5 2,8 3,1 3,2 3,5 3,7 4,0 4,3
8,5 km/hora 3,2 3,6 4,0 4,4 4,5 4,9 5,3 5,7 6,1
Ciclismo
15 km/hora 5,0 5,6 6,2 6,8 7,1 7,7 8,3 8,9 9,5
8 km/hora 6,8 7,6 7,6 8,4 9,6 10,5 11,3 12,1 13,3
Corrida 12 km/hora 10,8 11,9 11,9 13,1 14,8 16,0 17,1 18,3 20,0
16 km/hora 13,6 15,0 15,0 16,2 17,9 19,1 20,2 21,4 23,1
peito 8,1 9,1 10,0 11,0 11,5 12,5 14,0 14,4 15,4
Natação
crawl 7,8 8,7 9,7 10,6 11,1 12,0 13,4 13,9 14,8
Cortar lenha rápido 14,9 16,6 18,4 20,2 21,1 22,9 24,7 26,4 28,2
Caminhar 4,0 4,5 5,0 5,4 5,7 6,2 6,6 7,1 7,6
18 –
FUMO
As substâncias químicas do fumo podem ser dividi- 5. Substâncias adventícias – substâncias adicionadas no
das em 5 grupos essenciais: cultivo do tabaco, como agrotóxicos e outros que afe-
1. Nicotina – responsável pela dependência de tabaco, tam a planta do fumo e, consequentemente, o cigarro.
é absorvida pelos pulmões por ser ácida. O tabaco • Quanto mais profundas as tragadas, mais prejudi-
do charuto é alcalino e é absorvido pela mucosa bu- ciais à saúde.
cal. Cada tragada contém 0,2 mg de nicotina e em
• O aumento dos óbitos em relação aos não fuman-
10 tragadas em 1 minuto, a concentração no sangue
tes é de: 9,17 vezes maior em câncer de pulmão; 6
chega a 40 mg por ml. O efeito da nicotina passa
vezes maior em câncer de esôfago; 15 vezes maior
em aproximadamente 30 minutos e o fumante sen-
em enfisema pulmonar; 7 vezes maior em câncer de
te a necessidade de fumar de novo. A síndrome de
fígado; 2,2 vezes maior em doenças cardíacas etc.
abstinência pode causar necessidade de fumar, an-
siedade, nervosismo, fadiga, distúrbios do sono e do • A menopausa pode ser antecipada na mulher que
ritmo cardíaco etc. A nicotina aumenta a frequência fuma mais de 20 cigarros por dia.
cardíaca, diminui a circulação sanguínea periférica, • Anticoncepcionais associados ao fumo aumentam o
a circulação coronariana e provoca queda de tem- risco de infarto em até 10 vezes.
peratura corporal nas mãos e pés. Um minuto após • O fumo nas gestantes pode causar no feto diminuição
tragar, a nicotina chega ao sistema nervoso central, do peso, episódios hemorrágicos na mãe, problemas
podendo ser estimulante em pequenas doses e de- de placenta, partos prematuros, atraso psicomental,
pressiva em altas doses. abortos, morte do feto etc.
2. Monóxido de carbono – tem 250 vezes mais afini-
• Através da amamentação, a mãe passa a nicotina
dade com a hemoglobina do que com o oxigênio, e
que fumou para a criança, podendo causar náuseas,
assim, em vez de a hemoglobina levar o oxigênio ao
diarreia, taquicardia, agitação etc.
corpo, leva o monóxido de carbono, podendo causar
isquemia cardíaca e outras doenças. • A concentração de monóxido de carbono no ar é
3. Irritantes da mucosa respiratória – são o óxido e o dióxi- de 1 a 30 ppm (partes por milhão), na fumaça do
do de nitrogênio, ácidos, fenóis, quinonas etc. Causam escapamento de um carro é de 30.000 a 80.000
reações irritativas e inflamações, desde a faringe, larin- ppm e na de um cigarro é de 20.000 a 60.000 ppm.
ge, brônquios, alvéolos etc., que podem causar bron- O fumo gera uma fumaça com monóxido de carbo-
quite, doenças respiratórias, enfisema etc. no 840 vezes maior do que o máximo permitido em
4. Compostos cancerígenos – possui componentes indústrias.
cancerígenos, como o benzo (a) pireno, criseno, • O “fumante passivo” recebe 10% do que as pessoas
dibenzo (a,h) antraceno, polônio 210, carbono 14, fumaram e assim também recebe os efeitos nocivos
potássio 40 etc. do fumo.
DOPING
Existem 5 classes de substâncias dopantes: Diuréticos
• Servem para perder peso corporal ou para aumentar
o volume de urina, ou ainda para diluir “outro” doping.
Estimulantes
• São usados em judô, boxe, levantamento de pesos etc.
• Visam diminuir a sensação de fadiga, como, por
exemplo, a efedrina, anfetaminas, cafeína etc. Esteroides anabolizantes
• São usados em esportes aeróbios, como futebol, • Hormônios sintetizados para aumentar a massa muscular.
basquete, maratonas, natação de longa duração etc. • São usados em esportes de força, como levantamen-
to de pesos, provas de arremessos do atletismo, cor-
• O uso da cocaína e da maconha é considerado do-
ridas curtas, saltos etc.
ping, mas só traz malefícios ao atleta.
Hormônios peptídeos
Narcóticos analgésicos • Servem para fixar proteínas no organismo.
• Usados em qualquer esporte, visam diminuir a dor • São usados em esportes de força, como arremesso,
de pequenas lesões, aliviar o mal-estar, cansaço etc. ciclismo, remo, levantamento de pesos etc.
– 19
Exemplos de outras formas de melhorar o desempenho: • Treinamento em grandes altitudes: o corpo passa
• Auto-hemotransfusão: tiram o próprio sangue e o a aumentar a produção de hemoglobina que é quem
recolocam após alguns meses. Essa maior quanti- “carrega” o oxigênio para os músculos.
dade de sangue poderia levar os nutrientes, oxigênio • Bicarbonato de sódio: usado para “neutralizar” a
etc. em maior quantidade ao corpo, mas causa pro-
acidez causada pelo exercício, fazendo com que “de-
blemas também.
more” mais a sensação de fadiga.
• Gravidez interrompida: a gravidez aumenta a quantida-
de de hormônios, que aumentam a força muscular, além • Introdução de ar nos intestinos: colocar ar no in-
de outras melhorias. Depois de 2 a 3 meses, abortam. testino de nadadores, para aumentar a flutuabilidade.
PREJUÍZOS DO DOPING
Anfetaminas “tiram” o cansaço e não deixam o corpo perceber o seu limite causando lesões; aumentam a
pressão arterial e a frequência cardíaca, diminuem a concentração, podem gerar dependência física ou psicológica.
Maconha diminui a performance em 20%.
A cocaína aumenta a produção de ácido lático (traz cansaço muscular), diminui o glicogênio muscular (fonte de
energia), só piorando o desempenho físico.
Anabolizantes trazem problemas hepáticos (até câncer), renais, diminuição de testículos e na quantidade de
espermatozoides, hipertensão arterial, aumento da agressividade, tecido mamário em homens, fluxo menstrual ir-
regular nas mulheres, aumento de lesões corporais, acne, calvície, insônia, câimbras, aumento na suscetibilidade de
infecções, enrijecimento das articulações etc.
MUSCULAÇÃO
• Antes do início de um treinamento físico é essencial • Resistência de força aeróbia – capacidade de se
o exame médico que verifique condições posturais, opor à fadiga muscular em exercícios repetidos e
cardiopulmonares etc. com suficiente reserva de oxigênio.
• A musculação pode ter um caráter recreativo, estéti- • Resistência de força anaeróbia – capacidade de
co, de aplicação esportiva ou aplicação médica. se opor à fadiga muscular em exercícios repetidos e
sem suficiente reserva de oxigênio.
O treinamento pode visar a 5 formas:
O treinamento pode ter 4 variáveis:
• Força máxima – maior força realizável em uma con- • Repetições – números de vezes que fazemos um
tração muscular. exercício.
• Força rápida – capacidade de realizar força no me- • Séries – conjunto de repetições de um mesmo exercício.
nor tempo possível. • Intensidade – é representada pela % de peso escolhida.
• Velocidade de força – capacidade do músculo de se • Recuperação – é o intervalo de tempo entre uma série
contrair o mais rápido possível. e outra.
20 –
• Pessoas iniciantes devem começar com pesos leves tirada de todo nosso corpo em geral (pernas, costas,
e grandes repetições (15-30), a fim de desenvolver rosto, vísceras etc.) que a utiliza como fonte de energia
inicialmente o aprendizado dos movimentos e a re- para os exercícios. Nos exercícios aeróbios que são os
sistência muscular. Trata-se de uma preparação do que utilizam grandes massas musculares, têm baixa in-
organismo para o exercício, pois são formados novos tensidade e longa duração (o “abdominal” é realizado
capilares sanguíneos, maiores reservas de energia no por poucos músculos e por alguns minutos no máximo)
músculo etc. a gordura é queimada durante o exercício, mas princi-
• Exercícios de força também são importantes, pois palmente após 15 a 20 minutos deste. Exercícios aeró-
com o decorrer da idade, perdemos massa muscular, bios seriam a corrida, o andar, a natação, o ciclismo e
que é essencial para a manutenção das atividades outros esportes, desde que tenham baixa intensidade,
diárias, para o aumento do metabolismo basal (que longa duração e utilizem grandes massas musculares.
Quer dizer que no abdominal não se queimam “gor-
é responsável por 60% a 70% dos gastos diários de
duras”? Mais ou menos, no exercício em si, não, pois
energia) etc.
existem outras fontes de energia mais rápida, como o
• Exercícios de força máxima na infância e adolescência
glicogênio muscular e o hepático, mas após uma ses-
podem atrapalhar o crescimento, pois solidificam as
são inteira de musculação e de exercícios localizados,
cartilagens dos ossos longos, evitando o crescimento.
na sua fase de recuperação, a partir de algumas horas
Exercícios de resistência muscular podem ser feitos, após os exercícios, o glicogênio gasto tem que ser re-
tomando-se cuidado apenas em aspectos posturais. posto e daí, as gorduras são mobilizadas (gastas) para
• Exercícios localizados, do tipo “abdominais”, fazem repor e assim, “queimamos” as gorduras também, mas
“perder” a barriga (“queimar gordura”)? A gordura é re- não apenas as da região abdominal.
AQUECIMENTO
• O aquecimento é muito importante antes de realizar vimento de baixa intensidade, como, por exemplo, o
uma atividade física, pois prepara o corpo nos aspec- andar depois de uma corrida, para que se retire dos
tos orgânicos, físicos, psicológicos etc., melhorando músculos o ácido lático, para que haja maior oferta
a viscosidade dos músculos, ativando o sistema ner- de oxigênio e para auxiliar a circulação sanguínea,
voso, alongando, ativando a circulação sanguínea, pois os músculos, ao se contraírem, “espremem” os
fornecendo oxigênio aos músculos, reduzindo a ten-
vasos sanguíneos, ajudando o sangue a retornar ao
são muscular, além de desenvolver a consciência
coração. Depois, devemos novamente alongar, a fim
corporal etc.
de relaxarmos os músculos e fazer uma “volta à cal-
• O aquecimento deve ter exercícios de alongamento e
ma”, em que descansamos, reduzindo os batimentos
flexibilidade, mas sem forçar demais a amplitude das
cardíacos e a frequência respiratória.
articulações, pois podem ocorrer pequenas lesões.
Depois podem ser feitos os exercícios baseados nos • O alongamento deve ser estático, isto é, sem insis-
próprios movimentos do esporte que será realizado, tência ou movimentos balanceados, pois podem for-
mas em intensidade mais fraca. çar ou romper fibras dos músculos. Devemos perma-
• Ao final do exercício, devemos continuar por cerca necer no alongamento por no mínimo 10 segundos,
de 2 a 3 minutos o mesmo movimento ou outro mo- para que o músculo possa alongar suas fibras.
MARATONA
Estamos realizando todo bimestre um trabalho com acas alcançadas no início, final e recuperação, além do
nossos alunos que chamamos no Objetivo de “marato- tempo obtido.
na”. Ele nada mais é do que um modo de ensinarmos O objetivo é ensinar noções de uma corrida de resis-
que fazer atividades físicas é importante durante toda a tência, respiração, calçados mais adequados, F.C. e não
vida e temos que aprender como fazer, ou até ensinar medir performance, pois os alunos podem correr, andar,
para nossos pais e amigos um modo seguro de fazer um alternar etc., dependendo da capacidade de cada um, pois
trabalho adequado. devemos respeitar as individualidades deles. Ao realizar
Nas aulas, a maratona é feita em duplas, em que um o percurso com seus alunos, de cerca de 1.000 – 1.200
aluno corre (ou anda) e o outro realiza as marcações na metros, procure um local amplo, para evitar muitas voltas
folha própria do número de voltas e as frequências cardí- num mesmo lugar.
– 21
A maratona surgiu na Grécia, em 409 a.C., onde Os exercícios aeróbios têm algumas características,
persas e gregos lutavam perto da cidade de Maratona. como:
Um soldado, Filípedes, foi enviado para buscar reforços • pequena intensidade: não usam toda nossa força,
para a batalha, a 40 km de distância e voltou com 10.000 requerem pouco esforço, diferente de levantar um
homens, vencendo a guerra. Daí foi enviado novamen- grande peso por alguns segundos como um halte-
te para Atenas, informar que haviam vencido a batalha. rofilista ou nadar 50 metros o mais rápido possível.
Chegando a Atenas, só teve forças para falar: “Vencemos” • longa duração: no mínimo são exercícios de 3 minu-
e em seguida faleceu. Atualmente a prova é de 42.195 tos podendo chegar até horas, como numa maratona
ou triatlon.
metros, que seria a distância percorrida pelo soldado.
• grandes grupos musculares: quando estamos re-
Existem corridas de velocidade, que chamamos de
mando, por exemplo, estamos utilizando músculos
anaeróbias (em que a principal fonte de energia é a ar- das coxas, costas e braços.
mazenada no próprio músculo e não necessita de oxigê- • Assim, atividades como andar, correr, nadar, remar,
nio) como uma corrida de 100 metros, que dura de 10 a andar de bicicleta etc., se forem feitas de forma leve,
15 segundos e as corridas de resistência, que chamamos sem grande intensidade, são consideradas aeróbias,
de aeróbias (em que utilizamos o oxigênio para produzir trazendo benefícios para o coração, diminuindo a
a energia) que é o caso da “maratona”. gordura etc.
FREQUÊNCIA CARDÍACA
Para fazermos exercícios aeróbios com segurança, Existem outras fórmulas, como:
temos um método simples que é medirmos a frequência
cardíaca. Quanto maior o esforço realizado, mais nosso F.C.no treino = F.C.em repouso + % (F.C.máxima –
coração trabalha batendo mais rápido, mandando sangue F.C.em repouso)
com oxigênio e nutrientes para alimentar nossos múscu-
los envolvidos no exercício, além de retirar os resíduos Exemplo: F.C.em repouso = 70
prejudiciais que se formam nos músculos e atrapalham F.C.máxima = 190
os movimentos. % escolhida = 60
Para medir a frequência cardíaca, deve-se colocar a
F.C.no treino = 70 + 60% (190-70) = 142
polpa do dedo indicador e médio sobre o pulso (lateral do
pulso, ao lado do dedão), ou na região do pescoço (la- Cálculo da zona alvo de treinamento aeróbio
-teral do pescoço, na artéria carótida), na região temporal (HASKELL; FOX, 2001)
(lateral do rosto, ao lado dos olhos) ou com aparelhos
próprios de medição. F.C.máxima = 208 – (0.7 x idade)
Durante um período de 15 segundos, contam-se as
pulsações das artérias, que correspondem aos batimen- Para calcular a porcentagem, precisamos saber a
tos cardíacos. Multiplica-se o número achado por 4, para
F.C. de reserva, que é a F.C.máxima menos a F.C.em repouso
se achar a F.C. por minuto. Exemplo: 25 batimentos em
15 segundos é igual a 100 batimentos por minuto. (descanso).
Durante os exercícios, a frequência cardíaca (F.C.) F.C. de reserva = F.C. máxima – F.C. em repouso
não deve ser superior à sua F.C. máxima, que pode ser
calculada assim: Se quisermos treinamento entre 60% a 80%, calcu-
lamos assim:
F.C.máxima = 220 – idade
F.C. de treinamento = F.C.em repouso x 0,6 x F.C. de reserva
(mínimo)
Para um treinamento de condicionamento físico
F.C.em repouso x 0,8 x F.C.de reserva
aeróbio, de pessoas destreinadas, podemos usar, por (máximo)
exemplo, entre 60% e 70 % da F.C. máxima. Isso quer
dizer que abaixo de 60% o exercício está muito fraco Indivíduos bem treinados podem aumentar a por-
para trazer benefícios e acima de 70%, estaria muito centagem da frequência cardíaca de treinamento para
forte, trazendo poucos benefícios. 80% a 90% da F.C.máxima, mas existem testes especí-
ficos (teste ergométrico, ergoespirométrico, teste de
Exemplo:
lactato sanguíneo etc.) realizados por professores e
Idade: 30 anos médicos, que podem avaliar as reais condições cardior-
F.C.máxima 220 – 30 = 190 batimentos por minuto respiratórias das pessoas, para se calcular com exati-
dão a carga de trabalho que uma pessoa deve ter, pois
F.C.de treinamento (de 60% a 70%) = entre 114 e
cada pessoa tem características e capacidades próprias
133 batimentos por minuto que devem ser respeitadas.
22 –
MINIMARATONA
Nome:______________________________________________ Série______________________
DATA VOLTAS
1 2 3 4 5 6 7 8 9 10 11 12
1.o bimestre
DATA VOLTAS
1 2 3 4 5 6 7 8 9 10 11 12
2.o bimestre
DATA VOLTAS
1 2 3 4 5 6 7 8 9 10 11 12
3.o bimestre
DATA VOLTAS
1 2 3 4 5 6 7 8 9 10 11 12
4.o bimestre
– 23
FREQUÊNCIA CARDÍACA
VO2 28% 42% 65% 70% 83%
F.C.
idade 40% 45% 50% 55% 60% 65% 70% 75% 80% 85% 90% 95
máx.
20 200 80 90 100 110 119 130 139 150 160 169 180 189
21 199 79 89 99 109 119 129 139 149 159 169 179 189
22 198 79 89 99 108 118 128 138 148 158 168 178 188
23 197 78 88 98 108 118 128 137 147 157 167 177 187
24 196 78 88 98 107 117 127 137 147 156 166 176 186
25 195 78 87 97 107 116 126 136 146 156 165 175 185
26 194 77 87 97 106 116 126 135 145 155 164 174 184
27 193 77 86 96 106 115 125 135 144 154 164 173 183
28 192 76 86 96 105 115 124 134 144 153 163 172 182
29 191 76 85 95 105 114 124 133 143 152 162 171 181
30 190 76 85 95 104 113 123 132 142 152 161 171 180
31 189 75 85 94 103 113 122 132 141 151 160 170 179
32 188 75 84 94 103 112 122 131 141 150 159 169 178
33 187 74 84 93 102 112 121 130 140 149 158 168 177
34 186 74 83 93 102 111 120 130 139 148 158 167 176
35 185 74 83 92 101 110 120 129 138 148 157 166 175
36 184 73 82 92 101 110 119 128 138 147 156 165 174
37 183 73 82 91 100 109 118 128 137 146 155 164 173
38 182 72 81 91 100 109 118 127 136 145 154 163 172
39 181 72 81 90 99 108 117 126 135 144 153 162 171
40 180 72 81 90 99 107 117 125 135 144 152 161 170
41 179 71 80 89 98 107 116 125 134 143 152 160 170
42 178 71 80 89 97 106 115 124 133 142 151 159 169
43 177 70 79 88 97 106 115 123 132 141 150 158 168
44 176 70 79 88 96 105 114 123 132 140 149 157 167
45 175 70 78 87 96 104 113 122 131 140 148 156 166
46 174 69 78 87 95 104 113 121 130 139 147 155 165
47 173 69 77 86 95 103 112 121 129 138 147 154 164
48 172 68 77 86 94 103 111 120 129 137 146 153 163
49 171 68 76 85 94 102 111 119 128 136 145 153 162
50 170 68 76 85 93 101 110 118 127 136 144 153 161
51 169 67 76 84 92 101 109 118 126 135 143 152 160
52 168 67 75 84 92 100 109 117 126 134 142 151 159
53 167 66 75 83 91 100 108 116 125 133 141 150 158
54 166 66 74 83 91 99 107 116 124 132 141 149 157
55 165 66 74 82 90 98 107 115 123 132 140 148 156
56 164 65 73 82 90 98 106 114 123 131 139 147 155
57 163 65 73 81 89 97 105 114 122 130 138 146 154
58 162 64 72 81 89 97 105 113 121 129 137 145 153
59 161 64 72 80 88 96 104 112 120 128 136 144 152
60 160 64 72 80 88 95 104 111 120 128 135 144 151
61 159 63 71 79 87 95 103 111 119 127 135 143 151
62 158 63 71 79 86 94 102 110 118 126 134 142 150
63 157 62 70 78 86 94 102 109 117 125 133 141 149
64 156 62 70 78 85 93 101 109 117 124 132 140 148
24 –
DISTRIBUIÇÃO SANGUÍNEA
EM REPOUSO EM EXERCÍCIO
(5 litros/minuto) (25 litros/minuto)
PRESSÃO ARTERIAL
É muito comum ouvirmos dizer que a pressão consi- sangue está retornando para o coração (pressão “baixa”).
derada “normal” é 12 por 8. O que isso significa? A pres- Na realidade, o “12” corresponde a 120 mm de mer-
são que é popularmente conhecida como pressão alta cúrio (Hg), e o “8”, a 80 mm de mercúrio (Hg), medidos
(número “12”) chama-se sistólica e a pressão baixa (nú- através do aparelho de pressão (esfigmomanômetro).
mero “8”), diastólica. Em poucas palavras, poderíamos Os níveis de pressão normal e alta, segundo o US
dizer que revelam a força com que o coração está bom-
Department of Health Human Services (1988), são:
beando o sangue para o corpo (pressão “alta”) e como o
– 25
PRESSÃO SANGUÍNEA PELO CORPO
O ventrículo direito bombeia o sangue “ruim” (pobre “bom” (rico em oxigênio) volta ao coração e o ventrículo
em oxigênio) até o pulmão, para fazer a troca gasosa, esquerdo o bombeia até o corpo, levando oxigênio e nu-
isto é, lançar fora o gás carbônico e outros gases e re- trientes até as células, órgãos etc. Depois, refaz-se todo
ceber o oxigênio de volta ao corpo. Depois, o sangue o processo.
Cabeça e braços
Veia cava
superior Veias Artérias
provenientes para a parte
da parte superior
superior do corpo
do corpo
Aorta
Artéria Pulmão
Pulmão pulmonar
Veia
pulmonar
Aurícula
esquerda
Aurícula
direita
Ventrículo
direito
Ventrículo
esquerdo
Veias
hepáticas Artérias
hepáticas
Rins
Vista esquemática do sistema cardiovascular formado pelo coração e pelos circuitos vasculares pulmonar e sistê-
mico. O sombreado escuro indica o sangue arterial rico em oxigênio, enquanto o sangue venoso desoxigenado está
ligeiramente mais pálido. No circuito pulmonar, a situação se inverte e o sangue oxigenado retorna ao coração pelas
veias pulmonares (direita e esquerda).
Ar
N2
O2
O2
N2 CO2
O2 N2
O2
N2 O2
Alvéolos
Veia Artéria
CO2 O2
Energia Músculo
– 27
EXERCÍCIO AERÓBIO ESTÁVEL
Os exercícios aeróbios (de pequena intensidade, longa para a musculatura, deixando um déficit. Assim, é importan-
duração e que envolvem grandes grupos de massa mus- te sempre começarmos o exercício de maneira lenta, para
cular) após aproximadamente 3 a 4 minutos entram em poder utilizar o oxigênio de maneira adequada, sem cansar
equilíbrio (steady state) e passam a utilizar o oxigênio de o corpo, isto é, formando o ácido lático em excesso, que é
maneira adequada. Antes disso, o oxigênio era insuficiente um sinônimo de que o corpo está se cansando.
2,0
1,5
Déficit de
Captação de oxigênio (L . min–1)
oxigênio
1,0
0,5
Repouso
0 2 4 6 8 10
Tempo
(minutos)
Evolução temporal da captação de oxigênio durante um trote contínuo com um ritmo relativamente lento por 10
minutos. A área sombreada indica o “déficit de oxigênio” ou a quantidade de oxigênio que teria sido consumida se a
captação de oxigênio tivesse alcançado imediatamente um steady state.
28 –
MÚSCULOS
Nosso corpo é formado por aproximadamente 450 perigo, daí conseguimos “aquela” força que nem imagi-
músculos voluntários. návamos que tínhamos, pois provavelmente mobilizamos
Os músculos são formados por milhares de fibras todas as fibras juntas.
musculares, que podem ser fibras vermelhas (chama- As pessoas têm concentrações diferentes de tais fi-
das também de tipo I, são fibras “lentas” e servem prin- bras brancas e vermelhas, que são determinadas geneti-
cipalmente para exercícios aeróbios, de longa duração) camente, mas que também podem sofrer pequenas altera-
ou fibras brancas (chamadas também de tipo II, fibras ções pelo treinamento físico. Assim, um maratonista deve
“rápidas” para exercícios de força, potência, envolvendo ter predominantemente as fibras vermelhas e um corredor
rapidez, agilidade etc.). de provas de 100 m deve ter predominantemente fibras
Nas atividades comuns do dia a dia começamos a brancas, rápidas. Alguns estudos verificaram que aumen-
utilizar as fibras vermelhas. Quando o exercício é mui- tamos mais as fibras brancas com o treinamento. As ver-
to difícil, “pesado”, por exemplo, usamos também as fi- melhas não se alteram (determinadas geneticamente).
bras brancas. Dificilmente utilizamos todas as fibras ao As contrações musculares ocorrem devido ao “enrola-
mesmo tempo, apenas em momentos de muito estresse, mento” e “deslizamento” dos microscópicos filamentos de
por exemplo, quando precisamos “salvar” alguém de um actina e miosina, como verificamos na ilustração abaixo.
Músculo
Z
Z
Filamento espesso de miosina
Miofilamentos Perimísio
– 29
EXERCÍCIOS EM GRANDES ALTURAS
Quanto maior a altitude em que estamos, menor é a tentarmos suprir nossa necessidade de oxigênio. Quanto
pressão de oxigênio no ar que respiramos e assim, nos- mais alto, menor será nossa capacidade de fazer esforço
sa respiração passa a ficar mais rápida, profunda, para físico.
100
Mt Evans Pikes Peakl 50
Morococha
Quilcha Chile PiO2
50 50
PaCO2
Cefaleia
Tonteira Insônia 0
0
Náuseas Dispneia
Vômitos Anorexia Letargia
Edema Fraqueza geral Colapso
Distúrbios
pulmonar gástricos
Metros . 103
0 1 3 5 7 9
0 5 10 15 20 25 30
Alterações nas variáveis ambientais e fisiológicas com a altitude (PaO2 = pressão parcial do oxigênio arterial. PaCO2 =
pressão parcial do dióxido de carbono arterial. PiO2 = pressão parcial do oxigênio no ar inspirado. SaO2 = saturação com
oxigênio da hemoglobina). KOLLIAS, J.; BUSKIRK, E. Exercise and altitude. In Science and Medicine of Exercise and Sport.
Editado por W. Johnson e E. Buskirk. New York: Harper and Row, 1974.
30 –
AVALIAÇÃO DA COMPOSIÇÃO CORPORAL
Idade: 20 – 24 anos
Idade: 20 – 24 anos
Altura: 174 cm
Altura: 163,80 cm
Peso: 69,70 kg
Peso: 56,60 kg
Gordura total: 10,46 kg
Gordura total: 15,30 kg
(15,0%)
(27,0%)
Gordura de reserva: 8,38 kg
Gordura de reserva: 8,50 kg
(12,0%)
(15,0%)
Gordura essencial: 2,1 kg
Gordura essencial: 6,80 kg
(3,0%)
(12,0%)
Músculo: 31,25 kg (44,8%)
Músculo: 20,40 kg (36,0%)
Osso: 10,40 kg (14,9%)
Osso: 6,80 kg (12,0%)
Restante: 17,62 kg (25,3%)
Restante: 14,10 kg (25,0%)
Peso corporal magro: 61,60 kg
Peso (LBM) magro: 46,50 kg
– 31
(ADULTOS E NÃO ATLETAS) CATEGORIA DE IMC SEGUNDO A OMS (1997)
32 –
AVALIAÇÃO DO “PERFIL DE RISCO DE CORONARIOPATIA”
Risko – Perfil de risco de coronariopatia (cortesia da fator de risco e seu valor, achando o bloco que se aplica
Sociedade de Cardiologia de Michigan). a você. Anote os pontos encontrados no ângulo inferior
Listados abaixo estão os fatores de risco geralmente as- direito do bloco. Após checar todos os fatores de risco,
sociados ao perigo de acidente cardíaco. Estude cada totalize a sua contagem.
Se sua contagem é:
6-11– risco bem abaixo da média 25-35 – risco moderado
12-17 – risco abaixo da média 32-40 – risco perigoso
18-24 – risco médio habitual 41-62 – Perigo urgente! Procure seu médico
de 10 a 20 de 21 a 30 de 31 a 40 de 41 a 50 de 51 a 60 acima de 61
Idade
1 2 3 4 5 6
Um parente Dois parentes Um parente Dois parentes Três parentes
Nenhuma
com doença com doença com doença com doença com doença
história
Hereditariedade cardiovascular cardiovascular cardiovascular cardiovascular cardiovascular
conhecida de
(a) acima de acima de abaixo de abaixo de abaixo de
cardiopatia
60 anos 60 anos 60 anos 60 anos 60 anos
1
2 3 4 5 6
Mais de 2 kg
de 9,5 a de 16,5 a de 23 a
abaixo da de –2,1 kg a de 2,5 a 9 kg
16 kg 22,5 kg 29,5 kg acima
média de peso –2 kg do peso acima do
Peso acima do acima do peso do peso
padrão para padrão peso padrão
peso padrão padrão padrão
altura e idade 1 2
3 5 7
0
Fuma charuto 10 cigarros 20 cigarros 30 cigarros 40 cigarros
Não fuma e(ou) ou menos (1 maço (11/2 maço) (2 maços) ou
Fumo
0 cachimbo por dia por dia) por dia mais por dia
1 2 4 6 7
Trabalho Trabalho
Esforços Esforços Trabalho
sedentário e sedentário Completa falta
ocupacionais ocupacionais sedentário e
Exercícios atividade de e atividade de qualquer
intensos e de moderados e atividade de
(b) lazer de lazer exercício
lazer diários de lazer diários lazer leve
moderada moderada 8
1 2 6
3 5
Colesterol Colesterol Colesterol Colesterol
Colesterol
Colesterol entre 206 a entre 231 a entre 256 a entre 281 a
entre 181 a
Colesterol ou abaixo de 230 mg%. 255 mg%. 280 mg%. 300 mg%.
205 mg%.
% de gordura 180 mg%. Dieta Dieta com Dieta com Dieta com Dieta com
Dieta com 10%
na dieta sem gorduras 20% de 30% de 40% de 50% de
(c) de gorduras
animais gorduras gorduras gorduras gorduras
animais
1 animais animais animais animais
2
3 4 5 7
Pressão
Pressão Pressão Pressão Pressão Pressão
sistólica
Pressão arterial sistólica sistólica sistólica sistólica sistólica
200 mmHg
(d) 100 mmHg 120 mmHg 140 mmHg 160 mmHg 180 mmHg
ou mais
1 2 3 4 6
8
Homens
Mulheres Mulheres Homens
Mulheres carecas e
de 40 acima de 50 Homens endomeso-
Sexo abaixo de 40 endomeso-
a 50 anos anos 5 mórficos
1 mórficos
2 3 6
7
(a) Inclua pais, avós, irmãos e irmãs que tiveram acidentes cardíacos ou íctus cerebral.
(b) Abaixe um ponto da sua contagem se você se exercita com frequência e regularidade.
(c) Se você não sabe o nível de colesterol, a dieta ocidental usual contém cerca de 40% de gordura.
(d) Se você não conhece os seus níveis tensionais, mas passou em exames para seguros ou indústrias, é provável que sua pres-
são sistólica esteja em 140 mmHg ou menos.
– 33
ENVELHECIMENTO
“Envelhecimento é caracterizado pela incapacidade • perda de sensibilidade ao frio e ao calor (por isso,
de manutenção da homeostasia em condições de sobre- os velhinhos, se não tomarem cuidado, morrem mais
carga funcional ”. (CONFORT, 1979) fácil em dias muito frios ou muito quentes, pois não
A população idosa nos EUA, em 1900, era de 4%, em percebem bem as variações de temperatura).
1990, é de 15%. • diminuição do débito cardíaco, pois diminui a frequência
Principais mudanças no corpo humano com o cardíaca.
envelhecimento: • perda dos dentes, diminuição da salivação etc.
• diminuição da massa óssea: os homens, depois dos 40 • aspectos sociais: perda da autonomia, do papel so-
anos, perdem 0,5% de massa óssea por ano; as mu- cial (aposentadoria; o salário pode ser diminuído),
lheres perdem 1% ao ano e, após a menopausa, 3%. os idosos sofrem de isolamento, depressão, solidão
• perde-se 1 cm de altura a cada década. (viuvez), preconceitos, desnível cultural entre jovens
• depois dos 40 anos, perdemos 4% da capacidade e velhos, doenças etc.
pulmonar a cada década. As cartilagens intercostais • para a melhoria da qualidade de vida da população ido-
solidificam-se, dificultando a respiração. No repouso sa em geral é preciso: buscar a felicidade (lembrar que
isto não influencia muito, mas no exercício, sim. longevidade pode não ser sinônimo de felicidade (se
• nosso pâncreas produz mais insulina, pois as célu- não houver qualidade de vida); saúde (melhorar a flexi-
las do corpo perdem a capacidade de captar insuli- bilidade e a força ajuda a melhorar a qualidade de vida).
na e, assim, de captar o açúcar do sangue, podendo
causar diabetes. EXERCÍCIO X ENVELHECIMENTO
• perde-se aos poucos a capacidade auditiva, olfativa,
• Os exercícios promovem mudanças no nosso cor-
visual etc.
po, principalmente, diminuindo a velocidade das
• a troca da pele ocorre mais demoradamente e isso
perdas naturais do organismo pelo envelhecimento
pode ser um fator agravante para câncer de pele. A
(envelhecer não é sinônimo de ter doenças). Com
pele torna-se menos elástica, perde glândulas sudorí-
o exercício regular, principalmente exercício de for-
paras e sebáceas e fica mais susceptível a infecções.
ça, aumentamos a força dos músculos, reduzindo
• perdemos de 6% a 8% do peso do nosso cérebro, além
de perder aos poucos a memória de curto prazo; ocorre a perda natural de massa magra (músculos), além
diminuição do sono e também diminuímos a percepção de melhorar outros parâmetros fisiológicos, tanto
visual e espacial; temos dificuldades de fazer coisas em jovens como em idosos, já comentados no início
novas, elaborar táticas e estratégias novas etc. deste manual.
• dos 25 aos 50 anos, perdemos 10% da massa mus- • Mudanças bruscas no organismo dos idosos signi-
cular; dos 50 aos 80 anos, perdemos 30%. ficam doenças, pois as mudanças naturais do en-
• diminuição da quantidade de água no corpo, enquanto velhecimento são sempre lentas, com exceção das
num embrião existe 90% de água, na criança, 70%, mudanças nas mulheres causadas pela menopausa
no jovem, 60%, no idoso temos apenas 50% de água. (que são mudanças rápidas).
FORÇA
• Excêntrico (frenador ou negativo) Alto teor de mioglobina possibilita uma ação mus-
cular regular, contraem-se lentamente com elevada
É caracterizado por um aumento longitudinal do
resistência à fadiga.
músculo, que produz um efeito ativo contrário. Inter-
vém no amortecimento de saltos e na preparação • Fibras brancas do tipo 2
de movimentos.
De contração rápida, têm tempos de contração mais
• Isométrico (estático) reduzidos fadigando-se mais rapidamente. Possuem
É caracterizado por uma contração muscular, que subdivisões:
exclui o encurtamento. Serve para a fixação de po- –– Contração rápida, força moderada, resistente à
sições determinadas do corpo ou das extremidades. fadiga, glicolítica lenta (IIa)
• Combinado (autotônico ou auxotônico) –– Contração muito rápida, muita força, alta fatigabi-
Caracteriza-se por elementos do tipo impulsor, frena- lidade, glicolítica rápida (IIb)
dor ou estático. É utilizado para desenvolver a força
sem aumentar o corte transversal.
FLEXIBILIDADE
Definição: Pode ser afetada por alguns aspectos, como: largura
É a capacidade e a característica de um atleta de da cápsula articular, disposição dos tendões, tônus mus-
executar movimentos de grande amplitude, ou sob forças cular, capacidade de alongamento do músculo, forma
externas, ou ainda, que requeiram a movimentação de das epífises articulares (principalmente as superfícies
muitas articulações. (WEINECK, 1999) cartilaginosas), horário do dia, idade, cansaço etc.
Mobilidade articular, capacitando o indivíduo a utilizar Basicamente, a flexibilidade da pessoa se dá em
completamente a extensão do movimento de uma articu- como o sistema muscular está “livre” da contração mus-
lação. (HARRE, 1975) cular, onde conseguimos inibir a contração, alongando a
Capacidade humana de executar movimentos com musculatura e aumentando a amplitude dos movimentos.
grande amplitude de oscilação numa determinada articu-
lação. (ZACIORSKI, 1972) TIPOS DE FLEXIBILIDADE
Habilidade de uma pessoa para mover uma parte ou • Geral – quando envolve grandes extensões dos prin-
partes do corpo numa grande amplitude de movimentos cipais sistemas articulares, como coluna, ombros,
intencionais na velocidade requerida. (HEYWARD, 1984) quadris etc.
Habilidade de mover uma articulação através de uma • Específica – envolve uma articulação determinada
amplitude de movimento normal sem estresse excessivo
ou específica.
para a unidade musculotendinosa. (CHANDLER et al., 1990)
Muitas vezes é chamada por termos sinônimos tais Alguns autores classificam os exercícios em está-
como: mobilidade, articularidade, elasticidade. Pode ser ticos e balísticos. Cada um deles possui argumentos
medida pela Goniometria, que utiliza graus de um arco contra e a favor para seu uso:
para avaliação, chamado de amplitude do movimento. Os • Ativa – maior amplitude de movimento conseguida
aparelhos podem ser chamados de goniômetros, flexô- pela articulação, pela contração de um músculo ago-
metros ou inclinômetros. nista (e também relaxamento do antagonista).
36 –
• Passiva – maior amplitude de movimento consegui- Contribuição relativa das estruturas dos tecidos
da pela articulação com o auxílio de forças externas moles para a resistência articular
(um aparelho ou parceiro) devido à capacidade de (RODRIGUES, 1986)
extensão e de relaxamento dos antagonistas.
• Estática – o próprio indivíduo conduz o grupo mus- Estrutura Contribuição relativa
cular lentamente até uma determinada amplitude de Cápsula articular 47%
movimento e a mantém num estado de alongamento
Músculo 41%
por um determinado período de tempo.
• Facilitação neuroproprioceptiva (FNP) – pode-se Tendão 10%
contrair o músculo agonista para inibir a contração Pele 2%
dos músculos via inibição do órgão tendinoso de Gol-
gi, relaxando o antagonista. Ou ainda, contrair o an-
tagonista em um movimento contrário e em seguida ESTRUTURAS NOS MÚSCULOS QUE
forçar na direção do alongamento muscular. Os dois INFLUENCIAM A FLEXIBILIDADE:
modos podem ser feitos tanto individualmente, mas FUSOS E ÓRGÃO TENDINOSO DE GOLGI
de preferência em duplas para oferecer a resistência Fuso muscular
ao músculo (agonista ou antagonista). A contração É o detector do comprimento do músculo, enviando
isométrica dura de 3 a 10 segundos. mensagem ao SNC a fim de “avisá-lo” que o músculo
foi estendido e como resultado, deve ter uma contração
BENEFÍCIOS DA FLEXIBILIDADE rápida. (reflexo de estiramento)
– 37
RESUMO DOS CONDICIONAMENTOS A hiperflexibilidade pode ser maligna ou benigna. Em
DA FLEXIBILIDADE pesquisa (FORLÉO, 1995) com crianças entre 5 e 17 anos,
encontrou-se uma frequência em torno de 15 a 34%. Em
Condicionamento
Favorável Desfavorável outra pesquisa na Unifesp (setor de reumatologia pediátri-
dependendo da:
ca), verificou-se que 10% das crianças com hiperflexibili-
Crianças e dade apresentam dor (“maligna”).
Idade Adultos
jovens Além da dor, pode ocorrer com frequência traumas
Elasticidade Grande Elasticidade articulares, osteoartroses etc.
dos músculos elasticidade diminuída Curiosidades
Capacidade de Inibição do –– Mulheres negras podem ter menos flexibilidade no
Excitação quadril, pois em geral possuem maior musculatura
relaxamento relaxamento
Tensão psíquica Grau mínimo Muito forte nesta região. (ROACH; MILES, 1991)
–– Mulheres são mais flexíveis que os homens em to-
Meio-dia até Horas da das as idades (VOISIN et al., 2000). Menor muscu-
Hora do dia
a noite manhã latura, mais água no corpo, adaptações à gravidez
Temperatura Elevada (acima e parto etc.
Baixa
externa de 18oC) –– Na terceira idade a flexibilidade perde sua capacida-
Suficiente Sem aqueci- de devido a alguns fatores: diminuição de água no
Aquecimento e lentamente mento ou com corpo, diminuição da elasticidade do tecido colágeno
aumentado muito pouco além de substituição por um colágeno de baixa qua-
lidade (rígido), aumento do colágeno no fuso muscu-
Cansaço Sem cansaço Forte cansaço
lar, dificultando a sensibilidade e velocidade de reagir
Duração acima a estímulos. O colágeno tende a fazer ligações cru-
Duração até de 1 hora ou zadas com o pouco uso dos músculos, que causam
Treinamento
1 hora treinamento também o enrijecimento da musculatura.
pesado –– O tendão é formado basicamente por fibras de colá-
Imagens retiradas de Treinamento físico: bases científicas. geno entrelaçadas, tecido cinco vezes mais forte do
Barbanti, V. CLR Balieiro, SP, 1996. que a elastina presente na musculatura. Sua função
é transmitir tensão do músculo ao osso e produzir
o movimento. Numa musculatura em desuso ele é
extremamente rígido e num atleta, ela possui uma
pequena mobilidade como mecanismo de defesa a
fim de evitar ruptura do músculo em situações de ex-
12 mm cesso de força. (KUBO et al., 2001)
manhã –– O alongamento muscular excessivo pode causar di-
minuição de força na fase aguda (logo em seguida
do treinamento). Ele pode causar microlesões, de-
formação plástica da unidade músculotendínea, di-
minuição da viscosidade e inibição neural. (LIEBER
Altura após o sono (de manhã)
et al., 1991; BENZ et al., 1998; MCHUGH et al, 2001)
–– Aumento da temperatura: auxilia o treinamento da fle-
xibilidade pela vasodilatação, libera nutriente, diminui
a rigidez muscular, aumenta o metabolismo, maior to-
lerância a dor, deslizamento da actina-miosina etc.
10 mm
–– Manter a respiração naturalmente (sem prender) du-
rante os exercícios de flexibilidade e alongamento.
tarde
De modo geral, deve-se expirar no momento do alon-
gamento máximo.
–– Na gravidez, a mulher possui maior flexibilidade, pois
devido ao futuro trabalho de parto, seus ligamentos
Altura depois de algumas horas do dia estão mais flácidos, para facilitar a passagem do
bebê. Daí os riscos de entorses de tornozelos, joe-
HIPERFLEXIBILIDADE lhos etc. serem maiores.
Existe um componente genético que pode auxiliar –– Contorcionistas de circo muitas vezes possuem
muito no treinamento de flexibilidade. Diversos estudos, doenças genéticas (síndrome de Ehlers-Danlos,
muitos deles com indivíduos gêmeos, demonstraram síndrome de Marfan, osteogênese imperfecta etc.)
este caráter herdado. (PÉRUSSE et al, 1988; MAES et que aumentam a amplitude articular e a elasticida-
al, 1992; DEVOR, CRAWFORD, 1984) de da pele.
38 –
RESISTÊNCIA MOTORA
Definição: –– Princípio da reversibilidade: as mudanças corpo-
A capacidade de executar um movimento durante um rais conseguidas pelo treinamento são transitórias.
longo tempo, sem perda aparente de efetividade do mo- Depois de parar um treinamento, as modificações
vimento. (BARBANTI, 2001) adquiridas praticamente voltam ao estado de início
Capacidade física e psíquica de suportar um cansaço do treinamento.
frente a esforços relativamente longos e/ou a capacidade de
recuperação rápida depois dos esforços. (GROSSER, 1991) Ciclo da supercompensação
É influenciada pelo sistema cardiorrespiratório, pelo
metabolismo, pelo sistema nervoso, coordenação de mo-
das reservas
Aumento
vimentos, componentes psíquicos etc.
TIPOS DE RESISTÊNCIA
(segundo o autor Weineck) Sobrecarga
–– Quanto à musculatura: geral ou localizada
das reservas
–– Quanto à modalidade esportiva: geral ou específica
Diminuição
–– Quanto à fonte energética: aeróbia ou anaeróbia
–– Quanto à duração: curta, média, longa duração Gastos de energia
–– Quanto aos requisitos motores: resistência de força, Recuperação
de força rápida e resistência de velocidade Supercompensação
Quanto à musculatura
Somas dos efeitos do treinamento
–– Geral: mais de 1/7 a 1/6 da musculatura esquelética
total.
–– Localizada: menos de 1/7 a 1/6 da musculatura
Nível após o
esquelética total.
das reservas
treinamento
Aumento
VELOCIDADE
Definição: resposta inicial a um estímulo, começo do movimento.
Máxima rapidez de movimento que pode ser alcan- Pode ser dividida em simples (saída de 100 metros) ou
çada. (HOLLMANN, 1976) complexa (salto de um goleiro para alcançar a bola).
Depende de fatores como coordenação, força bá-
Velocidade de movimentos acíclicos
sica, velocidade de contração do músculo, viscosidade
É a rapidez dos movimentos com mudanças de di-
das fibras, elasticidade muscular e relação das alavancas
reção, também conhecida como agilidade. Depende da
extremidades-tronco.
coordenação motora, da força muscular, da flexibilidade,
Capacidade de executar, num espaço de tempo míni-
elasticidade muscular e técnica do movimento.
mo, ações motoras sob exigências dadas. (ZACIORSKI,
1972). Velocidade de locomoção
Velocidade no esporte é a capacidade de atingir É conhecida como velocidade máxima ou veloci-
maior rapidez de reação e de movimento, de acordo com dade de sprint, isto é, a velocidade máxima que pode
o condicionamento específico, baseado no processo cog- ser empregada em qualquer movimento. Depende da
nitivo, na força máxima de vontade e no bom funciona- alternância rítmica entre contração e relaxamento da
mento do sistema neuromuscular. (GROSSER, 1991) musculatura. A velocidade máxima só é alcançada en-
A velocidade pode envolver outras capacidades, tre 25-30 metros.
como:
Velocidade de força
–– Capacidade de percepção das situações do jogo
É a capacidade de executar movimentos rápidos
–– Capacidade de antecipação
contra resistências específicas. É comum treinar este tipo
–– Capacidade de decisão
de velocidade com uso de materiais, como em corrida
–– Capacidade de reação
com paraquedas, ou sendo segurado por elásticos por
–– Capacidade de realizar movimentos cíclicos e
um companheiro, saltos com pesos extras, corridas com
acíclicos
coletes com pesos etc.
–– Capacidade de ação do movimento
De acordo com Garcia, Muiño e Teleña (1977) a ve-
–– Capacidade de ajuste
locidade é uma capacidade inata do ser humano. Para
Segundo Barbanti (1996) a velocidade pode se divi-
Bompa (2002), grande parte da capacidade de veloci-
dida em:
dade é determinada geneticamente. Quanto maior for a
–– Velocidade de reação
proporção de fibras de contração rápida em relação às
–– Velocidade de movimentos acíclicos (“agilidade”)
fibras de contração lenta, maior será a capacidade de
–– Velocidade de locomoção (máxima)
contração rápida e explosiva do organismo. Entretanto,
–– Velocidade de força apesar da relação da velocidade com a genética, não é
Velocidade de reação um fator limitante. Os atletas podem melhorar sua capa-
É o tempo gasto entre a resposta (movimento) mus- cidade com o treinamento, mas em média conseguimos
cular e o estímulo ou sinal recebido pelo organismo. É a melhorar nosso rendimento em apenas 10% – 15%.
– 41
A velocidade pode se manifestar de algumas manei- –– Velocidade de percepção – por meio dos sentidos
ras no futebol, como descrito abaixo por Acero (2000): (visão, olfato, audição), absorver rapidamente as in-
1. Ato motor acíclico sem resistência elevada: acompa- formações importantes para o jogo.
nhar, empurrar, passar a bola. –– Capacidade de antecipação – sobre a base da ex-
2. Atos motores elementares e cíclicos que acontecem periência e do conhecimento do adversário, prever
em pouco espaço e sem resistência elevada. as ações dos companheiros e adversários.
3. Atos motores com maior resistência (superior a 30% –– Velocidade de decisão – decidir-se no menor
da força máxima), sobretudo movimentos de acelera- tempo possível por uma ação efetiva entre várias
ção: saídas, lançamentos, saltos, ações de combates. possibilidades.
4. Atos motores acíclicos e cíclicos que se repetem vá- –– Velocidade de reação – reagir rápido em ações sur-
rias vezes: várias saídas e sprints, sem e com mu- presas do adversário, da bola e dos companheiros
danças de direção, ações de jogo e de combate. de equipe.
5. Atos motores integrais, em situações simples e com- –– Velocidade de movimento sem bola – realizar mo-
plexas: em jogo – análises de informação rápida. vimentos cíclicos e acíclicos em alta velocidade.
6. Resistência de velocidade: tomada de decisão rápi- –– Velocidade de ação com bola – realizar ações com
da (com êxito). bola em alta velocidade.
Para Weineck (2000), existe uma complexa classi- –– Velocidade-habilidade – agir de forma rápida e efe-
ficação das formas como se apresenta a velocidade no tiva em relação às suas possibilidades técnico-táti-
futebol: cas e condicionais.
AGILIDADE
Definição: Uma variável neuromotora caracterizada pela capa-
A agilidade se refere à capacidade do atleta de mu- cidade de realizar trocas rápidas de direção, sentido e
dar de direção de forma rápida e eficaz, mover-se com deslocamento da altura do centro de gravidade de todo
facilidade no campo ou fingir ações que enganem o ad- corpo ou parte dela. (BARROS, apud OLIVEIRA, 2000)
versário a sua frente. (BOMPA, 2002)
Capacidade de executar movimentos rápidos e ligei-
ros com mudanças de direção. (BARBANTI, 2003)
TREINAMENTO DE VELOCIDADE
Influências condicio-
nadas pelo aprendizado Influências sensoriais Influências Influências de
e predisposição cognitivas e psíquicas neuronais tendões e músculos
VOLEIBOL
1. História do voleibol • Levantamento
O voleibol, ou apenas vôlei, foi criado no ano de 1895 É a preparação para o ataque do cortador. A execu-
pelo americano William C. Morgan, diretor de Educa- ção desse fundamento requer muita técnica, pois é
ção Física da Associação Cristã de Moços (ACM), na necessário colocar a bola ao alcance do atacante,
cidade de Holyoke, em Massachusetts, nos Estados fugir do bloqueio etc.
Unidos. O nome original do novo esporte era minonette.
• Toque
Naquela época, o esporte da moda era o basquete,
Feito acima da cabeça e com as duas mãos simulta-
que fora criado havia poucos anos, mas estava sen-
neamente, a fim de passar a bola aos companheiros
do considerado um esporte com muito contato físico,
e pessoas mais velhas não podiam praticá-lo, pois ou para o campo adversário.
era muito cansativo. Pensou-se, então, em um es- • Ataque (cortada)
porte sem contato, em que houvesse uma separação Principal forma de finalizar as jogadas, é produzida
por rede, semelhante à do tênis, porém com uma al- por um golpe rápido e forte com uma das mãos, em
tura maior (começou-se com a altura de 1,83 m). direção ao campo adversário, por sobre a rede e, de
O próximo passo foi encontrar a bola adequada. A de preferência, em direção ao chão.
basquete era pesada demais. Usaram, pois, apenas • Bloqueio
a câmara de ar da bola de basquete. Mas essa nova É a tentativa de anular o ataque adversário. Os atle-
”bola” era muito leve e tornava o jogo monótono. tas pulam acima da rede com os braços estendidos e
Assim, a firma A.G. Spalding & Brothers foi contrata-
paralelos e tentam bloquear a bola para que esta não
da para fabricar uma bola com peso e tamanho ade-
passe para seu campo e caia no campo adversário.
quados. Após alguns testes, essa firma produziu uma
Pode ser simples, duplo (composto por dois jogado-
bola que satisfazia às exigências do novo esporte: era
de couro, com câmara de borracha, uma circunferên- res) ou triplo (composto por três jogadores).
cia de 67,5 cm e peso que variava de 255 g a 340 g. 3. Sistemas de jogo
A primeira quadra de voleibol tinha as seguintes me- Uma das primeiras coisas que temos de entender no
didas: comprimento de 15,35 m e largura de 7,625 m.
vôlei é o posicionamento dos atletas na quadra.
A rede tinha largura de 0,61 m e comprimento de
Os três jogadores junto à rede são os jogadores da
8,235 m, sendo a sua altura de 1,98 m (do chão ao
linha de frente ou ataque e ocupam as posições 4
bordo superior).
(frente esquerda), 3 (frente centro) e 2 (frente direita).
No Brasil, alguns dizem que o vôlei foi praticado pela
primeira vez em 1915, no Colégio Marista de Per- Os outros três são os jogadores da linha de trás ou
nambuco. Outros afirmam que foi introduzido por vol- defesa, ocupando as posições 5 (atrás esquerda), 6
ta de 1916/1917 pela ACM de São Paulo. (atrás centro) e 1 (atrás direita).
A Federação Internacional de Voleibol foi fundada em A definição mostrada acima facilita a compreensão
20 de abril de 1947, em Paris (França). Em setem- dos sistemas de jogo e a sua respectiva aplicação.
bro de 1962, no Congresso de Sofia, o voleibol foi A seguir, mostraremos esse posicionamento na qua-
admitido como esporte olímpico e a primeira disputa dra de vôlei:
ocorreu na Olimpíada de Tóquio (Japão), em 1964.
2. Fundamentos do vôlei
• Saque ataque
É o golpe que marca o início do jogo, a fim de passar defesa esquerdo
esquerda
a bola ao time adversário. Basicamente, pode ser cha- 4
5
mado de saque por baixo (quando se golpeia a bola
na altura da cintura, fazendo-a subir) e de saque por
cima (quando lançamos a bola acima da cabeça e a defesa ataque
golpeamos como numa cortada), mas apresenta va- centro 6 3
centro
riações, como viagem (saltando), jornada, e a posição
das mãos também pode variar (aberta, fechada) etc.
• Manchete 1
2
Normalmente é como se recebe a bola do adversá- defesa ataque
rio, que vem por saque, cortada ou passe. Também direita direito
serve para amortecer a bola, passar ao levantador
ou até levantar para o cortador. É feita com os bra-
ços estendidos à frente, a fim de que a bola bata nos
braços do jogador.
– 43
Os sistemas de jogo são definidos de acordo com a por exemplo – são feitas pelo levantador.
quantidade de levantadores presentes no time e são, Por exemplo: caso o jogador adversário seja alto, o
basicamente, o “4x2”, o “5x1” e o “6x0” ou o “6x6”. levantador aproveitará uma jogada rápida, a fim de
O primeiro número indica o número de “cortadores” que o adversário não consiga chegar a tempo de blo-
ou “atacantes”, e o segundo, o de levantador(es). quear, já que, se for uma bola alta, conseguirá blo-
Basicamente, a escolha por um ou por outro sistema quear facilmente.
depende dos jogadores que a equipe possui (altura, A seguir, mostraremos alguns tipos de jogadas que nor-
força, velocidade, técnica dos fundamentos etc.), ou malmente são sinalizadas pelo levantador, para que os
da característica das equipes adversárias. atacantes façam fintas a fim de enganar o adversário.
• Sistema “4x2”
Formado por quatro atacantes e dois levantadores.
É o sistema mais utilizado pela maioria das equipes
iniciantes e escolares. O ataque funciona com um le-
vantador e dois atacantes, mas permite a infiltração
de outro atacante na posição em que está o levanta-
dor, funcionando, assim, como se o time tivesse três
atacantes.
• Sistema “5x1”
Formado por cinco atacantes e um levantador. Esse
sistema é utilizado pela maioria das equipes de alto
nível, sejam seleções nacionais ou de clubes. Esse
sistema utiliza, obrigatoriamente, as infiltrações, pois,
muitas vezes, o levantador está no fundo da quadra
e precisa, depois do saque adversário, “infiltrar-se”
para fazer o levantamento.
• Sistema “6x6”
Todos são atacantes e levantadores. Ocorre no iní-
cio da aprendizagem do voleibol, quando todos de-
vem aprender todas as funções do jogo. Mas poderia
ocorrer até em equipes de alto nível, caso os joga- 5. Vôlei de praia
dores tivessem uma técnica tão apurada a ponto de O vôlei de praia começou a ser praticado no Brasil na
tanto levantar como cortar bem. década de 1950, quando ocorreram os primeiros tor-
Esses sistemas dependem principalmente do nível neios amadores nas praias do Rio de Janeiro. Esse es-
dos jogadores, que, hoje em dia, são muito especiali- porte se difundiu rapidamente por todo o país.
zados e colocados em uma partida em determinados Inicialmente, o vôlei de praia foi praticado por duplas do
momentos. Por exemplo, em situações que precisem mesmo sexo, mas ocorreram torneios mistos, de trios,
de bloqueadores contra os ataques dos adversários, quartetos etc.
ou sacadores, ou cortadores de meia, de ponta etc. Atualmente, são mais comuns as duplas masculinas ou
• Função do jogador líbero femininas, mas torneios promocionais costumam ainda
O jogador com a função de “líbero” normalmente é um usar os grupos de quatro jogadores.
especialista na recepção e passe da bola, ficando mais Em 1987, o esporte foi oficializado pela Federação In-
no fundo da quadra. Ele não pode realizar saques, nem ternacional de Voleibol.
ataques (cortadas onde a bola está acima da altura da O vôlei de praia foi o esporte que ingressou mais
rede), nem bloqueios, e ainda deve usar um uniforme rapidamente nas olimpíadas, tendo aparecido como
diferente do de sua equipe. A sua substituição é ilimita- teste em 1996 e sendo oficializado em 1997 para a
da, e pode trocar sua posição na quadra sem notificar olimpíada de 2000.
os juízes, enquanto a bola estiver fora de jogo. O Brasil tem alguns dos melhores atletas de vôlei de
praia, como: Jacqueline e Sandra Pires, Mônica e
4. Jogadas Adriana, Adriana Behar e Shelda, Franco e Roberto Lo-
O vôlei é um esporte em que a velocidade das joga- pes, Zé Marco e Emanuel etc.
das é muito importante, e o levantador é um jogador Nosso país já tem seu nome marcado na história do vô-
essencial. lei de praia como esporte olímpico por ter as primeiras
A distribuição das jogadas e a análise da organiza- campeãs (Jacqueline e Sandra) e vice-campeãs (Môni-
ção do time adversário – as posições para o ataque, ca e Adriana) olímpicas da história.
44 –
6. Comparação entre vôlei de quadra e vôlei de praia
A seguir, serão apresentadas algumas comparações entre o vôlei de quadra e o vôlei de praia.
QUADRA PRAIA
–– 16m x 8m, com área livre de 5m na
–– 18m x 9m, com área livre de 5m na
Área de jogo lateral e no fundo, e 40cm de profun-
lateral e 8m no fundo.
didade de areia.
–– 9,5m ou 10m de comprimento; –– 9,5m de comprimento;
Rede –– altura: masculino = 2,43m e feminino = –– altura: masculino = 2,43m e feminino =
2,24m. 2,24m.
–– cor clara uniforme ou combinação de –– cor brilhante uniforme ou combinação
Bola
cores. de cores.
–– 12 atletas; técnico; assistente; médi- –– somente os dois atletas; técnico
Equipes
co ou massagista. (CBV sim – FIVB não).
–– bermuda / sunquíni (FIVB medida-
Uniforme –– calção, camiseta, meia e tênis. -padrão), camiseta / top (de acordo
com o torneio).
–– de três a cinco sets: primeiro a quar-
to com 25 pontos e o quinto com 15
pontos. Em caso de empate em 24 –– dois sets de 21 pontos e um terceiro
Pontos pontos, o jogo continua até que uma set de 15 pontos, sempre com dife-
diferença de dois pontos seja atingida rença de 2 pontos.
(isso não vale para o quinto set);
–– rally point system.
–– seis titulares, seis reservas e até seis
substituições por set. Posições “fixas”
–– somente a dupla, sem qualquer pos-
na quadra (1, 2, 3, 4, 5, 6);
sibilidade de substituição;
–– falta de rotação; líbero é opcional;
Posições, faltas, substituições e líbero –– sem posições ”fixas” e não há falta de
–– substituição por expulsão e em casos
posição;
excepcionais (um jogador se machu-
–– não há falta de rotação.
ca e sua substituição excede o limite
de substituições).
–– toca o solo dentro da quadra ou em –– toca o solo dentro da quadra ou toca
Bola dentro
parte da linha. a linha.
–– “duplo contato” permitido na primeira
ação, exceto se for de voleio / toque;
–– “duplo contato” permitido na primeira
–– é permitido “duplo contato” e “reter
ação em qualquer situação, desde
momentaneamente” a bola com os
que em uma única ação;
dedos, numa ação defensiva de uma
Características do toque –– a bola não pode ser retida ou lançada
bola dirigida num ataque violento;
em nenhuma situação;
–– “bola presa” entre dois oponentes no
–– “bola presa” entre dois oponentes no
bloqueio não é falta; a equipe que
bloqueio e falta dupla.
recebe a bola tem direito a mais três
toques.
–– 8 segundos para executar o saque –– 5 segundos para executar o saque
após o apito; após o apito;
–– sacador errado é falta assinalada –– não pode haver sacador “errado”; o
Saque após o saque. Se o sacador errado apontador deve avisar. Se o sacador
fizer pontos, eles são anulados; cor- errado fizer pontos, estes não são anu-
rige-se a ordem de saque e a equipe lados; somente corrige-se o sacador,
perde o rally. que segue sacando.
–– não pode “pingar” a bola com uma
–– restrições ao líbero;
mão aberta (ponta dos dedos);
–– jogador da linha de trás;
–– não pode enviar a bola de toque, a
–– pode “pingar” a bola com uma mão
Golpe de ataque não ser que em trajetória perpendicu-
aberta (ponta dos dedos);
lar (frente e trás) aos ombros (estabi-
–– pode enviar a bola de toque em qual-
lizado), ou quando está ”levantando”
quer direção.
para o companheiro.
Bloqueio –– não conta no limite de três toques. –– conta no limite de três toques.
– 45
FUTEBOL
O basquete surgiu em 1891, quando se buscava um As 13 regras criadas por James Naismith
esporte que pudesse ser realizado dentro de ginásios fe-
1. A bola pode ser arremessada em qualquer direção
chados, pois o longo e rigoroso inverno de Springfield,
com uma ou com ambas as mãos.
cidade do Estado de Massachusetts (EUA), tornava im-
2. A bola pode ser tapeada para qualquer direção
possível a prática de esportes ao ar livre. As atividades
com uma ou com ambas as mãos (nunca usando
físicas praticadas em locais fechados eram basicamente
os punhos).
as aulas de ginástica, pelas quais os alunos não se sen-
3. Um jogador não pode correr com a bola. O jogador
tiam estimulados.
deve arremessá-la do ponto em que a pegar. Exce-
O diretor do Springfield College pediu ao professor
ção será feita ao jogador que receber a bola quando
canadense James Naismith que criasse um jogo, sem
estiver correndo a uma boa velocidade.
violência, que seus alunos pudessem praticar durante o
4. A bola deve ser segura nas mãos ou entre as mãos.
inverno e também no verão; um esporte para ser jogado
Os braços ou corpos não podem ser usados para tal
em equipe.
propósito.
Naismith, então, conversou com outros professores
5. Não será permitido, em hipótese alguma, puxar, em-
de Educação Física, e pensou em algumas regras sim-
purrar, segurar ou derrubar um adversário. A primeira
ples, como um alvo fixo (mas com algum grau de dificul-
infração dessa regra será contada como falta, a se-
dade para acertá-lo), no qual deveria ser arremessada
gunda desqualificará o jogador até que nova cesta
uma bola, maior que a de futebol, que quicasse com
seja convertida e, se houver intenção evidente de
regularidade.
machucar o jogador, pelo resto do jogo não será per-
Como já foi sugerido, esse jogo não poderia ser
mitida a substituição do infrator.
agressivo (como o futebol americano), para evitar confli-
6. Uma falta consiste em bater na bola com o punho ou
tos entre os alunos, pois ele deveria incitar nos estudan-
numa violação das regras 3, 4 e 5.
tes o sentimento de coletividade.
7. Se um dos lados fizer três faltas consecutivas, será
O próximo passo seria determinar o alvo que deve-
marcado um ponto a mais para o adversário (conse-
ria ser atingido pela bola. Já existiam esportes cujo alvo
cutivo significa sem que o adversário faça falta nesse
ficava no chão (hóquei e futebol), por isso pensou-se em
intervalo entre faltas).
um alvo que ficasse a 3,5 m de altura, onde se imaginava
8. Um ponto é marcado quando a bola é arremessa-
que nenhum jogador da defesa seria capaz de parar a
bola arremessada. E onde o alvo seria colocado? da ou tapeada para dentro da cesta e lá permanece,
Naismith pediu ajuda ao zelador da escola, que vol- não sendo permitido que nenhum defensor toque na
tou trazendo dois velhos cestos de pêssego. Com um cesta. Se a bola estiver na borda e um adversário
martelo e alguns pregos, o professor prendeu os cestos mover a cesta, o ponto será marcado para o lado que
na parte superior de duas pilastras, que ele pensava ter arremessou.
mais de 3 m, uma em cada lado do ginásio. Mediu a altu- 9. Quando a bola sai da quadra, deve ser jogada de
ra. Exatos 3,05 m, medida que permanece até hoje. Nas- volta à quadra pelo jogador que primeiro tocou nela.
cia a cesta de basquete, e foi daí que se originou o nome Em caso de disputa, o fiscal deve jogá-la diretamente
do esporte: basketball (basket = cesta / ball = bola). de volta à quadra. O arremesso da bola de volta à
James Naismith escreveu as 13 primeiras regras do quadra é permitido no tempo máximo de 5 segundos.
esporte, e a primeira partida foi realizada em uma aula Se demorar mais do que isso, a bola passará para o
com 18 alunos, em dezembro de 1891. adversário. Se algum dos lados insistir em retardar o
Surgiu, então, o primeiro problema do jogo: quando jogo, o fiscal poderá marcar uma falta contra ele.
alguém acertava o alvo, a bola ficava presa dentro do 10. O fiscal deve ser o juiz dos jogadores e deverá
cesto, a mais de 3 m do chão! A solução foi uma grande observar as faltas e avisar ao árbitro quando três
vara, com a qual o professor bateu embaixo do cesto e faltas consecutivas forem marcadas. Ele deve ter o
retirou a bola. Após alguns meses, a solução encontrada poder de desqualificar jogadores, de acordo com a
foi cortar a base do cesto, que permitia a rápida continua- regra 5.
ção do jogo. 11. O árbitro deve ser o juiz da bola, decidir, quando a
As primeiras regras eram simples: não era permitido bola está em jogo, a que lado pertence sua posse
andar com a bola sem quicar; os lançamentos deveriam e controlar o tempo. Deve decidir quando um ponto
ser feitos com as mãos, sendo proibido usar os pés e foi marcado e controlar os pontos já marcados, além
segurar o adversário. O número de jogadores variava dos poderes normalmente utilizados por um árbitro.
entre 3 e 40 jogadores em cada equipe. Só alguns anos 12. O tempo de jogo deve ser de dois meios–tempos
mais tarde foi estabelecido o número de 5 jogadores em de 15 minutos cada, com 5 minutos de descanso
cada equipe. entre eles.
50 –
13 – A equipe que marcar mais pontos dentro desse tem- • 1893
po será declarada vencedora. Em caso de empate, Criadas as redes de crochê, fechadas embaixo. Para
o jogo pode, mediante acordo entre os capitães, ser retirar a bola, usava-se um bastão ou uma escada.
continuado até que outro ponto seja marcado. Logo surgiu um dispositivo que permitia abrir o fundo
As primeiras regras em português foram traduzidas da rede.
em 1915. Nesse mesmo ano, a Associação Cristã de
Moços (ACM) realizou o primeiro torneio da América
do Sul, com a participação de seis equipes. O suces-
so foi tão grande que a Liga Metropolitana de Sports
Athléticos, responsável pelos esportes terrestres no
Rio de Janeiro, resolveu adotar o basquete em 1916.
O primeiro campeonato oficializado pela Liga foi em
1919, com a vitória do Flamengo.
Em 1922, foi convocada, pela primeira vez, uma se-
leção brasileira, quando da comemoração do Cente-
nário do Brasil nos Jogos Latino–Americanos, um tor-
neio continental, em dois turnos, entre as seleções do
Brasil, Argentina e Uruguai. O Brasil sagrou-se cam-
peão, sob a direção de Fred Brown. Em 1930, com a
• 1915
participação do Brasil, foi realizado, em Montevidéu,
o primeiro Campeonato Sul–Americano de Basquete. Os cestos eram semelhantes aos atuais, com diâme-
tro de 45 cm.
• 1891
Os primeiros cestos eram os mesmos da colheita de
pêssego, com diâmetro de 38 cm.
Regras básicas
– 51
Fundamentos do basquete Posições mais comuns
• Passe • Armadores
É o ato de passar a bola para os companheiros da Iniciam e organizam o ataque, distribuindo a bola
equipe. Podem ser chamados de passes de peito, para as jogadas. Em geral, são os jogadores meno-
gancho, picado (dando um pingo no chão), de om- res e mais rápidos.
bro, por cima da cabeça etc.
• Alas ou laterais
• Drible
Jogam pelas laterais, finalizando as jogadas na
Projetar a bola ao chão, com uma das mãos, a fim de
maioria das vezes. Usam muitos arremessos de cur-
andar pela quadra. O drible pode ser alto, baixo, rápi-
do, lento etc. Envolve também o controle ou manejo ta distância.
da bola de diferentes formas. • Pivôs
• Arremesso Geralmente são os jogadores mais altos e fortes, que
É a finalização da jogada, com a bola sendo arre- se posicionam no início do garrafão e embaixo da
messada para a cesta. Pode ser parado ou em sus- cesta, recebendo a bola e arremessando geralmente
pensão (no alto) e de diferentes formas: de peito, la- com giros e ganchos a curtas distâncias, ”enterra-
teral, gancho, jump, bandeja etc. das”, além de disputarem os rebotes.
• Rebote Os diferentes tipos de sistema de defesa
É a tentativa de recuperar a bola, tanto na defesa
quanto no ataque. • Zona
Cada jogador cuida de um espaço (zona) da quadra,
Outros aspectos ficando responsável por marcar o adversário que en-
• Táticas de jogo tra no seu espaço.
As táticas de jogo dependem sempre do time com o Essa marcação pode ser na metade da quadra ou na
qual se vai jogar e, principalmente, das característi- quadra inteira (chamada de “pressão”), utilizando os
cas do próprio time, que envolvem aspectos físicos esquemas 2 – 1 – 2, 2 – 3, 3 – 2, 1 – 3 – 1 etc., de-
(força, agilidade, altura etc.), técnicos (habilidades pendendo das posições dos armadores, pivôs e alas.
nos fundamentos) e até questões emocionais (con-
• Individual
trole emocional em situações difíceis etc.).
Cada jogador é responsável por marcar um jogador
• Controle de corpo do time adversário. Pode haver trocas durante as jo-
Envolve paradas bruscas, giros, saltos etc. Inclui as gadas, ajuda, flutuação etc.
fintas, que são os movimentos de corpo a fim de O sistema de ataque depende de quantos pivôs par-
enganar o adversário para se desmarcar ou tentar ticipam (simples, duplo) do sistema de defesa do ad-
um ataque. versário, jogadas de contra-ataque etc.
52 –
Curiosidades do basquete No Brasil, também temos craques e curiosidades, e
Play–off – são realizadas eliminatórias de todos os aqui citamos algumas:
times da NBA em cada Conferência, até se chegar às • Oscar calça 47, Pipoca, 48 e Rolando (primeiro bra-
finais, com campeão do Leste e do Oeste. A decisão en- sileiro a participar da NBA), 51.
volve 7 jogos.
• Hortência já fez mais de 100 pontos em uma partida
• O jogador mais alto da NBA foi Manute Bol, com
oficial.
2,31m. Jogou no Washington Bullets.
• Maior número de pontos marcados por um joga- • Com 2,04 m de altura e 107 kg, Oscar Daniel Bezerra
dor em uma partida: 100 pontos em 1962, por Wilt Schmidt é uma das maiores estrelas do basquete
Chamberlain (Philadelphia Warriors). mundial. Nascido em 16 de fevereiro de 1958, em Na-
• Maior tempo de atuação de um jogador: Kareem Ab- tal, no Rio Grande do Norte, entrou em uma quadra
dul–Jabbar, Wilt Chamberlain, Earvin “Magic” John- pela primeira vez aos 13 anos, em Brasília, onde foi
son, Michael Jordan, Larry Bird, Scottie Pippen, Karl morar com a família. Já media, então, 1,90 m. Oscar
Malone, dentre outros. é o único que já jogou cinco olimpíadas, além de ser
• Um time diferente e importante dos EUA foi o Harlem o único a fazer mais de 1.000 pontos em olimpíadas.
Globetrotters, criado em 1924, o qual misturava to- Ele é o único brasileiro e um dos 10 atletas não ame-
ques de comédia aos seus jogos. Faziam jogadas su- ricanos a participar do Hall of Fame, no museu do
bindo nas costas dos companheiros, arremessos de basquete dos EUA.
longa distância, jogavam deitados etc. Conta-se que
este time venceu um jogo por apenas 2 pontos a zero, • Oscar também é o maior cestinha da história da Fiba.
pois ficavam o tempo todo trocando passes, até o mi- Ele ultrapassou a marca de 40 mil pontos, superada
nuto final. O time ficou 24 anos invicto, até que, em na história do basquete apenas pelos 46.725 pontos
1995, perdeu para um combinado de atletas da NBA. de Kareem Abdul–Jabbar.
HANDEBOL
1. História do handebol ração Internacional de Futebol. O período da Primei-
O handebol é um dos esportes mais antigos de que ra Grande Guerra (1915–1918) foi decisivo para o
se tem notícia. Ele já foi praticado de várias formas. desenvolvimento do jogo, quando um professor de
Na Odisseia, de Homero, foi descrito um jogo em que ginástica, o berlinense Max Heiser, criou um jogo ao
uma bola era arremessada com as mãos e cujo ob- ar livre para as operárias da Fábrica Siemens, deri-
jetivo era ultrapassar o oponente, através de passes vado do torball, e, quando os homens começaram a
(isso está gravado em uma pedra na cidade de Ate- praticá-lo, o campo foi aumentado para as medidas
nas, que data de 600 a.C.). do futebol.
De acordo com alguns textos escritos pelo médico
romano Claudius Galenus (130–200 d.C.), os roma- 2. Quadra, bola e posicionamento
nos praticavam um jogo parecido com o handebol • Quadra
chamado harpastum. Na Idade Média, as legiões
A quadra deve ser retangular, com um comprimento
de cavaleiros praticavam um jogo de bola, que era
de 38 m a 44 m e uma largura de 18 m a 22 m (geral-
fundamentado em passes e metas. Isso foi descrito
mente, mede 40 m x 20 m).
por Walther von der Vogelwide (1170–1230), que o
A área do goleiro será determinada por um semicír-
chamou de “jogo de pegar bola”, precursor do atual
jogo de handebol. culo, cujo raio medirá 6 m, desde o centro do gol.
Na França, Rabelais (1494–1533) tratou de um jogo Nessa área, somente o goleiro pode ficar; nem pes-
parecido com o handebol. Segundo esse escritor soas do seu time ou do time adversário podem pisar
francês, “eles jogam bola, usando a palma da mão”. na área ou na linha.
Holger Nielsen, dinamarquês, adaptou o haanbold A 9 m do gol, temos a linha tracejada (linha do tiro
(jogo de handebol) para ser jogado em quadras, na livre), de onde geralmente são cobradas as faltas.
cidade de Ortrup, em 1848, remodelando as regras e Em frente ao gol, a uma distância de 7 m, traça-se
o método como o jogo deveria ser praticado e tornan- uma linha de onde é cobrado o tiro de 7 m, ou, como
do-o parecido com o atual, com 7 jogadores por time, chamaríamos no futebol, de penalidade máxima.
em uma quadra pouco maior do que a de basquete, A seguir, podemos ver como são as medidas e a for-
com gols de futebol de 2 m de altura por 2,5 m de ma de uma quadra de handebol.
comprimento.
• Posicionamento dos atletas no ataque
Todavia o handebol, como se joga hoje, foi introdu-
zido na última década do século XIX, na Alemanha, No ataque, costumamos chamar os atletas de ponta,
como raftball. Quem o levou para o campo, em 1912, armador (que pode ser central, esquerdo e direito),
foi o alemão Hirschmann, então secretário da Fede- pivô e goleiro.
– 53
• Armador: é o principal jogador, aquele que inicia as • Reservas
jogadas, distribui as bolas, tem habilidade para dri- Podem entrar no jogo pela sua zona de substituição
blar, desmarcar-se, montar jogadas, arremessar etc. em qualquer tempo e não precisam notificar a mesa,
Em vez de armadores esquerdo e direito, muitos utili- desde que os jogadores substituídos já tenham dei-
zam o nome meia-direita e meia-esquerda. xado a quadra pelo mesmo local.
Os reservas devem ficar no local destinado a eles.
Armador lateral ou meia: auxilia as jogadas do arma-
dor central; geralmente é forte e alto. • Uniformes
• Ponta: é ágil e rápido, pois, frequentemente, é usa- O uniforme dos jogadores de quadra de uma equipe
do nos contra-ataques. Muitas vezes faz arremessos deve ser igual, e a camisa do goleiro, de cor diferente
em ângulos fechados, saltando de lado para dentro da de sua equipe, da equipe adversária e da do go-
da área. leiro adversário.
• Pivô: fica no ataque, infiltrado na defesa do adversá- As camisas devem ser numeradas de 1 a 20 nas cos-
rio, a fim de girar e ficar de frente para o gol. tas e no peito. Os calçados devem ser próprios para
esportes de salão.
Deve também abrir espaço na defesa adversária
É proibido o uso de pulseiras, relógios, anéis, cola-
para que seus companheiros possam arremessar,
res, óculos sem armação sólida e sem elástico, ou
ou efetuar jogadas.
qualquer outro objeto que possa pôr em perigo os
• Goleiro: deve defender os arremessos dos adver- jogadores.
sários e montar os contra-ataques, podendo sair da
área e atuar como um jogador comum. • A bola
Precisa dar passes precisos e ter agilidade para fa- A bola é de couro ou material sintético. Ela deve ser
zer as defesas. esférica. Sua superfície não pode ser brilhante nem
escorregadia.
Posicionamento dos atletas na defesa Medidas
Temos vários tipos de defesa: todos os jogadores fi- Homens maiores de 16 anos (H3) – 58 cm a 60 cm
cam entre a área e a linha pontilhada de 9 m (chamada de diâmetro e 425 g a 475 g de peso.
de 6 x 0), ou com flutuações, em que um ou mais joga- Homens de 12 a 16 anos e mulheres maiores de
dores ficam à frente da linha pontilhada, para tentar inter- 14 anos (H2) – 54 cm a 56 cm de diâmetro e 325 g
ceptar os passes e as jogadas do adversário. a 375 g de peso.
A seguir, poderemos ver um esboço do esquema de- Homens de 8 a 12 anos e mulheres de 8 a 14 anos
fensivo do handebol. (H1) – 50 cm a 52 cm de diâmetro e 290 g a 330 g
de peso.
3. Regras básicas
• Duração do jogo
• Arbitragem Para equipes masculinas e femininas acima de 16
A partida é apitada por árbitros. Um se coloca atrás anos, a duração do jogo será de dois tempos de 30
da defesa e outro, atrás do ataque, e eles mudam de minutos cada um, com 10 minutos de intervalo. Para
posição quando os times invertem suas posições (o equipes de 12 a 16 anos, de 25 minutos cada período
defensor passa o ataque e vice-versa). e, para equipes de 8 a 12 anos, dois períodos de 20
• Os times minutos, com 10 minutos de intervalo. Após o interva-
lo, as equipes mudam de lado.
Cada time tem 12 jogadores, com, no mínimo, 1 go-
Cada técnico tem direito de pedir um tempo técni-
leiro. Mas, na quadra, só podem ficar 7 (6 jogadores
co de 1 minuto em cada período para orientar sua
de quadra e 1 goleiro); os outros ficam na reserva. A
equipe.
partida só terá início com um mínimo de 5 jogadores Se o jogo terminar empatado e tiver de continuar até
em cada time. No entanto, depois de começado, o que haja um vencedor, haverá 5 minutos de descan-
jogo continua, mesmo que um dos times tenha me- so e, a seguir, uma prorrogação de dois tempos de 5
nos de 5 jogadores. minutos cada um, com 1 minuto de descanso, proce-
A uma equipe é permitido usar um máximo de 4 oficiais dendo-se a um sorteio para decidir quem dá o tiro de
de equipe durante o jogo. Esses oficiais de equipe não saída. Novo empate, outra prorrogação. Persistindo
podem ser substituídos durante o curso do jogo. Um o empate, cobranças de tiros de 7 m.
deles deve ser designado como “oficial responsável
pela equipe”. Somente a este oficial é permitido se • As funções do goleiro
dirigir ao secretário/cronometrista e, quando necessá- –– Ao goleiro é permitido:
rio, aos árbitros. A um oficial de equipe normalmente a) tocar a bola com qualquer parte do seu corpo,
não é permitido entrar na quadra durante o jogo. Uma em uma tentativa de defesa, dentro da sua área
violação a esta regra será penalizada. de gol;
54 –
b) deslocar-se na área de gol com a bola na mão, Considera-se um passo quando:
sem restrição – mas não pode retardar a execu- • Um jogador que está parado com ambos os
ção do tiro de meta; pés no solo levanta um pé e o apoia de novo
c) sair da área do gol sem a bola dominada e ou move um pé de um lugar para outro;
participar da partida no terreno do jogo, estando • Um jogador está tocando o solo somente
sujeito às mesmas regras aplicadas aos jogado- com um pé, agarra a bola e então toca o solo
res de quadra. com o outro pé;
• Ao goleiro é proibido: • Um jogador, depois de um salto, toca o solo
a) colocar em perigo o adversário em uma tenta- somente com um pé, e então pula sobre o
tiva de defesa; mesmo pé ou toca o solo com o outro pé;
b) sair da área do gol com a bola dominada; • Um jogador, depois de um salto, toca o solo
c) tocar a bola de novo após tiro de meta, antes com ambos os pés simultaneamente e então
que ela tenha tocado outro jogador; levanta um pé e o apoia de novo, ou move um
pé de um lugar para outro.
d) tocar, levar a bola parada ou rolando quando
esta estiver fora de sua área de gol e ele dentro; d) lançar a bola uma vez ao solo e agarrá-la de
e) retornar para dentro de sua área com a bola; novo com uma ou duas mãos;
e) bater a bola várias vezes em seguida no solo
f) tocar na bola, estando dentro de sua área, com uma das mãos. Quando o jogador dominar
quando um jogador de sua equipe joga a bola a bola, deve jogá-la, no máximo, após dar 3 pas-
para a sua própria área de gol. sos ou depois de 3 segundos. A bola é conside-
Todas essas irregularidades são punidas com tiro li- rada como lançada ao solo desde que o jogador
vre para o adversário. intencionalmente a desvie para o solo, com qual-
• Áreas de gol quer parte de seu corpo;
f) mover a bola de uma mão para outra;
Só o goleiro pode permanecer na área do gol. Ela g) jogar a bola enquanto ajoelhado, sentado ou dei-
é violada no momento em que qualquer jogador de tado no solo.
quadra, de ataque ou defesa, tocá-la (mesmo na li-
nha), com qualquer parte do corpo. • No manejo da bola é proibido:
Só não haverá violação quando a invasão ocorrer a) tocar a bola mais de uma vez, a menos que ela
após o jogador ter lançado a bola ou ter feito uma tenha tocado o solo, outro jogador, ou a baliza
defesa, desde que não haja prejuízo para o adver- nesse meio tempo. Falha de recepção não é
sário. A violação da área é punida com: tiro livre, se penalizada;
um jogador de quadra a invade com ou sem bola, se b) tocar a bola com o pé ou abaixo do joelho, exce-
com isso leva vantagem; tiro de 7m, se um defensor to quando a bola foi lançada no jogador por um
a invade intencionalmente e coloca em desvantagem adversário;
o atacante de posse de bola. c) manter a bola em posse de sua equipe sem fazer
Na área de gol, a bola é do goleiro. É proibido a qual- tentativa reconhecível de ataque ou arremesso
quer outro jogador tocar na bola que se encontra na ao gol. Isso é considerado “jogo passivo”. Nesse
área, parada ou rolando, ou de posse do goleiro. Se caso, será tiro livre para o adversário. Quando os
a bola estiver no ar, acima da área do gol, pode ser árbitros reconhecem jogo passivo, eles alertam
livremente jogada. a equipe atacante com uma advertência (através
A bola que chegar até a área do gol durante o jogo de um gesto), e a equipe deve imediatamente
deve ser reposta através de um tiro de meta execu- modificar sua maneira de atacar, buscar o arre-
tado pelo goleiro. messo; se a equipe advertida insistir no erro, os
O lançamento intencional da bola para sua própria árbitros darão tiro livre contra.
área de gol é punido com: gol, se a bola entrar na bali-
za (exceção da execução do tiro de meta); tiro livre, se • Na conduta em relação ao adversário é permitido:
o goleiro a toca, impedindo que ela entre no gol, e se a a) utilizar os braços e as mãos para bloquear ou
bola permanecer parada na área do gol; tiro lateral, se ganhar a posse de bola;
sair pela linha de fundo. Se a bola toca a trave ou atra- b) tirar a bola do adversário com a mão aberta, não
vessa a área do gol, o jogo prossegue normalmente, importa de que lado;
caso não tenha sido tocada pelo goleiro. c) barrar, com o tronco, o caminho do adversário,
mesmo que ele não esteja com a bola;
• No manejo da bola é permitido:
d) entrar em contato físico com o adversário, quando
a) atirar, agarrar, parar, empurrar ou bater a bola, de frente para ele e com os braços flexionados,
usando mãos, braços, cabeça, tronco, coxas e bem como controlar e acompanhar o adversário.
joelhos;
b) segurar a bola no máximo 3 segundos, mesmo • Na conduta em relação ao adversário é proibido:
quando ela estiver em contato com o solo; a) obstruir o adversário com as mãos, os braços ou
c) dar, no máximo, 3 passos com a bola na mão. as pernas;
– 55
b) empurrar o adversário para dentro da área de gol; O tiro lateral é executado do ponto onde a bola cru-
c) arrancar a bola do adversário com uma ou duas zou a linha lateral ou, se ela cruzou a linha de fundo,
mãos; da intersecção entre a linha lateral e a linha de fundo
d) utilizar o punho para tirar a bola do adversário; daquele lado.
e) lançar a bola de modo perigoso para o adver- O executante deve permanecer com um pé sobre
sário ou dirigir a bola contra ele em uma finta a linha lateral até que a bola tenha saído da mão
perigosa; dele. Ao jogador não é permitido colocar a bola no
f) colocar em perigo o goleiro; solo e pegá-la de novo, ou quicar a bola e agarrá-la
g) segurar o adversário, agarrá-lo ou empurrá-lo; novamente.
h) lançar-se sobre o adversário correndo ou saltan- Enquanto o tiro lateral está sendo executado, os
do, passar-lhe a perna, atirar-se diante dele ou adversários não podem estar a menos de 3 m do
agir de qualquer outra maneira perigosa. executante.
Eles estão, contudo, sempre autorizados a permane-
• O gol cer imediatamente no lado de fora da linha da área
Um gol será anotado quando a bola ultrapassar intei- de gol deles, mesmo se a distância entre eles e o
ramente a linha de gol, por dentro da baliza, e nenhu- executante for inferior a 3 m.
ma falta for cometida pelo time atacante (no caso de Um gol marcado direto de um tiro lateral será válido.
uma ação faltosa de um defensor, se a bola entra na • Tiro de meta
baliza, o gol será validado). Se os árbitros ou o cro- Quando o goleiro controla a bola na área de gol ou
nometrista paralisarem o jogo antes de a bola ultra- quando a bola cruza a linha de fundo, depois de ter
passar a linha do gol, o tento não será validado. No sido tocada por último pelo goleiro ou pelo jogador
caso de alguém que não esteja participando da par- da equipe adversária, o goleiro deverá executar o
tida impedir a entrada da bola na baliza, o gol será tiro para fora da área e não poderá tocar novamente
validado, mesmo que a bola não tenha ultrapassado na bola enquanto ela não for tocada por um jogador
inteiramente a linha do gol. de quadra. O tiro é considerado executado quando a
• Tiro de saída bola lançada pelo goleiro tiver ultrapassado a linha
de área do gol. Durante o tiro, os adversários podem
No começo do jogo, o tiro de saída é executado pela
ficar no espaço entre a linha de área e a de tiro livre.
equipe que venceu o sorteio e escolheu ficar com a
bola; os adversários, então, têm o direito de escolher • Tiro livre
o lado da quadra. Alternativamente, se a equipe que Os árbitros interrompem o jogo e o reiniciam com um
ganhou o sorteio escolher o lado da quadra, o adver- tiro livre para os adversários quando:
sário dá o tiro de saída. • A equipe em posse de bola comete uma viola-
No início do segundo tempo, o tiro de saída é feito ção das regras que deve conduzir à perda de sua
pelo time que não o executou no início do jogo. posse;
O tiro de saída é feito em qualquer direção do centro • A equipe defensora comete uma violação das re-
da quadra (com uma tolerância de 1,5 m lateralmen- gras que cause, para a equipe em posse de bola,
te). O jogador executante do tiro deve ter um pé so- a perda desta.
bre a linha central até que a bola tenha saído de sua O tiro livre é normalmente executado sem nenhum
mão. Ele é precedido por um apito e deve ser exe- apito do árbitro, a princípio, do lugar onde a infração
cutado em 3 segundos. Os companheiros da equipe ocorreu.
do executor devem estar em sua própria quadra até Nunca deve ser executado dentro da própria área do
o apito de autorização dado pelo árbitro. gol da equipe executante ou dentro da linha de tiro
Para o tiro de saída do início de cada tempo, todos os livre dos adversários.
Quando o executor está posicionado corretamente e
jogadores devem estar nos próprios lados da quadra
com a bola nas mãos, este não deve colocá-la no
deles. Contudo, para tiros de saída depois que um
solo e pegá-la novamente, quicá-la e agarrá-la de
gol foi marcado, os adversários podem estar em am-
novo; também não pode entregá-la a um companhei-
bos os lados da quadra, respeitando pelo menos 3 m
ro e mesmo o companheiro não pode tocar ou pegar
de distância do jogador executante do tiro de saída.
a bola da mão do executor.
• Tiro lateral Os jogadores da equipe do executor não podem per-
Um tiro lateral é assinalado quando a bola tiver cru- manecer dentro da área de tiro livre adversária até
zado completamente a linha lateral, ou quando um que o tiro livre tenha sido executado. Os adversários
jogador de quadra da equipe defensora tiver sido o devem respeitar os 3 m de distância do tiro.
último a tocar na bola antes que ela cruzasse a linha • Tiro de 7 m
de fundo de sua equipe. É aplicado quando:
O tiro lateral é executado sem o apito do árbitro, pelo a) uma clara chance de marcar um gol é destruída
adversário da equipe cujo jogador tocou por último por um jogador ou oficial de equipe do time ad-
na bola antes que ela cruzasse a linha. versário em qualquer lugar na quadra;
56 –
b) há um apito não autorizado no momento de uma d) por causa de uma terceira exclusão para o mes-
clara chance de marcar um gol; mo jogador;
c) uma clara chance de marcar um gol é destruída e) por uma agressão de um jogador fora do tempo
através de interferência de alguém não partici- de jogo e por agressão de um oficial;
pante do jogo. A desqualificação é sempre para o tempo restante
O tiro de 7 m é um lançamento direto ao gol e, du- de jogo. O jogador deve deixar a quadra e a área
rante sua execução, o jogador não pode tocar nem de substituição. Decorridos 2 minutos, a equipe pode
ultrapassar a linha de 7 m antes que a bola tenha dei- colocar em quadra outro jogador no lugar do jogador
xado sua mão. Nenhum outro jogador, além do exe- faltoso. Para a equipe: máximo de 1 para cada joga-
cutor, pode ficar entre a linha da área de gol e a linha dor; máximo de 1 para cada oficial.
de tiro livre. Se um jogador da equipe atacante toca a • Expulsão
linha de tiro livre antes do arremesso, é marcado tiro
É aplicada quando ocorre uma agressão física con-
livre em favor da equipe defensora. No caso inverso,
tra o corpo de um adversário, companheiro, oficial de
pune-se o infrator validando o gol, se a bola entrou,
arbitragem ou espectador, durante o tempo do jogo.
ou repete-se o tiro.
A equipe deverá jogar o tempo restante da partida
• Execução dos tiros com um jogador a menos. Mais de uma violação na
A bola deve estar na mão do executor e os jogadores, mesma situação: o tempo de exclusão poderá ser
nas posições prescritas pelo tiro em questão. de 4 minutos se o jogador, após uma exclusão, for
Exceto no tiro de meta, o executante deve ter uma culpado de atitude antidesportiva antes de reiniciar o
parte de um pé em constante contato com o solo jogo; isso vale para desqualificação também.
quando o tiro é executado. Assim, é dada à equipe uma punição adicional.
A bola não pode ser entregue em mãos ou tocada
• Os árbitros
por um companheiro até que o tiro tenha sido exe-
cutado, e não se deve colocá-la no solo e pegá-la Cada jogo é dirigido por dois árbitros, ambos com os
novamente, quicá-la e agarrá-la. mesmos direitos.
Eles são assistidos por um secretário e por um
• Sanções cronometrista.
Uso do cartão amarelo
a) faltas e infrações contra um adversário (condu- 4. Handebol de praia
tas para com o adversário) persistentes; As regras são semelhantes às do handebol de qua-
b) infração quando os adversários estão executan- dra, mas as medidas das dimensões da quadra são
do um tiro; menores (retangular, com 24 m de comprimento por
c) atitude antidesportiva de um jogador ou oficial. 12 m de largura).
58 –
Desenvolvimento do jogo: ao sinal do professor, dentro do campo da equipe adversária. As equipes
cada equipe libera o primeiro da fila, que deve correr têm como objetivo lançar uma bola (de preferência
até as linhas do jogo da velha, colocar um cone num de vôlei) para o outro lado, a fim de o espião rece-
dos espaços e voltar o mais rápido possível para libe- ber a bola (sem deixar cair). Cada vez que o espião
rar o próximo integrante da equipe, que levará outro recebe a bola, a equipe ganha outro espião. Assim,
cone. Quem fizer a sequência de três cones primeiro os elementos da equipe aos poucos vão passando
ganhará. Em caso de empate (se ninguém montar a para o outro lado e, quando todos passarem (virarem
sequência), reinicia-se o jogo até que alguma equipe espiões), o jogo termina.
consiga a sequência correta. A rapidez é muito im-
portante; se uma equipe ficar “pensando” onde colo- Área Área
car, a outra estará mandando muito mais integrantes, proibida proibida
que ocuparão os lugares vagos e farão o ponto.
– 61
não poderá mais ser trocado. A garrafa deve ter um Observação: o morto falso também queima.
peso dentro (um pouco de areia ou água) para não Desenvolvimento do jogo: escolher uma das bo-
tombar muito fácil, pois se cair, mesmo por acidente, las, se possível de cor rosa, que somente as meninas
estará queimada. O elemento cuja garrafa tiver sido poderão usar para queimar os jogadores da outra
queimada pela equipe adversária irá para o cemité- equipe, tanto os do sexo feminino como os do sexo
rio (coveiro) e dali também poderá queimar as dos masculino. Para queimar, a bola deverá bater direto
adversários, como na queimada tradicional. Não se no jogador e depois cair no chão. Se a bola for agar-
queimam as pessoas, mas sim as garrafas. rada, o jogador não será considerado queimado.
Variantes: A outra bola do jogo, que pode ser da cor azul, so-
1) Para evitar que o jogo fique monótono, usar de mente os meninos poderão usar para queimar os jo-
duas a três bolas. gadores da outra equipe, tanto os do sexo feminino
2) Em vez de garrafas, usar cones grandes ou pe- como os do sexo masculino. Para queimar diferen-
quenos, ou outros objetos similares. temente das meninas, a bola deverá quicar no chão
3) Usar uma marcação em círculo em torno das antes de bater em um jogador e depois cair no chão.
garrafas (50 cm aproximadamente), feita com giz Se a bola for agarrada, o jogador não será conside-
ou um aro (bambolê), para evitar que os jogado- rado queimado.
res segurem a garrafa. Quando alguém for queimado irá para o morto para
recomeçar o jogo com uma das bolas. A outra bola
19. Queimada do anjo da guarda ficará com a sua equipe, no vivo.
As crianças são divididas em duas equipes e nume-
radas. Serão utilizadas duas bolas. Duas crianças 21. Queimada dos migrantes
(as últimas), uma de cada equipe, iniciarão o jogo
no morto (cemitério), podendo queimar. Os membros
de cada equipe deverão queimar determinada crian-
ça da equipe adversária (pela ordem numérica), que A B C
estará com uma identificação diferente, e os compa-
nheiros poderão formar barreiras para protegê-la.
Assim que a criança que está sendo protegida for
queimada, ela passa a identificação para o próximo Utilizando a quadra de vôlei, dividi-Ia em três (3)
elemento da equipe (pela ordem numérica) que de- partes iguais. Cada equipe, num espaço (A, B, C),
verá ser protegido e vai para o morto. pode queimar qualquer pessoa de outra equipe, sen-
Final: quando a criança que iniciou no morto (último do que se for queimada irá para o morto (cemitério,
número) for queimada. coveiro). Homem só queimará homem e mulher só
Observações: queimará mulher. Pode-se começar com um morto
–– As crianças que formam a barreira não poderão de cada equipe, sendo que este tem o direito de vol-
cercar (como um sanduíche) a criança que estão tar, por não ter sido queimado ainda.
protegendo. Cada vez que uma pessoa é queimada, ocorre um
–– Para facilitar a visualização, poderá ser colocado rodízio nos locais do “vivo”, isto é, o time A vai para
colete nas crianças a serem queimadas. o local do B; o B vai para o local do C; e o C vai para
Variantes: o A. Esse rodízio acontece a cada pessoa queima-
1) As crianças poderão defender-se em manchete. da. Caso uma equipe inteira seja queimada, o jogo
2) Iniciar o jogo com mais de uma criança de cada ainda continua, pois é necessário queimar ainda a
equipe no morto. outra equipe para verificar quem ficará em 1.o, 2.o e
3) Poderão ser usadas mais bolas (quatro). 3.o lugares. Só que o espaço deixado pela equipe in-
5) Poderá ser invertida a ordem das crianças a se- teira queimada poderá ser utilizada pelo “morto” ou
rem queimadas (da última para a primeira). coveiros. O jogo termina quando duas equipes forem
inteiramente queimadas, ou a critério do professor.
20. Queimada Vênus
Local: quadra de voleibol (vivo) e o espaço no entor- 22. Queimada da batalha naval
no dela (morto). Execução: dividir a turma em duas equipes que obri-
Material: duas bolas de cores diferentes, coletes co- gatoriamente deverão estar identificadas por cores.
loridos ou algo para identificar as equipes.
Organização: dividir a classe em duas equipes e Descrição da área de jogo
identificar uma delas com uma cor. “Vivo” – é a quadra de vôlei onde cada equipe
Início do jogo: as equipes começam o jogo uma de ocupa um lado da quadra.
cada lado da quadra de voleibol (vivos) e designarão “Morto” – é toda a área externa em volta da quadra
um aluno para ser o morto falso (ele é falso porque
de vôlei que é “terra de ninguém”, ou seja, os alunos
não foi queimado ainda e voltará para o vivo assim
das duas equipes podem transitar livremente.
que alguém da equipe for queimado).
62 –
Entregar a cada equipe uma ficha, que deverá ser Exemplo: quando uma das equipes conseguir quei-
preenchida e devolvida ao professor, o único que sa- mar um dos alunos da outra que representa a torre,
berá os nomes dos componentes do time correspon- a equipe ganha quatro pontos e este aluno vai para o
dentes às peças do jogo da batalha naval, de acordo morto. Se queimar o aluno que representa o peão a
com a tabela: equipe ganha um ponto, e assim por diante. Quando
Peça Quantidade de alunos a equipe atingir 25 pontos ganha o jogo.
Grandes jogos tem como característica principal a Desenvolvimento do jogo: as 2 equipes deverão
participação de todos os alunos e obrigatoriamente os estar numeradas e ter o mesmo número de alunos.
participantes passam por todas as etapas do jogo. Caso isso não ocorra em sua turma, compense, re-
petindo alguns alunos daquelas equipes que tiverem
1. Base 4
Semelhante ao tomba lata, dividimos o grupo em menos alunos.
duas equipes – uma rebaterá e a outra pegará a Uma das equipes, a verde, chutará a bola “para longe”,
bola. Em vez de garrafas, colocam-se quatro cones para correr e tentar passar pelas 6 bases, antes que a
nos cantos da quadra de vôlei. O aluno que chutar bola seja batida no cone central pela outra equipe.
a bola corre, passando pelos quatro cones e encos- Caso o aluno que chutou consiga passar pelas 6 ba-
tando-lhes a mão (cada cone vale um ponto). A outra ses e termine sua volta antes que a bola seja ba-
equipe deve pegar a bola e encostá-la nos quatro tida no cone central ganha 10 pontos, sendo 6 pe-
cones para que o corredor pare de marcar pontos. las bases passadas e mais 4 de bônus. Mas, se a
Depois de todos rebaterem, somam-se os pontos e equipe vermelha, que está espalhada pela quadra,
invertem-se as posições.
conseguir bater a bola no cone central, o professor
Variantes: apita e o aluno que chutou deverá parar de correr e
1) Em vez de passar a bola pelos cones, a equi- voltar para a base anterior mais próxima a ele, não
pe deve pegar a bola e mandar para um aluno
somando pontos naquele momento e aguardando a
no centro da quadra, que deverá levantá-la para
passagem de outro aluno que poderá salvá-lo se, ao
que o corredor pare de marcar pontos.
2) Usar seis cones. O ponto só se dará quando ter- passar por ele, tocá-lo. Caso ele seja salvo e com-
minar o percurso. Quem conseguir direto marca plete sua volta, marcará 6 pontos, ou seja, apenas os
dois pontos, mas quem parar no meio do cami- pontos pelas bases passadas.
nho (pois a bola foi levantada no centro) ganhará Neste jogo pode acontecer de muitos alunos se acu-
apenas um ponto. mularem numa mesma base, pois a batida de bola no
3) Semelhante a este jogo, podemos fazer o beise- cone central acontece rapidamente pela outra equi-
bol: em vez do chute, rebate-se a bola com um pe. Portanto, o professor deverá ficar atento, porque
taco de beisebol para poder correr e marcar os num determinado momento muitos alunos passarão
pontos. juntos no último cone, e assim deverá marcar a quan-
2. Futbase retrô: tidade exata de pontos da equipe.
Divide-se a turma em 2 equipes. (É importante sepa-
3. Futbase master 7 pontos:
rá-las por cor)
Divide-se a turma em 3 equipes (É importante sepa-
Inicialmente, umas das equipes (a verde) chutará a
bola e a outra (a vermelha) ficará espalhada pela rá-las por cor, neste caso: vermelha, azul e verde.)
quadra. No início do jogo aqui representado, a vermelha está
Utilizar uma bola oval de rugby ou futebol america- na base 1 e na primeira metade da quadra, a azul,
no. Para mantê-la em pé no momento do chute, com o mesmo objetivo da vermelha, está na base 2
utiliza-se o suporte específico desta bola ou um e na segunda metade da quadra, e a verde está em
rolo de fita crepe. fila no fundo de quadra e chutando.
Colocam-se 4 cones nas extremidades da qua- Inicialmente uma das equipes chutará a bola, uma
dra e 2 na lateral junto da linha central, somando ficará numa metade da quadra e a outra equipe, na
6 bases. Além deles, coloca-se 1 cone no centro outra metade.
da quadra rodeada por um círculo. Observação:
Utilizar uma bola oval de rugby ou futebol americano.
pode-se utilizar o círculo central, e caso ele seja
Para mantê-la em pé no momento do chute, utiliza-se o
muito grande, risque com um giz.
suporte específico desta bola ou um rolo de fita crepe.
Colocam-se 4 cones nas extremidades da quadra e
2 na lateral junto da linha central, somando 6 bases.
Além destes, coloca-se 1 cone em cada metade da
1, 2, 3, 4...
quadra, exatamente no centro de cada quadra de
1 vôlei, rodeada por um círculo, nomeando cone 1 e
Os outros alunos da
equipe vermelha ficam cone 2.
espalhados pela quadra
Observação: em algumas quadras, conseguimos
utilizar o círculo do garrafão do basquete. Se não
conseguir assim, risque-a com giz.
66 –
do para derrubar as garrafas. Cada garrafa derruba-
da valerá um ponto e, se todas forem derrubadas,
a equipe ainda ganhará um bônus de cinco pontos.
1, 2, 3, 4... Ao mesmo tempo, a equipe adversária buscará a
bola que foi chutada e tentará queimar o aluno que
1 1 está correndo para marcar os pontos. Depois que
todos os alunos chutarem, somam-se os pontos e
Os outros alunos da equipe Os outros alunos da equipe trocam-se as posições para a outra equipe chutar.
azul ficam livres pelo vermelha ficam livres pelo
espaço desta metade. espaço desta metade.
Ao final, comparam-se os pontos das duas equipes
para ver o vencedor.
JOGOS MULTIDISCIPLINARES
amarela
135
o
225
o
90
o
270o
Equipe azul
45o 315o
vermelha verde
360o/0o
3) Temos que separar meninos e meninas. Na maioria das vezes não precisamos separar.
Não temos tempo para treinar adequadamente nem um es- Treinamos as habilidades gerais, que servirão no futuro para
4)
porte (regras, táticas, técnicas etc.). esportes que quiserem participar.
As atividades devem ser lúdicas; há regras que eles elabo-
5) Nem todos gostam de esportes.
ram, opinam, criam, modificam etc.
Mesmo num clube, com atletas habilidosos, só os titulares Todos devem participar, independentemente de ganhar ou
6)
jogam, pois não podem perder. perder.
7) Os habilidosos não se importam com o grupo. Todos são aptos, têm funções e são necessários para os jogos.
SISTEMA DE JOGO COM ATAQUE E DEFESA Desenvolvimento do jogo: a bola sempre começa
com a defesa de uma das equipes; para que seja
Muitos dos jogos contidos em nossa proposta de tra- lançada para o ataque é necessário que haja pelo
balho seguem um sistema chamado de ataque e defesa.
menos um passe entre os defensores.
Ele serve tanto para aumentar o número de participantes
Neste jogo devem ser evitados chutes fortes sem di-
no jogo como para separar homens de mulheres quando
reção, pois há mais jogadores. Na marcação de um
a força física se tornar um motivo de preocupação, de
excessivo contato físico, possível violência etc. gol haverá a troca de lado da quadra pelos jogado-
Neste sistema de jogo, mais pessoas participam e o res das duas equipes, de modo que quem estiver na
nível de habilidade e de força pode ser nivelado, pois os defesa possa jogar no ataque também e vice-versa.
“iguais” participam do mesmo lado, uns com os outros. Logo após o gol e a troca de lado na quadra, o jogo
Como funciona? recomeça com a bola nas mãos do goleiro do time
Dividem-se os participantes em dois times mistos. que sofreu o gol.
Em um lado da quadra ficam apenas os homens dos Observação de segurança: neste jogo os alunos
dois times e, no outro, apenas as mulheres. Sendo as- não podem dar um “chutão” para a frente, ou seja,
sim, no lado dos homens haverá um time de atacantes um chute forte e alto.
e outro, de defensores, o mesmo ocorrendo no lado das
mulheres. 2. Futsal de ataque e defesa com duas bolas
Após a marcação de um ponto ou depois de determi- Material: duas bolas de futsal e coletes coloridos.
nado tempo, invertem-se as posições – quem era atacan- Organização: formar duas equipes com 11 jogado-
te será defensor e vice-versa – e os jogadores trocam de res cada uma (dois goleiros para cada equipe) e de-
lado na quadra, para fixar a mudança de ataque e defesa. pois dividir pelo sistema de ataque e defesa.
Deve-se reservar um espaço logo após o meio da Desenvolvimento do jogo: a bola sempre começa
quadra para o ataque receber a bola sem ser marcado com um dos goleiros das equipes; para que seja lan-
(pode ser a linha dos três metros do vôlei), de modo que çada para o ataque é necessário que haja pelo me-
não haja atrito no recebimento da bola pelo ataque. nos um passe entre os defensores.
Observação de segurança: nesta variação os alu-
JOGOS DE ATAQUE E DEFESA
nos não podem dar um “chutão” para a frente, ou
1. Futsal com ataque e defesa seja, um chute forte e alto, pois com duas bolas a
Material: uma bola de futsal e coletes coloridos. atenção dos jogadores fica dividida e pode ocorrer
Organização: formar duas equipes com 10 jogado- algum acidente. Caso algum jogador dê um chutão,
res cada uma e depois dividir pelo sistema de ataque acertando ou não um adversário, o jogo é paralisado
e defesa. e é cobrado um pênalti pela outra equipe.
– 75
Na marcação de um gol haverá a troca de lado da uma vez, entrará em campo para jogar handebol. O
quadra pelos jogadores das duas equipes, de modo próximo jogador queimado, seja ele de que equipe
que quem jogou na defesa possa jogar no ataque for, tirará sua equipe para o lado de fora do campo,
também e vice-versa. fazendo assim o papel que até agora era ocupado
Logo após o gol e a troca de lado na quadra, o jogo pela equipe vermelha.
é recomeçado com as bolas nas mãos de um dos As outras duas equipes, azul e verde, estão jogan-
goleiros de cada time. do handebol no sistema de ataque e defesa com
3. Cabeçobol duas bolas, e tentando marcar seus gols nos arcos
Só se pode marcar gol de cabeça. A bola (de volei- que estão fixados nas traves. A cada gol marca-
bol) deve ser passada de mão em mão. Não se pode do, as equipes trocam seus ataques e defesas, e
correr com a bola e, para marcar gol, é necessário aqueles que estavam no ataque vão para a defesa
que ela venha de um passe. e vice-versa. Caso o gol não ocorra em 2 minutos,
o professor solicita que os alunos troquem ataque
4. Harry Potter (handebol com queimada) 3 equipes e defesa.
Divide-se a turma em 3 equipes. Neste caso é im-
portante separá-las por cor: vermelha, azul e verde. 5. Basquetebol de ataque e defesa com duas bolas
No início do jogo aqui representado, a vermelha está Material: duas bolas de basquete e coletes coloridos.
do lado de fora da quadra, metade masculina de um Desenvolvimento do jogo: (variante do basquete
lado e metade feminina do outro. Azul e verde estão com ataque e defesa, utilizam-se duas bolas ao mes-
jogando handebol no sistema de ataque e defesa, mo tempo): as bolas começarão com as defesas das
tentando marcar gols nos arcos (bambolês que estão equipes; para que sejam lançadas para o ataque é
fixados no gol). necessário que haja pelo menos um passe entre os
Utilizar uma bola de queimada e duas bolas de defensores.
handebol. É possível que no jogo as duas bolas estejam do
mesmo lado da quadra, na defesa ou no ataque. Os
Os meninos da equipe verrmelha ficam deste lado da quadra. jogadores da defesa devem ter cuidado ao lançarem
a(s) bola(s) para o ataque, para não causar nenhum
acidente, chamando sempre o atacante para receber
a bola e não jogá-la aleatoriamente, pois pode bater
na cabeça de algum jogador.
Na marcação de uma cesta haverá a troca de lado da
quadra pelos jogadores das duas equipes, de modo
que quem estiver na defesa jogue no ataque também
e vice-versa. Logo após a cesta e a troca de lado na
quadra, o jogo é recomeçado com a bola na defesa
dos dois times.
XXXXXXXX
Regras: Os alunos são numerados, por exemplo,
XXXXXXXX de 1 a 15 em cada equipe. Enquanto um será o pri-
meiro arremessador, outros três devem estar posi-
XXXXXXXX cionados para pegar o rebote e repor as bolas nos
cones, para o seguinte arremessar. Assim, os três
últimos da fila ficam inicialmente no rebote. Quem
terminar seus arremessos toma lugar no rebote e
um do rebote vai para a fila do arremesso.
Dividir a classe em três equipes iguais, com uma bola Variante:
para cada uma. Cada um deve tentar acertar a cesta Caso não haja cone, colocar outro objeto para mar-
e retornar para a fila, com três chances de arremes- car os lugares do arremesso e manter a bola parada
so. Caso acerte na primeira pode retornar para a fila. (cadeira, balde, caixa etc.).
Depois de tentar três vezes e errar, pode também re-
tornar. A equipe da qual todos terminarem primeiro 20. Basquetebol "mata-fominha"
seus arremessos ganhará, independente do número Área de jogo: quadra de basquete.
de cestas conquistadas. Divide-se a turma em duas equipes. Se houver mui-
Depois, pode-se dar tarefas específicas e a equipe tos alunos em cada equipe, pode-se dividi-los em
escolherá quem executará, por exemplo: dois grupos: de ataque e de defesa.
– 79
Será um jogo com regras de basquetebol com algu- Divide-se a quadra ao meio. Em cada metade tere-
mas alterações. mos alunos das duas equipes sendo que uma ataca-
Não se pode driblar. rá e a outra defenderá.
A equipe que deixar a bola cair no chão perde a pos- Toda vez que uma equipe derrubar um cone (que
se de bola. será levantado em seguida) haverá uma troca entre
Se a equipe fizer cesta marca três pontos, dois se a ataque e defesa.
bola bater no aro e um se bater na tabela. Variante:
Os cones derrubados pela equipe atacante deverão
21. Basquetebol “recebe no fundo” ser colocados ao lado de seus cones de defesa. A
Idem ao jogo “mata-fominha” só que ao invés de equipe que eliminar primeiro o cone dos outros ga-
fazer cestas, a equipe fará pontos quando um ele- nha. Ao final do jogo teremos oito cones de um lado
mento receber a bola na linha de fundo. O aluno não e nenhum do outro.
pode entrar com a bola na linha de fundo, pois ele já Os cones derrubados deverão ser empilhados uns
deve estar lá para recebê-la. sobre os outros.
Observação: Divide-se a equipe para o ataque e a
22. Handebol derruba cones defesa, de modo que de um lado fiquem os alunos
Derrubam-se os cones em vez de marcar gol. de maior habilidade e do outro, os de menor habili-
Área de jogo: quadra de handebol. dade. Assim haverá um equilíbrio e os alunos menos
Colocam-se quatro cones no fundo da quadra ou no hábeis poderão tocar mais na bola. Mas também é
gol. Divide-se a turma em duas equipes, que serão interessante, em alguns momentos do jogo, colocar
subdivididas em mais duas: A e B. defesa mais hábil contra ataque menos hábil.
ATLETISMO
1. Origem do atletismo jogos gregos, em 394 a.C. O esporte, porém, acabou
Para entendermos um pouco melhor a história do ”morrendo” até o século XII, quando reapareceu na
atletismo, é necessário fazermos uma viagem no Inglaterra.
tempo. Essa viagem nos leva até a época do homem As mulheres só ganharam destaque nas provas olím-
primitivo, com todos os seus esforços para sobreviver picas de atletismo em 1928, nos jogos olímpicos de
em meio hostil. Sua rotina estava diretamente ligada Amsterdã, na Holanda. A grande surpresa da estreia
aos movimentos de corrida, saltos e arremessos, feminina ficou por conta das atletas canadenses, ao
como formas de buscar o seu alimento, conquistar e vencerem no revezamento e no salto em altura. Hoje,
manter o domínio territorial sobre seus semelhantes as competições femininas concentram o mesmo inte-
e outros animais. resse que as masculinas.
Principal esporte do programa dos jogos olímpicos, O atletismo do Brasil estreou nas olimpíadas em
o atletismo existe desde os antigos jogos da Grécia 1924, nos Jogos de Paris, na França. Mas foi nos
e marcou o início das competições da Era Moder- jogos de 1932, em Los Angeles, nos Estados Unidos,
na. No entanto, há registros que apontam que a mais que o País obteve seu primeiro resultado importante,
remota corrida organizada aconteceu em Mênfis, no com o sexto lugar do atleta Lúcio de Castro, no salto
Egito, por volta de 3800 a.C. com vara.
Na definição moderna, o atletismo é um esporte com
provas de pista de campo (corridas rasas, com barrei- 2. Saltos
ras ou obstáculos, saltos, arremesso, lançamentos e O primeiro registro da inclusão do salto em distân-
provas combinadas, como o decatlo e o heptatlo), pro- cia nos jogos da antiguidade data do ano 708 a.C.,
vas de cross-country (corridas através do campo, com quando integrava o antigo pentatlo.
obstáculos naturais ou artificiais) e marcha atlética. As primeiras referências a competições que incluíam
Em 776 a.C., Coroebus foi campeão na prova dos salto em altura e em distância datam de aproxima-
193 m. Naquela época, as provas disputadas eram damente 1850: nas provas disputadas em Taliti, na
basicamente a corrida e o lançamento de disco, feito Irlanda, o salto era uma das cinco modalidades que
de pedra ou bronze. faziam parte dos jogos anuais de Tailteann.
A maratona, por exemplo, foi criada, segundo a len- Quando a olimpíada moderna foi organizada, os três
da, em homenagem a um soldado chamado Feidí- tipos de salto foram considerados como modalidades
pides. Ele correu 40 km para levar notícias sobre a separadas: salto em altura, salto em distância e salto
vitória de Atenas sobre a Pérsia na Batalha da Mara- triplo. Nos jogos seguintes, em Paris, foram incluídas
tona e, ao chegar, acabou morrendo. modalidades de salto em altura e distância em que o
O atletismo teve seu grande momento até o fim dos atleta era obrigado a saltar sem a corrida prévia.
80 –
3. Corridas 4. Lançamento de dardo
É a mais primitiva forma do atletismo e um dos espor- O uso de dardos faz parte da própria evolução do
tes mais populares da antiguidade. homem. Desde a pré-história, lanças feitas com os
Nos jogos olímpicos da Grécia, a corrida de 200 mais variados materiais foram utilizadas tanto para
jardas (uma volta ao estádio de 182 m) fazia parte garantir a subsistência como para preservar o territó-
rio de inimigos mais ousados. Não é de se estranhar,
do pentatlo. Nesses Jogos, consagrados ao deus
então, que a arte de lançar o dardo fosse incluída
Zeus, eram disputadas também provas de 3.800 m
pelos antigos gregos nos jogos olímpicos de 708 a.C.
e a dromos hoplitas, uma prova reservada para sol- como uma das modalidades do pentatlo.
dados na qual deveriam competir com equipamento Quando Pierre de Coubertin conseguiu realizar seu
completo, inclusive armadura. No Império Romano, sonho recriando os Jogos, a modalidade permaneceu
corridas de velocidade faziam parte da programa- atrelada aos esportes atléticos combinados até ganhar
ção dos circos ambulantes. status individual na olimpíada de Londres, em 1908.
Na Idade Média, as cidades organizavam corridas
5. Disco
regularmente, contratando os vencedores para fazer A arte de lançar um disco plano, feito de pedra, de
parte do corpo dos correios. Foram famosos os “cor- dentro de um círculo preestabelecido, era muito po-
redores-carteiros” do Império Persa e dos sultões tur- pular na Grécia antiga desde os tempos de Homero,
cos. Estes últimos conseguiam cobrir a distância de e fazia parte do pentatlo nos antigos jogos olímpicos.
ida e volta entre Constantinopla e Adrianópolis – algo Depois de ficar esquecido durante muitos séculos, o
em torno de 350 km – em dois dias e duas noites. esporte foi revivido na olimpíada moderna, em 1896.
c) Provas de campo
Tipo de prova Masculino Feminino
em altura, com vara, em altura, com vara,
Saltos
em distância e triplo em distância e triplo
Arremesso peso peso
Lançamentos disco, dardo e martelo disco, dardo e martelo
d) Provas combinadas
Tipo de prova Distância para o masculino Distância para o feminino
Corridas rasas decatlo heptatlo
As provas destacadas com negrito são as que integram o programa dos Campeonatos Mundiais de Atletismo.
Observação: acesse o site www.cbat.org.br e descubra a origem de cada uma das provas de atletismo.
– 81
e) Corridas de rua
As corridas de rua também são provas oficiais do atletismo, porém sem distâncias definidas em regra, mas
sim recomendadas, tanto para o masculino como para o feminino. As distâncias recomendadas, para homens
e mulheres são de 15km, 20km, meia-maratona (21.097m), 25km, 30km, maratona (42.195m), 100km e reve-
zamento de rua.
f) Cross-country
Da mesma forma que as corridas de rua, as provas de cross-country (corrida através do campo) são provas
oficiais do atletismo, igualmente com distâncias recomendadas (mostradas no quadro a seguir).
Categoria Masculino Feminino
Adulto – prova longa 12km 8km
Adulto – prova curta 4km 4km
Juvenil 8km 6km
g) Corridas em montanha
As corridas em montanha preveem a mesma regra para as provas de cross-country, cujas distâncias recomen-
dadas são as seguintes, em dois tipos diferentes de provas:
Corridas em subida de montanha
Masculino Feminino
Categoria
Distância Subida Distância Subida
Adulto 12km 1.200m 7km 550m
Juvenil 7km 550m
82 –
Disci: eram usados nas provas de arremesso de dis- zamento 4 m x 100 m. É preciso lembrar que na épo-
co e tinham inscrições que aludiam a Zeus e outros ca em que o esporte era visto como coisa de homem
deuses gregos. ou de “mulheres masculinas”, a feminina Fanny, ca-
sada e mãe de dois filhos, teve uma contribuição fun-
damental para a imagem da mulher atleta.
Graças a todos esses feitos ela foi eleita em 2000
“a atleta do século” pela Federação Internacional de
Atletismo.
O etíope Abebe Bikila assombrou o mundo na olim-
píada de 1960, em Roma, quando, apenas em sua
Strigils: eram utilizados pelos atletas para sua higie- segunda maratona, não só venceu, mas também ba-
ne após exercícios e prática de esportes, para ”ras- teu o recorde mundial com 2h15min16s. Tudo isso
par” o pó e o óleo do corpo deles. correndo descalço!
Pista: mede 400 m de comprimento na raia interna.
Em geral, tem oito ou nove raias de 1,22 m a 1,25 m
de largura cada uma. É revestida de material sintético.
4. Revezamento 4 x 50
5. Salto triplo
tábua
início da corrida
colchonetes ou tatames
1 2 3 4 5 6 7 8 9 10 11
Local: quadra
Material: 3 colchonetes ou tatames de borracha e
coletes/jalecos de 3 cores
Preparação do espaço: marcar com giz o local de
início da corrida, a tábua e espaços de metro em me-
tro ao lado do local de salto. Colocar os tatames ou
colchonetes próximos ao local de salto (a distância en-
tre a tábua e esta colocação dependerá de cada grupo
de alunos, faixa etária e ano em que se encontram).
– 85
FICHA DA QUEIMADA DE XADREZ
1. ______________________________________________________________________________
2. ______________________________________________________________________________
3. ______________________________________________________________________________
4. ______________________________________________________________________________
5. ______________________________________________________________________________
6. ______________________________________________________________________________
7. ______________________________________________________________________________
8. ______________________________________________________________________________
1. ______________________________________________________________________________
2. ______________________________________________________________________________
1. ______________________________________________________________________________
2. ______________________________________________________________________________
1. ______________________________________________________________________________
1. ______________________________________________________________________________
86 –
QUEIMADA DA BATALHA NAVAL
CRUZADOR DESTRÓIER
HIDROAVIÃO MINA
SUBMARINO
ÁGUA
– 87
QUEIMADA DO CASTELO
TORRES
CAVALEIROS
ARQUEIROS SALVO-CONDUTO
88 –
QUEIMADA DA 2.a GUERRA MUNDIAL
– 89
FICHA DA QUEIMADA DO SISTEMA SOLAR
Sol
Mercúrio
Lua
Vênus
Fobos
Terra
Calisto
Marte
Titã
Netuno
Júpiter
Ariel
Urano
Satur
Saturno
90 –
ATAQUE DOS HACKERS
ATAQUE DOS HACKERS
SISTEMA VÍRUS
ROTEADOR TECLADO OPERACIONAL CAVALO BOOT
DE TROIA
HACKER
CD DVD NUVEM
BYTE
– 91
RESERVATÓRIO DA CANTAREIRA
Irrigação
desordenada
Assoreamento
Desperdício de água
Vazamentos
+2%
+5%
- 10% - 10%
+10% +10%
+18% +10%
92 –
MARATONA DE REVEZAMENTO
TURMA: ____________
COR: ____________
1– 1 2 3 4 5 6 7 8 9 10
2– 1 2 3 4 5 6 7 8 9 10
3– 1 2 3 4 5 6 7 8 9 10
4– 1 2 3 4 5 6 7 8 9 10
5– 1 2 3 4 5 6 7 8 9 10
6– 1 2 3 4 5 6 7 8 9 10
7– 1 2 3 4 5 6 7 8 9 10
8– 1 2 3 4 5 6 7 8 9 10
9– 1 2 3 4 5 6 7 8 9 10
10 – 1 2 3 4 5 6 7 8 9 10
1– 1 2 3 4 5 6 7 8 9 10
2– 1 2 3 4 5 6 7 8 9 10
3– 1 2 3 4 5 6 7 8 9 10
4– 1 2 3 4 5 6 7 8 9 10
5– 1 2 3 4 5 6 7 8 9 10
6– 1 2 3 4 5 6 7 8 9 10
7– 1 2 3 4 5 6 7 8 9 10
8– 1 2 3 4 5 6 7 8 9 10
9– 1 2 3 4 5 6 7 8 9 10
10 – 1 2 3 4 5 6 7 8 9 10
– 93
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