Você está na página 1de 37

1

BRIGADA MILITAR
CADERNO TÉCNICO DE POLICIAMENTO MOTORIZADO

2016
2

ESTADO DO RIO GRANDE DO SUL

SECRETARIA DA SEGURANÇA PÚBLICA

BRIGADA MILITAR

CADERNO TÉCNICO

POLICIAMENTO MOTORIZADO

Porto Alegre, RS, 26 de setembro de 2016.


3

Comandante-Geral da Brigada Militar


Coronel QOEM Alfeu Freitas Moreira

Subcomandante-Geral
Coronel QOEM Andreis Silvio Dal'Lago

Chefe do Estado Maior


Coronel QOEM Júlio César Rocha Lopes

Direitos exclusivos da Brigada Militar

Equipe de Colaboradores
Autores
Maj QOEM Claudiomir Souza de Oliveira
Cap QOEM Heraldo Leandro dos Santos

Revisor
Major QOEM Fábio Behrend Silveira

Formatação
1º Sargento QPM1 Fabiano Amaral Miranda
4

Sumário
1. INTRODUÇÃO 5
2. BASE LEGAL 7
3. CONCEITOS BÁSICOS 7
4. DESDOBRAMENTOS DO POLICIAMENTO MOTORIZADO 9
4.1 PROCESSO DE POLICIAMENTO MOTORIZADO - FASE 1 - ASSUNÇÃO DO SERVIÇO 9
4.2 PROCESSO DE POLICIAMENTO MOTORIZADO - FASE 2 – DURANTE A EXECUÇÃO DO
SERVIÇO 17
4.3 PASSAGEM DE SERVIÇO DO PATRULHAMENTO MOTORIZADO 33
4.4 PATRULHAMENTO MOTORIZADO COM MOTOCICLETAS 34
5. CONCLUSÃO 35
6. REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS 36
5

PROCESSO DE POLICIAMENTO MOTORIZADO

1. INTRODUÇÃO

A Brigada Militar, como instituição responsável pela Polícia Ostensiva no Estado do


Rio Grande do Sul, deve ter seus componentes profissionais com completo conhecimento
de sua missão. Assim, o preparo técnico-profissional decorre da qualificação geral e
específica e se completa com o interesse do indivíduo, além das constantes atualizações
oferecidas pela Corporação através dos programas de educação continuada. Um policial
militar deve estar conectado a tudo que se refere ao serviço de polícia, demonstrando
constante interesse e familiarização quanto às características da sua área de atuação, fator
indispensável ao melhor desempenho operacional. Dessa forma, deve estabelecer contatos
com os integrantes da comunidade, conhecer seus hábitos, costumes e rotinas, de forma a
assegurar o desejável nível de controle policial, para detectar e eliminar as situações de
risco, que alterem ou tenham o potencial de alterar o ambiente de tranquilidade pública.
O policial militar, com postura e atitude, apresenta-se à população através de sua
identificação pelo uniforme, além da ostensividade e identificação da sua viatura, cabendo
primar pela correção de procedimentos no encaminhamento de qualquer ocorrência, o que
influi decisivamente no grau de confiabilidade do público em relação à Corporação,
mantendo assim o grau de autoridade do PM e facilitando o desempenho operacional.
O policiamento ostensivo é exercido, em sua maior intensidade, através do
emprego de frações elementares ou constituídas em uma área geográfica delimitada, e com
o objetivo de realizar observação, reconhecimento ou proteção. Dentro do conjunto de
processos de policiamento ostensivo, como parte do mosaico que corresponde às formas de
atuação policial militar, temos o processo motorizado de policiamento. Tal processo
corresponde ao emprego de policiais militares em áreas urbanas e rurais, tendo como
principais aplicações o patrulhamento e permanência em zonas comerciais, residenciais e
logradouros públicos, além de apoiar os demais processos, face sua mobilidade. Também, o
policiamento nesse processo é utilizado para a cobertura de locais de risco, atuação em
eventos especiais e realização de escoltas e diligências, além da sua maior finalidade que é
o serviço de rádio-patrulha com viatura de quatro ou duas rodas, interligada à central de
operações de uma Unidade.
Atualmente, o processo de patrulhamento motorizado é o mais utilizado para o
cumprimento da missão constitucional da Brigada Militar, levando-se em conta a agilidade
inerente ao meio de transporte, qual seja: a viatura policial. Desta forma, se faz necessário
6

o correto e racional emprego deste importante vetor, desde os atos preparatórios à entrada
de serviço, – o conhecido GALOPE (expressão que exploraremos melhor no
desenvolvimento deste caderno) – até a execução do serviço propriamente dito, otimizando
esse recurso como fator de deslocamento e aliando a isso as corretas e boas técnicas de
execução de patrulha motorizada.
Diante da importância do emprego do patrulhamento motorizado, surge a
necessidade de preservação da viatura policial através de boas práticas a serem adotadas
pelo efetivo, pelo motorista e pelo escalão superior na gestão do recurso material. Atitudes
como realizar a manutenção adequada, cuidar da viatura durante o seu emprego no
policiamento, comunicar os problemas mecânicos e elétricos, manter seu bom estado de
limpeza e conservação, e acompanhar os consertos e trocas de peças (confirmar a
qualidade do serviço prestado e das peças) são fatores determinantes para o
prolongamento da vida útil da frota e para minimizar as possibilidades de acidentes que
podem comprometer a integridade física ou a vida do efetivo, em razão de deficiência
apresentada pelo recurso material.
A patrulha motorizada pode ser empregada em sua fração mínima – que se
considerou ser de 02 (dois) policiais militares – até a execução de ações de patrulhas
táticas, equipes estas compostas geralmente por até 04 (quatro) militares – e, em caráter
excepcional, com mais policiais, sendo esta formatação prevista somente para fins de
trabalhos operacionais especiais, instrução ou deslocamentos administrativos. Além disso,
há o policiamento motorizado com uso de motocicletas, o que será abordado adiante com
maior detalhamento.
As técnicas e táticas aqui contidas – e doravante apresentadas – têm como objetivo
principal dotar o militar de habilidades técnicas essenciais e necessárias para o
desempenho do patrulhamento motorizado e dos diversos tipos de ações decorrentes.
Estas técnicas e táticas foram desenvolvidas por policiais militares, baseadas tanto nas
experiências de vários anos de serviço operacional, como em cursos de especialização
desenvolvidos dentro da Instituição e fora dela, nas Forças Armadas, na Força Nacional de
Segurança Pública e em outras Polícias Militares da Federação, conforme citado nas
referências bibliográficas, contudo, foram adaptadas à realidade do Estado do Rio Grande
do Sul, de forma que possam ser empregadas e executadas, localmente, com segurança e
eficiência. Os procedimentos aqui descritos visam servir de doutrina e fonte de consulta
dentro da Corporação, chancelando o objetivo final da comissão nomeada pelo
Comandante-Geral da Instituição, no entanto, deve-se ter em mente que por melhor que
seja nossa Corporação, sua administração e seus instrutores, o aprendizado é avalizado
pelas competências agregadas em inteligência, cultura, esforço de aprender, dedicação e
idealismo profissional de seus homens. Em síntese: O ser humano é o elemento essencial
da atividade.
7

Assim, este caderno busca a compreensão do processo de policiamento motorizado


nas suas fases: assunção efetiva do policial militar ao serviço; durante a execução do
policiamento motorizado e as ações a serem adotadas após a execução do patrulhamento,
o que compreende ações imediatas e mediatas, de caráter preventivas, corretivas e
operativas.

2. BASE LEGAL

 Constituição da República Federativa do Brasil de1988.


 Constituição do Estado do Rio Grande do Sul (1989).
 Lei nº 4.898, de 09 de dezembro de 1965 (Abuso de Autoridade).
 Lei nº 5.172, de 25 de outubro de 1966 (Código Tributário Nacional).
 Lei nº 8.069, de 13 de julho de 1990 (Estatuto da Criança e do Adolescente).
 Lei nº 9.503, de 23 de setembro de 1997 (Código de Trânsito Brasileiro).
 Código de Conduta para Encarregados da Aplicação da Lei e os Princípios
Básicos sobre o Uso da Força e Armas de Fogo - PBUFAF (ONU, 1990).
 Decreto-Lei nº 2.848, de 07 de dezembro de 1940 (Código Penal Brasileiro).
 Decreto-Lei nº 3.688, de 03 de outubro de 1941 (Lei das Contravenções Penais).
 Decreto-Lei nº 3.689, de 03 de outubro de 1941 (Código de Processo Penal).
 Decreto Estadual nº 47.571, de 17 de novembro de 2010 (DTERS).
 Código de Conduta para os Funcionários Responsáveis pela Aplicação da Lei
(CCEAL). Res. 34/169 – ONU, 1979.
 Portaria nº 009 COTER, de 25 de outubro de 2005. (CI 21-75-1 Patrulhas)

3. CONCEITOS BÁSICOS

 Acompanhamento Policial: Consiste no ato de seguir (acompanhar), à distância,


o veículo sob o qual recaia fundada suspeita ou que se tenha certeza de que o mesmo
esteja envolvido no cometimento de atos atentatórios à legislação em vigor, com provável
variação brusca de direção e velocidade, de modo a manter contato visual com o veículo e
seus ocupantes, visando a sua parada espontânea, bem como a realização de cerco ou
bloqueio a ser montado com base nas informações repassadas pelos policiais que estiverem
realizando o acompanhamento.
8

 Condutor de Viatura Policial: É o militar estadual responsável pela condução

profissional de viatura policial nas vias públicas e que possui a indispensável habilitação para a
condução de veículos de emergência, sendo conhecedor da legislação específica. O condutor de
viatura policial é o encarregado de certificar-se das boas condições de uso e funcionamento do
equipamento, bem como de preencher o diário de bordo e demais documentos de controle
afetos a sua missão.
 Diário de Bordo: documento onde é realizado o registro de todos os dados atinentes

ao veículo, com vistas ao controle de quilometragem, abastecimento, acidentes de trânsito,


manutenções sofridas, e estado geral veicular. O diário de bordo deve permanecer no interior da
viatura.
 Doutrina de Patrulhamento: conjunto de princípios que servem de base para a
realização do patrulhamento motorizado. Sua compreensão é de fundamental importância para
que, na atividade fim, não ocorram riscos desnecessários à vida dos patrulheiros em serviço e à
população em geral, incluindo-se aqui desde criminosos em flagrante ação delituosa até
terceiros não envolvidos no cenário. A doutrina de patrulhamento, quando bem compreendida e
executada, contribui para o aumento da eficiência e eficácia das operações policiais.
 Guarnição Motorizada: é a fração elementar empregada no policiamento por meio

do processo motorizado (em automóvel ou motocicleta), em áreas urbanas ou rurais, que possui
como características principais a mobilidade, a capacidade de abranger áreas mais amplas e a
possibilidade de apoio aos demais processos de policiamento.
 Jornada de Patrulhamento Motorizado: a experiência recomendada para Rádio

Patrulhamento é de que o turno de serviço não seja superior a doze horas. Para que o serviço
tenha maior eficiência é necessário que se observe rigorosamente o binômio “baixa velocidade”
e “atitude expectante”.
 Manutenção Preventiva: é a manutenção veicular realizada de forma periódica e

sistemática, em função do decurso de tempo ou, em se tratando de veículo, de uma determinada


quilometragem atingida. A manutenção preventiva visa substituir uma peça ou um componente
antes do vencimento de seu prazo de validade e, consequentemente, antes do risco de quebra
ou funcionamento ineficiente.
 Manutenção Corretiva: é a manutenção veicular realizada após a ocorrência de uma

pane, destinada a recolocar uma peça ou componente em condições de executar a função a que
se destina.
 Patrulhamento Motorizado: Conjunto de ações adotadas pelo policial militar desde

que assume o turno de serviço de patrulhamento até o encerramento do seu trabalho. É


caracterizado pelo policiamento ostensivo realizado em uma viatura dotada de equipamento de
comunicação (rádio, canal de dados web, etc.), cujo comportamento principal deve estar focado
no binômio: “baixa velocidade” e “atitude de observação expectante”. Constitui-se em uma das
atividades mais importantes realizadas pelo policial militar. Esse tipo de patrulhamento deve
lançar mão de recursos tecnológicos de ponta que, em conjunto com técnicas policiais apuradas,
serão primordiais na execução de qualquer ação policial.
9

 Policiamento tático motorizado: é o patrulhamento motorizado com uso de veículo

de maior robustez, maior capacidade para transporte de pessoal e espaço para equipamentos
de uso tático.
 Patrulhamento urbano motorizado: É o ato de realizar atividade móvel de

fiscalização, reconhecimento, observação e proteção por parte do policial em área edificada com
concentração populacional, utilizando-se do processo de policiamento motorizado, com viatura
de quatro ou duas rodas.
 Policiamento urbano com motocicletas: É o patrulhamento motorizado com uso de

veículos tipo motocicleta, dotados de grande mobilidade e pequena capacidade de carga.


 Rádio Patrulhamento (RP): É o patrulhamento policial executado por meio de

processo motorizado equipado com rádiotrasmissor ou outra tecnologia que possibilite a


comunicação entre as viaturas, bem como a comunicação com a sala de operações, o que
permite seu imediato acionamento e controle.

4. DESDOBRAMENTOS DO POLICIAMENTO MOTORIZADO

4.1 PROCESSO DE POLICIAMENTO MOTORIZADO - FASE 1 -


ASSUNÇÃO DO SERVIÇO

Para a perfeita execução da atividade de policiamento ostensivo motorizado


devem ser observados pontos relevantes, tais como o tipo de operação, quantos ocupantes
do veículo estarão escalados (variável decorrente da disponibilidade de efetivo e do próprio
tipo de operação), o tipo de equipamento e material operacional a ser utilizado para a
atividade - kit barreira, armamento de grande porte, etc. (uma vez que isso se reflete na
quantidade de carga transportada), a necessidade de transporte de presos, e as
características geográficas da área a ser policiada.
Independentemente da função a ser exercida pelo membro da guarnição, todos
devem estar conscientes de que as viaturas utilizadas na corporação podem apresentar
diversas marcas de fabricantes de veículos, sejam para automóveis, camionetes ou
motocicletas, devendo o motorista em especial, e todos em geral, terem a atenção no
momento da condução e uso da viatura. Devem lembrar que sempre que assumirem uma
viatura, antes de iniciar o deslocamento, cabe procurar se ambientar aos comandos, posição
de pilotagem, configuração de marchas e noção de espaço no momento da condução em
vias, assim como, se a viatura possuir compartimento de condução de presos, deve-se
verificar as condições de limpeza, chaves de trancamento, se não há objetos no
compartimento.
10

A intensidade de uso, a atuação em áreas urbanas e rurais e os percursos planos ou


acidentados, pavimentados ou não, interferem na eficiência operacional e vida útil dos veículos
utilizados. Em razão dessas peculiaridades, deve o policial se preocupar com a condução e
manejo de viatura em pisos diversos, principalmente quanto a vias sem condições de
trafegabilidade (buracos, pedras, etc.) que podem gerar danos de toda ordem a viatura, situação
que demanda a adoção de cuidados que visem a preservação do bem público.
Diante dos cuidados indispensáveis à segurança e eficiência, os policiais militares devem
adequar-se às condições de trabalho, o que envolve toda a gama de hábitos saudáveis em
relação ao seu próprio proceder. Assim, ao assumir o serviço, o Policial Militar e/ou a guarnição
deverá estar consciente e atenta para os seguintes:
 Realização do “GALOPE”, ou seja, a obrigatória verificação de itens vitais e prévios à

sua entrada de serviço – GASOLINA (ou o combustível previsto para o veículo a ser operado) –
ÁGUA (líquido de arrefecimento do motor) – LIMPEZA (estado de conservação e limpeza geral
do veículo) – ÓLEO (lubrificante utilizado e previsto para cada tipo de veículo) – PNEUS (estado
de conservação dos quatro pneus instalados para a rodagem, bem como do pneu reserva –
estepe – incluindo a calibragem) – ELETRECIDADE (faróis, indicadores luminosos de mudança
de direção, luzes indicadoras de acionamento de freios, marcha à ré, dispositivos luminosos de
emergência). No caso de alterações de qualquer dos itens acima expostos, estas deverão ser
consignadas em Diário de Bordo próprio e personalizado e no caso do apontamento de
situação que impossibilite a utilização do veículo dentro das previsões citadas e em desacordo
com as previsões expressas no Código de Trânsito Brasileiro, a viatura não será empregada,
devendo ser imediatamente encaminhada para os necessários reparos, dentro da maior
brevidade possível.

Foto 01 – Realização do GALOPE – “GASOLINA” (Combustível)

Foto 01 – Para fins didáticos, a foto acima e as demais fotos seguirão a seqüência imposta pela sigla “GALOPE” – GASOLINA
(combustível), ÁGUA (líquido de arrefecimento), LIMPEZA, ÓLEO, PNEUS e ELETRICIDADE. Na ilustração acima, destaca-se a
importância de que o motorista certifique-se exatamente qual o combustível utilizado para a viatura que irá dirigir. Não
raras vezes, em especial no caso de caminhonetes e pick ups os abastecedores dos postos credenciados realizam o
abastecimento com óleo diesel em motores movidos a gasolina e vice-versa.
11

Foto 02 – Realização do GALOPE – “GASOLINA” (Combustível)

Foto 02 – Após certificar-se qual o combustível correto a ser abastecido na viatura, o motorista verifica a quantidade de
combustível existente no tanque, girando a chave do contato para a posição “on” e realizando a leitura. Esse procedimento
é tão essencial quanto os demais para o início da operação da viatura, tendo em vista as possíveis situações de consumo de
combustível a qual o equipamento será submetido durante a execução do serviço.

Foto 03 – Realização do GALOPE – “ÁGUA” (Líquido de Arrefecimento)

Foto 03 – Antes de realizar o acionamento do motor, o motorista verifica o nível do líquido de arrefecimento, especificado
conforme o fabricante. Em caso de alterações de nível, (podendo este ser mais baixo ou mais alto que o previsto), o
motorista deverá realizar o completamento ou o esvaziamento, conforme o caso. Em caso de dúvida, deverá ser consultado
o manual do proprietário, onde constam os níveis e o líquido adequado a ser empregado.

Foto 04 – Realização do GALOPE – “LIMPEZA”

Foto 04 – Verifica-se as condições gerais de limpeza externa e interna da viatura. Para fins de convenção, em regra a
guarnição que sai de serviço deverá, sempre que possível, entregar a viatura limpa para o emprego no turno seguinte. Um
equipamento sujo e mal cuidado reflete não somente uma imagem de desleixo do seu próprio operador, mas também da
própria imagem da Brigada Militar.
12

Foto 05 – Realização do GALOPE – “ÓLEO LUBRIFICANTE”

Foto 05 – Antes de realizar o acionamento do motor, o motorista verifica o nível do óleo lubrificante do motor, especificado
conforme o fabricante e de acordo com as marcações constantes na vareta, geralmente identificada por uma alça de cor
amarela. Em caso de alterações de nível, podendo este ser mais baixo ou mais alto que o previsto, o motorista deverá
realizar o completamento ou o esvaziamento, conforme o caso. Em caso de dúvida, deverá ser consultado o manual do
proprietário, onde constam os níveis e o tipo de óleo adequado, conforme o caso.

Foto 06 – Realização do GALOPE – “PNEUS”

Foto 06 –, A inspeção dos pneus e seu estado geral de rodagem está diretamente ligada à segurança e à estabilidade do
veículo, em especial quando são executadas manobras evasivas. Pneus desgastados, com a banda de rodagem desalinhada
e mal balanceados comprometem diretamente a segurança da guarnição e de terceiros. Sendo um veículo de emergência, é
essencial que os pneus estejam sempre em condições de trafegabilidade. A calibragem correta, dependendo da
configuração em que a viatura será empregada, bem como o número de operadores que ela transportará no turno de
serviço deverá ser observada de acordo com os critérios especificados para cada modelo, conforme o manual do fabricante
do veículo e dos pneus.

Foto 07 – Realização do GALOPE – “PNEUS”

Foto 07 – A correta inspeção deste item implica obrigatoriamente a verificação do pneu reserva (estepe), não esquecendo
também da análise de sua calibragem.
13

Foto 08 – Realização do GALOPE – “ELETRICIDADE”

Foto 08 – As partes elétricas da viatura, incluindo as condições da bateria, têm seu uso iniciado quando o PM executa a
abertura das portas e as luzes internas são acionadas. Para fins de segurança, recomenda-se que este item seja configurado
para o não-acionamento, tendo em vista a exposição dos policiais durante o embarque e desembarque, em especial
durante o período noturno. Visando a preservação da bateria, recomenda-se que esta inspeção seja realizada já com o
motor acionado. No caso da foto acima, o PM iniciará a verificação das condições gerais acionando o botão de comando de
luzes, passando a agir conforme as fotos seguintes.

Foto 09 – Realização do GALOPE – “ELETRICIDADE”

Foto 09 – Com o apoio de um colega, o motorista inicia a checagem das luzes externas pelo acionamento das sinaleiras, e
em seguida dos faróis propriamente ditos, alternando luz baixa e luz alta, de modo fixo e no modo de sinalização da luz alta
(“passing”). Neste momento, também testará os indicadores de mudança de direção dianteiros e o “pisca-alerta” deste
mesmo setor.

Foto 10 – Realização do GALOPE – “ELETRICIDADE”

Foto 10 – Em procedimento similar ao descrito na foto anterior, será realizada a mesma inspeção, agora na parte traseira
da viatura, não esquecendo de acionar o pedal do freio, para que seja checada as luzes de indicação de acionamento deste,
além da luz de engate da marcha à ré.
14

Foto 11 – Realização do GALOPE – “ELETRICIDADE”

Foto 11 – Em se tratando a viatura policial de veículo de emergência, que necessita ser vista e ouvida quando em
deslocamento, não pode o motorista iniciar sua operação sem verificar as condições dos dispositivos sonoros e luminosos
de emergência – sirene e “giroflex”. Essa inspeção, também poderá ser realizada com o auxílio de um colega.

Foto 12 – Realização do GALOPE – “ELETRICIDADE”

Foto 12 – Finalizando o procedimento, o motorista realizará a inspeção da funcionalidade do rádio transceptor VHF,
acionando seu botão “on/off” e escutando a rede-rádio por breves momentos. Essa ação, além de proporcionar a
verificação do correto funcionamento, servirá para verificar se não existe alguma ocorrência de vulto em andamento e que
assim necessite de prioridade de rede. Não se confirmando essa condição, realizará a chamada do PDR – Posto Diretor de
Rede – de forma a verificar como seu sinal está sendo recebido. Também deverá modular os canais, em especial os canais
dos OPM limítrofes com sua área de ação, para fins de solicitação de apoio ou reforço, em caso de necessidade.

FOTOS/FONTE: Brigada Militar – Departamento de Ensino – Academia de


Polícia Militar – Porto Alegre/RS.

 Fazer o uso do colete balístico, o qual é obrigatório toda vez que for sair para o
patrulhamento;
 Fiscalizarem-se mutuamente quanto à postura e compostura no patrulhamento;
 Saberem que, antes do embarque para o patrulhamento, se algum patrulheiro
carregar consigo quantia de dinheiro acima do normal para os eventuais gastos com
alimentação, emergências, etc, deve de imediato comunicar ao Comandante da guarnição,
bem como junto aos demais companheiros de serviço, para se evitar qualquer suspeita
havendo ocorrência envolvendo numerário;
15

 Evitar brincadeiras físicas ou de outras formas que possam gerar conflito entre os
componentes da guarnição, bem como gargalhadas desmedidas quando entrar em
patrulhamento;
 Ter consciência de falar sempre em tom de voz adequado a cada situação
apresentada;
 Observar que jamais jogar lixo ou objetos pela janela da viatura;
 Evitar gestos obscenos ou usar palavras de baixo nível, que possam ser
observados/ouvidos por alguém fora da viatura;
 Não permanecer desabotoado, com fardamento desalinhado, descoberto ou em
atitudes que denigram a imagem da corporação ou que sejam incompatíveis com o proceder
de um profissional sério e competente;
 Não realizar serviços de interesse particular durante o patrulhamento;
 Saber que a segurança da guarnição somente é relativamente relaxada quando a
viatura estiver estacionada no interior de quartéis, postos policiais militares e/ou similares,
sendo que mesmo assim esta nunca ficará sozinha;
 Em regra, um patrulheiro não deverá ficar sozinho quando em serviço, priorizando
a presença de, no mínimo, 02 (dois) integrantes independente de qual seja a situação;
 Lembrar que a guarnição nunca se desfaz, sempre agindo como unidade.
 Ter em mente que, em ocorrência, toda pessoa que entrar na viatura para ser
conduzida à delegacia de polícia será revistada pelo patrulheiro da própria guarnição que o
conduzirá, mesmo que se tenha notícia de que o conduzido já tenha sido submetido à
revista pessoal por outra guarnição. No caso de encaminhamento de conduzido preso por
outra guarnição, esse procedimento é obrigatório e imprescindível para o prosseguimento
das ações conseguintes;
 Estar consciente de que, ao entrar de serviço, a atenção dos patrulheiros deve
estar toda voltada para suas áreas de atuação e o serviço policial;
 Observar que, em regra, durante o patrulhamento as janelas da viatura estarão
sempre abertas para permitir melhor visualização e agilidade. Em caso de chuva a
guarnição pode procurar um local coberto (um posto de combustível, por exemplo) para
estacionar a viatura, desembarcando da mesma, em local visível ao público;
 Deverão ser evitadas olhadelas indiscretas para mulheres (paquera) durante o
patrulhamento;
 Estar ciente e anotar todas as ocorrências, informações e alertas repassados via
rede de rádio, telefonia ou qualquer outro meio de comunicação disponível, sobre veículos
(suspeitos, roubados, furtados), pessoas (desaparecidas, procuradas, suspeitas) e etc., o
que confere maior eficiência e segurança no serviço policial;
 Saber que deverão desembarcar da viatura nas ocorrências e ao atender as
pessoas que necessitam de apoio;
16

 Evitar permanecer com o rosto voltado para dentro da viatura, mesmo que seja
para conversar com um integrante da guarnição, a fim de estar observando constantemente
o que ocorre no entorno;
 Interagir com as partes solicitantes somente durante o tempo necessário ao
atendimento da ocorrência, à prestação das devidas informações/orientações, à colheita de
informes e etc., a fim de poder retornar o mais rapidamente possível ao patrulhamento.
 Manter todas as armas em posição de segurança dentro da viatura;
 Jamais aceitar qualquer tipo de retribuição material ou pecuniária ofertada em
razão do exercício da função policial;
 Ter consciência de que não deve fumar ou fazer uso de bebidas alcoólicas no
interior da viatura;
 Apoiar os servidores militares de outras modalidades de patrulhamento que
estejam necessitando de apoio;
 Estar sempre ciente de qual o local exato em que está atuando (observar placas
de endereçamento, bem como placas comerciais que sirvam de referência);
 Alertar toda a guarnição quando qualquer patrulheiro observar algo de anormal
em sua zona de atuação;
 Saber que a guarnição atrai a atenção do público, por isso os patrulheiros devem
agir com cordialidade, transmitindo imagem de seriedade e profissionalismo;
 Quando for fazer um lanche ou uma refeição, nunca permanecer com as costas
voltadas para a entrada do estabelecimento comercial e estar sempre atento com a própria
segurança e da guarnição. Nesse caso, deve-se fazer revezamento, 01 ou 02 policiais
realizarão a pausa por vez, conforme quantitativo de ocupantes da viatura, devendo, em
qualquer hipótese, 01 policial realizar a segurança da guarnição;
 Sempre deixar o material bélico em condições de pronto emprego;
 Todos da guarnição devem estar plenamente aptos a manusear qualquer
equipamento ou armamento que esteja disponível à equipe;
 Ter consciência de que não deve utilizar armamento ou equipamento para o qual
não possui instrução;
 Devem as guarnições estar preparadas para atender todos os tipos de
ocorrências, principalmente as de maior gravidade e complexidade, observando-se as
previsões doutrinárias, de modo a adotar os devidos procedimentos, em especial para
àquelas ocorrências caracterizadas como de crise;
 A utilização do telefone celular por qualquer componente da guarnição quando em
patrulhamento será feita de forma moderada e rápida. Em abordagens de alto risco o celular
não deverá ser utilizado, a não ser em caso de solicitação de um apoio de emergência;
17

 A velocidade do patrulhamento deverá ser compreendida entre 20 km/h e 40 km/h


no máximo – Binômio “Baixa Velocidade que proporciona as condições para se manter uma
Atitude Expectante”.

4.2 PROCESSO DE POLICIAMENTO MOTORIZADO - FASE 2 – DURANTE


A EXECUÇÃO DO SERVIÇO

As guarnições de patrulhamento motorizado serão compostas por 02 (dois) ou 03


(três) policiais militares, comandadas pelo mais antigo. A constituição de guarnições de
patrulhamento com número maior (a partir de 4 PPMM), implica em uma mudança do
referencial de polícia preventiva para o de polícia repressiva, e devem atuar em situações
específicas e de caráter transitório, como em áreas vulneráveis à criminalidade, onde há a
necessidade de sua redução imediata e manutenção do nível de segurança pública ou em
operações especiais. Essas patrulhas serão denominadas “Patrulhas Táticas” e sua atuação
será tratada em caderno técnico específico.
O emprego de patrulhas motorizadas com apenas 01 (um) policial militar deverá
levar em conta as condições de segurança do policial, não sendo recomendável o emprego
em locais isolados, à noite e nem para o atendimento de ocorrência. Patrulhas individuais
serão admitidas, no entanto, em estratégias de polícia ostensiva onde esteja sendo
priorizada a visibilidade policial, assunto este que também deverá ser tema de caderno
próprio.
Em qualquer situação, caberá o uso de cartão-programa para pleno aproveitamento
dos recursos humanos, além do racional uso dos veículos.
Caso seja destinado armamento para GU Motorizada, todos os integrantes devem
possuir habilitação técnica para a sua utilização. Normalmente são disponibilizadas as
seguintes armas: Espingarda Calibre .12 ou Carabina - CT 40 (calibre .40).

4.2.1 FUNÇÕES POLICIAIS MILITARES NO PATRULHAMENTO MOTORIZADO

a) FUNÇÕES DO COMANDANTE DE GUARNIÇÃO OU “PRIMEIRO HOMEM”


 Será responsável pelo comando de sua guarnição. A atividade de comando envolve o

controle de sua guarnição, a fiscalização dos aspectos técnicos e comportamentais, e a


resolução dos problemas das atividades operacionais e administrativas;
 Conferência dos armamentos e munições disponibilizadas para a guarnição, além de

material de isolamento de local (cordas, fitas, cones), luvas descartáveis e documentação


operacional;
 Responsável pela comunicação via rádio. Em ocorrência onde haja confronto armado

e se tenha mais de dois tripulantes, a comunicação ficará a cargo do terceiro homem;


18

 É quem deve se interagir com terceiros por ocasião das abordagens policiais.

 Responsável pela apresentação das ocorrências atendidas ao seu superior imediato e

outras autoridades;
 Fiscalizar toda a documentação de serviço produzida pela guarnição;

 Manter a disciplina da guarnição, nada sendo feito sem o seu conhecimento e

consentimento;
 A área de patrulhamento que cabe à vigilância do Primeiro Homem é o amplo campo

de visão à frente da viatura, a lateral e a retaguarda do lado direito (com uso do espelho
retrovisor da viatura);
 É quem opera o rádio da viatura e efetua o acionamento dos dispositivos luminosos e

sonoros de emergência, quando necessário;


 Nas abordagens, o primeiro homem é o responsável pelas ordens ao abordado, bem

como pela revista pessoal, enquanto o segundo homem fará a sua segurança; Daí a
necessidade de firmeza e educação em suas atitudes com o público.
 Mesmo sendo o primeiro homem o responsável a emanar as ordens dadas aos

suspeitos, não deve ser tolher a iniciativa necessária dos demais componentes da guarnição,
tendo em vista que, a depender da situação que surge, é necessária a verbalização por parte
dos demais membros da guarnição.

b) FUNÇÕES DO POLICIAL MILITAR MOTORISTA OU “SEGUNDO HOMEM”


 É o responsável pela condução da viatura, de forma que independente das ordens

emanadas pelo Comandante de Guarnição, deve sempre respeitar a legislação de trânsito e as


regras de direção defensiva, de forma a garantir a sua integridade física e de todos os
componentes da equipe;
 Quando em patrulhamento, dirigir em baixa velocidade (20 Km/H até 40 Km/H), pela

pista da direita, mantendo distância de segurança dos demais veículos;


 Não realizar manobras que ocasionem o desgaste desnecessário da viatura;

 Quando parar em semáforo, deixar uma distância do carro da frente que permita uma

manobra rápida de evasão;


 Providencia o abastecimento, manutenção e a limpeza completa da viatura –

“GALOPE”. Ao sair do serviço, deve deixar a viatura limpa e abastecida;


 Cientifica o seu Comandante de Guarnição das alterações apresentadas pela viatura

no início do serviço e, caso a mesma não ofereça segurança, informa de imediato para que seja
feita a troca ou o reparo necessário, bem como a baixa da mesma, se for o caso;
 Providencia o preenchimento do Diário de Bordo da viatura, antes de assumir o

serviço;
 Estará sempre atualizado quanto ao conhecimento do local de atuação (vias

principais, pronto socorro, delegacia policial e pontos referenciais);


 No deslocamento para a ocorrência policial, deve ligar os sinais de emergência e

saber que, mesmo em situação de emergência e possuindo prioridade de trânsito (art. 29, inc.
19

VII, CTB), deve dirigir defensivamente, de modo a evitar acidentes que coloquem em risco a vida
e a integridade física da guarnição e de terceiros.
 Deve reduzir a velocidade da viatura próximo ao local da ocorrência, a fim de

proporcionar à guarnição a melhor visualização do cenário, pois a baixa velocidade propicia a


detecção de ameaças ou movimentações anormais que estejam vinculadas a ocorrência policial.
 Responsável pelo armamento e equipamento deixados no interior da viatura quando

dos autos de parada em que a guarnição desembarcar;


 Mormente é o segurança da viatura quando a guarnição desembarca para realizar

qualquer atividade;
 No patrulhamento o seu campo de visão é à frente da viatura, lateral esquerda e

retaguarda através do espelho retrovisor;


 Fica todo o tempo atento ao rádio e, em caso de desembarque da guarnição,

permanece próximo à viatura para também fazer a sua segurança (de forma ostensiva ou
dissimulada, conforme o caso) e para conduzi-la;
 No momento da estabilização da abordagem é salutar que faça uso de arma longa

para aumentar a segurança da guarnição e proteção à retaguarda;


 Durante as abordagens, na segurança da retaguarda da guarnição, afastará curiosos

e transeuntes que se aproximem do local da ação policial, bem como avisará a guarnição em
caso de perigo;
 Deve sempre estar em condições de executar um retorno ágil com a viatura;

 Obedecer aos sinais e regras de trânsito, exceto quando em situação de emergência

e mesmo assim, com todos os cuidados necessários e sinais de advertência acionados, devendo
ter certeza de que sua conduta não causará danos para guarnição e para terceiros;
 A viatura é de sua responsabilidade, contudo, caso a guarnição se distancie ou

precise adentrar em locais de difícil acesso para o veículo, o motorista deve fechar as portas e
janelas, armar-se com arma longa, pegar o rádio portátil e colocar-se em posição estratégica,
onde tenha ampla visão do veículo policial e fique protegido, não admitindo que alguém ninguém
se aproxime da viatura ou de si próprio para não ser surpreendido;
 Utilizar o giroflex (luzes intermitentes vermelhas) da viatura conforme orientação do

Comando.

c) FUNÇÕES DO POLICIAL MILITAR SEGURANÇA/ANOTADOR – “TERCEIRO


HOMEM”
Tratando-se de guarnição composta por três policiais, a execução das funções abaixo
elencadas são de responsabilidade do terceiro homem. No entanto, se a guarnição for composta
por dois policiais, as funções a seguir podem, dentro da possibilidade, ser acumuladas pelo
motorista (segundo homem).
 Policial que ocupará o banco traseiro da viatura, sentado-se, obrigatoriamente, atrás

do banco do motorista;
20

 Providencia toda a escrituração básica de patrulhamento, devendo apresentá-la ao

Comandante da Guarnição sempre que for determinado, e no término do turno de trabalho, para
confecção do relatório de serviço;
 Responsável pela localização de logradouros no guia da cidade e a consequente

indicação do itinerário e locais de patrulhamento, em caso de necessidade;


 Anota todos os dados necessários de ocorrências atendidas (local, horário, número de

documentos, apoios recebidos, vítimas, demais participantes, testemunhas, etc.);


 Equipa e desequipa as viaturas da guarnição, sendo o responsável pelo armamento e

equipamento;
 Quando em deslocamento no patrulhamento motorizado, realizar a observação do seu

campo de visão que compreende, prioritariamente, o lado esquerdo e à retaguarda da viatura, a


fim de poder visualizar qualquer acontecimento ou ameaça que demande atuação policial.
 Quando em deslocamento de viatura, deve também preocupar-se com a segurança

do motorista, tendo em vista que este estará com as mãos ocupadas e com a atenção voltada
para o trânsito.
 Ficar atento aos veículos que ultrapassem a viatura.

 Quando do início da realização da abordagem policial, o terceiro homem deve

desembarcar da viatura, permanecendo do lado esquerdo, voltando-se para a retaguarda, a fim


de realizar a segurança da guarnição.

4.2.2 POSICIONAMENTO TÉCNICO DA GUARNIÇÃO NA ABORDAGEM


POLICIAL

O emprego de guarnição no patrulhamento motorizado será feito conforme a quantidade


de policiais que a compõe. Verificaremos nas imagens a seguir o posicionamento previsto para
cada integrante, na situação de abordagem em que existam dois ou três policiais.

Foto 13 – Posicionamento em abordagem – Guarnição formada por 2 Policiais


VISÃO FRONTAL

Foto 13 – No caso de emprego de guarnição motorizada com 2 (dois) Policiais, ambos participam frontalmente e
diretamente da abordagem, tendo em vista a ampliação da possibilidade do uso da força letal contra eventual resposta
21

armada à abordagem. Destaca-se que nessa modalidade não existe condição de se estabelecer segurança à retaguarda,
voltando-se totalmente as atenções da guarnição para a fonte de risco.

Foto 14 – Posicionamento em abordagem – Guarnição formada por 2 Policiais


VISÃO LATERAL

Foto 14 – Detalhe do posicionamento tanto do patrulheiro como do motorista da viatura - ambos permanecem com a
metade do corpo dentro da viatura, não realizando o desembarque total. O objetivo disso é a rápida retomada de posições
dentro do veículo, no caso de fuga do suspeito.

Foto 15 – Posicionamento em abordagem – Guarnição formada por 3 Policiais


VISÃO LATERAL

Foto 15 – Detalhe do posicionamento do patrulheiro na posição de “3º Homem” como responsável pela segurança à
retaguarda da guarnição. A presença do 3º homem na equipe proporciona maior domínio dos acontecimentos do lado
oposto ao foco da guarnição. Inicialmente, o 3º homem desembarca e permanece colado à viatura, o que permitirá seu
rápido embarque em caso de necessidade. A partir do momento em que o 1º e o 2º homem dominarem a situação, este
deverá procurar uma posição em que possa ter ampla visão do cenário, realizando tanto a segurança à retaguarda, - o que
o fará prioritariamente - quanto dos policiais que interagem com a pessoa abordada.

Foto 16 – Posicionamento de arma longa – Guarnição com 3 Policiais

Foto 16 – Detalhe da correta posição do transporte da arma de proteção coletiva em uma guarnição com 3 policiais, para
fins de pronto emprego. Destaca-se que esse posicionamento é recomendado por proporcionar maior controle do cano do
armamento, independentemente da mão mais forte do operador. Em nenhuma hipótese se utiliza o armamento de
22

proteção coletiva apontado para cima ou para fora da janela da viatura. No caso das sub-metralhadoras e carabinas, fica
facultado ao operador o rebatimento da coronha, para fins de transporte e facilitação do desembarque, mas este deve
estar treinado para realizar a extensão da coronha rapidamente por ocasião do início da abordagem.

4.2.3 PARADAS DA VIATURA EM RAZÃO DO FLUXO DE TRÂNSITO

Durante o deslocamento de viatura a guarnição deve estar sempre atenta ao que


ocorre na sua volta, visando antecipar-se a situações hostis e minimizar os riscos inerentes
à profissão, através da adoção de condutas que proporcionem maior segurança para a
guarnição durante serviço policial, e que minimizem o risco de acidentes por ocasião da
necessidade de parada da viatura no fluxo de trânsito.
Diante disso, a guarnição deve adotar algumas condutas por ocasião das paradas da
viatura em razão do fluxo de trânsito, as quais passam a ser expostas:
 A guarnição deve sempre observar no horizonte as causas que possam ocasionar
a parada da viatura, bem como buscar identificar as razões que ensejaram a parada do fluxo
de trânsito (por exemplo, acidentes, semáforo fechado, obras na pista, ilícitos em
andamento, etc.);
 Durante as paradas da viatura, a guarnição deve ficar sempre atenta ao fluxo de
trânsito, assim como ao fluxo dos pedestres, para não ficar vulnerável a possível ataque;
 Deve ser evitado deslocamento atrás de veículos que impossibilitem ou dificultem
a visualização à frente, tais como caminhonetes, ônibus e caminhões, buscando o motorista
o posicionamento na pista que permita melhor visualização do terreno;
 Quando for preciso parar a viatura na pista, deve o motorista deixar uma distância
segura do veículo imediatamente à frente, que permita a realização uma manobra rápida de
evasão, se necessário;
 Deve o motorista, durante o deslocamento, guardar uma distância de segurança
do veículo à frente, tendo em mente que a qualquer momento este possa vir a parar.
 Se for necessário realizar a parada da viatura em virtude do atendimento de
ocorrência policial, deve o motorista buscar realizar a parada da viatura de modo a evitar
acidentes decorrentes do seu mau posicionamento na pista.

4.2.4 OBSERVAÇÕES DURANTE O PATRULHAMENTO

a) EM TRANSEUNTES
 Mudança repentina de comportamento (mudança de direção, parada em casas
batendo palmas ou fingem chamar alguém, quando haver mais de um, se separarem,
agacharem, correrem, etc.);
 Homens portando bolsas de mulher;
23

 Uso inadequado de tipos de roupas (uso de blusão ou moletom no calor, por


exemplo), que aparentem estar tentando dissimular armamento que o indivíduo esteja
trazendo consigo.
 Casais abraçados, parados ou andando (atentar para as mãos do homem e
observar as reações da mulher, se estiver assustada, pode estar sendo vítima de algum
crime);
 Tatuagens típicas de cadeias e outros aspectos físicos (sangramento, marcas de
tiro, roupas sujas, lesões que possam indicar escaladas de muros ou rastejamento, etc.);
 Volumes na cintura, tornozelos e em objetos que portam (pochete, jornal, revista,
livro, embrulho, etc);
 Pessoas que olham a viatura por trás, após a sua passagem;
 Pessoas que ajeitam algo na cintura;
 Pessoas carregando materiais enrolados em cobertas ou panos, principalmente
de madrugada;
 Sempre observar as mãos dos suspeitos quando da sua aproximação, pois é com
as mãos que pode ocorrer a reação ofensiva contra a guarnição (sacar alguma arma);
 Observar as mãos dos suspeitos também pelo fato de tentarem, discretamente,
dispensar algum objeto ou instrumento de crime (porção de entorpecentes ou a própria
arma), por ocasião da aproximação da guarnição;
 Pessoas que aparentem ficar assustadas ou incomodadas ao visualizar a
guarnição.

b) EM VEÍCULOS
 Placas velhas em veículos novos;
 Veículos sem placas ou entortadas;
 Veículos com placas de outros estados;
 Veículos com películas muito escuras;
 Veículos novos em péssimo estado de conservação;
 Arrancadas bruscas ou mudanças de direção sem motivo;
 Excesso de velocidade e outras infrações de trânsito de natureza grave;
 Faróis apagados a noite;
 Casal no banco traseiro do veículo e o banco de passageiro dianteiro vazio (não
sendo táxi);
 Homem conduzindo o veículo e um ou mais homens no banco traseiro;
 Condutores que sinalizam com o farol alto ao cruzar a viatura;
 Veículos na frente da viatura que fazem uso constante de freios (luz de freio), sem
necessidade aparente;
 Táxi com casal de passageiro em que a mulher vai sentada no banco de
passageiros dianteiro e o homem atrás;
24

 Veículo com um passageiro apenas que está sentado atrás do motorista;


 Veículos com muitos homens em seu interior, nas imediações de comércios e
estabelecimentos bancários;
 Veículos que estiverem andando em comboio, com homens suspeitos em seu
interior;
 Pessoa com dificuldade de conduzir o veículo;
 Em ônibus observar sempre a atitude de pessoas próximas ao cobrador e ao
motorista;
 Motocicleta tripulada por dois indivíduos suspeitos que aparentem estar
procurando uma oportunidade de cometer ilícitos;
 Motocicleta tripulada por dois indivíduos que circulem nas imediações de
comércios e estabelecimentos bancários;
 Veículo em que seus tripulantes demonstrem tentar observar a viatura por trás
após a mesma ter passado;

c) EM ESTABELECIMENTOS BANCÁRIOS
 Atentar para as cercanias dos estabelecimentos bancários, sempre com pelo
menos algumas dezenas de metros de antecedência (veículos mal estacionados com as
portas abertas; indivíduos em motocicletas; pessoas paradas na entrada do estabelecimento
ou do outro lado da via pública; pessoas que saem correndo de dentro do estabelecimento;
gritos e estampidos vindo do interior do local; etc.);
 Ao passar pelo estabelecimento observar o local onde fica o caixa;
 Observar o fundo do estabelecimento (balcões, portas, entradas), atentando para
atitudes e expressões corporais das pessoas;
 Estabelecimentos vazios, quando ainda em funcionamento;
 Portas abaixadas ou fechadas parcialmente ou totalmente em horário que
deveriam estar completamente abertas;
 Pessoas no caixa e outras aguardando em veículos;
 Pessoas próximas ao vigia do estabelecimento;
 Os vigias do banco com os coldres vazios ou todos juntos em um dos cantos do
local;
 Pessoa (cliente ou funcionário) junto ao caixa do estabelecimento, com aparência
de medo, nervosismo ou pressa;
 Uma pessoa transitando constantemente próximo a um estabelecimento
(sondando para agir depois);
 Pessoas que fiquem postergando a realização de seus afazeres no interior de
estabelecimento bancário, de modo que aparentem estar esperando a oportunidade de dar
início a fato ilícito em horário próximo ao encerramento das atividades.
25

d) EM CAIXAS ELETRÔNICOS
 Número excessivo de pessoas em seu interior;
 Vidros cobertos por jornais, lonas ou outros materiais, no período noturno;
 Estabelecimento sem iluminação em horário que deva estar funcionando;
 Pessoas suspeitas próximas aos locais onde funcionem caixas eletrônicos;
 Pessoas e veículos, durante a madrugada, em frente ou próximos aos locais que
possuam caixas eletrônicos em seu interior.
 Fumaça no interior de estabelecimentos onde funcionem caixas eletrônicos;

e) EM RESIDÊNCIAS
 Veículos parados de forma suspeita (mal estacionados, com portas abertas e
condutor aguardando ao volante);
 Portões e portas da casa, abertos;
 Pessoas carregando objetos (aparelhos eletrônicos, como televisão, som,
computadores, etc.) para dentro de veículos ou mesmo transportando-os a pé para fora da
casa;
 Gritos ou outros sons suspeitos vindos de dentro da casa;
 Pessoas em atitude suspeita, paradas na entrada da casa ou próximas a ela;

f) EM ESTABELECIMENTOS COMERCIAIS
 Antes de efetuar a parada no estabelecimento comercial, observar a
movimentação nos arredores, bem como no seu interior, visando evitar que a guarnição seja
surpreendida pela atuação de criminosos que lá estejam cometendo infrações penais;
 Ao atender uma ocorrência em estabelecimento comercial, deve a guarnição
desembarcar da viatura e posicionar-se estrategicamente, enquanto o motorista estaciona a
viatura;
 Havendo necessidade de compra de algum material (tais como água, lanche,
pilha, etc.) por parte da guarnição, apenas um policial deverá adentrar ao estabelecimento
comercial, ficando os demais fazendo a segurança externa.
 No interior do estabelecimento comercial, e mesmo após os cuidados na chegada,
a guarnição deve permanecer atenta à segurança e sem tomar distância excessiva da
viatura, mantendo contato visual com a mesma e com a porta de entrada do
estabelecimento;
 Evitar mais de uma viatura em um mesmo estabelecimento, salvo para o
atendimento de ocorrência;
 A guarnição motorizada deve buscar conhecer a rotina dos estabelecimentos
comerciais de sua área de atuação, a fim de poder constatar qualquer anormalidade
aparente em seu funcionamento.
26

 Sempre que a guarnição motorizada passar em frente a estabelecimento


comercial, deverá estar em baixa velocidade, atenta aos seus arredores e ao seu interior, a
fim de ter condições de notar circunstâncias e atitudes suspeitas, e ter maiores condições
frustrar o cometimento de infrações penais.
 O motorista nunca deve parar a viatura em frente ao estabelecimento, deverá
sempre procurar um local discreto.

g) EM HOSPITAIS
 Ao chegar a um hospital e for observado um número excessivo de viaturas, o
responsável pela guarnição deve apenas verificar se há necessidade de apoio à guarnição
responsável pela ocorrência (arrolamento de testemunhas, localização de vítimas,
preservação do local do fato, etc.) em não se fazendo necessário, retira-se em seguida;
 Não se aglomeram policiais no pronto socorro, pois, normalmente, acabam por
atrapalhar as equipes médicas (os policiais passam a conversar alto sobre outros assuntos;
passam a parabenizar os colegas pela ocorrência - atitudes estas que chamam a atenção
dos civis, e dão conotação negativa ao serviço policial).

h) EM ESTABELECIMENTOS PÚBLICOS
 O motorista não deve parar a viatura em local que possa atrapalhar a entrada e
saída de outros veículos;
 O Comandante de guarnição deve sempre procurar a autoridade ou os agentes
responsáveis pelo local;
 O relacionamento com os funcionários deve ser profissional e amistoso;
 Em qualquer local público os patrulheiros deverão evitar as brincadeiras entre si,
as gargalhadas desmedidas, as olhadelas indiscretas para mulheres e quaisquer outras
atitudes que demonstrem falta de postura e compostura.

i) APRESENTAÇÃO DAS OCORRÊNCIAS NAS DELEGACIAS POLICIAIS


 Todas as ocorrências atendidas pela guarnição e que implicam na condução de
partes (à Delegacia Policial, Pronto Socorro, etc.), devem ser de imediato comunicadas à
Sala de Operações;
 Chegando à Delegacia Policial, antes das partes serem ouvidas com mais
detalhes, o Comandante de guarnição fará ao Delegado ou ao agente por este designado
uma explanação breve do fato, para que este tome conhecimento de maiores detalhes do
fato delituoso, de quantidade de pessoas detidas e das possíveis vítimas;
 Organizar toda a ocorrência analisando seus aspectos legais e técnicos, como por
exemplo: quem irá figurar como condutor, onde estava a arma e com quem, o que cada
testemunha presenciou, relacionar e qualificar os objetos que serão apreendidos, etc.;
27

 Ao narrar a ocorrência não usar termos profissionalmente inapropriados, gírias,


e/ou pejorativos, tais como: cano, malaco, sapecou, desovou, pinote, vago, etc.;
 Definir com precisão o local, descrevendo o crime cometido (desnecessário citar o
artigo da lei), a participação de cada um dos envolvidos, suas qualificações e todas as
circunstâncias que sirvam para o esclarecimento do fato delituoso.
 Se houver sido empregada força física ou o uso de algemas pela guarnição, justificá-

lo legal e formalmente;
 Sempre solicitar que seja oficiado e realizado Exame de Corpo de Delito, visando

resguardar a guarnição;
 Jamais descuidar da segurança do preso enquanto este não for recolhido à

carceragem. Também deve manter-se vigilante para possíveis tentativas de fuga enquanto
estiver na Delegacia de Polícia;
 Solicitar ao Delegado cópia do Auto de Exibição e Apreensão, desde que haja objetos

a serem apreendidos;
 Após a elaboração dos autos, efetuar a leitura do seu depoimento e estando de

acordo assiná-lo, caso contrário solicitar a correção ao delegado.

j) COMUNICAÇÃO VIA RÁDIO


 Todas as guarnições deverão estar atentas para as comunicações da rede rádio, de

forma que não haja necessidade de repetir mensagens, devendo o patrulheiro, obrigatoriamente,
anotar o que foi transmitido;
 Comunicações longas poderão ser transmitidas por outros meios (telefone ou mesmo

através de contato pessoal);


 A disciplina na rede rádio é rígida, com observância total à codificação em vigor, não

sendo permitidas abreviações indevidas, linguagem inapropriada ou qualquer tipo de


comunicação que não seja operacional;
 A prioridade de comunicação é obedecida com rigor; se uma guarnição a solicita, as

demais se calam;
 Sempre que chamado via rádio pela Sala de Operações o Comandante de guarnição

responderá informando o local onde se encontra e a situação. Ex: “PB Av. João Pessoa com Av.
Ipiranga, situação S/N.” ou "40 na Av. Getúlio Vargas, proximidades da PUC, S/N.”;
 Sempre entrar na escuta antes de transmitir para evitar interferência indevida nas

comunicações entre outros postos da rede. Por ocasião da entrada de serviço, deverá agir da
mesma forma, ligando o rádio e não modulando imediatamente, aguardando para fins de
verificação de existência de transmissões prioritárias ou urgentes;
 Transmitir somente o que for estritamente necessário;

 Falar com clareza e precisão;

 Responder prontamente todas as chamadas;

 Observar a disciplina de tráfego e o sigilo das comunicações.


28

k) OBSERVAÇÕES GERAIS DURANTE O PATRULHAMENTO


 Os motoristas de guarnições deverão atentar para a fiel observância às normas de

trânsito, não parando sobre calçadas e faixas de pedestres, na contramão da via pública, em fila
dupla, etc.;
 A viatura sempre deve estacionar em condições de pronto deslocamento (com a

frente voltada para a rua, ou, quando paralela a guia da calçada, nunca entre dois veículos sem
que haja espaço para manobras rápidas de saída) para, em caso de emergência, sair com a
maior brevidade possível, atentando para a segurança própria, de outros veículos e pedestres;
 As janelas da viatura que ficaram voltadas para o lado da via pública devem ser

fechadas;
 Sempre deve haver um componente da guarnição próximo à viatura, o qual ficará

atento à segurança e na escuta das transmissões via rádio;


 Assim que o Comandante da guarnição retornar a viatura, o policial que havia

permanecido na escuta do rádio deverá informá-lo das novidades, exceto quando receber
comunicado urgente, situação em que deverá cientificá-lo de imediato, através de um breve
toque de sirene ou via celular, se for o caso;
 Quando em locais onde não seja possível realizar o retorno, a exemplo de becos e

vielas, a viatura efetuará manobra de marcha à ré, com a guarnição desembarcada fazendo a
segurança e auxiliando o motorista na execução das manobras;
 Toda parada e estacionamento deve ser feita em local que não impeça ou atrapalhe a

fluidez e segurança do trânsito;


 Quando da apresentação de ocorrências, evitar que a viatura fique estacionada em

local que irá atrapalhar a entrada e saída de outros veículos ou em local destinado as viaturas da
delegacia;
 Nunca descuidar da segurança do preso e dos equipamentos e armamentos;

 Não entregar os instrumentos e objetos a serem apreendidos sem antes relacioná-los;

 Observar as normas Constitucionais e o ordenamento jurídico infraconstitucional

quanto à voz de prisão em flagrante delito;


 Para a guarnição a ocorrência se encerra quando todas as partes ouvidas assinam o

Auto de Prisão em Flagrante, momento este que será dado ciência ao Auxiliar ou Oficial de
Serviço Externo do OPM;
 A primeira pessoa a ser ouvida no auto de prisão em flagrante é o condutor (não

necessariamente quem efetuou a prisão, mas quem irá apresentar o preso ao Delegado de
plantão), seguido das testemunhas, da vítima e, por fim, do indiciado (art. 304 do CPP).
 O motorista deve evitar dirigir acima do limite de velocidade, de modo que só exceda

este limite em casos estritamente necessários e plenamente justificáveis, a fim de que sejam
evitados acidentes automobilísticos que venham a ceifar a vida da guarnição, que é o bem mais
precioso para a instituição.
29

4.2.5 CUIDADOS ESPECIAIS DOS POLICIAIS MILITARES NO


PATRULHAMENTO MOTORIZADO

Durante o serviço policial o profissional deve adotar condutas e cuidados especiais


que permitem a realização de uma atuação dentro dos ditames legais e de forma satisfatória
em termos técnicos.
Em razão de ser o policial um verdadeiro fiscal do cumprimento da legislação, deve
obviamente primar pela estrita observância dos aspectos legais de sua própria atuação,
conhecendo e observando rigorosamente temas afetos à profissão, tais como o uso
proporcional da força, emprego de algemas, dentre outros.
Para que a sua missão policial seja cumprida de forma profissional, o policial deve
preocupar-se com os aspectos técnicos e com a adoção dos devidos cuidados na execução
do serviço, a fim de que atinja seus objetivos, de acordo com os preceitos doutrinários.
Sendo assim, vejamos alguns aspectos que devem ser observados para que a
atuação policial esteja em conformidade com as disposições legislativas em vigor e com a
técnica policial:
 Cumprir o escalonamento no Uso Progressivo da Força, o Código de Conduta
para Encarregados da Aplicação da Lei e os Princípios Básicos sobre o Uso da Força e
Armas de Fogo - PBUFAF (ONU, 1990), indo da persuasão através da presença policial
associada a ordens verbais e claras até o uso da força física ou dos meios disponíveis para
conter uma iminente agressão. Devemos, contudo, usar moderação em nossas atitudes,
pois a precipitação, intolerância e desrespeito podem impedir o sucesso das atividades da
guarnição;
 A legislação possui uma série de causas capazes de excluir a ilicitude de conduta
adequada formalmente ao tipo penal (legítima defesa, estado de necessidade, estrito
cumprimento do dever legal, exercício regular de direito), bem como causas que excluem a
culpabilidade do agente (inimputabilidade, inexigibilidade de conduta diversa, potencial
consciência da ilicitude, etc.). No entanto, o policial deve ter consciência de que tais causas
serão discutidas e resolvidas definitivamente somente em sede judicial, não sendo certo que
tais causas serão reconhecidas pelo órgão julgador. Desta forma, em caso de dúvida acerca
da perfectibilização, ou não, de alguma causa excludente da ilicitude ou da culpabilidade,
deve o policial não fazer uso das mesmas para resolver a ocorrência, pois o seu não
reconhecimento perante o órgão jurisdicional competente poderá acarretar severas
consequências judiciais e profissionais.
 Cabe ao Militar Estadual o compromisso de proteger e preservar a vida das
pessoas envolvidas na ocorrência, devendo sua ação estar fundamentada nos princípios
indispensáveis e interdependentes da legalidade, necessidade e proporcionalidade;
 Amparado legalmente, o patrulheiro poderá fazer o uso de arma de fogo visando
cessar a agressão atual ou iminente do oponente (art. 25 do CP). O número de disparos a
30

serem desferidos dependerá da capacidade destes para incapacitar o agressor. Assim, o


patrulheiro poderá efetuar o número de disparos que forem necessários para cessar a
agressão. Depois de incapacitado o agressor, os disparos posteriores poderão configurar
excesso punível (parágrafo único do art. 23 do CP).
 O policial nunca deve efetuar disparos de advertência, tais como para o alto ou
para o chão. A arma de fogo somente deve ser empregada quando haja risco de morte para
a guarnição ou para terceiros, visando incapacitar o agressor para cessar a sua agressão.
 Em acompanhamento e cerco a pessoa que foge empreende altíssima velocidade
e suas manobras e reações são imprevisíveis. Todo acompanhamento traz um risco à
incolumidade pública, ainda que de forma momentânea e localizada. Portanto, quanto mais
se estende o acompanhamento, mais ele exige o cerco para o seu desfecho e,
consequentemente, maiores cuidados com as situações de risco geradas;
 As ocorrências de acompanhamento e cerco geralmente envolvem todas as
patrulhas motorizadas, muitas vezes necessitam, ainda, de apoio de outros setores
(Grupamento de Operações Aéreas, Polícia Rodoviária, Companhias de Operações
Especiais e Unidades orgânicas com RT da área);
 Para a realização eficiente do acompanhamento e cerco há de se considerar
fatores que influem neste tipo de atendimento de ocorrência, tais como condições climáticas,
do terreno, a unidade de comando na rede de rádio, a coordenação do cerco e a
consciência coletiva sobre o objetivo, a legalidade e a segurança da ação;
 Havendo veículo em fuga que tome a direção de área com outra responsabilidade
territorial, deverá cientificar à Sala de Operações respectiva, com a maior antecedência
possível, de forma a alertar os patrulheiros das áreas vizinhas;
 O mais importante num cerco não é a proximidade física da viatura com o veículo
perseguido e sim a sua visualização constante e o envio de informações precisas e atuais;
 Em se obtendo êxito na interceptação do veículo e dos fugitivos, proceder
conforme os princípios de abordagem e vistoria de veículos, comunicando de imediato o fato
através da rede de rádio;
 A guarnição deverá observar se durante o acompanhamento ocorre a “dispensa”
de objetos pelos ocupantes do veículo;
 Em caso de cerco, todas as demais guarnições, se assim demandadas, cessam o
patrulhamento e posicionam-se estrategicamente no terreno, buscando pontos de
interceptação nas prováveis vias de fuga, baseando-se, para isso, nas informações
passadas pela guarnição que realiza o acompanhamento;
 A melhor maneira de bloquear o veículo em fuga é dispor uma (ou mais de uma)
viatura que esteja em seu trajeto, de forma a provocar um congestionamento e impedir o
trânsito, forçando sua parada. Os pontos negativos dessa técnica são a possibilidade de
fuga à pé por parte de criminosos, a fuga entre veículos, a ocorrência de danos materiais e
31

à integridade física de terceiros, o desencadeamento de uma ocorrência de crise, com a


tomada de refém, tendo em vista que, com o congestionamento, várias pessoas estarão
vulneráveis no cenário operacional.
 Em locais ou horários com reduzido trânsito de veículos, pode-se obstruir a via
com a própria viatura. Nesse caso, a guarnição desembarca com todo o armamento e
posiciona-se para um possível confronto;
 A patrulha policial motorizada, quando em atendimento de ocorrência (serviço de
urgência), terá prioridade de trânsito, livre circulação, estacionamento e parada, nos termos
do inciso VII do art. 29 do Código de Trânsito Brasileiro (Lei 9.503/1997), a saber:  

Art. 29. O trânsito de veículos nas vias terrestres abertas à


circulação obedecerá às seguintes normas:
...
VII - os veículos destinados a socorro de incêndio e salvamento, os
de polícia, os de fiscalização e operação de trânsito e as
ambulâncias, além de prioridade de trânsito, gozam de livre
circulação, estacionamento e parada, quando em serviço de
urgência e devidamente identificados por dispositivos
regulamentares de alarme sonoro e iluminação vermelha
intermitente, observadas as seguintes disposições:
a) quando os dispositivos estiverem acionados, indicando a
proximidade dos veículos, todos os condutores deverão deixar
livre a passagem pela faixa da esquerda, indo para a direita da via
e parando, se necessário;
  b) os pedestres, ao ouvir o alarme sonoro, deverão aguardar no
passeio, só atravessando a via quando o veículo já tiver passado
pelo local;
c) o uso de dispositivos de alarme sonoro e de iluminação
vermelha intermitente só poderá ocorrer quando da efetiva
prestação de serviço de urgência;
d) a prioridade de passagem na via e no cruzamento deverá se dar
com velocidade reduzida e com os devidos cuidados de
segurança, obedecidas as demais normas deste Código;

 O motorista da guarnição em atendimento de ocorrência que exija rápido


deslocamento (caracterizando verdadeiro serviço de urgência) deve tomar todos os
cuidados no trânsito, não confiando cegamente que todos os veículos lhe abrirão caminho,
lhe darão passagem em cruzamentos ou mesmo que os pedestres aguardarão no passeio.
O motorista deverá se valer das técnicas de direção defensiva/evasiva, nunca esquecendo
que a viatura deverá estar com os dispositivos regulamentares de alarme sonoro (sirene) e
iluminação vermelha intermitente (giroflex), acionados;
32

 Nunca se atira num veículo que está apenas tentando a fuga, nem mesmo
visando os pneus. A guarnição não deve esquecer que pode ser apenas um cidadão
dirigindo sem a CNH ou um usuário de entorpecente assustado. Mesmo que os ocupantes
atirem contra a guarnição, há a possibilidade da existência de reféns no veículo (no porta
malas ou mesmo no banco de trás), além de pedestres no entorno, que podem ser atingidos
pelos disparos. Na dúvida não se deve atirar, mas sim manter distância prudente e tentar
capturá-lo no cerco. Nunca é demais lembrar que o tiro feito num momento de tensão, do
interior de uma viatura em movimento é por demais impreciso e pode atingir uma terceira
pessoa;
 Caso seja possível a realização do disparo, os componentes da guarnição devem
ter cuidado para não usarem o mesmo lado da viatura, evitando a possibilidade de acidente
de tiro. Lembrar, ainda, que a reação será sempre proporcional à agressão;
 Caso o veículo suspeito provoque um acidente e prossiga na fuga, a guarnição
que faz o acompanhamento seguirá o fazendo, informará à Sala de Operações do ocorrido,
e esta solicitará outra viatura da área atenda a ocorrência;
 Quando o veículo suspeito for abordado, os seus ocupantes receberão ordem
para desembarcar e, ato contínuo, deitar-se no solo, logo após serão presos, algemados e
revistados. Os feridos serão socorridos e os demais levados à Delegacia de Polícia da área
para autuação;
 Jamais o patrulheiro deve acompanhar sozinho um suspeito em fuga, bem como
permitir que a viatura fique abandonada;
 Homiziando-se o suspeito em matagal, a guarnição deve acionar imediatamente
os apoios necessários para o cerco e a busca, preservando ao máximo o local para a
utilização de cães de faro, caso seja possível dispor desse recurso;
 No acompanhamento em áreas socialmente vulneráveis onde haja altos índices
de crime e violência ou locais similares, a guarnição deverá aguardar a chegada do Oficial
responsável pelo serviço ou o que tenha a responsabilidade territorial, para só após adotar
as demais providências e, caso seja decidido por incursionar, atentar para a progressão com
cautela e a máxima segurança possível, utilizando-se de cobertas e abrigos (cuidado
também com relação a buracos, valas, dobras do terreno, erosão, buracos, etc.,
principalmente à noite);
 Via de regra, a retirada de algemas de pessoa presa deve ser feita somente na
Delegacia de Polícia;
 As algemas serão empregadas em pessoas violentas ou quando houver a
potencial probabilidade de que pessoas calmas tornem-se violentas, o que pode ocorrer,
principalmente, se estiverem sob efeito de substâncias tóxicas ou alcoolizadas;
 A necessidade do uso de algemas se justifica quando houver resistência por parte
do preso, quando haja fundado receio de que este irá tentar fugir, bem como quando o
33

preso expuser a perigo a própria integridade física, de terceiros ou dos policiais. Ocorrendo
uma dessas situações é lícito o uso de algemas, desde que policial justifique a medida por
escrito. Se assim não fizer, o policial poderá sofrer responsabilização disciplinar, cível e
criminal, assim como a prisão poderá ser anulada, além de haver a possibilidade de o preso
pleitear a responsabilização do Estado. Tal entendimento está concretizado na Súmula
Vinculante nº 11 do Supremo Tribunal Federal (STF).
 O uso da sirene serve para proporcionar prioridade de trânsito, devendo ser
utilizada apenas em casos de emergência, nos limites do estabelecido pelo Código de
Trânsito Brasileiro. Em qualquer outra situação deverá haver justificativa plausível para o
seu uso. Ao se aproximar do local do fato delituoso a sirene deve ser desligada, a fim de se
evitar fuga do delinquente.

4.3 PASSAGEM DE SERVIÇO DO PATRULHAMENTO MOTORIZADO

Após a realização do serviço policial de patrulhamento motorizado, surge o momento


de realizar a passagem de serviço para os colegas que estão entrando de serviço, e, por
consequência, a necessidade da realização de alguns procedimentos básicos, os quais
passam a ser expostos:
 A guarnição deve realizar contato o Auxiliar de Serviço pedindo permissão para
deslocar para o local de rendição, para passagem de serviço;
 O motorista que está saindo de serviço tem o dever de informar ao motorista que
está entrando de serviço quaisquer alterações que envolverem a viatura, devendo realizar o
preenchimento do Diário de Bordo;
 A guarnição que estiver saindo de serviço deverá informar todas as alterações
ocorridas, todas as ocorrência existentes e repassar todos os informes que se relacionem ao
serviço policial para a próxima guarnição que estiver entrando de serviço;
 O motorista que está entrando de serviço, ao assumir a viatura, deve proceder
aos procedimentos de sua verificação (“GALOPE”), dos seus equipamentos e materiais
necessários para o serviço, bem como proceder ao preenchimento do Diário de Bordo;
 Em caso de constatação de alterações no estado geral da viatura ou em seus
equipamentos, estas deverão ser comunicadas à Sala de Operações, ao Auxiliar de Serviço
e apontadas no Diário de Bordo, a fim de que a administração tome conhecimento e possa
solucioná-las;
 Se ocorrer problema na viatura que ocasione a sua baixa, em razão da
impossibilidade de seu emprego, o Auxiliar de Serviço deverá proceder a vistoria rápida da
viatura, a fim de confirmar os danos/problemas existentes;
34

 Feitas as verificações referentes às condições de uso e funcionamento da viatura,


a guarnição informará a sala de operações que está pronta para iniciar o patrulhamento
motorizado;

4.4 PATRULHAMENTO MOTORIZADO COM MOTOCICLETAS

A utilização de motocicletas no patrulhamento aumenta muito a capacidade de


mobilidade do policial no atendimento de ocorrências, uma vez que as características das
motocicletas utilizadas no policiamento permitem o deslocamento nos mais diversos
terrenos.
De maneira geral, o patrulhamento com motocicletas se vale das mesmas regras
operacionais estipuladas para o patrulhamento com veículos de quatro rodas. No entanto,
existem algumas peculiaridades que descreveremos abaixo, sem a pretensão de
esgotarmos o assunto, até mesmo porque pensamos que este tema demanda a confecção
de um caderno específico, dadas as suas especificidades. Vejamos:
 O emprego do patrulhamento motorizado com motocicletas deve ser evitado em
situações climáticas adversas, como por exemplo em situação de chuva, cerração ou
neblina.
 De preferência, serão empregadas duplas de motociclistas com vistas à maior
visibilidade e segurança, especialmente em caso de acompanhamento;
 A motocicleta é um excelente instrumento para apoio ao processo de policiamento
à pé, haja vista a possibilidade de rápida chegada, em razão da sua grande capacidade de
mobilidade;
 O policial militar piloto deverá estar devidamente paramentado com todos os
Equipamentos de Proteção Individual regulamentares previstos para a condução e ações
com motocicletas;
 O 1º Motociclista será o Policial Militar com precedência sobre o outro, com a
responsabilidade de cumprir e fazer cumprir as ordens e orientações demandadas de seus
superiores;
 A operação do rádio VHF é de competência do mais antigo, mantendo informada
a Sala de Operações (SOp) das atividades desenvolvidas pela GU;
 Ao mais antigo também incumbirá realizar a segurança do outro motociclista
quando da abordagem em veículos e pessoas;
 O 2º Motociclista será o responsável pela abordagem e produção da
documentação operacional decorrente da ação realizada.
 Com motocicletas o deslocamento deve ocorrer com a moto do comandante à
frente e a do segundo homem a retaguarda, posicionada diagonalmente à esquerda em
relação a moto do comandante.
35

 Durante o patrulhamento com motocicletas a guarnição deverá respeitar o binômio


“baixa velocidade” e “Atitude expectante”, trafegando em velocidade entre 20 km/h e 40
km/h.
 Nas abordagens a veículos, os policiais devem parar as motocicletas atrás dele,
em uma distância de aproximadamente 05 metros, devendo o comandante posicionar sua
moto em uma ângulo reto com a lanterna traseira direta do veículo, e o segundo homem em
uma ângulo reto com a lanterna traseira esquerda.
 As chaves ficarão junto às motocicletas (na posição desligada), assim como os
capacetes (no retrovisor direito), a fim de que os policiais não tenham que carregá-los (o que
comprometeria a sua agilidade);
 Após a retirada do capacete, a guarnição deverá colocar a cobertura;
 Ao estacionarem as motocicletas, a guarnição deverá mantê-las perfiladas e no
mesmo sentido de direção;
 A guarnição não poderá deixar as motocicletas sozinhas. No entanto, se as
circunstâncias assim o exigirem, tais como em hipótese de confronto em que a guarnição
precise se proteger, é possível que essa regra seja excepcionada.

5. CONCLUSÃO

O tema tratado no presente material torna-se complexo, na medida em que é


caracterizado pela dinamicidade provocada pelas constantes evoluções técnicas,
conceituais, tecnológicas e legais.
O patrulhamento motorizado é uma atividade bastante estudada e difundida nas
diversas instituições, especialmente em nível nacional. Assim, por se tratar de assunto tão
arraigado nas estruturas policiais, tem seus elementos principais já sedimentados, não
tendo este caderno a pretensão de trazer novas formas de atuação, mas sim, buscar a
compilação de muito do que já se produziu sobre a temática, agregando algumas novas
concepções, como é o caso do uso do conceito de hábitos saudáveis dos policiais militares
ao assumirem o serviço.
Foram, também, valorizados estudos de outras polícias militares do Brasil, o que vem
ao encontro do espírito de evolução coletiva do aprendizado policial. Ademais, buscou-se
reunir dicas e orientações práticas para que os policiais militares tenham uma fonte de
consulta específica, com a matéria reunida e explicada, em uma visão institucional
disponível para todos, principalmente para as escolas de formação e especialização, bem
como na educação continuada. O material não se esgota neste momento, cabendo o
36

aperfeiçoamento constante, na medida em que novas ideias, conceituações e necessidades


se fizerem presentes e, assim, exigirem sua salutar revisão.

6. REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS

ALEXANDRINO, Marcelo; Paulo, Vicente. Direito Administrativo. 10ª Ed. Ver. E


Atual. Rio de Janeiro. Impetus, 2006.

AMAZONAS, Polícia Militar. Procedimentos Operacionais Padrão da Polícia Militar


do Amazonas, Portaria nº 17, de 26 de Fevereiro de 2010.

BASTOS, Celso Ribeiro. Curso de Direito Administrativo. São Paulo. Celso Bastos
Editora, 2002.

BRASIL. Constituição da República Federativa do Brasil, de 1988.

______. Decreto-Lei nº 3.689, de 3 de outubro de 1941. Institui o Código de


Processo penal Brasileiro.

______. Decreto-Lei no 2.848, de 7 de dezembro de 1940. Institui o Código Penal


Brasileiro.

______. Decreto-Lei nº 1.002 de 21 de outubro de 1969. Institui o Código


Processual Penal Militar Brasileiro.

______. Lei nº 5.172, de 25 de outubro de 1966 . Dispõe sobre o Sistema Tributário


Nacional e institui normas gerais de direito tributário aplicáveis à União, Estados e
Municípios.

______. Lei nº 9.503, de 23 de setembro de 1997. Institui o Código de Trânsito


Brasileiro.

______. Lei Federal nº 4.898 de 13 de dezembro de 1965. Regula o Direito de


Representação e o processo de Responsabilidade Administrativa Civil e Penal, nos casos
de abuso de autoridade. Brasília, DF, 1965.

______. Súmula 172. Disponível em: http://www.stj.gov.br/portal-


stj/publicação/engina.wsp. Acesso em: 16/07/15.

______. Súmula 06. Disponível em: http://www.stj.gov.br/portal-


stj/publicação/engina.wsp. Acesso em: 16/07/15.
37

CRETELLA, JÚNIOR, José. Polícia militar e poder de polícia no direito brasileiro.


2ª Ed. Rio de Janeiro. Forense, 1992.

Declaração Universal dos Direitos Humanos. Adotada e proclamada pela


Assembleia Geral das Nações Unidas, 10 de dezembro 1948.

FORÇA NACIONAL DE SEGURANÇA PÚBLICA. Ministério da Justiça. Doutrina de


Patrulhamento, 2014.

LAZZARINI, Álvaro. Direito Administrativo da ordem Pública. 2ª Ed. Rio de


Janeiro. Forense, 1987.

LAZARINI, Álvaro. Estudos de Direito Administrativo. São Paulo. Revista dos


Tribunais, 1999.

Manual de Formação em Direitos Humanos para as Forças Policiais, Disponível


em: http://www.gddc.pt/direitos-humanos/Manual1.pdf. Acesso em: 10/07/2015

MEIRELLES, Hely Lopes. Direito Administrativo brasileiro. 16ª Ed. São Paulo.
Forense, 1992.

MINAS GERAIS, Polícia Militar de. Manual Técnico-Profissional nº 3.04.02/2013-


CG, Tática Policial, Abordagem a Pessoas e tratamento às Vítimas. Academia de Polícia
Militar. Caderno Doutrinário 2. Belo Horizonte: PMMG – Comando-Geral, 2013.

MINAS GERAIS, Polícia Militar de. Manual Técnico-Profissional nº 3.04.03/2013-


CG, Blitz Policial. Academia de Polícia Militar. Caderno Doutrinário 3. Belo Horizonte: PMMG
– Comando-Geral, 2013.

MINAS GERAIS, Polícia Militar de. Manual Técnico-Profissional nº 3.04.04/2013-


CG. Abordagem de Veículos. Academia de Polícia Militar. Caderno Doutrinário 4. Belo
Horizonte: PMMG – Comando-Geral, 2011.

MINAS GERAIS, Polícia Militar de. Manual Técnico-Profissional nº 3.04.06/2013-


CG. Regula a Prática Policial Militar Especializada de Trânsito Urbano e Rodoviário na
Polícia Militar de Minas Gerais. Belo Horizonte: PMMG – Comando-Geral, 2013.

MIRABETE, Julio Fabbrini, Código de Processo Penal Interpretado, 2.ed., Atlas,


1994, p.35.

RIO GRANDE DO SUL. Constituição do Estado do Rio Grande do Sul – 1989.


Porto Alegre. Assembléia Constituinte do Estado, 1989.

SÃO PAULO, Polícia Militar. Disponível em:


http://www.pm.sp.gov.br/Portal/pmsp.php. Acesso em: 10 jul. 2015.

SÃO PAULO, Polícia Militar. Manual Básico de Policiamento Ostensivo da Polícia


Militar, 3ª Edição, 1997.

Você também pode gostar