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TECNOLOGIA DA INFORMAÇÃO E COMUNICAÇÃO – CEFS

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TECNOLOGIA DA INFORMAÇÃO E COMUNICAÇÃO – CEFS

AUTORIDADES

Governador do Estado do Rio de Janeiro


Exmº. Sr. Cláudio Bomfim de Castro e Silva

Secretário de Estado de Polícia Militar


Exmº. Sr. Coronel PM Luiz Henrique Marinho Pires

Subsecretário de Estado de Polícia Militar


Ilmº. Sr. Coronel PM Carlos Eduardo Sarmento da Costa

Diretor-Geral de Ensino e Instrução


Ilmº. Sr. Coronel PM Marcelo André Teixeira da Silva

Comandante do CFAP 31 de Voluntários


Ilmª. Sra. Coronel PM Simone Duque Romeu

Comandante do Centro de Educação a Distância da Polícia Militar


Ilmº. Sr. Tenente-Coronel PM Alexandre Moreira Soares

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APRESENTAÇÃO

Prezados alunos, ao longo de sua carreira e de atuação enquanto agente de segurança


pública, o Policial Militar tem a oportunidade de colocar em prática seus conhecimentos
profissionais.
Deste modo, o Curso Especial de Formação de Sargentos - CEFS é um curso de
aperfeiçoamento profissional do Praça Policial Militar, tendo em vista que o Sargento PM possui
uma posição específica e responsabilidades próprias que deverão ser observadas no exercício
de sua função.
Nesta direção, sendo o Policial Militar elemento fundamental na execução da política de
segurança pública do nosso Estado, o CEFS apresenta-se como um momento interessante para
a retomada da sua qualificação, agora podendo compartilhar e aperfeiçoar sua experiência
profissional ao longo dos anos de atução policial na corporação.
Não obstante, sendo o CEFS na modalidade de ensino a distância, o Sgt PM consegue
usufruir da flexibilidade oferecida por essa modalidade, podendo adequar sua rotina ao
cronograma do curso.
Assim, é fundamental o seu empenho, prezado aluno, pois na modalidade de ensino a
distância, será necessário disciplina e dedicação para o êxito dessa jornada, pois alcançar o
sucesso depende do seu esforço individual.
Convém destacar que na era da informação e da tecnologia, é necessário aprimoramento
constante a fim de garantir uma tropa consciente, respeitosa, pautada em valores morais e
institucionais, permitindo assim o cumprimento de suas funções com dignidade e excelência.
Esperamos que nossos policiais sejam cada vez mais qualificados, bem treinados e
especializados, para cumprirmos nossa missão, buscando cada vez mais a excelência de nossas
ações.
Por fim, desejamos que você aproveite ao máximo os conhecimentos construídos ao
longo do curso e busque uma reflexão acerca de suas funções diante da sociedade e seus
companheiros de profissão e seu papel e lugar estratégico dentro da estrutura hierárquica da
Secretaria de Estado de Polícia Militar.
Que seja um momento de repensar as práticas e fortalecer seu vínculo profissional,
ampliando cada vez mais seus conhecimentos para lidar com as particularidades de ser um
Policial Militar no Estado do Rio de Janeiro.

Bons estudos!
Marcelo André Teixeira da Silva – Coronel PM
Diretor-Geral de Ensino e Instrução

Simone Duque Romeu – Coronel PM


Comandante do CFAP

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DESENVOLVEDORES

CFAP
Supervisão e Coordenação Pedagógica
CAP PM Ped Priscila Medeiros Moura de Lima
CB PM Cíntia Andrade de Araújo
CB PM Fernanda Belísio Oliveira dos Santos
CB PM Layla Simões da Silva
CB PM Eduarda Vasconcellos Dias de Oliveira
Conteudista
1° SGT PM Alexandre Anselmo Ferreira

CEADPM
Supervisão Geral EAD
TEN CEL PM Rodrigo Fernandes Ferreira
Equipe Técnica
SUBTEN PM Willian Jardim de Souza
1º SGT PM Edson dos Santos Vasconcelos
CB PM Lucas Almeida de Oliveira
CB PM Diogo Ramalho Pereira
Diagramação
1º SGT PM Alan dos Santos Oliveira
SD PM Daniel Moreira de Azevedo Júnior
SD PM Alexandre Leite da Silva
SD PM David Wilson Côrtes da Silva
Design Instrucional
CAP PM Ped Vânia Pereira Matos da Silva
Designer Gráfico
SD PM Alexandre Leite da Silva
Filmagem e Edição de Vídeo
CB PM Renan Campos Barbosa
SD PM Alexandre dos Reis Bispo
Suporte ao Aluno
3º SGT PM Tainá Pereira de Pereira

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SUMÁRIO

AS COMUNICAÇÕES NA PMERJ E SEU HISTÓRICO ............................................................................................... 5


DIVISÃO DA REDE DE TELECOMUNICAÇÕES:INFORMÁTICA, RADIOFONIA E TELEFONIA ............................. 6
SISTEMAS E REDES .................................................................................................................................................... 8
EQUIPAMENTOS ........................................................................................................................................................ 14
REGULAMENTAÇÃO ................................................................................................................................................. 26
CONCEITOS BÁSICOS EMPREGADOS NA TECNOLOGIA DA INFORMAÇÃO E COMUNICAÇÕES .............. 39
PRÁTICA ..................................................................................................................................................................... 45
REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS ............................................................................................................................ 48

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AS COMUNICAÇÕES NA PMERJ E SEU HISTÓRICO

Você sabia que o Serviço de Telecomunicações (ST) foi criado pelo Decreto “N”, nº. 494,
de 22 Nov. 65, publicado em Aditamento ao Bol. do QG de nº. 234, de 09 Dez 65, com sede no
Quartel General da PMERJ e subordinado diretamente ao Comando Geral? Por meio do Bol.
QG, de 15 Set 1972, passou a Condição Administrativa Autônoma e, com a fusão do Estado da
Guanabara com o Rio de Janeiro, a Diretoria de Comunicações da Polícia Militar do Antigo
Estado do Rio de Janeiro foi incorporada à Unidade Administrativa Autônoma, a qual o registro
se deu através da publicação em Bol da PM nº. 020, de 18 Abr 1975.
Constantes desenvolvimentos e modernizações foram implementados no campo das
Comunicações e, através da nota publicada em Bol. da
PM nº. 137, de 19 Jul 1976, o serviço que era
desenvolvido pela Unidade Administrativa Autônoma foi
desativado e criado o Centro de Comunicações e
Operações da PMERJ (CECOPOM) como Órgãode
Direção Geral, conforme DECRETO-LEI nº. 92, de 06
de Mai 1975, ratificado pelo Decreto nº. 913, de 30 Set
1976.
Com a Portaria nº. 027 – EMG, de 16 de JUN 1977, a competência operacional do
CECOPOM foi transferida para o Comando de Policiamento da Capital (CPC), ficando o
CECOPOM responsável pelas Comunicações. Com a Portaria da SEPM, nº. 0136, de
10 JUN 1992, o CECOPOM passou a denominar-se Centro de Comunicações da
PMERJ. Finalmente, com a Res. dá SESP nº. 304, de 30 Dez 1999, cuja implantação se deu na
data 02 Mai 2000 e, com sua efetivação em 05 Mai 2000, ocorreu então a fusão do Centro de
Comunicações da PMERJ (CECOPOM) com o Centro de Processamento de Dados do Estado
Maior da PMERJ (CPD/EMG), dando origem ao atual CENTRO DE COMUNICAÇÕES E
INFORMÁTICA DA PMERJ.
Através da resolução SESEG n° 706 de 15 de julho de 2013 foi criada a Coordenadoria
Especializada de Tecnologia da Informação e Comunicação (CETIC) da Polícia Militar do Estado
do Rio de Janeiro. A CETIC é considerada para todos os fins Unidade Especializada e integra o
Comando Geral como Órgão de Direção Geral, incumbindo-se basicamente de coordenar,
planejar, formular, normatizar, orientar, integrar, fiscalizar, controlar e manter os sistemas e
atividades das áreas de Tecnologia da Informação e Comunicação na Polícia Militar do Estado
do Rio de Janeiro.

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Figura 1. Diretoria Geral de Tecnologia da Informação e Comunicações da PMERJ.

DIVISÃO DA REDE DE TELECOMUNICAÇÕES:


INFORMÁTICA, RADIOFONIA E TELEFONIA

1.1- Radiofonia - As Comunicações da PMERJ em Radiofonia utilizam equipamentos de rádio


nas estações fixas, móveis e portáteis, na faixa de frequência (380 a 400 MHz) UHF, digital via
ERB (Estações Rádio Base), podendo operar em DMO. Possui ainda equipamentos analógicos
também na faixa de UHF (380 a 400 MHz), atualmente em uso no interior do Estado do Rio de
Janeiro.
Na região metropolitana o sistema de rádio é o TETRA e neste caso não utilizamos
denominação CANAL e sim GRUPO, pois a modulação usada no TETRA é a TDMA (acesso
múltiplo por divisão de tempo), esta tecnologia permite 4 conversações simultâneas no mesmo
par de frequência (CANAL).
Os equipamentos possuem recursos técnicos para utilização em diversas formas de
operações e para usufruirmos precisamos consultar o manual de operação.

1.2- Telefonia - A central telefônica está sempre conectada com uma prestadora de serviço
privado de telecomunicações através de várias linhas denominadas “Troncos Telefônicos” e
identificadas normalmente por um único número-chave. As demais linhas são acessadas
sequencialmente e automaticamente. O equipamento telefônico quea Secretaria de Segurança
Pública utiliza atualmente tem uma central denominada“VOICNET” que oferece aos usuários das
instituições, praticidade, economicidade, possibilitando através do sistema DDR (discagem direta
ramal). A conexão de todos os órgãos e seções da SSP, através da discagem dos 5 (cinco)
últimos algarismos.

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Figura 2. Equipamento - Voicnet DG - Voicnet

1.3- Informática - É um termo usado para descrever o conjunto das ciências relacionadas ao
armazenamento, transmissão e processamento de informações em meios digitais, estando
incluídas neste grupo: a ciência da computação, a teoria da informação, o processo de cálculo,
a análise numérica e os métodos teóricos da representação dos conhecimentos e da modelagem
dos problemas. Mas também a informática pode ser entendida como ciência que estuda o
conjunto de informações e conhecimentos por meios digitais.
O termo informática, no Brasil é habitualmente usado para rever especificamente o
processo de tratamento da informação por meio de máquinas eletrônicas definidas como
computadores.
O estudo da informação começou na matemática quando nomes como Alan Turing, Kurt
Gödel e Alonzo Church, começaram a estudar que tipos de problemas poderiamser resolvidos,
ou computados, por elementos humanos que seguissem uma série de instruções simples,
independente do tempo requerido para isso. A motivação por trás destas pesquisas era o avanço
durante a revolução industrial e da promessa que máquinas poderiam futuramente conseguir
resolver os mesmos problemas de forma mais rápida e mais eficaz. Do mesmo jeito que as
indústrias manuseiam matéria-prima para transformá-la em um produto final, os algoritmos foram
desenhados para que um dia uma máquina pudesse tratar informações.
A Diretoria Geral de Tecnologia da Informação e Comunicações (DGTIC) da Polícia
Militar do Estado do Rio de Janeiro atualmente sediada no CENTRO INTEGRADODE
COMANDO E CONTROLE tem ramificação em outras duas Diretorias subordinadas, DSI
(Diretoria de Sistemas da Informação) e DIT (Diretoria de Infra estrutura e Tecnologia) e todas
juntas tem como objetivos:
- estabelecer normas para as atividades da Seção de Telemática e seus auxiliares;
- estabelecer normas para utilização da Internet e Intranet, pelos integrantes da PMERJ;
- estabelecer normas sobre gerenciamento de sites na Internet e Intranet, elaboração,
aprovação, publicação, controle, disponibilização e atualização de páginas eletrônicas;
- estabelecer normas para padronização e utilização de e-mail na corporação;

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- estabelecer normas para o funcionamento, uso e armazenamento de dados de áudio eimagem


das COPs n o â m b i t o d a PMERJ;
- estabelecer normas para atendimento e suporte de Tecnologia da Informação para a
PMERJ;
- estabelecer normas para radiocomunicações e telefonia.

Centro Integrado de Comando e Controle - CICC

SISTEMAS E REDES

Você conhece o Sistema de Rádio utilizado na SEPM? Vamos aproveitar


para estudar os tipos de redes, funcionamento e operação. Além disso,
vamos conversar sobre a Sala de Operações e de comunicações, conhecer
o Sistema de Posicionamento Global (GPS) – conceito, funcionamento e
equipamentos, bem como verificar a telefonia na PMERJ e na Segurança
Pública.

SISTEMA DE RÁDIO – TIPOS DE REDES, FUNCIONAMENTO E


OPERAÇÃO

Você sabia que o Sistema Integrado de Radiocomunicação funciona regularmente


através de repetidores ou ERB (Estação Rádio Base) se tratando de Digital, formando redes
ponto-multipontos; ou seja, quando alguma estação transmite uma mensagem as demais de
rede a recebem, simultaneamente? Se tratando de sistema analógico para cada canal existe
uma estação repetidora localizada em um ponto elevado da área de cobertura do canal.

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Particularmente, em relação à operação com estações móveis e portáteis é importante que se


conheça a localização da repetidora do canal sintonizado; mormente porque, como regra, todo
sinal transmitido ou recebido por qualquer estação operante de um canal sempre passa pelo
repetidor, mesmo que as estações em comunicação estejam lado-a-lado, exceto quando
operando em ponto a ponto ou DMO.
Quando se trata de Sistema Digital troncalizado todas as ERBs (Estação rádio base) se
encontram interligadas, formando uma só rede, possibilitando com isto que todos os rádios que
estejam dentro da cobertura, desde que estejam no mesmo grupo, falem entre si. No caso dos
operadores de estações portáteis a atenção deve ser maior, na medida em que a potência de
transmissão do equipamento é bem menor do que a das estações fixas e móveis, fato esse que
reduz sua capacidade de transmitir.
A técnica recomendada aos operadores de estações móveis e portáteis analógicosque
acusem dificuldade de comunicação é a de procurar melhor localização, sempre em relação a
repetidora do seu canal; e não em relação à estação com a qual deseja falar.
Deve-se levar em conta que qualquer ponto elevado do terreno é melhor do que os mais
baixos.
Canal ponto-a-ponto ou DMO (Modo de Operação Direta)– Essa é uma expressão
tradicionalmente utilizada para designar os canais ou grupos se tratando de digital, que não usam
repetidor. Neles o sinal transmitido por uma estação chega, diretamente, a algumas estações
mais próximas, sem auxílio do repetidor ou ERB(estação rádio base).
Os transceptores do Sistema Integrado possuem alguns canais e grupos se tratando de
digital programados como ponto-a-ponto.
As Comunicações da PMERJ em Radiofonia utilizam equipamentos de rádio nas
estações fixas, móveis e portáteis na faixa de frequência UHF, digital via ERB (Estações Rádio
Base), podendo operar em DMO. Possui várias marcas de equipamentos na faixa de UHF,
sendo alguns analógicos via repetidor operando nas UOP do Interior. Os equipamentos possuem
recursos técnicos para utilização em diversas formas de operações e para usufruirmos
precisamos consultar o manual de operação.
O sistema de rádio está dividido em: Rede Operacional – I, Rede Operacional – II, Rede
ADM, Rede Especializada, Rede Integração, Rede de Eventos e Rede de DMO.

Figura 3. Sala de operações Figura 4. Antenas da rede de monitoramento

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O transceptor é o engenho eletrônico capaz de transmitir (Tx) e receber (Rx) sinais de


radiofrequência sendo que para seu regular funcionamento e transformação em voz audível
necessita de acessórios que são definidos como antena, o microfone, a fonte de alimentação e
o alto-falante.
A antena irradia ou recebe os sinais de radiofrequência; O microfone capta os sons
ambientes e de voz que são enviados ao transmissor para sua irradiação a outras estações; a
fonte de alimentação fornece energia elétrica para o funcionamento das estações; e os alto-
falantes transformam os impulsos elétricos em sinais sonoros audíveis, permitindo ao operador
ouvir as mensagens.
Os equipamentos-rádio em uso na PMERJ podem ser classificados em função do
emprego como fixo, móvel e portátil:
FIXO: Equipamento destinado a ser utilizado em imóvel ou local com fonte de alimentação
própria e que não demande movimentação; Ex: Salas de Operações, DPO, CIA destacada;
MÓVEL: Equipamento destinado a instalação em viaturas, motocicletas, embarcações,
aeronaves e congêneres; e
PORTÁTIL: Equipamento de tamanho e peso reduzido, de porte individual, alimentado por
bateria recarregável, dotado de grande mobilidade, para que o operador possa se deslocar
mesmo que à pé durante seu serviço.

SALA DE OPERAÇÕES E DE COMUNICAÇÕES

SALA DE OPERAÇÕES: São Salas das UOP que despacham viaturas para ocorrências.
Possuem recursos como: microcomputadores ligados ao CAE (CENTRO DEATENDIMENTO DE
EMERGÊNCIA -190), e GPS para rastreamento das viaturas e o monitoramento dos principais
logradouros (Bancos, Ruas, Avenidas).

Figura 5. Sala de Operações do BPM

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SISTEMA DE POSICIONAMENTO GLOBAL (GPS)-CONCEITO,


FUNCIONAMENTO E EQUIPAMENTOS
Você certamente já ouviu falar em GPS, não é? Mas você saberia explicar o que essa
sigla significa? Vamos estudar um pouco sobre esse assunto...

GPS: É a sigla para Global Positioning System – em português, Sistema de Posicionamento


Global. Esse sistema foi desenvolvido pelo Departamento de Defesa dos Estados Unidos para
fornecer dados sobre localização, velocidade e tempo, 24 horas por dia, sob quaisquer condições
atmosféricas e em qualquer ponto do globo terrestre, para situações de guerra. O GPS começou
a ser desenvolvido na década de 1960 com o nome de “Projeto NAVSTAR”, mas só foi declarado
totalmente operacional em 1995. Devido à suas inúmeras vantagens, acabou se disseminando
entre os civis (assim como a Internet, que também tem origem militar).
O receptor GPS consegue nos fornecer informações na forma de coordenadas
geográficas e/ou UTM da posição do receptor com precisão. O segmento espacial do sistema
americano é constituído por 24 satélites que orbitam a Terra em um período de 11 horas e 58
minutos a aproximadamente 20.200 Km de altura. Existem seis planos orbitais, igualmente
espaçados de 60 graus, cada plano orbital é ocupado por 4 satélites, permitindo, teoricamente,
uma visibilidade entre 5 e 8 satélites em qualquer parte do globo terrestre. Cada um dos satélites
em órbita transmite a hora certa juntamente com sua posição exata e outras informações. O
receptor, por possuir a hora sincronizada com o que é difundido pelo satélite, computa o tempo
percorrido entre a transmissão e recepção do sinal e o converte em distância, a chamada
"pseudo-range". A posição do receptor (latitude, longitude e altitude), tomando o centro da Terra
como origem, é calculada quando quatro satélites estiverem visíveis.

Cada um destes satélites movidos a luz solar e pesando de 3 a 4 mil libras


(aproximadamente 1.360 a 1.814 kg) circunda o globo terrestre a aproximadamente
19.300 quilômetros, completando duas rotações completas a cada dia. As órbitas são
dispostas de modo que a qualquer hora do dia, em qualquer lugar na Terra, haja pelo menos
quatro satélites "visíveis" no céu. O Sistema de Posicionamento Global (GPS), sua
operacionalidade se dá via satélite tendo como um dos seus objetivos principais o rastreamento
das viaturas, facilitando, assim, o controle das mesmas, e também, o pronto envio de mensagens

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através do mesmo equipamento através do computador existente em cada Mesa de Rede Rádio,
utilizado pelo Operador das Salas de Operações e de mesma forma o Policial pode realizar o
envio de mensagens direcionadas ao operador da Central por meio de um Teclado (altamente
resistente), com um pequeno visor de cristal líquido. Compõe o equipamento do GPS na viatura:
Uma antena eletromecânica (teto da Vtr), um Deck (na mala) e um Teclado (no painel lado direito
da Vtr).
Todavia, estes equipamentos só estão disponíveis na área da Capital Interligado com o
CAE – Central de Atendimento de Emergência – 190, mantendo contato direto 24 (vintequatro)
horas.
O Sistema é capaz de verificar a localização da viatura com pequena margem de erro, e
também, informar se a viatura está liga ou desligada, em movimento ou parada, e se em
movimento, a que velocidade. Todas as ocorrências e informações são gravadas earmazenadas
por um programa específico com características exclusivas para o uso da Corporação.

A TELEFONIA NA PMERJ E NA SEGURANÇA PÚBLICA

A rede telefônica fixa é o sistema básico de telecomunicações que correspondente aos


aparelhos utilizados pelos usuários do sistema e de um vasto conjunto de acessórios, tudo isto
com o objetivo de prover a interligação dos usuários do sistema de telefonia (assinantes) à central
telefônica e as várias centrais entre si.
Outro termo utilizado é sistema telefônico, que pode ser conceituado como o sistema
que permite a comunicação de dois assinantes, através do telefone. Esse sistema divide- se em
subsistemas que interagem operacionalmente para formar a rede de telefonia como
conhecemos: Rede de Comutação, Rede de Acesso, Rede de Transmissão e Infra-estrutura para
Sistemas de Telecomunicações.

Centrais telefônicas:
a) Uma central telefônica se liga com a operadora através de várias linhas denominadas troncos
telefônicos e identificados normalmente por um único número-chave. As demais linhas são
acessadas sequencial e automaticamente.
b) As linhas-tronco podem ser do tipo bidirecional (recebe e transmite); unidirecional de entrada
(só recebe) ou unidirecional de saída (só transmite).
c) A quantidade mínima de linhas-tronco está relacionada com a quantidade de ramais e com o
regime de utilização da central, parâmetro que é determinado pelo estudo de tráfego da central.
d) As centrais modernas, opcionalmente, e dependente das centrais da operadora, permitem a
facilidade de discagem direta a ramal (DDR).
e) Os ramais podem se comunicar entre si, normalmente. No entanto, para acesso a rede
pública, os ramais têm categorias de acesso diferentes, seja em razão da limitação da
capacidade da central, seja em relação a condição do usuário. A classificação depende do tipo
de central, mas as categorias básicas são:

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(1) irrestrito: Os ramais possuem total liberdade de acesso à rede pública, podendo receber e
efetuar ligações externas. A capacidade de ligação só estará limitada pelas restrições que
existirem para as linhas-tronco.
(2) privilegiado: Os ramais tem acesso à rede pública, podendo receber e efetuar ligações
externas, exceto as DDI. Neste caso, há ainda, subcategorias em razão da possibilidade de
efetuar ligações DDD ou apenas locais e regionais.
(3) semi-restrito: Os ramais podem apenas receber ligações externas.
(4) restrito: Os ramais não tem acesso à rede pública, exceto pelo recurso opcional de discagem
abreviada irrestrita.
Telefone celular ou telemóvel: do termo original em inglês cell phone (CELLular
telePHONE ou mobile) é um terminal móvel que funciona através de um sistema decomunicação
sem fio. As redes de telefonia celular tiveram início com a implantação da 1a. geração. O sistema
analógico (AMPS) nos EUA, (TACS) na Inglaterra e (NMT) na Finlândia entre outros. Esse
sistema possuía uma baixa capacidade, uma vez que só permitia tráfego de voz, e era bastante
vulnerável à clonagem. A partir da 2a. geração, a comunicação é digital, permitindo voz e dados.
Capacidade, surgiram as tecnologias de segunda geração, que trazem as seguintes
vantagens sobre os analógicos: codificação digital de voz mais poderosas, maior eficiência
espectral, melhor qualidade de voz, facilidade a comunicação de dados e a criptografia.
A tecnologia mais utilizada na comunicação celular atualmente é a de:
Quarta Geração – 4G : Essa tecnologia já se encontra em operação na Europa, Ásia e Américas,
utilizando-se as tecnologias LTE (Long Term Evolution) e Mobile-WiMAX. No Brasil, iniciou-se a
operação comercial das redes 4G LTE em 2012, na faixa de 2.5GHz.
O foco das redes 4G é integralmente para o tráfego de dados (pacotes), ao contrário dos
sistemas anteriores, híbridos, que alternavam entre redes de pacotes ou de circuitos adepender
da demanda, respectivamente, de dados ou voz. O LTE, especificamente, mantém
compatibilidade com sistemas ligados. No entanto, enquanto as redes 3.5G e 3G, em uso,
atingem tipicamente velocidades máximas de 14 Megabits por segundo (Mbps), são esperados,
em condições ideais, picos de até 120 Mbps nas redes LTE.
Uma rede só poderia ser caracterizada como "4G" se fosse capaz de prover 100 Mbps a
usuários em movimento e 1 Gbps para usuários parados. A expressão "True 4G" exclusivamente
para diferenciar as novas tecnologias que atinjam os requisitos necessários à especificação IMT-
Advanced. Dessa forma, somente redes LTE Advanced e WiMAX- Advanced, sucessoras das
tecnologias atualmente em uso, serão enquadradas como "True 4G".

Como funciona la telefonia movil e como funciona uma central telefônica


https://www.youtube.com/watch?v=VU_wXCUb3nk

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EQUIPAMENTOS

Você conhece os tipos de equipamentos, estação fixa, móvel, portátil,


Estações Rádio Base (ERB) e repetidores? Vamos aproveitar agora
para visualizar a composição do equipamento-radio com suas
particularidades.
É preciso saber utilizar os meios auxiliares para transmissão e
recepção de mensagens, alfabeto fonético, palavras de expressões
convencionais, código “Q”, algarismos fonéticos, transmissão em
teste, modalidades de chamada. Você os conhece?

TIPOS DE EQUIPAMENTOS, ESTAÇÃO FIXA, MÓVEL, PORTÁTIL,


ESTAÇÕES RADIO BASE E REPETIDORES

Os equipamentos-rádio em uso nos diversos órgãos estaduais são de marcas e


modelosdiferentes; mas, de uma forma geral, em função do emprego, eles podem ser
distinguidos basicamente em três tipos: fixo, móvel e portátil.
Estação fixa: É o equipamento destinado a ser usado em imóvel, ligado à fonte de alimentação
própria.

O Policial Militar tem que conhecer todos os


meios auxiliares de comunicações para poder
exercer comeficiência sua atividade na segurança
pública.

Figura 7 . Estação Fixa Figura 8. Estação Fixa Cabine

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Estação móvel: É o equipamento destinado a ser usado em veículo automotor, alimentado pelo
sistema elétrico do próprio veículo em que for instalado; normalmente, automóvel, motocicleta,
aeronave, embarcação e congêneres.

Figura 9. Estação Móvel VTR – Blazer – G A T VTR – Gol – R P

Acessórios das estações fixas e móveis:

Figura 10. Acessório áudio

Estação portátil: É equipamento, de tamanho e peso reduzido, de porte individual, alimentado


por fonte própria de energia, normalmente através de bateria recarregável.

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É estação dotada de grande mobilidade, transportada individualmente pelo próprio


operador durante o serviço, para qualquer lugar onde desse equipamento possa necessitar
(possuem canais via repetidora e canais ponto-a-ponto, neste caso, devem ser observados as
limitações de ordem técnica ao seu uso). Para recarregar a bateria é utilizado carregador próprio,
ligado à energia elétrica de 110/220 VAC.
Considerações relevantes para a operação de estações móveis e portáteis: O Sistema
Integrado de Radiocomunicação funciona regularmente através de repetidores, formando redes
pontos-multipontos; ou seja, quando alguma estação transmite uma mensagem as demais de
rede a recebem, simultaneamente.
Para cada canal existe uma estação repetidora localizada em um ponto elevado da área
de cobertura do canal. Particularmente, em relação à operação com estações móveis e portáteis
é importante que se conheça a localização da repetidora do canal sintonizado; mormente porque,
como regra, todo sinal transmitido ou recebido por qualquer estação operante de um canal
sempre passa pelo repetidor, mesmo que as estações em comunicação estejam lado-a-lado.
No caso dos operadores de estações portáteis a atenção deve ser maior, na medida em
que a potência de transmissão do equipamento é bem menor do que a das estações fixas e
móveis, fato esse que reduz sua capacidade de transmitir.
A técnica recomendada aos operadores de estações móveis e portáteis que acusem
dificuldade de comunicação é a de procurar melhor localização, sempre em relação à repetidora
do seu canal; e não em relação à estação com a qual deseja falar.
Deve-se levar em conta que qualquer ponto elevado do terreno é melhor do que os mais
baixos.
Canal ponto-a-ponto: (DMO) Essa é uma expressão tradicionalmente utilizada para designar
os canais que não usam repetidor. Neles o sinal transmitido por uma estação chega, diretamente,
a algumas estações mais próximas, sem auxílio do repetidor.
Os transceptores do Sistema Integrado possuem alguns canais programados como
ponto-a-ponto.
Nos casos em que a operação deva se dar através
dos chamados desses canais, a preocupação deve ater-se
para a direção a qual se encontra a estação com a qual se
desejar falar.
O Equipamento-rádio: Na verdade, a expressão
“equipamento-rádio” é genérica e comportam não tão
somente os meios normais, regularmente visíveis e
manuseados pelos operadores em geral, como também
aqueles aos quais, apenas eventualmente, eles têm
contato, como por exemplo: os repetidores e suas antenas espalhadas pelo território do Estado,
etc...

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COMPOSIÇÃO DO EQUIPAMENTO RADIO COM SUAS ESPECIFICIDADES

O equipamento-rádio compõe-se, basicamente, do transceptor e seus acessórios:


a) antena; b) microfone; c) fonte de alimentação (equipamento fixo); d) alto-falante.
O transceptor é o engenho eletrônico capaz de transmitir e receber sinais de
radiofrequência necessários às comunicações-rádio, para a transmissão de mensagens por voz.
É o equipamento transmissor-receptor (TxRx), aquilo que no linguajar cotidiano acostumou-se
chamar de “rádio”, propriamente dito.

Os transceptores mais modernos, para os casos de necessidade, já possuem dispositivo


que permite sua identificação instantânea, mediante a emissão de uma sinalização eletrônica,
por ocasião do acionamento do “PTT” (PUSH TO TALK) = (APERTE PARA FALAR) para a
transmissão de uma mensagem.

Para o seu regular funcionamento, o transceptor necessita de alguns acessórios, que


são:a antena, o microfone, a fonte de alimentação e o alto-falante.

Figura 11. Portátil Móvel Fixo Fixo Uop interior

MEIOS AUXILIARES PARA TRANSMISSÃO E RECEPÇÃO DE MENSAGENS,


ALFABETO FONÉTICO, PALAVRAS DE EXPRESSÕES CONVENCIONAIS,
CÓDIGO “Q”, ALGARISMOS FONÉTICOS, TRANSMISSÃO EM TESTE,
MODALIDADES DE CHAMADA

Meios auxiliares: Dentre os vocabulários utilizados nas comunicações, destacam-se:


a)o alfabeto fonético internacional; b) - as palavras e expressões convencionais; c) o “Código Q”;
e, d) os algarismos fonéticos.

Alfabeto fonético internacional: o alfabeto fonético, como meio auxiliar datransmissão, tem
aplicação quando há necessidade de soletrar palavras ou outro conjunto de letras, na dificuldade
de sua compreensão, como ocorre no caso de mensagens transmitidas em meio a péssimas
condições de comunicação; ou, mesmo na transmissão de palavras incomuns ou estrangeiras;
ou de grafia diferente da normal. O seu uso, como padrão, evita a criação e a citação

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TECNOLOGIA DA INFORMAÇÃO E COMUNICAÇÃO – CEFS

indiscriminada de palavras diversas pelos operadores, para indicar uma mesma letra; como,
poderia indevidamente ocorrer em relação à “cavalo” para representá-loo “c”; “dado” para o “d” e
outros ...Mas o seu principal papel está no auxílio da correta compreensão da mensagem, de
modo a que não fique nenhuma dúvida quanto ao seu conteúdo e a grafia das palavras que a
compõem. Este é o alfabeto fonético internacional, padrão para dirimir dúvidas a cerca do
conteúdo da mensagem, pelo soletrar das palavras:

LETRA PALAVRA PRONÚNCIA


A ALFA AL FA
B BRAVO BRA VO
C CHARLIE CHAR LI
D DELTA DEL TA
E ECHO E CO
F FOXTROT FOX TROT
G GOLF GOLF
H HOTEL O TEL
I INDIA IN DIA
J JULIETT DJU LIET
K KILO KI LO
L LIMA LI MA
M MIKE MAIK
N NOVEMBER NO VEM BER
O OSCAR OS CAR
P PAPA PA PA
Q QUEBEC QUE BEC
R ROMEU RO MEO
S SIERRA SI E RRA
T TANGO TAN GO
U UNIFORM IU NI FORM
V VICTOR VIC TOR
W WHISKEY UIS QUI
X X-RAY EKS REI
Y YANKEE IAN QUI
Z ZULU ZU LU

O Alfabeto Fonético Internacional não deve ser utilizado para a formação de prefixos;
para esse fim cada órgão usuário do Sistema Integrado de Radiocomunicação possui um
“Grupamento Fonético Exclusivo”. Excetuam-se desta proibição aqueles pré-existentes e
devidamente autorizados.

Para iniciar o Alfabeto Fonético Internacional basta enunciar a palavra “SOLETRANDO”,


antes da palavra ou sequência a ser transmitida.

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TECNOLOGIA DA INFORMAÇÃO E COMUNICAÇÃO – CEFS

Se for realizar a enunciação de várias palavras deve-se pronunciar a palavra


convencional “SEPARA”, para indicar o seu término e o início de outra palavra; ou,
“TERMINADO”, para indicar o término da transmissão. Em alguns casos, como na transmissão
de placas de veículos, são dispensáveis as palavras “soletrando”, “separa” e “terminado”; uma
vez que faz parte da rotina aenunciação das letras das placas (a alfa) com o alfabeto fonético.

Exercite-se com a seguinte mensagem: "COMUNICO QUE FOI APREENDIDA UMA


PISTOLA CALIBRE 38 MARCA COLTS PT. F.A.MEG. CO. HARTFORD. CONN. U.S.A.".

Neste caso, utilizando-se o alfabeto fonético, a mensagem seria transmitida da seguinte


maneira:

"Comunico que foi apreendida uma pistola calibre três oito marca ‘SOLETRANDO’
charlie oscar lima tango sierra ‘SEPARA’ papa tango ponto fox-trot ponto alfa ponto ‘SEPARA’
mike eco golf ponto ‘SEPARA’ charlie oscar ponto ‘SEPARA’ hotel alfa romeo tango fox-trot
oscar romeo delta ponto ‘SEPARA’ charlie oscar november ponto ‘SEPARA’ uniform ponto sierra
ponto alfa ponto ‘TERMINADO, CÂMBIO’.

Verifica-se que, assim procedido, toda mensagem seria transmitida sem que nenhuma
letra fosse omitida. Observe-se que somente a parte da mensagem cujas palavras poderiam
trazer dificuldades na recepção, foi transmitida usando-se o alfabeto fonético.
Por outro lado, a despeito de todo esse cuidado, pode-se verificar pelo número de
palavras resultantes, que o tempo para transmitir a mensagem com a utilização do alfabeto
fonético resultaria maior do que aquele gasto para transmiti-la de maneira direta na sua forma
original.

Por isso mesmo, deve-se evitar utilizá-lo indiscriminadamente, pois tal fato só serviria
para congestionar a rede de comunicação, por sua ocupação com tempo excessivo e
desnecessário.

É importante frisar que, para o êxito da transmissão, é necessário que tanto quem
transmita, como quem receba, tenha pleno conhecimento desse alfabeto.

É ERRADO usar o alfabeto fonético para soletrar siglas, abreviaturas ou palavras que
sejam plenamente conhecidas, como nas transmissões de abreviaturas de postos ou graduações
dos militares, cargos ou funções; ou, ainda, palavras em que não haja possibilidade de que sejam
confundidas por sua pronúncia ou correta grafia.

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TECNOLOGIA DA INFORMAÇÃO E COMUNICAÇÃO – CEFS

A única exceção é com relação à transmissão de placa de veículo, cuja “alfa” deve ser
sempre soletrada utilizando-se o alfabeto fonético; mesmo que as letras, por sua sonoridade,
façam supor que não haverá qualquer dificuldade de compreensão para quem irá receber a
mensagem.

Palavras e expressões convencionais: São palavras-chaves, com significado particularmente


atribuído; que, a exemplo de qualquer outra codificação utilizada oficialmente, devem ser de
pleno conhecimento dos operadores, como meio facilitador da comunicação. Por outro lado,
seu emprego visa, ainda, padronizar as conversações. A introdução de novas palavras ou
expressões no vocabulário aprovado, somente deve dar-se mediante acordo com os diversos
segmentos-operadores do sistema de comunicação; com observância, principalmente, das
práticas operacionais institucionalizadas.

Segue-se um extrato daquelas recomendadas aos operadores de radiofonia:

ACUSE “diga-me se entendeu ou recebeu esta mensagem”.

AGUARDE “espere, mantenha-se na escuta”. CÂMBIO “terminei” (convite à resposta).

CIENTE “recebi sua mensagem”. CORREÇÃO “houve erro nesta transmissão”.

CONFIRME “repita a mensagem transmitida” (solicitado por quem está recebendo a msg).

CONSIGNE “registre”, “anote para controle”.

COTEJE “repita a mensagem (ou o trecho) como recebida”(solicita quem está TX amsg).
NEGATIVO “não”, “não está correto”, “não está autorizado”. POSITIVO “sim”, “autorizado”,
“afirmativo”. CORRETO “está certo”. PRIORIDADE “emergência” “preciso transmitir com
urgência”.

PROCEDA “autorizo”, “pode prosseguir”. PROSSIGA “adiante com sua mensagem”.

REPETINDO “vou repetir toda a mensagem”.

SEPARA “dê espaço” (quando da utilização do AF para receber o que for TX logoapós).

SOLETRANDO “vou soletrar a palavra seguinte com o Alfabeto Fonético”. TERMINADO


“acabado”, “fim” (para indicar o término de soletrando pelo AF).VERIFIQUE “sua mensagem não
está clara; verifique se está correta”.

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TECNOLOGIA DA INFORMAÇÃO E COMUNICAÇÃO – CEFS

O “CÓDIGO Q”: Outro meio convencional, auxiliar na transmissão da mensagem, empregado


para economicidade de seu texto, bem como para imprimir maior celeridade às comunicações
via rádio, é o denominado “Código Q”. Cada códigoé obtido através combinação de três letras,
sendo que a primeira delas é sempre um “Q”,formando um significado específico.

CÓDIGO FORMA INTERROGATIVA FORMA AFIRMATIVA


QAP Está na escuta ? Estou na escuta.
QRA Qual o prefixo da sua estação?Ou, O prefixo da minha estação é... ou,
Quem está operando? Meu nome é...

QRE Qual à hora de chegada em...? A hora de chegada em... é


QRK Qual a clareza e intensidade dos sinais A clareza e intensidade dos sinais
recebidos? recebidos são...

QRL Está ocupado? Estou ocupado


QRM Está sofrendo interferência? Estou sofrendo interferência.
QRU Alguma mensagem para mim? Tenho mensagem para...
QRV Preparado p/ receber mensagem? Estou preparado p/
recebermensagem.
QSJ Qual é o valor em dinheiro? Qual é ataxa? O valor em dinheiro é... O valor da
taxa é...
QSL Ciente da mensagem? Ciente, entendido
QSO Posso comunicar-me diretamente com Comunique-se
(prefixo)? diretamentecom...
(prefixo)
QSP Posso retransmitir sua mensagem? Posso Retransmita minha mensagem Faça
fazer ponte com ...................... (prefixo)..? ponte com ......(prefixo)....
QTA Devo anular mensagem? Anule mensagem...
QTH Qual a sua localização? Minha localização é...
QTI Qual o seu itinerário ou roteiro? Meu itinerário ou roteiro é...
QTR Qual à hora certa? A hora certa é...

No exemplo sobre a transmissão verbal de horas, o “QTR” foi citado, o qual na forma
afirmativa significa “a hora certa é ...". Seu uso, na situação criada, visaria economizar tempo na
transmissão da mensagem, pela simplificação de seu conteúdo. A relação apresentada a seguir
é o resultado de uma seleção dos códigos que mais se aplicam ao interesse da segurança
pública, com ligeiras adaptações, sem perder de vista os significados originais.

Algarismos fonéticos: em relação aos algarismos, que combinados formam os números,


deverá ser empregada à fonética básica abaixo apresentada:

Os números serão sempre pronunciados algarismo por algarismo; e formados pelos


conjuntos desses. Dessa forma, o número 12 (doze) deverá ser enunciado “uno, dois”; o 50
(cinquenta), como “cinco, zero”; o 36 (trinta e seis), como “três, meia”, etc.

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TECNOLOGIA DA INFORMAÇÃO E COMUNICAÇÃO – CEFS

Os sinais gráficos, tais como ponto ou vírgula, deverão ser enunciados de acordo com
seus próprios nomes, como por exemplo, no número: 410.286 = “quatro uno zero PONTO dois
oito meia”; ou, ainda, o número 9,31= ”nove VÍRGULA três uno”.
Na sequência de algarismos idênticos em um mesmo número, temos como norma a
pronuncia das palavras “DUPLO” ou “TRIPLO”, ou seja, duplo para dois algarismos e triplo para
o caso de três algarismos sequenciais.
Se o número de algarismos repetidos em sequência for superior a três, deverá ser
empregada a combinação dessas palavras entre si (duplo-triplo, triplo-triplo); ou, do nome do
próprio algarismo seguido da palavra “TRIPLO”.
Abaixo alguns exemplos de aplicação:

I) Sequência de dois e de três algarismos iguais (emprego das palavras “duplo” e“triplo”)
100 - Uno DUPLO zero 2001 - Dois DUPLO zero uno 166 - Uno DUPLO meia.

33348 - TRIPLO três quatro oito 22.777- DUPLO dois PONTO TRIPLO sete.

II) Sequência de quatro ou mais algarismos iguais:


a) Para quatro algarismos iguais sucessivos, deverá ser enunciado o nome do próprio
algarismo, seguido da palavra “triplo”, mais o nome desse mesmo algarismo.
b) Para cinco algarismos, deverá ser usada a combinação das palavras “duplo” e“triplo”.
2222 - Dois TRIPLO dois 5555 - Cinco TRIPLO cinco 66666 - Duplo meia TRIPLO meia Para os
demais casos de repetição de algarismos em sequência, deverá ser obedecido o mesmo
raciocínio. A padronização referente aos algarismos e números aplica-se também na
pronunciação de prefixos. Deverá ser evitado o emprego de palavras emdesacordo com o
anteriormente indicado, mormente expressões como "tudo", "trinca","duque" e outras fora destas
orientações e não expressamente autorizadas.
A esse respeito, tem-se observado a tendência dos operadores de criar uma fonética
diversificada da apresentada no quadro anterior, empregando a designação ordinal de cada
algarismo para indicá-los como “primeiro”, “segundo”, “terceiro”, “quarto”, “quinto”, “sexto”,
“sétimo”, “oitavo”, “nono”; para os algarismos de “1” a “9”; e, a palavra “negativo”, para o
algarismo zero, ficando em desacordo com as normas previstas para a Corporação.
Na transmissão verbal de horas (o QTR, do Código “Q”), os algarismos deverão ser
enunciados, um-a-um (algarismo por algarismo), separando-se a hora cheia dos minutos pelo
pronunciamento da palavra “PONTO”.
Necessariamente, a composição da hora terá sempre quatro algarismos, sendo-lhe
os dois primeiros indicadores da hora e os dois últimos indicadores dos minutos. Assim,
exemplificado:

04.23 - zero quatro PONTO dois três; 19.56 - uno nove PONTO cinco meia.
Se a Rádio-Patrulha de prefixo 111, desejasse informar uma determinada hora certa, sua

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TECNOLOGIA DA INFORMAÇÃO E COMUNICAÇÃO – CEFS

mensagem deveria revestir-se do seguinte formato e fonética:


“RP triplo uno, ou triplo uno no local". QTR “zero quatro PONTO dois três”.

Transmissão em teste: Trata-se de uma chamada simples com o objetivo de saber se o


equipamento está realmente funcionando bem. Realiza-se mediante o seguinte padrão:
Chamada: “(prefixo a chamar)... (prefixo que chama) EM TESTE (ou QRK)”;
Resposta: “(nº. da clareza) BARRA (nº. da intensidade), PARA (prefixo que foi
chamado)”.
Observe-se, pois, que a resposta deverá ser dada indicando, primeiro à clareza; depois
a intensidade, esclarecido que:
A clareza dos sinais é a inteligibilidade da mensagem através do sinal recebido; e é
representada pela enunciação dos seguintes índices e representações: 1 - “má”; 2 - “escassa”;
3 - “passável”; 4 - “boa”; 5 - “excelente”.
A intensidade dos sinais é o volume, ou melhor, o nível do sinal recebido; e é
representada pela enunciação dos seguintes índices e representações: 1 - “apenas perceptível”;
2 - “fraca”; 3 - “satisfatória”; 4 - “boa”; 5 - “ótima”.

Chamadas: Denomina-se “chamada” ao contato entre duas ou mais estações,através de seus


prefixos, visando iniciar a transmissão de uma mensagem.
A chamada, de uma forma geral, resume-se em um apelo a estação, com a qual se
desejafalar; com a espera da consequente resposta do operador do prefixo chamado.
Em função da quantidade de estações envolvidas, as chamadas poderão ser de quatro
tipos, a saber: chamada simples, chamada múltipla, chamada geral; e, chamada em
broadcasting.
A primeira delas é de uso geral; e, as demais de uso próprio dos Centros de Operações
ou equivalentes.

Chamada simples: como o próprio nome sugere a chamada simples é aquela em que apenas
duas estações estão envolvidas. é a chamada mais comum, ordinariamente realizada por
operadores de todas as estações.
Exemplo clássico desse tipo de chamada é o contato entre uma estação qualquer com
o seu centro de operações; e, vice-versa. Para esse tipo, deve-se utilizar o seguinte padrão de
chamada e resposta:
chamada: “(prefixo a chamar) ... (prefixo que chama)”; resposta: “(prefixo chamado),
QAP”.
Ao responder-se a uma chamada em teste, não é necessário que sejam ditas as palavras
“clareza ou intensidade”, apenas deve-se mencionar o número correspondente a cada uma de
suas condições, acima indicadas, separadas pela palavra barra, obedecendo-se a ordem da
enunciação: clareza / intensidade.

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TECNOLOGIA DA INFORMAÇÃO E COMUNICAÇÃO – CEFS

Chamada múltipla: - é aquela na qual uma


estação busca estabelecer contato simultâneo
com duas ou mais estações. É o tipo de chamada
adotada a partir de um centro de operações para
os seus controlados.
Nesse tipo, para evitar conflito na
comunicação, é importante que os prefixos
procurem responder a chamada na mesma ordem
sequencial enunciada pelo centro de operações.
Para sua realização, deve-se utilizar o seguinte padrão:
Chamada: “ATENÇÃO (prefixos a chamar) (prefixo que chama)”;
Resposta: “(primeiro prefixo chamado), QAP”; “(segundo prefixo chamado), QAP”; e
assim, sucessivamente; sempre na ordem sequencial da chamada.
Para as situações em que a quantidade de prefixos a serem chamados for grande e/ou
nos casos de urgência, quando a preparação dos prefixos envolvidos prejudicaremprovidências
imediatas, deve-se adotar o seguinte padrão:
Chamada: “ATENÇÃO (prefixos a chamar)...(prefixo que chama); (palavra de ordem)
(mensagem)”
Resposta: “(primeiro prefixo chamado), QSL”; “(segundo prefixo chamado), QSL”; e
assim, sucessivamente, sempre na mesma ordem sequencial da chamada.
Nesta última situação, o operador enunciará os prefixos (um-a-um ou por grupo) e, em
seguida, sem que qualquer deles precise enunciar o “QAP”, transmitirá a “palavra de ordem” e a
“mensagem”. Só depois do término de toda a mensagem é que, então, os prefixos chamados
acusarão o “QSL” (ciente).

Chamada geral: é a denominação dada ao contato simultâneo de uma estação com todas as
outras de um mesmo canal ou rede, para a transmissão de mensagem de interesse de todos.
A chamada geral, a exemplo da chamada múltipla, é sempre originada pelo Centro de
Operações da rede. Nesse caso, não é necessário que as estações sejam chamadas, uma a
uma, através de seus prefixos; bastando que o operador do Centro informe o padrão "geral".
Também, não é necessária a resposta inicial por parte das estações.
Para esse tipo, deve-se utilizar o padrão de chamada seguinte, que deverá ser repetida,
seguidamente, por pelo menos duas vezes:
Chamada: “ATENÇÃO, TODOS OS PREFIXOS, (prefixo que chama), EM CHAMADA GERAL,
(palavra de ordem) (mensagem); REPETINDO”. Neste padrão a palavra de ordem, normalmente,
é “anotem” (3ª pessoa do plural do verbo anotar).
Quando o conhecimento da mensagem transmitida for fundamental para os
procedimentos de cada estação, caberá ao Centro cobrar “ciência” daqueles envolvidos mais
diretamente, sem o que a missão poderá fracassar vez que sempre haverá apossibilidade de
falhas técnicas ou de falta de atenção dos operadores; e, o silêncio na resposta nem sempre

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TECNOLOGIA DA INFORMAÇÃO E COMUNICAÇÃO – CEFS

indicará que todas as estações entenderam ou ouviram a mensagem.


Exemplificando a chamada geral, tem-se o seguinte padrão:
- Chamada: “Atenção todos os prefixos, maré zero, EM CHAMADA GERAL, anotem: foi
assaltada a joalheria “Brinco de Ouro”, ficha de cerco nº. zero três,assaltantes em fuga, em
número de quatro, pela Rua Uruguaiana, num Alfa Romeo branco, armados com revólveres
calibre 45”; REPETINDO ...foi assaltada ... “.
- Resposta: “RP duplo uno zero QSL e em posição”; “VTR triplo dois QSL". “em posição”.

Chamada em broadcasting: Este tipo de chamada assemelha-se à chamada geral em termos


e padrão, com a diferença de ser feita em mais de uma rede simultaneamente. Essa chamada
depende de equipamento especial existente somente no novo sistema de telecomunicações, sob
controle de um supervisor; que, havendo necessidade, busca para si a transmissão de
mensagem (MSN) que deva(m) ser ouvida(s) por quantas redes julgue necessárias. Nesse caso,
os operadores das respectivas redes são afastados da transmissão regular, devendo manter-
se atentos tanto a transmissão, quanto às providências imediatas que dela(s) advierem; visto
que, cessada a necessidade da chamada em broadcasting, retornarão as atividades a sua
forma normal.
A chamada em broadcasting é um recurso importante no novo sistema de
telecomunicações, por dispor de muitas redes, quando da ocorrência de distúrbios civis e
calamidades públicas, diante da necessidade de dar conhecimento rápido e/ou simultâneo de
uma mensagem urgente a algumas ou a todas as estações que operem em redes diferentes.
O operador do novo sistema de telecomunicações deverá informar o padrão
"broadcasting". A chamada em broadcasting, devido a sua peculiaridade de normal urgência,
não leva em consideração a disciplina operacional que recomenda "aguardar a outra estação
terminar de transmitir uma mensagem, antes de iniciar a sua transmissão", pois a premência de
sua comunicação, não pode depender do preparo de todas as estações de todas as redes para
que aguardem na escuta. Assim, pode acontecer que ao se iniciar a transmissão, existam
algumas estações de algumas redes em operação; as quais terão suas transmissões
interrompidas por essa chamada.
No entanto, ocorrerá que as estações que nesse dado momento estiver transmitindo, só
irão perceber a chamada em broadcasting quando liberarem suas teclas de transmissão. Devido
a esse fato, recomenda-se a repetição da mensagem, por pelo menos duas vezes; sob o seguinte
formato:
Chamada: “ATENÇÃO, TODOS OS PREFIXOS, (prefixo que chama), EM BROADCASTING,
(palavra de ordem) (mensagem); REPETINDO...”. Neste padrão a palavra de ordem,
normalmente, é “anotem” (3ª pessoa do plural do verbo anotar)

Quanto ao QSL (entendido) também caberá aos operadores de setor que farão o controle
de suas respectivas estações e cobrarão, se for o caso, o ciente (QSL) de cada um.
Não havendo urgência na transmissão, deverá ser respeitada a disciplina operacional.

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TECNOLOGIA DA INFORMAÇÃO E COMUNICAÇÃO – CEFS

Quando todos os canais envolvidos tiverem recebido o alerta em QAP/QRV, o operador iniciará
a chamada e a transmissão da mensagem em broadcasting.

SP agora – policial militar morre pedindo socorro ao COPOM via rádio).


https://www.youtube.com/watch?v=Qrh3GSjwKGw

A necessidade imperiosa das comunicações na segurança pública.

Canal piloto 44 – Alfabeto fonético na prática.


https://www.youtube.com/watch?v=tQfsh460Fwk

Através deste link pode-se escutar a pronuncia correta de todo o alfabeto fonéticointernacional.
*** http://pt.wikipedia.org/wiki/C%C3%B3digo_Internacional_Q
Através deste link do wikipedia pode-se verificar o código Q completo, pois na
apostila estão apenas os mais usados na PMERJ.

REGULAMENTAÇÃO

Vamos aproveitar agora para verificar as Normas e Diretrizes de


Comunicações em vigor, conhecer termos, siglas e abreviaturas
empregados nas telecomunicações. Vamos também conhecer os
deveres do operador em relação a comunicação-radio e em relação ao
equipamento-radio e utilização dos prefixos. Além disso, vamos
verificar os procedimentos administrativos para acautelamento
(terminais portáteis), instalação e reparo de terminais de
telecomunicações na PMERJ.

NORMAS E DIRETRIZES DE COMUNICAÇÕES EXISTENTES

A Seção de Telemática é obrigatória em todas as unidades operacionais e


administrativas, bem como em órgãos de direção, chefiada por Oficial Subalterno ou
Intermediário, denominado Chefe de Telemática e subordinada diretamente aoSubcomandante

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TECNOLOGIA DA INFORMAÇÃO E COMUNICAÇÃO – CEFS

da unidade, tem a finalidade de gerir os recursos de telecomunicações (Radiocomunicação e


Telefonia) e Informática, e outros ligados a área de Tecnologia daInformação utilizados nas OPM.
A Seção de Telemática deverá possuir os seguintes documentos em geral:
- Diretrizes, manuais e resoluções referentes as Telecomunicações e Tecnologia da
Informação da PMERJ;
- Relação atualizada de computadores, impressoras, scanners, telefones, rádios e outros
equipamentos de Telecomunicações e Tecnologia da Informação, bem como sua localização na
OPM e subunidades;
- Manter arquivo com cautelas de equipamentos e guias de serviço;
- Manter telefones úteis de suporte e garantia dos equipamentos da unidade em local visível e
de fácil acesso.

Na área de Informática:
- Distribuição e controle de equipamentos de informática na OPM;
- Fiscalização da correta utilização dos equipamentos e serviços;
- Realizar contatos com empresas privadas de prestação de serviço em caso de defeitos em
quaisquer equipamentos e serviços contratados;
- Fiscalização e controle do uso da rede interna da unidade;
- Informar ao DGTIC, em no máximo 24 horas sobre defeitos e problemas nos equipamentos
e serviços;
- Controlar e fiscalizar as cautelas dos equipamentos distribuídos à unidade. Ex: Celular
funcional, Notebook, Help Desk e outros.

Na área de Radiocomunicações e COPs:


- assessorar o comando na instrução e no emprego das tecnologias de radiocomunicações e
COPs em uso;
- verificar a aptidão do pessoal para as atividades de radiocomunicações a fim de facilitar o
emprego dos policiais militares nas salas de Comunicações e ou Centros de Operações da OPM;
assim como, a indicação dos homens que serão matriculados nos cursos pertinentes;
- fiscalizar os procedimentos de assistência técnica de 1º escalão, quando autorizado pelo
DGTIC, a todo o material de radiocomunicação (fixo, móvel e portátil) da unidade, providenciando
para que este se mantenha em perfeitas condições de funcionamento;
- cooperar com o P/3 nas atividades ligadas ao planejamento do emprego de
radiocomunicações no âmbito de sua OPM;
- responsabilizar-se pelo planejamento de comunicações da unidade;
- zelar pelo bom funcionamento dos terminais de radiocomunicações e COPs em operação na
unidade, fazendo cumprir as normas em vigor; e informar ao DGTIC, todas as alterações
observadas nos terminais (fixos, móveis e portáteis) na OPM. Como: a) dano no equipamento,
informar no máximo, até 24 horas após conhecimento do fato; b) extravio, furto ou roubo, informar

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TECNOLOGIA DA INFORMAÇÃO E COMUNICAÇÃO – CEFS

imediatamente após conhecimento do fato;


- atentar para as normas de segurança das comunicações, ministrando, periodicamente,
instruções objetivando o adestramento nesta área;
- fiscalizar o fiel cumprimento das normas existentes (Resolução GM Nº 012 de 30 de novembro
1994 - normas reguladoras da formação de prefixos para uso do sistema integrado de
radiocomunicação (BOL. PM Nº 236 de 21 de dezembro de 1998).

Na área de Telefonia:
- Manter lista telefônica atualizada nas seções;
- Fiscalizar e controlar o uso de telefonia celular e fixa na OPM;
- Solicitar reparo em linhas telefônicas ao DGTIC oudiretamente a fornecedora de serviços;
- Controlar cautelas de dispositivos de telefonia.

Conscientização da necessidade da correta


utilização profissional das tecnologias de
telecomunicações e informática.

NORMAS DE DISCIPLINA NA REDE DE RÁDIO – DEVERES DO


OPERADOR EM RELAÇÃO A COMUNICAÇÃO-RADIO E EM RELAÇÃO AO
EQUIPAMENTO-RADIO E UTILIZAÇÃO DOS PREFIXOS.

Você já deve saber que o operador é o Policial Militar que, por sua voz, empresta
expressão e significância às chamadas e à transmissão das mensagens. Por isso mesmo, sobre
ele debruça-se a responsabilidade de sua correta condução e a estrita obediência aos seus
princípios básicos, esta responsabilidade encontra-se bipartida em relação a comunicação-rádio
e em relação ao equipamento-rádio.

OS DEVERES EM RELAÇÃO À COMUNICAÇÃO-RÁDIO SÃO:


1- certificar-se de que a estação está sintonizada no canal adequado ou grupo se tratandode
rádio digital;
2- pensar no que vai falar ou efetuar a leitura prévia da mensagem a ser ditada, antes de iniciar
a comunicação-rádio;
3- usar linguagem limpa e clara, sempre em tom moderado e cadenciado; especialmente,
quando houver necessidade de registro escrito por parte de quem irá receber a mensagem;
mormente, no caso de operadores de estações móveis;
4- manter-se no local onde se encontrar o equipamento-rádio, atento às chamadas e aos

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TECNOLOGIA DA INFORMAÇÃO E COMUNICAÇÃO – CEFS

acontecimentos na rede;
5- atender, prontamente, às chamadas dirigidas ao prefixo da estação que estiver operando;
6- evitar o desperdício de tempo na transmissão de mensagens, especialmente com aquelas
demasiada e desnecessariamente longas;
7- zelar pela ética:
7.1- não transmitindo a pessoas estranhas ao serviço informações que obtiver emdecorrência da
função de operador;
7.2- não utilizar-se do meio para outro fim não autorizado, como o extravasamento de
insatisfações de quaisquer natureza, jocosidades, obscenidades, incitamentos, etc... ;
7.3- buscar constantemente aperfeiçoar seus conhecimentos gerais em relação a operação do
equipamento;
7.4- empregar corretamente os meios auxiliares da transmissão de mensagens;
7.5- não utilizar o equipamento-rádio para transmitir mensagens de caráter particular.
8- observar as técnicas operacionais de:
8.1- aguardar que a rede esteja livre, para iniciar uma transmissão; salvo nos casos de imperiosa
necessidade, em que haja, principalmente, perigo atual ou iminente à segurança de pessoas;
devendo, nesse caso, haver um pedido de “prioridade”;
8.2- no caso de mensagens, necessariamente longas, transmiti-las em trechos, intercalados por
um “QSL”, do Código “Q” ( “entendido ?”);
8.3-falar ao microfone do equipamento, a uma distância aproximada entre 05 e 10 centímetros,
durante a comunicação-rádio;
8.4- realizar teste de funcionamento do equipamento com a estação principal da rede, sempre
que assumir o seu controle e quando observar que a rede emudeceu-se por períodos
demasiadamente longos e/ou anormais;
8.5-manter a estação sintonizada no canal de operação próprio ou grupo se tratando de rádio
digital; e
8.6-enunciar a palavra “câmbio”, sempre que terminar uma locução e desejar ceder a vez da
fala ao seu interlocutor; ou, simplesmente, terminar a transmissão de umamensagem.

DOS DEVERES EM RELAÇÃO AO EQUIPAMENTO-RÁDIO

1- zelar por sua integridade, protegendo-o contra os elementos que possam lhe causar dano,
como umidade, calor e poeira excessiva, queda; e, ainda, das tentativas não autorizadas de
repará-lo;
2- conhecer e aprimorar seus conhecimentos em relação ao correto manuseio de seus controles;
bem como ao seu emprego adequado e pleno;
3- comunicar, imediatamente, a quem de direito, a cerca das panes que detectar no
equipamento-rádio e/ou no sistema e, ainda, sobre as interferências percebidas.
4- Não utilizar outro meio para falar com os seus prefixos, que não seja o equipamento rádio da
rede SIRCE, salvo determinação do chefe do centro ou oficial responsável pela SOp em caso de

29
TECNOLOGIA DA INFORMAÇÃO E COMUNICAÇÃO – CEFS

inoperância da rede, fato este, caso ocorra, deve ser registrado em documentação própria.
5- Não efetuar qualquer tipo de reparo no equipamento rádio, salvo com autorização do DGTIC.
OBS.: O não cumprimento dos deveres por parte do Operador será considerado transgressão
de disciplina GRAVE.
A mensagem na radiocomunicação compreende basicamente em conhecimento através
de comunicação por voz, para que este seja eficiente há necessidade de atendimento de três
princípios básicos, Clareza ou da Transparência,
Precisão ou da Objetividade, Concisão ou da
Economicidade.
a) Clareza ou da Transparência: por este princípio
entende-se que o texto da mensagemdeve ser de
fácil entendimento para aquele que a irá receber,
sendo dispensáveis as demonstrações de
eruditismo, de conhecimento da língua falada ou
da matériatratada, demonstrados pelo emprego de
palavras ou expressões pouco usuais ou complicadas;
b) Precisão ou da Objetividade: por este princípio o assunto deve ser abordado de maneira
direta, sem rodeios ou desnecessárias introduções ou prefácios; e
c) Concisão ou economicidade: por este princípio entende-se que a mensagem deva sermais
curta possível sem o comprometimento de sua Clareza, qualquer palavra mesmo que
padronizada que não acrescente conteúdo a mensagem deve ser abolida, bem como vícios de
repetição, tais como: “positivo, positivo...”, “ em colaboração...”, “nobre companheiro...” e ainda
palavras de agradecimento, de despedida, felicitações etc.
A fim de atender aos princípios básicos da transmissão de mensagens o operador
dispões de Meios Auxiliares para a língua falada usualmente otimizando desta forma as
mensagens: Palavras e Expressões Convencionais; O Alfabeto Fonético Internacional; Os
Algarismos Fonéticos; e O Código “Q”.

IMPORTANTE: Nos casos de baixa da viatura com rádio ou, transporte, remanejamento e
manutenção de equipamentos em empresas privadas, deve-se observar as normas e
publicações expedidas pelo DGTIC e/ou orientações do oficial de comunicações da UOP.

O extravio do equipamento de comunicações deverá ser apurado através de Inquérito


Policial Militar, pois, trata-se de Material Bélico. E, danos causados ao equipamento de
Comunicações, deverão ser abertos Inquérito Técnico.
PREFIXOS
– Classificação dos prefixos; Para os fins de norma e efeitos meramente didáticos,é que os
prefixos são classificados como adiante.
a) Quanto a sua titularidade, em: institucionais e funcionais.
b) Quanto ao caráter de sua duração, em: permanentes e temporários.

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TECNOLOGIA DA INFORMAÇÃO E COMUNICAÇÃO – CEFS

Na verdade, tanto os prefixos institucionais, quanto os funcionais, poderão configurar-se


como permanentes ou como temporários. Assim é que, a segunda classificação insere- se,
obrigatoriamente, dentro dos pressupostos válidos para a primeira.
Desse modo, os prefixos institucionais e os prefixos funcionais serão sempre
permanentes ou temporários, conforme sejam os propósitos relativos a sua temporalidade.
– Prefixos institucionais : São assim denominados aqueles prefixos formados para facilitar a
identificação de entes envolvidos com a destinação institucional do órgão considerado; e não
classificados como “funcionais”. Como exposto, poderão eles ter caráter permanente ou
temporário.
Exemplos típicos de prefixos institucionais-permanentes são aqueles atribuídos aos
Centros de Operações, às Delegacias Policiais, aos Batalhões, aos Grupamentos, às viaturas
operacionais, etc ...
Em relação aos institucionais-temporários, podem ser citados aqueles prefixos criados
para indicar estações que executem serviços de natureza eventual e transitória; como os que
ocorrem por ocasião dos festejos carnavalescos, da “passagem de ano” e outros.
– Prefixos funcionais : São deste modo classificados aqueles prefixos formados para identificar
os dirigentes de diversos níveis de órgãos-usuários do Sistema Integradode Radiocomunicação
em função, exclusivamente, dos cargos ou funções exercidas. Por essa razão,
independentemente da estação utilizada por esses Titulares, tais prefixos devem ser-lhes de
enunciação privativa.
Os prefixos funcionais, assim como os institucionais, também, poderão constituir-se
como permanentes ou temporários.
Exemplos desse tipo são os prefixos que podem ser atribuídos aos Comandantes,
Chefes ou Diretores de Organizações Militares e demais Titulares de repartições.
Princípios básicos: A formação de prefixos, sejam eles temporários ou permanentes, deve
calcar-se nos seguintes princípios básicos: unicidade, concisão, sonoridade, adequabilidade e
impessoalidade.
Prefixos permanentes: Na Polícia Militar encontravam-se em uso nas suas redes e/ou a ela
reservadas as estruturas básicas de prefixos adiante indicadas; as quais, doravante passarão a
ser-lhe exclusivas, independentemente do fato de que elas possam estar incluídas em quaisquer
dos “Universos Próprios de Palavras” de cada órgão.
São as seguintes: “Maré” (Centros e Salas de Operações), “Posto” (posto de
policiamento rodoviário), ambas referentes a estações fixas; e, “RP” (rádio-patrulha), “APTran”
(auto-patrulha de trânsito), “MPTran” (moto-patrulha de trânsito), “PATAMO” (patrulhamento
tático motorizado), “PAMESP” (patrulhamento móvel especial), “Autochoque” (viatura de
condução de tropa de choque), “PR” (patrulha rodoviária), “VTR” (demais viaturas não
operacionais)”, referentes a estações móveis.
Outras podem ser-lhe reservadas, como: “Cia”, “DPO”, “Pel”, “Cabina”, “PPC”; e, mais
ainda, como “marfim” e “mike”; estas duas últimas, que poderiam assim atender-lhe:

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TECNOLOGIA DA INFORMAÇÃO E COMUNICAÇÃO – CEFS

REDE MARFIM

Usuário
Classificação Estrutura Complemento
Básica Segmento
Administrativo Cargo/Função

Zero Comandante
Comando Geral, Geral
Uno Chefia do Estado-
Funcional Marfim Chefe do EM
Dois Maior, Comandos, Diretor
Coordenadorias e Coordenador
Diretorias
Três Chefe

OBSERVAÇÃO:
- Os prefixos dos cargos ou funções subordinadas, aproveitariam a estrutura básica e o complemento dos respectivos
superiores hierárquicos, acrescentando-lhes um “suplemento” numérico.

REDE MIKE

Usuário
Classificação do Estrutura Complemento
Prefixo Básica Segmento
Administrativo Cargo/Função

Uno Comando das Cmt do 1º BPM


Cmt do -- BPM MIKE
Unidades
Dois Cmt do 2º BPM
Operacionais
Três Cmt do 3º BPM
OBSERVAÇÕES:
- A estrutura básica MIKE utiliza-se de complementos numéricos, conforme relação confeccionada pelo CETIC.
- Os cargos e funções subordinadas, aproveitariam a nomenclatura básica e o complemento dos respectivos
superiores hierárquicos, acrescentando-lhes um “suplemento” alfanumérico correspondente a combinação da letra
“P” com um algarismo; Ex: o Cmt do 5º BPM e seus subordinados imediatos.

Segmento Prefixo do comandante Subordinados


administrativo Estrutura básica Complemento Suplemento Cargo/função
P-Zero SubCmt 5º BPM
P-Uno Chefe da P/1
Cmt 5º BPM CINCO
MIKE P-Dois Chefe da P/2
P-Três Chefe da P/3
P-Quatro Chefe da P/4
P-Cinco Chefe da P/5
OBSERVAÇÃO:
- A enunciação dos prefixos dos subordinados far-se-ía pronuciando-se o “mike cinco” maiso nome da letra “p” (pê)
seguido do algarismo correspondente, assim: “mike cinco pê zero”,para o SCmt do 1º BPM; “mike cinco pê uno”,
para o Chefe da P/1 do 1º BPM; ”mike cincopê dois”, para o Chefe da P/2 do 1º BPM; “mike cinco pê três”, para o
Chefe da P/3 do 1º BPM; “mike quatro pê quatro”, para o Chefe da P/4 do 1º BPM.

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TECNOLOGIA DA INFORMAÇÃO E COMUNICAÇÃO – CEFS

Em relação aos prefixos “Cia” (Companhia), “DPO” (Destacamento de Policiamento


Ostensivo), “Pel” (Pelotão), “Cabina” e “PPC” (posto de policiamento); poderiam ser acrescidos
de complementos e/ou suplementos indicativos de seus próprios números, seguidos daquele
correspondente a Unidade a que pertencessem; como, por exemplo:
- “Cia 1-27”, para significar 1ª Companhia do 27º Batalhão de Polícia Militar. Aenunciação
desse prefixo far-se-ía destacando-se os dois conjuntos numéricos, de forma independente,
assim: “Cia uno, vinte e sete”, sem a necessidade de pronunciar-se o traçoque os separa. O
procedimento seria o mesmo em relação aos demais.

TERMOS, SIGLAS E ABREVIATURAS

SIGLAS, ABREVIATURAS E SIGNIFICADOS:

PTT - “push to talk” (aperte para falar) Rpt -“repetidor”ERB –“estação rádio base” Rx -
“receptor”; “recepção”
Tx -“transmissor”; “transmissão” VAC - Voltagem de corrente alternadaVDC - Voltagem
de corrente contínua

TERMOS E CONCEITUAÇÕES DE RADIOCOMUNICAÇÃO

Administração de Material - é o conjunto de atividades desenvolvidas de forma coordenada e


integrada objetivam proporcionar a adequada gestão dos bensmateriais colocados à
Canal - é a identificação simplificada de uma faixa de radiofrequência emutilização na rede.
Canal de Comando - é o canal utilizado para a tramitação de documentos e informações
obedecendo a escala hierárquica previamente estabelecida entre os elementos envolvidos;
Canal Técnico - é o canal utilizado para a veiculação de informações técnicas e corporativas,
independente do canal de comando;
Cautela - é o documento que acompanha o(s) radio(s) portátil quando o mesmo é destinado a
OPM destinatária do serviço e do equipamento;
Centro de Operações - é o Segmento centralizador das comunicações-rádio, com a peculiar
incumbência de despachar as ocorrências e coordenar lhes o desenvolvimento, sob a
designação de um mesmo prefixo para diversas estações controladoras de redes. Os Centros,
normalmente, abrigam mais de uma rede.
Conjunto/Equipamento - é a reunião de diversos artigos formando um todo, com finalidade e
características de emprego e utilização bem definidas;
Estação - é o conjunto de equipamentos, incluindo as instalações acessórias, necessário a
assegurar serviços de radiocomunicação.
Estação repetidora - é a estação com a destinação específica de receber e retransmitir,
automaticamente, os sinais de radiofrequência emitidos pelas demais estações de um
determinado canal, aumentando o alcance das comunicações via-rádio.

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TECNOLOGIA DA INFORMAÇÃO E COMUNICAÇÃO – CEFS

Frequência - é o número de ciclos que a onda ou sinal de rádio (senoidal) completa por segundo.
Mede-se através de ciclos por segundo, em hertz (hz): Khz, Mhz, ...
Interferência - é qualquer emissão, irradiação ou indução que obstrua, total ou parcialmente, ou
interrompa repetidamente o serviço de radiocomunicação.
Guia de Remessa - é o documento que acompanha o material quando o mesmo circula entre o
CCI e a OPM destinatária do serviço e do equipamento.
Link - é a ligação via rádio, exclusiva entre uma central de comunicações e sua estação
repetidora; ou, entre estações repetidoras.
Manutenção - é a atividade logística que compreende as ações executadas para manter em
condições de uso o material ou revertê-lo a essa situação;
Manutenção Corretiva - é a destinada à correção de falhas no equipamento ou do seu
desempenho menor que o esperado;
Manutenção Corretiva não Planejada - é aquela que realiza a correção da falha de maneira
aleatória, ou seja, a correção da falha ou desempenho menor que o esperado, após a ocorrência
do fato (não previsível);
Manutenção Corretiva Planejada - é a correção que se faz em função de umacompanhamento
preditivo, ou até pela decisão gerencial de se operar até a falha
Manutenção Preventiva - é a atuação realizada para reduzir ou evitar falhas ou queda de
desempenho, obedecendo a um planejamento baseado em intervalos definidos de tempo;
Manutenção Preditiva - é um conjunto de atividades de acompanhamento das variáveis ou
parâmetros que indicam a performance ou desempenho dos equipamentos, de modo
sistemático, visando definir a necessidade ou não de intervenção
Prefixo - é o conjunto de caracteres atribuídos à estação e/ou ao cargo da estrutura
organizacional ou função, para sua identificação nas comunicações-rádio.
Radiocomunicação - é a telecomunicação realizada por meio de onda radioelétrica.
Rede - é o conjunto de estações reunidas dentro do Sistema de Radiocomunicação, visando
estabelecer uma via de comunicação; através de um ou mais canais.
Reparação - é a colocação do material em condições de uso, mediante substituição ou outra
ação necessária, incluindo soldagem, substituição de componentes e outras, utilizando
ferramentas, equipamentos e pessoal habilitado;
Recuperação - é a recolocação do material julgado inservível, em um padrão tão próximo quanto
possível do estado de novo, na aparência, no funcionamento e na expectativa de vida, após o
que, em princípio, o material retorna à cadeia de suprimento;
Repetidor - é o mesmo que estação repetidora.
Repetidor Cruzado - é o tipo de estação repetidora que tem como característica a retransmissão
dos sinais recebidos de/para todas as estações que operem em um determinado canal. Em caso
de pane da repetidora, toda a rede ficará fora do ar, mesmo estando às estações próximas umas
das outras.

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TECNOLOGIA DA INFORMAÇÃO E COMUNICAÇÃO – CEFS

Repetidor Paralelo - é o tipo de estação repetidora que tem como característica a retransmissão,
automática, dos sinais recebidos da central para as demais estações do canal e vice-versa. Em
outras palavras, só haverá retransmissão em relação a central;
e, entre as demais estações, a comunicação será do tipo ponto-
a-ponto.
Sistema de Radiocomunicação - é o conjunto das redes e seus
equipamentos dentro de uma organização.
Sistema Integrado de Radiocomunicação - é o conjunto das
redes de radiocomunicações, integrado por compatibilidade.
Transceptor é o engenho eletrônico composto de um
transmissor e um receptor de ondas de radiofrequência (TxRx).

TERMOS E CONCEITUAÇÕES DE TECNOLOGIA DA INFORMAÇÃO

Aplicativos - são programas desenvolvidos para atender a necessidades e requisitos


específicos do usuário.
Browser (visualizador): é um aplicativo que possibilita o acesso a qualquer serviço ou recurso
disponível na Internet.
Chat: forma de comunicação através de rede de computadores (geralmente a Internet) similar a
uma conversação, na qual se trocam, em tempo real, mensagens escritas, bate papo on line,
bate papo virtual.
Criptografia: conjunto de técnicas que permitem criptografar informações (como mensagens
escritas, dados armazenados ou transmitidos por computador, etc.).
Download: O processo de se transferir uma cópia de um arquivo em um computador remoto para
outro computador através da rede; o arquivo recebido é gravado em disco no computador local.
O computador de onde os dados são copiados é subentendido como "maior" ou "superior"
segundo algum critério hierárquico, enquanto o computador para o qual os dados são copiados
é subentendido "menor" ou "inferior" na hierarquia. O sentido literal é, portanto "puxar para baixo".
Domínio: seu nome corresponde à localização (um endereço) de uma entidade na Internet. Por
exemplo, o nome de domínio www.pmerj.rj.gov.br localiza o endereço Internet da entidade Polícia
Militar; a parte "rj" representa que é do Estado do Rio de Janeiro a parte "gov" do nome do
domínio reflete o propósito (governamental) daentidade e a parte "br" o país em que se situa a
mesma.
E-mail: correio eletrônico.
Frame: também conhecidas como molduras, os frames (ou quadros) permitem a divisão da área
de visualização dos navegadores em diversas partes diferentes. Em cada uma dessas áreas
será possível exibir uma página em linguagem de programação diferente.
Freeware: programa disponível publicamente, segundo condições estabelecidas pelos autores,
sem custo de licenciamento para uso. Em geral, o software é utilizável sem custos para fins
estritamente educacionais, e não tem garantia de manutenção ou atualização. Um dos grandes
trunfos da Internet é a quantidade praticamente inesgotável de domínio público, com excelente

35
TECNOLOGIA DA INFORMAÇÃO E COMUNICAÇÃO – CEFS

qualidade, que circula pela rede gratuita.


Firewall: é uma solução de hardware e software destinada a proteger redes e equipamentos
conectados à Internet, por meio do controle de tráfego de pacotes que chegam e deixam essas
redes.
Hardware: unidades físicas: circuitos integrados, discos e mecanismos que compõem um
computador e seus periféricos
Hacker: indivíduo hábil em enganar os mecanismos de segurança de sistemas de computação
e conseguir acesso não autorizado aos recursos destes, geralmente a partir de uma conexão
remota em uma rede de computadores; violador de umsistema de computação de redes
Homepage: Página inicial de um site da Web. Referenciado por um endereço eletrônico ou
hiperlinks. É a página de apresentação da empresa ou Instituição. Escrita em HTML, pode conter
textos, imagens, sons, ponteiros ou links para outras páginas ou outros servidores da Internet,
etc.
Hospedagem: refere-se ao servidor Web que hospeda pagina inicial.
Intranet: é uma rede de computadores interna de uma organização, que provê serviços e
recursos da Internet.
Layout: plano ou desenho global de um documento. Na programação, a ordem e a sequência
da entrada e da saída. No projeto de computadores, a disposição decircuitos e outros
componentes do sistema.
Link ou Hiperlinks: conexão, ou seja, elementos físicos e lógicos que interligam os
computadores da rede. São ponteiros ou palavras chaves destacadas em um texto, que quando
"clicadas" nos levam para o assunto desejado, mesmo que esteja em outro arquivo ou servidor.
News group: Grupo de Notícias. Como se dividem os grupos de discussão, segundo sua área
de interesse.
Protocolo: conjunto de regras que regula a interação entre dois ou mais participantes de uma
comunicação.
Servidor: é uma estação que provê facilidades para outras estações de dados, tais como,
servidor de arquivos, servidor de impressão, servidor de correio eletrônico, servidor Web, etc.
Servidor Web: é um tipo de servidor que provê facilidades para hospedagem e acesso às páginas
eletrônicas.
Sistema Operacional: programa que permite controlar o acesso aos recursos de um sistema
computacional, buscando assegurar aos usuários a realização de todas as funções básicas e
essenciais daquele sistema.
Site: coleção de arquivos interrelacionados que inclui um arquivo inicial chamado homepage
(página eletrônica); uma organização ou indivíduo informa a respeito de como acessar seu site
fornecendo o endereço de sua homepage.
Software: qualquer programa ou grupo de rotinas que instruem o hardware sobre a maneira
como ele deve executar uma tarefa, inclui-se nesta definição, sistemas operacionais,
processadores de texto, programas de aplicativos etc.
Subdomínio: é uma subdivisão de um domínio, também conhecida como domíniode segundo

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TECNOLOGIA DA INFORMAÇÃO E COMUNICAÇÃO – CEFS

nível; podem existir também níveis de subdomínios; um nome de subdomínio é mapeado em um


endereço eletrônico, do qual constitui, assim, uma versão legível.
Web: recurso ou serviço oferecido na Internet (Rede Mundial de Computadores) e que consiste
em um sistema distribuído de acesso a informações, as quais sãoapresentadas na forma de
hipertexto, com elos entre documentos e outros objetos (menus, índices), localizados em pontos
diversos da rede.
Webmaster: Profissional que administra um website. São suas atribuições a criação e
atualização das páginas, supervisão dos programas e equipamentos, respostas às mensagens
de correio eletrônico dos usuários, etc.
Sistema Eletrônico de Informações – SEI: O SEI integra o Processo Eletrônico Nacional
(PEN), uma iniciativa conjunta de órgãos e entidades de diversas esferas da administração
pública, com o intuito de construir uma infraestrutura pública de processos e documentos
administrativos eletrônico.

PROCEDIMENTOS ADMINISTRATIVOS PARA ACAUTELAMENTO


(TERMINAIS PORTÁTEIS), INSTALAÇÃO E REPARO DE TERMINAIS DE
TELECOMUNICAÇÕES NA PMERJ

INSTALAÇÃO E REPARO DE TERMINAIS DE TELECOMUNICAÇÕES NA PMERJ

Manutenção de 1º escalão - Compreende as ações realizadas pelos auxiliares do oficial de


telemática da OPM e/ou pelo DGTIC, com os
meios orgânicos disponíveis, visando a
manter o material em condições de
apresentação e funcionamento. Engloba
tarefas mais simples das atividades de
manutenção preventiva e corretiva, com
ênfase nas ações de conservação do
equipamento, podendo realizar reparações
de falhas de baixa complexidade. Exemplo:
limpeza e conservação do equipamento e seus acessórios, instalação e substituição do
equipamento defeituoso, substituição de fusível (por outro de mesmo valor), substituição e/ou
reparo de acessórios (microfone, caixas acústicas, conectores e antenas).

Manutenção de 2º escalão - Compreende as ações realizadas pelas técnicas Avançadas da


DGTIC, ultrapassando a capacidade dos meios orgânicos da OPM responsável pelo material.
Engloba tarefas das atividades de manutenção preventiva e corretiva, com ênfase na reparação
dos terminais (móveis e fixos) que apresentem ou estejam por apresentar falhas de média
complexidade.

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TECNOLOGIA DA INFORMAÇÃO E COMUNICAÇÃO – CEFS

Manutenção de 3º escalão - Compreende as ações realizadas pelo Corpo Técnico da DGTIC,


operando em instalações fixas, próprias ou mobilizadas. Englobam algumas das tarefas da
atividade de manutenção corretiva, com ênfase na reparação da infraestrutura e terminais
(móveis, fixos e portáteis) utilizados pela PMERJ, que apresentem ou estejam por apresentar
falhas de alta complexidade.
Manutenção de 4º escalão - Compreende as ações realizadas pelo Corpo técnico especializado
da DGTIC e/ou por empresas contratadas especializadas. Engloba as tarefas da atividade de
manutenção modificadora, com ênfase na recuperação do terminal ou da infraestrutura do
sistema. Envolve projetos específicos de engenharia e aplicação de recursos financeiros.

Qualquer escalão de manutenção deve ser capaz de executar as operações de


manutenção atribuídas ao escalão anterior.
A Técnica I - setor de manutenção de radiocomunicações do CETIC encarregada da
manutenção de 1º, 2º escalão e 3º e 4º escalão quando e se houver pessoal e recursos técnico
disponível para atendimento dos terminais, salas de comunicações, salas de operação,
centros de operação e infraestrutura de repetição, de todos os CPAs da PMERJ;
Técnicas avançadas- são as unidades da DGTIC encarregada, no âmbito de um CPA,
da manutenção de 1º e 2º escalão dos terminais de radiocomunicações, telefonia e seus
acessórios;
A cadeia de Manutenção de radiocomunicações na PMERJ é composta pela OPM
solicitante, DGTIC, técnicas do DGTIC, empresa contratada, se houver;
A cadeia de suprimento de peças, componentes e ferramental para manutenção das
demandas de radiocomunicações é composta pela OPM Apoiada, Técnica Avançada e/ou
Técnica I.

PROCEDIMENTOS ADMINISTRATIVOS PARA ACAUTELAMENTO (TERMINAIS


PORTÁTEIS)

O acautelamento de terminais portáteis são realizados pelas unidades policiais militares


através de ofício ao CETIC ou email, informando a quantidade desejada, a finalidade e duração
pretendida; tendo que ser feita com antecedência para a DGTIC poder planejar com eficiência e
eficácia e poder suprir toda a demanda das UOPs e equipar os PMs em todos os eventos e
operações em segurança, principalmente com carregadores e baterias operantes. Tendo que
seguir as orientações atualizadas da DGTIC sobre acautelamento de terminais portáteis de rádio
ou telefonia móvel.

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TECNOLOGIA DA INFORMAÇÃO E COMUNICAÇÃO – CEFS

Policial realizando teste no radiocomunicador


www.youtube.com/watch?v=vk-I450vsvg

Policia Militar do estado de São Paulo – ROTA–HD/ operação de risco 29/03/13


completo
www.youtub.one/watch/8FPN95zWhA0/hd-operao-de-risco-290313-
completo.html

CONCEITOS BÁSICOS EMPREGADOS NA


TECNOLOGIA DA INFORMAÇÃO E COMUNICAÇÕES

Você saberia explicar sobre o funcionamento do Centro Integrado de


Comando e Controle e a CAE – Central de Atendimento de Emergência
– 190? E sobre o monitoramento com câmeras fixas (urbanas) e
embarcadas em viaturas? Vamos estudar um pouco sobre estes
assuntos e também verificar os Sistemas institucionais (Sistema
Integrado de Rádio Comunicação Crítica Estadual – SIRCE); visualizar
o Sistema Integrado de Informações importantes na Segurança
Pública.

CENTRO INTEGRADO DE COMANDO E CONTROLE

Inspirado em modelos integrados de segurança adotados em Londres, Nova Iorque,


México e Madri, o CICC abriga diferentes órgãos do estado, município e governo federal, como
Polícia Militar, Polícia Civil, Corpo de Bombeiros, Serviço de Atendimento Móvel de Urgência
(Samu), Polícia Federal, Polícia Rodoviária Federal, Guarda Municipal, Defesa Civil e Companhia
de Engenharia de Tráfego do Rio (Cet-Rio).
O CICC possui alta tecnologia e funcionalidade e possui papel central na segurança
pública em grandes eventos. No prédio, representantes das forças policiais podem acompanhar
o que acontece no estado por um telão de cinco metros de altura por 17 de comprimento, com
98 monitores LED. A sala de acompanhamento de grandes eventos também pode ser utilizada
para gerenciamento de crises.
O prédio de quatro pavimentos abriga os serviços de teleatendimentos da Polícia Militar,
do Serviço de Atendimento Móvel de Urgência (Samu), do Corpo de Bombeiros e da Polícia
Rodoviária Federal (PRF), como também serviços à população 24 horas por dia.

39
TECNOLOGIA DA INFORMAÇÃO E COMUNICAÇÃO – CEFS

O governo do Estado do
RJ reconhece a
importância do papel da
tecnologia da comunicação
para apoio às atividades
dos profissionais da área
de Segurança Pública.
Sendo construído o Centro
Integrado de Comando e
Controle

O decreto nº 44.687 de 26 de março de 2014 alterou o decreto nº 43.621, de 29/05/2012,


da antiga Secretaria de Estado de Segurança – SESEG, hoje SEPM – Secretaria de Estadode
polícia Militar.
Art. 4º - Ficam definidas as competências da Secretaria de Estado de Segurança, naseguinte
forma:
XXX - Compete à (antiga Superintendência de Comando e Controle) e hoje denominada SSCC –
Subsecretaria de Comando e Controle:
a) planejar, implementar, supervisionar e coordenar os protocolos operacionais adotados pelos
órgãos que atuam no Centro Integrado de Comando e Controle - CICC, e otimizar os processos
gerenciais que envolvam atividades operacionais desenvolvidas no CICC;
b) fomentar a integração entre os órgãos da administração pública direta e/ou indireta que
desenvolvam atividades nas instalações do Centro Integrado de Comando e Controle - CICC,
bem como dos serviços de atendimento de emergências dos órgãos de segurança pública e
defesa social nas esferas federal, estadual e municipal;
c) gerenciar e fiscalizar as atividades relacionadas aos sistemas de vídeo monitoramento urbano
e despacho das ocorrências provenientes dos serviços de atendimento de emergências dos
órgãos de segurança pública e defesa social instalados no CICC;
d) implementar, otimizar, gerenciar, coordenar, fiscalizar e controlar as atividades relacionadas
ao sistema de sensores da Secretaria de Estado de Segurança;
e) desempenhar outras atividades que lhe forem delegadas.

Figura 12. Centro Integrado de Comando e Controle

40
TECNOLOGIA DA INFORMAÇÃO E COMUNICAÇÃO – CEFS

CECOPOM – CENTRAL DE ATENDIMENTO DE EMERGÊNCIA – 190, O


MONITORAMENTO COM CÂMERAS FIXAS (URBANAS) E EMBARCADAS
EM VIATURAS

O Call Center -190, localizado no CICC, recebe chamadas de solicitantes e direciona de


acordo com sua natureza para PMERJ, CBERJ e SAMU.
O Call Center -190 possui agilidade no atendimento e encaminhamento das ligações.
Possui 80 PAs (Posto de Atendimento), e são 21 mil ligações atendidas por dia. A SESEG
também agregou o 190 Liga pra você, uma forma de coletar a opinião do usuário.

Figura 13. Call Center 190

41
TECNOLOGIA DA INFORMAÇÃO E COMUNICAÇÃO – CEFS

Figura 14. Processo de Atendimento ao Solicitante

Você já deve imaginar que os atendedores (despachadores) de chamadas de


emergência 190 têm uma atividade de alta intensidade psicológica. São profissionais
selecionados e treinados para esta missão. Os atendedores/despachadores representam a
primeira linha de atendimento de socorro para o cidadão, eles são visto pelos solicitantes
(cidadãos) como sendo a primeira resposta do Estado para a solução de sua emergência. O
atendedor/despachador atua nos primeiros momentos da emergência, estágio em que pode
representar o limiar da vida ou da morte, do solicitante ou de outra pessoa. Os atendedores de
chamadas de emergência trabalham com a polícia, bombeiros ou serviços de despacho de
ambulância. Suas atividades diárias podem variar muito de um dia para outro dependendo de
que tipos de chamadas recebidas.
Os procedimentos que envolvem o relacionamento Estado/cidadão em situações de
emergência, exige que a pessoa investida da responsabilidade de receber a solicitaçãodo
cidadão que telefona para o 190 clamando pelo socorro emergencial do Estado, procedimento,
que a cada dia, está mais complexo, em decorrência do avanço (modernização) das tecnologias
de “Comunicações Críticas” mas a necessidade do trato humano, com competência, ainda é
primordial para diminuir que a carga emocional que normalmente envolve estas situações.
Portanto, e acima de tudo, o atendedor deve ter uma postura responsável ao atender uma
solicitação de efetiva de emergência em todos os níveis. A atenção a coleta de dados é
primordial, pois, embora a maioria dos serviços de emergência tenha computadores que
registram automaticamente o endereço do solicitante, é importante que o atendente/despachador
confirme o endereço pois a chamada pode ser originada de um telefone celular. A principal

42
TECNOLOGIA DA INFORMAÇÃO E COMUNICAÇÃO – CEFS

função do atendente/despachador do 190 é manter a calma diante de qualquer solicitante que


pode estar angustiados e/ou disperso, visando obter o máximo de informação sobre a ocorrência
(do que se trata, qual o evento, se existem vítimas; etc ) para determinar, de forma rápida, qual
o tipo de emergência será enfrentada pelos agentes de segurança pública ou emergências os
respondedores. O processo de atendimento de solicitações de emergências é uma tarefa muito
crítica pois, enquanto o despachador entrevista o solicitante (reunindo todas as informações),
paralelamente, ele deve rapidamente, digitaros dados que serão imediatamente passados para
os respondedores (policia, bombeiros; etc.), para tanto, deve saber todos os códigos de polícia,
práticas e métodos, bem comoo layout geográfico para a área de trabalho. Mantendo-se calmo
e centrado nos fatos informados, enfim, não é uma tarefa muito fácil.

MONITORAMENTO COM CÂMERAS FIXAS (URBANAS) E CORPORAIS NA


FARDA DO POLICIAL

Você sabia que as câmeras captam imagens em alta definição? Os equipamentos


registram as ações dos policiais durante 24 horas por dia. A previsão é que todos os batalhões
do Estado recebam os kits de vídeo monitoramento.
As câmeras acomodadas na farda do
policial na altura do tórax e de forma frontal
gravam até imagens noturnas, além de registrar a
rota e localização precisa dos policiais da
corporação. O Comandante do Batalhão ou o
Comando da Polícia Militar podem assistir às
movimentações em tempo real, além de atender a
requisições administrativas ou judiciais de pedidos das imagens gravadas e armazenadas.
Todo material capturado também é transmitido via wi-fi para um sistema de
armazenamento da corporação, onde fica arquivada atualmente por 90 dias, podendo ser
estendida de acordo com termos de contrato com a empresa privada responsável pelo citado
armazenamento.
Está tentando identificar quais são as melhores antenas de recepção. Para obter melhor
resultado na taxa de transferência de dados, além de testar toda a estrutura de equipamentos
que ficam no batalhão.
As câmeras trazem transparência e servem
também de segurança para o PM. É registrada toda
a atuação dos PMs e utilizar as imagens para
replicar experiências, tanto boas como ruins,
colaborando para as instruções.

43
TECNOLOGIA DA INFORMAÇÃO E COMUNICAÇÃO – CEFS

SISTEMAS INSTITUCIONAIS (SISTEMA INTEGRADO DE RÁDIO


COMUNICAÇÃO CRITICA ESTADUAL - SIRCE)

No ano de 1992 foi implantação do SIRCE/RJ – Analógico - Sistema Integrado de


Radiocomunicação Crítica do Estado – SIRCE / RJ em UHF, integrado com às Policias Civil e
Militar. O SIRCE / RJ é um sistema de radiocomunicação convencional, analógico e avançado.
Mesmo ano que a Telefonia Móvel Celular chega ao Brasil.
No ano de 2007 é implantado o SIRCE/RJ Digital - Sistema Integrado de
Radiocomunicação Crítica Digital
No ano de 2013 a Subsecretaria de Tecnologia, da Secretaria de Estado de Segurança
– SESEG/SSTEC foi autorizada a implantar sítios de retransmissão de sinais de
telecomunicações e instalar equipamentos do Sistema Integrado de Radiocomunicação Crítica,
do Governo do Estado do Rio de Janeiro – SIRCE/RJ, nas unidades da Polícia Militar e da Polícia
Civil do Estado do Rio de Janeiro – PMERJ e PCERJ cujaslocalizações sejam consideradas
estratégicas à implantação e otimização desse sistema.
O Decreto nº 44.687 de 26 de março de 2014 alterou o decreto nº 43.621, de 29/05/2012,
da Secretaria de Estado de Segurança - SESEG:
Art. 4º - Ficam definidas as competências da Secretaria de Estado de Segurança, naseguinte
forma:
XXXII - Compete à Superintendência de Comunicações Críticas:
a) assessorar o Subsecretário nos assuntos pertinentes ao Sistema Integrado de
Radiocomunicação Crítica Estadual - SIRCE, no âmbito do Governo do Estado do Rio de Janeiro;
b) planejar, supervisionar, implementar, propor regulamentação e coordenar as atividades
relacionadas ao Sistema Integrado de Radiocomunicação Crítica Estadual – SIRCE;
c) elaborar estudos, pesquisas e projetos para promover melhorias na gestão e
operacionalização da infraestrutura do Sistema de Radiocomunicação Crítica Estadual - SIRCE;
d) gerenciar e administrar as bases de dados, bem como a utilização de sítios derepetição de
sinais do Estado, vinculados ao SIRCE, no âmbito da Secretaria de Estado de Segurança;
e) desempenhar outras atividades que lhe forem delegadas.

Figura 18. Telefonia

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TECNOLOGIA DA INFORMAÇÃO E COMUNICAÇÃO – CEFS

Funcionamento do 190 no COPOM de SP COPOM São Paulo Oficial 2010


https://www.youtube.com/watch?v=o7tpEsMh_JQ

Funcionamento do Centro de Operações da Polícia de São PauloE190–26 - bloco 3


https://www.youtube.com/watch?v=a9cBjtFYL-E

PRÁTICA

Vamos estudar e ficar preparados para quando necessário manusear e


programar os equipamentos de radiocomunicação?

MANUSEIO E PROGRAMAÇÃO DO EQUIPAMENTO DE


RADIOCOMUNICAÇÃO E OPERAÇÃO PORTÁTIL

MODO BÁSICO DE OPERAÇÃO DO RÁDIO PORTÁTIL–MODELO MONTOROLA MTP 850s

Figura 25. Montorola MTP 850s

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TECNOLOGIA DA INFORMAÇÃO E COMUNICAÇÃO – CEFS

Ligue o radio pressionado o botão MODE até acender o display;


Carga de bateria: Verifique sempre o nível da carga no lado inferior esquerdo do display;
Nível de sinal: Verifique sempre no lado inferior direito do display a informação de nível de
recepção, pois é muito importante para se obter uma boa comunicação;
Seleção de grupo de operação: Pressione o botão MODE, logo em seguida, através das teclas
seta para cima e seta para baixo, selecione a pasta em que está inserido o grupo desejado. Uma
vez localizada a pasta, selecione o grupo através do botão volume. Para confirmar aperte
brevemente a tecla PTT ou espere alguns instantes para confirmação.
Volume de áudio: Gire o botão localizado na parte superior esquerda respectivamente nos
sentidos horário e anti-horário para aumentar e abaixar o volume;
Para desligar: Mantenha pressionado o botão MODE até aparecer a mensagem apagando, no
display.
Chamada de Emergência: Pressione a tecla laranja localizada na parte superior do rádio por
dois segundos aproximadamente para estabelecer a chamada. Uma vez iniciado o processo, o
rádio emitirá uma sinalização sonora de confirmação e entrará automaticamente em modo de
transmissão, independente do pressionamento da tecla “PTT”, por um período de 10 segundos,
quando o operador informará o motivo da emergência. Findados os 10 segundos iniciais, o
transceptor entrará automaticamente nomodo “recepção” por um período de 05 segundos para
que o interlocutor responda a solicitação. Findados os 05 segundos, um novo ciclo de
transmissão (10 segundos) e recepção (05 segundos) será estabelecido para conclusão da
chamada.
Observação: Esta modalidade de chamada é dirigida ao grupo de operação e tem prioridade
máxima, prevalecendo sobre qualquer outra que esteja em andamento. Assim, se no momento
do acionamento da tecla “emergência” existir alguma conversação em andamento, esta será
automaticamente interrompida e todos passarão a ouvir a emergência. Para finalizar a chamada
de emergência a qualquer momento, pressione novamente a tecla emergência por
aproximadamente dois segundos.
Aumento de fonte do display: Pressione por um segundo a tecla “8” para voltar ao normal
repita o procedimento;
Inversão de posição do display: Pressione por um segundo a tecla “5”, para voltar ao normal
repita o procedimento;
Travando o teclado: Pressione por um segundo a tecla (*), somente permanece funcionando o
PTT e a tecla de Emergência para voltar ao normal repita o procedimento;
Habilitação de tons: Acione seta para baixas duas vezes. Aparecerá no display a inscrição “tons
habilitados”. Acione tecla verde para habilitar e vermelha para desabilitar. Para retornar à tela
principal pressione a tecla seta pra cima duas vezes.
Iluminação do display: Acione seta para baixas duas vezes e em seguida seta para direita.
Aparecerá a inscrição “iluminação on”. Acione verde para habilitar e vermelha para desabilitar.
Para retornar à tela principal pressione a tecla seta pra cima duas vezes.
Salvando as configurações: Toda alteração que for feita no equipamento pode ser salva
pressionando por um segundo a tecla ¨6¨.

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TECNOLOGIA DA INFORMAÇÃO E COMUNICAÇÃO – CEFS

SIMULAÇÃO COM A UTILIZAÇÃO DO EQUIPAMENTO DE


RADIOCOMUNICAÇÃO COM A SALA DE OPERAÇÕES E OUTROS POSTOS
DE SERVIÇOS EM OCORRÊNCIAS POLICIAIS

Figura 25. Rádio

Utilização dos meios auxiliares: Dentre os vocabulários utilizados nas comunicações,


destacam-se:
a) o alfabeto fonético internacional; b) as palavras e expressões convencionais; c) o “Código Q”;
d) os algarismos fonéticos.
Verificar todo o equipamento-rádio, isto é, o transceptor e seus acessórios:
a) antena;
b) microfone;
c) fonte de alimentação (equipamento fixo);
d) alto-falante.

Realização de transmissão em teste: Trata-se de uma chamada simples com o objetivo de


saber se o equipamento está realmente funcionando bem. Realiza-se mediante o seguinte
padrão:
Chamada: “(prefixo a chamar)...(prefixo que chama) EM TESTE (ou QRK)”;
Resposta: “(nº. da clareza) BARRA (nº. da intensidade), PARA (prefixo que foi chamado)”.
Simulação de ocorrências policiais determinando: local, hora, delito, características dos
envolvidos, características dos veículos, possível rota de fuga, quantidade de envolvidos,
características das armas, procedimentos básicos, feridos e etc...

Ocorrência policial em SP - Roubo a banco Guarulhos - áudio do COPOM parte 1


https://www.youtube.com/watch?v=v8LYNuqwLRY

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TECNOLOGIA DA INFORMAÇÃO E COMUNICAÇÃO – CEFS

REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS

• Gussow Milton, Eletricidade Básica, 2ª edição, Coleção Schuaum;


• GM/DETEL. Manual do Operador de Radiocomunicação. Resoluçãonº113 de 30 nov 1998;
• GM/DETEL. Normas reguladoras da formação de prefixos para uso nosistema integrado de
radiocomunicação. Resolução nº112 de 30 nov 1998;
• PMERJ. Manual de comunicações – M-10. Aditamento ao Bol PM nº198 de 21 out 1994;
• SESEG. Criação do CETIC. Resolução nº 706 de 15 jul 2013;
• PEREIRA, Maria Cecilia; SANTOS, Antonio Claret; BRITO, Mozar Jose. Tecnologia da
Informação, cultura e poder na policia Militar: uma analise interpretativa. Cadernos EBAPE. BR.
Vol. IV nº 1, mar 2006;
• CETIC - Guia Rápido de Operações com rádio portáteis;
• CETIC – Guia Rápido de uso do Rádio Montorola MTP 850s;
• Relação de prefixos para uso no sistema integrado deradiocomunicação da PMERJ;
• Manual básico de operação de sistemas de transmissão de dados embarcados em viaturas;
• Procedimentos de acesso à endereços eletrônicos de uso administrativo da PMERJ (PROEIS,
BOL.PM, etc.);
• www.manualmerck.net;
• www.rjgov.br/web/imprensa/exibeconteudo?article-id=1608500;
• www.ebape.fgv.br/cadernos.

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