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Prof. Dr. Flávio Ricardo Guilherme (44) 3045-9898
UNIDADE I....................................................................................................... 4
Introdução aos Estudos: Foco na Saúde
UNIDADE II.................................................................................................... 29
A Educação Física e a Saúde
UNIDADE III................................................................................................... 50
Atividade Física em Foco
UNIDADE IV................................................................................................... 74
Atuação Profissional
UNIDADE I
Introdução aos Estudos: Foco na Saúde
Professora Me. Claudiana Marcela Siste Charal
Professora Ticiana Roberta Siste Charal
Professor Esp. Charles pecialista da Silva de Araujo e Souza
Plano de Estudo:
● Aspectos históricos da saúde e saúde pública no Brasil;
● Conceito de saúde;
● Conceito de qualidade de vida;
● Condições de vida e estilo de vida;
● Prevenção, promoção, proteção e reabilitação da saúde.
Objetivos da Aprendizagem:
● Conhecer os aspectos históricos da saúde e da saúde pública no Brasil;
● Entender o conceito de saúde;
● Estudar sobre o conceito de qualidade de vida;
● Entender o que é condições de vida e estilo de vida;
● Estudar sobre a prevenção, promoção, proteção e reabilitação da saúde
como uma área de atuação do profissional de Educação Física.
4
INTRODUÇÃO
Olá aluno(a)!!
Caro aluno, vamos navegar pela história da saúde no Brasil e entender de que
maneira aconteceu o processo de implantação da saúde pública, até que, atualmente, ela
seja um direito garantido a todos os cidadãos brasileiros.
A história das políticas de saúde no Brasil está inserida em um contexto que trata da
própria história do Brasil como Estado-Nação. De acordo com Baptista (2007), os primeiros
movimentos em saúde pública observados por aqui foram implantados pelos governantes no
período colonial com a chegada da família real no Brasil em 1808, cujo o interesse estava em
torno de manter uma mão-de-obra saudável e garantir os negócios promovidos pela realeza.
Nessa época, o povo brasileiro constituía-se de portugueses, outros imigrantes
europeus e, principalmente, índios e negros escravos. Muitas doenças acometiam a população
local e o conhecimento acerca da forma de transmissão, controle ou tratamento dessas doenças
também era visto de maneira diferente por cada um desses grupos, de acordo com a tradição
de cada cultura e costume. Recorriam ao que era mais viável física e financeiramente.
Existia o barbeiro ou prático, um conhecedor de algumas técnicas utilizadas pelos
médicos europeus, tais como as sangrias, que atendia a população com condições de
pagá-lo. Os curandeiros e pajés, pertencentes às culturas negra e indígena, mais acessíveis
à maioria da população que se utilizavam das plantas, ervas, rezas e feitiços para tratar
os doentes. Havia também os jesuítas que tinham algum conhecimento da prática médica
europeia e utilizavam a disciplina e o isolamento para tratar os doentes.
SAIBA MAIS
Fonte: Ministério da Saúde - Sistema Único de Saúde (SUS). SUS: Princípios e Conquistas. Disponível
em: https://bvsms.saude.gov.br/bvs/publicacoes/sus_principios.pdf. Acesso em: 02 maio 2021.
Querido aluno, a definição do conceito de saúde não é tão simples quanto parece
e neste tópico iremos abordar essa questão.
Em 1948, a Organização Mundial de Saúde (OPAS/OMS, 2016) definiu que “Saúde
é um estado de completo bem-estar físico, mental e social e não apenas a mera ausência
de doença ou enfermidade”. Essa ideia de saúde remete à um ideal de saúde, um estado
de “saúde ótima”, porém, possivelmente inatingível já que, a mudança é algo natural e
predominante na vida e não, a estabilidade.
A própria compreensão de saúde tem também alto grau de subjetividade e determi-
nação histórica, na medida em que indivíduos e sociedades consideram ter mais ou menos
saúde dependendo do momento, do referencial e dos valores que atribuem a uma situação.
Partindo dessa definição de saúde proposta pela OMS, podemos então pensar
a saúde sob três aspectos distintos: a saúde como ausência de doença; a saúde como
bem-estar e, por fim, a saúde como um valor social.
A visão da saúde entendida como ausência de doença é largamente difundida no
senso comum, mas não está restrita a esta dimensão do conhecimento. Pelo contrário,
essa ideia não só é afirmada pela medicina, como tem orientado a grande maioria das
pesquisas e da produção tecnológica em saúde, especialmente aqueles referentes aos
avanços na área de diagnóstico.
Até meados do século XVIII, a doença era vista como uma entidade que subsistia
no ambiente como qualquer outro elemento da natureza.
Nota-se que essa abordagem esbarra numa compreensão social do termo, que
considera questões subjetivas como bem-estar, satisfação nas relações sociais e ambientais,
e a relatividade cultural. Ou seja, esse entendimento depende da carga de conhecimento
do sujeito, do ambiente em que ele vive, de seu grupo de convívio, da sua sociedade e das
próprias expectativas em relação a conforto e bem-estar.
Gonçalves e Vilarta (2004) abordam qualidade de vida pela maneira como as
pessoas vivem, sentem e compreendem seu cotidiano, envolvendo, portanto, saúde,
educação, transporte, moradia, trabalho e participação nas decisões que lhes dizem respeito.
Essa abordagem indica, num primeiro momento, para as expectativas de um sujeito ou de
determinada sociedade em relação ao conforto e ao bem-estar. Isso depende das condições
históricas, ambientais e socioculturais de determinado grupo, ou seja, o entendimento e a
percepção sobre qualidade de vida, nessa perspectiva, são relativos e variáveis.
1
1ª Conferência Internacional sobre Promoção da Saúde, 1986, Ottawa, Canadá.
REFLITA
“Eu acredito que a causa final do homem, seu objetivo supremo é a felicidade. Atingir a
felicidade e uma boa vida depende de uma conduta moral moderada, sem excesso, na
justa medida dos “pitagóricos”. Habituar-se a uma boa conduta é ter bons costumes e
uma vida intelectual sossegada”.
Caro aluno, temos visto até aqui que a saúde está relacionada ao modo como
vivemos e ao meio no qual vivemos. Vamos avançar neste estudo entendendo um pouco
mais sobre os conceitos utilizados comumente para descrever a qualidade ou o tipo de vida
que a população de determinada região ou país possui.
Em diversos estudos realizados, as condições de vida de uma população é
medida ou baseada a partir da análise das desigualdades em saúde, ou seja, a categoria
“condições de vida”, proposto por Castellanos (1997) , destaca que o indivíduo, a
família, a comunidade e o grupo populacional, em cada momento de sua existência,
tem necessidades e riscos que lhes são próprios, seja por sua idade, pelo sexo e por
outras características individuais, seja por sua localização geográfica e ecológica, por
sua cultura e nível educativo, ou seja por sua inserção econômico-social, que resulta em
um perfil de problemas de saúde/doença peculiares, os quais favorecem e dificultam, em
maior ou menor grau, sua realização como indivíduo e como ser social.
O autor considera ainda que o perfil de condições de vida expressa quatro dimensões
da reprodução social, qual seja, biológica, ecológica, econômica e da consciência e
comportamento que cada grupo da população terá de necessidades (riscos).
Outros estudiosos também seguem a mesma linha e postulam que estilo de vida é
o conjunto de ações habituais que refletem as atitudes, os valores e as oportunidades na
vida dos sujeitos (NAHAS et. al., 2001). Acrescentando a contribuição de Bourdieu (1983b)
a essa afirmação, pode-se compreender que se trata das ações individuais que refletem os
hábitos e a carga cultural do sujeito e que interferem diretamente em sua vida.
LIVRO
Título: Saúde, Promoção da Saúde e Educação Física
Autor: Paulo de Tarso Veras Farinatti.
Editora: UERJ.
Ano: 2006.
Sinopse: Este livro apresenta reflexões sobre as relações entre
educação física e saúde. Na primeira parte são revisados aspectos
conceituais relacionados à saúde e à promoção da saúde, em uma
perspectiva evolutiva. Na segunda, os conceitos são aplicados
à educação física escolar e à problemática do envelhecimento.
Assim, esse estudo debate a educação física e saúde aliando à
discussão teórica experiências práticas consolidadas - escapando
da esfera do provável ou do possível e focalizando o real.
FILME/VÍDEO
Título: Nise - O Coração da Loucura
Ano: 2016.
Sinopse: Nos anos 1950, uma psiquiatra contrária aos tratamentos
convencionais de esquizofrenia da época é isolada pelos outros
médicos. Ela então assume o setor de terapia ocupacional, onde
inicia uma nova forma de lidar com os pacientes, pelo amor e a arte.
Plano de Estudo:
● Aspectos históricos da Educação Física e promoção de saúde;
● Políticas Públicas e a saúde: foco na Educação Física;
● Sistema público e privado de saúde: Educação Física e seu papel.
Objetivos da Aprendizagem:
● Conhecer os aspectos históricos da educação
Física e a promoção de saúde;
● Estudar sobre as políticas públicas e a saúde,
com o foco da Educação Física;
● Entender qual o papel da Educação Física no
sistema público e privado de saúde.
29
INTRODUÇÃO
UNIDADE II
I AIntrodução
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Estudos:
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Foco na Saúde 30
1. ASPECTOS HISTÓRICOS DA EDUCAÇÃO FÍSICA E PROMOÇÃO DE SAÚDE
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Além disso, esse tratado entendia a educação moral como coadjuvante da Educação
Física e vice-versa (GUTIERREZ, 1972).
O Início da Educação Física escolar no Brasil, inicialmente denominada Ginástica,
ocorreu oficialmente com a reforma Couto Ferraz, em 1851. No entanto, foi somente
em 1882, que Rui Barbosa ao lançar o parecer sobre a “Reforma do Ensino Primário,
Secundário e Superior”, denota a importância da Ginástica na formação do brasileiro
(RAMOS, 1982). Nesse parecer, Rui Barbosa relata a situação da Educação Física em
países mais adiantados politicamente e defende a Ginástica como elemento indispensável
para a formação integral da juventude (RAMOS, 1982).
De acordo com estudos do professor Ghiraldelli (2004), a Educação Física
brasileira, passou por cinco fases: a higienista, militarização, pedagogização, competitivista
e a popular, que foram marcantes ao longo da sua formação e na busca da caracterização
dos pressupostos teóricos que lhe servem de fundamento, mantém-se historicamente ao
longo dos anos em busca de adequações e características específicas do pensar a prática
da Educação Física.
A Educação Física Higienista foi a fase que aconteceu até o ano de 1930, e se
preocupava em colocar a Educação Física como agente potencializador de saneamento
público, dava ênfase à questão da saúde, e tinha a Educação Física como importante papel
de formação de homens sadios e fortes, na busca de uma sociedade livre de doenças
infecciosas e dos vícios que deterioravam a saúde e o caráter dos homens.
Esta fase aconteceu também na época da criação das leis abolicionistas, onde, os
negros, recém libertos, se deslocaram para as cidades em busca de trabalho, e encontravam
as péssimas condições de trabalho, moradia e a falta de saneamento básico que eram
propícias ao surgimento de doenças. Neste momento, a escola passa a ter um papel de
fundamental importância para disseminar hábitos de higiene, e a Educação Física como
a disciplina que melhor abordaria essas questões em um contexto amplo de abordagens.
A fase da Educação Física Militarista (1930-1945), foi o período compreendido entre
a Revolução de 1930 e o fim da 2ª Guerra Mundial. Neste período também existiu uma
preocupação com a saúde numa perspectiva diferente da atual, mas o objetivo principal
desta fase era a obtenção de uma juventude forte e saudável que fosse capaz de suportar
o combate, a luta e a guerra.
UNIDADE II
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Na década de 1930, surgiram através dos estímulos da Educação Física, a
concretização de uma identidade moral e cívica, além do envolvimento com os princípios
de Segurança Nacional, referente a necessidade do adestramento físico, num primeiro
momento necessário à defesa da pátria, que se afiguravam no sentido de desestruturação
da ordem político-econômica constituída, como também à iminência de configuração de
um conflito bélico a nível mundial, e, em outro instante, visando assegurar ao processo
de industrialização implantado no país, mão de obra fisicamente adestrada e capacitada,
cabendo a ela cuidar da recuperação e manutenção da força de trabalho (CASTELLANI
FILHO, 2013). Nesta mesma época foi criado o Ministério da Educação e Cultura (MEC).
Nas escolas foi adotado o método francês de ginástica, que havia sido adotado também
pelo exército brasileiro na década de 1920.
Segundo Ghiraldelli (2004), na Educação Física Pedagogista (1945 – 1964), a
Educação Física tornou-se o “centro vivo” da escola pública e advogou a “educação do
movimento” utilizando a ginástica, a dança e o esporte como meio de educação do aluno.
Foi uma concepção do período pós-guerra, que convocou toda a sociedade a compreender
a Educação Física simultaneamente como uma prática capaz de promover a saúde e de
disciplinar a juventude inserida no currículo escolar. A Educação Física Desportiva Generalizada
foi o método que se estabeleceu nesse período, destacando o valor educativo do jogo.
Após 1964 e diante do processo de esportivização da Educação Física, já iniciado
na fase pedagogista, a ideologia do “desenvolvimento com segurança” e a divulgação pelos
meios de comunicação, ocorre a expansão do esporte em todo país, surge a fase chamada
de Educação Física Competitivista. Durante o período da ditadura militar, a Educação Física
estava a serviço da hierarquização e da elitização social, voltada para o culto do atleta herói,
aquele que, a despeito de todas as dificuldades, chegou ao pódio. Esta fase se preocupava
em selecionar as turmas para treinamento, buscando a especialização dos alunos em uma
modalidade ou esporte específico com principal objetivo de conseguir medalhas olímpicas
para o país, reduzindo desta forma a Educação Física, aos esportes de alto nível.
UNIDADE II
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Física
Estudos:
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Foco na Saúde 33
SAIBA MAIS
Você sabia?
O esporte surgiu na Grécia antiga e os jogos olímpicos ou, como comumente são
chamados, as Olimpíadas, tiveram a sua origem por volta da segunda metade do
século VIII a.C., na antiga civilização grega. Esses jogos estavam associados a cultos
religiosos dedicados ao deus Zeus.
Dentre uma das importantes medidas que impactaram a Educação Física neste
período, estava a obrigatoriedade da Educação Física/Esportes no ensino superior, por meio
do decreto lei no 705/69 (BRASIL, 1969). Segundo Castellani Filho (1998), esse decreto lei
tinha como propósito político favorecer o regime militar, desmantelando as mobilizações e
o movimento estudantil que era contrário ao regime militar, uma vez que as universidades
representavam um dos principais polos de resistência a esse regime.
No Pós-Guerra, estudiosos começaram a entender que a Educação Física não
pretendia ser disciplinadora de homens e muito menos estava voltada ao incentivo da busca
de medalhas, e principalmente não transformaria o Brasil em uma potência olímpica. Criou-
se, então, uma grande crise de identidade, configurando a necessidade de mudança nos
rumos da Educação Física brasileira. Esta fase foi chamada de Educação Física Popular.
A Educação Física pautada na tendência popular é dominada pelos anseios operários
de ascensão na sociedade. Conceitos como inclusão, participação, cooperação, afetividade,
lazer e qualidade de vida passam a fazer parte dos debates dessa disciplina (FERREIRA, 2013).
Novas explicações para a Educação Física, além do fenômeno biológico emergiram,
fortalecendo dessa forma uma comunidade científica voltada aos estudos da Educação
Física que contemplaria aspectos biopsicossociais.
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Estudos:
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Durante a década de 1980, a resistência à concepção biológica da Educação Física
foi criticada em relação ao predomínio dos conteúdos esportivos (DARIDO e RANGEL, 2005).
A preocupação com a formalização da prática da Educação Física e da formação
dos profissionais da área se intensificam e o cenário se altera com a homologação da
resolução n. 3/1987, pelo Conselho Federal de Educação, que institucionaliza cursos de
bacharelado em educação física no Brasil, instaurando outro tipo de fragmentação no
processo de formação, ainda que restrito a poucas universidades.
Com a promulgação da lei n. 9696/1998, que cria o Conselho Federal e os Conselhos
Regionais de Educação Física, e a homologação da resolução n. 7/2004, pelo Conselho
Nacional de Educação (CNE), que instituiu as Diretrizes Curriculares para os cursos de
graduação em educação física, os debates se tornaram mais intensos em torno da divisão da
formação profissional e do campo de atuação de licenciados e bacharéis (Fraga et al., 2010).
Atualmente, coexistem na Educação física, diversas concepções, modelos,
tendências ou abordagens, que tentam romper com o modelo mecanicista, esportista
e tradicional que outrora foi embutido aos esportes. Entre essas diferentes concepções
pedagógicas pode-se citar: a psicomotricidade; desenvolvimentista; saúde renovada;
críticas; e mais recentemente os Parâmetros Curriculares Nacionais (PCNs) (BRASIL, 1997)
A concepção pedagógica psicomotricidade foi divulgada inicialmente em programas
de escolas “especiais”, voltada para o atendimento de alunos com deficiência motora e
intelectual (DARIDO e RANGEL, 2005). É o primeiro movimento mais articulado que surgiu
a partir da década de 1970, em oposição aos modelos pedagógicos anteriores. A concepção
psicomotricidade tem como objetivo o desenvolvimento psicomotor, extrapolando os limites
biológicos e de rendimento corporal, incluindo e valorizando o conhecimento de ordem
psicológica. Para isso, a criança deve ser constantemente estimulada a desenvolver sua
lateralidade, consciência corporal e a coordenação motora (DARIDO e RANGEL, 2005). No
entanto, sua abordagem pedagógica tende a valorizar o fazer pelo fazer, não evidenciando
o porquê de se fazer e como o fazer.
Já o modelo desenvolvimentista por sua vez, busca propiciar ao aluno condições para
que seu comportamento motor seja desenvolvido, oferecendo-lhe experiências de movimentos
adequados às diferentes faixas etárias (DARIDO e RANGEL, 2005). Neste modelo pedagógico,
cabe aos professores observarem sistematicamente o comportamento motor dos alunos, no
sentido de verificar em que fase de desenvolvimento motor eles se encontram, localizando os
erros e oferecendo informações relevantes para que os erros sejam superados.
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Educaçãoaos
Física
Estudos:
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Foco na Saúde 35
A perspectiva pedagógica saúde renovada, diferentemente das citadas anteriores,
tem por finalidade convicta e às vezes única, de ressaltar os aspectos conceituais acerca
da importância de se conhecer, adotar e seguir conceitos relacionados à aquisição de uma
boa saúde (DARIDO e RANGEL, 2005).
Por outro lado, as abordagens pedagógicas críticas, sugerem que os conteúdos
selecionados para as aulas de Educação Física devem propiciar a leitura da realidade do
ponto de vista da classe trabalhadora (DARIDO e RANGEL, 2005).
Nessa visão a Educação Física é entendida como uma disciplina que trata do
conhecimento denominado cultura corporal, que tem como temas, o jogo, a brincadeira,
a ginástica, a dança, o esporte, entre outros, e apresenta relações com os principais
problemas sociais e políticos vivenciados pelos alunos (DARIDO e RANGEL, 2005).
Em 1996, com a reformulação dos PCNs, é ressaltada a importância da articulação
da Educação Física entre o aprender a fazer, o saber por que se está fazendo e como
relacionar-se nesse saber (BRASIL., 1997). De forma geral, os PCNs trazem as diferentes
dimensões dos conteúdos e propõe um relacionamento com grandes problemas da
sociedade brasileira, sem, no entanto, perder de vista o seu papel de integrar o cidadão
na esfera da cultura corporal. Os PCNs buscam a contextualização dos conteúdos da
Educação Física com a sociedade que estamos inseridos, devendo a Educação Física
ser trabalhada de forma interdisciplinar, transdisciplinar e através de temas transversais,
favorecendo o desenvolvimento da ética, cidadania e autonomia.
E da importância do trabalho interdisciplinar na área da saúde e na necessidade de
se reconhecer a imprescindibilidade das ações realizadas pelos diferentes profissionais de
nível superior, no ano de 1997 o Conselho Nacional de Saúde (BRASIL., 1997) reconhece
os profissionais de Educação Física como profissionais de saúde de nível superior.
A partir deste resgate histórico podemos perceber que a Educação Física se
desenvolveu de acordo com as demandas do tempo e da sociedade em que ela estava
inserida. Como disciplina escolar, área acadêmica ou profissão regulamentada, a Educação
Física passou a ser vista como uma das áreas líderes no processo que visa educar, motivar
para mudanças e criar oportunidades para que as pessoas atinjam plenamente seu potencial
humano e tenham melhores condições de saúde.
UNIDADE II
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Estudos:
e a Saúde
Foco na Saúde 36
As universidades passaram a ter uma responsabilidade ainda maior na produção
do conhecimento, seja na identificação de problemas, descrição de características das
populações e sua associação com saúde e qualidade de vida, na experimentação de novos
processos e na formação de profissionais mais competentes e em consonância com as
expectativas da sociedade.
O profissional de Educação Física tem na sua formação a oportunidade de ser o
agente transformador na qualidade de vida do sujeito e consequentemente, da sociedade e
a promoção da saúde está entre uma das possibilidades de sua atuação.
A promoção da saúde é o nome dado ao processo de capacitação da comunidade
para atuar na melhoria de sua qualidade de vida e saúde.
Pode ser definida, também como uma combinação de apoios educacionais e
ambientais que visam atingir ações e condições de vida conducentes à saúde. Uma das
metas da promoção da saúde é o impulso à cultura da saúde e ao estilo de vida saudável,
dando prioridade às questões da saúde, entre elas a prática de atividades físicas.
Não podemos falar de promoção da saúde sem comentar educação em saúde,
pois são conceitos correlacionados. Educação em saúde é entendida por “quaisquer
combinações de experiências de aprendizagem delineadas com vistas a facilitar ações
voluntárias conducentes à saúde” (PEDROSA, 2001, p. 270).
Como afirma Forte (1998), a educação em saúde deve ter como pressuposto básico
o respeito à dignidade humana. É um dos componentes fundamentais a serem utilizados
nas estratégias para a promoção da saúde, pois contribui para conscientizar as pessoas,
oferecer condições para que os indivíduos possam analisar criticamente sua realidade,
capacitar os sujeitos para conquistarem o controle da sobre sua vida e saúde, enfim,
fornecer conhecimentos para libertação e mudança.
Assim, a prática de atividades físicas, como um meio da educação em saúde, é um
processo educativo que visa informar, capacitar e levar a toda a comunidade seus benefícios,
estando desta maneira, contribuindo para a promoção da saúde e a qualidade de vida.
Diante do acima exposto podemos entender que a promoção da saúde e a educação
em saúde são inseparáveis, destacando que a educação em saúde procura alterar
comportamentos individuais, enquanto que a promoção de saúde, embora sempre inclua
a educação em saúde, visa mudanças organizacionais, que sejam capazes de beneficiar
um setor da comunidade. A Promoção da Saúde só se concretiza com o conjunto de ações
educativas, tornando o indivíduo e seu grupo social saudáveis, podendo esta ser uma das
atuações do profissional de Educação Física.
UNIDADE II
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Estudos:
e a Saúde
Foco na Saúde 37
REFLITA
“A falta de atividade física destrói a boa condição de qualquer ser humano, enquanto
o movimento e o exercício físico metódico o salva e o preserva”. ... “Para o homem se
manter sadio não basta se alimentar, mas também praticar algum tipo de movimento”.
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Estudos:
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Foco na Saúde 38
2. POLÍTICAS PÚBLICAS E A SAÚDE: FOCO NA EDUCAÇÃO FÍSICA
Caro aluno, você sabia que as aproximações entre a Educação Física e as políticas
públicas de saúde são recentes?
Esta área do conhecimento vem conquistando seu espaço, não só na área da
saúde, mas recentemente, na área da Saúde Pública e na gestão dos distritos sanitários, o
que foi impulsionado, também, pela Resolução n. 218, de 06 de março de 1997, instituída
pelo Conselho Nacional de Saúde, a qual inseriu a Educação Física no rol das profissões
da Saúde (BRASIL, 1997).
Esta inserção representa assim, integrar áreas de conhecimento como a Educação
Física e a Saúde Pública, de forma interdisciplinar, significa estar presente nas principais
instâncias e fóruns de discussão e pesquisa em saúde, que se concretizam na elaboração
e implementação de planos e políticas públicas dirigidos para a melhoria das condições de
vida da população (CARVALHO, 2007).
Na história recente, é perceptível a ampliação do campo de intervenção e interlocução
da educação Física na área da saúde. temos como exemplos práticos na dimensão das
políticas públicas a Política Nacional de Promoção da Saúde (PNPS) publicada em 2006a,
que contempla ações relativas às atividades físicas/práticas corporais (af/pc); a Política
Nacional de Práticas Integrativas e Complementares (PNPIC) também de 2006, que destaca
particularmente as práticas corporais relacionadas à Medicina Tradicional Chinesa
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Estudos:
e a Saúde
Foco na Saúde 39
Os processos de estruturação e implementação dos Núcleos de Apoio de Saúde
à Família (NASF)1
A partir de 2008, que formalizam a participação do profissional específico junto às
equipes de apoio que atuam nas Unidades Básicas de Saúde (UBS); e, mais recentemente,
em 2011, o Programa Academia da Saúde, que busca contribuir para a promoção da saúde
da população por meio da implantação de centros de af/pc, de lazer e modos de vida
saudáveis denominados de Pólos da Academia da Saúde. Portanto, é possível perceber
uma institucionalização dos conteúdos e das ações da educação física na atenção básica
à saúde, o que sugere uma mudança nos modos de fazer o trabalho em saúde e maior
articulação com o campo. Nesse sentido, aproximações com o conceito de “saúde ampliada”
podem contribuir para direcionar o olhar do profissional da área específica para compor
com outros profissionais no trabalho multidisciplinar, questionar as relações de poder entre
profissionais e usuários; e não perder de vista os princípios do Sistema Único de Saúde
(SUS), que já estudamos, mas é importante recordar: a universalidade, que garante o
direito à saúde e o acesso ao conjunto de ações e serviços oferecidos pelo sistema de
saúde; a integralidade, que pressupõe tanto o reconhecimento das distintas dimensões
relacionadas com o processo saúde-doença, quanto à prestação continuada do conjunto
de ações e serviços com o propósito de assegurar promoção, proteção, cura e reabilitação
para sujeitos e coletividades; e a equidade, que diz respeito à prioridade na oferta de ações
e serviços aos segmentos populacionais que apresentam maiores chances de adoecer ou
morrer em função de questões socioeconômicas, como a distribuição desigual de renda, de
bens e serviços (VASCONCELOS; PASCHE, 2007).
As políticas públicas de saúde, seja na dimensão da formação profissional, seja na
da intervenção prática, têm importância fundamental nos modos de pensar e agir em saúde
no Brasil. E, no caso da Educação Física, as mudanças já são visíveis especialmente no que
se refere às práticas corporais. A PNPS (BRASIL, 2006a), por exemplo, sugere que às pc/af
aconteçam na rede básica de saúde e na comunidade, e traz orientações, entre outras, como:
[...] mapear e apoiar as ações de práticas corporais/atividade física existentes
nos serviços de atenção básica e Estratégia de Saúde da Família e inserir
naqueles onde não há ações; ofertar práticas corporais/atividade física como
caminhadas, prescrição de exercícios, práticas lúdicas, esportivas e de lazer,
na rede básica de saúde, voltadas tanto para a comunidade como um todo
quanto para grupos vulneráveis [...].
1
2. É a portaria Nº 154, de 24 de janeiro de 2008, que faz referência ao NASF. Dois tipos de núcleos podem ser
implementados e incluem o profissional de Educação Física. O NASF 1 deve ser formado por cinco profissionais,
no mínimo, de diferentes formações: Assistente Social; Profissional de Educação Física; Farmacêutico;
Fisioterapeuta; Fonoaudiólogo; Médico Acupunturista; Médico Ginecologista; Médico Homeopata; Médico Pediatra;
Médico Psiquiatra; Nutricionista; Psicólogo e Terapeuta Ocupacional. O NASF 2 só pode ser implementado em
municípios com densidade populacional abaixo de 10 habitantes por quilômetro quadrado, e deverá ser composto
por três profissionais, no mínimo, de diferentes formações: Assistente Social; Profissional de Educação Física;
Farmacêutico; Fisioterapeuta; Fonoaudiólogo; Nutricionista; Psicólogo e Terapeuta Ocupacional.
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Educaçãoaos
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Estudos:
e a Saúde
Foco na Saúde 40
Podemos perceber que ainda há uma prevalência do modelo mecanicista em saúde,
pautado nas Ciências Naturais onde o corpo é visto como destituído de uma subjetividade
e neste sentido, Fensterseifer (2006) alerta que é preciso evitar na educação física, a
reprodução de modelos “aplicacionistas” que acabam criando uma relação instrumental
em que o profissional é sujeito e o aluno é objeto. Para o autor, é necessário agregar a
contribuição das Ciências Humanas e da Filosofia, uma vez que atuamos com pessoas
e suas subjetividades e não somente com a dimensão física dos corpos. Desse modo,
a intervenção do profissional de saúde, “[...] mesmo que no espaço da clínica, passa a
assumir uma dimensão ético-política distinta à medida que configura outra possibilidade
de mundo, na qual, espera-se, as pessoas sejam respeitadas em suas queixas, dores,
prazeres e histórias [...]” (FENSTERSEIFER, 2006, p. 100).
Complementando o que foi discutido até aqui, Oséias (1999, p. 76) traz que:
É possível pensarmos, enquanto profissionais em Educação Física, numa
proposta política que não seja excludente e que proporcione a inserção da
maioria da sociedade em espaços possíveis para o desenvolvimento do
esporte e do lazer com a característica popular.
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Foco na Saúde 41
3. SISTEMA PÚBLICO E PRIVADO DE SAÚDE: EDUCAÇÃO FÍSICA E SEU PAPEL
Querido aluno, a Educação Física está cada vez mais inserida nos ambientes
públicos e privados de promoção, prevenção e reabilitação em saúde e neste tópico iremos
estudar sobre esse assunto.
Falando primeiramente do sistema público de saúde e diante dos problemas que a
sociedade enfrenta relacionados à saúde, sejam estes causados pelo estresse, sedentarismo
ou pela hereditariedade, o governo apresenta um projeto visando melhorar a qualidade de vida
das pessoas. Um exemplo desse trabalho, com origem no ano de 1994 e proposto pelo Governo
Federal é o Programa Saúde da Família (PSF), com o objetivo de implementar a atenção básica.
Essas questões estão diretamente relacionadas à saúde pública, que expressa o conjunto de
medidas para promover, preservar e recuperar a saúde no interior do aparelho do Estado.
O Programa Saúde da Família (PSF), Dias et al. (2007) é uma estratégia do
Sistema Único de Saúde (SUS), criado pelo Ministério da Saúde do Brasil em 1994, para
a vigilância, prevenção e tratamento de alguma doença de forma completa, baseando-se
em estatísticas epidemiológicas em uma área e população delimitada e específica, sendo
a porta de entrada para o Sistema de Saúde.
De acordo com o autor a Estratégia Saúde da Família é baseada na territorialidade
e descrição da população a ser atendida nas Unidades Básicas de Saúde pelas Equipes da
Saúde da Família, são constituídas por uma equipe multiprofissional, a qual, por sua vez, pode
ser definida como uma rede de relação entre pessoas, poderes, saberes, afetos e desejos em
que é possível identificar os processos grupais, equipe está constituída em grande parte por
enfermeiros, médicos, auxiliares de enfermagem e agentes comunitários de saúde.
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O Programa Saúde da Família (PSF) é tido também como uma das principais
estratégias de reorganização dos serviços e de reorientação das práticas profissionais
no nível de assistência, promoção da saúde, prevenção de doenças e reabilitação, e traz
muitos e complexos desafios a serem superados para consolidar-se como tal.
O objetivo do PSF é atender a raiz do problema, evitando que ele evolua, diminuindo
os gastos com a saúde e proporcionando, consequentemente, uma melhor qualidade de
vida para a população. Esses atendimentos são realizados, como informa Dias et al. (2007),
nas Unidades de Saúde, além dos feitos em domicílio pelos profissionais de saúde.
O Programa de Saúde da Família tem como objetivo geral contribuir para
a reorientação do modelo assistencial a partir da atenção básica, em
conformidade com os princípios do Sistema Único de Saúde - atender a todos;
atuar de maneira integral; ser descentralizado; ser racional (oferecer ações e
serviços de acordo com as necessidades da população); ser eficaz e eficiente;
ser democrático (participação de todos) , imprimindo uma nova dinâmica de
atuação nas unidades básicas de saúde, com definição de responsabilidades
entre os serviços de saúde e a população”. (BRASIL, 1997, p. 10).
Partindo desses princípios, o PSF traz consigo grupos de apoio como o Núcleo de
Apoio à Saúde da Família (NASF) que, por sua vez, juntamente com as equipes da saúde da
família criam espaços de discussões para gestão do cuidado, como, por exemplo, reuniões
e atendimentos conjuntos, constituindo processo de aprendizado coletivo. Desta maneira,
o NASF não se constitui como porta de entrada do sistema para os usuários, mas apoio às
equipes de saúde da família, tendo como eixos a responsabilização, gestão compartilhada
e apoio à coordenação do cuidado, que se pretende, pela saúde da família. O NASF
está dividido em nove áreas estratégicas sendo elas: atividade física/práticas corporais;
práticas integrativas e complementares; reabilitação; alimentação e nutrição; saúde mental;
serviço social; saúde da criança/do adolescente e do jovem; saúde da mulher e assistência
farmacêutica. Como já estudamos em outro momento, existem duas modalidades de NASF
(NASF1 e NASF2) que correspondem à quantidade de profissionais em suas atuações e a
quantidade da população atendida, sendo que o profissional de Educação Física pode estar
inserido em ambos. Neste sentido, constata-se que o professor de Educação Física, dentre
outros profissionais, possui um papel fundamental dentro desse projeto, e que o mesmo
está inserido com uma responsabilidade igualitária. (BRASIL, 2007)
A atividade física (AF) e a promoção da saúde são atualmente subáreas da
Educação Física (EF) de importante destaque no meio científico, no entanto, nota-se que
esse conhecimento ainda é pouco aplicado no serviço da saúde pública.
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Dessa forma, o Programa de Saúde da Família (PSF), que representa uma das
alternativas de (re)orientação do modelo de atenção à saúde, e tem dentre suas diretrizes
a intersetorialidade e multidisciplinaridade, se apresenta como um possível campo de
intervenção do Professor de Educação Física que, ao ser inserido, é capaz de desenvolver
ações de promoção, proteção e recuperação da saúde, compatíveis com as metas dessa
estratégia. (COQUEIRO, NERY e CRUZ, 2006)
É o Educador Físico na área da saúde que tem a capacidade de desenvolver
atividades que proporcionem melhora no indivíduo como um todo, e quando essa iniciativa é
pública, torna-se mais acessível aos indivíduos, uma vez que a maior parte da população não
possui recursos para o acesso de práticas de atividades físicas oferecidas pelo setor privado.
O papel dos serviços de saúde, com relação à prática de atividade física, deve
ser colocar à disposição da comunidade as informações, o conhecimento e
os meios necessários para que a atividade física possa ser incorporada ao
cotidiano das pessoas, considerando suas diferentes condições, interesses e
possibilidades. (KON e CARVALHO, 2002 apud STEIN, 2009, p. 10190)
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Portanto, Ciampone e Peduzzi, citado por Quint et al. (2005), apresentam que
se faz necessário refletir, com urgência, os campos e formas de efetiva inserção do
profissional de Educação Física no sistema público de saúde, como no PSF, para a
ampliação na intervenção deste, nas ações multiprofissionais, construindo um pensar e
fazer de alta complexidade de saberes.
A Educação Física na saúde privada pode ser aplicada para reabilitação cardíaca,
após a liberação do médico cardiologista, depois de cirurgias, bem como em pacientes
com doenças renais crônicas, programas de ginástica laboral para médicos, equipes de
enfermagem e profissionais em geral da saúde que trabalham em hospitais, procedimentos
pós-cirúrgicos (sempre com liberação do médico responsável) e também com os chamados
“Doutores da Alegria”, que fazem parte da recreação hospitalar.
Na rede privada de saúde, foram criados os programas de medicina preventiva,
serviço no qual profissionais de várias áreas de estudo, como Enfermagem, Nutrição,
Educação Física e Psicologia, desenvolvem um conjunto de ações, conscientizando sobre
a importância da prevenção de doenças e da promoção da saúde, estimulando a mudança
de hábitos e de cuidados pessoais. Marega e Carvalho (2012) afirmam que a atividade
física regular é essencial para a prevenção de doenças. Cabe aos profissionais da saúde
orientarem seus pacientes sobre sua real importância e como fazê-la corretamente.
Além desses aspectos, Pinto (2009) ressalta o papel do lazer no hospital, destacando
as funções compensatórias e utilitaristas importantes para a condição dos internados,
sendo perceptíveis suas contribuições para o descanso, o relaxamento, a meditação, a
recuperação do desgaste emocional relacionado ao tratamento, a redução da dor e do
sofrimento, do tédio, o alívio do estresse e da ansiedade e até mesmo para a “ocupação”
do tempo. Constatou-se que o lazer pode contribuir como um recurso para recuperação,
tratamento e enfrentamento da internação, podendo melhorar a condição
de saúde dos pacientes internados.
O profissional de Educação Física trabalha dentro dos hospitais junto com o
nutricionista, o fisioterapeuta, o terapeuta ocupacional, médicos, entre outros profissionais
da saúde, para orientar os usuários sobre a importância de um estilo de vida saudável
e também para aliar a atividade física com o tratamento a doenças crônicas. A prática
de exercícios físicos, sem exageros e com orientação de um profissional da área, traz
benefícios para a saúde das pessoas e melhora na qualidade de vida.
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Finalizamos este tópico querido aluno, entendendo que a Educação Física começa a
ganhar espaço nas equipes multidisciplinares de saúde, porém necessita-se ampliar a discussão
sobre a participação desse profissional específico no serviço público e privado. Deve-se pensar
na importância da Educação Física no serviço público e privado de saúde, não apenas para
ampliar seu campo de atuação, mas também para subsidiar uma forma eficaz de lidar com os
usuários das unidades de saúde, trazendo melhoras significativas a eles na questão da saúde.
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CONSIDERAÇÕES FINAIS
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LEITURA COMPLEMENTAR
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Estudos:
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MATERIAL COMPLEMENTAR
LIVRO
Título: Educação física, esportes e corpo: uma viagem pela história
Autor: André Mendes Capraro, Maria Thereza Oliveira Souza.
Editora: InterSaberes.
Ano: 2017.
Sinopse: Nos últimos tempos, surgiram novos interesses nos
estudos da educação física, que, além das características quanti-
tativas e fisiológicas, passaram a pesquisar também o papel social
das práticas esportivas. Nesse contexto, conhecer os processos
históricos dessa área não só contribui para que os professores
a contextualizem com propriedade como também fundamenta
debates críticos sobre as atividades físicas. Acompanhe-nos no
passeio pela história da educação física e dos esportes e perceba
como fatores políticos, econômicos, socioculturais e esportivos se
relacionam.
FILME/VÍDEO
Título: Paratodos
Ano: 2016.
Sinopse: O documentário mostra a trajetória, a vida e os desafios
de atletas paralímpicos, que fazem parte das delegações brasileiras
de natação, atletismo, canoagem e futebol, em fase de preparação
para os Jogos Paralímpicos de 2016, no Rio de Janeiro.
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Física
Estudos:
e a Saúde
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UNIDADE III
Atividade Física em Foco
Professora Me. Claudiana Marcela Siste Charal
Professora Ticiana Roberta Siste Charal
Professor Esp. Charles pecialista da Silva de Araujo e Souza
Plano de Estudo:
● Relação entre atividade física e saúde individual e coletiva;
● Pesquisa em saúde coletiva;
● Atividade física e doenças crônicas: definições,
riscos, benefícios e recomendações.
Objetivos da Aprendizagem:
● Relacionar atividade física e saúde individual e coletiva;
● Compreender sobre as pesquisa voltadas a saúde coletiva;
● Compreender e definir atividade física e doenças crônicas.
50
INTRODUÇÃO
Vamos lá?
A Educação Física cada vez mais tem ganhado espaço e tendo privilégios na perspectiva
biológica da saúde, assim é muito importante estabelecer pontos no qual tem sido discutido no
que discorre sobre a atividade física e saúde, como por exemplo “a prática da atividade física ser
considerada suficiente para ter boa saúde”, sem que seja considerado diversos determinantes
fundamentais como: socioculturais, econômicos, condições de vida, etc (CARVALHO, 2012).
A atividade física por muitas vezes é tida como “boa escolha”, pois sua prática,
juntamente com outros aspectos voltados a qualidade de vida (tabagismo, alimentação, etc.),
auxilia na prevenção de doenças crônicas não transmissíveis (DCNT) - diabetes, hipertensão,
doenças cardiovasculares em geral, obesidade, dentre outras, gerando a diminuição com os
gastos públicos e na forma de alcançar uma vida mais saudável (CARVALHO, 2008).
Dessa forma, alunos(as), é necessário que os profissionais de educação física
estejam preparados para para atuar, com indivíduos e com grupos de forma prazerosa a
fim de garantir resultados positivos diante a promoção da saúde.
Uma das formas mais eficazes de promover saúde, é combatendo o sedentarismo,
para isto, é necessário dispor da atividade física voltada ao bem-estar e qualidade de vida
do indivíduo, de acordo com a genética cultura de vida, dentre outros fatores (BRASIL,
2006a; CARVALHO, 2012).
REFLITA
3.1 Definição:
Doenças crônicas pode ser definida como todos desvios da normalidade, no qual
apresenta as seguintes características: permanência, presença de incapacidade residual,
mudança patológica não reversível nos sistemas, necessidade de treinamento especial
para reabilitação, longo período de supervisão, cuidados e observação (SANTOS JUNIOR
E LOLLO, 2015).
A Secretaria de Saúde do Estado do Paraná, afirma que as Doenças Crônicas
Não Transmissíveis (DCNT) são, globalmente, as principais causas de mortalidade. As que
mais acometem a população são as doenças do aparelho circulatório, neoplasias malignas,
diabetes mellitus e doenças respiratórias crônicas.
3.2 Prevenção:
Para promover a saúde e prevenir ou até mesmo minimizar os problemas
relacionados a doenças existentes no que diz respeito a doenças crônicas degenerativas
não transmissíveis, uma das alternativas utilizadas nos dias atuais é a prática da atividade
física. De acordo com WHO (1995), a atividade física é uma solução de baixo custo, com
fácil implantação e dispões de muitos custos e benefícios.
Geralmente de forma indireta pode-se relacionar a prática regular de atividade
física com a redução do consumo de álcool, tabaco e até mesmo de drogas ilícitas, hábitos
que fazem parte dos fatores de risco para a incidência de DCNT, além de prevenir doença
coronariana, hipertensão arterial, doença vascular periférica, obesidade, diabetes mellitus
tipo 2, alguns tipos de câncer (cólon, mama, pulmão e próstata) ansiedade e depressão
(CARVALHO et al., 1996; THOMPSON et al., 2007; WHO, 1995).
A Sociedade de Câncer Americana, Associação de Diabetes Americana e Associação
do Coração Americana recomendam a fim de controlar os fatores de risco das DCNT,
hábitos saudáveis como: redução no hábito de fumar, o aumento no nível de atividade física
e melhoria na qualidade da alimentação (SANTOS JUNIOR E LOLLO, 2015).
As doenças crônicas e outras patologias podem ser reduzidas a devido a: melhorias
no sistema cardiovascular; melhorias no sistema muscular; controle da composição
corporal; controle da pressão arterial; melhorias na regulação da sensibilidade à insulina,
dessa maneira o exercício físico é um grande aliado, servindo como uma das principais
estratégia de prevenção, pois a mesma é capaz de auxiliar sob a melhora da aptidão
funcional, atenuar a degeneração provocada pelo envelhecimento nos domínios social e
psicológico, na manutenção da composição corporal, etc. (ANDRADE et al., 2008; ACSM,
1998; SANTOS JUNIOR E LOLLO, 2015).
3.3.3 Obesidade:
Considerada a epidemia do século XXI, a obesidade é um distúrbio nutricional
relacionado com o excesso de ingestão de calorias. Ela está associada a outras doenças,
como as doenças coronarianas, hipertensão, diabetes mellitus, dislipidemias, doenças
da vesícula biliar, osteoporose e alguns tipos de câncer, aumentando a morbidade e a
mortalidade (SIMÃO, 2008).
3.3.4 Artrite:
Trata-se de uma patologia caracterizada a partir de uma inflamação na articulação
podendo ser inchaço, vermelhidão e dor causada por tecido lesionado ou enfermidade na
articulação.
Existem vários tipos de artrite, no qual engloba apenas uma parte das doenças
reumáticas são elas: Osteoartrite, Artrite reumatoide, Fibromialgia, Lúpus eritematoso
sistêmico, Esclerodermia, Artrite reumatoide juvenil, Espondilite anquilosante e Gota.
Certas enfermidades reumáticas são descritas como doenças do tecido, porque
afetam o tecido conectivo do organismo, a estrutura de suporte do corpo e seus órgãos
internos, portanto encontramos outras doenças conhecidas como autoimunes devido ser
causadas por problema no qual o sistema imunológico danifica os próprios tecidos sadios do
corpo (SOCIEDADE BRASILEIRA DE REUMATOLOGIA, 2002).
3.3.6 Recomendações:
Para tanto alunos(as), partindo das definições de WHO (1995), de saúde como
“o completo bem estar físico, mental e social e não apenas a ausência de doença ou
invalidez”, e atividade física que para McArdle et al. (2003) é definida como todo movimento
realizado pelo sistema muscular esquelético que resulta em gastos calóricos acima dos
observados em repouso.
Assim, é necessário elaborar planos de atividades físicas a fim de realizar a
manutenção da saúde e prevenção de DCNT, principalmente no que rege a exercícios
voltados à flexibilidade, capacidade aeróbica e força (MCARDLE et al., 2003).
Para se trabalhar com segurança e modalidade adequada, é necessário que o profissional
responsável pela elaboração do programa de treinamento para saúde, considere os interesses
individuais, analisando diversos pontos essenciais como: quadro clínico, o uso de medicações
e preferências de atividades, etc. Desta forma será possível ajustar a atividade de acordo
com modalidade, intensidade, duração, frequência e progressão, fatores importantes para a
elaboração e prescrição de um programa de atividades física individualizado independentemente
da idade (ACSM, 1998).
SAIBA MAIS
Fonte: WHO Website. Organização Mundial Da Saúde Atividade Física. Folha Informativa N° 385 -
Fevereiro de 2014.
LIVRO
Título: A Educação Física no Serviço Público de Saúde
Autor: Fabiana Fernandes de Freitas.
Editora: Hucitec.
Ano: 2007.
Sinopse: Este livro apresenta uma discussão a respeito da
relação entre Educação Física e Saúde, do ponto de vista teórico-
conceitual e também da intervenção. Como contraponto ao que
predomina na área específica, o texto resulta de uma aproximação
com conceitos e problemas do campo da saúde coletiva e de uma
experiência com a Educação Física no âmbito da atenção primária
no Centro de Saúde Escola Samuel B. Pessoa no Distrito Butantã,
em São Paulo. Desenvolve, especialmente, considerações acerca
da atuação do profissional no serviço público de saúde.
FILME/VÍDEO
Título: 100 METROS
Ano: 2017
Sinopse: Um homem diagnosticado com esclerose múltipla
questiona as limitações do seu corpo e, com a ajuda do sogro,
treina para uma prova de Ironman.
Plano de Estudo:
● Gestão em saúde;
● Profissional de Educação Física na prevenção, promoção
proteção e reabilitação da saúde;
● Projetos e programas de Educação Física na Saúde.
Objetivos da Aprendizagem:
● Conceituar e contextualizar gestão em saúde;
● Compreender a importância do Profissional de Educação Física na
prevenção, promoção, proteção e reabilitação da saúde;
● Identificar os Projetos e Programas de Educação Física na Saúde.
74
INTRODUÇÃO
Bons estudos!
» Da operacionalização:
● Produção das evidências: os centros de pesquisa
● Disponibilização das evidências: o centro de evidência
● Utilização das evidências: os centros de decisão
Dessa forma, caro (a) aluno (a), podemos entender que a gestão em saúde é
responsável por definir critérios para que possa ser destinado os recursos necessários,
a fim de redistribuir gastos correntes e recorrentes, além de definir papéis e articular os
planos de ação, seja para órgãos públicos ou privados.
Portanto, cabe ao gestor em saúde as funções de coordenar, articular, negociar,
planejar, acompanhar, controlar, avaliar e além de realizar auditoria no que abrange o
contexto da saúde.
Fonte: CONASS - Conselho Nacional de Secretaria de Saúde. Guia de apoio à gestão do SUS. Disponível
em: https://www.conass.org.br/. Acesso em: 01 jun. 2021.
Caros (as) alunos (as), muito se discute sobre o Profissional de Educação Física no
âmbito da saúde, qual sua função, importância, seu papel no que rege a saúde individual
e coletiva. Dessa forma, é necessário entender quais são as condutas que competem aos
Profissionais em meio a este contexto.
Primeiramente vale lembrar que a partir da Resolução no 218 /1997, os
profissionais de Educação Física foram reconhecidos pelo Conselho Nacional de Saúde,
como profissionais de saúde, assim sendo a Educação Física é reconhecida como área
de conhecimento e de intervenção acadêmico-profissional envolvida com a promoção,
prevenção, proteção e reabilitação da saúde (AZEVEDO, et al., 2010).
Assim, podemos citar os exercícios/atividades físicas como elementos principais
ou complementares na atenção à saúde, nos níveis primário - qualquer ato destinado a
diminuir a incidência de uma doença numa população, reduzindo o risco de surgimento de
casos novos, secundário - busca diminuir a prevalência de uma doença numa população
reduzindo sua evolução e duração, exigindo diagnóstico precoce e tratamento imediato e
terciário - visa diminuir a prevalência das incapacidades crônicas numa população, reduzindo
ao mínimo as deficiências funcionais consecutivas à doença já existente, permitindo
uma rápida e melhor reintegração do indivíduo na sociedade, com aproveitamento das
capacidades remanescentes, principalmente no que concerne às doenças crônicas não
transmissíveis (AZEVEDO, et al., 2010).
Um grande abraço!
LIVRO
Título: Gestão do Trabalho e da Educação na Saúde
Autor: Brasil. Conselho Nacional de Secretários de Saúde.
Editora: Conselho Nacional de Secretários de Saúde (CONASS).
Ano: 2011.
Sinopse: O livro Gestão do Trabalho e da Educação na Saúde
aborda questões como planos de cargos, carreira e salários; a
implantação de mesas estaduais de negociação; o planejamento,
a modernização e a informatização do sistema de informação de
Recursos Humanos (RH) nas SES; a formulação e a implementa-
ção de programas de educação permanente, além de apresentar
as políticas e programas pactuados pelos gestores do SUS para
operacionalização da Política Nacional de Gestão do Trabalho e
da Educação na Saúde, com informações atualizadas e análises
consistentes, de modo a tornar a leitura ágil e facilitar a compreen-
são de todos.
FILME/VÍDEO
Título: Políticas de Saúde no Brasil: um século de luta pelo direito
à saúde
Ano: 2006
Sinopse: “POLÍTICAS DE SAÚDE NO BRASIL: Um século de luta
pelo direito à saúde” conta a história das políticas de saúde em nosso
país, mostrando como ela se articulou com a história política brasileira,
destacando os mecanismos que foram criados para sua implementação,
dessas Caixas de Aposentadorias e Pensões até a implantação do
SUS. Sua narrativa central mostra como a saúde era considerada, no
início do século XX, um dever da população, com as práticas sanitárias
implantadas autoritariamente pelo Estado, de modo articulado aos
interesses do capital, e como, no decorrer do século, através da luta
popular, essa relação se inverteu, passando a ser considerada, a partir
da Constituição De 1988, um direito do cidadão e um dever do Estado.
Toda essa trajetória é contada através de uma narrativa ficcional,
vivida por atores, com reconstrução de época, apoiada por material
de arquivo. Para tornar a narrativa mais leve e atraente, o filme se vale
da linguagem dos meios de comunicação dominantes em cada época,
como o jornal, o rádio, a TV Preto e branco, a TV colorida e, por fim,
a internet. O filme foi realizado por iniciativa da Secretaria de Gestão
Estratégica e Participativa, do Ministério da Saúde, em parceria com
a Organização Pan-Americana da Saúde - OPAS e a Universidade
Federal Fluminense/UFF.A obra, de caráter formativo, terá distribuição
gratuita, em todo o país, dirigida especialmente aos Conselhos de
Saúde, instituições de ensino e movimentos sociais ligados à saúde.
Estimula-se que o filme seja utilizado nas etapas municipais e estaduais
da 13ª Conferência Nacional de Saúde. Uma versão legendada em
espanhol e inglês está sendo discutida com a OPAS, para divulgação
junto a países da América Latina, Caribe e África, que buscam no SUS
uma referência.
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CONCLUSÃO GERAL
Prezado(a) acadêmico(a),
Chegamos ao fim de mais uma pequena jornada, que teve como objetivo principal
possibilitar a aquisição de conhecimentos relacionados a Educação Física e saúde a fim
de contribuir com a atuação profissional em espaços relacionados à prevenção, promoção,
proteção e reabilitação da saúde.
Dessa forma, o conteúdo previsto foi discutido ao longo das quatro unidades,
criteriosamente selecionadas para dar sustentação a presente discussão, com autores que
promoveram uma rica interlocução sobre ações da atualidade.
Assim, na primeira unidade, nossos olhares estavam direcionados à contextualização
histórica da saúde e saúde pública no Brasil e também aos conceitos de saúde e qualidade de
vida, além de discorrer sobre prevenção, promoção, proteção e reabilitação da saúde
Na segunda unidade, mergulhamos nas relações entre Educação Física e saúde,
para tanto, foi preciso abordar temáticas como Educação Física e promoção de saúde;
políticas Públicas e a saúde: foco na Educação Física e sistema público e privado de saúde:
Educação Física e seu papel.
No terceiro momento, para ampliar nossos horizontes, entendemos a importância da
Atividade Física, assim relacionamos atividade física e saúde individual e coletiva; analisamos
as pesquisas em saúde coletiva além de identificar os riscos e benefícios da atividade física
para pessoas com doenças crônicas bem como as recomendações necessárias.
Para finalizar, na quarta e última unidade, refletimos mais especificamente
sobre a atuação profissional dos profissionais de Educação Física. Para que isso fosse
possível, traçamos diálogos sobre a gestão em saúde; a importância do profissional de
Educação Física na prevenção, promoção, proteção e reabilitação da saúde e os projetos
e programas de Educação Física na Saúde.
Sendo assim, caro(a) graduando(a), chegamos ao final dos nossos estudos relacionados
a essa temática. Mas reforço o que disse inicialmente, o texto apresentado não esgota todas as
possibilidades de pensar e refletir acerca das temáticas abordadas, mas espero que tenha lhe
oportunizado momentos importantes e oportunos para a compreensão das análises realizadas
acerca das temáticas propostas. Desejamos a você sucesso e inúmeras realizações profissionais.
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