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2023
COMANDANTE-GERAL DA BRIGADA MILITAR
Coronel QOEM Cláudio dos Santos Feoli
Equipe de Colaboradores
1 APRESENTAÇÃO............................................................................................................................................... 4
2 NOTA DE INSTRUÇÃO Nº 1.3/EMBM/2023 ...................................................................................................... 5
3 NOTA DE INSTRUÇÃO Nº 1.20/EMBM/2023 ...................................................................................................14
4 NOTA DE INSTRUÇÃO Nº 1.21/EMBM/2023 ...................................................................................................21
5 NOTA DE INSTRUÇÃO Nº 1.23/EMBM/2023 ...................................................................................................24
6 NOTA DE INSTRUÇÃO Nº 1.32/EMBM/2023 ...................................................................................................33
7 NOTA DE INSTRUÇÃO Nº 1.37/EMBM/2023 ...................................................................................................41
8 NOTA DE INSTRUÇÃO Nº 2.1/EMBM/2023 .....................................................................................................56
9 NOTA DE INSTRUÇÃO Nº 2.7/EMBM/2023 .....................................................................................................85
10 NOTA DE INSTRUÇÃO Nº 2.14/EMBM/2023 .................................................................................................106
11 NOTA DE INSTRUÇÃO Nº 2.21/EMBM/2023 .................................................................................................182
12 NOTA DE INSTRUÇÃO Nº 2.22/EMBM/2023 .................................................................................................196
13 NOTA DE INSTRUÇÃO Nº 2.23/EMBM/2023 .................................................................................................235
14 NOTA DE INSTRUÇÃO Nº 2.24/EMBM/2023 .................................................................................................246
15 NOTA DE INSTRUÇÃO Nº 2.26/EMBM/2023 .................................................................................................264
16 NOTA DE INSTRUÇÃO Nº 2.27/EMBM/2023 .................................................................................................274
17 NOTA DE INSTRUÇÃO Nº 2.29/EMBM/2023 .................................................................................................279
18 NOTA DE INSTRUÇÃO Nº 2.31/EMBM/2023 .................................................................................................293
19 NOTA DE INSTRUÇÃO Nº 3.3/EMBM/2023 ...................................................................................................296
20 NOTA DE INSTRUÇÃO Nº 3.6/EMBM/2023 ...................................................................................................316
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1 APRESENTAÇÃO
1. FINALIDADE
Regular os procedimentos com referência à Ajuda de Custo, Diária de Viagem e Ressarcimento
de Despesa com Alimentação, à conta de recursos orçamentários.
2. BASE LEGAL
a. Lei Federal n.º 4.320, de 17 de março de 1964 – Institui normas gerais de direito financeiro;
b. Lei Estadual n.º 6.196, de 15 de janeiro de 1971 – Estabelece o Código de Vencimentos da
Brigada Militar do Estado;
c. Decreto Estadual n.º 24.846, de 1º de setembro de 1976 – Regulamenta a concessão de ajuda de
custo, diárias e transporte aos servidores estaduais;
d. Lei Estadual n.º 9.862, de 20 de abril de 1993 – Altera a Lei n.º 6.196 de 15 de janeiro de 1971;
e. Lei Complementar n.º 10.098, de 03 de fevereiro de 1994 – Dispõe sobre o Regime Jurídico
Único dos Servidores Públicos Civis do RS;
f. Decreto Estadual n.º 35.693, de 06 de dezembro de 1994 – Dispõe sobre prestação de contas e
homologação de diárias na Administração Direta, nas Autarquias e Fundações e dá outras
providências;
g. Lei Estadual n.º 10.395, de 01 de junho de 1995 - Institui Política Salarial para os vencimentos e
soldos básicos dos servidores públicos do Poder Executivo e de suas autarquias e dá outras
providências e alterações introduzidas pela Lei n.º 12.094, de 14 de maio de 2004;
h. Decreto Estadual n.º 36.872, de 22 de agosto de 1996 – Dispõe sobre o afastamento dos
servidores;
i. Lei Estadual n.° 15.902, de 07 de dezembro de 2022 – Fixa o valor das diárias dos agentes
públicos do Poder Executivo Estadual;
j. Decreto Estadual n.º 37.130, de 30 de dezembro de 1996 – Dispõe sobre a concessão e a prestação
de contas de ajuda de custo na Administração Direta e Indireta, prevista na Lei complementar n.º
10.098, de 3 de fevereiro de 1994;
k. Lei Complementar n.º 10.990, de 18 de agosto de 1997 – Dispõe sobre o Estatuto dos militares
e dá outras providências;
l. Decreto Estadual n.º 40.879, de 09 de julho de 2001 – Dispõe sobre o afastamento de servidores
da Administração Direta e Indireta do Estado, em objeto de serviço ou no interesse da
Administração, sobre a fixação de quotas de diárias destinadas aos deslocamentos, e dá outras
providências;
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m. Lei Estadual n.º 12.024, de 18 de dezembro de 2003 – Altera dispositivos da Lei n.º 6.196, de 15
de janeiro de 1971, Código de Vencimentos e Vantagens da Brigada Militar (CVV), e dá outras
providências;
n. Lei Estadual n.º 12.094, de 14 de maio de 2004 – Altera a Lei n.º 10.395, de 1º de junho de 1995;
o. Decreto Estadual n.º 43.439, de 09 de novembro de 2004 – Altera o Decreto n.º 40.879, de 9 de
julho de 2001, que dispõe sobre afastamento de servidores da Administração Direta e Indireta do
Estado, em objeto de serviço ou no interesse da Administração;
p. Lei Estadual n.º 12.309, de 14 de julho de 2005 – Dispõe sobre a extinção e a criação de cargos
no Quadro dos Cargos em Comissão e Funções Gratificadas de que tratam as Leis n.º 4.914, de 31
de dezembro de 1964, e n.º 4.937, de 22 de fevereiro de 1965, revoga disposição constante da Lei
n.º 12.094, de 14 de maio de 2004, e repristina parte do artigo 1º da Lei n.º 6.805, de 11 de dezembro
de 1974;
q. Lei Estadual n.º 12.348, de 26 de outubro de 2005 – Altera a Lei n.º 6.196 de 15 de janeiro de
1971;
r. Decreto n.º 48.231, de 09 de agosto de 2011 – Regula a concessão e a prestação de contas da
ajuda de custo ao servidor militar, de que trata o § 5º do art. 48 da Lei Complementar n.º 10.990, de
18 de agosto de 1997, e dá outras providências;
s. Decreto Estadual n.º 48.788, de 11 de janeiro de 2012 – Altera o Decreto n.º 48.231/2011;
t. Decreto Estadual n.º 49.820, de 13 de novembro de 2012 – Altera o Decreto n.º 24.846, de 1º de
setembro de 1976, que regulamenta a concessão de ajuda de custo, diárias e transportes aos
servidores estaduais;
u. Decreto Estadual n.º 49.820, de 14 de novembro de 2012 – Altera o Decreto n.º 24.846, de 1º de
setembro de 1976, que regulamenta a concessão de ajuda de custo, diárias e transportes aos
servidores estaduais;
v. Instrução Normativa CAGE n.º 04, de 14 de agosto de 2014;
w. Informação CAGE n.º 16, de 26 de julho de 2022;
x. Circular CAGE n.º 01, de 12 de janeiro de 1996 – Dispõe sobre as despesas com diárias e ajuda
de custo na administração Direta, Autarquias e Fundações.
3. EXECUÇÃO
a. Definições: A fim de estabelecer melhor compreensão sobre termos e denominações de
documentos e processos, são adotadas as seguintes definições:
1) Ajuda de custo: trata-se de uma indenização que será paga ao servidor em caso de
movimentação por conveniência do serviço e implique mudança de domicílio em caráter
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permanente, com o objetivo de compensar as despesas de sua instalação. A ajuda de custo poderá
ser paga de forma antecipada ou vencida, respeitando as peculiaridades de cada caso;
2) Diária de viagem: indenização devida ao militar estadual, destinada a atender despesas de
alimentação e hospedagem, quando afastados de sua sede, a serviço do Estado, da Corporação ou
atendendo chamamento da Justiça Civil ou Militar. A Diária de Viagem tem seu valor fixado em lei
por iniciativa do Poder Executivo, com exceção das Diárias Especiais, que se constitui de
deslocamentos para fora do Estado ou no Exterior, cujo valor é fixado pelo Secretário Estadual de
Segurança Pública ou Governador do Estado, respectivamente, mediante proposta do Comandante-
Geral.
a) Diárias especiais: indenização devida ao militar estadual quando deslocar, a serviço do
Estado, para outro Estado da Federação ou para o exterior, sendo este valor fixado pelo Secretário
Estadual da Segurança Pública ou pelo Governador do Estado, respectivamente, mediante proposta
do Comandante-Geral da Brigada Militar;
b) Diária de viagem antecipada: constitui a regra normal de pagamento, sempre com a devida
previsibilidade de deslocamento do militar estadual, e corresponde à situação em que este recebe os
valores correspondentes às diárias antes do deslocamento ou durante o afastamento da sede, desde
que o Processo de Empenho tenha iniciado antes do deslocamento;
c) Diária de viagem vencida: situação em que o militar estadual recebe os valores devidos em
diárias de viagem somente após o retorno à sede do OPM, constituindo uma variante da regra normal
de pagamento, quando não for possível a previsibilidade de deslocamento;
d) Diárias de viagem rotineiras: despesas com diárias de viagem decorrentes do afastamento
do militar estadual, em objeto de serviço, considerado de rotina dos OPM, fazendo parte do Plano
Trimestral de Necessidades (PTN) dos Comandos Regionais e Departamentos;
e) Diárias de viagem previsíveis: despesas com diárias de viagem decorrentes do afastamento
do militar estadual, em objeto de serviço, em eventos pontuais com calendário preestabelecido e
previsíveis de cada Comando Regional e/ou Departamento, tais como, Festas Populares (Fenavinho,
Festa da Uva, Oktoberfest, etc.), com repercussão financeira superior ao valor distribuído como cota
mensal;
f) Diárias de viagem extraordinárias: despesas com diárias de viagem decorrentes do
afastamento do militar estadual, em objeto de serviço, em eventos extraordinários, tais como,
Operações de Reintegração de Posse, Reforço de Policiamento em Presídios, outras Operações de
Policiamento, etc.
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Nos casos em que não for possível a comprovação de despesas com alimentação, para os fins
mencionados no parágrafo acima, por inexistência, no local para onde se deslocar o servidor de
estabelecimento habilitado para o fornecimento de refeições, assim reconhecido pela chefia
imediata, o mesmo fará jus à diária reduzida a ¼ (um quarto) do valor da diária integral (art. 6º,
alínea “f” c/c §5º, do Decreto n.º 24.846/76).
Nos casos em que houver pagamento de etapa alimentação não poderá ser efetuado
cumulativamente o pagamento de ressarcimento de despesa de alimentação prevista nos §4º e §5º,
do art. 6º, do Decreto n.º 24.846/76.
b. Ajuda de Custo:
1) A ajuda de custo será paga ao militar estadual por ocasião de sua movimentação,
possibilitando-lhe as condições para a realização de sua alteração de domicílio e instalação para o
desempenho de suas funções na nova sede.
2) Caso o militar estadual não tenha recebido antecipadamente a indenização por ocasião do seu
afastamento do OPM anterior, deverá o Comando ou Chefia a que estiver subordinado, logo após a
sua apresentação, providenciar em remeter o Mapa de Ajuda de Custo ao Estado Maior-PM4, o qual
providenciará o repasse dos recursos orçamentários para o processamento da despesa.
3) É vedado o pagamento de ajuda de custo ao militar estadual transferido para município
limítrofe da sede atual, quando atendido por transporte urbano regular, ou não ficar comprovada a
necessidade de mudança de domicílio em caráter permanente.
4) O militar estadual que tiver recebido a ajuda de custo deverá restituir, de uma vez só, ao erário
50% (cinquenta por cento) do valor percebido quando, até seis meses após ter seguido e se
apresentado no novo OPM, deste for a pedido dispensado, licenciado ou exonerado (ex.: reserva
remunerada).
5) O valor da indenização corresponderá à uma remuneração total mensal a que faz jus, do seu
posto ou graduação (excluídas as vantagens temporais, de caráter pessoal), o militar estadual que
não possuir dependentes; de duas remunerações acima mencionadas, quando possuir dependentes,
consideradas, ainda, a distância existente entre a sede de origem e a localidade de destino, conforme
abaixo:
a) Tipo “A” – destinada ao pagamento de militar estadual que possuir dependente e o
deslocamento seja para localidade situada a mais de 100 (cem) quilômetros da sua sede de origem,
no valor de duas remunerações, correspondentes ao posto ou graduação, excluídas as vantagens
temporais de caráter pessoal;
b) Tipo “B” – destinada ao pagamento de militar estadual que possuir dependente e o
deslocamento seja para localidade situada até 100 (cem) quilômetros da sua sede de origem, no
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a) Tipo “A” – corresponde ao valor a ser pago ao militar estadual quando o deslocamento for da
sede para localidade distante até 50 (cinquenta) quilômetros e não implicar pernoite, sendo o
pagamento realizado sob forma de ressarcimento, com base nos comprovantes de despesas com
alimentação ratificados pelo Ordenador de Despesa, até o limite de 50% (cinquenta por cento) do
valor da diária de viagem Tipo “A”;
b) Tipo “B” - corresponde ao valor a ser pago ao militar estadual quando o deslocamento for da
sede para localidade distante até 50 (cinquenta) quilômetros, não implicar pernoite e não for possível
a comprovação de despesas com alimentação, por inexistência no local de estabelecimento
habilitado para o fornecimento de refeições, assim reconhecido pelo Ordenador de Despesa. O
pagamento será realizado sob forma de ressarcimento à luz da declaração firmada pelo militar
estadual e ratificada pelo Ordenador de Despesa até o limite máximo de 25% (vinte e cinco por
cento) do valor da diária de viagem Tipo “A”.
e. Fluxograma de Solicitação de Recursos
1) Diárias de viagem rotineiras:
a) Os pedidos devem ser inseridos no PTN, encaminhado ao Estado-Maior-PM4, no início de
cada trimestre, com base nas necessidades de cada Comando Regional/Departamento e nas médias
de despesas realizadas no trimestre anterior;
b) Os eventuais pedidos de suplementações de recursos ao Estado-Maior-PM4 devem ser
acompanhados de Relatório de Aplicação dos recursos recebidos pelo PTN.
2) Diárias de viagem previsíveis:
a) No início de cada exercício financeiro (até 15 de janeiro), os Comandos e Departamentos
deverão encaminhar ao Estado-Maior-PM4 o calendário com os eventos de sua área de
responsabilidade, acompanhado do planejamento para emprego de efetivo e a consequente
repercussão financeira;
b) Após análise do EMBM, a repercussão financeira será encaminhada para a consequente
programação dos recursos orçamentários e liberação nas datas estabelecidas.
3) Diárias de viagem extraordinárias:
1) Após ciência do evento, os Comandos Regionais deverão encaminhar de imediato ao EMBM,
Sumário de Estudo de Estado-Maior (SEEM), para análise e decisão do Comando;
2) Posterior a análise do EMBM e, aprovação do Comando, a repercussão financeira será
encaminhada para a consequente programação e liberação de recursos orçamentários em diárias de
viagem.
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4. PRESCRIÇÕES DIVERSAS
a. Mensalmente os Comandos/Departamentos/Ajudância-Geral/OPM Especiais, deverão receber
uma cota fixa de recursos de diárias de viagem, que terá por base a proporcionalidade do efetivo
existente com as possibilidades de deslocamentos em objeto de serviço nas situações de
normalidade, enquadrando-se nestas circunstâncias os serviços de estafeta, motorista, reuniões
administrativas, audiências judiciais entre outras;
b. Caberá ao Comando/Departamento/Ajudância-Geral/OPM Especial, planejar os deslocamentos
de forma a proporcionar o pagamento antecipado de diárias de viagem ao militar estadual, dando-
lhe condições de realizar as refeições e/ou hospedagem durante o período de seu afastamento da
sede;
c. Caberá ao Comando/Departamento/Ajudância-Geral/OPM Especial, solicitar com a devida
antecipação ao Estado-Maior-PM4 suplementação de recursos orçamentários para atender a eventos
especiais, mediante expediente fundamentado, possibilitando as providências com vistas à liberação
do recurso junto ao órgão competente;
d. Ao final de cada mês, o Comando/Departamento/Ajudância-Geral/OPM Especial, deverá
informar ao Estado-Maior-PM4 os saldos de recursos de diárias de viagem disponíveis e não
comprometidos, a fim de possibilitar a complementação de necessidades ou a redistribuição do
recurso a outros OPM;
e. Não deverá ser autorizado o afastamento de militares estaduais que demandem despesas com
diárias de viagem sem o enquadramento nas situações apresentadas;
f. Nas situações de Diárias de Viagem Rotineiras e Previsíveis, os Comandos Regionais e
Departamentos deverão providenciar os processos de Autorização de Empenho de forma
antecipada, a fim de que os militares estaduais possam receber o benefício antes do afastamento em
objeto de serviço;
g. Nas Diárias de Viagem Previsíveis, considerando-se a hipótese de mudança no calendário de
eventos, os Comandos Regionais e Departamentos encaminharão ao EMBM, em tempo hábil, a
devida alteração para que se processem as consequentes correções na programação de recursos
orçamentários;
h. Os Comandos Regionais e Departamentos deverão manter atualizado o cadastro de seus militares
estaduais, antecipando possíveis problemas que possam impedir o recebimento de diárias de
viagem;
i. A diária de viagem, com exceção a do tipo Especial, quando vencida na Capital, serão
multiplicadas por 2,20 (dois inteiros e vinte centésimos); quando vencidas no interior, por 1,80 (um
inteiro e oitenta centésimos); quando vencidas em outras Unidades da Federação, por 4,00 (quatro
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inteiros), com exceção das vencidas no Distrito Federal e nas Capitais dos Estados de São Paulo e
Rio de Janeiro, cujo multiplicador será por 6,00 (seis inteiros);
j. processamento da despesa será regulado pela Divisão de Finanças do Departamento
Administrativo da Brigada Militar, através de Instrução Complementar;
k. A prestação de contas será regulada pela Divisão de Finanças do Departamento Administrativo
da Brigada Militar, através de Instrução Complementar;
l. Não caberá concessão de diárias de viagem ao militar estadual quando:
1) Utilizar meio de transporte que já inclua em seu preço a alimentação e pousada pelo tempo
que durar essa espécie de transporte ou o pagamento das despesas correr por conta do Estado;
2) Em deslocamento conjunto de sua OPM em operações de instrução ou ação conjunta de
manutenção da ordem em outro município, desde que supridas com alimentação e hospedagem;
3) O deslocamento fora da sede não implicar qualquer despesa de alimentação, estadia ou
pernoite, aplicando-se idêntico procedimento ao dia utilizado para o regresso;
4) O deslocamento, por motivo de saúde, não for resultante de acidente em serviço ou moléstia
profissional;
5) O deslocamento, fora da sede, for para localidade distante até 50 (cinquenta) quilômetros e
não implicar pernoite;
6) Quando for chamado para responder em foro civil ou militar por crime não funcional ou
militar na condição de réu, ainda que venha a ser absolvido;
7) Quando participar de processo de seleção de Curso ou Estágio em que não esteja convocado
ou obrigado a realizar;
m. O Departamento Administrativo poderá editar instruções complementares, visando ao
cumprimento desta NI no tocante às rotinas administrativas da Corporação;
n. Os processos de pagamento de diárias de viagem nos deslocamentos para fora do Estado ou do
país serão elaborados pela Ajudância-Geral quando envolver militares estaduais de mais de um
OPM. Quando envolver militares estaduais da mesma Unidade, o Comando, ao qual estão
subordinados, fará todo o processo de afastamento e pagamento de diárias;
o. A autoridade responsável pela remoção, o Ordenador de Despesa e o militar estadual beneficiado,
responderão solidariamente pelos atos que praticarem;
p. Esta Nota de Instrução entra em vigor na data de sua publicação, revogando as disposições em
contrário, em especial a NI n.° 1.3/EMBM/2018 de 12 de novembro de 2018.
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1. FINALIDADE
Estabelecer padrões procedimentais para o controle de disparos de armas de fogo por Policiais
Militares em ato de serviço, em razão da função ou com arma funcional em qualquer hipótese.
2. BASE LEGAL
a. Constituição Federal, de 05 de outubro de 1988;
b. Constituição do Estado do Rio Grande do Sul, de 03 de outubro de 1989;
c. Decreto-Lei n.º 1.001, de 21 de outubro de 1969 - Código Penal Militar;
d. Decreto-Lei n.º 1.002, de 21 de outubro de 1969 - Código de Processo Penal Militar;
e. Decreto-Lei n.º 2.848, de 07 de dezembro de 1940 - Código Penal Brasileiro;
f. Decreto-Lei n.º 3.689, de 03 de outubro de 1941 - Código de Processo Penal;
g. Lei n.º13.964, de 24 de dezembro de 2019 - Aperfeiçoa a legislação penal e processual penal e
regula a cadeia de custódia da prova;
h. Lei n.º 10.826, de 22 de dezembro de 2003 - SINARM;
i. Lei n.º 11.706, de 19 de junho de 2008 - Altera e acresce dispositivos à Lei n.º 10.826, de 22 de
dezembro de 2003 – SINARM;
j. Diretriz Geral de Correição n.º 038/2022;
k. Portaria n.º 030/COR-G/2022.
3. EXECUÇÃO
Procedimentos administrativos (padrão de controle de disparos de armas de fogo por Militar
Estadual (ME) em serviço) em razão da função ou com arma funcional em qualquer hipótese, que
devem ser adotadas pelo:
a. Militar Estadual:
Todos os ME da Brigada Militar (BM), independente do posto ou graduação, são
responsáveis pelo cumprimento das Normas de Segurança previstas para o manejo e utilização das
armas de fogo, devendo tomar as medidas preventivas cabíveis à sua esfera, sob risco de omissão e
corresponsabilidade;
5) Quando de folga, comunicar o fato via telefone de emergência (190) e através do canal de
comando que estiver subordinado;
a) Diligenciar, junto aos hospitais de pronto atendimento, a existência de feridos por DAF;
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c) Lançar nota da Sindicância Técnica de Tiro do SGC para publicação em BI e encaminhar via
e-mail ao P4 da unidade para os encaminhamentos devidos.
d. Comandante dos Comandos Regionais de Policiamento Ostensivo (CRPO) e OPM
Especiais:
Receber a Sindicância de Tiro dos OPM
1) Remeter a 1ª via da Sindicância de Tiro com os estojos e guia própria para descarga ao DLP-
CMB;
2) Fazer publicar em BI os dados da Sindicância Técnica de Tiro, com vistas à publicidade do
ato e à consequente inserção nos assentamentos do(s) ME.
e. DLP-CMB:
1) Receber a Sindicância de Tiro dos OPM;
2) Proceder à descarga da munição utilizada em serviço após processados os anexos recebidos.
f. Departamento de Informática:
1) Elaborar Banco de Dados Sindicância de Tiro, em conjunto com o DLP-CMB, deverá mantê-
lo em disponibilidade para os OPM, bem como fazer as atualizações necessárias, de forma a emissão
de relatórios e gráficos abrangendo os diversos campos existentes;
2) Manter sistema de back-up do Banco de Dados.
g. Departamento de Ensino (DE):
1) A partir do Banco de Dados, produzir as análises quantitativa e qualitativa mensal dos
relatórios estatísticos, planejando os treinamentos com vistas à realimentação do processo ensino-
aprendizagem.
2) Fomentar a realização de grupos de estudos para análise das ocorrências de disparo de arma
de fogo, com vistas à instrução continuada da tropa.
h. EMBM-PM3:
Receber do DLP-CMB, até o dia 10 (dez) dos meses de janeiro e julho, de cada ano, o processo
(PROA) contendo os relatórios estatísticos, com vistas à análise e remessa a SSP.
i. Corregedoria-Geral:
Fazer observar a juntada das Sindicância Técnica de Tiro nos autos dos IPM, quando houver
disparos de arma de fogo praticados por ME.
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4. PRESCRIÇÕES DIVERSAS
a. Subsidiar o trânsito da informação por meio do Sistema de Correição e do Canal Técnico de
Correição no âmbito da Brigada Militar;
b. Subsidiar o trânsito da informação por meio do Sistema de Inteligência e do Canal Técnico de
Inteligência no âmbito da Brigada Militar, respeitada a necessidade de saber e a devida
compartimentação;
c. O descumprimento das prescrições estabelecidas nesta NI sujeitará o transgressor a
enquadramento disciplinar;
d. Os Comandantes, Chefes e Diretores, deverão programar instruções em todos os níveis
hierárquicos, visando à divulgação, estudo e operacionalização das determinações nesta NI;
e. As instruções realizadas deverão ter seus registros encaminhados via P3 dos OPM, contendo o
nome do Instrutor, dos instruendos, data, hora, local e conteúdo ministrado, para o Comando
Regional, que por sua vez, publicará em BI com vistas à publicidade do ato e à consequente inserção
nos assentamentos do(s) ME;
f. A jurisprudência e a doutrina reinantes no universo do direito brasileiro contemplam de maneira
clara a questão das excludentes de ilicitude e do excesso punível previstos no Código Penal
Brasileiro, razão pela qual deverá ser utilizada como referencial teórico a farta bibliografia que
aborda o assunto;
g. Também deverá ser objeto de abordagem a Lei n.º 13.869, de 5 de setembro de 2019 (abuso de
autoridade) e os aspectos relativos ao Poder de Polícia (conceituado no art. 78 do Código Tributário
Nacional e amplamente tratado no âmbito do Direito Administrativo), além das técnicas de
isolamento de locais de crime;
h. O uso da força nas ações de polícia ostensiva deve ocorrer dentro dos limites que a Lei estabelece
e que a doutrina e a jurisprudência consagram como aceitáveis, razão pela qual, nas instruções
ministradas a todos os ME pelos respectivos Comandantes, Chefes, Diretores, Corregedor-Geral e
Ajudante-Geral, deverá o assunto ser amplamente debatido, a fim de que sejam dirimidas, na
totalidade, as eventuais dúvidas surgidas;
i. No exercício do poder de polícia, com relação a reuniões ou manifestações pacíficas, é proibido
o disparo de armas de fogo com munições letais, devendo a ação de polícia ser no sentido de manter
a segurança para os participantes do evento;
j. O armamento da Brigada Militar, envolvido em ocorrência policial com qualquer resultado,
somente poderá será apreendido/recolhido por autoridade de polícia judiciária militar, salvo por
ocasião de determinação judicial, mediante o devido mandado judicial de busca e apreensão;
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k. Esta Nota de Instrução entra em vigor na data de sua publicação, revogando as disposições em
contrário, especialmente, a Nota de Instrução n.º 1.20/EMBM/2019.
3 Distância:
Distância do PM ao alvo/vítima Metros: Metros: Metros:
(se vários disparos em distâncias variadas, descrever cada uma delas)
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4 Dados da vítima:
Nome:
Sexo: RG/Identidade: Idade * (se ignorada, preencher idade aparente).
Endereço:
Cútis Idade aparente Antecedentes
• Branca • Criança (00/12) • Sem antecedentes
Parda • Adolescente (13/18) • Posse Entorpecentes
• Negra • 19/25 anos • Roubo
• ___________ • 26/30 anos • Tráfico de Entorpecentes
• 31/40 anos • Homicídio
• + de 40 anos • Lesão Corporal
• Foragido/Procurado
• Outro: ............................................
6 Qualidade do disparo do ME
N.º de Impactos no alvo Local do corpo atingido Impacto no alvo, indicar:
•1 • Cabeça • Lesão leve
•2 • Tórax • Lesão grave
•3 • Membros superiores • Óbito
•4 • Membros inferiores
•5 • Ignorado
• mais:
Obs.: Os dados referidos a cima serão informados sempre que possível.
Em caso de óbito, a guarnição não deverá mexer no corpo antes da realização da perícia técnica.
ME atuou: sozinho em dupla trio mais
7 Resultado produzido pelo(s) disparo(s) do ME: ( Indicar número de impactos de cada resultado)
Resultado N.º Resultado N.º
• Impacto atingiu somente agressor e não • Disparo não atingiu agressor, e produziu lesão
transfixou corporal em terceiro
• Impacto atingiu agressor, transfixou e não • Impacto atingiu agressor, transfixou e causou
causou danos materiais danos materiais
• Impacto atingiu agressor, transfixou e produziu • Disparo não produziu qualquer resultado
lesão corporal em terceiro
• Impacto somente produziu danos materiais Arma não funcionou ou funcionou apresentando
problemas
• Impacto atingiu agressor, produziu lesão • Munição não funcionou
corporal em terceiro e danos materiais
20
9 Outros dados
Quanto ao agente policial Se impacto na viatura - descrever:
Porte de Colete Sofreu Lesão • Para-brisa • Pneus • Portas • Frente •
• Sim • Não • Sim • Não Traseira
• Transfixou viatura • Não Transfixou viatura
Se sofreu impacto: • No colete • Cabeça • Pescoço
• Membros superiores • Membros inferiores • Óbito
Danos ao patrimônio
Especificar Danos:
____________________________
Cmt OPM
21
1. FINALIDADE
Regular o emprego das Militares Estaduais Femininas durante o período de gestação e
amamentação.
2. BASE LEGAL
a. Constituição Federal, de 05 de outubro 1988;
b. Constituição do Estado do Rio Grande do Sul, de 03 de outubro de 1989;
c. Lei Estadual n.º 9229, de 04 de fevereiro de 1991, que dispõe sobre as licenças maternidade,
paternidade e adoção, e dá outras providências;
d. Lei Estadual n.º 10.098, de 03 de fevereiro de 1994, que dispõe sobre o estatuto e regime jurídico
único dos servidores públicos civis do Estado do Rio Grande do Sul;
e. Lei Complementar n.º 10.990, de 18 de agosto de 1997, que dispõe sobre o Estatuto dos
Servidores Militares da Brigada Militar do Estado do Rio Grande do Sul e dá outras providências.
f. Lei Estadual n.º 10.991, de 18 de agosto de 1997, que dispõe sobre a Organização Básica da
Brigada Militar do Estado e dá outras providências;
g. Informação n.º 333, Assessoria Jurídica, 26 de setembro de 2016;
h. Decreto Estadual n.º 56.536, de 01 de junho de 2022, que regulamenta o regime especial de
teletrabalho no âmbito da administração pública estadual direta, autárquica e fundacional.
3. EXECUÇÃO
a. Quando da Constatação da gestação
1) A militar estadual ao tomar conhecimento que está grávida deverá comparecer à visita médica,
a fim de comprovar seu estado gestacional;
2) Assim que comprovada a gravidez, o médico do Departamento de Saúde da Brigada Militar
dará conhecimento ao respectivo Comandante, Chefe ou Diretor, fazendo constar no livro de
controle da visita médica e ficha sanitária a condição de gestante da militar, que deverá ser transcrita
e publicada em Boletim Interno da unidade, acompanhada, no mínimo, da prescrição de Dispensa
de Policiamento e Guarda – DPG e Dispensa de Educação Física e Instrução Movimentada –
DEFIM, além de outras eventualmente necessárias, como dispensa do uso do coturno – DUC;
3) Imediatamente após a comunicação da condição de gestante da militar estadual, o
Comandante, Chefe ou Diretor deverá determinar o seu afastamento das atividades de policiamento
e guarda, observando a respectiva prescrição médica.
22
b. Rotinas de Emprego
A militar estadual gestante deverá ser empregada, obedecendo aos seguintes aspectos:
1) Atividade essencialmente administrativa, sendo vedado o emprego de gestantes na
atividade-fim (policiamento ostensivo), o que inclui também a vedação de emprego nas salas de
operações e quartelarias.
2) Os turnos de serviço das gestantes devem ser diurnos (2º e 3º), observando-se o horário do
expediente administrativo, sendo vedado o emprego de gestantes em horário noturno (4º e 1º turno).
5) As militares estaduais gestantes não deverão ser empregadas em atividades que as afastem
da sua localidade de moradia, motivo pelo qual resta-lhes vedado o emprego de diárias.
7) A militar estadual em gozo de licença amamentação não faz jus ao recebimento de diárias,
substituição temporária, bem como gratificação correspondente, tendo em vista a incompatibilidade
da redução de carga horária com o necessário acúmulo de atribuições, bem como em observância
aos princípios constitucionais da moralidade, legalidade e eficiência administrativas (art. 37 da
CF/88).
4. PRESCRIÇÕES DIVERSAS
a. O emprego da gestante deverá proporcionar plenas condições de saúde e segurança à gestante e
ao feto, permitindo ao nascituro seu total desenvolvimento físico, psicomotor e emocional;
b. A gestante deverá manter o médico do Departamento de Saúde informado sobre quaisquer
alterações em seu estado sanitário, assim como do feto, para que seja adequada sua forma de
emprego em razão de eventuais limitações físicas e orgânicas relacionada a sua atuação e
23
compatíveis com seu quadro clínico, que, por sua vez, deverá repassar a informação ao respectivo
Comandante, Chefe ou Diretor na forma regulamentar para a adoção das providências pertinentes;
c. É recomendável que o Comandante, Chefe ou Diretor conscientize os integrantes de seu OPM
para que seja proporcionado à gestante um ambiente de trabalho saudável e acolhedor, monitorando
constantemente a condição sanitária da militar, visando oferecer as melhores condições para o
desenvolvimento integral do nascituro;
d. O gozo da Licença Maternidade terá início a partir da alta da Unidade de Tratamento Intensivo,
em caso de nascimento prematuro do nascituro;
e. Em caso de parto normal ou cesariana, o gozo da Licença Maternidade terá início a partir da data
do nascimento e para servidora militar adotante a partir da concessão do termo de guarda ou da
adoção;
f. Assim que comprovada a gravidez por médico do Departamento de Saúde da Brigada Militar, a
militar estadual gestante fará uso da jardineira na cor verde BM, conforme RUAPBM, podendo, no
entanto, na falta deste fazer uso do uniforme de educação física (5º Z4);
g. Havendo condições de emprego da servidora gestante na modalidade de teletrabalho, sem
prejuízos para a administração pública, é facultado a chefia imediata da militar, conceder o emprego
nesta modalidade, nos termos do Decreto Estadual n.º 56.536/2022;
h. Esta Nota de Instrução entra em vigor na data de sua publicação, revogando as disposições em
contrário, especialmente, a Nota de Instrução n.º 1.21/EMBM/2018.
24
1. FINALIDADE
Regular os procedimentos a serem adotados pela Brigada Militar, no tocante à elaboração,
execução e controle das escalas de serviço dos militares estaduais.
2. BASE LEGAL
a. Constituição Federal, de 5 de outubro de 1988;
b. Constituição do Estado do Rio Grande do Sul, de 3 de outubro de 1989;
c. Lei Complementar n.º 10.990, de 18 de agosto de 1997, que dispõe sobre o Estatuto dos
Servidores da Brigada Militar;
d. Lei Estadual n.º 10.991, de 18 de agosto de 1997, que aprova a Lei de Organização Básica da
BM;
e. Lei Complementar n.º 15.454, de 17 de fevereiro de 2020 estabelece o subsídio para a Brigada
Militar;
f. Decreto Estadual n.° 38.107, de 22 de janeiro de 1998, que regulamenta a LOB/BM;
g. Decreto n.º 42.018, de 9 de agosto de 1957, Regulamento Interno e dos Serviços Gerais do
Exército Brasileiro;
h. Parecer n.º 11.659 – PGE de 09 de junho de 1997, que estabelece a carga horária mensal;
3. EXECUÇÃO
a. Definição de Termos
Com a finalidade de harmonizar a compreensão sobre termos, situações e circunstâncias
utilizadas na presente NI, adotam-se, as seguintes definições:
1) Serviço: é a atividade interna ou externa, desenvolvida por militar estadual na execução de
atividades de polícia ostensiva, em decorrência de dispositivo legal, gerenciada por um
Comandante.
a) É considerado também como serviço, para todos os fins, desde que comprovado (atas,
certidões, publicações em Boletim, etc.), os atos realizados pelos militares estaduais em função do
serviço propriamente dito, tais como: instrução, treinamento, formaturas, frequência a audiências
em delegacias de polícia, no Ministério Público, no Poder Judiciário e em outros órgãos públicos
ou afins, bem como serviço administrativo;
b) A jornada de serviço executada na Sala de Operações e despacho de viaturas é um serviço
interno, considerado como atividade fim de policiamento ostensivo.
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2) Turno de Serviço: é o período temporal para emprego do militar estadual, em escala ordinária,
resultante da divisão de um dia de trabalho.
3) Jornada de Serviço: período de emprego do militar estadual, coincidente ou decorrente do
somatório dos turnos de serviço, realizados continuamente.
4) Descanso ou Intervalo de Descanso: período temporal de afastamento total concedido ao
militar estadual, entre um turno de serviço/jornada de serviço e o outro subsequente.
5) Ciclo de Serviço: é o somatório da jornada de serviço e o período destinado ao respectivo
descanso.
6) Escala de Serviço: é a relação do pessoal ou das frações de tropa que concorrem na execução
de determinado serviço, tendo por finalidade principal a distribuição equitativa de todos os serviços
de um OPM.
7) Jornada Semanal: somatório de horas trabalhadas no período de uma semana, que corresponde
ao lapso temporal ininterrupto de 07 (sete) dias.
8) Jornada de Compensação: descanso concedido em razão de carga horária relativa a jornada de
trabalho executada consecutivamente pelo Militar Estadual subsequentemente a execução do
serviço.
9) Folga: é o afastamento total concedido ao militar estadual estabelecida na legislação e com
periodicidade variada, segundo o seu ciclo de serviço e conforme o planejamento dos Comandantes
de OPM, desde que o beneficiado não tenha sofrido afastamento do serviço, no período aquisitivo,
por motivo diverso (falta, dispensa médica, etc.), quando se inicia nova contagem.
10) Escala Regular: é a previsão de emprego de militar estadual em atividades de polícia, em
situação de rotina do OPM, devendo haver rigoroso controle de suas variáveis e, se possível,
distinção sobre as executadas em dias úteis e as executadas em domingos e feriados.
11) Escala Extra: é a previsão de emprego de militar estadual, em situação imprevisível ou
especial, fora dos padrões normais de sua jornada de trabalho, para atender demandas de segurança
pública, por um tempo determinado ou estimado.
12) Escala de Sobreaviso: situação na qual o Militar Estadual permanece em sua residência, ou
em local dentro da área de responsabilidade territorial do OPM, atento e prevenido da possibilidade
de ser chamado para o desempenho de missão extraordinária, conforme regulado em item específico
da presente Nota de Instrução Administrativa.
13) Prontidão: permanecer na unidade preparado para sair do quartel para o cumprimento de
missão, tão logo ordenado.
14) Expediente Administrativo: é a fase da jornada de serviço destinada à preparação e execução
das rotinas normais da administração da unidade e ao funcionamento das repartições e das
26
dependências internas.
15) Comandante: É o título genérico dado ao Policial Militar, correspondente ao de Diretor,
Chefe, ou outra denominação que tenha ou venha a ter aquele que, investido de autoridade
decorrente de leis e regulamentos, for responsável pela administração, instrução e disciplina de uma
organização de Polícia Militar.
16) Responsabilidade Territorial: Os Militares Estaduais em comando, com tropa desdobrada no
terreno são permanentemente responsáveis, perante o escalão imediatamente superior, pela
manutenção da ordem pública na circunscrição territorial que lhes estiver afeta, especialmente pelo
que decorre do policiamento ostensivo. Como dever compete-lhes a iniciativa de todas as
providências legais e regulamentares, para ajustar os meios que a Brigada Militar aloca ao
cumprimento da missão naquele espaço territorial considerado.
b. Das escalas de Serviço
Os Comandantes deverão registrar separada e destacadamente os lançamentos dos serviços
regulares, extras (serviços especiais ou imprevisíveis), o expediente administrativo, bem como o
efetivo indisponível e de folga.
c. Turno de serviço regular
1) Os horários referenciais para turnos de serviço adotados na Corporação, sendo admitidas
alterações no início e término considerados nesta norma, em até duas horas, para mais e/ou para
menos, a fim de atender situações especiais de horários de transporte, aspectos operacionais,
características sociais das localidades, etc. são os seguintes:
com indenização específica, devendo, portanto, ser compensado pelo militar estadual
posteriormente;
e) Dispensa para convalescença domiciliar;
f) O período de dispensa para convalescença domiciliar prescrito pelo profissional de saúde e
homologado pelo Junta Policial Militar de Saúde deve ser contabilizado com base na carga horária
média normal dos militares, ou seja, 5,7h (equivalente a 342 minutos), caso a convalescença se dê
em dias onde esteja previsto folga, como folga será considerada;
g) O militar que afastar-se do serviço por mais de 01 dia para convalescença domiciliar, salvo
situação excepcionalíssima, devidamente justificada, não deverá ser escalado para cumprir escalas
extras no mês em curso a sua convalescença.
f. Da fiscalização do serviço administrativo e operacional
A fiscalização, gestão e controle dos serviços da Brigada Militar ocorrerão através dos postos e
graduações abaixo referenciados:
1) Superior de dia: Serviço executado por oficial superior, que responderá pelas atividades
administrativas e operacionais na esfera de suas atribuições nos Comandos e Departamentos em
horários diversos do expediente administrativo, ou em eventual ausência do Comandante, chefe ou
Diretor. Admite-se o sobreaviso no 4º e 1º turnos, bem como nos finais de semana e feriados.
2) Supervisor de dia: Serviço executado, no terreno, por oficial intermediário, que responderá
pela gestão operacional do serviço externo de policiamento ostensivo dos Comandos (região), bem
como a gestão administrativa, em horários diversos do expediente, ou em eventual ausência de seu
comandante.
3) Oficial de Serviço Externo: Serviço executado, no terreno, por oficial subalterno, que
responderá pela gestão operacional na área do OPM. Também é responsável pelo serviço externo
de policiamento ostensivo do Batalhão.
4) Auxiliar de Serviço Externo: Serviço executado por graduado, que responderá pela
fiscalização do serviço externo nas subáreas de cada Companhia, bem como o suporte às suas
guarnições de policiamento.
5) Adjunto de dia: Serviço executado por graduado, que responderá pelas rotinas internas do
OPM e será o auxiliar direto do Oficial de Serviço Externo.
6) Para o atendimento de demandas administrativas e operacionais poderá o comandante do
OPM instituir outras funções que entender pertinentes conterem em sua escala de serviço, por
período limitado ou permanentemente.
31
4. PRESCRIÇÕES DIVERSAS
a. O PROA com as escalas de serviço deve ser arquivado anualmente pela OPM podendo ser
desarquivado a qualquer tempo pelo DA, para fins de consulta ou auditoria.
b. Aplicam-se as regras previstas na presente norma aos órgãos de direção, apoio e aos comandos.
c. Esta NI entra em vigência 30 dias após a sua publicação, revogando-se as disposições em
contrário em especial a NI ADM 33.2 de 13 de junho de 2013.
Anexo “Único” à NI n.º 1.23 – Mapa de Pagamento de Gratificação por Serviço Extraordinário
MAPA DE PAGAMENTO DE GRATIFICAÇÃO 1. Atesto a legalidade da
POR SERVIÇO EXTRAORDINÁRIO despesa
ESTADO DO RIO GRANDE DO SUL SECRETARIA DA
2. Proceda-se o pagamento
SEGURANÇA PÚBLICA BRIGADA MILITAR
REFERENTE AO MÊS DE: __________ DE _____
Em ____/_____/____
OPM: ______________________
Processo SPI n.º __________________ _________________________
(Nome e Ass do Cmt/Regional)
CARGA HORÁRIA
POSTO/ NOME
Nº ID FUNC ORDINÁRIA HORAS EXTRAS
GRAD COMPLETO
EXECUTADA/MÊS
01
02
03
04
05
Observação:__________________________________________________________________________________________________________________________
__________________________________________________________________________________________________________
Ao Sr Cmt do __________________________
Encaminho-lhe o presente mapa, certificando que o serviço extraordinário foi executado Conferido em ____/____/____ Digitado em ___/___/___
na forma autorizada, totalizando _____ HE, solicitando o lançamento no Sistema RHE.
Em ___ de ___________ de ______.
_______________________________ _______________________ __________________________
(Nome e Ass do Cmt OPM) (Nome e Ass do Ch Seção) (Nome e Ass do Digitador RHE)
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1. FINALIDADE
Regular a lavratura do Boletim de Atendimento (BA).
2. BASE LEGAL
a. Constituição Federal, de 05 outubro de 1988;
b. Constituição do Estado do Rio Grande do Sul, de 03 outubro de 1989.
3. EXECUÇÃO
a. Considerações gerais
O Boletim de Atendimento visa:
1) Subsidiar o nível gerencial da Instituição com informações para melhor exercer o controle
administrativo e operacional, dos recursos sobre sua responsabilidade;
2) Permitir ao nível de execução o registro de fatos, informações, providências e ações
executadas no cumprimento da missão Policial Militar (PM);
b. Definição
O Boletim de Atendimento (BA) é o documento operacional formal, lavrado pelos executores
do policiamento ostensivo, que visa registrar as ações e providências preventivas, repressivas e de
interferência da Polícia Ostensiva da Brigada Militar.
c. Posse
Inicialmente, a todos os executores do policiamento ostensivo.
d. Confecção, distribuição e controle
1) De forma física:
a) Serão confeccionados pelo DLP, com distribuição criteriosa, conforme efetivo e registros de
fatos, fornecidos pelos CRPO;
b) Os blocos serão constituídos de 25 (vinte e cinco) folhas, correspondendo uma folha, frente e
verso para cada BA;
c) O PM deverá ter em cautela a quantidade necessária de (BA) para o serviço, devendo ser
evitado o pagamento em excesso;
d) Os formulários que forem anulados por rasura, preenchimento incorreto ou outro motivo
justificado, devem ser entregues ao Cmt imediato do Militar Estadual, que lavrará tal fato em livro
próprio de controle;
e) Todos os BA emitidos devem, após sua lavratura, serem visados pelo Cmt do Pelotão do
34
Militar Estadual ou Cmt de fração de menor escalão quando com autonomia própria;
f) A qualquer momento o Cmt da Fração a que pertencer o Militar Estadual possuidor de bloco
de BA, poderá requisitá-lo para fins de fiscalização e controle.
2) De forma virtual:
a) Serão produzidos por meio do aplicativo Brigada Militar Mobile (BMMob) de uso individual,
por Militar Estadual previamente cadastrado no Sistema Informações Operacionais (SIOP);
b) Todos os BA produzidos, após sua lavratura, deverão ser revisados e homologados
(concluídos) pelo Cmt do Pelotão do Militar Estadual ou Cmt de fração de menor escalão quando
com autonomia própria junto ao Sistema Informações Operacionais (SIOP);
c) Os processos de elaboração, revisão e homologação (conclusão) serão realizados,
integralmente, de forma virtual. Nos casos de excepcional confecção de Boletim de Atendimento
(BA) na forma física, o cartório deverá inserir as informações constantes no documento produzido
junto ao Sistema Informações Operacionais (SIOP).
e. Missões
1) De forma física:
a) DLP
(1) Providenciar a confecção e distribuição dos talonários do BA, conforme a necessidade
dos OPM;
(2) Controlar a numeração sequencial dos BA;
(3) Estabelecer as normas e prazos quanto a pedidos e estoques mínimos;
(4) Controlar, através de sistema, a distribuição por OPM, englobando o estoque mínimo, a
fim de reposição imediata automática ou remanejo na Corporação.
b) CRPO/Btl/Reg
(1) Informar, a necessidade de talonários ao DLP;
(2) Distribuí-los aos OPM subordinados, devendo manter o controle;
(3) Recolher, no caso de afastamento ou da transferência do Militar Estadual do OPM, o BA
entregue em cautela, devendo o Militar Estadual receber outro talão em seu OPM de destino;
(4) Processar os documentos operacionais produzidos de forma que, após o término de cada
turno de serviço, sejam recolhidos e visados pelos Cmt da fração;
(5) Acompanhar rotineiramente o preenchimento dos BA, verificando o destino sequencial
de cada folha do talão. O Cmt da Fração deve visar, obrigatoriamente, o BA;
(6) Analisar os relatórios produzidos, traduzindo em ações operacionais as suas conclusões,
devendo estabelecer as medidas de planejamento e emprego dos efetivos de Polícia Ostensiva,
objetivando aperfeiçoar o emprego dos Militares Estaduais, visando melhorar a sua eficiência e
35
eficácia funcional;
(7) Manter arquivados adequadamente os BA, por um período mínimo de 05 (cinco) anos,
findos os quais poderão ser descartados, devendo tal fato constar em ata.
2) De forma virtual:
Subseção de Processamento de Ocorrências (SSPO)
a) Providenciar o cadastro do Militar Estadual e vincular os municípios sob responsabilidade
territorial da unidade operacional junto ao Sistema Informações Operacionais (SIOP);
b) Orientar os militares estaduais quanto ao acesso ao aplicativo Brigada Militar Mobile
(BMMob) e a disponibilidade do aplicativo junto a INTRANETBM.
4. PRESCRIÇÕES DIVERSAS
a. Toda e qualquer participação de Militar Estadual ou de guarnição de serviço da BM, decorrente
da execução de serviço, atendimento de chamado, comparecimento ou intervenção deverá ser
registrada em BA;
b. Características do talonário do BA na forma física:
1) Não é carbonado;
2) O talonário possui a numeração inicial e final do bloco;
3) Cada BA possui uma numeração própria dentro da estabelecida para o talonário;
4) Dimensões: 21 cm de largura x 15 cm de altura.
c. O campo fato, deverá ser preenchido conforme a atuação do PM no local, independentemente do
despacho de ocorrência que tenha sido designado pela SOp.
d. Esta Nota de Instrução entra em vigor na data de sua publicação, revogando as disposições em
contrário, especialmente, a Nota de Instrução n.º 1.32/EMBM/2018, publicada no BG 222, de 23 de
novembro de 2018.
Anexos:
Anexo “A” - Modelo do Boletim de Atendimento.
Anexo “B” - Normas de preenchimento do BA.
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1. DADOS GERAIS
a. De forma física:
1) Identidade Funcional: Registrar o número da Identidade Funcional do policial que atendeu
a ocorrência;
2) Data do Fato: Registrar a data em que o fato ocorreu;
3) Hora do Fato: Registrar a hora do acontecimento do fato;
4) Prefixo VTR: Registrar o prefixo da viatura que participou do atendimento da ocorrência;
5) Data Despacho: Registrar a data de despacho para atendimento da ocorrência;
6) Hora Despacho: Registrar a hora do despacho para atendimento da ocorrência;
7) Hora Chegada OC.: Registrar o horário da chegada no local de atendimento da ocorrência;
8) Hora Chegada DP: Registrar o horário da chegada na Polícia Civil ou outro órgão quando
do encaminhamento de ocorrência;
9) Hora Saída DP: Registrar horário de saída do órgão da Polícia Civil ou outro órgão quando
do encaminhamento de ocorrência;
10) Hora Final: Registrar horário final do atendimento da ocorrência;
11) Fato: Registrar como fato o nome da infração principal ou da causa motivadora da
intervenção responsável pela presença do policial no local, toda conduta prevista na legislação,
caracterizada como delituosa e que determine uma ação policial;
12) Endereço: Indicar o endereço onde ocorreu a ocorrência;
13) Número: Registrar o número do logradouro onde ocorreu o atendimento da ocorrência;
14) Complemento: Registrar complemento do número do logradouro do atendimento da
ocorrência;
15) Bairro: Registrar nome do bairro do atendimento da ocorrência;
16) Município: Registrar município de atendimento da ocorrência;
17) Forma de Comunicação: Preencher campo, conforme legenda constante ao BA;
18) Efetivo envolvido: Registrar qual o efetivo envolvido no atendimento da ocorrência dentro
da respectiva escala hierárquica de postos e graduações.
b. De forma virtual:
1) Órgão: Selecionar o município em que o fato a ser registrado ocorreu;
2) Operação: Selecionar a operação vinculada ao registro do fato, caso houver;
3) Tipo de Boletim: Selecionar o Boletim de Atendimento (BA);
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4) Forma de comunicação: Selecionar a opção que se enquadra ao fato a ser registrado (Rádio;
Fone; Pessoal e Outros);
5) Data/hora de comunicação: Registrar a data/hora em que o fato foi comunicado;
6) Fato: Registrar como fato o nome da infração principal ou da causa motivadora da intervenção
responsável pela presença do policial no local;
7) Forma: Selecionar se o fato foi consumado ou tentado;
8) Início/final: Registrar o início e o final (data/hora) do atendimento da ocorrência;
9) Endereço: Indicar o endereço onde ocorreu o fato a ser registrado;
10) Área: Registrar a área em que ocorreu o fato a ser registrado (urbana, suburbana e rural);
11) Tipo/local: Selecionar o tipo de local em que ocorreu o fato a ser registrado de acordo com
as opções relacionadas;
12) Histórico: Descrever as informações necessárias para futuras consultas em razão de
procedimentos ou processos judiciais, de modo que facilite os depoimentos dos policiais militares
como testemunhas do fato constatado. Deverá conter a descrição objetiva dos fatos relacionados
com a ação policial e todas as providências e encaminhamentos adotados, bem como o efetivo
envolvido no atendimento;
13) Viatura: Registrar o prefixo da viatura, a data/hora inicial do atendimento, a data/hora da
chegada no local, a data/hora da chegada na DP, a data/hora final do atendimento, a quilometragem
inicial e final da viatura e adicionar eventual viatura em apoio;
14) Atendentes/Outros documentos/Outros Órgãos: Preencher os referidos campos,
conforme o atendimento da ocorrência.
2. REGISTRO NOUTRO ORGÃO
Caso ocorra o registro da ocorrência em outro órgão indicar:
a. Nome do atendente: Indicar nome do servidor e/ou funcionário que atendeu a ocorrência, junto
ao órgão de apresentação da mesma;
b. Cargo/Função: Indicar qual o cargo ou função exercida pelo servidor/funcionário que atendeu
a BM;
c. Nº do Registro: Fazer constar o número do registro efetuado junto ao órgão de apresentação da
ocorrência;
d. Órgão: Preencher o órgão em que esta sendo apresentada a ocorrência.
3. REGISTRO NO SISTEMA
a. Nº Flagrante: Registrar número de flagrante policial quando da apresentação da ocorrência
em órgão da polícia civil;
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1. FINALIDADE
Regular o curso e a atualização para condutor de veículo de emergência, o curso e a atualização
para condutor de veículo de transporte coletivo de passageiros e a prova prática de capacitação para
condutor de viatura no âmbito da Brigada Militar.
2. BASE LEGAL
a. Lei n.º 9.503, de 23 de setembro de 1997 - Código de Trânsito Brasileiro;
b. Resolução n.º 789 de 18 de junho de 2020, do Contran;
c. Resolução n.º 849 de 8 de abril de 2021, do Contran;
d. Resolução n.º 927 de 28 de março de 2022, do Contran;
e. Portaria Detran/RS n.º 433 de 06 de dezembro de 2010;
f. Portaria Detran/RS n.º 221 de 26 de junho de 2013.
3. EXECUÇÃO
a. OPM responsáveis:
1) Caberá ao DE, a elaboração e execução do Curso de Condutores de Veículo de Emergência,
Curso de Condutores de Veículo de Transporte Coletivo de Passageiros, Atualização para
Condutores de Veículo de Emergência e Atualização para Condutores de Veículo de Transporte
Coletivo de Passageiros a todos os OPM, através do CFC-BM, sendo este último, o responsável pela
inserção dos dados no Sistema RENACH;
2) Caberá aos Comandos Regionais e aos OPM Especiais, a aplicação da Prova Prática de
Capacitação de Condutores de Viatura aos Praças de suas respectivas Frações subordinadas, para o
exercício da atividade de motorista de veículos da Corporação.
Praças:
a) Classificação, no mínimo, no comportamento ¨BOM¨;
b) Ser maior de 21 anos;
c) Estar habilitado em qualquer categoria de CNH;
d) Não estar cumprindo pena de suspensão ou cassação do direito de dirigir;
e) Parecer favorável do Cmt do OPM.
2) Estrutura Curricular:
a) Módulo I - Legislação de Trânsito 10 (dez) horas-aula determinações do CTB quanto a:
(1) Categoria de habilitação e relação com veículos conduzidos;
(2) Documentação exigida para condutor e veículo;
(3) Sinalização viária;
(4) Infrações, crimes de trânsito e penalidades;
(5) Regras gerais de estacionamento, parada e circulação;
(6) Legislação específica para veículos de emergência;
(7) Responsabilidades do condutor de veículo de emergência.
b) Módulo II – Direção Defensiva – 15 (quinze) horas aula:
(1) Acidente evitável ou não evitável;
(2) Como ultrapassar e ser ultrapassado;
(3) O acidente de difícil identificação da causa;
(4) Como evitar acidentes com outros veículos;
(5) Como evitar acidentes com pedestres e outros integrantes do trânsito (motociclista,
ciclista, carroceiro, skatista);
(6) A importância de ver e ser visto;
(7) A importância do comportamento seguro na condução de veículos especializados;
(8) Comportamento seguro e comportamento de risco – diferença que pode poupar vidas;
(9) Estado físico e mental do condutor, consequências da ingestão e consumo de bebida
alcoólica e substâncias psicoativas.
c) Módulo III – Noções de Primeiros Socorros, Respeito ao Meio Ambiente e Convívio
Social – 10 (dez) horas aula primeiras providências quanto à vítima de acidente, ou passageiro
enfermo:
(1) Sinalização do local de acidente;
(2) Acionamento de recursos: bombeiros, polícia, ambulância, concessionária da via e outros;
(3) Verificação das condições gerais de vítima de acidente ou enfermo;
(4) Cuidados com a vítima ou enfermo (o que não fazer);
43
b) Estrutura Curricular:
(1) Módulo I - Legislação de trânsito – 3 (três) horas aula
(a) Retomada dos conteúdos do curso de especialização;
(b) Atualização sobre resoluções, leis e outros documentos legais promulgados recentemente.
(2) Módulo II – Direção defensiva – 5 (cinco) horas aula
(a) A direção defensiva como meio importante para a segurança do condutor, passageiros,
pedestres e demais usuários do trânsito;
(c) Atualização dos conteúdos trabalhados durante o curso relacionando teoria e prática;
e) Regime de funcionamento:
(1) Cada curso de Atualização para Condutores de Veículo de Emergência será constituído
de 16 (dezesseis) horas aula;
(2) A carga horária presencial diária será organizada de forma a atender as peculiaridades e
necessidades da clientela, não podendo exceder, em regime intensivo, 10 horas aula por dia;
(3) O número máximo de alunos, por turma, deverá ser de 25 alunos;
(4) Considera-se hora aula o período igual a 50 (cinquenta) minutos.
f) Avaliação:
(1) Ao final do Curso, será realizada, pela instituição que ministrou os cursos, uma prova
com 20 (vinte) questões de múltipla escolha sobre os assuntos trabalhados;
(2) Será considerado aprovado no curso, o condutor que acertar, no mínimo, 70% das
questões da prova de cada módulo;
(3) O Centro de Formação de Condutores da BM deverá manter em arquivo, durante 05
(cinco) anos, os registros dos alunos com o resultado do seu desempenho.
g) Alteração de dados na CNH:
(1) Os condutores aprovados no Curso de Atualização para Condutores de Veículo de
Emergência terão os dados correspondentes registrados no cadastro RENACH pelo órgão
executivos de trânsito do Estado informando-os em campo específico da CNH.
h) Validade:
(1) Os cursos de atualização terão validade de no máximo de 5 (cinco) anos, quando os
condutores deverão realizar nova atualização do respectivo curso.
d. Procedimentos para realização do Curso para Condutores de Veículo de Transporte
Coletivo de Passageiros - Carga Horária: 50 (cinquenta) horas aula:
1) Critérios para a seleção dos candidatos para frequência no Curso:
Oficiais:
(a) Ser maior de 21 anos;
(b) Estar habilitado nas categorias de CNH D ou E;
(c) Não estar cumprindo pena de suspensão ou cassação do direito de dirigir;
(d) Parecer favorável do Cmt do OPM.
Praças:
(a) Classificação, no mínimo, no comportamento ¨BOM¨;
(b) Ser maior de 21 anos;
(c) Estar habilitado nas categorias de CNH D ou E;
(d) Não estar cumprindo pena de suspensão ou cassação do direito de dirigir;
47
b) Será considerado aprovado no curso, o condutor que acertar, no mínimo, 70% das questões
da prova de cada módulo;
c) O Centro de Formação de Condutores da BM deverá manter em arquivo, durante 05 (cinco)
anos, os registros dos alunos com o resultado do seu desempenho.
7) Alteração de dados na CNH:
a) Os condutores aprovados no Curso para Condutores de Veículo de Transporte Coletivo de
Passageiros terão os dados correspondentes registrados no cadastro RENACH pelo órgão executivos
de trânsito do Estado informando-os em campo específico da CNH.
8) Validade:
a) Os Cursos para Condutores de Veículo de Transporte Coletivo de Passageiros terão validade
máxima de 5 (cinco) anos, quando os condutores deverão realizar a atualização dos respectivos
cursos.
e. Procedimentos para realização do Curso de Atualização para Condutores de Veículo de
Transporte Coletivo de Passageiros - Carga Horária: 16 (dezesseis) horas aula: 16 (dezesseis)
horas aula:
1) Critérios para a seleção dos candidatos para frequência no Curso para Condutores de
Veículo de Emergência:
Oficiais:
a) Ser maior de 21 anos;
b) Estar habilitado nas categorias de CNH D ou E;
c) Possuir o Curso para Condutores de Veículo de Transporte Coletivo de Passageiros;
d) Não estar cumprindo pena de suspensão ou cassação do direito de dirigir;
e) Parecer favorável do Cmt do OPM.
Praças:
a) Classificação, no mínimo, no comportamento ¨BOM¨;
b) Ser maior de 21 anos;
c) Possuir o Curso para Condutores de Veículo de Transporte Coletivo de Passageiros;
d) Estar habilitado nas categorias de CNH D ou E;
e) Não estar cumprindo pena de suspensão ou cassação do direito de dirigir;
f) Parecer favorável do Cmt do OPM.
2) Estrutura Curricular:
a) Módulo I - Legislação de trânsito – 3 (três) horas aula:
6) Avaliação:
a) Ao final do Curso, será realizada, pela instituição que ministrou os cursos, uma prova com 20
(vinte) questões de múltipla escolha sobre os assuntos trabalhados;
b) Será considerado aprovado no curso, o condutor que acertar, no mínimo, 70% das questões
da prova de cada módulo;
c) O Centro de Formação de Condutores da BM deverá manter em arquivo, durante 05 (cinco)
anos, os registros dos alunos com o resultado do seu desempenho.
7) Alteração de dados na CNH:
a) Os condutores aprovados no Curso de Atualização para Condutores de Veículo de Transporte
Coletivo de Passageiros terão os dados correspondentes registrados no cadastro RENACH pelo
órgão executivos de trânsito do Estado informando-os em campo específico da CNH.
8) Validade:
a) Os cursos de atualização terão validade de no máximo de 5 (cinco) anos, quando os condutores
deverão realizar nova atualização do respectivo curso.
f. Procedimentos para a aplicação da Prova de Capacitação para condução de Viatura:
1) Após a conclusão do Curso para Condutores de Veículo de Emergência, o Militar Estadual
deverá ser submetido a aplicação Prova de Capacitação para condução de Viatura;
2) Cada Comando de OPM deverá providenciar na nomeação de uma Comissão para aplicação
da prova, sob a presidência de 01 (um) Oficial e composta de, no mínimo, 03 (três) ME possuidores
do Curso de Condutor de Veículo de Emergência, aprovados em Prova de Capacitação para
Condução de Viatura, sendo pelo menos 01 (um) dos membros da comissão, possuidor de CNH da
categoria igual ou superior a pretendida pelos candidatos;
3) A Comissão deverá elaborar de uma Ata final contendo os nomes dos selecionados e os que
foram aprovados e reprovados na aplicação da Prova de Capacitação, para publicação em Boletim
Interno do OPM;
4) O local para a realização da Prova de Capacitação é definido pela Comissão, devendo a ser,
preferencialmente, realizada em local que reproduza as condições de execução da atividade de
motorista;
5) A avaliação para a habilitação deve considerar um mínimo de 70% (setenta por cento) de
aproveitamento na prova;
6) A Prova Prática deve ser realizada segundo as seguintes normas:
a) A sua realização é individual;
b) O tempo para a sua realização é de acordo com os critérios estabelecidos pela Comissão, face
o número de ME e de Vtr disponíveis para a aplicação da prova;
52
c) Para a sua realização deve haver, obrigatoriamente, junto com a Vtr e o ME candidato, o
Oficial com habilitação específica;
d) A avaliação deve ser imediata, através de pontuação anotada em planilha, previamente
identificada com o nome do ME, onde se apontam os pontos perdidos e ganhos na condução da Vtr;
7) Os requisitos e as condições exigidas nessa prova deverão corresponder ao previsto na planilha
de avaliação em anexo à presente;
8) Prova Prática para Capacitação, deverá avaliar os seguintes quesitos:
a) Direção Defensiva e Ofensiva;
b) Manutenção Básica;
c) Utilização dos equipamentos das Vtr;
d) Utilização da Vtr de acordo com a técnica PM.
4. PRESCRIÇÕES DIVERSAS
a. O HBM/SM terá o processo de capacitação gerenciado pelo CRPO-Central.
b. Os Cmdos Regionais e os OPM Especiais devem programar ao longo do ano, a realização da
Prova de Capacitação para os seus respectivos ME, visando suprir e completar as suas necessidades
de condutores, adotando as providências antecipatórias cabíveis para buscar junto ao canal logístico
(combustível e viaturas) e orçamentário (diárias), o suporte para implementação das provas.
c. Os Cmdos Regionais e os OPM Especiais deverão, segundo suas peculiaridades próprias,
promover avaliações (provas escritas e/ou provas práticas) periódicas de seus ME motoristas, de
maneira a acompanhá-los permanentemente em sua respectiva atividade, adotando as medidas
cabíveis (instauração de processo sumário de cassação de autorização para dirigir Vtr da
Corporação), no caso de comprovação e/ou constatação de algum desvio na sua maneira de agir,
quando na direção de veículo da Corporação (art. 160 e 263, do CTB), independente da adoção ou
não de procedimento semelhante pelo DETRAN quanto a CNH.
d. Em relação a letra anterior, fica assegurado a aplicação do contraditório e ampla defesa.
e. A habilitação do DETRAN (CNH) para a condução de veículos por si só não habilita ME a
conduzir viaturas da Corporação, face as peculiaridades narradas acima, que exigem particular
comportamento do motorista, a inquestionável condição de bem público e que, pelo seu uso
inadequado, ocasionarão ônus ao Estado e indisponibilidade total ou parcial da Vtr, gerando
prejuízos imensuráveis à comunidade, afora a redução de sua vida útil.
f. A realização da habilitação aos Oficiais deve ser gerenciada pelo OPM.
g. Deve ser minimizado o ônus decorrente da realização dos cursos e da aplicação das Provas de
Capacitação.
53
1. IDENTIFICAÇÃO DO CANDIDATO
Nome:
Id. Func.: Posto/Grad.:
Idade: OPM:
Nº Reg. CNH: Categ. Atual:
Data:
2. CATEGORIA HABILITADA
A
3. CONDUÇÃO DE MOTOCICLETA
Nr Procedimentos Analisados SIM NÃO PESO
01 Ajustar e colocar o capacete 1
02 Ragular espelhos retrovisores 1
03 Não colocar o pé no chão durente o percurso 2
04 Utilizar sinalizadores e indicadores de direção 1
05 Mãos no guidão durante a condução 1
06 Fazer o percurso corretamente 1
07 Técnica PM aplicada à condução 1
08 Não derrubar cones 2
SOMATÓRIO DE PONTOS 10
PONTUAÇÃO FINAL DO CANDIDATO: ___________
Nome do Avaliador:
Posto/Grad: ________________________
Id. Func: Assinatura do avaliador
54
1. IDENTIFICAÇÃO DO CANDIDATO
Nome:
Id. Func.: Posto/Grad.:
Idade: OPM:
Nº Reg. CNH: Categ. Atual:
Data:
2. CATEGORIA HABILITADA
3. CONDUÇÃO DO VEÍCULO
Nr Procedimentos Analisados SIM NÃO PESO
01 Ajustar e colocar o cinto de segurança 1
02 Ragular espelhos retrovisores 0,5
03 Não manter pé no pedal da embreagem em deslocamento 1
04 Sinalizar com antecedência a manobra pretendida 1
05 Engrenar ou utilizar as marchas de maneira correta 1
06 Mão no volante durante condução 1
Acionar, desligar ou interpretar qualquer instrumento com
comando no painel ou no volante (farol, luzes de posição,
07 0,5
limpador de para-brisa (dianteiro ou traseiro), indicador de
direção ou outro)
08 Obediência as normas de circulação 1
09 Controle da direção do veículo em movimento – domínio 2
10 Obediência à sinalização 1
SOMATÓRIO DE PONTOS 10
HOMOLOGO
PUBLIQUE-SE
___/___/___
E, como nada mais foi tratado, deu-se por encerrado o trabalho da presente Comissão e, para
tanto, foi lavrada a presente Ata que vai assinada pela Comissão, dando-se encaminhamento aos
Srs. Comandantes para fins de publicação em Boletim Interno.
_____________________________________________________________
Presidente
_______________________________________________________
Membro
_______________________________________________________
Membro
56
1. FINALIDADE
Regular a atuação da Brigada Militar em ocorrências de roubo e furto a estabelecimentos
financeiros.
2. BASE LEGAL
3. EXECUÇÃO
a. Conceitos:
1) Estabelecimento Financeiro: Compreendem bancos oficiais ou privados, caixas
econômicas, sociedades de crédito, associações de poupança, suas agências, postos de atendimento,
subagências e seções, cooperativas singulares de crédito, os setores regionais de tesouraria –
SERET, do Banco do Brasil, assim como os centros regionais de distribuição de numerários
financeiros privados.
2) Ação à mão armada: ação praticada individualmente ou por um grupo de pessoas contra o
sistema bancário com o emprego de violência ou grave ameaça e com uso de armas de fogo.
3) Ação com uso de explosivo: modalidade onde há o emprego de elementos químicos ou
mecânicos que liberam uma grande quantidade de energia cinética e térmica em frações de segundos
com poder de destruir, inclusive, estruturas blindadas.
4) Ação “novo cangaço”: modalidade que consiste em ações de grandes proporções, realizada
por grupo fortemente armado e com número considerável de delinquentes, os quais fazem o
“congelamento” e tomada de área, bem como utilizam pessoas para formarem “escudo humano”,
podendo, inclusive, haver ações de sabotagens e/ou ataques a órgãos de segurança pública.
5) Ação com uso de maçarico: ação contra terminais de autoatendimento ou cofres de agência
com o emprego de ferramenta que produz temperaturas elevadíssimas, capaz de aquecer, fundir e
cortar diversos tipos de materiais.
6) Ação contra transportes de valores: modalidade que consiste em ações de grandes
proporções, orquestrada por grupo fortemente armado, com número considerável de delinquentes e
aparato logístico capaz de neutralizar os seguranças e o veículo de transporte de valores.
7) Domínio de Cidades: modalidade praticada por grande número de criminosos, equipados
com veículos de grande porte, podendo ser blindados, armamento de alta performance e potência,
artefatos explosivos, valendo-se de rigoroso planejamento tático e do emprego de uma metodologia
de compartimentação de tarefas na ação criminosa, subjugando todo o sistema de segurança pública
através de táticas de guerrilha, disciplina tática, sistema perimetral fortemente guarnecido e
violência na ação. Os objetivos da ação criminosa são difusos e podem ocorrer até de forma
simultânea, geralmente sendo os centros regionais de distribuição de numerários público ou privado,
o resgate de presos, e ação contra outras organizações criminosas, podendo ser outros alvos ainda,
desde que empregando a metodologia operacional acima descrita.
b. Ações preventivas:
1) OPM com Responsabilidade Territorial:
58
a) Elaborar o Plano de Defesa de Cidades, conforme Anexo “A”, bem como manter os entes
envolvidos no sistema reativo treinado, com o fim de mantê-los preparados e motivados para
executar o plano reativo com eficácia;
b) Manter o CADINFO atualizado com informações dos estabelecimentos financeiros de
sua área de ação com os seguintes dados:
(1) Nome das instituições financeiras e endereço;
(2) Vias de acesso à instituição financeira e rotas de fuga;
(3) Nome, telefone e endereço residencial do gerente ou responsável;
(4) Sistemas de segurança empregado.
c) Manter, através das Agências Locais de Inteligência:
(1) Banco de dados com histórico de ocorrências de roubo e furtos havidas, com
especificação de todos os dados (horários, modus operandi, características dos autores, etc.);
(2) Acompanhamento da delinquência que efetua esse tipo de ação criminosa;
(3) Contato com o Sistema de Inteligência da Brigada Militar (SIBM) para acompanhamento
de quadrilhas e organizações criminosas atuantes neste modus operandi em todo o Estado;
(4) Manter e difundir para as guarnições de serviço um quadro de fotos atualizadas dos
criminosos atuantes em roubos e furtos em estabelecimentos bancários;
(5) Manter acompanhamento de movimentações financeiras relevantes;
(6) Conhecimento e monitoramento das residências dos principais familiares dos envolvidos
na delinquência da ação;
(7) Manter acervo atualizado das cartas de toda a circunscrição territorial do Batalhão. As
cartas deverão ser as do tipo topográficas, com escalas de 1:25.000 ou 1:50.000. O Exército
Brasileiro, através do 1º Centro de Geoinformação, localizado na Rua Cleveland, 250, Porto Alegre,
é a OM que pode fornecer as cartas, mediante contato oficial do OPM. Os seguintes sites possuem
melhores orientações: http://www.geoportal.eb.mil.br/portal/faq-aux?id=181 e
https://bdgex.eb.mil.br/bdgex/0. As cartas deverão estar todas arquivadas na Agência Local de
Inteligência, em uma pasta, a qual estará à disposição do Comandante da Operação. Recomenda-se
que na sede das Frações tenham, também, as cartas da área do Município.
d) Manter, através de suas Subunidades:
(1) Ações de polícia ostensiva preventivas, com patrulhamentos e PBs nas proximidades dos
estabelecimentos bancários nos horários de abertura das agências e nos horários de maior incidência
das ações criminosas;
(2) Durante a execução do patrulhamento ostensivo, manter atitude proativa, objetivando
detectar pessoas e veículos suspeitos, realizando abordagens preventivas;
59
gerenciamento da Instituição com os recursos de saúde locais para atendimento dos militares
empregados na operação.
c. Ações reativas:
1) OPM com Responsabilidade Territorial:
a) Comandante do OPM: exercer de ofício a função de Comandante da Operação e gerenciar a
execução das medidas reativas previstas no Anexo “B”;
b) Comandante de Subunidade:
(1) Coordenar as ações no nível tático previstas nas medidas reativas do Anexo “B”;
(2) Gerenciar a instalação das Barreiras Policiais e coordenar as ações operacionais dos
efetivos orgânicos e em apoio no cenário da ocorrência.
c) Aqueles OPM que possuem equipamento RPA deverão disponibilizá-lo ao Comandante da
Operação, devendo o equipamento ser utilizado em conformidade com a NI 2.25/EMBM/2021 e
demais normas aplicáveis;
d) Procedimentos a serem adotados pelo Operador da Sala de Operações do OPM:
(1) Confirmar a existência da ocorrência, obtendo informações preliminares, em especial:
(a) Quantidade de criminosos;
(b) Veículos empregados na ação criminosa;
(c) Existência de reféns;
(d) Armamento empregado pelos criminosos;
(e) Emprego de explosivos;
(f) Possível rota de fuga.
(2) Informar as Guarnições de Serviço sob sua coordenação;
(3) Executar o protocolo de acionamento previsto no Plano de Defesa de Cidades.
e) Procedimentos a serem adotados pelas Guarnições de Serviço:
(1) Avaliar as condições e adotar medidas protetivas de aproximação ao estabelecimento
bancário sem o acionamento dos indicadores de emergência da viatura (sirene), ou aproximando-se
a pé;
(2) Avaliar suas condições técnicas e táticas para enfrentamento, quando da aproximação ao
estabelecimento bancário, aguardando o apoio caso entender necessário;
(3) Caso for surpreendido dentro do aquartelamento, adotar medidas protetivas, avaliando as
condições de resposta ao enfrentamento e solicitar apoio;
(4) Solicitar aos policiais de folga que estiverem sem farda que comuniquem sua participação
no apoio;
63
j) Utilizar aeronave de asa fixa ou rotativa, de acordo com as peculiaridades do terreno, para
realizar o transporte dos efetivos especiais demandados pelo Comando da Corporação;
k) Prestar o apoio ao efetivo do BOPE, nas ações de infiltração/extração de efetivo, próximo aos
locais das buscas/cerco;
l) Coordenar, por intermédio dos seus Oficiais Pilotos, todas as operações, bem como empregos
eventuais de Aeronave Remotamente Pilotada - Remotely-Piloted Aircraft – RPA;
m) Proceder a remoção de feridos do local para unidade hospitalar nas situações de maior
gravidade, de acordo com orientação/solicitação do Oficial do DS.
6) Batalhões Ambientais:
a) Aqueles OPM que possuem equipamento RPA deverão disponibilizá-lo ao Comandante da
Operação, devendo o equipamento ser utilizado em conformidade com a NI 2.25/EMBM/2021 e
demais normas aplicáveis;
b) Emprego de efetivo e embarcações durante o dia;
c) Disponibilizar viaturas próprias para o terreno com respectivo militar na função de motorista.
7) Batalhões Rodoviários:
a) Atuar, reativamente, conforme estabelecido no Plano de Defesa de Cidades, previsto no
Anexo “A”;
b) Assessorar o Comando da Operação subsidiando com informações das rodovias estaduais
pavimentadas e não pavimentadas de RT do Batalhão Rodoviário, indicando possíveis destinos,
rotas de fugas ou rodovias que possam ser utilizadas por comparsas para resgate dos criminosos;
c) Apoiar as ações das Agências de Inteligência com todos os meios de monitoramento
disponíveis na área de inteligência do Batalhão Rodoviário.
8) PM2:
a) Manter atualizado em tempo real o Comando da Corporação a partir da eclosão do evento
através da sala de assuntos correntes como canal de comunicação;
b) Deslocar para o local do evento, quando determinado pelo Comando da Corporação e/ou
Chefe da ACI, com vistas à coleta de dados de inteligência;
c) Auxiliar o Comandante da Operação com dados de inteligência, com liberdade de manobra
para busca e a coleta de dados;
d) Manter a produção de conhecimento em tempo real a fim de subsidiar o Chefe da Agência
Central com informações qualificadas sobre os fatos;
e) Fomentar entre as agências de inteligência a troca de informações relativa à ação em curso.
9) PM4:
Interagir com o CRPO em que foi acionado o protocolo do Comando de Gerenciamento de Crise,
67
para:
a) Receber e providenciar forma de atendimento das necessidades orçamentárias a fim de suprir
as necessidades de gêneros alimentícios dos efetivos durante o acionamento do CGC;
b) Providenciar o acompanhamento das necessidades orçamentárias, Diárias de Viagem e cotas
de horas extraordinárias, para ao final da operação, demandado pelo P4 do CGC, encaminhar à SSP
solicitação de cota extra em razão da excepcionalidade do evento.
10) PM5:
a) Deslocar uma equipe da PM5 (1 Motorista, 1 Operador de RPA, 1 Fotógrafo e 1 Jornalista)
aos locais em que esses fatos ocorrerem, tão logo seja demandado pelo Comandante do CGC;
b) Acompanhamento em tempo real dos fatos e do emprego;
c) Produção de material fotográfico e audiovisual de qualidade;
d) Disponibilizar equipamento RPA em apoio às ações de busca, com gerenciamento do
BAvBM;
e) Gerenciamento da informação antes de seu repasse à imprensa;
f) Produção de material que pode ser aproveitado por veículos de imprensa que não têm
condições de estar no local;
g) Apoio na montagem e execução de entrevistas coletivas;
h) Assessoramento ao Comando-Geral e regional a respeito das informações oportunas a serem
repassadas;
i) Produção de boletins periódicos para imprensa, conforme a necessidade e oportunidade.
11) DLP:
a) Deverá atender a estruturação do Comando de Gerenciamento de Crise, com os seguintes
materiais:
b) Ônibus Comando: viatura que proporcione estrutura para reuniões do CGC;
c) Ônibus refeitório: viatura que proporcione estrutura que permita a refeição do efetivo em
condições climáticas adversas em local desprovido de estruturas físicas;
d) Cozinha de campanha: equipamentos necessários para instalação de cozinha no local onde for
instalado o CGC;
e) Equipamentos de dormitório: manter em condições de pronto emprego camas e colchões a
fim de atender a demanda.
12) DI:
Deverá atender a estruturação do Comando de Gerenciamento de Crise, com os materiais de rádio
comunicação, rede de internet e de telefonia móvel, devendo auxiliar na estruturação de um PDR
junto ao CGC.
68
13) DS:
a) O Departamento de Saúde deverá providenciar no deslocamento, assim que acionado pelo
CGC, de oficial do quadro de saúde, o qual será responsável em organizar e gerenciar um plano
médico de ação que será seguido no caso de Policial Militar ferido;
b) O Oficial do quadro de saúde deverá, no local da ocorrência, verificar quais meios de
evacuação médica, seja por terra ou ar, e qual hospital poderá atender de acordo com cada caso de
enfermidade.
4. PRESCRIÇÕES DIVERSAS
a. A comunicação de ocorrência deve ser feita imediatamente ao Comando da Corporação, via canal
de inteligência, independentemente da quantidade de informações que se possua, devendo haver a
complementação tão logo seja possível.
b. Os protocolos de barreiras e acionamento dos OPMs de apoio deverão ser sempre atualizados;
c. Esta Nota de Instrução entra em vigor na data de sua publicação, revogando as disposições em
contrário, especialmente, as Notas de Instrução nº 2.1/EMBM/2020.
Anexos:
Anexo “A” - Plano de Defesa de Cidades
Apêndice Anexo “A” - Termo de confidencialidade e sigilo
Anexo “B” - Protocolos Operacionais Reativos
Apêndice Anexo “B” - Planilha de Abordagens/Plano de Defesa de Cidades.
1. CONTEXTUALIZAÇÃO
Ocorrências de roubos a estabelecimentos financeiros revestem-se de circunstâncias
excepcionais.
São ações protagonizadas por vários criminosos, equipados com armamento de alta capacidade
e performance, valendo-se da utilização de artefatos explosivos (cangaço noturno), planejamentos
específicos e conduta violenta, que subjugam as forças de segurança pública e toda uma
comunidade, principalmente em pequenos municípios.
Mesmo que haja uma fração elementar de policiamento ostensivo nos pequenos municípios, ela
estará em severas inferioridades técnicas e táticas para um enfrentamento. E até mesmo nos grandes
municípios, ações orquestradas por uma quadrilha numerosa, que investe contra uma empresa de
transporte de valores, por exemplo, irá impor uma superioridade contra as forças de segurança.
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Não é seguro ou relevante que as medidas reativas do plano de defesa sejam amplamente
divulgadas.
b. Georreferenciamento
Ferramenta que deverá ser utilizada na confecção do Plano de Defesa. Os pontos de bloqueio e
monitoramento, localização de órgãos públicos e privados sensíveis deverão ser mapeados.
Para isto, deverá ser adotada a plataforma do Google Maps
(https://www.google.com.br/maps/preview), de modo a padronizar o sistema de interface entre
todos OPMs envolvidos, principalmente nas operações reativas.
Já no controle do OPM ou CRPO (P3 e Agências de Inteligência) que reunirá os dados de todos
os municípios, sugere-se a plataforma do Google Earth (www.mapas.earth.com) pelo extenso
volume de dados.
c. Órgãos Públicos e Privados
Registrar no Plano de Defesa aqueles órgãos que apoiarão nas ações preventivas e reativas.
1) Agências Bancárias e Sedes de Transportadora de Valores que atendem o município:
a) Endereço georreferenciado;
b) Dados do chefe/gerente (nome e telefone).
2) Pontos de Bloqueio e monitoramento, georreferenciados.
3) Órgãos de Segurança Pública e Defesa que atendem o município:
a) Endereços georreferenciados;
b) Cmt, Chefe, Diretor (nome e telefone);
c) Telefones do órgão;
4) Órgãos de saúde da sede do município e/ou municípios próximos:
a) Endereços georreferenciados;
b) Telefones do órgão;
c) Nível de atendimento;
d) Endereço georreferenciado e telefones do Hospital para atendimento de alta complexidade
mais próximo.
5) Hotéis, Motéis, Pousadas:
a) Endereço;
b) Dados da gerência (nome e fone);
c) Telefone do estabelecimento.
6) Estabelecimentos e residências que possuam monitoramento próximo a área bancária:
71
a) Local georreferenciado;
b) Nome do proprietário;
c) Fone de contato.
7) Protocolo de Acionamento:
O Protocolo de Acionamento será implementado assim que for confirmado a ocorrência do
roubo.
A missão de desencadear o plano não deverá ser responsabilidade das guarnições de serviço,
especialmente nos pequenos municípios. As guarnições poderão estar subjugadas pelos criminosos.
Elas terão como missão confirmar a ocorrência, comunicar a sala de operações e manter o
monitoramento e coleta de dados para iniciar os protocolos operacionais reativos.
A sala de operações é que será responsável por desencadear o plano de acionamento.
O plano de acionamento deverá estar acondicionado em envelopes, organizados por municípios,
e ao alcance imediato do operador da sala de operações.
A sequência de acionamento deverá seguir rigorosamente o fluxograma abaixo ilustrado, que
segue uma ordem prioritária dos recursos operacionais imediatos para impedir a fuga e facilitar a
captura dos criminosos.
FLUXOGRAMA
Bloqueios
Bloqueio “A”
72
Nome: Fone:
Nome: Fone:
Nome: Fone:
Bloqueio “B”
Nome: Fone:
Nome: Fone:
Nome: Fone:
No Plano de acionamento não constarão os locais dos bloqueios. A sala de operações apenas fará
o contato com as pessoas indicadas, as quais já saberão suas missões designadas. A Agência de
Inteligência informará ao Comandante da Operação após o início da ocorrência, os locais dos
bloqueios. A compartimentação destas informações é necessária para evitar a difusão do
planejamento reativo.
QUADRO 2
Pontos de Monitoramento
Ponto “A”
LOCAL
Nome: Fone:
Ponto “B”
LOCAL
Nome: Fone:
QUADRO 3
Órgãos de segurança
Polícia Rodoviária Estadual Fone:
Polícia Rodoviária Federal Fone:
Frações Limítrofes Fone:
Polícia Civil Fone:
Policia Federal (CEF) Fone:
QUADRO 4
Cmt OPM e Agências de Inteligência
Cmt OPM Fone:
Agência Local Fone:
Agência Regional Fone:
9) Pontos de Monitoramento:
Os postos de monitoramento são recursos do Plano de Defesa que tem por missão monitorar a
passagem dos veículos suspeitos em determinados pontos estratégicos. O posto de monitoramento
opera em conjunto com os bloqueios, e servirá como recurso para informar e orientar o sistema
reativo quanto a rota de fuga, redimensionando os recursos dos bloqueios.
O recrutamento dos postos de monitoramento deverá seguir as mesmas regras para os pontos de
bloqueios.
É fundamental que os postos tenham sinal de telefone celular, quando estiverem localizados em
áreas rurais.
Devem ser estabelecidos postos de monitoramentos antes e depois do bloqueio.
Da mesma forma, é recomendável o recrutamento de moradores próximos aos estabelecimentos
bancários para que possam realizar a tomada de imagens. Estas imagens serão usadas pela
inteligência para produção de provas e para a coleta de dados fundamentais para as operações de
busca e captura dos criminosos.
Ainda, o cadastro dos estabelecimentos comerciais próximos aos estabelecimentos bancários,
que possuam sistema de monitoramento é fundamental. A inteligência precisa ter acesso aos vídeos
que registraram a ação criminosa porque eles ajudarão no processo da condução da operação.
10) Plano de Segurança do Aquartelamento:
As sedes das frações de pequenos municípios são potenciais alvos da ação deste tipo de quadrilha.
Já há registro de casos onde os criminosos realizam atentados contra a sede da fração e contra a
guarnição de serviço, em nosso Estado.
É importante que se estabeleçam protocolos nos procedimentos das guarnições de serviço e se
adotem medidas de proteção física no prédio que abriga a fração, para que se aumente a segurança
do policial militar de serviço.
Protocolos que devem ser apontados:
a) Guarda do armamento: Deve se evitar, sempre que possível, manter as armas guardadas na
sede da fração. Medidas como: acautelar as armas de porte e pronto emprego das armas longas com
as guarnições de serviço (na viatura), atendem uma condição favorável e preventiva contra furtos
ou roubos de armas.
b) Conduta durante o serviço: A Guarnição de serviço deverá manter uma postura defensiva, pró
ativa e de pronta resposta. Permanecer em PB na frente do banco, ou estar desatento quanto a
circulação de veículos e pessoas, oferecem condições favoráveis para que os criminosos rendam e
subjuguem a guarnição. Quando estiver na sede da fração, manter-se equipado com o colete
balístico, evitando a permanência na sala da recepção e atendimento do público. Nas situações em
76
que criminosos chegam disparando contra a sede da fração, torna o policial militar um alvo, caso
ele esteja neste espaço (disparos nas portas e janelas).
c) A sede da fração deve proporcionar condições de segurança para o policial militar. A
colocação de películas nos vidros impede que a guarnição seja facilmente visualizada e identificada.
A instalação de saídas de emergência (fundos) permite que o policial tenha uma rota segura para
sair da sede, quando esta estiver sendo alvo de disparos dos criminosos. Colocação de muretas na
frente da sede, impede que veículos possam ser arremessados contra o prédio. Sistemas de
monitoramento permitem que os policiais possam se antecipar a movimentos suspeitos.
d) Os policiais de folga não deverão deslocar para a sede da fração, quando tomarem
conhecimento da ocorrência do roubo em andamento. Criminosos poderão estar na frente do
aquartelamento, ou a guarnição poderá estar subjugada.
As reuniões visam buscar a aproximação com a comunidade bancária e com as comunidades dos
hotéis e pousadas.
Hotéis e pousadas para criar uma rede de informações que irá monitorar a chegada de pessoas
suspeitas.
b. Treinamentos
O Plano de Defesa deverá ser treinado anualmente. O exercício deverá testar a eficácia do Plano,
o tempo e a pronta resposta do acionamento, da instalação dos bloqueios e manter todo o sistema
comprometido com os objetivos e resultados.
O Ministério Público e Poder Judiciário deverão ser convidados para que possam acompanhar
todo o cenário do treinamento e serem contextualizados quanto ao planejamento e os objetivos do
Plano de Defesa de Cidades.
Da mesma forma, a imprensa também deverá ser contatada para realizar a cobertura e divulgar
os exercícios. Esta divulgação acaba sendo uma ferramenta preventiva porque difundirá a
mensagem que o município possui um sistema de segurança preparado e organizado contra este tipo
77
de delito. Importante lembrar que a metodologia do plano deve ser mantida sob reserva. A imprensa
apenas saberá e difundirá que existe um planejamento operacional específico.
Os protocolos reativos baseiam-se em ação alternativas, que não somente o enfrentamento direto.
Para tanto, a sequência lógica das ações operacionais buscam atingir essa meta.
A primeira medida é a instalação dos bloqueios, que determinarão a interrupção de todas as rotas
de fuga. A medida subsequente são as barreiras, que farão o controle de acesso de pessoas e veículos
a área controlada, determinada e delimitada pelos bloqueios.
A busca da quadrilha logo após a ação, sem antes ter designados os bloqueios e barreiras, oferece
aos criminosos alternativas possíveis de fuga, uma vez que não haverá controle de acessos.
As patrulhas em áreas de mata não deverão ser executadas. Esta medida desgastará o efetivo, irá
apagar todas as possibilidades de rastros deixados pelos criminosos, e ainda impõe o risco
80
desproporcional, uma vez que os criminosos estarão equipados com armamentos de alta
performance e com seu nível de atenção e stress elevado.
Os criminosos, optando por adentrar em área de mata, iniciarão um processo de desgaste físico e
psicológico que se eleva ao passar das horas. Eles serão impedidos de fugirem e serem resgatados
pela atividade das barreiras, permanecerão em condições desfavoráveis em um ambiente hostil,
desconfortável e desorientados. Esta condição é favorável para as operações de busca e reverte as
condições de superioridade da ocorrência em favor dos policiais militares, com o passar das horas.
3. MISSÕES DESIGNADAS
a. Estado-Maior Especial
1) Comandante da Operação: realizar a gestão operacional e logística macro da operação, sendo
o elo de ligação entre a ocorrência e o Comandante Regional. Manter a interface com a Polícia
Judiciária, Ministério Público e Poder Judiciário, para medidas administrativas e processamento das
medidas legais decorrentes. Deverá ser ocupada por Oficial QOEM, que será designado pelo
Comandante Regional.
2) P1: Oficial ou graduado, designado pelo Comandante da Operação. Será responsável pelo
controle do efetivo empregado na operação. Realiza os contatos necessários com os OPMs em apoio,
para que ocorram as rendições necessárias para a continuidade da operação;
3) P2: Função exercida pelo Chefe da Agência Regional de Inteligência (ARI). Exercerá o
controle sobre todos os agentes de inteligência disponíveis (integração de agentes), organizando um
sistema de escala que manterá o sistema de inteligência diuturnamente no cenário da ocorrência,
bem como coordenará as análises e operações de Inteligência no transcurso da operação;
4) P3: Função exercida por Oficial indicado pelo Comandante da Operação. Coordenará as ações
operacionais, juntamente com os Comandantes das Unidades Especializadas em apoio. Posicionará
as barreiras, volantes, postos de observação. Deverá determinar um telefone para que a população
possa repassar informações;
5) P4: Função exercida por Oficial ou graduado indicado pelo Comandante da Operação. Será
responsável por estruturar a logística da Operação, como internet, comunicação, alimentação, local
para pernoites, viaturas, etc.;
6) P5: Função exercida por Oficial ou graduado indicado pelo Comandante da Operação.
Exercerá o controle das informações para as mídias e entrevistas aos órgãos de imprensa. Informar
um telefone para que a população possa manter contato com a Instituição para efetuar denúncias e
repassar informações;
81
pessoas estranhas. Esta avaliação para determinadas diligências deverá ser avaliada pelo Chefe da
ARI ou pela própria equipe que estará no terreno;
12) Sob nenhuma hipótese, as equipes de inteligência realizarão patrulhas em áreas de mata;
13) Compreender que a Inteligência da operação, realizada de forma organizada e pró ativa, não
provocará o desgaste do efetivo nas ações ostensivas.
c. Barreiras:
As barreiras deverão ser instaladas em locais estratégicos (vias, entroncamentos, pontes de cursos
d’água, ferrovias, etc.) com o fim de controlar o acesso de pessoas e veículos, ao interior do
perímetro estabelecido, impedir fuga e resgate dos criminosos. No início da operação as barreiras
serão instaladas junto aos pontos de bloqueios já montados por ocasião da eclosão da ocorrência.
Cabe apontar que as barreiras para controle de perímetros de ocorrências de roubo a
estabelecimentos financeiros são consideradas tipo “B”, podendo ser empregadas dispositivos anti-
fuga, conforme previsão constante no Caderno Temático de Barreiras da Instituição.
1) As guarnições deverão atentar para as seguintes situações:
a) Todos os veículos e pessoas transitando em ambos os sentidos, deverão ser abordados, mesmo
que recentemente tenham passado na barreira. O resgate pode entrar na área de contenção, assim
como os criminosos podem sair;
b) A abordagem deve ser realizada mesmo naqueles veículos que reiteradamente passam na
barreira, uma vez que podem ser cúmplices testando o sistema de segurança da operação para, em
algum momento, possam sair com os criminosos ou levar provisões a eles;
c) Na abordagem, tanto pessoas quanto veículos deverão ser revistados (solicitar que as pessoas
desembarquem dos veículos), a desconfiança e o tirocínio policial são recursos extremamente
importantes para obter a efetividade da ação policial;
d) Uma boa entrevista poderá confirmar as razões pelas quais a pessoa está passando pela
barreira. Contradições e mentiras devem ser profundamente analisadas, com auxílio da Inteligência;
e) A Guarnição deverá estar atenta a objetos, como: roupas, alimentação, celular, chip de celular,
carregador de celular, valor financeiro acentuado (analisar as notas de dinheiro), comprovantes de
compras (notas fiscais, cartão de crédito, etc.) da aquisição dos produtos acima. São sinais que
mostram uma possível ajuda, quer seja de maneira voluntária ou até coagida (família mantida sob
cárcere);
f) Os dados das abordagens precisam ser anotados em uma planilha – Apêndice “A”, do presente
Anexo - contendo dados: local, veículo, hora e tripulantes, a qual deverá ser repassada a Inteligência,
que será responsável pela análise e historicidade das abordagens realizadas durante a operação;
83
g) Os moradores que passam pelas barreiras deverão ser orientados quanto aos procedimentos
de segurança em suas residências, bem como também de um canal de comunicação para a
transmissão de possíveis movimentações suspeitas que possam tomar conhecimento ou observar;
h) As informações coletadas nas abordagens devem ser repassadas imediatamente a Inteligência;
i) As barreiras deverão ser numeradas, facilitando a rápida localização situacional a todos os
envolvidos na operação.
d. Volantes
Volantes são patrulhas que devem ser realizadas no perímetro determinado pela Operação, e a
elas cabem:
1) Proceder as abordagens em residências, veículos e pessoas dentro do perímetro;
2) Vistoriar todas as instalações físicas das propriedades, solicitando ao proprietário adentrar a
casa para comprovar que a família não esteja sendo coagida a esconder os criminosos;
3) Observar no interior da residência roupas e objetos sujos ou molhados, elevada quantidade de
dinheiro, alimentos e demais objetos que podem apontar que os criminosos tenham estado ou estão
naquele ambiente;
4) Orientar aos moradores quanto as medidas de segurança, repassando a Inteligência as
informações que por ventura forem transmitidas a guarnição de serviço;
5) Através de aplicativos de mapas de smartphones, marcar os locais vistoriados, repassando a
Inteligência, que deverá criar um mapa da operação para marcar todos os pontos vistoriados.
Operações duradouras precisam criar uma historicidade das ações realizadas pelas volantes, visando
evitar o retrabalho e/ou ausência de patrulhamentos em áreas do perímetro;
6) As abordagens a veículos e pessoas devem obedecer aos mesmos procedimentos das barreiras.
e. Pontos de Observação
São locais estratégicos dentro do perímetro onde guarnições de serviço devem ser posicionadas.
Sua finalidade é observar a movimentação de pessoas estranhas aquele ponto. Cursos d’água (pontes
ou áreas de mata), elevações do terreno, ferrovias, vias, são exemplos de locais estratégicos.
1) Criminosos perdidos em áreas de mata geralmente buscam cursos d’água para se orientar e
deslocar (navegação);
2) Ferrovias são pontos sensíveis que os criminosos podem utilizar como alternativa de fuga.
Podem caminhar por ou paralelo aos trilhos, assim como embarcar clandestinamente em
composições de vagões;
3) Áreas de mata oferecem, por vezes, determinados locais elevados que proporcionam visão
privilegiada de alguma área dentro do perímetro. O posicionamento de Guarnições nestes pontos,
possibilitam, por exemplo, criminosos caminhando pelo campo;
84
1. FINALIDADE
Estabelecer padrões de procedimentos no armazenamento, distribuição, emprego, treinamento e
controle de armas de fogo, armas de energia conduzidas (TASER e SPARK), coletes balísticos e
munições da Corporação.
2. BASE LEGAL
a. Declaração Universal dos Direitos Humanos, de 1948;
b. Constituição Federal de 05 de outubro de 1988;
c. Constituição do Estado do Rio Grande do Sul, de 03 outubro de 1989;
d. Lei Complementar n.º 10.990, de 18 de agosto de 1997;
e. Lei Federal n.º 10826, de 22 de dezembro de 2003;
f. Lei n.º 13.060, de 22 de dezembro de 2014;
g. Decreto-Lei n.º 2848, de 7 de dezembro de 1940, art. 23 e 25;
h. Decreto n.º 45.993, de 14 de novembro de 2008 (RUAPBM);
i. Decreto n.º 9.847, de 25 de junho de 2019;
j. Decreto n.º 10.030, de 30 de setembro de 2019;
k. Portaria n.º 008/DMB/EB, de 17 de agosto de 1998;
l. Portaria n.º 152/SJS/96, de 25 de outubro de 1996;
m. Portaria n.º 18 – D Log, de 19 de dezembro de 2006, do Exército Brasileiro;
n. Portaria Interministerial n.º 4226, de 31 de dezembro de 2010;
o. Código de Conduta para os Funcionários Responsáveis pela Aplicação da Lei, adotado pela
Resolução 34/169, da ONU, de 17 de dezembro de 1979;
p. Princípios Básicos sobre o Uso da Força e Armas de Fogo pelos Funcionários Responsáveis pela
Aplicação da Lei, adotados pelo 8º Congresso das Nações Unidas para a Prevenção do Crime e o
Tratamento dos Delinquentes, de 7 de setembro de 1999;
q. Resolução nº 01/96 – CODESUL;
r. Código de Conduta para Encarregados de Aplicação da Lei (CCEAL);
s. Princípios Básicos sobre o Uso da Força e Armas de Fogo pelos Encarregados de Aplicação da
Lei;
t. Estudo técnico denominado “O Emprego e os Efeitos da Utilização da Pistola “TASER” no
âmbito da Brigada Militar”, de 2012 (determinado através do BG nº 155, de 14 de agosto de 2012);
u. NIJ Padrão 0101.06;
v. Trabalho científico “Validade dos Coletes Balísticos”, de junho 2008.
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3. EXECUÇÃO
a. Emprego de armas de fogo pelos Militares Estaduais
1) Princípios:
a) Constituindo-se como uma das instituições mais visíveis do Estado, em razão da natureza
particular do mandato que a autoriza a intervir na privacidade, na autonomia e na integridade física
e psíquica dos cidadãos, a Polícia pode utilizar a força com o objetivo de manter a ordem pública, o
que compreende fiscalizar, deter, prender e, sob circunstâncias justificáveis, até mesmo ferir ou
matar;
b) E faz isso baseada nos mandamentos legais acima relacionados, devendo buscar o constante
aperfeiçoamento e profissionalização de seus integrantes, objetivando atender uma sociedade cada
vez mais vulnerável e exigente, cumprindo seu papel primordial de resolução de conflitos, sem que,
no entanto, se omita perante situações que obriguem os agentes da lei a fazer uso diferenciado da
força;
c) Para tanto, os agentes policiais devem ter suas condutas pautadas pela legalidade e pelo
profissionalismo, eis que possuem a discricionariedade para decidir sobre qual o nível de força a ser
empregado em cada situação concreta de conflito, podendo variar de sua forma mais branda, pela
simples presença ostensiva do policial nas ruas, até ao seu nível mais extremo, envolvendo o recurso
às munições letais;
d) E é essa, sem sombra de dúvida, uma das maiores decisões na vida funcional de um policial,
atirar ou não atirar, eis que se trata de uma situação que, por vezes, tem que ser tomada em frações
ínfimas de tempo, sempre revestida de diversos componentes legais, físicos e psicológicos, que
submetem este profissional a um elevado nível de estresse, podendo alterar sua capacidade de
raciocínio e de percepção da realidade;
e) Nesse particular, é imprescindível que o policial tenha a exata noção de que o instrumento
letal que porta, não é destinado a agredir ou matar alguém, mas, sim, preservar a integridade
individual ou coletiva, fazendo cessar a ação criminosa ou potencialmente criminosa de um ou mais
indivíduos dentro de padrões legalmente admitidos, como é o caso da legítima defesa;
f) A lei não autoriza, expressamente, o cidadão ou o policial, a interromper a vida de outrem
para se defender, mas, sim, autoriza a defesa moderada, com o emprego dos meios necessários,
contra agressão injusta, atual ou iminente;
g) Assim, o emprego da arma de fogo deverá obedecer aos princípios da legalidade, necessidade,
proporcionalidade, moderação e conveniência;
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h) Desta forma, a utilização da arma de fogo, através do disparo, é cabível em casos de legítima
defesa própria ou de terceiros, contra perigo iminente de morte ou lesão grave, tendo, por objetivo,
incapacitar o agressor de dar continuidade à agressão, o que não significa, necessariamente,
interromper a sua vida;
i) Não é legítimo o uso de arma de fogo, pelos policiais militares, em duas situações específicas:
(1) Contra pessoa em fuga, que esteja desarmada ou que não represente risco imediato de
morte ou de lesão aos agentes de segurança pública ou a terceiros, uma vez que, em razão da
aplicação dos princípios da razoabilidade e proporcionalidade, o legislador considera que a pessoa
em fuga, em tese, não poderia praticar ato contra o agente da lei ou a terceiros. Neste caso, em razão
da aplicação dos princípios da razoabilidade e proporcionalidade, veda-se a utilização de arma de
fogo, pois considera o legislador que a pessoa em fuga, que esteja desarmada, em tese, não poderia
praticar ato contra o agente da lei ou a terceiros;
(2) Contra veículo em que o condutor desrespeite bloqueio policial em via pública, exceto
quando o ato represente risco de morte ou lesão aos agentes de segurança pública ou a terceiros.
Nesta situação, outros recursos técnicos deverão ser empregados, visando à parada daquele que
descumpre a ordem do agente, tal como o acionamento de operação do tipo “cerco ou bloqueio”.
Nesta situação, proíbe-se a utilização de arma de fogo para a contenção de veículo cujo condutor
desrespeite a ordem de parada policial em via pública, quando, então, outros recursos técnicos
deverão ser empregados visando à parada daquele que descumpre a ordem do agente, tal como o
acionamento de operação do tipo “cerco ou bloqueio”. Importante frisar que, se o condutor do
veículo investir contra o agente de segurança pública ou terceiros, na tentativa de causar morte ou
lesão, estará autorizada a utilização de arma de fogo.
j) Os chamados "disparos de advertência", sejam com munição de menor letalidade, não são
considerados prática aceitável, por não atenderem aos princípios acima elencados e, ainda, em razão
da imprevisibilidade de seus efeitos.
2) Local adequado para o recebimento e entrega de armas de fogo e munições:
a) Cada setor ou repartição, que possua rotina de entrega e recebimento de armas de fogo e
munições, deve possuir, obrigatoriamente, um local destinado ao manejo seguro das mesmas (“Alvo
Neutro”), que deve apresentar total segurança na hipótese de disparo acidental, de forma que não
permita a sua transfixação pelo projétil e, ainda, reduzir a possibilidade da ocorrência do ricochete;
b) O “Alvo Neutro”, em cada quartel, deve estar devidamente sinalizado e ser do conhecimento
de todos os seus integrantes, podendo, inclusive, a sua existência e localização, ser objeto de
publicação em Boletim Interno;
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c) Ficam proibidas a entrega ou recebimento de arma de fogo e munições, bem como o seu
manejo, fora dos locais apropriados, conforme acima descrito;
d) Como regra, toda arma deve ser entregue, ou recebida, na situação de culatra aberta, sem
carregador, descarregada e com o carregador desmuniciado.
3) Procedimentos padrão no manuseio de armas de fogo e munições durante o serviço:
a) Reveste-se de extrema importância a postura que os policiais devem ter perante uma arma de
fogo e munições, adotando uma conduta preventiva e de permanente atenção e cuidado em seu
manuseio, seguindo todos os procedimentos previstos a seguir, a fim de evitar a ocorrência de
acidentes ou incidentes de tiro ou minimizar seus efeitos;
b) A título de padronização, esta normativa adotou, como regra, durante o serviço, de acordo
com suas respectivas características técnicas e operacionais, as seguintes condições de uso para as
armas e munições de dotação da Corporação:
(1) “Carregada” – Revólveres e pistolas;
(2) “Carregada” e “Travada” – submetralhadoras, carabinas e fuzis;
(3) “Alimentada” e “Travada” – espingardas.
c) Desta forma, relacionamos os procedimentos de segurança pertinentes a cada armamento e
suas munições, tanto na retirada, quanto na devolução deles.
4) Procedimentos-padrão na retirada do armamento e munições:
a) Revólver
(1) Receber a arma aberta e a munição em separado;
(2) Manter a arma aberta, na mão de apoio, com os dedos médio e anelar inseridos entre a
armação e o tambor;
(3) Dirigir-se até o alvo neutro;
(4) Com o tambor aberto, verificar, visualmente, se está desmuniciado;
(5) Efetuar a verificação visual, observando o estado geral do armamento, a existência e
aperto dos parafusos da placa do mecanismo e do botão serrilhado e, ainda, certificar-se que a vareta
do extrator não esteja frouxa;
(6) Realizar a verificação mecânica na arma, abrindo e fechando o revólver e, após, com o
tambor aberto, com o acionamento do botão serrilhado, apontando para o Alvo Neutro, acionar a
tecla do gatilho, a fim de certificar-se, de forma tátil e visual, se o percussor aflora adequadamente;
(7) Retornar à posição de arma aberta, na mão de apoio, com os dedos médio e anelar sobre
o tambor e alimentá-la com a “mão forte” na capacidade máxima do tambor;
(8) Fechar o tambor, carregando o revólver, colocando-o no coldre e certificando-se de
acionar, neste, a presilha de segurança.
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b) Pistolas
(1) Receber a arma aberta, os carregadores desmuniciados e a munição em separado;
(2) Dirigir-se até o alvo neutro;
(3) Apontar a arma para o alvo neutro e efetuar a verificação visual e tátil acerca da eventual
presença de munição na câmara;
(4) Realizar a verificação mecânica, visual e tátil da arma;
(5) Municiar os carregadores na capacidade máxima, colocando-os, após, nos porta-
carregadores;
(6) Sacar a pistola, apontar para o alvo neutro, empunhá-la com a mão forte e, com a mão de
apoio, alimentar a arma com o carregador municiado;
(7) Inserir a munição na câmara por meio do recuo do ferrolho à retaguarda (golpe de
segurança), feito com a mão de apoio;
(8) No caso de o operador optar por manter a arma aberta e, então, alimentá-la, podendo ser
feito o carregamento por meio do acionamento do retém do ferrolho ou recuando-o à retaguarda,
liberando-o da trava com a mão de apoio;
(9) Pistolas que possuem cão externo, desengatilhar a arma por meio da trava manual e ou
desarmador do cão, ou as que não possuem desarmador desengatilhe a arma, levando o cão à frente,
manualmente;
(10) Coloque a pistola no coldre em condição adequadas de pronto emprego.
c) Espingarda calibre 12
(1) Receber a arma aberta e com o gatilho travado, com a munição em separado;
(2) Dirigir-se até o alvo neutro;
(3) Apontar a arma para o alvo neutro e efetuar a verificação visual e tátil acerca da eventual
presença de munição na câmara e no tubo carregador;
(4) Verificar, na parte dianteira do ferrolho, de forma tátil, se o percussor não se encontra
aflorado;
(5) Ajustar a bandoleira;
(6) Fechar a culatra;
(7) Alimentar o tubo carregador na sua capacidade máxima;
(8) Manter a arma descarregada e travada até o momento do uso.
d) Fuzil MAUSER M968 (mosquefal), calibre 7.62x57 mm:
(1) Receber a arma com o ferrolho aberto, com a munição em separado;
(2) Dirigir-se até o alvo neutro;
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(3) Apontar a arma para o alvo neutro e efetuar a verificação visual e tátil acerca da eventual
presença de munição na câmara e no depósito, certificando-se que estejam vazios;
(4) Ajustar a bandoleira;
(5) Municiar o depósito;
(6) Fechar o ferrolho, mantendo a munição abaixo do seu curso, evitando o carregamento da
arma;
(7) Desengatilhar o fuzil;
(8) Carregar a arma somente no momento do disparo.
e) Submetralhadora, Carabina e Fuzil:
(1) Receber a arma aberta e travada, com os carregadores desmuniciados e a munição em
separado;
(2) Dirigir-se até o alvo neutro;
(3) Apontar a arma para o alvo neutro e efetuar a verificação visual e tátil acerca da eventual
presença de munição na câmara;
(4) Ajustar a bandoleira;
(5) Municiar os carregadores na capacidade máxima, colocando-os, após, nos respectivos
porta-carregadores;
(6) Ainda junto ao alvo neutro, com o cano da arma para ele direcionado, alimentá-la,
certificando-se que o carregador está encaixado em seu receptáculo;
(7) Fechar o ferrolho da arma, carregando-a, pressionando o seu retém ou, ainda, por meio
do seu recuo à retaguarda, liberando-o da trava;
(8) Desativar a trava de gatilho da arma somente no momento do disparo.
5) Procedimento-padrão para a devolução de armamento no quartel:
a) Revólver
(1) Dirigir-se até o alvo neutro;
(2) Efetuar o saque da arma com a mão forte, mantendo-a apontada para o alvo neutro;
(3) Passar o revólver para a mão de apoio, pressionando o botão serrilhado e abrindo o
tambor, mantendo os dedos médio e anular sobre este e a armação;
(4) Acionar a vareta do extrator, desmuniciando completamente o tambor;
(5) Certificar-se, visualmente, de que não há munição nas câmaras do tambor;
(6) Entregar, separadamente, o revólver aberto e a munição.
b) Pistola
(1) Dirigir-se até o alvo neutro;
(2) Efetuar o saque da arma com a mão forte, mantendo-a apontada para o alvo neutro;
91
(5) Certificar-se de que a câmara esteja vazia, através de inspeção visual e tátil;
(6) Desmuniciar o carregador;
(7) Entregar, separadamente, a arma aberta, os carregadores e a munição.
b. Emprego de armas de energia conduzida (TASER e SPARK):
1) Definições e Termos Técnicos:
a) Classificação legal: A arma de energia conduzida está classificada no Anexo I do R-105, como
arma de pressão por ação de gás comprimido (número de ordem 0290, categoria de controle 1, grupo
AR); por causar a incapacitação neuromuscular, a arma de energia conduzida classifica-se como
arma menos letal;
b) Tecnologia de energia conduzida: A arma de energia conduzida emite impulsos elétricos com
alta voltagem e baixa amperagem, com mesma forma de onda das ondas cerebrais, agindo nos
sistemas nervoso sensorial e motor, interrompendo o comandamento sobre o sistema muscular,
tendendo a paralisar e derrubar o indivíduo ou animal atingido;
c) Teste de centelha: Teste de verificação de funcionamento da arma, mediante breve
acionamento do gatilho, sem o uso de cartucho;
d) Disparo com cartucho de emprego: Utilização principal da arma de energia conduzida com
cartucho inserido. O uso com cartucho de emprego pode ser com a fixação dos dois dardos no alvo
atingido ou através do completamento do circuito;
e) Disparo por contato: Utilização da arma de energia conduzida sem cartucho inserido ou com
o cartucho já deflagrado, mediante contato direto em alguma parte do corpo;
f) Munição de emprego: Cartucho original TASER, de cor amarela cinza, verde ou laranja e
cartucho SPARK nas cores laranja e preto, variando conforme a cor e marca a sua distância de
emprego. Todos os cartuchos são numerados individualmente;
g) Munição de treinamento: Cartucho original TASER, de cor azul, possuindo todos os itens do
cartucho de emprego (carga propelente e sondas), porém não sendo energizável e cartucho original
SPARK na cor verde, também não energizável e com carga de projeção e dardos, ou SPARK na cor
azul, totalmente inerte;
h) Operador de armas de energia conduzida: Profissional de segurança pública que recebeu
treinamento e está capacitado a empregar determinada arma de energia conduzida na atividade
pública de segurança, após publicação em Boletim Interno ou expediente símile;
i) Instrutor de armas de energia conduzida: Policial Militar que possui Curso de Instrutor de Tiro
Policial, bem como os correlatos ou Curso de Multiplicador de Operações de Choque;
j) Sondas: Dardos energizados lançados pelos cartuchos das armas de energia conduzida;
93
(2) Obrigatoriamente o operador das armas de energia conduzida será apoiado por Policial
Militar armado com força letal;
(3) O emprego das armas de energia conduzida deverá ser de acordo com o uso seletivo da
força, em conjunto com a verbalização e antes da força letal, de acordo com os preceitos legais e
técnicas;
(4) As situações do emprego das armas de energia conduzida são as similares ao uso de arma
com munição letal, condicionadas aos preceitos legais e técnicas de uso e emprego do equipamento;
(5) As armas de energia conduzida podem ser empregadas contra animais de médio e grande
porte de acordo com a necessidade do operador. Contudo, não se recomenda o uso em equinos,
tendo em vista sua fragilidade à energia elétrica;
(6) Após o suspeito ser atingido, deverá ser submetido a avaliação em saúde, tendo em vista
a submissão a descarga elétrica e/ou lesão decorrendo dos dardos ou consequente de eventual queda.
A retirada dos dardos deverá ser procedida de maneira segura, evitando o contágio biológico através
do sangue;
(2) Quanto ao local onde o suspeito se encontra: deve ser evitado o emprego das armas em
locais em que o suspeito tenha possibilidade de sofrer queda cujo resultado seja mais prejudicial do
que aquele a ser evitado (ex.: pontes, rios e piscinas, telhados, prédios, operando veículos ou
máquinas ou na água pelo risco de afogamento, imerso ou molhado por substância inflamável);
(3) Quanto às características físicas das pessoas abordadas: deve ser evitado o emprego das
armas em pessoas enfermas, visivelmente grávidas (risco de dano aliado a dificuldade de
recuperação decorrente da queda);
95
(4) Quanto à inflamabilidade e risco de explosão: nunca devem ser empregadas as armas em
ambientes inflamáveis ou explosivos (risco de chama ou explosão);
(5) Não utilizar em pessoas que tenham sido atingidas por agentes químicos, pelo risco de
inflamabilidade do material e também pelo risco de danos a saúde pelo emprego de mais de uma
Tecnologia de Menor Potencial Ofensivo;
(6) O operador deve evitar a realização de mais de duas descargas plenas (5 segundos)
sucessivas em seres humanos, eis que a partir de então, pode haver um risco maior ao organismo
em função de alterações no metabolismo do corpo humano (estresse físico e/ou mental, ansiedade,
condições psicossomáticas, etc.);
(7) Em todas as situações, deverá ser considerado o princípio de redução de danos.
4) Controle das armas de energia conduzida e seus cartuchos:
a) Da auditoria
(1) A arma TASER armazena os últimos 585 disparos, declarando data, hora e número da
arma; a SPARK, os últimos 1000 disparos, declarando data, hora, duração do disparo e temperatura
interna da arma, possibilitando a checagem digital dos dados;
(2) Por ocasião da coleta dos dados internos das armas, o auditor deverá atentar para eventual
descompasso entre os dados de data/hora registrados pelo equipamento e aqueles atuais.
Eventualmente, os equipamentos não foram devidamente atualizados antes de seu emprego;
(3) O cartucho TASER, após o disparo, libera no ambiente um número de aproximadamente
30 (trinta) confetes com a numeração do cartucho impressa, precisando o local do fato, o cartucho
da SPARK não possui confete;
(4) Eventual auditoria digital das armas de energia conduzida deverá ser realizada no Centro
de Material Bélico (CMB), ou por instrutor de tiro devidamente qualificado (nesse caso, informado
ao CMB);
(5) Anualmente, o CMB deverá avaliar a necessidade de aquisição de novas armas ou
substituição das existentes;
(6) O CMB, a qualquer tempo, poderá requisitar aos Comandos, suas armas e cartuchos para
auditagem.
b) Dos controles internos:
(1) Deverá haver registro, em livro próprio, da retirada e entrega das armas e cartuchos de
energia conduzida para o serviço, com data/hora e o operador;
(2) Em caso de emprego da arma e/ou cartucho de energia conduzida, além da documentação
operacional pertinente, deverá ser preenchido pelo Policial Militar o relatório de disparo de arma de
energia conduzida (Anexo “Único”), para a homologação por Sindicância Técnica de Disparo de
96
e) Colete balístico: conjunto formado pela capa protetora, que pode ser dissimulada, ostensiva
ou tática, bem como pelos painéis balísticos frontais e dorsais;
f) Colete Balístico Dissimulado: coletes fabricados para serem usados sob o uniforme, com
sensível redução no tamanho dos painéis. Os painéis balísticos dos coletes balísticos dissimulados
são acondicionados em capas protetoras, que mesclam poliéster e algodão, devendo acompanhar o
equipamento, preferencialmente em número de duas, a fim de que se permita o rodízio para a sua
necessária lavagem;
g) Níveis de blindagem: de acordo com a NIJ0101.6, em sete níveis de proteção, de acordo com
tipo de munição ao qual oferece proteção, sendo seis deles delimitados normativamente nos
primeiros seis níveis; o nível sete é aberto para situações especiais, não abrangidos pelos outros seis
níveis:
(1) Nível I: oferece proteção contra projéteis de calibre .22 Long Rifle, em configuração
ogival totalmente jaquetada, com massa nominal de 2.6 g (40 gr), impactando a uma velocidade de
até 320 m/s (1050 ft/s) e contra o calibre .380 ACP com projétil ogival totalmente encamisado
(FMJ), com massa nominal de 6.2 g (95 gr), impactando a uma velocidade de até 312 m/s (1025
ft/s);
(2) Nível II-A: oferece proteção contra calibres 9 mm com projétil ogival totalmente
encamisado (FMJ), com massa nominal de 8.0 g (124 gr), com velocidade de até 332 m/s (1090
ft/s), e ao calibre .40 S&W, na mesma configuração, com massa nominal de 11.7 g (180 gr),
impactando a uma velocidade de até 312 m/s (1025 ft/s), bem como todas aquelas abrangidas pelo
nível I;
(3) Nível II: oferece proteção contra calibres 9 mm com projétil ogival totalmente jaquetado
(FMJ), com massa nominal de 8.0 g (124 gr), com velocidade de até 358 m/s (1175 ft/s), e contra
projétil de ponta macia jaquetada de Magnum 357, com massa nominal de 10.2 g (158 gr), a uma
velocidade de até 427 m/s (1400 ft/s), bem como das ameaças abrangidas pelos níveis I e II-A;
(4) Nível III-A: oferece proteção contra projétil de 9 mm em configuração ogival totalmente
jaquetada (FJM), com massa nominal de 8.0 g (124 gr) e impactando numa velocidade de 427 m/s
(1400 ft/s), e contra projétil de ponta oca totalmente jaquetado de Magnum, com massa nominal de
15.6 g (240 gr) e impactando numa velocidade de até 427 m/s (1400 ft/s), bem como das ameaças
abrangidas pelos níveis anteriores;
(5) Nível III: de uso exclusivo militar, a blindagem nível III oferece proteção contra projétil
totalmente jaquetado (FMJ) de 7,62 (M80 designação militar dos E.U.A.) e impactando numa
velocidade de até 838 m/s (2750 ft/s), bem como das ameaças abrangidas pelos níveis anteriores;
98
(6) Nível IV: oferece proteção contra projétil perfurante de blindagem calibre 30 (A PM2
designação militar do EUA), com massa nominal de 10,8 g (166 gr) impactando numa velocidade
de 869 m/s (2850 ft/s) por segundo, aproximadamente. Proporciona também proteção contra as
ameaças abrangidas por todos os outros níveis de blindagem;
(7) Nível especial de blindagem: aquele feito mediante requerimento especial de um
comprador, para um nível de proteção diferentes dos níveis de ameaça padrão (do I ao IV), devendo
vir especificado os exatos cartuchos testados e velocidades mínimas de impacto a serem usadas, e
indicar que este padrão dominará sobre os outros cumprimentos.
h) Colete Balístico Ostensivo: painéis um pouco maiores do que os dissimulados, oferecendo
maior proteção, sendo acondicionados em capas externas, com ajustes em velcro, em material
lavável, utilizado sobre o uniforme;
i) Painéis balísticos: placas dorsais e frontais que compões o colete balístico;
j) Polietileno: fibra sintética de polímero de polietileno com peso molecular extremamente
elevado e resistência dez vezes superior ao aço, além de serem extremamente flexíveis e
impermeável. Comercialmente é conhecida como Dyneema (fabricada pela DSM High Performance
Fibers) e Spectra Shield (fabricada pela Honeywell Spectra Technologies);
k) Coletes Táticos: compostos de dois painéis balísticos acondicionados em capa externa,
utilizada sobre o uniforme, na qual podem ser agregados diversos porta apetrechos, tais como coldre,
porta-carregadores, porta-algema, porta-lanterna, etc., costurados ou presos à capa por velcro ou
botões de pressão;
l) Trauma fechado: também denominado trauma cego, são os danos sofridos pelas forças criadas
pelo projétil quando impacta o colete. Lesão indireta causada pela pressão do painel contra o corpo.
De acordo com a Norma NIJ não deve ser maior do que 44 mm.
2) Dos cuidados e da manutenção:
a) Os coletes, quando não utilizados, devem ser preferencialmente pendurados com o auxílio de
um cabide, a fim de evitar rugas e deformações em seus painéis, podendo causar perda de proteção.
Em não havendo cabides, devem ser colocados sobre superfícies planas;
b) Nunca devem ser deixados sobre os bancos da viatura, nos porta-malas, expostos diretamente
ao sol ou em lugares muito úmidos;
c) Os painéis balísticos podem ser higienizados passando-se um pano ou esponja úmida, devendo
ser secadas a sombra;
d) Os painéis jamais devem ser submersos em água, nem entrar em contato com solventes,
agentes químicos, alvejantes ou produtos à base de álcool;
99
e) As capas dos coletes devem ser lavadas periodicamente, com água morna e sabão neutro,
devendo ser secadas igualmente a sombra;
f) Os coletes não devem ser guardados úmidos, seja em consequência da transpiração ou de
lavagem ou chuva, pois pode provocar o aparecimento de mofo;
g) Não se deve dobrar ou amassar as placas balísticas, pois tal ocorrência danifica o material,
comprometendo sua capacidade de proteção.
3) Da utilização:
a) O colete a prova de balas é o equipamento de proteção de porte obrigatório, por policiais em
serviço;
b) Os coletes a prova de balas utilizados pelos Policiais Militares em serviço devem ser os
fornecidos pelo Estado;
c) O colete deve estar adequado ao corpo do policial, devendo o tamanho das placas ser
compatível com a sua compleição física. Caso as placas sejam pequenas, não protegerão o baixo
abdômen e as laterais da caixa torácica e caso sejam grandes demais, quando o usuário sentar-se, as
placas poderão sofrer deformidades na parte inferior, afetando seu poder balístico, além de subirem,
entrando em contato com a garganta, causando-lhe desconforto;
d) Ao ajustar o colete, através das correias de velcro da capa, deve-se deixar um intervalo de
cerca de dois dedos entre o tórax e o colete. Não deixar muito frouxo, pois poderá causar incômodo
ao usuário e não manter muito apertado;
e) Nenhum tipo de objeto deve ser utilizado por baixo do colete, tais como, jóias ou canetas.
Estes objetos, quando posicionados atrás da área do impacto, podem transformar em projéteis
secundários quando impactados pelos projéteis ditos primários, penetrando no corpo do policial
militar e causando-lhe lesões.
4) Da capa dos coletes balísticos:
a) O policial fardado de 4º Operacional (de acordo do RUAPBM), deverá utilizar capa de colete
de modelo ostensivo, na cor cinza BM lisa, com velcro da mesma cor para fixação de tarjeta de
identificação no lado direito do peito, contendo o posto ou graduação e nome de guerra do servidor,
com a inscrição - BRIGADA MILITAR – nas costas, ou colete dissimulado (sob a farda) conforme
a disponibilidade;
b) O policial fardado de camuflado urbano, deverá utilizar capa de colete de modelo ostensivo,
na corta preta, com velcro da mesma cor para fixação de tarjeta de identificação no lado direito do
peito, contendo o posto ou graduação e nome de guerra do servidor, com a inscrição - BRIGADA
MILITAR – nas costas;
100
c) As capas com coldres, diversos bolsos e porta-acessórios ficam proibidas a partir desta data.
Porta-acessórios somente poderão ser posicionados até a linha do abdômen, conforme regulado no
RUAPBM.
d. Distribuição e controle de material bélico:
1) Do armazenamento:
a) Do Armazenamento das armas de porte (revólveres e pistolas):
As armas curtas, não devem permanecer armazenadas, exceto quando inevitável à necessidade
de revezamento entre os Militares Estaduais, na atividade operacional. Assim, deve ser priorizado
o fornecimento das armas curtas, em cautela, aos policiais militares empregados na atividade de
policiamento ostensivo, em detrimento aos da Administração. As reservas técnicas devem ser
limitadas até o percentual de 10% do efetivo existente a fim de atender a possibilidade de porte de
arma por todos os policiais militares e para substituição imediata em caso de apreensão, IPM, IT,
IGP, entre outros).
b) Do Armazenamento das armas portáteis (espingardas, fuzis, submetralhadoras e carabinas):
As armas portáteis, principalmente fuzis e submetralhadoras, cujo emprego deve ser planejado
nas circunstâncias ordinárias, extraordinárias ou excepcionais, devem ser armazenadas de modo a
garantir segurança para o referido armamento, adotando-se medidas e estruturas mínimas adiante
descritas.
c) Do armazenamento das munições:
(1) As munições devem ser armazenadas separadamente das armas, a fim de atender
princípios de segurança e para atender às exigências do Ministério do Exército no tocante ao
armazenamento de Material Bélico;
(2) Após a retirada das munições pelas Sedes de Comandos ou Departamentos, deverão ser
distribuídas para a carga dos Batalhões subordinados, (munições de emprego), e as munições de
treinamento, carga das Sedes de Comandos;
(3) As munições das armas de porte devem ser distribuídas proporcionalmente junto com as
armas do respectivo calibre, com quem as porta ou, excepcionalmente, proporcionalmente junto
com o número de armas de porte em revezamento;
(4) As munições letais de espingardas, fuzis, submetralhadoras e carabinas, devem ser
armazenadas adotando-se medidas e estruturas mínimas.
d) Do armazenamento das munições não-letais e materiais de operações especiais:
Os OPM e frações que dispuserem deste material deverão armazená-lo separadamente dos
demais materiais bélicos, em face da especificidade e regulamentação que envolvem o emprego
deste material.
101
(1) Do Boletim Reservado Mensal de Carga e Patrimônio: Este é o registro na BM, feito pelo
DLP, capaz de oficializar formalmente, a situação (carga, transferência e descarga) de Material
Bélico da BM e dos OPM;
(2) Do Mapa Carga: O Mapa Carga deve ser a relação do Material Bélico do OPM, assinado
pelo detentor da carga, confeccionado em concordância com os BRMCP, relativos aos diversos
Materiais Bélicos do OPM, até sua última atualização;
(3) Da cautela: O recibo mediante Cautela será a forma de registro através da qual o ME
receberá uma arma de porte e sua munição, podendo portá-la em tempo integral, consoante com a
Nota de Instrução que regula o tema;
(4) Do livro de registro de entrada e saída: Deve ter as páginas numeradas, ser pautado e ter
os registros feitos de forma manuscrita, legível, a caneta. Deve ser visado pelo detentor de carga, no
mínimo, mensalmente;
(5) Da Publicação em BI: O Comandante do OPM fará registrar, em BI, o fornecimento das
armas em cautela;
(6) Da ficha de prateleira: Todo o material bélico com vida útil inferior a dois anos,
armazenado nos OPM, deverá estar acompanhado da respectiva Ficha Prateleira, visto tratar-se de
estoque, o que se aplica a todas as munições;
(7) Da Guia de Recolhimento de Armamento e Munição (Anexo “A”):
Toda vez que uma arma ou munição necessitar ser recolhida ao Centro de Material Bélico,
para o fim especificado no respectivo documento, deverá ser realizado através de Guia Reservada
de Recolhimento de Armamento ou Munição, separadamente.
(8) Da Transferência:
a) Para este procedimento deve ser aberto PROA, específico, pela unidade de origem, com ata
de transferência de Material Bélico (Anexo “B”), devendo ser acompanhada pela guia de
encaminhamento de Material Bélico, para o registro da transferência de carga de armas, munições
e EPIs entre os OPM;
b) Encaminhar para o destino, e este deverá anexar a Ata de Exame e Recebimento (Anexo “C”),
pois é o único documento para o registro de recebimento de Armamento, Munições e EPIs, por um
OPM;
c) Incluir o BI de nomeação da comissão de avaliação dos referidos materiais;
d) Encaminhar ao DLP-CMB, para fins de publicação em BRMCP.
e. Pagamento e armazenamento de munições de emprego:
103
1) Cada Militar Estadual receberá em cautela, quando na execução das atividades de polícia
ostensiva, conforme o armamento a ser utilizado, a quantidade máxima de cartuchos a seguir
discriminados, ficando sob a sua responsabilidade a correta conservação e utilização:
a) Pistolas.......................................................................................................52 cartuchos.
b) Carabinas, Fuzis e Submetralhadoras.......................................................100 cartuchos.
c) Munição calibre 12 para espingarda Pump-Action ....................................25 cartuchos.
d) Munição calibre 7,62mm para fuzil SAR .................................................100 cartuchos.
e) Munição calibre 12 Anti-Motim p/ espingarda Pump-Action ....................25 cartuchos.
Dentro das possibilidades, a munição paga em cautela para cada ME deve ser do mesmo lote,
para facilitar o controle.
2) Conservação
A conservação da munição estocada é de responsabilidade de cada OPM detentora de carga,
devendo a munição de emprego ser estocada separadamente da munição de instrução, sendo às
mesmas, acondicionadas em local com total segurança.
3) Fiscalização
A fiscalização da munição paga em cautela, seu consumo e estado de conservação deverá ser
mensal, e executado pelo OPM detentor da carga, adotando-se as medidas administrativas cabíveis
quando da constatação da necessidade de sua reposição face extravio, danificação ou deterioração.
4) Reserva
A diferença entre a munição disponível existente no OPM e a necessidade para emprego na
atividade de polícia ostensiva, constitui a reserva de cada OPM, a qual deverá ser no máximo de
10% (dez por cento) da munição empregada, visando reposição, em caso de consumo.
5) Distribuição
a) A distribuição e o remanejo da munição disponibilizada aos OPM fica a critério dos CRPO,
CRBM, CABM, COE, Corregedoria-Geral e Ajudância-Geral, que deverão comunicar
imediatamente o DLP das movimentações ocorridas nos OPM subordinadas, para a regularização
da carga e publicação em BRMCP;
b) Poderá ser automática, ou a pedido, para reposição ou substituição, conforme a
disponibilidade de recursos, devendo fazer o controle através do lote;
c) Sempre que a reserva for menor que o estipulado, deverão os CRPO, CRBM, CABM, COE,
Corregedoria Geral e Ajudância-Geral solicitar ao DLP para providências quanto ao suprimento;
d) O DLP deverá providenciar na previsão orçamentária, aquisição e distribuição aos OPM
conforme o previsto nesta NI, bem como manter o registro do material distribuído;
104
e) O Cmt, Dir., Chefe, Corregedor Geral e Ajudante Geral dos OPM são os responsáveis diretos
pela carga da munição de sua respectiva OPM, devendo adotar as medidas administrativas e
operacionais cabíveis de informação, via canal técnico correspondente sobre o consumo de
munições em ocorrências bem como sobre a situação e conservação do material em uso,
determinando a abertura dos procedimentos pertinentes.
4. PRESCRIÇÕES DIVERSAS
a. Os policiais militares, quando em serviço, devem utilizar apenas as armas de fogo fornecidas
pelo Estado, sendo proibido o emprego de armas e/ou equipamentos não previstos na dotação de
carga da Unidade;
b. Na hipótese de qualquer disparo de arma de fogo, havendo, ou não, lesão corporal ou morte de
pessoa, deverá ser procedida a Sindicância Técnica de Tiro, com o registro de todas as circunstâncias
do(s) disparo(s);
c. Todos os ME, independentemente do posto ou graduação, são responsáveis pelo cumprimento
das normas de segurança previstas nesta NI, devendo, em cada esfera de atribuições, adotar as
providências cabíveis para evitar a ocorrência de incidentes ou acidentes de tiro, sob risco de
omissão e corresponsabilidade;
d. Os procedimentos operacionais no manuseio do armamento, previstos nesta norma, devem ser
regularmente transmitidos ao efetivo, seja na disciplina de Uso da Força e da Arma de Fogo seja no
PAEC, bem como, nas demais instruções assistemáticas dos OPM’s;
e. O colete balístico, equipamento de proteção individual, é de porte obrigatório e utilização
adequada pelos policiais militares em serviço;
f. O descumprimento das prescrições estabelecidas nesta NI sujeitará o transgressor ao
enquadramento disciplinar, na forma estabelecida no Regulamento Disciplina da Brigada Militar;
g. Os Cmt de OPM, através da Assessoria específica devem determinar instruções específicas aos
ME empregados nos Almoxarifados ou similares, de modo que sejam cumpridas as normas aqui
estabelecidas;
h. O Armazenamento, Distribuição e Controle das armas de fogo da Corporação são fatores de
fundamental importância e devem ser perseguidos por todos os ME em exercício de comando de
forma a garantir a sua eficiência/eficácia nas ações/operações de polícia ostensiva;
i. O EMBM-PM4 deverá providenciar na previsão orçamentária, aquisição e distribuição aos OPM
conforme o previsto nesta Nota de Instrução, de modo a atender, num período de até 05 (cinco)
anos, ao menos 50% do efetivo empregado na atividade de policiamento;
105
1. FINALIDADE
Regular os procedimentos administrativos e operacionais referente ao trânsito.
2. BASE LEGAL
a. Lei nº 9.503, de 23 setembro 1997 - Código de Trânsito Brasileiro;
b. Lei nº 9.099, de 26 setembro 1995 - Dispõe sobre os Juizados Especiais Cíveis e Criminais e dá
outras providências;
c. Lei nº 10.259, de 12 julho 2001 - Dispõe sobre a instituição dos Juizados Especiais Cíveis e
Criminais no âmbito da Justiça Federal;
d. Decreto-Lei nº 3.689, de 03 outubro 1941 - Código de Processo Penal;
e. Decreto-Lei nº 1.002, de 21 outubro 1969 - Código de Processo Penal Militar;
f. Resoluções do CONTRAN e CETRAN/RS;
g. Decreto nº 96.044/1988, de 18 maio 1988 e sua regulamentação;
h. Resoluções da ANTT;
i. Portarias do SENATRAN;
j. NBR 10697, de 16 de novembro de 2020, que define os termos técnicos utilizados na preparação
e execução de pesquisas relativas a sinistros de trânsito e na elaboração de relatórios estatísticos e
operacionais.
3. EXECUÇÃO
a. Das Competências
1) Compete à Brigada Militar executar a fiscalização de trânsito, quando e conforme convênio
firmado, como agente do órgão ou entidade executivos de trânsito ou executivos rodoviários,
concomitantemente com os demais agentes credenciados (art. 23, III, CTB);
2) A competência dos órgãos executivos do Estado e dos Municípios poderá ser exercida,
mediante convênio, pela Brigada Militar. Os convênios celebrados pela Brigada Militar reproduzem
as seguintes situações:
a) Convênio BM/DETRAN: O DETRAN delegou à BM sua competência originária para a
fiscalização de trânsito, a autuação e a adoção das medidas administrativas;
b) Convênio BM/Municípios – Delegação: Os Municípios sem estrutura própria (Agentes
Municipais de Trânsito) delegaram à BM suas competências originárias para a operação e
fiscalização do trânsito de veículos automotores e de tração animal, a promoção da segurança de
107
pedestres e ciclistas, a autuação, a adoção das medidas administrativas atinentes a cada infração de
trânsito;
c) Convênio BM/Municípios – Reciprocidade: Os Municípios com estrutura própria (Agentes
Municipais) e a Brigada Militar estabeleceram atuação recíproca nas infrações de competência
municipal e estadual, de modo que ambos podem atuar em quaisquer infrações, independente da
competência (Resolução nº 66/98, Portarias n.°354/22, 1230/22, 004/23 do SENATRAN);
d) Convênio BM/DETRAN/Centro de Remoção e Depósito de Veículos (CRD): As remoções de
veículos automotores em virtude de crimes ou infrações de trânsito devem ser efetuadas através do
telefone de discagem direta gratuita disponibilizada pelo DETRAN (Disque CRD);
e) Convênio BM/DAER: O DAER delegou à BM, através do Comando Rodoviário da Brigada
Militar, sua competência originária para a fiscalização de trânsito, a autuação e a adoção das
medidas administrativas nas rodovias estaduais.
b. Dos Crimes de Trânsito - Procedimentos:
1) Art. 302 CTB - Praticar homicídio culposo na direção de veículo automotor:
a) Sinalizar o local;
b) Promover o socorro à(s) vítima(s), inclusive o condutor-autor;
c) Isolar e preservar o local, quando necessário, observadas as Leis nº 5.970/73, 8.862/94 e
6.174/74, a fim de que seja realizado levantamento do local, pelo órgão do IGP – Instituto Geral de
Perícias;
d) Comunicar o fato à Polícia Civil (Instrução Normativa Conjunta (INC) nº 001, de 09 Jun 04,
e nº 002, de 28 Jun 04);
e) Arrolar testemunhas;
f) Dar voz de prisão em flagrante a(os) condutor(es)/autor(es), quando couber e quando possível,
de acordo com as circunstâncias do sinistro, excetuando o que prevê o art. 301 do CTB;
g) Providenciar a realização do teste de alcoolemia do(s) condutor(es)/autor(es), com base no
previsto no art. 277 do CTB c/c art. 302 §3º do CTB;
h) Preencher o Boletim de Acidente de Trânsito (BAT), se necessário, de acordo com as
especificidades locais;
i) Preencher o Relatório de Avarias;
j) Preencher Boletim de Atendimento – BA;
k) Se a Polícia Civil comparecer ao local, entregar, mediante recibo, as partes, objetos, veículos
e documentos; se não comparecer, realizar a apresentação das partes e testemunhas e a entrega dos
objetos, documentos e veículos, mediante recibo, na DP, no momento em que já fará o registro
Policial de Ocorrência;
108
1
art. 291. Aos crimes cometidos na direção de veículos automotores, previstos neste Código, aplicam-se as normas
gerais do Código Penal e do Código de Processo Penal, se este Capítulo não dispuser de modo diverso, bem como a Lei
nº 9.099, de 26 de setembro de 1995, no que couber.
§ 1o Aplica-se aos crimes de trânsito de lesão corporal culposa o disposto nos arts. 74, 76 e 88 da Lei n o 9.099, de 26
de setembro de 1995, exceto se o agente estiver:
I - sob a influência de álcool ou qualquer outra substância psicoativa que determine dependência;
II - participando, em via pública, de corrida, disputa ou competição automobilística, de exibição ou demonstração de
perícia em manobra de veículo automotor, não autorizada pela autoridade competente;
III - transitando em velocidade superior à máxima permitida para a via em 50 km/h (cinquenta quilômetros por hora).
§ 2o Nas hipóteses previstas no § 1o deste artigo, deverá ser instaurado inquérito policial para a investigação da infração
penal.
2
§ 1o do art. 302. No homicídio culposo cometido na direção de veículo automotor, a pena é aumentada de 1/3 (um
terço) à metade, se o agente:
I - não possuir Permissão para Dirigir ou Carteira de Habilitação;
II - praticá-lo em faixa de pedestres ou na calçada;
III - deixar de prestar socorro, quando possível fazê-lo sem risco pessoal, à vítima do acidente;
IV - no exercício de sua profissão ou atividade, estiver conduzindo veículo de transporte de passageiros.
109
3
Exceto nos casos do artigo 301 da Lei 9.503/1997.
4
É pacífico o entendimento jurisprudencial de que a incidência de causa (s) de aumento de pena afasta a
competência do Juizado Especial Criminal em razão da pena ultrapassar a pena máxima cominada de dois
anos.
5
Na mesma linha do artigo 302, neste crime (LCC) também não há a necessidade do condutor conduzir o
seu veículo em via pública, basta estar à direção de veículo automotor e agir com culpa.
Há de se inferir, também, que autolesão não é considerada crime, assim o autor não pode ser sujeito passivo
(vítima) do crime em comento. Neste caso, confeccionar apenas BA e BAT.
6
O crime do art. 304 do CTB só pode ser cometido por condutor de veículo envolvido em sinistro. Assim,
se na mesma oportunidade motoristas de outros veículos, não envolvidos no sinistro, deixam também de
prestar socorro, incidem no crime genérico de omissão de socorro descrito no art. 135 do CP.
O mesmo ocorre em relação a pessoas que não estejam na condução de veículos automotores.
É também requisito deste crime que o agente não tenha agido de forma culposa, pois, caso o tenha, o crime será de
110
homicídio ou lesões culposas com a pena aumentada (arts. 302 § 1º, III e 303, § 1º).
7
Nas circunstâncias que o veiculo acidentado é abandonado no local do sinistro, com claro intuito de encobrir algum
delito, também confeccionar o BO-COP neste enquadramento.
8
Em decorrência da Resolução CONTRAN 432/13, art. 3º, bem como com ao advento da Resolução 985/22 do
CONTRAN, onde trás em sua ficha do art. 165 do CTB, campo informações complementares, item 2, que a produção
de eventual contraprova, a que alude o §2º, do art. 306 do CTB, é de responsabilidade exclusiva da polícia judiciária,
em momento posterior à apresentação do preso, sugerimos:
Que o Policial Militar ao flagrar condutor com visíveis sinais de embriaguez ao volante, no ato se concretiza a primeira
prova, pois o Policial tem fé pública, devendo o mesmo, após 15 minutos realizar o teste do etilômetro, e em caso de
índice para condução a DP, que seja feito sem reteste, da mesma forma, nos casos da infração administrativa, onde o
Policial deverá substanciar todas as informações no histórico do AIT e/ou histórico na DP de que no momento da
abordagem, (que obrigatoriamente deverá ser no mínimo 15 minutos anterior a realização do teste do etilômetro), foi
verificado tais sintomas. Sendo assim, a primeira prova fica a cargo do policial militar e a segunda prova se dará através
do teste do etilometro, e no momento da apresentação na DP do condutor que está no índice de crime, o delegado poderá
solicitar a contraprova que o mesmo entender.
111
Aos condutores flagrados com o direito de dirigir suspenso, confirmados por consulta junto ao
sistema Consultas integradas e GID/Detran, deverão ser adotados as seguintes medidas:
9
Quando não constar a data final da penalidade por decisão judicial, e ter a expressão “por tempo indeterminado”
lavrar-se o BO-TC no artigo 307 da Lei 9.503/97.
10
JULGAMENTO HC DA 6ª TURMA STJ É atípica a conduta contida no art. 307 do CTB quando a suspensão ou a
proibição de se obter a permissão ou a habilitação para dirigir veículo automotor advém de restrição administrativa. A
conduta de violar decisão administrativa que suspendeu a habilitação para dirigir veículo automotor não configura o
crime do art. 307, caput, do CTB, embora possa constituir outra espécie de infração administrativa, a depender do caso
concreto.
STJ. 6ª Turma. HC 427.472-SP, Rel. Min. Maria Thereza de Assis Moura, julgado em 23/08/2018 (Info 641).
11a.
Quando for consultado junto ao Sistema Consulta integradas e este confirmar que o condutor está com o |direito
de Dirigir Suspenso, o militar diante dos dados obtidos verificará junto ao sistema GID/ DETRAN o histórico do
condutor junto a abas “Módulos-Pesquisa condutor - Situação”.
b. A informação também poderá ser obtida no site do DETRAN/RS no campo HABILITAÇÃO/ CNH, opção “MAIS”
e após “Suspensão e Cassação” onde consta o processo;
c. As CNH recolhidas deverão ser remetidas ao órgão executivo de trânsito, mediante ofício;
d. O condutor indicado para condução do veículo somente assumirá a direção do veículo posterior a consulta da
situação sua CNH junto ao sistema Consultas Integradas ou GID/DETRAN.
113
(a) Autuar com base no art. 162, VII do CTB, por Dirigir veículo sem possuir cursos
específicos obrigatórios, não devendo ser recolhido o documento de habilitação;
(b) Retenção do veículo até a apresentação de condutor devidamente habilitado, e caso não
apresente, o veículo deverá ser removido ao depósito do CRD via 0800 Detran-RS.
7) Art. 308. Participar, na direção de veículo automotor, em via pública, de corrida, disputa
ou competição automobilística ou ainda de exibição ou demonstração de perícia em manobra
de veículo automotor, não autorizada pela autoridade competente, gerando situação de risco
à incolumidade pública ou privada:
a) Tem-se, portanto, que a redação da Lei 13.546/2017 acrescentou ao art. 308 do CTB a seguinte
expressão: “Ou ainda de exibição ou demonstração de perícia em manobra de veículo
automotor.” Com isso, a mera execução de manobras arriscadas na direção de veículo automotor
passou a ser tipificada também como crime, mesmo diante da inexistência de corrida, disputa ou
qualquer outro tipo de competição automobilística.
b) Para configurar o crime previsto no caput, devem estar presentes os seguintes fatores:
(1) autor esteja na direção de veículo automotor;
(2) fato ocorra na via pública;
(3) ausência da autorização mencionada;
(4) dano potencial à incolumidade pública ou privada (isto é, não basta que se presuma o dano,
mas o ocorrido deve se revestir da materialidade suficiente para demonstrar um perigo à
coletividade).
c) Em vista do princípio da especificidade, vale destacar que o crime do art. 308 do CTB absorve
a contravenção penal prevista no art. 34 do Decreto-lei n.° 3.688/41: “Dirigir veículos na via pública,
ou embarcações em águas públicas, pondo em perigo a segurança alheia”.
d) A alteração da redação do caput, trazida pela Lei n.° 13.546, apenas incluiu a participação do
condutor em “exibição ou demonstração de perícia em manobra de veículo automotor” (infração de
trânsito do art. 175 do CTB), sem qualquer mudança quanto à pena a ser aplicada).
8) Art. 309 CTB - Dirigir veículo automotor sem a devida Permissão:
a) Caracteriza-se pela condução de veículo automotor em via pública, sem ter PPD ou CNH, ou
durante o período em que o direito de dirigir estiver cassado, desde que, da conduta, resulte perigo
de dano concreto (zigue-zague, alta velocidade, ultrapassar o sinal vermelho, freadas bruscas,
contramão de direção).12
b) Lavrar o BO - Termo Circunstanciado, constando as ações que geraram o perigo de dano
12
A simples condução de veículo sem possuir CNH ou PPD não gerando perigo de dano é atípica (não há crime,
conforme Súmula 720/99, do STF, a qual derrogou a contravenção penal descrita no art. 32 da LCP, lavrando apenas o
AIT).
114
concreto;
c) Em estando a CNH do condutor cassada, recolher a mesma mediante Termo de Recolhimento,
em duas vias, sendo uma via do recibo entregue ao infrator;
d) Arrolar testemunhas ou informar a inexistência;
e) Lavrar o competente AIT, com base no art. 162, incisos I ou II, do CTB, podendo ser entregue
o veículo a qualquer pessoa habilitada indicada pelo infrator, registrando a entrega no AIT;
f) Lavrar BO-TC pelo art. 310 do CTB, para o proprietário do veículo quando este não for o
condutor/infrator, e estiver/comparecer ao local da ocorrência;
g) Lavrar BO-COP com fundamento no art. 310 do CTB, nos casos em que a pessoa, seja ela
proprietária ou responsável pelo veículo, não se apresentar ao policial militar, referenciando no
histórico o nome completo e o número do CPF/CNPJ do proprietário que consta no sistema de
Consultas Integradas, buscando colher o relato do condutor/infrator no sentido de que este indique
o nome da pessoa que, de fato, permitiu/entregou a direção do veículo;
h) Se o autor estiver presente e se negar a assumir o compromisso de comparecer em juízo,
conduzi-lo até a delegacia de polícia para a lavratura do APF.
9) Art. 310 CTB – Permitir, confiar ou entregar a direção de veículo automotor a pessoa
não habilitada, com habilitação cassada ou com o direito de dirigir suspenso, ou, ainda, a
quem, por seu estado de saúde, física ou mental, ou por embriaguez, não esteja em condições
de conduzi-lo com segurança:13
a) Arrolar testemunhas ou informar a inexistência;
b) Lavrar BO-TC de acordo com a Súmula 575 do STJ14.
c) Lavrar o competente AIT, observando os arts. 163 (entregar), 164 (permitir ou confiar) e 166
do CTB, no que couber, e todas as demais circunstâncias do fato;
d) Quando o proprietário se fizer ausente e não comparecer no local:
13
O Manual Brasileiro de Fiscalização de Trânsito determina que a conduta “entregar” exige a presença do proprietário
junto ao condutor não habilitado no momento da abordagem, ao passo que a conduta “permitir” caracteriza-se pela
ausência do proprietário junto ao condutor não habilitado no momento da abordagem.
14
Constitui crime a conduta de permitir, confiar ou entregar a direção de veículo automotor a pessoa que não seja
habilitada, ou que se encontre em qualquer das situações previstas no art. 310 do CTB, independentemente da ocorrência
de lesão ou de perigo de dano concreto na condução do veículo.” O crime previsto no art. 310 do CTB é crime de perigo
abstrato (Informativo 559): DIREITO PENAL. CARACTERIZAÇÃO DO CRIME DE ENTREGA DE DIREÇÃO DE
VEÍCULO AUTOMOTOR A PESSOA NÃO HABILITADA. Para a configuração do crime consistente em "permitir,
confiar ou entregar a direção de veículo automotor a pessoa não habilitada, com habilitação cassada ou com o direito
de dirigir suspenso" (art. 310 do CTB), não é exigida a demonstração de perigo concreto de dano. Isso porque, no
referido artigo, não há previsão, quanto ao resultado, de qualquer dano no mundo concreto, bastando a mera entrega do
veículo a pessoa que se sabe inabilitada para a consumação do tipo penal. Trata-se, portanto, de crime de perigo abstrato.
Precedentes citados do STJ: RHC 40.650-MG, Quinta Turma, DJe 14/10/2013; e RHC 39.966-MG, Quinta Turma, DJe
28/10/2013. Precedente citado do STF: HC 12.0495, Primeira Turma, DJe 15/5/2014. REsp 1.468.099-MG, Rel. Min.
Nefi Cordeiro, julgado em 19/3/2015, DJe 15/4/2015.
No caso de confecção de BO-TC nas hipóteses da parte final do mencionado artigo, deve ser descrita no histórico a
condição que impossibilita a condução segura do veículo pela pessoa flagrada na direção do mesmo;
115
15
Se o condutor/infrator não informar quem lhe permitiu, confiou ou entregou a direção do veículo, lavrar o BO-COP
colocando como suspeito o proprietário que consta no sistema Consultas Integradas.
16
O entendimento do excesso de velocidade está no senso comum inerente ao homem médio.
116
Podemos citar como velocidade incompatível com a segurança a situação em que o condutor
freia bruscamente seu veículo (o que se permite apenas por razões de segurança, conforme art. 42
do CTB), quase atropela alguém (ou chega a atropelar), ou desvia abruptamente de um obstáculo na
via pública, perdendo temporariamente o controle da direção, entre outras.
A condição adicional para a ocorrência do crime, se comparada à infração de trânsito, consiste
no “gerar perigo de dano” (incolumidade pública a pessoas), o que exige uma característica
específica para a punição criminal da conduta; assim, podemos admitir que a velocidade
incompatível com a segurança nas proximidades de escolas, hospitais, estações de embarque e
desembarque e logradouros estreitos será tão somente infração administrativa (art. 220 do CTB)
quando tais locais estiverem desprovidos de pessoas, pois não haverá o perigo de dano presente, o
que descaracterizaria a infração penal (art. 311 do CTB).
11) Art. 312 CTB - Inovar artificiosamente, em caso de acidente automobilístico com
vítima, na pendência do respectivo procedimento policial preparatório, inquérito policial ou
processo penal, o estado de lugar, de coisa ou de pessoa, a fim de induzir a erro o agente
policial, o perito, ou juiz:17
a) Arrolar testemunhas;
b) Fazer constar como fato complementar na lavratura da ocorrência ou no Termo
Circunstanciado;
c) Lavrar o competente AIT, com base no art. 176, inciso III, do CTB (sinistro com vítima),
observando todas as demais circunstâncias do fato.
c. Dos Sinistros de Trânsito
1) Em ocorrência de sinistro de trânsito somente com danos materiais o Policial Militar
deverá:
a) Através da SOP, orientar imediatamente as partes a desobstruírem a via para garantir a
segurança e a fluidez do trânsito, desde que os veículos tenham condições de rodagem, e caso não
seja cumprido, o ME, mediante abordagem, deverá autuar no art. 178 do CTB;
b) Sinalizar o local para evitar novos sinistros;
c) Verificar a situação dos veículos e dos condutores;
d) Submeter os condutores ao exame do etilômetro, conforme prevê o art. 277 do CTB;
e) Tomar ciência de como se deram os fatos e verificar se há dolo ou outro crime;
17
Ex.1. Lugar: Alterando a cena do crime, para se fazer supor que o fato tenha ocorrido em local diverso de onde
realmente ocorreu;
Ex.2. Coisa: Retirando vestígios que induzam a responsabilidade pela ocorrência ou modificando peças automotivas
para se isentar de culpa;
Ex.3. Pessoa: fazendo alguém se passar pelo motorista, para acobertar o fato de o condutor não ser habilitado ou estar
sob efeito de álcool.
117
d. Classificação dos Danos – Pequena, Média e Grande Monta (Ver Resolução Nº 810/2020,
Alterada pela Resolução 851/21 do Senatran)
O veículo envolvido em sinistro deve ser avaliado pelo policial, na esfera das suas competências
estabelecidas pelo Código de Trânsito Brasileiro, e ter seu dano classificado, conforme estabelecido
nos Anexos, desta NI:
11) O Comando Regional de Polícia Ostensiva, após prévia análise da 3ª Seção e do respectivo
Chefe do EM poderá reavaliar a monta, com a reclassificação dos danos, de ofício, exercendo a
autotutela ou quando a requerimento da parte interessada se verificar a necessidade de revisão do
BAT;
12) Em caso de danos de “média” ou “grande monta”, o órgão ou entidade fiscalizadora de
trânsito responsável pelo Boletim de Acidente de Trânsito (BAT) deve, em até trinta dias da data
do sinistro, expedir ofício, acompanhado dos registros que possibilitaram a classificação do dano,
ao órgão executivo de trânsito do Estado (DETRAN), responsável pelo registro do veículo,
conforme modelo constante em anexo;
13) O envio da documentação poderá ser efetuado por meio eletrônico previamente definido
entre os órgãos, excepcionalmente admitido o meio postal, desde que contenha de forma visível a
assinatura, o nome e matrícula do policial que emitiu o documento ou de seu superior hierárquico
(art. 4°, § 1º da Res. nº 810/20/CONTRAN);
14) A cópia dos documentos encaminhados ao DETRAN, no qual se encontra registrado o
veículo, ficará arquivada no local de origem para futuras consultas.
e. Infrações de Trânsito
Conforme o prescrito no Manual Brasileiro de Fiscalização de Trânsito, a autuação é ato
administrativo, vinculado na forma da lei, da autoridade de trânsito ou seus agentes quando da
constatação do cometimento de infração de trânsito, devendo ser formalizado por meio da lavratura
do Auto de Infração de Trânsito (AIT).
O AIT é peça informativa que dá início ao processo administrativo e subsidia a autoridade de
trânsito para aplicação das penalidades, devendo ser preenchido de acordo com as disposições
contidas no artigo 280 do CTB e demais normas regulamentares, com o registro do fato que
fundamentou sua lavratura.
Quando a configuração de uma infração depender da existência de sinalização específica, esta
deverá revelar-se suficiente e corretamente implantada de forma legível e visível. Caso contrário, o
agente não deverá lavrar o AIT, comunicando à autoridade de trânsito com circunscrição sobre a
via a irregularidade observada.
As infrações estão tipificadas no Capítulo XV do CTB – artigos 162 a 255, sobre as quais deve
ser observado o seguinte:
1) Do Auto de Infração de Trânsito (AIT):
a) APP DETRAN (Talonário Eletrônico de Multas);
b) Excepcionalmente na indisponibilidade do sistema/aplicativo poderá ser lavrado o AIT em
talonário físico;
120
c) Do Fornecimento:
(1) O P3 do OPM deverá orientar e disponibilizar o aplicativo ao ME, havendo interesse do
ME utilizar seu próprio aparelho para lavrar os AITs, mediante termo de autorização, conforme
anexo “C”;
(2) Compete ao Departamento de Logística e Patrimônio (DLP) a previsão e obtenção de
equipamentos eletrônicos, como Smartphones e/ou Tablet para utilizar os aplicativos operacionais,
de modo a atender às necessidades dos OPM.
d) Do recebimento e distribuição:
(1) Compete ao DLP receber os equipamentos eletrônicos e distribuir aos Comandos;
(2) A PM3, o OPM e o PM operador do App TEM são responsáveis solidários pela atualização
do APP.
e) Do fluxo do AIT (Anexo “Q”):
(1) Autuação por infração de competência estadual;
(2) A Autuação se dará quando a infração for constatada pelo Policial Militar;
(3) O AIT será lavrado pelo PM que constatar a infração, com a observância do art. 280 do
CTB (vide Res. nº 217/06/CONTRAN e Portarias 354/22, 1230/22, 004/23 do SENATRAN;
(4) Verificação da consistência pelo Comandante imediato;
(5) A homologação deverá ocorrer no prazo máximo de 25 dias, face o limite de 28 dias para
expedição do AIT;
(6) Os AIT cancelados ou anulados serão homologados como inconsistentes no SIT.
f) Autuação por infrações de competência municipal:
(1) Somente nos Municípios onde houver JARI’s instaladas;
(2) A autuação se dará quando a infração for constatada pelo Policial Militar;
(3) O AIT será lavrado pelo PM que constatar a infração, com a observância do art. 280 do
CTB (vide Res. nº 217/06/CONTRAN e Portaria 354/22, 1230/22, 004/23 do SENATRAN;
(4) Verificação da consistência pelo Comandante imediato;
(5) Disponibilizar os AIT’s aos municípios para homologação em um prazo até 10 dias;
verificar junto a PM3;
(6) Homologação pelo município e retorno dos AIT’s para o OPM;
(7) Os AIT cancelados ou anulados serão homologados como inconsistentes no SIT.
2) Da Autuação de Veículos Estrangeiros:
a) Todo veículo licenciado e registrado em outro país deve seguir as normas de trânsito
estabelecidas pelo Código de Trânsito Brasileiro, Convenção de Viena e RBUT, estando sujeito às
penalidades e medidas administrativas neles estabelecidas;
121
b) Toda inobservância às normas do CTB constitui infração de trânsito, devendo ser lavrado o
respectivo Auto de infração de Trânsito;
c) O AIT lavrado deve ser, o mais breve possível, homologado no SIT;
d) O condutor estrangeiro, antes de sair do território brasileiro, deve quitar todos os valores
pendentes, decorrentes das infrações de trânsito constatadas;
e) Arquivamento, previsto apenas para os AITs lavrados em talonário físico, serão em lotes
mensais e por ordem cronológica de registro, devendo permanecer em arquivo pelo prazo de 5
(cinco) anos.
3) Da Notificação da Autuação por Infração de Trânsito (NAIT):
Dar-se-á nos termos da Resolução 918/22 CONTRAN e da Resolução nº 088/CETRAN/14
alterada pela 110/CETRAN/16.
a) Do Recebimento da Defesa de Autuação:
(1) Todo condutor autuado possui o direito subjetivo de ingressar com a DEFESA DA
AUTUAÇÃO, assim prevê o art. 6º da resolução 900/22/CONTRAN: “A defesa ou o recurso deverá
ser protocolado no órgão ou entidade de trânsito autuador, ou enviado, via postal, para o seu
endereço, respeitado o disposto no artigo 287 do CTB”;
(2) Assim que o condutor infrator ingressar com a Defesa da Autuação, deve o PM protocolá-
la no SIT;
(3) Documentos necessários para ingressar com a Defesa de Autuação:
(a) Requerimento de defesa da autuação;
(b) Cópia da NAIT (imprescindível para protocolar a Defesa de Autuação) ou do Auto de
Infração de Trânsito- AIT;
(c) Cópia da CNH ou outro documento de identificação que comprove a assinatura do
requerente e, quando pessoa jurídica, documento comprovando a representação;
(d) Procuração, quando for o caso.
(4) Da entrega da defesa e recurso de autuação será fornecido o número de protocolo ao
impetrante:
(a) As defesas e os recursos, direcionadas a JADA/JARI - DETRAN/RS, só poderão ser na
forma eletrônica no site do DETRAN;
(b) O não acompanhamento da documentação obrigatória na defesa não impede o
recebimento, entretanto deverá ficar consignada tal situação no recibo de entrega (Resolução n.°
900/22 CONTRAN).
f. Dos Recursos de Penalidades
1) Os recursos de penalidades deverão ser admitidos e encaminhados, de acordo com o que prevê
122
18
Se o OPM for o Órgão autuador este deve juntar a copia do AIT.
19
A partir de 01/04/22 não há necessidade de juntada do CRLV.
20
Tal procedimento é de suma importância, pois permite a análise da tempestividade do instrumento recursal.
123
j) A baixa de AIT no SIT só deverá ser procedida em atendimento a decisões das JARI’s;
k) Em havendo discordância da decisão da JARI, poderá o órgão autuador interpor recurso ao
CETRAN/RS;
l) Os recursos e as diligências solicitadas deverão ser remetidos às JARI’s/DETRAN, através de
SEDEX (Cartão Postagem, conforme convênio).
g. Das Medidas Administrativas
Estão previstas no art. 269 do CTB e a adoção delas constitui atribuição da BM por delegação
expressa do órgão executivo estadual (DETRAN) e dos demais órgãos executivos de trânsito
conveniados.
Medidas administrativas são providências de caráter complementar, exigidas para a
regularização de situações infracionais, sendo, em grande parte, de aplicação momentânea, e têm
como objetivo prioritário impedir a continuidade da prática infracional, garantindo a proteção à vida
e à incolumidade física das pessoas e não se confundem com penalidades.
Compete à autoridade de trânsito com circunscrição sobre a via e seus agentes aplicar as medidas
administrativas, considerando a necessidade de segurança e fluidez do trânsito.
A ausência de registro no AIT da medida administrativa adotada ou a impossibilidade de sua
aplicação ou conclusão não invalidam a autuação pela infração de trânsito. A eventual invalidação,
anulação ou arquivamento do AIT não prejudicará, necessariamente, a medida administrativa
aplicada pelo agente da autoridade de trânsito.
As Medidas Administrativas Consistem em:
1) Retenção do Veículo – art. 270 do CTB:
a) Deve ser adotada nos casos expressos no CTB, reproduzidos no Anexo “A” da presente NI;
b) No caso do parágrafo 2º do art. 270 do Código de Trânsito Brasileiro, não sendo possível sanar
a falha no local da infração, o veículo, desde que ofereça condições de segurança para circulação
deverá ser liberado e entregue a condutor regularmente habilitado, mediante recolhimento do
Certificado de Licenciamento Anual (CLA), por meio de recibo, assinalando-se prazo razoável, de
até 30 dias, ao condutor para regularizar a situação, para o que se considerará, desde logo, notificado.
Conforme prevê o parágrafo único do art. 133 do CTB, o CLA tem seu porte dispensado, quando,
no momento da fiscalização, seja possível acesso ao sistema informatizado para verificar se o
veículo está devidamente licenciado;
c) A liberação e entrega do veículo ao condutor regularmente habilitado será feita, desde que não
comprometa a segurança no trânsito e não se configure como de grave e iminente risco a segurança,
assim, deverá autuar o infrator, recolher virtualmente o CRLV, conforme art. 270 §1º e 2º, ambos
do CTB;
124
d) Caso o motivo da retenção seja de grave e iminente risco à segurança do próprio condutor e
demais usuários da via, deverá o veículo ser removido para o depósito;
e) No caso do parágrafo 5º do art. 270, quando se tratar de transporte coletivo conduzindo
passageiros ou de veículo de carga transportando produto perigoso ou perecível pode ser aplicado o
disposto no inciso III do art. 274 do CTB, desde que o veículo ofereça condições de segurança para
circulação em via pública a retenção pode deixar de ser aplicada imediatamente;
f) No caso do parágrafo 6º do art. 270 do Código de Trânsito Brasileiro, não efetuada a
regularização no prazo a que se refere o parágrafo 2º, será feito registro de restrição administrativa
no RENAVAM por órgão ou entidade executivo de trânsito dos Estados e do Distrito Federal, a
qual será retirada após comprovada a regularização;
g) O descumprimento das obrigações estabelecidas no §2º do art. 270, resultará na remoção do
veículo ao depósito, aplicando-se, nesse caso ao disposto no art. 271, ou seja, caso o veículo seja
flagrado, em circulação, fora do prazo estipulado no recibo de recolhimento, sem a devida
regularização, deverá ser autuado pela respectiva irregularidade e recolhido ao depósito, nos termos
do § 7º do art. 270 do CTB.
2) Remoção do Veículo – art. 271 do CTB
a) Deve ser adotada nos casos expressos no CTB, reproduzidos no Anexo “A” da presente NI;
b) Art. 271- O veículo será removido, nos casos previstos neste Código, para o depósito fixado
pelo órgão ou entidade competente, com circunscrição sobre a via;
c) Quando a irregularidade puder ser sanada no local onde for constatada a infração, o veículo
será liberado tão logo seja regularizada a situação.
§ 9º-A. Quando não for possível sanar a irregularidade no local da infração, o veículo,
desde que ofereça condições de segurança para circulação, será liberado e entregue a
condutor regularmente habilitado, mediante recolhimento do Certificado de
Licenciamento Anual, contra a apresentação de recibo, e prazo razoável, não superior
a 15 (quinze) dias, será assinalado ao condutor para regularizar a situação, o qual será
considerado notificado para essa finalidade na mesma ocasião.
§ 9º-B. O disposto no § 9º-A deste artigo não se aplica às infrações previstas no inciso
V do caput do art. 230 e no inciso VIII do caput do art. 231 deste Código.
§ 9º-C. Não efetuada a regularização no prazo referido no § 9º-A deste artigo, será feito
registro de restrição administrativa no Renavam por órgão ou entidade executivos de
trânsito dos Estados ou do Distrito Federal, o qual será retirado após comprovada a
regularização.
Art. 2º Será considerado pagamento no ato da abordagem, para os efeitos do artigo 1º,
aquele realizado em até 30 (trinta) minutos a partir da constatação do débito pela
autoridade de trânsito ou seu agente.
(2) Quando o veículo não estiver devidamente registrado e licenciado, caso opte ou não
consiga quitar os débitos conforme prevê a Resolução 151/22 do CETRAN/RS;
(3) Quando necessário à boa ordem administrativa. O atendimento à boa ordem administrativa
se dará nas infrações em que, embora a irregularidade possa ter cessado em razão da abordagem,
seja necessário garantir que a conduta não será praticada novamente, tendo como objetivo prioritário
a proteção à vida, à Segurança Viária e à incolumidade física da pessoa, em consonância com o §
1º do art. 269 do CTB. São exemplos de infrações que ensejam o recolhimento do veículo ao
depósito, quando necessário à boa ordem administrativa: arts. 173; 174; 175; 210; 230, I; 231, VIII;
239; 253; e 253-A;
(4) O veículo em estado de abandono ou acidentado poderá ser removido para o depósito
fixado pelo órgão ou entidade competente, componente do Sistema Nacional de Trânsito,
independentemente da existência de infração à legislação de trânsito. Considera-se veículo em
estado de abandono o veículo estacionado na via ou em estacionamento público, sem capacidade de
locomoção por meios próprios e que, devido a seu estado de conservação e processo de deterioração,
ofereça risco à saúde pública, à segurança pública ou ao meio ambiente, independentemente de
encontrar-se estacionado em local permitido. A remoção do veículo acidentado será realizada
quando não houver responsável pelo bem no local do sinistro;
(5) A remoção deve ser feita por meio de veículo destinado para esse fim, a serviço do órgão
de trânsito, ou, na falta deste, valendo-se da própria capacidade de movimentação do veículo a ser
removido, desde que haja condições de segurança para o trânsito, de acordo com a regulamentação
do órgão responsável pela remoção;
(6) Nas infrações de estacionamento em que se prevê a remoção do veículo, esta não será
aplicada se o condutor, regularmente habilitado, retirar o veículo de onde se encontra
irregularmente, desde que esteja devidamente licenciado e em condições de circulação, se a retirada
do veículo do local ocorrer antes do início da operação de remoção, ou ainda, quando o agente
avaliar que a operação de remoção trará ainda mais prejuízo à segurança e/ou fluidez da via;
e) A remoção somente deverá ser realizada por credenciado pelo DETRAN, acionado pela
própria Autarquia, via Disque-CRD (Centro de Remoção e Depósito de Veículos); Caso o disque-
CRD não esteja operando, o policial militar deverá solicitar à sala de operações o contato com o
CRD;
f) Em nenhuma hipótese, o condutor ou proprietário deverá ser constrangido a aguardar a chegada
do permissionário, assinar o Termo de Remoção e Depósito de Veículo, nem impedido de cessar
o estado infracional;
g) Em hipótese alguma, o Policial providenciará condutor para remover o veículo e nem ele
127
próprio se disporá a fazê-lo, salvo em casos que o local ofereça risco a guarnição ou o veículo
comprometa a segurança viária, devendo ser registrado em Boletim de Atendimento (BA) conforme
disposto no §1° do art. 269 do CTB;
h) Excepcionalmente, desde que o veículo ofereça condições de segurança, o Policial Militar
lavrará o AIT, e a seu critério, liberará o veículo, observando o seguinte: a remoção do veículo não
se dará quando veículos particulares estiverem Transportando Pessoa Portadora de Deficiência,
Idoso, Criança, Gestante ou Pessoa que Necessite de Cuidados Médicos com Urgência, e não
sendo possível outro meio de transporte e em condições razoáveis de segurança (p. ex.: o local não
possui linha regular de ônibus ou não possibilita o acionamento de outro meio de transporte), para
tanto deverá fundamentar tal procedimento no AIT ou BA, em conformidade com a legislação
específica de cada caso, desde que ofereça condições de segurança para a circulação em via pública;
i) Após o veículo ter sido recolhido ao depósito, somente será liberado pelo DETRAN, através
do Centro de Remoção e Depósito (CRD).
3) Recolhimento da Carteira Nacional de Habilitação, Permissão para dirigir ou
autorização para conduzir ciclomotor – art. 272 do CTB
a) Deve ser adotado nos casos previstos na parte geral do Manual Brasileiro de Fiscalização de
Trânsito, Resolução CONTRAN 985/22, reproduzidos no Anexo “A” da presente NI;
b) O Policial Militar somente aplicará a medida administrativa de recolhimento de documento de
habilitação quando ele flagrar o cometimento das infrações previstas nos art. 162, II (Dirigir veículo
com Carteira Nacional de Habilitação, Permissão para Dirigir ou Autorização para Conduzir
Ciclomotor cassada ou com suspensão do direito de dirigir). No caso do art. 162, II, quando o
documento de habilitação for apresentado em meio físico, o agente da autoridade de trânsito deve
providenciar o seu recolhimento, mediante recibo, para que seja feito o encaminhamento para a
autoridade de trânsito responsável pela aplicação da penalidade de suspensão ou cassação. Se o
documento for apresentado em meio digital, o bloqueio já estará inserido no próprio sistema do
Renach;
Da mesma forma, deve ser recolhida quando o Policial Militar detectar indícios de
inautenticidade ou adulteração, o documento de habilitação apresentado deverá ser recolhido e
encaminhado, juntamente com o condutor, para a Polícia Judiciária, nos termos do art. 272 do CTB.
c) Observar os seguintes procedimentos para o encaminhamento do documento de
habilitação (CNH, PD ou ACC) ao infrator:
(1) Na ocorrência da infração do art. 162, II, CTB (condutor com direito de dirigir suspenso
ou cassado, conforme a Res 723/18 alterada pela Res 844/21), a CNH deve ser recolhida mediante
recibo, sendo uma via entregue ao infrator, e enviada à OPM para o devido encaminhamento,
128
21
Quando usuário efetivar o pagamento no ato da constatação da infração, apresentando o comprovante do pagamento
dos débitos (físico ou digital), o veículo será restituído ao mesmo e não será recolhido, não afastando a necessidade da
lavratura do AIT.
129
removendo o veículo com base no art. 270, § 7º do CTB para os casos em que teve Medida
Administrativa de Retenção (art. 270, § 2º do CTB), e o art. 271, § 9º-D do CTB para os casos que
previa Medida Administrativa de Remoção (art. 271, § 9º-A);
h) Caso o veículo abordado conste a Restrição Administrativa imposta por uma infração que
ensejou o recolhimento virtual do CLA, e esta já foi regularizada, o Policial, sem nova autuação,
deverá orientar o condutor para que compareça junto ao OPM autuador para retirar a restrição;
i) É importante salientar que o contra recibo só é válido para o deslocamento até um local mais
próximo onde possa ser sanado o problema, isto é, o veículo não está autorizado a transitar fora do
espaço mínimo necessário para resolução do problema.
6) Transbordo de Carga em Excesso – art. 275 do CTB
Observar o que prescreve o art. 275 do CTB, referente a medida administrativa de retenção e
nos casos de medida administrativa de remoção observar o que preconiza o art. 6º da Res 623/16
CONTRAN.
a) Aplica-se, no que couber, a critério do Agente, o parágrafo 5º do art. 270 do CTB;
b) Observar o preconizado pela Resolução n.° 882/21/CONTRAN e suas alterações.
7) Realização de Teste de Dosagem de Alcoolemia ou Perícia de Substância Entorpecente
ou que Determine Dependência Física ou Psíquica
a) Quando submeter o condutor aos testes, exames e perícias:
Conforme o art. 277 do CTB, o condutor de veículo automotor envolvido em sinistro de trânsito
ou que for alvo de fiscalização de trânsito poderá se submetido a teste, exame clínico, perícia ou
outro procedimento que, por meios técnicos ou científicos, permita certificar influência de álcool
ou outra substância psicoativa que determine dependência. Aduziu a Lei 12.760/12 que tais
comprovações devem ser disciplinadas pelo CONTRAN, ou seja, atualmente a Res. 432/13
CONTRAN regula essas situações.
b) Quando é constatada a embriaguez por meio de etilômetro:
(1) Medição até 0,04 mg/L - enquadra-se na margem de tolerância da Resolução n.° 432/13),
após a verificação da situação do veículo, o motorista deve ser liberado;
(2) Medição de 0,05 mg/L até 0,33 mg/L - enquadra-se na redação do art. 165, mas ainda
não alcança o índice definido para o crime do art. 306, todos do CTB:
(a) Autuação do motorista, enquadrando-o no art. 165 do CTB;
(b) Inserir os dados do equipamento ofertado ao condutor (marca e modelo), assim como data
da verificação e número do Inmetro;
(c) De acordo com o Manual Brasileiro de Fiscalização de Trânsito, quando o motorista
não for o proprietário do veículo, dever ser autuado também pelo art. 166 do CTB. Ficha do
130
abordagem, devendo obrigatoriamente ser constatado pelo ME que a alteração do estado físico
e mental do condutor deu-se antes do ato de confiar a direção;
III. Ainda, quando o proprietário do veículo estiver presente no momento da abordagem,
lavrar-se-á BO-TC com fundamento no art. 310 do CTB. Caso não esteja presente lavrar-se-á BO-
COP com fundamento no art. 310 do CTB.
(j) A infração do art. 165 e o crime no art. 306 do CTB também poderão ser caracterizados
por exame de sangue que apresente resultado igual ou superior a 6 (seis) decigramas de álcool por
litro de sangue (6 dg/L);
(k) No caso de encaminhamento do condutor para exame de sangue, exame clínico ou exame
em laboratório especializado, a referência a esse procedimento no AIT, no BA e no registro na DP
(art. 8º Res 432/13);
(l) Se o condutor apresentar sinais de alteração da capacidade psicomotora na forma do art. 5º
ou haja comprovação dessa situação por meio do teste de etilômetro e houver encaminhamento do
condutor para a realização do exame de sangue ou exame clínico, não será necessário aguardar o
resultado desses exames para fins de autuação administrativa. (art 3º, § 3° Res. 432/13);
(m) Não deve ser recolhido o documento de habilitação do condutor, exceto nos casos do art.
162, II, do CTB (se o mesmo estiver com o direto de dirigir suspenso/cassado) ou quando o Policial
Militar detectar indícios de inautenticidade ou adulteração;
(n) Em caso de não apresentação de condutor habilitado, o veículo deverá ser encaminhado
ao local definido pelo órgão autuador;
(o) É vedada a lavratura simultânea de Autos de Infração com base nos artigos 165 e 165-A,
na mesma abordagem;
(p) O condutor deverá se submeter ao teste ou exame solicitado pelo agente da autoridade de
trânsito, no momento da abordagem, cuja recusa a qualquer deles sujeitará o infrator à infração do
art. 165 ou 165-A do CTB, conforme o caso;
(q) É permitida a lavratura da infração do art. 165 no caso de atendimento de sinistros de
trânsito, desde que seja possível ao condutor realizar o teste ou apresente dois ou mais sinais de
alteração da capacidade psicomotora. Neste caso, o horário da infração é o horário em que
efetivamente foi realizado o teste ou constato os sinais, sendo que o horário do sinistro deve ser
registrado no campo de observações.
c) Da Contraprova:
Considerando que a produção de eventual contraprova, a que alude o §2º, do art. 306 do CTB, é
de responsabilidade exclusiva da polícia judiciária e o pedido é posterior à apresentação do preso,
não se realiza o reteste tanto no caso de índice para o crime quanto no caso de somente infração
132
(d) A entrega do veículo pelo PM para autoridade policial judiciária deverá constar no BO;
(e) O art. 277, § 2º, admite a caracterização da infração do art.165 mediante imagem, vídeo,
além dos testes de alcoolemia e prova testemunhal. Quanto à constatação por imagem/vídeo, deve
ser caracterizada claramente a infração praticada pelo condutor e constar no AIT que foram
registradas imagens da abordagem. Estas imagens/vídeos devem ser armazenadas adequadamente
na fração, contendo no arquivo dados sobre o auto de infração lavrado (número do AIT, data, local,
CNH do condutor) para que, numa eventual requisição por parte da autoridade de trânsito ou JARI,
sejam devidamente disponibilizadas. Salienta-se que, pela falta de regulamentação por parte do
CONTRAN, do procedimento a ser adotado quando da produção de vídeos, esta prova não será
suficiente da comprovação da embriaguez do condutor, sendo necessário estar acompanhada do
Termo de Constatação de Sinais de Alteração da Capacidade Psicomotora.
h. Recolhimento de Animais
Cada Cmt de OPM deverá ajustar junto ao órgão executivo de trânsito do Município a
organização e execução dos serviços de recolhimento e guarda de animais, diretamente ou por
terceiros, conforme estabelece o art. 269, inciso X, do CTB.
No caso de constatação de animais soltos ou em situação de maus tratos na via pública, caberá
confeccionar BO-COP ao responsável, se conhecido e, caso esteja presente, confeccionar BO-TC.
i. Veículos em Situação de “Baixado”
Veículo transitando em via pública, com registro de baixa permanente, nas situações de: veículo
irrecuperável; veículo definitivamente desmontado; veículo sinistrado com laudo de perda total ou
com registro de danos de grande monta; veículo vendido ou leiloado, classificado como sucata por
órgão ou entidade componente do Sistema Nacional de Trânsito; veículo com informação de frota
desativada, devem ser autuados no art. 230, V do CTB (veiculo não registrado), conforme ficha do
Manual Brasileiro de Fiscalização, Resolução n.° 985/22 do CONTRAN, devendo ser observado os
procedimentos previstos referentes a Medida administrativa de Remoção. Obs: veículos com indício
de crime deverão ser apresentados na DP.
j. Condutores e Veículos Estrangeiros
Observa-se que, conforme a Res. 933/22 CONTRAN e Res. 985/22 que aprovou o Manual
Brasileiro de Fiscalização de Trânsito, juntamente com o documento da habilitação ou Permissão
Internacional para Dirigir (PID), o condutor estrangeiro, deve portar a cédula de identidade válida,
não sendo necessária a tradução juramentada, sendo somente aceitas pelo período de 180 dias para
condutores oriundos de países que possuem acordos de reciprocidade com o Brasil e integrantes da
Convenção de Viena. O prazo é conferido através do passaporte e/ou Cartão de Entrada, documento
de porte obrigatório. Caso não apresente e não cumpra qualquer das obrigações acima dispostas será
134
considerado não habilitado. Além dessas situações, também será considerado inabilitado conforme
a Ficha do Manual Brasileiro de Fiscalização de Trânsito nos seguintes casos: Se for oriundo de país
não Parte Contratante da Convenção de Viena sobre Trânsito Viário, de 1968, ou que não adote o
Princípio da Reciprocidade; Se estiver conduzindo veículo com documento de habilitação de
categoria diferente da do veículo, ou não original (cópia) e se estiver conduzindo veículos que exige
categorias "D" e "E", com idade inferior a 21 anos; com idade inferior a 18 anos.
Os veículos comunitários22 do Mercosul, conforme Res. 35/2002 do GMC (Grupo Mercado
Comum Mercosul), devem ser conduzidos por proprietários, cônjuge ou parentes até segundo grau
e, caso não seja, devem portar a Carta Poder. Caso não comprove a regularidade para a condução
do veículo, este deve ser retido até a regularização, devendo ser autuado no art. 232 do CTB
conforme Ficha do Manual Brasileiro de Fiscalização de Trânsito, Res 985/22 do CONTRAN.
Também, conforme Res. 238/07 CONTRAN, para os automóveis registrados em países do
Mercosul, que estejam em viagem de turismo em país diferente, devem portar o Seguro Carta Verde
(Apólice de Seguro Civil), que deve ser contratado no país de registro do veículo. Caso não porte,
deve-se lavrar autuação pelo art. 232, emitir a GPNVE, reter o veículo e, caso não regularize,
remover o veículo23.
De acordo com a Resolução CONTRAN 933/22, art. 6º, Resolução nº 50/2011, art. 2º do
CETRAN-RS, e Portaria 601/15 do Detran/RS, e com base no art. 42 da Convenção de Viena sobre
Trânsito Viário de 1968, promulgada pelo Decreto nº 86.714, de 10 de dezembro de 1981, no que
tange a condução de veículo automotor por estrangeiro habilitado em outro país, e que esteja
transitando no Território Nacional e venha a cometer infração de trânsito que motive a penalidade
administrativa a suspensão do direito de dirigir terá sua carteira de habilitação recolhida pelo agente
de trânsito.
A carteira de habilitação ficará recolhida até o final do prazo de suspensão do direito de dirigir
ou até o condutor sair do território nacional. Se a saída se proceder antes da expiração do prazo
fixado e, desde que tenha havido o pagamento das multas de trânsito, também será restituída no ato
da saída.
Caso a infração que deu causa ao recolhimento do documento ocorrer no percurso de entrada no
país, o documento de habilitação de condutor oriundo de país estrangeiro deverá ser encaminhado
ao DETRAN-RS. Igualmente, deverá ser encaminhada no caso de estar em rota de saída e optar
22
Veículos em viagem de turismo do tipo: automóveis, bicicletas motorizadas, motohome, pickup, etc. Não se
enquadram veículos de transporte remunerado: ônibus, táxis, caminhões, etc.
23
Em infrações que caiba a retenção do veículo, fica o estrangeiro obrigado a regularizar a situação no momento da
abordagem, em não sendo possível, desde que o veículo tenha condições de segurança, deve ser autuado e liberado.
Caso comprometa a condições de segurança, deve ser autuado e removido. Nunca se recolhe documentos do veículo,
tampouco autua-se por estarem vencidos.
135
pelo não pagamento da GPNVE. Neste último caso o veículo será removido ao depósito
credenciado, na forma do disposto pelo § 3º, art. 2º, da Res. 382/2011, do CONTRAN.
Importando a infração de trânsito, também em medida administrativa de retenção ou de remoção
de veículo, deverá permanecer este retido ou recolhido até a apresentação de condutor habilitado e
pagamento da multa de trânsito e taxas eventualmente existentes.
Para o condutor estrangeiro pagar a multa é necessária a GPNVE (Guia de Pagamento de
Notificação de Veículo Estrangeiro) a qual pode ser impressa em qualquer OPM da BM, após o
cadastro do AIT no SIT, sendo que o estrangeiro somente fica obrigado a pagar se for lhe entregue
a GPNVE, e conforme o art. 119 do CTB §1º e §2º, Res 382/11 do CONTRAN e da Res 50/11 do
CETRAN/RS, o veículo deverá ficar retido até o pagamento das infrações se estiver na rota de saída
do país, bem como para os veículos que saírem do território nacional sem ter efetuado o pagamento e
que posteriormente forem flagrados tentando ingressar ou já em circulação no território nacional e,
caso opte pelo não pagamento, deverá ser removido, conforme o art. 2º §2º da Res 50/11 do
CETRAN/RS. Para as infrações cometidas por estrangeiros no percurso de entrada no Brasil,
somente lavrar-se-á a notificação e entrega da GPNVE, orientando o infrator para efetuar o
pagamento antes da saída do território nacional, bem como multas já notificadas e que estejam
vencidas.
O Policial Militar deve atentar para o prazo prescricional, devendo ser observada a Resolução
36/11 do CETRAN/RS, onde a pretensão executória das multas de trânsito prescreve em 05(cinco)
anos, contados do dia seguinte ao final do término do prazo para apresentar recurso ao CETRAN
ou da notificação da decisão irrecorrível.
Observa-se que, se tratando de multas aplicadas por outros órgãos como: PRF, DNIT,
DER/DAER, SMT, EPTC, etc, tem-se que estas infrações de trânsito não estão ao alcance de
cobrança do Policial Militar, devido a não existência de convênio. No caso do DAER/RS, exceção
aos policiais militares integrantes do CRBM, que poderão fazê-lo, e no caso do DETRAN/RS todos
integrantes da BM poderão fazê-lo.
Quanto ao condutor estrangeiro, os procedimentos são os mesmos adotados em atendimento de
sinistro de trânsito e infrações.24
4. PRESCRIÇÕES DIVERSAS
a. Todo o veículo abordado, obrigatoriamente deve ter sua situação verificada nos sistemas
disponíveis, assim como seu condutor, não esquecendo que seja verificada a situação de sua CNH,
24
Nos casos das infrações que decorrem penalidade de SDD, retém-se o documento de habilitação, restituindo-o com a
saída do estrangeiro do país. Caso não compareça para retirá-la, passado o prazo de permanência, será enviado o
documento ao DETRAN/RS, que restituirá ao país de origem.
136
PPD ou ACC;
b. Os formulários de documentos operacionais serão conforme modelos em anexo a esta NI,
fornecidos pela Instituição conforme convênio com o DETRAN, mediante solicitação dos CRPO-
COE ao DLP;
c. A penalidade de advertência por escrito não será aplicada pela Brigada Militar;
d. Deve ser lavrado um AIT por infração de trânsito; e no caso de infrações em que os códigos
infracionais possuam a mesma raiz (três primeiros dígitos), considerar-se-á apenas uma infração.
Exemplo: Condutor sem cinto de segurança, código de enquadramento: 518-51; passageiro sem
cinto de segurança, código de enquadramento: 518-52, logo, o policial militar deverá lavrar apenas
um AIT pelo código 518-51 e fazer constar no campo “Observações” que “o condutor e passageiro
não faziam o uso de cinto de segurança”; bem como nos casos das infrações Concorrentes, que são
aquelas em que o cometimento de uma infração, tem como consequência o cometimento de outra.
Por exemplo: veículo sem as placas (art. 230, IV), por falta de registro (art. 230, V), nesse caso, o
agente deverá lavrar um único AIT, com base no art. 230, V. Já para as infrações Concomitantes,
aquelas em que o cometimento de uma infração não implica no cometimento de outra na forma do
art. 266 do CTB. Por exemplo: dirigir veículo com a CNH vencida há mais de trinta dias (art. 162,
V) e de categoria diferente para a qual é habilitado (art. 162, III), lavrar-se-á um AIT para cada
infração. Logo, para as Infrações Continuadas que se caracterizam por uma conduta única,
inalterada e ininterrupta, observada por mais de uma vez em momentos distintos e sequenciais. A
abordagem do condutor faz cessar a infração continuada. Nesse caso, deverá ser lavrado um único
AIT. São exemplos de infração continuada: condutor ou passageiro sem utilizar o cinto de segurança
(art. 167); condutor ou passageiro de motocicleta flagrado sem utilizar o capacete (art. 244, I ou II);
veículo estacionado em local proibido que não possa ser removido e permaneça estacionado no
mesmo lugar. Agora, Infrações Sucessivas caracterizam-se pelo cometimento de repetidas
condutas idênticas, ao longo de um percurso, de forma reiterada e intermitente. Nesses casos, será
lavrado AIT para cada infração constatada, na forma dos arts. 266 e 280 do CTB. São exemplos de
infrações sucessivas: duas ou mais ultrapassagens pela contramão onde houver marcação viária
longitudinal de divisão de fluxos opostos do tipo linha dupla contínua ou simples contínua amarela
(art. 203, V); dois ou mais excessos de velocidade superior à máxima permitida, flagradas por
medidores de velocidade em pontos distintos, ao longo do percurso (art. 218, I, II ou III); dois ou
mais avanços de sinal vermelho do semáforo ou o de parada obrigatória (art. 208);
e. O formulário de AIT será único para infrações de competência do Estado e dos Municípios,
conforme modelo constante do Anexo “A”, devendo ser incluído apenas uma infração por AIT. No
entanto, deverá ser apontado na parte superior do AIT de quem é a infração, (municipal ou estadual)
137
5037 2 Dirigir veículo com PPD de categoria 162, III Condutor 7 - Gravíss 2X ESTADUAL/RODOV
diferente da do veículo
5045 0 Dirigir veículo com validade de 162, V Condutor 7 - Gravíss ESTADUAL/RODOV
CNH/PPD vencida há mais de 30 dias
5053 1 Dirigir veículo sem usar lentes 162, VI Condutor 7 - Gravíss ESTADUAL/RODOV
corretoras de visão
5053 2 Dirigir veículo sem usar aparelho 162, VI Condutor 7- Gravíss ESTADUAL/RODOV
auxiliar de audição
5053 3 Dirigir veículo sem usar aparelho 162, VI Condutor 7- Gravíss ESTADUAL/RODOV
auxiliar de prótese física
Dirigir veículo sem adaptações
5053 4 impostas na concessão/renovação 162, VI Condutor 7 - Gravíss ESTADUAL/RODOV
licença conduzir
7749 1 Dirigir veículo sem possuir 162, VII Condutor 7 - Gravíss ESTADUAL/RODOV
cursos especializados obrigatórios
7749 2 Dirigir veículo sem possuir 162, VII Condutor 7 - Gravíss ESTADUAL/RODOV
cursos específicos obrigatórios
5061 0 Entregar veículo a pessoa sem 163 c/c 162,I Proprietário 7 - Gravíss 3X ESTADUAL/RODOV
CNH/PPD/ACC
5070 1 Entregar veículo a pessoa com 163 c/c 162, Proprietário 7 - Gravíss 3X ESTADUAL/RODOV
CNH/PPD/ACC cassada II
Entregar veículo a pessoa com 163 c/c 162,
5070 2 CNH/PPD/ACC com susp. do direito II Proprietário 7 - Gravíss 3X ESTADUAL/RODOV
de
dirigir
5088 1 Entregar veículo a pessoa com CNH de 163 c/c 162, Proprietário 7 - Gravíss 2X ESTADUAL/RODOV
categoria diferente da do veículo III
5088 2 Entregar veículo a pessoa com PPD de 163 c/c 162, Proprietário 7 - Gravíss 2X ESTADUAL/RODOV
categoria diferente da do veículo III
5096 0 Entregar veículo a pessoa com 163 c/c 162, Proprietário 7 - Gravíss ESTADUAL/RODOV
CNH/PPD vencida há mais de 30 V
dias
5100 1 Entregar o veículo a pessoa sem usar 163 c/c 162, Proprietário 7 - Gravíss ESTADUAL/RODOV
lentes corretoras de visão VI
5100 2 Entregar o veículo a pessoa sem usar 163 c/c 162, Proprietário 7 - Gravíss ESTADUAL/RODOV
aparelho auxiliar de audição VI
5100 3 Entregar o veículo a pessoa sem 163 c/c 162, Proprietário 7 - Gravíss ESTADUAL/RODOV
aparelho de prótese física VI
Entregar veíc pessoa s/ adaptações 163 c/c 162,
5100 4 impostas concessão/renovação licença VI Proprietário 7 - Gravíss ESTADUAL/RODOV
conduzir
7773 1 Entregar veículo a pessoa sem possuir 163 c/c 162, Proprietário 7 - Gravíss ESTADUAL/RODOV
cursos especializados obrigatórios VII
7773 2 Entregar veículo a pessoa sem possuir 163 c/c 162, Proprietário 7 - Gravíss ESTADUAL/RODOV
cursos específicos obrigatórios VII
5118 0 Permitir posse/condução do veículo a 164 c/c 162, Proprietário 7 - Gravíss 3X ESTADUAL/RODOV
pessoa sem CNH/PPD/ACC I
5126 1 Permitir posse/condução do veículo a 164 c/c 162, Proprietário 7 - Gravíss 3X ESTADUAL/RODOV
pessoa com CNH/PPD/ACC cassada II
Permitir posse/condução veíc pessoa 164 c/c 162,
5126 2 com CNH/PPD/ACC c/ susp. direito de II Proprietário 7 - Gravíss 3X ESTADUAL/RODOV
dirigir
Permitir posse/condução veíc a pessoa 164 c/c 162,
5134 1 com CNH categoria diferente da do III Proprietário 7 - Gravíss 2X ESTADUAL/RODOV
veículo
5134 2 Permitir posse/condução veíc a pessoa 164 c/c 162, Proprietário 7 - Gravíss 2X ESTADUAL/RODOV
com PPD categoria diferente da do III
140
SDD -
5240 0 Disputar corrida 173 Condutor ESTAD/MUNIC/ROD
Gravíss 10X
OV
Promover na via competição sem SDD -
5258 1 174 PF ou PJ MUNICIPAL/RODOV
permissão Gravíss 10X
Promover na via eventos organizados SDD -
5258 2 174 PF ou PJ MUNICIPAL/RODOV
sem permissão Gravíss 10X
Promover na via exibição e
SDD -
5258 3 demonstração de perícia em manobra 174 PF ou PJ MUNICIPAL/RODOV
Gravíss 10X
de veículo s/perm
Participar na via como condutor em SDD -
5266 1 174 Condutor MUNICIPAL/RODOV
competição sem permissão Gravíss 10X
Participar na via como condutor em SDD -
5266 2 174 Condutor MUNICIPAL/RODOV
eventos organizados sem permissão Gravíss 10X
Participar como condutor
SDD -
5266 3 exib/demonst perícia em manobra de 174 Condutor MUNICIPAL/RODOV
Gravíss 10X
veíc s/ permissão
Utiliz veíc demonst/exibir manobra SDD -
5274 1 175 Condutor ESTADUAL/RODOV
perigosa mediante arrancada brusca Gravíss 10X
Utiliz veíc dem/exibir manob perig med SDD -
5274 2 175 Condutor ESTADUAL/RODOV
derrap/frenag c/desliz/arrast pneus Gravíss 10X
Deixar o cond envolvido em acidente,
SDD -
5282 0 de prestar ou providenciar socorro à 176, I Condutor ESTADUAL/RODOV
Gravíss 5X
vítima
Deixar o cond envolvido em acid, de
SDD -
5290 0 adotar provid p/ evitar perigo p/o 176, II Condutor ESTADUAL/RODOV
Gravíss 5X
trânsito
6653 1 Conduzir o veículo com descarga livre 230, XI Proprietário 5 - Grave ESTADUAL/RODOV
Conduzir o veículo com silenciador de
6653 2 motor 230, XI Proprietário 5 - Grave ESTADUAL/RODOV
defeituoso/deficiente/inoperante
Conduzir o veículo com equipamento
6661 0 230, XII Proprietário 5 - Grave ESTADUAL/RODOV
ou acessório proibido
Conduzir o veículo c/ equip do sistema
6670 0 de iluminação e de sinalização 230, XIII Proprietário 5 - Grave ESTADUAL/RODOV
alterados
Transitar c/veíc
6807 0 derraman/lançando/arrastando objeto 231, II, c Condutor 7 - Gravíss MUNICIPAL/RODOV
possa acarretar risco acid
Transitar com veículo produzindo
6815 0 fumaça, gases ou partículas em desac 231, III Proprietário 5 - Grave MUNICIPAL/RODOV
c/ Contran
Transitar c/ veíc e/ou carga c/
6823 1 dimensões superiores limite legal s/ 231, IV Proprietário 5 - Grave MUNICIPAL/RODOV
autorização
Transitar c/ veíc e/ou carga c/
6823 2 dimensões superiores est p/sinalização 231, IV Condutor 5 - Grave MUNICIPAL/RODOV
s/autoriz
Conduzir motoc/moton/ciclomotor
7056 1 fazendo malabarismo/equilibrando-se 244, III Condutor SDD - Gravíss MUNICIPAL/RODOV
em uma roda
Conduzir ciclo fazendo malabarismo ou 244, III c/c §
7056 2 Condutor 4 - Média MUNICIPAL/RODOV
equilibrando-se em uma roda 1º
Conduzir
motocicleta/motoneta/ciclomotor
7072 1 244, V Condutor SDD - Gravíss MUNICIPAL/RODOV
transportando criança menor de 10
anos de idade
Conduzir motoc/moton/ciclom transp
7072 2 criança s/ condição cuidar própria 244, V Condutor SDD - Gravíss MUNICIPAL/RODOV
segurança
152
TERMO DE RESPONSABILIDADE
__________________________________
NOME ME - Grad/Post
160
Nome:______________________________________________________________________
Endereço:___________________________________________Município:_________ UF ___
N.º do Registro CNH:_________ Categoria _____ N.º Documento: ____________________
Proprietário: ______________________________________________Fone______________
Marca/Modelo___________Placas: ____________ Município_________ UF ___
Local da Infração ____________________________________________________________
AIT nº ________Motivo do Recolhimento: Art._______ Item _______ Lei 9.503/97 – CTB.
_____________________ __________________________________
CIENTE DO INFRATOR RESPONSÁVEL PELO RECOLHIMENTO
___________________________________________
Assinatura do proprietário da CNH ou PD
ORIENTAÇÕES
Quanto ao documento do veículo:
1- Nos casos do art. 273, II, o CRV será recolhido pelo DETRAN.
2- No caso do art. 274, II, o CLA deverá ser recolhido ao OPM e, após lançado no livro de controle,
inutilizado.
3- No caso do art. 274, III, o CLA permanecerá com o OPM que efetuou o recolhimento e, se não retirado
em até 15 (quinze) dias, deverá ser encaminhado ao DETRAN.
A CNH ou PD não será devolvida ao proprietário APENAS nos seguintes casos:
1. Suspeita de falsificação ou adulteração;
2. A CNH ou PD encontra-se vencida há mais de trinta dias (art. 162, V CTB);
3. O condutor encontra-se com Direito de Dirigir Suspenso ou Cassado (art. 162, II CTB);
4. Nos casos de crime de trânsito, por apreensão da Polícia Judiciária.
161
DECLARA O PACIENTE:
(Marque um X)
TER ingerido bebida alcoólica ou haver usado substância entorpecente às horas ______ do dia___/____/____
NEGA ter ingerido bebida alcoólica ou haver usado substância entorpecente
DESCRIÇÃO DO EXAME:
(Marque um X)
VESTES Compostas EQUILIBRIO Normal HÁLITO Normal
Desalinhadas Alterado Etílico
Desorientado
TEMPERATURA:______PRESSÃO ARTERIAL:_______
BATIMENTOS BÁSICOS:__________EXISTÊNCIA DE LESÃO: ( ) Sim ( ) Não
OBSERVAÇÕES:_________________________________________________________
Face aos dados do Exame Clínico, CONCLUO que o paciente no momento do exame:
( ) APRESENTAVA INDÍCIOS de ter ingerido bebida alcoólica acima dos limites estabelecidos
pelo CTB, ou substância entorpecente.
( ) NÃO APRESENTAVA indícios de embriaguez.
__________________________________________
Médico/Perito Examinador - CREMERS Nr ____________
(1ª Via – DP ) (2ª Via – DETRAN) (3ª Via – Arquivo)
163
Aos ____dias do mês de _______________ do ano de____, nesta cidade de ________________, RS, às______ horas, na
___________________________, nº ____, o (a) Sr.(a) _________________________________________ RG N°
_____________ residente na ______________________________, nº____, bairro _______________no município de
________________Fone__________, portador da CNH n.° ____________, n.° do registro _____________, em virtude de ser
encontrado na direção do veículo de placa(s) _______, de propriedade de ________________________, com suspeita de
embriaguez alcoólica ou substância de efeitos análogos, com fundamento no art. 277 da Lei nº 9.503/97, lavra-se o presente
termo, que vai por mim e pelas testemunhas abaixo, devidamente assinado:
DECLARA O PACIENTE:
(Marque um X)
TER ingerido bebida alcoólica ou haver usado substância entorpecente às horas ______ do dia___/____/____
NEGA ter ingerido bebida alcoólica ou haver usado substância entorpecente
1) A primeira via destina-se ao infrator, devendo ser entregue quando da abordagem, assinada
ou não. Na ausência do condutor recomenda-se deixar a via do infrator junto ao veículo;
8) Não especificado: é todo acidente que não se enquadra nas especificações acima. Ex:
Soterramento, Submersão, etc.
c. Data: Preencher com a data do acidente;
d. Hora: Preencher com horário do atendimento do acidente;
e. Logradouro: Informar o nome do logradouro e o número predial ou Km (Rua, Avenida,
Estrada, etc.);
f. CNH: Preencher com a numeração tipográfica com dígito verificador impresso do espelho do
documento;
g. Categoria: Informar a Categoria constante na CNH;
h. Prontuário: Preencher com o número de registro constante no documento;
i. Vencimento: Informar a data de validade constante no documento;
j. 1ª CNH: Informar a data da primeira habilitação;
k. Marca: Preencher com a marca do veículo constante no CLA. Ex: Ford, GM,VW, etc.
l. Espécie: Informar a espécie e o tipo do veículo. Ex: Passageiro/Automóvel, Carga/Caminhão,
misto/camioneta, etc.;
m. Ano: Informar o ano de fabricação do veículo;
n. CLA N°: Preencher com o número do CLA impresso tipograficamente no documento do
veículo;
o. Partes Danificadas: Preencher com “X” as partes dos veículos danificadas por ocasião do
acidente. Os números 1, 2, 3 e 4 correspondem aos veículos descritos no campo identificação dos
166
condutores e veículos. Ex: As partes danificadas do veículo N° 01 devem ser marcadas nos espaços
abaixo ao N° 01.
p. Carteira de Identidade: Informar com número do documento de identidade apresentado pela
testemunha;
q. Relatório Resumido: O PM deverá registrar as declarações preliminares dos condutores de
como ocorreu o acidente, descrevendo-as sucintamente. Informar o sentido de tráfego dos
veículos, manobras efetuadas pelos condutores e outros dados julgados úteis pelo PM que o
atendeu, na medida do possível. Informar a sinalização existente no local, velocidade máxima
permitida para a via e as infrações de trânsito lavradas pelo PM. Deverá ser evitado expressar
presunção de culpa;
r. Material Entregue na DP: Relacionar os objetos, documentos, veículos e outros materiais que
serão entregues na DP por ocasião do registro da ocorrência;
s. Registro na DP N°: Informar o número de registro da ocorrência da Polícia Civil;
t. Recebedor: Anotar o nome de modo legível, colher a assinatura do recebedor da ocorrência e
carimbo do órgão;
u. Croqui: Elaborar desenho do local do acidente com a posição final dos veículos e dos corpos
(se estes existirem), do provável ponto de impacto indicando a posição dos indícios (tais como:
cacos de vidros, fragmentos do veículo ou óleo derramado, etc.), as marcas de frenagem e a
sinalização existente no local (horizontal e vertical);
v. Se, ao chegar no local, o PM constatar que os veículos foram retirados da posição final, escrever
“VEÍCULO(S) FOI (RAM) RETIRADO(S) DO LOCAL”. Nesta hipótese o veículo movimentado
não deve ser incluído no croqui, porém este deve ser confeccionado com as demais informações.
3. Recibo de Recolhimento
a. CLA, CR, CNH, PD ou AC: Marcar com “X” de acordo com o documento recolhido;
b. Nº Registro da CNH: Preencher com o número de registro constante do documento;
c. CATEGORIA: Informar a categoria constante na CNH;
d. Nº do Documento: Informar com o número tipograficamente impresso no documento
recolhido;
e. Quando ocorrer o disposto no § 2º art. 270 do CTB, o PM deverá estabelecer o prazo para
regularização da infração de acordo com o tipo de conserto a ser realizado, nunca superior a 15
(quinze) dias, indicando o prazo no campo próprio;
f. “O veículo está autorizado a trafegar com o presente recibo pelo prazo de ______ dias”;
g. A CNH recolhida como medida administrativa de trânsito deve ser imediatamente devolvida ao
proprietário, conforme recibo de devolução. CNH vencida, ou que o condutor esteja com direito
de dirigir suspenso ou com suspeita de falsificação devem ser apreendidas;
167
IDENTIFICAÇÃO DO Nome:
CONDUTOR
Endereço Município UF
Parcial
Parcial
ESTRUTURA ACESSÓRIOS
Total
Total
Total
Capô Acendedor de Cigarros Roda e Pneu Sobressalente
Carroceria Antena Roda Dianteira Direita
Painel Ar-condicionado Roda Dianteira Esquerda
Para-lama Diant. Direito Bagageiro Roda Traseira Direita
Para-lama Diant. Esquerdo Banco Dianteiro Roda Traseira Esquerda
Para-lama Tras. Direito Banco Traseiro Triângulo Luminoso
Para-lama Tras. Esquerdo Bateria Volante
Para-brisa Dianteiro Buzina Calotas
Para-brisa Traseiro Espelho Ret. Externo Direito Som(marca/modelo)
Porta Dianteira Direita Espelho Ret. Externo Esquerdo
Porta Dianteira Esquerda Extintor de Incêndio
Porta Traseira Direita Faróis Dianteiros Marcação do odômetro:
Porta Traseira Esquerda Faroletes Marcação do combustível:
Tampa do Porta-malas Limpador de Para-brisa OBS:_________________________________________
Ventarola Direita Macaco _____________________________________________
Ventarola Esquerda Motor Nr: _____________________________________________
Radiador Pneu Dianteiro Direito _____________________________________________
Teto Externo Pneu Dianteiro Esquerdo _______________
Teto Interno (forro) Pneu Traseiro Direito
Vidro Porta Diant. Direita Pneu Traseiro Esquerdo Recolhido para:
Vidro Porta Diant.Esquerda Para-choque Dianteiro
Vidro Porta Tras. Direita Para-choque Traseiro
Vidro Porta Tras.Esquerda Ferramentas
Assinatura do condutor Assinatura PM Removedor Grad. Matrícula
Nome do PM
Assinatura PM
169
ENTREGA DO VEÍCULO
Declaro que recebi em ____/____/____ às ___:___h, o veículo nas condições acima descritas.
Nome: ___________________________________________________ RG: _____________________________________
Assinatura ____________________________________________ Órgão: _____________________________________
1º Via (branca) Infrator - 2ª Via (amarela) Brigada Militar - 3ª Via (verde) Fiel depositário/CRDV
_____________________________________
Responsável pela liberação
DEPÓSITO:...................................................................................................
............................................................................................................................
171
Requerente: ___________________________________________________________________
Doc Identidade: ________________________________________________________________
Data do evento (acidente):________________ Horário: ________________________________
Logradouro____________________________________________________________________
Veículos envolvidos (tipo, placas, cor, etc):
_____________________________________________________________________________________
_____________________________________________________________________________________
________________________________________________________________
____________________________
Requerente
NARRATIVA
Narrativa
V1 - VEÍCULO 1 - - AUTOMÓVEL
1 - Informações - BOAT Nº 2
MARCA/
PLACA: RENAVAM: COR:
MODELO:
TIPO DE
CHASSI: ANO: CATEGORIA:
VEÍCULO:
Estrutura da soleira
4
esquerda
5 Air Bags Frontais
6 Air Bags Laterais
Estrutura da coluna
7
dianteira esquerda
Estrutura da coluna
8
central esquerda
Estrutura da coluna
9
traseira esquerda
Caixa de roda
10
traseira esquerda
Assoalho central
11
esquerdo
Longarina traseira
12
esquerda
Assoalho porta
13
malas ou caçamba
Longarina traseira
14
direita
Caixa de roda
15
traseira direita
Estrutura da coluna
16
traseira direita
Estrutura da soleira
17
direita
Estrutura da coluna
18
central direita
Estrutura da coluna
19
dianteira direita
Assoalho central
20
direito
Caixa de roda
21
dianteira direita
Longarina dianteira
22
direita
Dano de Monta:
V1 - Imagens Obrigatórias
V1 - PASSAGEIRO -
V1P1 - Informações
NOME: DATA NASCIMENTO: CPF: RG:
SEXO: ESTADO FÍSICO: USAVA CINTO:
V1 - Dados da Endereço
ENDEREÇO: UF: CIDADE:
V1 - PASSAGEIRO -
V1P2 - Informações
NOME: DATA NASCIMENTO: CPF: RG:
SEXO: ESTADO FÍSICO: USAVA CINTO:
V1 - Dados da Endereço
ENDEREÇO: UF: CIDADE:
175
_____________________________________________________________________________________
_____________________________________________________________________________________
_____________________________________________________________________________________
_____________________________________________________________________________________
_____________________________________________________________________________________
_____________________________________________________________________________________
___________________________
Anexar cópias a) do Auto de Infração de Trânsito ou Notificação;
b) da Carteira de Identidade;
c) do Certificado de Licenciamento Anual;
d) da CNH do condutor.
________________________,____,de___________de_____
__________________________________
REQUERENTE
USO DO OPM
Informações:____________________________________ DESPACHO DESPACHO
______________________________________________ Do Cmt do OPM DO Cmt do OPM
______________________________________________ À JARI Municipal À JARI Estadual
______________________________________________ __________________ ______________
______________________________________________ __________________ ______________
____
.(RECORTAR).................................................................................................................................................
...........
CANHOTO DO RECURSO ADMINISTRATIVO
DA INFRAÇÃO DO RECEBIMENTO
nº AIT PLACA(S) RECEBIDO POR LOCAL DATA
176
Dano de Pequena Monta: quando não houver nenhum item assinalado nas colunas "SIM" ou "NA"
Dano de Média Monta: quando o item de maior gravidade assinalado nas colunas "SIM" ou "NA" for de
categoria M
Dano de Grande Monta: quando o item de maior gravidade assinalado nas colunas "SIM" ou "NA" for de
categoria G
"Dano de pequena monta” é o menos grave e “dano de grande monta” é o de maior gravidade
A classificação do dano do veículo terá a mesma classificação do item de maior gravidade assinalado nas colunas
“SIM” ou “NA”.
Observações:
NA.
SIM = item danificado no acidente NÃO = item não danificado ou não existente NA = item que não foi possível
avaliar o dano (Não Avaliado)
Dano de Média Monta: quando o item de maior gravidade assinalado nas colunas "SIM" ou "NA" for de
categoria M
Dano de Grande Monta: quando o item de maior gravidade assinalado nas colunas "SIM" ou "NA" for de
categoria G
"Dano de pequena monta” é o menos grave e “dano de grande monta” é o de maior gravidade
A classificação do dano do veículo terá a mesma classificação do item de maior gravidade assinalado nas colunas
180
“SIM” ou “NA”.
Observações:
Não
Autuação do Anulação e
Cmt
infrator pela lançamento no
Consistência
BM SIT
Sim
Não
Encaminha ao Anulação e
Competência Competência
órgão Municipal Homologação lançamento no
Estadual Municipal
(Prefeitura) SIT
Sim
Cadastrar no
SIT Cadastrar no
SIT
Homologação
do DETRAN Sistema gera
(Automática) NAIT
Sistema gera
Não
NAIT
Foi apresentado Sistema gera a
defesa (se no OPM) multa
Não
Sim
Foi apresentado Sistema gera a
defesa (se no OPM) multa
Protocola no SIT e
encaminha a Pref.
Sim competente
Protocola no SIT e
encaminha ao
DETRAN
182
1. FINALIDADE
Regular as atividades, instalação e funcionamento das Bases Móveis Comunitárias (BMC)
enquanto estratégia de atuação da Polícia Comunitária.
2. BASE LEGAL
a. Constituição Federal, de 05 de outubro de 1988;
b. Constituição Estadual do Estado do Rio Grande do Sul, de 06 de outubro de 1989;
c. Decreto Estadual nº 51.388, de 17 de abril de 2014 (Institui o Programa Estadual de
Policiamento Comunitário, no âmbito da Secretaria da Segurança Pública, e cria comitê gestor);
d. Decreto Estadual nº 53.819, de 30 de novembro de 2017 (Altera o Decreto nº 51.388, de 17 de
abril de 2014);
e. Diretriz Nacional de Polícia Comunitária 1ª Edição de 2019 – instituída pela Portaria do MJ nº
43, de 12 de abril de 2019.
f. Diretriz Geral da Brigada Militar nº 027/BM/EMBM/2013 – Polícia Ostensiva;
g. Diretriz Geral da Brigada Militar nº 033/BM/EMBM/2015 - Policiamento Comunitário;
h. Nota de Instrução nº 2.16/EMBM/2018 - Programa Institucional de Núcleos de Policiamento
Comunitário (NPC).
3. EXECUÇÃO:
a. Contextualização
Na atual conjuntura socioeconômica e cultural é expressivo o número de municípios que
registram aumento nos índices de violência e criminalidade. Igualmente, nas zonas rurais
observa-se o fenômeno da migração criminal, quando ações criminosas características de centros
urbanos, passam a ocorrer em tais áreas que possuem densidade populacional menor.
Essa situação passou a exigir dos organismos policiais a adoção de novas estratégias, visando
a prevenção qualificada, desenvolvendo-se melhor em comunidades cujas características
possibilitam a interação comunitária.
Neste sentido, a implantação de bases móveis tem ainda a vantagem de não despender
183
investimentos em estruturas fixas complexas, bem como de não atrelar o seu emprego a
determinada região. É mais uma estratégia pontual que pode ser utilizada pelo Comandante local,
a fim de resolver problemas de aumento de índices criminais, problemas de desordem, e
demandas comunitárias pelo tempo que for necessário, visando a solução desejada.
Conforme referido, portanto, o atendimento prestado por BMC pode ser apoiado por viaturas
radiopatrulhas, motocicletas, bicicletas e, também, pelo policiamento a pé, no perímetro sugerido
de 2 a 3 Km, correspondente ao posto atribuído a ela, ou no espaço territorial objeto do emprego,
em locais que apresentem problemas com padrão repetitivo e persistente (tipo de infração, local,
pessoas, tempo e natureza do evento).
comunidade;
4) Aplicar a metodologia resolutiva de problemas nos locais com maior incidência de eventos
nocivos, concedendo participação no gerenciamento e nas decisões das ações de rotinas em
conjunto com a comunidade;
5) Descentralizar a atuação policial e praticar a gestão de rotina compartilhada pelos executores
e seus chefes imediatos;
6) Realizar entrevistas e interações no pós-crime para melhorar a prevenção e coletar
informações de interesse do serviço.
e. Modo de atuação das Bases Móveis Comunitárias
1) Estabelecimento de Pontos de Estacionamento (PE) padronizados, com atuação periódica e
rotineira;
2) Patrulhamento executado a partir da Base Móvel;
3) Catalogação de estabelecimentos e residentes no perímetro de atuação;
4) Realização de visitas comunitárias assistemáticas ou agendadas, entrevistas, inspeção de
locais de riscos, por segmento público e privado, priorizando os serviços públicos, especialmente
os de saúde, ensino e pequenos estabelecimentos comerciais locais;
5) Efetuar abordagens qualificadas no âmbito da zona de responsabilidade;
6) Realizar acompanhamento das ações de infratores e dos locais que atuam, subsidiando com
informações as demais frações da Unidade Operacional com vistas ao planejamento de ações e
operações conjuntas;
7) Efetuar o atendimento das ocorrências policiais verificadas na área de atuação da Base
Móvel durante o turno de serviço e, nas demais localidades da área de responsabilidade territorial
em situações excepcionais, quando esgotados os demais recursos;
8) Estabelecer fluxo de informações para subsidiar a Unidade nas ações especiais e na repressão
qualificada a serem operadas pelas tropas especiais;
9) Planejamento de ações de acordo com as demandas apontadas nas interações, conforme
Roteiro de Demandas Prioritárias para o patrulhamento (RDP);
10) Identificação e mobilização das lideranças comunitárias dessas áreas, com o intuito de
trabalhar em parceria com a comunidade;
11) Integração com participação ativa, em conselhos comunitários, durante o período de
atuação na comunidade com vistas a diagnosticar os problemas de segurança pública existentes,
visando à inserção comunitária;
12) Formalização das necessidades de ações, omissões ou alterações de competência de outros
órgãos ou instituições, acionando-os sempre que verificado demanda específica local, no intuito
185
de solucionar o problema, com vistas a promover a integração e atuação destes nas respectivas
competências;
13) Durante a jornada de trabalho deverá ser elaborado Relatório Diário de Serviço, que
contemple as atividades desenvolvidas, encaminhando-o ao escalão superior, visando manter
banco de dados atualizado na Unidade;
14) Nas visitas comunitárias deverá ser preenchida “Ficha de Visita” específica, a qual conterá
informações básicas do visitado, pessoa física ou jurídica, devendo ser encaminhada ao escalão
superior, visando manter banco de dados atualizado na Unidade;
15) Empregar processos de policiamento alternativos ao veicular tradicional, a partir da Base
estacionada;
16) Diagnosticar as ações que deverão ser desenvolvidas nas comunidades de modo
continuado;
17) Promover encontros com a comunidade nos espaços públicos ocupados.
f. Critérios para a instalação de Bases Móveis Comunitárias
1) A Operação de Bases Móveis de polícia comunitária deverá ser precedida de Estudo
Sumário de Estado Maior (ESEM), pelo Batalhão ou Regimento responsável que resultará em
Ordem para seu emprego;
2) O emprego criterioso em Pontos de Estacionamentos (PE), em tempo não inferior a um
turno de 6 (seis) horas, ocorrendo em horário regular ou alternativo, pré-estabelecidos na Ordem
de Serviço (O Sv) na área de responsabilidade territorial da Unidade Operacional;
3) Recomenda-se a instalação de Bases Móveis em circunscrição territorial de Cia ou
Esquadrão onde não haja Programas de Núcleos de Policiamento comunitário ou Base de Polícia
Comunitária de modo a ampliar as possibilidades e vantagens com a atuação das estruturas de
policiamento disponíveis;
4) Decorrido o tempo do Estudo Sumário de Estado Maior (ESEM) estabelecido, poderá,
fundamentadamente, o Comando que o elaborou, requerer a prorrogação de tempo, ou o
recolhimento da Base Móvel, em função dos resultados obtidos;
5) Finalizado o emprego da BMC, o Comando que o utilizou deverá elaborar relatório
circunstanciado das atividades desenvolvidas, informando quais objetivos foram atingidos e os
resultados obtidos;
6) A Unidade Operacional ao planejar operação de BMC deverá considerar sua capacidade
operacional de atendimento de demandas emergenciais durante a jornada diária, sem inviabilizar
ou prejudicar o atendimento ao público, tanto nas ocorrências geradas e demandadas, quanto nas
atividades previstas neste método, o qual exige dedicação de parte do tempo em atividade
proativa, preventiva e interativa.
186
17) Exercer atividade externa à BMC, sempre utilizando rádio transceptor portátil (HT);
18) Participar do planejamento e execução de ações a serem desenvolvidos pela BMC;
19) Conhecer as particularidades da área atuação, fortalecendo a proximidade com moradores,
comerciantes, lideranças e demais entidades.
n. Fases da Instalação da Base Móvel Comunitária
1ª Fase - Eleição da área a ser empregada:
Escolher o bairro ou zona no limite para atuação da Base Móvel, produzindo o competente
Estudo Sumário de Estado-Maior, no qual conterá a justificativa, estratégias de resolução dos
problemas diagnosticados e tempo estimado de permanência do Programa de Bases Móveis na
referida área de responsabilidade territorial.
2ª Fase - Verificação das condições de emprego do veículo que será usado:
Após conhecimento do Comando acerca da realização do programa, certificar-se e solicitar as
providências das seções de logística e patrimônio competentes para colocar a Base Móvel em
pleno funcionamento.
3ª Fase - Recrutamento e definição de efetivo para ser empregado:
É a ação de comando para definir o quantitativo de policiais por Base e o perfil do Cmt e
operadores, sendo preferencialmente de policial militar treinado para o policiamento
comunitário.
4ª Fase - Destacamento do efetivo:
Deve ocorrer precedido de reunião com o efetivo que irá atuar na área da Base Móvel, bem
como a publicação em BI do OPM com os nomes dos policiais e a designação da função.
5ª Fase - Instauração e chamamento da comunidade:
Preliminarmente deverá ser realizada reunião com a associação de bairro e responsáveis pelos
segmentos dos serviços públicos e privados onde funcionará a Base e divulgação em larga escala.
6ª Fase - Estabelecimento de fluxo de Relatório ao Comando:
É a maneira em que transitará os documentos e informações gerenciais instituídos e
documentação de rotina do programa.
7ª Fase - Análise e avaliação:
É o processo de analisar as ações, avaliando resultados, redirecionamento de ações e
solicitação de prorrogação do programa conforme o caso.
o. Registros e Escrituração em Base Móvel Comunitária
1) Deve-se utilizar os formulários numerados para cada tipo de atividade de policiamento
comunitário, propiciando que o policial possa deslocar-se com o material de registro até o local
onde está executando a tarefa e efetuar, de forma completa, o seu preenchimento próximo ao
solicitante.
191
4. PRESCRIÇÕES DIVERSAS
a. É vedada a instalação de BMC em eventos privados, salvo aqueles de caráter ordinários,
previstos em calendários oficiais dos municípios cuja duração da operação coincida com os
eventos, devendo, nesta hipótese, a BMC ser utilizada na sua essência e não como Posto Policial,
Posto de Triagem, ou qualquer outra utilização que a afaste do fim a que se propõe, devendo ser
precedida de autorização expressa do SCmt-G da Brigada Militar.
b. Os resultados das atividades desenvolvidas pelas BMC deverão ser acompanhados, controlados
e avaliados através dos indicadores próprios, da eficácia das ações e da prestação do serviço
policial.
c. As BMC deverão atuar de maneira que a filosofia de polícia comunitária se materialize junto
à comunidade, refletindo em confiança nas ações policiais e sentimento de segurança em razão da
redução do medo do crime.
d. As ocorrências policiais incidentes em determinada região assistida por BMC,
preferencialmente, deverão ser atendidas por efetivo envolvido no Programa, ainda que, seja
efetivo de outra fração diverso ao do acontecimento do fato.
e. Outros projetos e/ou programas poderão ser desenvolvidos em consonância com as atividades
da BMC, fortalecendo, assim, as relações entre BM e Comunidade.
f. Esta Nota de Instrução entra em vigor na data de sua publicação, revogando as disposições em
contrário, especialmente, a Nota de Instrução Nº 2.21/EMBM/2018 de 01 de agosto de 2018.
Anexo:
Anexo “A” – Relatório de atividades diárias
Anexo “B” – Formulário de visita de aproximação comunitária, residencial ou comercial
Anexo “C” – Roteiro de demandas para planejamento da atuação das BMC.
192
VERSO
193
OBSERVAÇÕES:_____________________________________________________________
___________________________________________________________________________
___________________________________________________________________________
___________________________________________________________________________
___
(FRENTE)
OPM
ESTADO DO RIO GRANDE DO SUL BCS/NPC/BMC:
SECRETARIA DA SEGURANÇA
PÚBLICA BRIGADA MILITAR Nome do Estabelecimento:
GU:
VISITA COMUNITÁRIA Data/hora da Elaboração:
_____/______/_____ -
( ) RESIDENCIAL ( ) COMERCIAL ( ) PÓS CRIME ____h_____min
Endereço: Telefone:
OPM
ESTADO DO RIO GRANDE DO SUL BCS/NPC/BMC:
SECRETARIA DA SEGURANÇA
PÚBLICA Nome do Estabelecimento:
BRIGADA MILITAR GU:
Data/hora da Elaboração:
VISITA COMUNITÁRIA _____/______/_____ -
____h_____min
( ) RESIDENCIAL ( ) COMERCIAL ( ) PÓS CRIME
Endereço: Telefone:
194
(VERSO)
QUESTIONAMENTOS OBRIGATÓRIOS
A) Se já foi vítima de algum crime: ( ) Sim ( ) Não
Em caso de resposta positiva, descrever no campo observações as circunstâncias do fato.
__________________________________________________________________________________
__________________________________________________________________________________
__________________________________________________________________________________
__________________________________________________________________________________
_______________________
QUESTIONAMENTOS OBRIGATÓRIOS
A) Se já foi vítima de algum crime: ( ) Sim ( ) Não
Em caso de resposta positiva, descrever no campo observações as circunstâncias do fato.
___________________________________________________________________________________
___________________________________________________________________________________
___________________________________________________________________________________
___________________________________________________________________________________
_________________
Período __a__Mês__
Vistos:
_________________ _______________
Cmt da BMC Cmt da Cia
196
1. FINALIDADE
Regular os procedimentos para a Lavratura de Boletim de Atendimento e Ocorrência.
2. BASE LEGAL
a. Constituição da República Federativa do Brasil de 5 de outubro de 1988;
b. Constituição do Estado do Rio Grande do Sul de 3 de outubro de 1989;
c. Lei Federal nº 9.099, de 26 de setembro de 1995;
d. Lei Federal nº 10.259, de 12 de julho de 2001;
e. Lei Federal nº 11.313, de 28 de junho de 2006;
f. Lei Federal nº 11.340, de 07 de agosto de 2006;
g. Lei Estadual nº 10.675, de 02 de janeiro de 1996;
h. Decreto Lei nº 3.689, de 03 de outubro de 1941;
i. Decreto Lei nº 52.204, de 29 de dezembro de 2014;
j. Portaria SSP nº 274 de 16 de novembro de 2016;
k. Portaria SJS nº 074 de 1997;
l. Nota de Instrução 1.13/EMBM/2018.
3. EXECUÇÃO
a. Definição de termos
1) Sistema de Segurança Pública: Conjunto de atribuições destinadas a assegurar a ordem
pública e a incolumidade das pessoas e do patrimônio, exercidas harmonicamente pelo Estado, por
meio dos órgãos definidos no art. 144 da Constituição Federal, pelos demais órgãos e poderes que
têm responsabilidade sobre a ordem pública, e pela Sociedade;
2) Polícia Federal: Órgão do sistema de segurança pública, a quem compete, nos termos do
art. 144, CF, a apuração de infrações penais contra a ordem política e social ou em detrimento de
bens, serviços e interesses da União ou de suas entidades autárquicas e empresas públicas, assim
como outras infrações cuja prática tenha repercussão interestadual ou internacional e exija
repressão uniforme, segundo dispuser a lei. Também lhe compete prevenir e reprimir o tráfico
ilícito de entorpecentes e drogas afins, o contrabando e o descaminho, sem prejuízo da ação
fazendária e de outros órgãos públicos nas respectivas áreas de competência. Ainda lhe cabe
exercer as funções de polícia marítima, aeroportuária e de fronteiras. Por fim, lhe cabe exercer,
com exclusividade, as funções de polícia judiciária da União;
197
3) Polícia Rodoviária Federal: Órgão do sistema de segurança pública, a quem compete, nos
termos do art. 144, CF, a função de patrulhamento ostensivo nas rodovias federais;
4) Polícia Ferroviária Federal: Órgão do sistema de segurança pública, a quem compete, nos
termos do art. 144, CF, a função de patrulhamento ostensivo nas ferrovias federais;
5) Polícia Civil: Órgão do sistema de segurança pública, a quem compete, nos termos do art.
144, CF, ressalvada a competência da União, as funções de polícia judiciária e de apuração de
infrações penais, exceto as militares;
6) Polícia Militar: Órgão do sistema de segurança pública, a quem compete, nos termos do
art. 144, CF, as funções de polícia ostensiva e de preservação da ordem pública;
7) Polícia Judiciária: É a função de polícia voltada a dar efetividade a requisições feitas pelas
autoridades judiciárias, expressas por meio de mandados judiciais, cumprida, em relação à União,
com exclusividade pela Polícia Federal, e, em relação aos Estados, pelas Polícias Civis e Militares,
conforme a quem for dirigida a ordem;
8) Apuração de Infrações Penais: É função de polícia destinada à apuração de autoria e
materialidade em relação a infrações penais já ocorridas, para o que são empregadas técnicas de
investigação criminal próprias;
9) Investigação Policial Criminal: É um processo de produção de conhecimento que dá
suporte às atividades operacionais de apuração de infrações penais, quer em ocorrência, quer já
ocorridas, assim como à gestão de elementos operacionais, através da determinação de padrões e
tendências criminais num determinado espaço geográfico-temporal;
10) Polícia Ostensiva: É a atividade de vigilância da conduta normal da sociedade e de
intervenção naquilo que se apresente como anormal, independentemente da ocorrência ou não de
ilícito penal. A atuação assume caráter preventivo - na medida em que, por meio do policiamento
ostensivo, busca inibir práticas infracionais -, assim como repressivo - na razão de sua pronta
resposta a fatos criminais em situação de flagrância, caracterizando a repressão penal imediata.
Atua nas quatro fases da atividade estatal policial: o ordenamento de polícia, o consentimento de
polícia, a fiscalização de polícia e a sanção de polícia, tendo, portanto, suas atribuições preventivas
e de repressão penal imediata, alcance pleno;
11) Ordem Pública: Estado que abrange a segurança pública, a tranquilidade pública e a
salubridade pública, e opera para que o bem comum, e a pacífica e harmoniosa convivência social
preponderem, segundo os valores legais, morais e políticos de uma determinada sociedade;
12) Preservação da Ordem Pública: É função primordial do Estado, atribuída amplamente aos
órgãos para tal fim definidos no artigo 144 da Constituição Federal e, em sentido estrito, às Polícias
Militares, que compreende a manutenção da ordem, no estado de normalidade, o seu
restabelecimento, quando rompida, e o seu aperfeiçoamento, quando necessário;
198
13) Policiamento Ostensivo: É o conjunto de ações policiais, exclusivo das Polícias Militares,
que se caracteriza pela dissuasão, decorrente da pronta identificação, própria do policial fardado e
dos equipamentos e meios empregados, característico da fase de fiscalização, na atividade policial,
dirigidas, prioritariamente, à manutenção da ordem pública;
14) Prevenção Criminal Primária: Fase da prevenção criminal, orientada às causas, às raízes
do conflito criminal, para neutralizá-lo antes que o problema se manifeste, criando os pressupostos
necessários para resolver as situações de vulnerabilidade, criminogênicas, em que a educação, a
socialização, a moradia, o trabalho, o bem-estar social, a qualidade de vida, são os aspectos
essenciais, correspondendo, tais exigências, a estratégias de política cultural, econômica e social,
cujo objetivo último é o de dotar os cidadãos de capacidade para superar, de forma produtiva,
eventuais conflitos;
15) Prevenção Criminal Secundária: Fase da prevenção criminal que se funda em políticas de
ordem legislativa, em programas de prevenção policial, ordenação e ocupação do espaço urbano,
etc., e atua não quando e onde o conflito criminal é gerado, mas quando e onde ele se exterioriza;
16) Prevenção Criminal Terciária: Fase da prevenção criminal que consiste na adoção de
políticas públicas e ações comunitárias tendo por foco o apenado, a quem devem ser dirigidas
ações que visem a evitar a reincidência criminal;
17) Autoridade Policial: É a pessoa que se encontra investida em função policial;
18) Boletim de Ocorrência: Documento operacional destinado ao registro dos Termos
Circunstanciados, e das Comunicações de Ocorrências Policiais;
19) Termo Circunstanciado / BO-TC: Boletim lavrado pelo policial militar no atendimento às
ocorrências decorrentes de infrações penais de menor potencial ofensivo, no qual devem ser
registrados os dados essenciais do fato, desde que presentes os elementos do flagrante delito e que
o autor do fato assuma o compromisso de comparecer ao Juizado Especial Criminal, na data
estabelecida pelo policial, ou quando for regularmente intimado.
20) Comunicação de Ocorrência Policial / BO-COP: Boletim lavrado pelo Policial Militar que
atender a ocorrência, cujas características não permitam a lavratura do Auto de Prisão em Flagrante
Delito, respeitando os protocolos de atendimento de cada OPM;
21) Boletim de Atendimento (BA): Documento operacional formal lavrado pelos executores
do policiamento ostensivo que visa registrar as ações e providências preventivas, repressivas e de
interferência da Brigada Militar, devendo ser lavrado em toda atuação policial militar;
22) Infrações penais de menor potencial ofensivo: São todas as contravenções penais e os
crimes a que a lei comine pena máxima não superior a dois anos de restrição de liberdade;
199
23) Juizados Especiais Criminais: São Órgãos do Poder Judiciário que têm competência para
a conciliação, o julgamento e a execução das penas relativas às infrações penais de menor potencial
ofensivo;
24) Crimes de ação penal pública incondicionada: São os crimes em que a ação penal é
promovida pelo Ministério Público, independentemente de qualquer manifestação de vontade da
vítima;
25) Crimes de ação penal pública condicionada: São os crimes cuja ação penal é promovida
pelo Ministério Público, mediante a representação do ofendido ou de seu representante legal;
26) Crimes de ação penal privada: São os crimes em que a ação penal é promovida pela parte
ofendida ou seu representante legal, através de uma queixa-crime;
27) Contravenções Penais: Infrações penais de pequeno potencial ofensivo, cuja ação é sempre
pública incondicionada, definidas na Lei de Contravenções Penais;
28) Brigada Militar Mobile (BMMob): Sistema de registro de Boletins de Atendimentos,
Termos Circunstanciados e Comunicação de Ocorrência Policial de forma digital, que utiliza
plataforma Android, sendo aplicada em tablet’s e smartphones;
29) Sistema de Informações Operacionais (SIOP): Sistema de registro e gerenciamento de
Boletins de Atendimentos, Termos Circunstanciados e Comunicação de Ocorrência Policial;
30) Subseção de Processamento de Ocorrências (SSPO): Subseção responsável pelo
gerenciamento e processamento de Boletins de Atendimentos, Termos Circunstanciados e
Comunicação de Ocorrência Policial;
b. Processamento e encaminhamento dos termos circunstanciados
1) Os Boletins de Ocorrência na forma de Termos Circunstanciados (BO-TC) serão
processados no P3 ou Seções correspondentes das Unidades ou Frações;
2) Serão revisados os dados constantes do BO-TC feitos por NGO ou lançados através do
BMMob (Brigada Militar Mobile), com análise da conformação do fato, por Oficial QOEM, o
qual deverá revisar além da tipificação, todos os demais requisitos necessários à inserção do TC,
tais como a manifestação da vítima, o compromisso do autor do fato, a manifestação sobre
existência de testemunhas, entre outros aspectos de acordo com a exigência de cada tipo penal;
3) A inserção do TC no SIOP pelo policial militar digitador, deve ser fiel ao documento
lavrado pelo policial militar atendente, consideradas as alterações eventualmente feitas pelo oficial
revisor, correção gramatical e de coesão textual, desde que não altere a narração do fato;
4) Os BO-TC, independente de físico ou virtual, devem ser lançados no SIOP em até 48 horas,
observado o constante nos números “2” e “3” da letra “b” do número 3 - Execução;
5) Depois de inseridos no SIOP, os BO-TC, independente de físico ou virtual, devem ser
autuados e acostados os respectivos anexos (por exemplo: ofício de encaminhamento ao DML,
200
2) Serão revisados os dados constantes do BO-COP, feitos por NGO ou lançados através do
BM-Mob (Brigada Militar Mobile), com análise da conformação do fato, por Oficial QOEM ou
QTPM, o qual deverá revisar além da tipificação, todos os demais requisitos necessários à inserção
do COP, tais como a existência de comunicante, a descrição adequada do histórico, a manifestação
sobre existência de testemunhas, entre outros aspectos de acordo com a exigência de cada tipo
penal;
3) A revisão por parte do Oficial QOEM ou QTPM, não exime a periódica auditoria das
informações lançadas no Sistema de Informações Operacionais (SIOP), pelo Chefe da Seção;
4) A inserção do BO-COP no Sistema de Informações Operacionais (SIOP) pelo policial
militar digitador, ou, recebida via BM-Mob, deve ser fiel ao documento lavrado pelo policial
militar atendente, consideradas as alterações eventualmente feitas pelo Oficial revisor, correção
gramatical e de coesão textual, desde que não altere a narração do fato;
5) Os BO-COP, independente de físico ou virtual, devem ser lançados no Sistema SIOP em
até 48 horas, observado o constante nos números “2” e “3” da letra “b” do número 3 – Execução,
devendo a Unidade adotar medidas necessárias para observância deste prazo;
6) Depois de inseridos no SIOP, os BO-COP devem ser transmitidos à Delegacia competente,
consignando, no Boletim de Ocorrência, acima do NGO, a frase: “TRANSMITIDO”, através de
carimbo próprio do CRPO ou da Unidade/Fração, devendo constar, também, a rubrica do policial
militar que transmitiu os dados;
7) Caso sejam produzidos outros documentos e/ou apreendidos objetos (ex.: Ofícios, Boletim
de Atendimento Médico Hospitalar, entre outros), deverão ser remetidos, através de ofício, à
Delegacia competente (Anexo “R”);
8) Na hipótese de furto ou roubo de veículo o atendente deverá informar a Sala de Operações
ou cartório, a fim de que seja lançado o “ALERTA” no sistema SIOP. Posteriormente, deverá
redigir o histórico da ocorrência, a fim de que seja transmitida em menor tempo possível, para que
o veículo conste na base de dados nacional;
9) No BO-COP virtual, a assinatura e a manifestação da representação do ofendido poderão
ocorrer de duas formas:
c) De forma digital, no próprio aplicativo do BM-Mob;
d) De forma física, utilizando o anexo “T”, o qual deverá ser digitalizado e inserido na
ocorrência através do aplicativo. Devendo a cópia física, ser destinada ao cartório, para fins de
arquivo.
10) Para situações diversas, não comtempladas no BM-Mob, o atendente poderá utilizar o
campo “situações diversas” do anexo “T” e descrever o caso sucintamente, colhendo a assinatura
do manifestante. Posteriormente, deverá ser digitalizado e inserido na ocorrência através do
202
aplicativo. Devendo a cópia física, ser destinada ao cartório, para fins de arquivo;
11) Ao finalizar o atendimento, deverá ser informado ao solicitante que o acesso a certidão da
ocorrência será no site da Brigada Militar, devendo informar: código do órgão do município
(disponível no site da BM), número da ocorrência, ano e o RG, estando está disponível após 48
horas.
d. Processamento e encaminhamento do Boletim de Atendimento (BA)
1) Toda e qualquer participação de Militar Estadual ou de guarnição de serviço da BM,
decorrente da execução de serviço, atendimento de chamado, comparecimento ou intervenção
deverá ser registrado em BA, diretamente no BMMob. Entretanto, havendo registro de ocorrência
policial (BO-TC, BO-COP), não há necessidade de registro do BA no BMMob;
2) Os Boletins de Atendimento (BA) deverão ser processados no P3 ou Seções
correspondentes, das Unidades ou Frações;
3) Serão revisados os dados constantes do BA, lançados através do BMMob (Brigada Militar
Mobile), com análise da conformação do fato, por ME qualificado do P3 ou Seções
correspondentes das Unidades ou Frações, o qual deverá revisar a formalística e o conteúdo.
(Todos os BA emitidos devem, após sua lavratura, serem revisados pelo Cmt do Pelotão do Militar
Estadual ou Cmt de fração de menor escalão quando com autonomia própria);
4) No caso de ser confeccionado BA na forma física, este deverá der digitalizado e inserido no
SIOP, no prazo de 48 horas;
5) A inserção do BA no Sistema de Informações Operacionais (SIOP) pelo policial militar
digitador, ou, recebida via BMMob, deve ser fiel ao documento lavrado pelo policial militar
atendente, consideradas as alterações eventualmente feitas pelo revisor, correção gramatical e de
coesão textual, desde que não altere a narração do fato;
6) No BA virtual, a assinatura poderá ocorrer de duas formas:
a) De forma digital, no próprio aplicativo do BMMob;
b) De forma física, utilizando o anexo “T”, o qual deverá ser digitalizado e inserido na
ocorrência através do aplicativo. Devendo a cópia física, ser destinada ao cartório, para fins de
arquivo.
7) Para situações diversas, não contempladas no BMMob, o atendente poderá utilizar o campo
“situações diversas” do anexo “T” e descrever o caso sucintamente, colhendo a assinatura da parte.
Posteriormente, deverá ser digitalizado e inserido no BA através do aplicativo. Devendo a cópia
física, ser destinada ao cartório, para fins de arquivo.
e. Controle, registros e comunicações dos boletins de ocorrências
1) As Unidades ou Frações deverão registrar e controlar os Boletins de Ocorrências (BO-
COP/BO-TC) físicos, através dos seguintes livros:
203
1) Padronizar a entrada formal destes pedidos junto ao P/3 da unidade, por meio do modelo de
requerimento, seguir o modelo (NI 2.22 - Anexo “S” - Modelo de requerimento de para
classificação sigilosa de antecedentes criminais de pessoa física), e sistematizar procedimento de
205
4. PRESCRIÇÕES DIVERSAS
a. O controle das comunicações de prisão ao Ministério Público, referido na letra “e”, do nº “1”,
da letra “d.”, do nº 3 – Execução, é de competência das SSPO onde as vistorias de controle externo
realizadas pelo Ministério Público ocorrem. No entanto, a responsabilidade pela confecção da
comunicação de prisão, prevista na Nota de Instrução relativa ao controle externo, é do
comandante de fração, o qual deverá confeccionar a comunicação, remetê-la ao Ministério Público
e deixar cópia arquivada junto à SSPO respectiva;
b. O Oficial de Serviço Externo tem a seu cargo a fiscalização e a coordenação da lavratura dos
Boletins de Ocorrências, orientando e adequando os procedimentos às normas estabelecidas. Nas
Unidades em que não houver Oficial de Serviço Externo, cabe ao respectivo Comandante Regional
estabelecer as rotinas de orientação e adequação destes procedimentos;
206
c. O Boletim de Ocorrência terá suas páginas rubricadas pelo servidor que o preencher e, sempre
que possível, pelas partes envolvidas na ocorrência quando física;
d. Na lavratura do Boletim de Ocorrência, os procedimentos serão adotados no local dos fatos,
liberando as partes. Ante a conveniência do procedimento e da pacificação do conflito, entretanto,
poderão, vítima e autor, ser conduzidos para local apropriado, onde será lavrado o BO;
e. Após o início da lavratura do BO-TC, havendo composição entre a vítima e o autor, querendo
aquela desistir da queixa ou da representação, deverá o policial encaminhar as partes ao
atendimento médico, se necessário, preenchendo o BO na forma de COP e colher a manifestação
da vítima, no histórico, a respeito da desistência;
f. O isolamento do local de crime, até o encerramento dos atos de perícia, ficará a cargo da Brigada
Militar, salvo na hipótese em que faça a entrega da ocorrência à Polícia Civil/Polícia Federal;
g. O PM que atender a ocorrência deve informar ao perito do IGP a NGO ou número do BM-
MOB, bem como solicitar, deste, o número da ocorrência no IGP, consignando tal dado no
relatório da ocorrência. Quando da inserção de dados no sistema, deve, simultaneamente, ser
expedido ofício ao Departamento de Perícias, contendo: NGO ou número BM-MOB, número do
IGP, nome do autor, nome da vítima, endereço, hora da ocorrência e a informação sobre para qual
Delegacia de Polícia deve ser encaminhado o referido laudo pericial;
h. Havendo impossibilidade de inserção de dados do Termo Circunstanciado e da Comunicação
de Ocorrência Policial por falha no sistema de informática, deve a Unidade ou Fração fazer as
inserções no ponto mais próximo em condições de realizar esta tarefa. Na hipótese de inserção dos
dados em outro ponto, os prazos não devem ultrapassar 48 horas, a contar do registro efetuado
pelo policial militar, no caso de Comunicação de Ocorrência Policial, e 48 horas, a partir da
lavratura, na hipótese de Termo Circunstanciado;
i. Nas Comarcas em que ainda não tiver ocorrido a instalação de JECrim, os BO-TC deverão ser
encaminhados ao Juízo Criminal respectivo;
j. Cabe aos Comandantes dos CRPO, COE, CRBM, CABM e ao Diretor do DI adotar as
necessárias providências para que, em todas as Unidades ou Frações sede de Comarcas, existam
servidores habilitados a consultar e registrar os dados constantes dos Boletins de Ocorrência,
mantendo-os atualizados e capacitados para o exercício da função;
k. Os BO-TC e BO-COP lavrados pelo GSVG, juntamente com os materiais apreendidos no
atendimento das ocorrências, devem ser encaminhados à Unidade ou Fração do município em que
foram confeccionados, a fim de serem inseridos os dados no sistema de informática e
encaminhados ao Poder Judiciário ou Delegacia de Polícia;
l. As causas de aumento e diminuição da pena, bem como as atenuantes e agravantes, constantes
da parte geral do Código Penal, não serão consideradas para a classificação da infração penal como
207
1. FINALIDADE
Estabelecer orientações para o preenchimento do Boletim de Ocorrência da Brigada Militar,
quando do atendimento de ocorrências policiais criminais.
2. EXECUÇÃO
a. Número Geral de Ordem (NGO):
É o número identificador do Boletim de Ocorrência, único e intransferível, junto aos órgãos da
Secretaria da Segurança Pública, destinando-se ao controle físico e eletrônico dos Boletins, desde
sua produção até a distribuição às Unidades e aos policiais militares;
b. NGO de Referência (RFR):
1) Campo destinado para inserção do número de um Boletim que possua os dados iniciais ou
de origem de uma ocorrência e à qual o Boletim em preenchimento vise a complementar ou
suplementar, caso em que o NGO do Boletim complementar será anulado no sistema, vigorando
o NGO do Boletim de Ocorrência complementado;
2) Identificação do Documento: No cabeçalho do Boletim de Ocorrência da Brigada Militar, o
policial militar deverá assinalar uma das alternativas:
c. Dados Gerais:
1) Cód. do órgão: número identificador do Órgão Policial junto à Secretaria da Segurança
Pública (SSP) - campo preenchido pelo digitador do Sistema Informatizado;
2) Ano: número identificador do ano da inclusão da ocorrência no sistema - campo preenchido
pelo digitador do Sistema Informatizado;
3) Número interno: número identificador da inclusão da ocorrência no sistema - campo
preenchido pelo digitador do Sistema Informatizado;
4) Número do CIOSP: número identificador da ocorrência obtido junto ao CIOSP, Sala de
Operações ou órgão similar - campo preenchido pelo atendente da ocorrência;
5) Data de Comunicação: data em que a parte interessada comunica o fato à autoridade policial;
209
2) Assentindo em comparecer ao juizado, não será lavrado o Auto de Prisão, sendo liberada a
parte;
3) Não havendo a assunção de compromisso do autor do fato em comparecer ao Juizado
Especial Criminal – JEC:
(a) Encaminhamento do autor do fato à Delegacia de Polícia para lavratura do APFD (auto
de prisão em flagrante delito). Se houver a negativa por parte do Delegado de Polícia para a
lavratura do APFD, mesmo assim a ocorrência será entregue na DP, conforme estabelece esta NI;
(b) Havendo mais de um autor, liberam-se os que assumam o compromisso e conduzem-se
os demais, devendo ser identificada a assinatura de cada compromissado.
4) Este mesmo formulário deverá ser utilizado para pautar as audiências do NUCCOM, onde
houver.
l. Dados identificativos dos Policiais Militares que movimentaram a ocorrência:
Indicar nome completo e número da carteira de identidade civil (RG) dos policiais militares que
efetivamente atenderam a Ocorrência, apondo a assinatura no campo próprio.
1) Atendente: anotar nome e número de registro de identidade civil (RG) do policial que
atendeu a ocorrência;
2) Digitador: anotar o nome e número de registro de identidade civil (RG) do digitador do BO
junto ao sistema;
3) Revisor: anotar o nome e número de registro de identidade civil (RG) do responsável pela
revisão do documento.
215
Município, XX de XX de 2023.
Ofício nº 0XX/SSPO/XXºBPM/2023.
Senhor Pretor:
Atenciosamente,
Exmo. Senhor
XXXXXXXXXXXXXXXXXXXXX
Preto do Juizado Especial Criminal
Porto Alegre/RS
219
Excelentíssima Senhora
Exma. Senhora
EXEMPLO
Promotora de Justiça
PORTO ALEGRE/RS.
220
Ofício nº 0XX/SSPO/XXBPM/2023.
Através do presente, encaminho a Vossa Senhoria o ofício abaixo relacionado para ser remetido
ao IGP, o material que segue:
Cap XXXXXXXXXXXXXXXXX
Resp p/ Comando do xxº BPM
Recebi em:___/___/____
Assinatura:______________________________
221
Ofício nº XXX/SSPO/XXBPM/2023.
Através do presente, encaminho a Vossa Senhoria os ofícios abaixo relacionados para serem
remetidos ao DENARC/PC, para destruição do material que segue:
Guia De Trânsito Nº BO-TC Material Apreendido
_________________________________________
XXXXXXXXXXXXXXXXXX – Maj QOEM
Resp. p/ Comando do XX° BPM
Recebi em:___/___/_________
Assinatura:________________________
222
__________________________________
FULANO DE TAL - CAP QOEM
Comandante da Cia
223
GUIA N°: XXX NGO N°: XXXXXX ÓRGÃOS: XXXXX MUNICÍPIO: XXXXXXX
Com o presente GUIA, estamos remetendo ao DENARC, sito à Av. Pres. Franklin Roosvel, nº 88
em Porto Alegre, RS, de acordo com as normas em vigor e conforme a GUIA DE TRÂNSITO DE
SUBSTÂNCIA ENTORPECENTE N° XXX as substâncias abaixo descritas:
II – CONFERÊNCIA NO DENARC
VOLUMES QUANTIDADE/TIPO (tijolo, trouxinha,
SUBSTÂNCIA PESO NO DESTINO
etc)
_____________________________
FULANO DE TAL – CAP QOEM
224
Comandante da Cia
Aos XX dias do mês de XX do ano de 20XX, nesta cidade de XXXXXXXX, no Órgão de Polícia
Militar, presente o Cap QOEMXXXXXX, Oficial revisor, o 1º Ten QTPM XXXXXXXXXXXXX,
1º perito, e o 3º Sgt Ex XXXXXXXX, 2ª Perito, nomeados, conforme publicado no Boletim Interno
nº XXXXX/2023.
Os quais responderam aos seguintes quesitos:
1º - Qual o material periciado?
Uma porção de vegetal seco semelhante à maconha.
Odor: forte característico.
Apresentação: acondicionado em plástico transparente.
2º - Qual a quantidade apresentada?
Aproximadamente 0,5 gramas da substância.
3º - A substância periciada causa dependência física ou psíquica?
Sim, desde que constatada a existência do princípio ativo em exame definitivo.
______________________________
1º Ten QTPM XXXXXXXXXXXXXXX
1º Perito
_________________________________________
3º Sgt Ex XXXXXXXXXXXXXXX
2ª Perito
___________________________________________
Cap QOEM XXXXXXXXXXXXXXX
225
OFICIAL REVISOR
BO Nº │_│_│_│_│_│_│_│_│
Audiência em ___/___/___, às __:__ h
PROCEDIMENTO DE
TERMO CIRCUNSTANCIADO
AUTUAÇÃO
Enc. nº XXX/SSPO/XXºBPM/2023
XXXXX, do ano de 2023 a fim de ser submetido à perícia técnica respondendo aos seguintes
quesitos:
AUTO DE RESISTÊNCIA
CIÊNCIA DO INFRATOR:
NOME:_____________________________________ASSINATURA:_____________________
230
Ofício nº_____/20___.
Através do presente, encaminho-lhe a pessoa abaixo discriminada, a fim de ser submetida a Exame
de Corpo de Delito, pelo fato de que no dia ____/____/20___, às ____:____hs, ter:_______
_______________________________________________________________________________
_______________________________________________________________________________
_______________________________________________________________________________
______
Nome Completo:
___________________________________________________________________
Documento: __________________________ Tipo:
_______________________________________
Filiação: Pai:
______________________________________________________________________
Mãe:
____________________________________________________________________
Naturalidade: __________________ Nacionalidade:
_______________________________________
Estado Civil:
______________________________________________________________________
Endereço Residencial:
______________________________________________________________
Atenciosamente,
Nome: _______________________________
Id. Func.: _____________________________
Eu, FULANO DE TAL, Soldado, Id Func nº xxxxxxx, policial militar atendente que
confeccionou o BO nº XXXXXX, datado de xx de agosto de 2023, lavrado no município de Porto
Alegre, RS, solicito a anulação do referido Boletim de Ocorrência devido à lavratura ter sido
indevida, porque xxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxx
xxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxx
xxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxx.
Assim, solicito que seja analisada pelo Oficial Revisor e, se deferida, lançada no livro de
anulação como cancelada.
Em ___ de __________ de _____.
Eu, FULANO DE TAL, Capitão QOEM, Id Func nº xxxxxxx, como revisor da NGO nº
XXXXXX, já qualificada, decido pela xxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxx.
Em ___ de __________ de _____.
Ofício nº_____/20___
Ofício nº XXX/SSPO/XXºBPM/2023.
Senhor Delegado:
____________________________________
XXXXXXXXXXXXX - CAP QOEM
Comandante do XXº BPM
Ilmo. Senhor
XXXXXXXXXXXXXXX
Delegado de Polícia
XXXXXXXXXX/RS.
233
________________________________________________
Ass. do requerente
234
Na condição de autor fico ciente que a concordância em comparecer ao JECrim não implica em
confissão de qualquer natureza, admissão de culpa ou anuência as declarações da parte contrária.
Neste ato, assumindo o compromisso nos termos do art.69 & parágrafo único da Lei. 9099/95, de
comparecer ao Fórum da comarca de
na sala do Juizado Especial Criminal, no dia às horas,
ou quando for intimado. Ass.
Situações diversas:
_____________________________________________________________________________
_____________________________________________________________________________
_____________________________________________________________________________
_____________________________________________________________________________
_____________________________________________________________________________
_____________________________________________________________________________
_____________________________________________________________________________
Local Data: Ass: ______________________
235
1. FINALIDADE
Regular as atividades de polícia ostensiva para enfrentamento dos crimes de violência doméstica
e familiar contra a mulher e estabelecer a forma de atuação do Programa Patrulha Maria da Penha
da Brigada Militar.
2. BASE LEGAL
a. Constituição Federal, 05 de outubro de 1988;
b. Decreto-Lei n.° 2.848, de 07 de dezembro de 1940 (Código Penal);
c. Decreto-Lei n.º 3.689, de 03 de outubro de 1941(Código de Processo Penal);
d. Lei n.º 11.340, de 07 de agosto de 2006 (Lei Maria da Penha);
e. Lei n.º 13.104, de 09 de março de 2015 (Feminicídio);
f. Decreto n.º 1.973, de 1º de agosto de 1996 (Promulga a Convenção Interamericana para Prevenir,
Punir e Erradicar a Violência contra a Mulher, realizada em Belém do Pará, em 9 de junho de 1994);
g. Decreto n.º 4.316, de 30 de julho de 2002 (Promulga o Protocolo Facultativo à Convenção sobre
a Eliminação de Todas as Formas de Discriminação contra a Mulher);
h. Diretriz Geral da Brigada Militar nº 33, de 17 de novembro de 2015 (Diretriz De Polícia
Comunitária);
i. Lei n.º 13.505, de 08 de novembro de 2017 (Acrescenta dispositivos à Lei nº 11.340, de 7 de
agosto de 2006 (Lei Maria da Penha), para dispor sobre o direito da mulher em situação de violência
doméstica e familiar de ter atendimento policial e pericial especializado, ininterrupto e prestado,
preferencialmente, por servidores do sexo feminino);
j. Lei n.º 13.641, de 03 de abril de 2018 (Altera a Lei nº 11.340, de 7 de agosto de 2006 (Lei Maria
da Penha), para tipificar o crime de descumprimento de medidas protetivas de urgência);
k. Lei n.º 13.718, de 24 de setembro de 2018 (Altera o Decreto-Lei nº 2.848, de 7 de dezembro de
1940 (Código Penal), para tipificar os crimes de importunação sexual e de divulgação de cena de
estupro, tornar pública incondicionada a natureza da ação penal dos crimes contra a liberdade sexual
e dos crimes sexuais contra vulnerável, estabelecer causas de aumento de pena para esses crimes e
definir como causas de aumento de pena o estupro coletivo e o estupro corretivo; e revoga
dispositivo do Decreto-Lei nº 3.688, de 3 de outubro de 1941 (Lei das Contravenções Penais);
236
l. Lei n.º 13.772, de 19 de dezembro de 2018 (Altera a Lei nº 11.340, de 7 de agosto de 2006 (Lei
Maria da Penha), e o Decreto-Lei nº 2.848, de 7 de dezembro de 1940 (Código Penal), para
reconhecer que a violação da intimidade da mulher configura violência doméstica e familiar e para
criminalizar o registro não autorizado de conteúdo com cena de nudez ou ato sexual ou libidinoso
de caráter íntimo e privado);
m. Lei n.º 13.882, de 08 de outubro de 2019 (Altera a Lei nº 11.340, de 7 de agosto de 2006 (Lei
Maria da Penha), para garantir a matrícula dos dependentes da mulher vítima de violência doméstica
e familiar em instituição de educação básica mais próxima de seu domicílio);
n. Lei n.º 13.827, de 13 de maio de 2019 (Altera a Lei nº 11.340, de 7 de agosto de 2006 (Lei Maria
da Penha), para autorizar, nas hipóteses que especifica, a aplicação de medida protetiva de urgência,
pela autoridade judicial ou policial, à mulher em situação de violência doméstica e familiar, ou a
seus dependentes, e para determinar o registro da medida protetiva de urgência em banco de dados
mantido pelo Conselho Nacional de Justiça);
o. Lei n.º 13.836, de 04 de junho de 2019 (Acrescenta dispositivo ao art. 12 da Lei nº 11.340, de 7
de agosto de 2006, para tornar obrigatória a informação sobre a condição de pessoa com deficiência
da mulher vítima de agressão doméstica ou familiar);
p. Lei n.º 14.188, de 28 de julho de 2021 (Define o programa de cooperação Sinal Vermelho contra
a Violência Doméstica como uma das medidas de enfrentamento da violência doméstica e familiar
contra a mulher previstas na Lei nº 11.340, de 7 de agosto de 2006 (Lei Maria da Penha), e
no Decreto-Lei nº 2.848, de 7 de dezembro de 1940 (Código Penal), em todo o território nacional;
e altera o Decreto-Lei nº 2.848, de 7 de dezembro de 1940 (Código Penal), para modificar a
modalidade da pena da lesão corporal simples cometida contra a mulher por razões da condição do
sexo feminino e para criar o tipo penal de violência psicológica contra a mulher);
q. Lei n.º 13.827, de 13 de maio de 2019 (Altera a Lei nº 11.340, de 7 de agosto de 2006 (Lei Maria
da Penha), para autorizar, nas hipóteses que especifica, a aplicação de medida protetiva de urgência,
pela autoridade judicial ou policial, à mulher em situação de violência doméstica e familiar, ou a
seus dependentes, e para determinar o registro da medida protetiva de urgência em banco de dados
mantido pelo Conselho Nacional de Justiça);
r. Lei n.º 13.882, de 08 de outubro de 2019 (Altera a Lei nº 11.340, de 7 de agosto de 2006 (Lei
Maria da Penha), para garantir a matrícula dos dependentes da mulher vítima de violência doméstica
e familiar em instituição de educação básica mais próxima de seu domicílio);
s. Lei n.º 14.149, de 05 de maio de 2021 (Institui o Formulário Nacional de Avaliação de Risco, a
ser aplicado à mulher vítima de violência doméstica e familiar);
237
t. Lei n.° 14.310 de 08 de março de 2022 (Altera a Lei n.º 11.340, de 7 de agosto de 2006 (Lei
Maria da Penha), para determinar o registro imediato, pela autoridade judicial, das medidas
protetivas de urgência deferidas em favor da mulher em situação de violência doméstica e familiar,
ou de seus dependentes);
u. Lei n.º 14.316, de 29 de março de 2022 (Altera as Leis n.º 13.756, de 12 de dezembro de 2018,
e 13.675, de 11 de junho de 2018, para destinar recursos do Fundo Nacional de Segurança Pública
(FNSP) para ações de enfrentamento da violência contra a mulher).
3. EXECUÇÃO
a. Aspectos Gerais
1) Conceito de Violência Doméstica e Familiar
Configura-se Violência Doméstica e Familiar contra a Mulher qualquer ação ou omissão baseada
no gênero que lhe cause morte, lesão, sofrimento físico, sexual ou psicológico e dano moral ou
patrimonial, ocorrida no âmbito da unidade doméstica, compreendida como o espaço de convívio
permanente de pessoas, com ou sem vínculo familiar, inclusive as esporadicamente agregadas, no
âmbito da família, compreendida como a comunidade formada por indivíduos que são ou se
consideram aparentados, unidos por laços naturais, por afinidade ou por vontade expressa, bem
como em qualquer relação íntima de afeto, na qual o agressor conviva ou tenha convivido com a
ofendida, independentemente de coabitação. As relações pessoais elencadas independem do sexo
biológico, e no caso de transgêneros, independe da realização de cirurgia de transgenitalização ou
de alteração do nome no registro civil.
2) Conceito de Patrulha Maria da Penha (PMP)
Guarnição policial militar capacitada para executar ações do Programa de Prevenção à
Violência contra a Mulher em situação de violência doméstica e familiar, através de visitas regulares
em dias e horários diversos e, também, capacitada para, nos casos autorizados em lei e previstos
nesta normativa, encaminhar e solicitar as medidas protetivas junto ao Poder Judiciário.
3) Conceito de patrulheiro da Patrulha Maria da Penha (PMP)
É considerado Patrulheiro o militar estadual integrante da PMP que realizar as atividades de
competência da mesma em cada OPM, com habilitação institucional, sendo apto ao atendimento
qualificado das mulheres vítimas de violência doméstica e familiar, mesmos em locais onde não
possui patrulha constituída.
4) Conceito de Rede de Enfrentamento
Segundo a Política Nacional de Enfrentamento à violência contra as mulheres, a qual tem o
objetivo de estabelecer conceitos, princípios, diretrizes e ações de prevenção e combate à violência
238
a) Manter controle dos dados do feminicídio considerando, além das informações da vítima e do
acusado, do modus operandi, do local/hora do fato, especialmente, se a vítima possuía Medida
Protetiva de Urgência e se era atendida pelo Programa Patrulha Maria da Penha;
b) Encaminhar à 3ª Seção do EMBM, através do e-mail embm-pm3@bm.rs.gov.br, os dados dos
feminicídios a cada nova incidência.
2) Compete à Agência Regional de Inteligência e Agência Local de Inteligência (ARI/ALI)
a) Realizar o controle de dados dos feminicídios, considerando além das informações da vítima e
do acusado, do modus operandi, do local/hora do fato, especialmente se a vítima possuía Medida
Protetiva de Urgência e se era atendida pelo Programa Patrulha Maria da Penha;
b) Remeter à Agência Central de Inteligência os dados dos feminicídios tão logo produzam o
conhecimento.
e. Desenvolvimento do programa
1) Compete aos Comandos Regionais de Polícia Ostensiva, através da 3ª seção
a) Indicar ao EMBM um oficial QOEM para atuar como responsável para o bom desenvolvimento
do Programa PMP, informando o número do telefone e/ou celular para contato com o mesmo;
b) Supervisionar a atuação das Patrulhas Maria da Penha em todos os Órgãos Policiais Militares
subordinados, interagindo com os mesmos, a fim de padronizar os procedimentos e fixar metas e
planos de trabalho conforme indicadores do Sistema AVANTE;
c) Realizar avaliação semestral, com as 3ª Seções dos OPMs subordinados, do trabalho
desenvolvido pelas PMP, e adotar as providências necessárias para sanar problemas constatados;
d) Enviar, de forma virtual, para a 3ª Seção do EMBM, Relatório Semestral apontando os
problemas encontrados e soluções adotadas;
e) Conferir, diariamente, se os dados das Patrulhas Maria da Penha subordinadas foram lançados
no Sistema Integrado PMP (google drive);
f) Na cidade de Porto Alegre, o Comando de Policiamento da Capital (CPC) receberá, do Poder
Judiciário, as MPU deferidas, e remeterá as mesmas às respectivas Unidades para execução, de acordo
com a área de responsabilidade territorial, enquanto não for possível o recebimento via Sistema
Eproc, mantendo o devido controle acerca dos cumprimentos das mesmas. Nos demais Comandos,
os respectivos Comandantes ou Oficiais cuja tarefa tenha sido delegada, deverão ajustar com o Poder
Judiciário a forma de recebimento e execução das MPU.
2) Compete aos Comandantes de Unidade com PMP implementada
a) Designar um oficial QOEM responsável pelo Programa PMP nas sedes de OPM e um oficial
QOEM ou QTPM, exercendo a mesma função, quando a Patrulha for em sede de Cia/Pel destacados;
241
b) Selecionar e indicar Policiais Militares, conforme perfil e requisitos constantes na presente NI,
para participação em curso de capacitação;
c) Controlar e determinar, com as respectivas Companhias ou Esquadrões, a fiscalização das MPU
recebidas;
d) Acompanhar as atividades da PMP nas frações subordinadas através de reuniões periódicas com
os respectivos Oficiais responsáveis pelo Programa;
e) Zelar pela conservação e correto emprego das viaturas destinadas para a atuação da PMP,
devidamente caracterizadas;
f) Indicar a necessidade de implantação da Patrulha Maria da Penha em determinado município
do Estado, com base nos índices de violência coletados e na existência de estrutura da rede local,
fundamentando sua solicitação em Sumário de Estudo de Estado-Maior;
g) Manter contato com as autoridades locais que integram a Rede de Enfrentamento à Violência
contra a Mulher, bem como auxiliar nas medidas voltadas para a solução e intermediação das
dificuldades comuns nas respectivas frações subordinadas;
h) Determinar o emprego do efetivo das Patrulhas Maria da Penha em dias e horários diversos,
abrangendo o maior número possível de turnos e, considerando a possibilidade de atuação aos finais
de semana.
3) Compete ao Comandante de Cia/Esquadrão/Pel com a PMP implementada
a) Estabelecer o fluxo de recebimento das MPU com o Poder Judiciário, preferencialmente,
através de e-mail ou via eproc;
b) Controlar e determinar, com os respectivos Pelotões, a fiscalização das MPU recebidas;
c) Determinar a consulta no Sistema de Consultas Integradas de dados capazes de subsidiar a
atuação da PMP, tais como os seus antecedentes do agressor e registros policiais anteriores ao fato
objeto da MPU e repassar à PMP;
d) Providenciar para que pelo menos um dos integrantes da PMP tenha acesso ao Sistema
Consultas Integradas, módulo Tribunal de Justiça, e ao Sistema Eproc, para acompanhamento de
informações relativas às MPU e demais dados pertinentes;
e) Determinar a elaboração do roteiro de visitas pelo efetivo da PMP, priorizando a visitação às
novas vítimas e aos casos mais graves, sem deixar de visitar as demais mulheres cadastradas no
máximo a cada 30 dias;
f) Determinar que sejam remetidos ao Juízo onde tramita o processo judicial que deferiu a Medida
Protetiva de Urgência, preferencialmente, de forma virtual (e-mail ou eproc):
(1) Os Boletins de Atendimento da primeira visita;
(2) Os Boletins de Atendimento que contenham o Formulário Nacional de Avaliação de Risco;
242
integridade física da vítima. Se houver a prisão do agressor, escolher a opção “Certidão de Vítima em
Situação de Vulnerabilidade com Prisão”, no momento da lavratura do BA/BMMOB;
k) Selecionar a opção “Certidão de Retorno do Agressor ao Lar com COP por Descumprimento
de MPU”, no momento da lavratura do BA/BMMOB, em razão da constatação de reconciliação do
casal e do crime de descumprimento de MPU, quando o agressor não estiver no local. Se o agressor
estiver no local, realizar a prisão em flagrante pelo crime de descumprimento de MPU com a
condução à DP e selecionar a opção “Certidão de Retorno do Agressor ao Lar com Prisão em
Flagrante por Descumprimento de MPU”;
l) Selecionar a opção “Certidão de Término de Acompanhamento”, no momento da lavratura do
BA/BMMOB, quando a vítima informar que não necessita/deseja mais o acompanhamento da PMP
ou que não resida mais em área de atuação da PMP;
m) Selecionar a opção “Certidão de Não Localização da Vítima”, no momento da lavratura do
BA/BMMOB, quando o endereço estiver correto, porém a mulher não estiver no endereço constante
no cadastro;
n) Selecionar a opção “Certidão de Recusa de Atendimento da PMP”, no momento da lavratura
do BA/BMMOB, quando a vítima manifestar, na primeira visita, que não deseja o acompanhamento
pela PMP;
o) Selecionar a opção “Certidão de Endereço Incompleto ou Inexistente”, no momento da
lavratura do BA/BMMOB, quando o endereço cadastrado estiver incorreto ou incompleto,
informando aos Órgãos de Enfrentamento à Violência Contra a Mulher e mantendo a situação
“Aguardando” no Sistema Integrado PMP no Google drive, a fim de tentar localizar o endereço
correto da vítima;
p) Reportar ao Comando do Órgão Policial Militar qualquer problema na execução do serviço para
adoção de providências;
q) Manter pasta com arquivo físico ou virtual de toda documentação referente às fiscalizações,
separadas por vítima (ocorrência policial, medida protetiva, certidões, antecedentes e outros
documentos que possam instruir o trabalho da Patrulha);
r) Manter o controle diário das visitas realizadas com o preenchimento no Sistema Integrado PMP
no Google drive;
s) Confeccionar Boletim de Ocorrência Policial para os crimes relatados que não estejam em
situação de flagrância e que a vítima não necessite ou manifeste interesse em solicitar MPU;
t) Encaminhar à Delegacia de Polícia ou DEAM os casos de flagrante.
5) Compete aos Oficiais Responsáveis pela PMP nível CIA/PEL
244
4. PRESCRIÇÕES DIVERSAS
a. As legislações, modelos de documentos e orientações pertinentes ao programa, estarão
disponíveis no Google Drive para consulta em pasta específica, sendo atualizada e administrada
pela 3ª Seção do EMBM;
b. A viatura destinada para o emprego nas atividades desenvolvidas pela PMP deverá utilizar a
logomarca do programa, que pode ser do tipo removível, proporcionando identificação e
visibilidade da ação, podendo ser dispensada essa providência somente com autorização do
Comando da Instituição. As viaturas destinadas mediante convênios com outros Órgãos (convênios
federais, emendas parlamentares etc.) deverão manter sua especificidade de emprego na PMP e sua
adesivagem própria, observada a exceção prevista no item 3.e. 4) d);
c. Serão atendidos pela PMP, a critério dos respectivos Comandos e Oficiais Responsáveis pela
PMP, casos considerados graves, mas que a MPU ainda não tenha sido deferida em razão do trâmite
do processo;
d. Nas situações que for verificada a existência de risco atual ou iminente à vida ou à integridade
física ou psicológica da mulher em situação de violência doméstica e familiar, ou de seus
dependentes, o agressor será imediatamente afastado do lar, domicílio ou local de convivência com
a ofendida pelo policial militar que estiver atendendo a ocorrência, quando o Município não for sede
de comarca e não houver delegado disponível no momento da denúncia. Nestes casos o juiz deverá
ser comunicado no prazo máximo de 24 (vinte e quatro) horas, devendo a comunicação ser realizada
pelo meio mais célere, a ser definido pelo Oficial QOEM indicado como Coordenador Regional da
Patrulha Maria da Penha juntamente com o Poder Judiciário da Comarca com Jurisdição no local
da MPU e certificado por meio de Certidão, contendo os fatos, identificação das partes,
testemunha(s), ciência do agressor e providências adotadas;
245
e. Os casos de arquivamento das MPU no Sistema Integrado PMP, ou seja, que a PMP deixará de
realizar as visitas, dar-se-ão pelas vias judiciais (revogação e expiração do prazo da MPU) e
administrativa (recusa da vítima, término do acompanhamento ou retorno do agressor ao lar);
f. Em nenhuma hipótese será permitida à PMP, por sua própria análise, encerrar o acompanhamento
da MPU;
g. As atividades de fiscalização de MPU não podem ser realizadas por telefone, sob pena de a PMP
certificar situação falsa relatada por telefone pela vítima, considerando eventual possibilidade de
constrangimento pelo próprio agressor. A realização de contato telefônico limita-se à certificação
de endereço ou de ajustes de turno mais adequado para a realização das visitas;
h. Esta Nota de Instrução entra em vigor na data de sua publicação, revogando as disposições em
contrário, especialmente, a Nota de Instrução nº 2.23, de 24 de setembro de 2021.
246
1. FINALIDADE
Regular os procedimentos administrativos e operacionais da Brigada Militar referentes à
atuação nas situações de reintegração de posse.
2. BASE LEGAL
a. Constituição Federal de 5 de outubro de 1988;
b. Constituição Estadual do Rio Grande do Sul de 3 de outubro de 1989;
c. Código Penal Brasileiro;
d. Código de Processo Penal Brasileiro;
e. Código Civil Brasileiro;
f. Código de Processo Civil Brasileiro;
g. Código de Trânsito Brasileiro;
h. Lei Federal nº 4.504, de 30 Nov 1964 - Trata do Estatuto da Terra, com nova redação dada pela
Lei nº 11.446, 05 Jan 2007;
i. Decreto Federal nº 59.566, de 14 Nov 1966 - Regulamenta o Estatuto da Terra;
j. Lei Federal nº 4.947, de 06 Abr 1966 – Estabelece normas de Direito Agrário, com nova redação
dada pela Lei nº 10.363, de 28 Dez 2001;
k. Lei Federal nº 6.383, de 07 Dez 1976 - Trata sobre ocupação de terras devolutas da União;
l. Lei Federal nº 6.969, de 10 Dez 1981 - Usucapião de imóveis rurais;
m. Lei Federal nº 8.171, de 17 Jan 1991 - Política agrícola, com nova redação dada pela Lei 14.515,
de 29 Dez 2022;
n. Lei Federal nº 8.629, de 25 Fev 1993 - Regulamenta os dispositivos constitucionais relativos à
reforma agrária, com nova redação dada pela Lei 14.119, de 13 Jan 2021;
o. Lei Complementar nº 76, de 06 Jul 1993 - Dispõe sobre o procedimento contraditório especial
de rito sumário para processo de desapropriação de imóvel rural, com nova redação dada pela Lei
13.465, de 11 Jul 2017;
p. Lei Estadual n.° 10.991, de 18 Ago 1997 (Lei de Organização Básica da Brigada Militar – LOB);
247
3. EXECUÇÃO
a. Contextualização
As invasões de áreas urbanas ou rurais, públicas ou privadas, inclusive rodovias e suas faixas de
domínio, constituem, no Brasil, praxe tendente a, na maior parte das vezes, forçar os governos a
aprofundar a reforma agrária. Em outras, constituem manobras estratégicas, com fins de natureza
política.
Na maior parte dos casos, as ações de invasão demandam providências do possuidor e/ou
proprietário na esfera cível, posto que não chegam a configurar o crime de esbulho possessório
previsto no art. 161, II, CPB, não ensejando, assim, a atuação da Polícia Militar, visto não se
revestirem dos requisitos da ação penal pública incondicionada, restando, na maioria das vezes,
presentes apenas os requisitos da ação penal privada, disponível ao possuidor e/ou proprietário.
Tais ações ocorrem, na maioria das vezes, através de movimentos sociais organizados, integrados
por um contingente expressivo de pessoas. Assim, em situações que haja usurpação de propriedades
por pessoas, sejam propriedades urbanas ou rurais, surge a possibilidade de que seja acionada a
Brigada Militar em apoio à execução de mandados de reintegração de posse realizada por oficiais
de justiça e/ou membros executores do Poder Judiciário.
Portanto, Reintegração de Posse é a ação adequada para a proteção da posse quando há esbulho,
ou seja, perda total da posse molestada injustamente e é o instrumento com a finalidade de devolver
um bem imóvel apropriado por terceiro de forma violenta ou não.
Nesse contexto, a Brigada Militar, como responsável pela Polícia Ostensiva e pela Preservação
da Ordem Pública, não pode assumir o papel de ente encarregado da resolução das causas que
conduzem à problemática agrária, tampouco urbano-fundiária, tampouco assumir o papel de órgão
jurisdicional a fim de ditar com quem está a razão, mas portar-se como órgão capaz de, no sentido
de preservar a ordem pública, dirimir os conflitos entre invasores e proprietários e/ou possuidores,
atuando com o fim de garantir os direitos constitucionalmente assegurados às partes em conflito.
b. Providências em situação de normalidade
Os Comandos dos CRPO deverão manter cadastro atualizado das áreas rurais e urbanas, públicas
e particulares, localizadas na circunscrição de sua respectiva responsabilidade, que possam ser
consideradas possíveis locais de ocupação, constando, dele:
1) Dados detalhados de acampamentos e de assentamentos existentes na área de
responsabilidade territorial do Comando;
248
1) Isolar a área, conforme preceitua o art. 6.º do CPP, estabelecendo o Perímetro 1 (um),
conforme estabelecido no Anexo "B" da presente NI, através de medidas próprias de Polícia
Ostensiva, evitando que um maior contingente de invasores se agregue ao já existente. Constatando-
se a ocorrência de delitos, devem ser adotadas as providências legais, desde que haja segurança para
atuação da guarnição de serviço, evitando-se o agravamento da crise;
2) Diligenciar no sentido de confirmar a propriedade do imóvel, de modo a estabelecer a
legitimidade do proprietário/possuidor em relação às providências que está demandando da Brigada
Militar;
3) Efetuar levantamento minucioso da invasão (estrutura física, vias de acesso, sistema de
segurança, materiais nele existentes, localização de fontes de suprimento - água, luz, telefone, rotas
de acesso, ânimo de resistência dos ocupantes e seus objetivos, etc.), através de atividades de
inteligência;
4) Verificar o número de pessoas envolvidas e se há a presença de crianças, adolescentes, idosos,
mulheres grávidas, de pessoas enfermas ou pessoas portadoras de necessidades especiais;
5) Estabelecer contato com o proprietário ou responsável pelo imóvel, orientando-o e procurando
conhecer de suas intenções;
6) Estabelecer contato com o responsável ou o líder da ação de ocupação para orientações e
procurar conhecer de suas intenções;
7) Estabelecer contato com autoridades afins (municipais, estaduais e federais), cada uma por
sua vez, e, de tais audiências, produzir evidência (ata, fotos, filmagem, etc), buscando a colaboração,
com elas interagindo e estabelecendo uma rotina comum de procedimentos, além de buscar, à
medida do possível, o apoio político necessário à boa condução do caso. As evidências dos contatos
com as autoridades irão, posteriormente, ilustrar e instruir o Estudo de Situação, caso seja necessária
a reintegração de posse, por mandado judicial;
8) Gerenciar, juntamente com os demais órgãos interessados no processo, a saída voluntária dos
invasores, de modo a convencê-los a colaborar para evitar a desocupação forçada, em cumprimento
de eventual ordem judicial futura. Desses esforços, colher evidências, que serão acostadas no Estudo
de Situação, conforme item anterior;
9) Produzir relatórios periódicos, conforme a evolução do caso, e manter o escalão superior
informado.
e. Providências em situação de requisição de força policial para apoio no cumprimento de
mandado judicial de reintegração
Caracteriza-se a partir do recebimento da requisição de força policial - normalmente através de
Ofício do Poder Judiciário -, conforme preconizam os art. 139, VII, 360, III, art. 782, § 2º CPC,
250
4. PRESCRIÇÕES DIVERSAS
a. Qualquer ação policial em cumprimento a requisição judicial de força policial não deve se iniciar
antes do devido planejamento da ação e da autorização do Cmt CRPO correspondente ou, em caso
de o CRPO necessitar apoio/reforço, do Comandante-Geral;
b. Quando da execução do Mandado Judicial de reintegração/manutenção de posse, deverá ser
estabelecido um Posto de Comando, com presença obrigatória de um Oficial QOEM, para onde
deverão ser conduzidos os políticos que se deslocarem ao local, a imprensa e outros profissionais
não-envolvidos diretamente na execução da medida, a fim de que sejam cientificados das ações em
andamento e não afetem o curso normal das atividades;
c. O comandante da operação tem direito de ter acesso ao mandado, no local onde será cumprido,
antes da sua imediata execução;
d. Nos casos em que o Oficial de Justiça extrapolar o que consta no mandado a ser cumprido, o
comandante da operação poderá suspender os trabalhos, fazer consignar em relatório
circunstanciado e dar ciência ao juízo que expediu a ordem judicial, haja vista que o apoio em força
da Brigada Militar está adstrito ao princípio da legalidade e deve se restringir somente ao constante
no documento forense;
e. Não cabe à Brigada Militar realizar a destruição, organização e transporte das benfeitorias que
estão sendo objeto do mandado judicial, tampouco alojar as pessoas que porventura tenham sido
retiradas do referido local;
f. O comandante da operação é o comandante do OPM com RT sobre o local objeto do mandado
judicial;
g. O comandante regional deverá compor o gabinete de alta gestão, o qual será criado para integrar
todas as autoridades que se fizerem presentes ao local do cumprimento da ordem judicial;
h. Somente ingressarão nos perímetros de isolamento as pessoas credenciadas e autorizadas pelo
comandante da operação;
i. A eventual cedência de sons e imagens captadas pelas filmagens executadas pela Brigada Militar
somente poderá ser feita mediante prévia autorização do Comandante-Geral da BM;
j. Em caso de cancelamento da determinação judicial de reintegração/manutenção de posse, deve
tal fato, de imediato, ser informado ao escalão superior correspondente e serem
mantidas/implementadas as providências constantes do nº “(1)” da letra “c.”, do item “3.”
(Execução) da presente NI;
254
k. Os processos com pendência devem permanecer em posse e controle dos Comandos com RT, até
serem definitivamente instruídos. Após implementadas as condições de execução, feitos os ajustes
prévios decorrentes e necessários com o Poder Judiciário, será efetivada a devida reintegração;
l. Deverá ocorrer o emprego de ME femininas nas ações empreendidas nos eventos objeto da
presente NI, principalmente na identificação e busca pessoal em mulheres;
m. Dada a complexidade do planejamento e execução de um evento de reintegração ou de
manutenção de posse, o Comandante da Tropa encarregado dos atos relativos a qualquer das
atividades de polícia militar, instruirá o efetivo que atuará de forma adequada quanto ao correto
procedimento no trato do assunto (atitudes, imparcialidade, procedimentos técnicos nas barreiras,
emprego correto dos equipamentos e do armamento, encaminhamento de ocorrências e seus
pressupostos, de forma que nenhum Policial Militar aja de forma isolada, tampouco atue de forma
contrária aos preceitos legais e às instruções constantes desta NI e em outras normas que tenham
aplicação no caso concreto);
n. Os Comandantes de CRPO, sempre que houver necessidade, deverão assumir pessoalmente o
comando da Operação. Podem determinar que o Comandante do OPM da área o assuma, naquelas
ações e operações de menor complexidade;
o. Os Cmt CRPO devem remeter à PM-3 pelo menos três fotografias digitais de cada área invadida,
que retratem a situação local, cabendo a esta a implementação e manutenção de um Livro de
Controle das situações existentes no Estado, cujo resumo deve integrar a Página da PM-3 na Intranet
BM;
p. Os dispositivos da presente NI aplicam-se, no que couber, às ações de movimentos sociais em
geral em ocupações pontuais de caráter reivindicatório ou de protesto;
q. Esta Nota de Instrução entra em vigor na data de sua publicação, revogando as disposições em
contrário, especialmente, a NI 2.24/EMBM/2018, publicada no BG nº 225, de 28 de novembro de
2018.
Anexos:
Anexo “A” – Conceitos
Anexo “B” – Níveis de Isolamento
Anexo “C” – Modelo de Estudo de Situação
Anexo “D” – Sinopse de Reintegração de Posse
Anexo “E” – Modelo de Ofício ao Poder Judiciário
Anexo “F” – Modelo de Relatório
255
l. Interdito proibitório - está previsto no art. 1.210, “in fine”, do CC e art. 567 do CPC. É uma
ação meramente preventiva que visa a impedir que se concretize uma ameaça à posse.
n. Latifúndio - é o imóvel rural que exceda a dimensão máxima de 66 (sessenta e seis) vezes o
módulo médio da propriedade rural ou que, não excedendo o limite referido e tendo a área igual ou
superior à dimensão do módulo de propriedade rural, seja mantido inexplorado, com fins
especulativos, ou seja, deficiente ou inadequadamente explorado. Vide Decreto Federal nº
55.891/65, art. 6º, inciso IV, e Decreto Federal nº 84.685/80, art. 22, inciso II.
o. Mandado de citação - é a citação que se faz mediante a ordem escrita do Juiz a que se chama
de mandado, feito e passado pelo Escrivão, que a assina com a declaração de que o faz por ordem
do Juiz, que também o rubrica. Vide Vocabulário Jurídico de Plácido e Silva, Editora Forense, 15ª
Edição.
p. Minifúndio - pequena propriedade rural com área agricultável inferior à do módulo fixado para
a respectiva região e tipo de exploração. Vide art. 4º, inciso IV, da Lei Federal nº 4.504/64 e art. 6º,
inciso II, do Decreto Federal nº 55.891/65.
q. Política agrária - é o conjunto de medidas adotadas pelo Estado com o fim de aumentar a
produção agrícola e está prevista no Decreto Federal nº 55.891/65, art. 1º a 25°.
s. Reforma agrária - é o conjunto de medidas que visam a promover melhor distribuição da terra,
mediante modificações no regime de sua posse ou uso, a fim de atender aos princípios de justiça
social e ao aumento de produtividade. Vide art. 1º, § 1º, da Lei Federal nº 4.504, de 30 Nov 64 e art.
187 da CF/1988.
t. Retirada de invasores - é o ato pessoal, se executado de pronto pelo titular, por sua própria
força e na medida suficiente para manter-se ou restituir-se na posse de seu bem (art. 1.210, § 1º,
CC) ou jurídico-formal, quando não possível por si próprio ou por decorrência do vencimento do
prazo legal de um ano e um dia (ação ordinária de reintegração de posse - art. 558 do CPC). Esta
258
modalidade requer ação judicial competente, via procurador qualificado (advogado) e só poderá ser
executada em função de decisão judicial e na presença do Oficial de Justiça, que lerá o mandado de
citação e ordenará aos invasores que se retirem, sob pena de o serem sob vara. Neste caso, o emprego
em força só será cabível se solicitado judicialmente.
u. Requisição de força policial - ordem judicial prevista nos art. 360, III e 782, §2º do CPC e art.
218 do CPP, que visa a garantir a execução de decisão exarada por autoridade judiciária, em apoio
ao Oficial de Justiça executor do Mandado.
v. Trabalhadores rurais – são os indivíduos que trabalham em propriedade rural ou prédio rústico
para empregador rural (atividade agroeconômica). Vide Lei Federal nº 5.889/73 e Decreto Federal
nº 59.428/66, art. 51 e 52.
w. Turbação da posse - é todo o fato impeditivo do livre uso da posse, ou que venha a tornar
obscuro, ou duvidoso, o exercício dela, sendo executado contra a vontade do possuidor, ato este não
apoiado por Lei. Vide Vocabulário Jurídico de Plácido e Silva, Editora Forense, 15ª Edição.
1. PERÍMETRO 1
Destina-se a manter afastados dos perímetros seguintes, através de barreiras policiais, veículos e
pessoas que, pelas suas presenças e atitudes, possam vir a interferir negativamente no desfecho do
evento.
Deve ser instalado a distância tal que não permita a visualização das ações de rotina a serem
desenvolvidas no interior do Perímetro “2” e nas de execução do Perímetro "3".
2. PERÍMETRO 2
Destina-se à instalação do apoio administrativo em profundidade da tropa que executará a
atividade de reintegração de posse. É o perímetro onde são estabelecidas a administração do evento
(ex: local de acampamento da tropa), distante das vistas dos integrantes do Perímetro "3" (onde se
localiza o foco do conflito). Este perímetro busca resguardar também visualmente a tropa do público
259
externo ao evento.
O Comandante da operação deverá adotar medidas para que, na área interna deste nível,
permaneçam, além da tropa envolvida na retirada dos invasores e a autoridade judiciária apoiada,
apenas efetivo extremamente necessário ao êxito da missão.
Na área interna deste nível, deverão permanecer os veículos destinados ao transporte dos
invasores, bem como ambulâncias e demais veículos necessários ao cumprimento da missão.
Todos os recursos humanos e materiais disponíveis no OPM deverão ser empregados
prioritariamente na formação desse nível de isolamento.
Tal nível de isolamento presta-se também à permanência e à instalação das autoridades, ou pessoas
autorizadas.
3. PERÍMETRO 3
É o local devidamente sinalizado onde se encontram as pessoas em situação de conflito. É
também o local onde se desenvolverão as atividades (teatro de operações), durante a execução do
mandado de reintegração de posse. Deve ter uma circunferência bastante limitada, visando a manter-
se o pleno controle do movimento das pessoas e veículos que se encontram em seu interior.
Classificação Sigilosa
Local ___________,RS,
"Cabeçalho” · Em ___/___/____.
Exemplar nº ____, de ___ cópias.
1. MISSÕES
a. Enunciado
b. Ações a realizar
c. Sequência das ações
d. Condições de execução
e. Efetivo necessário
260
1) Orgânico
2) Em reforço
f. Conclusão
b. Outros dados
3) DECISÃO (Conclusão).
261
________________
Cmt do OPM
Classificação Sigilosa
ANEXO “D” DA NOTA DE INSTRUÇÃO Nº 2.24/EMBM/2023
(MODELO DE SINOPSE DE REINTEGRAÇÃO DE POSSE)
1. Comando:
2. OPM:
3. Mandado de Reintegração de Posse n.° ________________ de ____/___/_____
4. Processo n.°
5. Autoridade responsável pelo mandado:
6. Proprietário (autor) da Área invadida:
7. Local:
8. Área (m²):
9. Número de ruas ocupadas:
10. Número de casas:
11. Número de pessoas:
12. Situação socioeconômica:
13. Situação política:
14. Situação psicossocial:
15. Efetivo a ser empregado: Orgânico: Apoio ou Reforço:
16. Indicar data para o cumprimento da reintegração de posse:
17. Outros dados julgados úteis:
___________________
Cmt OPM
262
______________
Cmt OPM
"Cabeçalho"
1. INTRODUÇÃO
2. DESENVOLVIMENTO
a. Data da reintegração:
b. Horário de início:
c. Horário final:
d. Ordem de Serviço nº (encaminhar cópia):
e. Mandado de Reintegração nº : ________________, de _____/_____/_____
f. Processo nº: _____________________
g. Autoridade responsável pelo mandado:
h. Oficial de Justiça:
i. Proprietário:
j. Endereço:
k. Efetivo empregado, discriminado por OPM:
Oficiais Sargentos Soldados Total
l. Meios empregados:
1) Viaturas empregadas
VP-RP TNE TM Total
3. CONCLUSÃO
______________
264
Cmt do OPM
1. FINALIDADE
Regular a atuação da Brigada Militar em ocorrências de Crise classificadas como Incidentes
Policiais Estáticos (como, por exemplo, situações envolvendo com reféns localizados, criminosos
homiziados embarricados, suicidas, indivíduos mentalmente perturbados em ambientes confinados
e vítimas de crime passional sob cárcere privado).
2. BASE LEGAL
a. Constituição Federal de 05 Out 1988;
b. Constituição do Estado do Rio Grande do Sul de 03 Out 1989;
c. Lei Estadual n.º 10.991, de 18 Ago 1997;
d. Portaria SJS 178, de 20 de Ago 1998.
3. EXECUÇÃO
a. Conceitos
1) Crise
Evento ou situação crucial, que exige uma resposta especial da polícia, a fim de assegurar uma
solução aceitável.
Os eventos cruciais regulados nesta Nota de Instrução, por envolverem situações de elevado
risco a vida das partes envolvidas, exigem atuação especial da Brigada Militar. A resposta especial
caracteriza-se pelo emprego de recursos humanos e materiais especializados, os quais empregam
planejamentos (técnicas e táticas) específicos e extraordinárias, visando que a resolução do evento
esteja amparada sob os aspectos da aceitabilidade legal, moral e ética.
A complexidade do atendimento de ocorrências aqui nominadas, em face de se tratarem de
eventos que atentam contra a ordem pública, determina que a Brigada Militar seja detentora da
exclusividade a empregar os recursos para seu atendimento e solução, não se admitindo a
participação, no nível técnico e tático, de pessoas não policiais.
2) Incidente Policial Estático
Eventos que se limitam a um espaço geográfico determinado que, por sua natureza, permitem a
adoção das medidas iniciais de contenção e isolamento pela primeira força policial interventora,
265
Taticamente, o uso da força letal nunca deve ser descartado no planejamento e na execução da
opção tática. Ela deve ser mantida conjuntamente com as técnicas de menor potencial ofensivo,
condicionando o seu uso à decisão operacional da Equipe de Intervenção, com base na reação do
CEC.
c) Tiro de Comprometimento
É a mais segura das Opções Táticas quando a força letal for avaliada para a resolução da Crise,
de modo que a implementação desta alternativa deverá ser sempre estudada anteriormente a Invasão
Tática, ou em combinação com esta.
Como medida de força letal a ser efetivada, o Comandante da Operação deverá obter a
aquiescência do Gabinete de Alta Gestão.
O Tiro de Comprometimento deverá ser executado por Atirador Policial de Precisão – APP.
O APP deve ser um policial integrante do Batalhão de Operações Especiais, formado no Curso
de Especialização em Operações Especiais e também possuidor do Curso de Atirador Policial de
Precisão. O APP deverá estar equipado com fuzil de precisão, com munição e aparelho óptico
tecnicamente designados para a atividade. Na Brigada Militar, somente o BOPE possui este
conjunto: Homem Especializado/Armamento/Munição.
d) Invasão Tática
É a entrada dinâmica realizada pela Equipe de Intervenção Tática, que visa incapacitar o CEC
com técnicas de menor potencial ofensivo ou força letal. Ela poderá ser executada como medida
emergencial (Plano de Emergência), motivada por acontecimentos excepcionais no ponto crítico da
crise ou por ação previamente planejada (regras de engajamento), a qual deverá ter também
aquiescência do Gabinete de Alta Gestão.
Nas ocorrências de refém localizado, suicidas armados, criminosos armados confinados e vítimas
de cárcere privado por razões passionais, o BOPE detém com exclusividade a missão para a
execução das Opções Táticas.
8) Equipe de Negociação
Formada por Policiais Militares especialmente treinados e habilitados a realizarem ou orientarem
processos de negociação com CEC. Tem o objetivo estabelecer um processo dialético com a
implementação de técnicas que estimulem a resolução da crise através de uma opção negociada com
vistas à rendição dos envolvidos e o restabelecimento da ordem pública.
A Equipe de Negociação é constituída por efetivo do BOPE com Curso de Especialização em
Negociação Policial, sendo composta por Chefe de Equipe, Negociador Principal, Negociador
Secundário, Profissional de Saúde Mental e Agente de Inteligência.
Tropa constituída que tem por missão executar as Opções Táticas em cenários de Crise. Em
Incidentes Policiais Estáticos, é integrada por efetivo do BOPE com Curso de Especialização em
Operações Especiais.
ações.
o risco de confronto é alto e eminente. Não deve haver permanência ou circulação de pessoas neste
perímetro, somente aqueles policiais responsáveis pela manutenção da delimitação deste perímetro,
os quais deverão estar devidamente protegidos pelo seu EPI e barreiras físicas.
b) Perímetro Externo:
Área correspondente a permanência das frações e órgãos, bem como suas estruturas, que serão
responsáveis pelas ações diretas e indiretas na resolução da Crise.
Todas as pessoas e órgãos que não farão parte da resolução da crise deverão permanecer fora do
Perímetro Externo.
Os órgãos de imprensa deverão ser devidamente atendidos e orientados a permanecerem fora dos
Perímetros, em um local que congregue todos os órgãos para facilitar a comunicação com o Porta-
Voz, quando da emissão dos boletins informativos periódicos.
4) Estabilizar Crise
São os primeiros contatos com o(s) CEC e estes visam fundamentalmente ao estabelecimento de
uma condição favorável que convirja para tranquilizar o CEC.
Os policiais que iniciarem as conversas não devem adotar qualquer estratégia de negociação ou
barganha que posteriormente resultem em danos irreversíveis. Atitudes como troca de reféns,
entrega de coletes balísticos, fornecimento de remédios e alimentação, cortes de energia e água, etc,
não são permitidas.
Neste mesmo sentido, permitir que não policiais conduzam a conversa com o CEC eleva o risco
da ocorrência, pois elas estarão emotivamente envolvidas (familiares e amigos) ou
descompromissadas com as obrigações da lei, que são atinentes à função policial.
A Negociação propriamente dita (negociação real) deverá ser conduzida e iniciada somente com
a chegada e estabelecimento das Equipes de Negociação, Equipes Táticas e Equipe e Inteligência.
A interlocução realizada pelos policiais militares que atuam na Primeira Intervenção em
ocorrências de Crise consiste no oferecimento da rendição pacífica do CEC, com todas as garantias
de segurança e justo encaminhamento às partes.
Enquanto não haja a manifestação de rendição do CEC, o comandante da operação deve proceder:
a) Acionar o atendimento especializado via canal de comando com vista ao comparecimento do
Batalhão de Operações Especiais - BOPE;
b) Ganhar tempo para acalmar o CEC;
c) Colher através da Agência Local de Inteligência todos os dados dos CEC, reféns, ponto
crítico (local do confinamento) e armas.
d) Solicitar o comparecimento dos apoios de atendimento médico (SAMU ou estrutura
municipal similar);
271
4. PRESCRIÇÕES DIVERSAS
a. No âmbito da Brigada Militar, o BOPE é a única Unidade especificamente constituída para
aplicar as Alternativas Táticas nas ocorrências abrangidas por esta NI;
b. O Batalhão de Aviação - BAV deverá fornecer todo o suporte para o pronto deslocamento do
BOPE nas localidades distantes de Porto Alegre que necessitem de seu pronto emprego;
c. A imprevisibilidade é uma das características da Crise. As ocorrências podem acontecer
inopinadamente e perdurar por elevado decurso de tempo. As especificidades de apoio logístico para
o atendimento destas demandas policiais requer necessidades extraordinárias. Os Departamentos da
BM, em especial o Departamento de Logística e Patrimônio, deverão estar prontos para prestarem
o apoio ao BOPE e ao Comando Regional da área onde a ocorrência tiver em andamento, alcançando
os recursos necessários para a Resolução da Crise;
273
d. À mídia será dado o devido tratamento a que se garanta o direito de imprensa. Para tanto será
designado um local específico aos jornalistas junto ao perímetro de isolamento, porém fora do
perímetro externo, de tal forma que os profissionais não mantenham qualquer tipo de contato com
o CEC ou com os policiais que estão atuando no interior dos perímetros;
e. O Comandante da Operação designará um porta-voz, que preferencialmente tenha conhecimento
da doutrina de gerenciamento de crises, o qual canalizará para a mídia, na forma de coletivas, todas
as informações relativas à crise e necessárias ao conhecimento público, mantendo reserva daquelas
que possam interferir negativamente no processo de gerenciamento da crise.
f. Após o encerramento da ocorrência, o Comandante da Operação produzirá um relatório
circunstanciado da ocorrência com a coleta de todos os registros (depoimentos, fotos, imagens,
áudios, etc. ...) para que sirvam de elementos de estudo e análise operacional.
g. Os comandantes de frações deverão de imediato difundir a presente norma à tropa, podendo se
socorrer de elemento especializado para o aprofundamento;
h. A presente norma revoga a NI 2.26/EMBM/2020 de 05 de maio de 2020.
274
1. FINALIDADE
Regular os procedimentos operacionais dos OPM da Brigada Militar no atendimento de
ocorrências de ameaça de bomba, localização de objetos suspeitos, de artefato explosivo real e local
onde tenha ocorrido uma explosão.
2. BASE LEGAL
a. Constituição Federal, de 05 Out 1988;
b. Constituição do Estado do Rio Grande do Sul, de 03 Out 1989;
c. Lei Complementar estadual n.º 10.991, de 18 Ago 1997 (LOB);
d. Decreto n.º 42.871, de 04 Fev 2004 (RLOB).
3. EXECUÇÃO
a. Conceitos:
1) Explosivo:
Substância ou composto sólido, líquido ou gelatinoso que, mediante uma reação química, se
transforma rápida e violentamente em gás, gerando elevadas pressões (deslocamento de ar) e
temperaturas altíssimas.
2) Bomba:
Artefato explosivo com dispositivo de iniciação, produzido com intuito de causar danos, lesões
ou mortes, de forma voluntária ou não.
3) Artefato Explosivo Regulamentar:
São bombas produzidas de maneira industrial. Possuem dispositivos seguros e regulares de
iniciação e informações técnicas acessíveis através de informativos técnicos e manuais fornecidos
pelos fabricantes. Granadas, minas, morteiros, são alguns exemplos.
4) UXO (Unexploded Ordnance):
Também conceituados pela sigla UXO (Unexploded Ordnance) ou, em tradução livre,
"Engenhos Falhados". São Artefatos Explosivos Regulamentares oriundos de atividades de
adestramento/instrução, via de regra conduzidas por forças policiais ou militares, localizados em
275
áreas sujeitas à Administração Policial Militar ou Militar, como Campos de Instrução, Linhas de
Tiro e Quartéis.
5) Artefato explosivo improvisado (IED):
IED (Improvised Explosive Device) são bombas feitas de forma artesanal, podendo ser
montadas com explosivos regulares ou não. São artefatos que são desconhecidos em sua forma de
iniciação e componentes, o que o torna extremamente perigoso.
6) Simulacro:
Objeto que possui características e semelhanças físicas com uma bomba, mas não contém carga
explosiva.
7) Objeto suspeito:
Objeto encontrado após uma ameaça, que não pertence ao ambiente, não é de ninguém e é
estranha a sua colocação naquele local.
8) EOD (Explosive Ordnance Disposal):
Desativação de Artefatos Explosivos, em tradução livre. Sigla em inglês que dá conta da
atuação do Esquadrão Antibombas, de forma geral, e do Técnico Explosivista Policial, em
particular.
9) Atentado a bomba:
É uma das várias formas de ação do terrorismo ou insurgência. É considerada também a mais
eficiente e mais utilizada, pela facilidade do agente em construir e empregar a bomba, além do efeito
e repercussão causado na população, vindo assim a atingir o objetivo principal que é causar medo e
pânico. O atentado a bomba pode se caracterizar não apenas pela explosão ou localização de uma
bomba, mas também pelas ameaças que causam transtorno em determinado ambiente social.
10) Ameaça de bomba:
É a comunicação direta ou indireta, ou suspeita fundada de existência de uma bomba em
determinado local, gerando um transtorno social e a imediata mobilização policial.
11) Vistoria de Segurança Antibomba:
Ação realizada em instalações, espaços públicos e veículos, decorrente de uma ameaça de bomba
ou por ações preventivas de segurança em eventos que reúnem características que elevam o risco de
atentados a bomba.
12) Localização de artefato explosivo:
É a identificação de um objeto suspeito de ser uma bomba.
13) Técnico Explosivista:
Policial Militar formado em Curso Técnico de Desativação de Artefatos Explosivos,
responsável por aplicar os procedimentos operacionais antibomba em artefatos explosivos
276
(5) Isolar o local, estabelecendo os dois perímetros de segurança (interno e externo), sendo
que o perímetro interno deverá ter, pelo menos, 100 metros de raio em relação ao objeto suspeito;
(6) Acionar o Corpo de Bombeiros e Serviço de Atendimento Médico de Emergência
(SAMU) ou similar, os quais deverão permanecer no perímetro externo;
2) Ocorrências de ameaça de bomba:
a) O primeiro atendente (sala de operações ou guarnição de pol ost) deverá:
(1) Manter-se calmo procurando obter o máximo de dados possíveis e registrando
informações tais como: identificação do comunicante (nome completo e telefone para contato),
sexo, idade e estado emocional do comunicante, motivo da ameaça, localização do artefato, como
foi colocado, quantos existem, que hora vai explodir e outros dados que o comunicante informar;
(2) Orientar para não evacuar o local. É necessário que todos os objetos que estão no local
sejam investigados. Para que isto aconteça com efetividade, as pessoas que são do ambiente devem
lá permanecer para que consigam identificar os objetos que são estranhos ao ambiente;
(3) Acionar a Agência Local de Inteligência (ALI);
b) A guarnição de serviço que comparece no local deverá:
(1) Não evacuar o local;
(2) Realizar a vistoria de segurança juntamente com as pessoas que são daquele ambiente
ameaçado, investigando todos os objetos que estão no local, procurando aqueles objetos que são
estranhos ao ambiente;
(3) Identificando um objeto suspeito, deverá adotar os procedimentos previstos no nº “1)” da
letra “c. Procedimentos”, da presente Nota de Instrução.
3) Ocorrências onde ocorreu explosão:
a) A guarnição de serviço que comparece no local deverá:
(1) Providenciar socorro médico para a(s) vítima(s);
(2) Acionar o Corpo de Bombeiros, em caso de sinistro de incêndio;
(3) Evacuar e Isolar o local;
(4) Acionar a Agência Local de Inteligência – ALI;
(5) Acionar o Cmt do OPM, pelos canais de comando, com o fim de acionar o BOPE;
b) A guarnição do BOPE, deverá:
(1) Realizar vistoria de segurança em ambientes pós explosão, a fim de verificar a presença
de outros artefatos explosivos, assim como apoiar o Instituto Geral de Perícias na execução da
Perícia.
4. PRESCRIÇÕES DIVERSAS
278
a. A evacuação premeditada nas ocorrências de ameaça da bomba, sem uma análise lúcida, gera
pânico e paralisação do local, devendo ser evitada.
b. Para o atendimento de ocorrências de que trata a presente Nota de Instrução, o OPM
especializado que deverá ser acionado é o Batalhão de Operações Policiais Especiais (BOPE).
c. Não deverão ser movimentados do local onde se encontram objetos localizados que suspeita-se
que contenha em seu interior explosivos e/ou identificados como artefatos e explosivos.
d. O Batalhão de Aviação deverá apoiar o BOPE no transporte da Equipe Antibomba para todas as
localidades do Estado.
e. Esta NI entra em vigor a partir de sua publicação em Boletim geral, revogando a NI
2.27/EMBM/2020 publicada no BG nº 067, de 07 de abril de 2020.
279
1. FINALIDADE
Regular o emprego dos principais Instrumentos de Menor Potencial Ofensivo – IMPO, por parte
da Brigada Militar do Estado do Rio Grande do Sul.
2. BASE LEGAL
a. Constituição Federal de 05 outubro de 1988;
b. Constituição do Estado do Rio Grande do Sul de 03 outubro de 1989;
c. Decreto n.º 10.030, de 30 de setembro de 2019 - Aprova o Regulamento de Produtos Controlados;
d. Portaria Interministerial nº 4.226, de 31 de dezembro de 2010 - Estabelece Diretrizes sobre o Uso
da Força pelos Agentes de Segurança Pública;
e. Lei nº 13.060, de 22 de dezembro de 2014 - Disciplina o uso dos instrumentos de menor potencial
ofensivo pelos agentes de segurança pública, em todo o território nacional;
f. Lei nº 13.869 de 05 setembro de 2019 - Dispõe sobre os crimes de abuso de autoridade, altera a
Lei nº 7.960, de 21 de dezembro de 1989, a Lei nº 9.296, de 24 de julho de 1996, a Lei nº 8.069, de
13 de julho de 1990, e a Lei nº 8.906, de 4 de julho de 1994, e revoga a Lei nº 4.898, de 9 de dez de
1965, e dispositivos do Decreto-Lei nº 2.848, de 7 de dez de 1940;
g. Lei nº 9.455 de 07 abril de 1997 - Define os crimes de tortura e dá outras providências.
3. EXECUÇÃO
a. Conceito
Instrumentos de Menor Potencial Ofensivo (IMPO) são aqueles projetados, especificamente, para
conter, debilitar ou incapacitar, temporariamente, as pessoas, visando cumprir os preceitos
validadores do restabelecimento da ordem pública, e simultaneamente, normas nacionais e
internacionais de Direitos Humanos, minimizando ao máximo, os riscos de lesões permanentes e
letalidade.
b. Emprego
Os Instrumentos de Menor Potencial Ofensivo (IMPO) são utilizados para promover uso
diferenciado da força, a dispersão em Operações de Controle de Distúrbios (OCD), ou, para garantir
280
a segurança e integridade da tropa, quando não houver a necessidade de emprego da força letal por
parte dos policiais militares.
c. Munições de Impacto Controlado (MIC) empregadas pela BM
São munições que utilizam a tecnologia física para obter seus resultados, por meio de impacto de
baixa energia cinética, provocando dor, sem causar lesões graves ou morte, desde que usadas
corretamente. É fundamental conhecer cada munição empregada pela BM, em especial quanto as
suas distâncias de segurança, pois isso, aliado ao ponto de impacto, é que vai fazer com que as
munições sejam efetivamente de baixa letalidade. Caracterizam-se pela composição do projetil em
corpo de borracha (elastômero), com ou sem preenchimento interno de outro material menos lesivo
(pó inócuo), destinadas à proteção e segurança da tropa, podendo ser utilizadas tanto na espingarda
calibre 12 Gauge, nos lançadores AM 637/38 e 640 (Condor), ou equivalente. Insta destacar que as
distâncias devem ser respeitadas, pois, disparos em distâncias inferiores às recomendadas
podem ser letais, em contrapartida, disparos em distâncias maiores serão ineficientes.
Quando destinados a dissuadir indivíduos, devem ser efetuados disparos nas pernas evitando a
região genital, evitando-se disparos na linha horizontal ou contra o solo, evitando danos e lesões
indesejadas e ricochetes.
1) Munição de impacto controlado (MIC) AM-403/P (Precision)
Cartucho fabricado pela empresa Condor S.A., composto de estojo de plástico semitransparente,
com base de metal, espoleta de percussão, carga de projeção e 1 projetil de elastômero macio, todo
na cor Amarela, com formato aerodinâmico e saia estabilizadora, visando dar maior precisão ao
disparo em um alvo seletivo, que esteja de alguma forma comprometendo a segurança da tropa.
Desenvolvida para ser disparada através de Espingarda Calibre 12 sem “choke25”, na distância de
20 à 30 metros, medidos entre a saída do cano da arma e o alvo. As munições de impacto controlado
têm sempre seu ponto de impacto nas pernas evitando a região genital.
2) Munição de impacto controlado (MIC) AM-403/PSR (Precision Short Range)
Cartucho fabricado pela empresa Condor S.A., composto de estojo de plástico semitransparente,
com base de metal, espoleta de percussão, carga de projeção e 1 projetil de elastômero macio, todo
na cor Cinza, com formato aerodinâmico e saia estabilizadora, visando dar maior precisão ao
disparo em um alvo seletivo, que esteja de alguma forma comprometendo a segurança da tropa.
Desenvolvida para ser disparada através de Espingarda Calibre 12 sem “choke” na distância de 05
a 20 metros, medidos entre a saída do cano da arma e o alvo. As munições de impacto controlado
têm sempre seu ponto de impacto nas pernas evitando a região genital.
25
É um acessório utilizado na Cal.12 com o objetivo de aumentar a velocidade do disparos e o agrupamento no alvo.
281
indesejadas com sua fragmentação após a deflagração. A granada deve ser lançada manualmente,
mantendo um afastamento de no mínimo 10 (dez) metros dos infratores e da tropa, lembrando que
a uma distância inferior poderá causar danos ou lesões indesejadas.
b) Granada Explosiva Luz e Som (GL-307 Outdoor)
A granada fabricada pela empresa Condor S.A., é um artefato dotado de carga detonante, cujo
efeito sonoro e de luminosidade intensa ofusca a visão dos agressores por alguns segundos,
produzindo um impacto psicológico e fisiológico.
São empregadas para dispersar pessoas em OCD e em ambientes abertos (granadas outdoor).
Geralmente, apresentam-se na forma de invólucro de borracha na cor preta, a fim de evitar lesões
indesejadas com sua fragmentação após a deflagração. A granada deve ser lançada manualmente,
mantendo um afastamento de no mínimo 10 (dez) metros dos infratores e da tropa, lembrando que
a uma distância inferior poderá causar danos ou lesões indesejadas.
c) Granada Explosiva de Efeito Moral (GB-704 Indoor)
A granada fabricada pela empresa Condor S.A. é um artefato dotado de carga detonante, cujo
efeito sonoro obtido, está associada a uma nuvem de pó branco inerte de efeito moral, sem
agressividade química, que produz um impacto psicológico.
São empregadas para dispersar pessoas em OCD e em ambientes fechados (granada indoor).
Geralmente, apresentam-se na forma de invólucro de borracha na cor branca a fim de evitar lesões
indesejadas com sua fragmentação após a deflagração. A granada deve ser lançada manualmente,
mantendo um afastamento de no mínimo 5 (cinco) metros dos infratores e da tropa, lembrando que
a uma distância inferior poderá causar danos ou lesões indesejadas.
d) Granada Explosiva Luz e Som (GB-707 Indoor)
A granada fabricada pela empresa Condor S.A. é um artefato dotado de carga detonante, cujo
efeito sonoro e de luminosidade intensa ofusca a visão dos agressores por alguns segundos,
produzindo um impacto psicológico e fisiológico.
São empregadas para dispersar pessoas em OCD e em ambientes fechados (granada indoor).
Geralmente, apresentam-se na forma de invólucro de borracha na cor preta, a fim de evitar lesões
indesejadas com sua fragmentação após a deflagração. A granada deve ser lançada manualmente,
mantendo um afastamento de no mínimo 5 (cinco) metros dos infratores e da tropa, lembrando que
a uma distância inferior poderá causar danos ou lesões indesejadas.
2) Granadas de Emissão Fumígena Lacrimogênea (CS)
Formam nuvens de agente químico lacrimogêneo a base de Ortoclorobenzilmalononitrilo (CS),
causando efeitos fisiológicos (lacrimejamento intenso e desconforto respiratório) e psicológicos
devido à densidade das nuvens de agente químico lançado no ambiente. Não possuem distância de
283
segurança e são lançadas manualmente. São empregadas para dispersar pessoas em OCD e em
ambientes abertos (granadas outdoor), bastando ao operador (Lançador Manual) observar a direção
e velocidade do vento.
a) Granada de Emissão Fumígena Lacrimogênea (GL-300/T tríplice – Outdoor)
Granada fabricada pela empresa Condor S.A., em corpo de alumínio, pesando 210g e tendo
38.0mm de diâmetro, atua através da intensa geração de fumaça contendo agente lacrimogêneo
(CS), emitida por 3 pastilhas que se distribuem no solo, dificultando a devolução contra a tropa. Os
efeitos produzidos pela emissão da carga fumígena causam, primariamente, efeitos fisiológicos
(lacrimejamento intenso e desconforto respiratório) e, secundariamente, efeitos psicológicos através
das densas nuvens de fumaça produzida pelo acionamento desse artefato. São lançadas
manualmente e empregadas para dispersar pessoas em OCD e em ambientes abertos (granadas
outdoor), bastando ao operador (Lançador Manual) observar a direção e velocidade do vento.
b) Granada de Emissão Fumígena Lacrimogênea (GL-300/TH tríplice hyper – Outdoor)
Granada fabricada pela empresa Condor S.A., em corpo de alumínio, pesando 400g e tendo
58.5mm de diâmetro, atua através da intensa geração de fumaça, contendo agente lacrimogêneo,
emitida por 3 pastilhas que se distribuem no solo, dificultando a devolução contra a tropa. Os efeitos
produzidos pela emissão da carga fumígena causam, primariamente, efeitos fisiológicos
(lacrimejamento intenso e desconforto respiratório) e, secundariamente, efeitos psicológicos através
das densas nuvens de fumaça produzida pelo acionamento desse artefato. São empregadas para
dispersar pessoas em OCD e em ambientes abertos (granadas outdoor), bastando ao operador
(Lançador Manual) observar a direção e velocidade do vento.
c) Granada de Emissão Fumígena Lacrimogêneas (GL-310 - Bailarina – Outdoor)
Granada fabricada pela empresa Condor S.A., que atua por saturação de ambientes, por
intermédio de geração intensa de fumaça lacrimogênea, durante a emissão a granada se movimenta
aleatoriamente, o que amplia a área contaminada e impossibilita a devolução contra a tropa. Os
efeitos produzidos pela emissão da carga fumígena causam, primariamente, efeitos fisiológicos
(lacrimejamento intenso) e, secundariamente, efeitos psicológicos através das densas nuvens de
fumaça produzida pelo acionamento desse artefato. São empregadas para dispersar pessoas em OCD
e em ambientes abertos (granada outdoor), bastando ao operador (Lançador Manual) observar a
direção e velocidade do vento.
3) Granadas Manuais Mistas
São granadas que possuem um efeito PRIMÁRIO (Explosão) e um efeito SECUNDÁRIO
(formação de uma nuvem fumígena lacrimogênea), com o objetivo de causar transtorno psicológico
e fisiológico para direcionar os oponentes até o local desejado pela tropa. Possuem micropartículas
284
A granada fabricada pela empresa Condor S.A. é um artefato dotado de carga detonante (efeito
primário), cujo som obtido, associado a uma nuvem de cristais do agente químico OC que pairam
no ar (efeito secundário), produzindo um efeito psicológico e fisiológico, (ardência e dificuldade
para respirar).
São empregadas para dispersar pessoas em OCD, em ambientes fechados (granadas indoor).
Geralmente, apresentam-se na forma de invólucro de borracha na cor verde a fim de evitar lesões
indesejadas com sua fragmentação após a deflagração. A granada deve ser lançada manualmente
em parábola, mantendo um afastamento de no mínimo de 5 (cinco) metros dos infratores e da tropa,
lembrando que a uma distância inferior poderá causar danos ou lesões indesejadas.
4) Tabela de Granadas Policiais Manuais empregadas pela BM
Conforme anexo “B”.
e. Granadas lançadas por artefato próprio empregadas pela BM
São todas as granadas que necessitam de equipamentos ou armamentos desenvolvidos,
especificamente, para o lançamento desses artefatos, possuindo espoleta externa, idênticas às
existentes em cartuchos de armas de fogo.
1) Granadas lançadas por artefato próprio de emissão fumígena lacrimogênea
São todas as granadas que necessitam de equipamentos ou armamentos desenvolvidos,
especificamente, para o lançamento desses artefatos. Granadas compostas por corpo ou estojo de
alumínio, espoleta de percussão, carga de projeção, e carga lacrimogênea
(Ortoclorobenzilmalononitrilo - CS). Os projetis ou discos são dotados de orifício para a saída da
fumaça contendo o agente químico lacrimogêneo CS. Tem por objetivo atingir alvos distantes, onde
o lançamento de granadas manuais seja inviável operacionalmente.
a) Granada fumígena lacrimogênea lançada por artefato próprio GL-201 Outdoor
Fabricada pela empresa Condor S.A., composta de estojo metálico, com base também de metal,
espoleta de percussão, carga de projeção e 01 projetil de médio alcance contendo CS que após o seu
lançamento emite agente químico por 25 segundos. Desenvolvido para ser disparado através de
lançador Condor AM-637/38 ou AM-640, seu lançamento em um ângulo de 45° tem o alcance
médio de 90 metros.
São empregadas para dispersar pessoas em OCD e em ambientes abertos (granadas outdoor),
bastando ao operador de artefato próprio observar a direção e velocidade do vento. Não é
recomendado o disparo direto nos infratores, pois há risco de danos ou lesões indesejáveis.
b) Granada fumígena lacrimogênea lançada por artefato próprio GL-202 Outdoor
Fabricada pela empresa Condor S.A., composta de estojo metálico, com base também de metal,
espoleta de percussão, carga de projeção e 01 projetil de longo alcance contendo CS que após o seu
286
lançamento emite agente químico por 25 segundos. Desenvolvido para ser disparado através de
lançador Condor AM-637/38 ou AM-640, seu lançamento em um ângulo de 45° tem o alcance
médio de 160 metros, bastando ao operador de artefato próprio observar a direção e velocidade do
vento. Não é recomendado o disparo direto nos infratores, pois há risco de danos ou lesões
indesejáveis.
c) Granada fumígena lacrimogênea lançada por artefato próprio GL-203/T Outdoor
Fabricada pela empresa Condor S.A., composta de estojo metálico, com base também de metal,
espoleta de percussão, carga de projeção e 03 projeteis contendo CS que após o seu lançamento se
separam e cada um emite agente químico por 25 segundos em locais diferenciados. Desenvolvido
para ser disparado através de lançador Condor AM-637/38 ou AM-640, seu lançamento em um
ângulo de 45° tem o alcance médio de 90 metros, bastando ao operador de artefato próprio observar
a direção e velocidade do vento. Não é recomendado o disparo direto aos infratores, risco de danos
ou lesões indesejáveis.
d) Granada fumígena lacrimogênea lançada por artefato próprio GL-203/L Outdoor
Fabricada pela empresa Condor S.A., composta de estojo metálico, com base também de metal,
espoleta de percussão, carga de projeção e 05 projeteis contendo CS que após o seu lançamento se
separam e cada um emite agente químico por 25 segundos em locais diferenciados. Desenvolvido
para ser disparado através de lançador Condor AM-637 ou AM-640, seu lançamento em um ângulo
de 45° tem o alcance médio de 90 metros, bastando ao operador de artefato próprio observar a
direção e velocidade do vento. Não é recomendado o disparo direto aos infratores, risco de danos
ou lesões indesejáveis.
2) Tabela de Granadas Policiais lançadas por artefato próprio empregada pela BM
Conforme anexo “C”.
f. Espargidores de Agentes Químicos Empregados Pela BM
São instrumentos de menor potencial ofensivo, na forma de recipiente (frasco) metálico, ou de
material sintético resistente, que possuem em seu interior, agente químico sob pressão. Empregados
para promover a rápida dispersão (emprego tático coletivo), ou incapacitação imediata do agressor
(emprego tático individual), de acordo com a especificidade do instrumento utilizado e a
recomendação do fabricante, devendo ser respeitado a distância mínima de segurança, pois, em
distâncias inferiores, pode causar danos oculares ao infrator.
1) Espargidor de uso individual incapacitante GL-108/E MINI (ESPUMA)
Fabricado pela empresa Condor S.A., tendo como agente químico a Capsaicina Natural (OC).
Empregado pelo operador em situações onde seja necessária a incapacitação imediata do agressor,
pela individualização do alvo e do jato direcionado. Seu uso é recomendado na parte frontal do rosto
287
do infrator atingindo, principalmente, os olhos, nariz e boca, causando reações fisiológicas como
ardência e dificuldade para respirar. Após a utilização o operador deverá fazer imobilização imediata
do oponente evitando lesões secundárias devido à incapacitação. Sua distância de utilização mínima
é de 1m, podendo atingir até 2m. Possui baixo nível de contaminação ambiental, assim podendo ser
utilizado em ambientes fechados.
2) Espargidor de uso individual incapacitante GL-108/E MED (ESPUMA)
Fabricado pela empresa Condor S.A., tendo como agente químico a Capsaicina Natural (OC).
Empregado pelo operador em situações onde seja necessária a incapacitação imediata do agressor,
pela individualização do alvo e do jato direcionado. Seu uso é recomendado na parte frontal do rosto
do infrator atingindo, principalmente, os olhos, nariz e boca, causando reações fisiológicas como
ardência e dificuldade para respirar, após a utilização o operador deverá fazer imobilização imediata
do oponente evitando lesões secundárias devido à incapacitação. Sua distância de utilização mínima
é de 1 m, podendo atingir até 2m. Possui baixo nível de contaminação ambiental, assim podendo
ser utilizado em ambientes fechados.
3) Espargidor de uso individual incapacitante GL-108/E MAX (ESPUMA)
Fabricado pela empresa Condor S.A., tendo como agente químico a Capsaicina Natural (OC).
Empregado pelo operador em situações onde seja necessária a incapacitação imediata do agressor,
pela individualização do alvo e do jato direcionado. Seu uso é recomendado na parte frontal do rosto
do infrator atingindo, principalmente, os olhos, nariz e boca, causando reações fisiológicas como
ardência e dificuldade para respirar. Após a utilização o operador deverá fazer imobilização imediata
do oponente evitando lesões secundárias devido à incapacitação. Sua distância de utilização mínima
é de 2m podendo atingir até 5m. Possui baixo nível de contaminação ambiental, assim podendo ser
utilizado em ambientes fechados.
4) Espargidor de uso coletivo debilitante GL-108 ADVANTAGE MINI
Fabricado pela empresa Condor S.A., tendo como agente químico a Capsaicina Natural (OC).
Empregados pelo operador em situações onde seja necessária a debilitação dos agressores,
resultando na imediata dispersão. Seu uso é recomendado na parte superior ou diretamente na face
do infrator, assim causando uma contaminação maior nele e no ambiente, gerando diversos efeitos
fisiológicos como ardência e dificuldade para respirar. Utilizado somente em locais abertos, através
de jatos em forma de cone, respeitando as distâncias de segurança mínima de 1m, podendo atingir
até 2m. Possui elevado grau de contaminação ambiental, bastando ao operador verificar a direção e
a velocidade do vento.
5) Espargidor de uso coletivo debilitante GL-108 ADVANTAGE MED
288
Fabricado pela empresa Condor S.A., tendo como agente químico a Capsaicina Natural (OC).
Empregado pelo operador em situações onde seja necessária a debilitação dos agressores, resultando
na imediata dispersão. Seu uso é recomendado na parte superior ou diretamente na face do infrator
assim causando uma contaminação maior nele e no ambiente, causando diversos efeitos fisiológicos
como ardência e dificuldade para respirar. Utilizado somente em locais abertos, através de jatos em
forma de cone, respeitando as distâncias de segurança mínima de 1m, podendo atingir até 2m. Possui
elevado grau de contaminação ambiental, bastando ao operador verificar a direção e a velocidade
do vento.
6) Espargidor de uso coletivo debilitante GL-108 ADVANTAGE MAX
Fabricado pela empresa Condor S.A., tendo como agente químico a Capsaicina Natural (OC).
Empregados pelo operador em situações onde seja necessária a debilitação dos agressores,
resultando na imediata dispersão. Seu uso é recomendado na parte superior ou diretamente a face
do infrator assim causando uma contaminação maior nele e no ambiente, gerando diversos efeitos
fisiológicos como ardência e dificuldade para respirar. Utilizado somente em locais abertos, através
de jatos em forma de cone, respeitando as distâncias de segurança mínima de 2m, podendo atingir
até 5m. Possui elevado grau de contaminação ambiental, bastando ao operador verificar a direção e
a velocidade do vento.
7) Em caso de utilização do espargidor, além da documentação operacional pertinente,
deverá ser preenchido pelo Policial Militar o RELATÓRIO INDIVIDUAL DE UTILIZAÇÃO
DE ESPARGIDOR (Anexo “D”), para homologação do Comandante, Chefe ou Diretor do OPM e
publicação em Boletim Interno, remetendo-se os documentos ao final para arquivo na SSCOR e/ou
correspondente.
8) Tabela de Espargidores de Agentes Químicos Empregados Pela BM
Conforme anexo “D”.
g. Treinamento e Habilitação
Deverão ser elaborados procedimentos de habilitação para o uso de cada tipo de instrumento de
menor potencial ofensivo e que incluam conhecimento teórico e demonstração pratica, conforme
preconiza a Lei nº 13.060/14.
Para utilização de todos os instrumentos de menor potencial ofensivo, o policial militar deverá
ser habilitado em curso ou instrução específica, ministrada por instrutor formado em Curso de
Especialização em Operações de Choque, ou equivalente.
A habilitação de munição de impacto Controlado, pode ser ministrada por instrutor formado em
curso de especialização em operações de choque ou equivalente ou Curso de Instrutor do Uso
Diferenciado da Força e da Arma de Fogo ou equivalente.
289
4. PRESCRIÇÕES DIVERSAS
a. Nenhum policial militar deverá portar instrumento de menor potencial ofensivo para o qual não
esteja devidamente habilitado.
b. Sempre que um novo tipo de IMPO for introduzido na Instituição, deverá ser estabelecido um
módulo de treinamento específico com vistas à sua habilitação.
c. Os instrumentos de menor potencial ofensivo deverão ser armazenados conforme orientação do
fabricante.
d. O policial militar que portar Cal. 12 na função de atirador em Operações de Controle de
Distúrbios, somente utilizará munições de impacto controlado, ficando expressamente vedado a
utilização de munições letais neste tipo de armamento.
e. O policial militar portador de instrumento de menor potencial ofensivo deverá portar armamento
convencional, a fim de que não se perca o potencial defensivo em situações que evoluam para um
risco maior.
f. A presente Nota de Instrução visa cumprir os princípios da administração pública, em especial o
princípio da eficiência. Desta forma busca-se estabelecer, na Brigada Militar, as munições de
impacto controlado que tenham como fator primordial a seletividade, evitando danos/lesões
secundárias indesejáveis.
g. Os IMPO, porventura, não citados nesta Nota de Instrução, devem ser utilizados seguindo as
instruções do fabricante.
h. Esta Nota de Instrução entra em vigor na data de sua publicação, revogando as disposições em
contrário, em especial a NI 2.9/EMBM/2022 de 17 de maio de 2022.
Anexos:
Anexo “A” – Tabela de Munições de Impacto Controlado Empregadas na BM;
Anexo “B” – Tabela de Granadas Policiais Manuais Empregadas Pela BM;
Anexo “C” – Tabela de Granadas Policiais Lançadas por Artefato Próprio Empregada pela BM;
Anexo “D” – Tabela de Espargidores de Agentes Químicos Empregados pela BM;
Anexo “E” – Relatório Individual de Utilização de Espargidor.
290
Data: Horário:
Identificação
Endereço: Nº:
Local
Bairro: Cidade:
Nome: RG:
Data Nascimento: Sexo: ( ) M ( ) F
Endereço: Nº.:
Identificação Bairro: Cidade:
Suspeito Descrever lesões aparentes:
1. FINALIDADE
Regular os procedimentos administrativos e operacionais dos OPM da Brigada Militar, na
prevenção e repressão imediata a ameaças de Agressores Ativos.
2. BASE LEGAL
a. Constituição Federal, de 05 Out 1988;
b. Constituição do Estado do Rio Grande do Sul, de 03 Out 1989;
c. Lei Estadual Complementar n.º 10.991, de 18 Ago 1997 e alterações (LOB);
d. Decreto Estadual n.º 42.871, de 04 fev 2004 e alterações (RLOB);
e. Lei n.º 13.260, de 16 de março de 2016.
3. EXECUÇÃO
a. Conceituação básica
1) Agressor Ativo: Pessoa armada que, de forma deliberada e intencional, usa de ação violenta e
força letal contra vítimas, aleatórias ou não, ou ainda, que tenha usado força física mortal em outras
pessoas em espaços confinados ou outras áreas igualmente ocupadas numerosamente, atuando
isoladamente ou em concurso com outro(s) agressor(es) ativo(s), continuando a fazê-lo ao ter acesso
irrestrito a vítimas adicionais.
b. Medidas Preventivas
1) Cmt OPM, com responsabilidade territorial:
Os Comandantes de OPM deverão orientar o efetivo sob seu comando acerca das medidas a
serem tomadas em caso de ocorrência envolvendo os tipos de agressores descritos nesta nota de
instrução, bem como deverão providenciar, ao efetivo sob sua responsabilidade, treinamento
necessário para o atendimento deste tipo de ocorrência, conforme POP Agressor ativo.
Caberá também aos Cmt OPM, através das suas frações, realizar ações que visem a aproximação
da BM com os segmentos sociais potencialmente vítimas deste tipo de crime, como a comunidade
escolar, shopping centers, cinemas, locais usados para cultos religiosos ou manifestação de
294
pensamento, etc.
As ações visam a interação desses possíveis alvos com Brigada Militar, responsável pela
repressão imediata qualificada, bem como com as representações dos órgãos e entidades, buscando
uma aproximação com o fim construir uma relação mais próxima, criando rede de inteligência,
repassando orientações quanto a segurança perimetral, protocolos e treinamentos com colaboradores
destes grupos, buscando encontrar soluções que previnam atos desta natureza.
2) Nesta seara, seguem ações que deverão ser realizadas pelos Cmt OPM:
a) Comunidade Escolar:
(1) Realizar Reuniões com Direção das Escolas, Professores e Associação de Pais;
(2) Criar uma rede de contatos com a Agência Local de Inteligência e os ME de Frações
Destacadas, através de aplicativos de mensagens como Telegram e WhatsApp, fomentando a
circulação de informações que levem a identificação de ameaças e antecipação aos ataques;
(3) Sugerir protocolos de segurança preventivos, como controle de acesso de pessoas nos
estabelecimentos escolares, instalação de sistema de vídeo monitoramento, vias de evacuação
adicional, reforço de portas e fechaduras, etc;
(4) Criar sistema de protocolo reativo com responsável por acionar a Brigada Militar, reação
dos professores e funcionários, etc;
(5) Fomentar treinamentos simulados com participação da Brigada Militar;
b) Shopping Centers e Cinemas:
(1) Realizar reuniões com as Gerências de Segurança e lojistas;
(2) Criar uma rede de contatos com a Agência Local de Inteligência, através de aplicativos
de mensagens como Telegram e WhatsApp, fomentando a circulação de informações que levem a
identificação de ameaças e antecipação aos ataques.
(3) Sugerir protocolos de segurança preventivos, como: instalação de sistema de vídeo
monitoramento, controle de acesso de pessoas, posicionamento dos agentes de segurança privada,
organização de vias de evacuação, etc;
(4) Criar sistema de protocolo reativo: responsável por acionar BM, reação de agentes de
segurança e lojistas;
(5) Fomentar treinamentos simulados com participação da Brigada Militar;
c) Comunidade Religiosa:
(1) Realizar Reunião com representantes das Comunidades;
(2) Criar uma rede de contatos com a Agência Local de Inteligência e os ME de Frações
Destacadas, através de aplicativos de mensagens como Telegram e WhatsApp fomentando a
circulação de informações que levem a identificação de ameaças e antecipação aos ataques.
295
4. PRESCRIÇÕES DIVERSAS
a. As reuniões deverão ser consignadas em Atas, que deverão ser devidamente arquivadas no P3 do
OPM;
296
b. Os atos propostos e determinados neste expediente não se encerram por si, cabendo a cada
comando de fração assessorar os Comandantes de OPM, buscando soluções que previnam e
mitiguem a ameaça de agressores ativos, além das já descritas nesta nota de instrução;
c. A presente NI revoga a NI 2.31/EMBM/2021 de 07 de desembro de 2021.
1. FINALIDADE
Regular a atividade de saúde física policial militar no âmbito da Brigada Militar.
2. BASE LEGAL
a. Lei n.° 10.990, de 18 de agosto de 1997 - Estatuto dos Servidores Militares da Brigada Militar;
b. Lei n.° 9.696, de 01 de setembro de 1998 - Regula a Profissão de Educação Física;
c. Lei n.° 12.577, de 19 de julho de 2006 - Lei de Promoções dos Oficiais da BM;
d. Lei n.° 12.307, de 08 de julho de 2005 - Dispõe sobre as condições específicas para ingresso na
Brigada Militar, na condição de militar estadual;
e. Portaria n.º 622/EMBM/2015 - Aprova o Manual de Saúde Física da Brigada Militar;
f. Portaria – COTER/C Ex. n.º 117, de 28 de outubro de 2021- Aprova o Manual de Campanha
EB70-MC-10.375 Treinamento Físico Militar, 5ª edição, 2021.
3. EXECUÇÃO
a. Das Conceituações
1) Saúde Física Policial Militar (SFPM): consiste no conjunto de atividades físicas ou
manifestações psicomotoras, realizadas numa intensidade adequada, com a finalidade de produzir
movimentos e ativar, convenientemente, os sistemas neuromuscular, cardiorrespiratório e articular;
2) Saúde Física Policial Militar Especial (SFPME): atividades físicas personalizadas e
especializadas, direcionadas aos Militares Estaduais em “Condição Especial de Saúde”, visando à
melhoria na reabilitação e no treinamento individualizado, baseado nos princípios do treinamento
físico;
3) Teste de Aptidão Física (TAF): conjunto de avaliações físicas, utilizadas para medir a
CAPACIDADE e RESISTÊNCIA ORGÂNICA dos Militares Estaduais em condições normais de
saúde;
297
4) Avaliação Física Especial (AFE): teste ou conjunto de testes físicos, utilizados para medir a
capacidade e resistência orgânica dos Militares Estaduais em condições especiais de saúde.
a) Não se enquadram, nesse caso, os Militares Estaduais em situações de dispensa médica
temporária originada por lesões, cirurgias, debilidades físicas, enfermidades, convalescenças
médicas ou outras situações congêneres. A estes militares, uma vez declarados aptos pela Junta
Médica Policial Militar, será deferido prazo de 30 dias, salvo prescrição médica em contrário, para
recondicionamento físico e treinamento, a fim de serem submetidos a Teste de Aptidão Física
(TAF).
b) Por interesse do próprio Militar Estadual, contudo, a submissão ao TAF poderá ser realizada
antes do prazo aqui previsto.
5) Condição Normal de Saúde (CNS): é a condição de saúde em que o policial militar se
encontra com as FUNÇÕES ORGÂNICAS, FÍSICAS E MENTAIS em situação NORMAL para a
prática de Saúde Física Policial Militar e Avaliação Física regulamentares na Corporação,
estabelecida após inspeção de saúde ordinária do Departamento de Saúde.
6) Condição Especial de Saúde (CES): é a condição de saúde em que o policial militar encontra-
se com as funções orgânicas, físicas e/ou mentais com restrições à prática da Saúde Física Policial
Militar e ao Teste de Aptidão Física regulamentares na Corporação, caracterizada por disfunções ou
sequelas de caráter não transitório e devidamente comprovadas por histórico médico em seus
assentamentos ou ficha sanitária, estabelecida após inspeção de saúde do Departamento de Saúde.
7) Não se enquadram nesse caso as situações de dispensa médica temporária originada por lesões,
cirurgias, debilidades físicas, enfermidades, convalescenças médicas ou outras situações
congêneres.
8) Instrutor de Saúde Física Policial Militar (ISFPM): OFICIAL OU PRAÇA da Corporação,
possuidor de Cursos na área de Educação Física ou Saúde Física Policial Militar, encarregado de
ministrar as atividades de Saúde Física Policial Militar na Instituição.
a) A nomeação do Instrutor em Boletim Interno já deverá conter a designação de dois suplentes
a fim de substituir eventuais afastamentos ou impedimentos do titular.
9) Comissão Permanente de Pesquisa e Avaliação Física (COPPAFI): nomeada, no mínimo,
anualmente em Boletim Geral, composta por Oficiais e Praças da Corporação, possuidores de
Cursos na área de Educação Física ou Saúde Física Policial Militar, com a finalidade de realizar
estudos e pesquisas, bem como aplicar as Avaliações Físicas na Corporação.
10) Banca Examinadora (BE): Grupo nomeado, temporariamente, com a finalidade de aplicar
Avaliação Física a candidatos de concurso público para ingresso na Corporação ou de processo
seletivo interno.
298
a) A Banca será composta por 3 ou mais Oficiais e/ou Praças, todos integrantes da COPPAFI, os
quais não poderão participar dos testes;
b) O Presidente da Banca, obrigatoriamente, deverá ter precedência hierárquica em relação aos
avaliados;
c) O avaliador, preferencialmente, deverá ter precedência hierárquica em relação aos avaliados.
11) Coordenador Regional ou Departamental de Saúde Física Policial Militar (CRSFPM):
Oficial QOEM mais antigo integrante da COPPAFI, pertencente ao Comando Regional ou
Departamento, nomeado pelo Comandante/Diretor, para fins de planejamento, coordenação e
orientação da Saúde Física Policial Militar dos OPM subordinados.
a) Caso o Comando ou Departamento não possua Oficial do QOEM membro da COPPAFI, o
Coordenador será o Chefe da 3ª Seção (P3) ou da Divisão correspondente;
b) No Comando/Departamento em que o Coordenador Regional ou Departamental de Saúde
Física Policial Militar não for Membro da COPPAFI, este deverá ser designado para receber
orientação da COPPAFI, junto à EsEF/BM, a respeito das atividades de Saúde Física Policial
Militar;
c) O planejamento a ser elaborado pela Coordenação Regional deverá abranger, além de questões
de ordem, a sequência de atividades físicas a serem orientadas e realizadas durante a sessão de
SFPM, em consonância com os Planos de Sessão previstos no Manual de SFPM.
12) Setor de Saúde Física (SSF): setor ou esfera de atuação da Saúde Física Policial Militar
previsto na estrutura da 3ª Seção (P3) de cada OPM, até o nível de Batalhão, destinado à
coordenação e ao controle das atividades de SFPM.
13) Sessão de Saúde Física Policial Militar (SSFPM): é o período destinado à instrução de Saúde
Física Policial Militar. Deverá ser composta por condicionamento AERÓBICO, trabalho
MUSCULAR GENERALIZADO OU LOCALIZADO, ALONGAMENTO, RELAXAMENTO e
podendo, ao final, haver previsão para práticas desportivas e/ou palestras relativas à área de saúde
física.
b. Da Instrução de Saúde Física Policial Militar
1) Objetivos:
a) Desenvolver, aprimorar e manter as valências físicas individuais em níveis compatíveis
necessários para o exercício da missão policial militar;
b) Melhorar a qualidade de vida dos recursos humanos da Brigada Militar, através da atividade
física regular, como promoção da melhoria do indivíduo;
c) Recuperar a integridade física dos componentes da Corporação em condições especiais de
saúde;
299
de Saúde (IBS) ou Inspeção Anual de Saúde (IAS) dentro do período de validade, segundo as
normas de Saúde da BM;
4) A aplicação do TAF ou AFE ocorrerá num único dia;
5) Nos casos de concurso público de ingresso na Brigada Militar ou processo seletivo interno,
os testes serão aplicados uma única vez, não havendo possibilidade de se repetir o exercício em caso
de reprovação;
6) Também serão aplicados uma única vez os testes realizados como requisito para ingresso no
quadro de acesso para promoção, não havendo possibilidade de se repetir o teste;
7) Os testes mencionados nos itens 5 e 6 poderão ser filmados como forma de comprovação dos
procedimentos realizados, conforme previsão editalícia, cabendo somente à Brigada Militar a gestão
das imagens reproduzidas. As imagens serão armazenadas em disco rígido na EsEF-BM ou em
nuvem;
8) Os locais de aplicação dos testes deverão obedecer às seguintes condições mínimas de
instalação:
a) Teste da Barra - em barra fixa paralela ao solo, com até 5 cm de diâmetro;
b) Teste de Apoio - em piso plano, sólido e seco;
c) Teste Abdominal (remador) - em piso plano, devendo sempre utilizar colchonete ou similar,
visando amortecer o contato da coluna com o solo;
d) Teste de Corrida - em piso plano e sólido, sem qualquer inclinação ou obstáculo, podendo ser
em pista atlética ou circuito devidamente demarcado em metros.
9) Antes do início dos testes, são necessários a confirmação e registro da idade do avaliado, bem
como a demonstração de cada exercício por parte do avaliador, descrevendo suas particularidades,
conforme anexo “A”.
10) Os candidatos ou avaliados deverão realizar a prova correspondente à sua idade, no que se
refere ao exercício de flexão de braço (na barra ou no solo).
e. Da Pontuação Do TAF:
1) A pontuação dos testes que compõem o TAF obedecerá à Tabela Única de Avaliação,
conforme Anexo “C”, sendo que a pontuação máxima nos testes de Barra, Apoio e Abdominal será
de 75 pontos, e no teste da Corrida, 150 pontos, independentemente dos índices atingidos pelo
candidato ou avaliado.
2) Nos casos de concursos ou processo seletivo interno, o candidato que obtiver pontuação
ZERO em qualquer um dos testes, estará automaticamente REPROVADO, não realizando os testes
seguintes.
3) Na necessidade de vincular a pontuação final a um "Conceito", será observada a seguinte
303
conceituação/classificação:
a) INSUFICIENTE até 150 pontos
b) REGULAR de 151 a 210 pontos
c) BOM de 211 a 254 pontos
d) MUITO BOM de 255 a 299 pontos
e) EXCELENTE 300 pontos
4) Nos casos de Avaliações em Cursos, o TAF deverá ser aplicado na modalidade de TC (Teste
Corrente), podendo, ou não, ser aplicado também como TE (Tarefa de Estudo), devendo a pontuação
final ser convertida em nota (valor decimal) pelo sistema de Regra de Três, observadas as
prescrições seguintes:
a) Deverão ser asseguradas as mesmas condições de avaliação (barra, pista e solo) para todas as
turmas;
b) Deverá ser observada a mesma Banca Examinadora em cada escola ou polo de ensino.
5) Por ocasião do Edital, nos casos de concurso Público ou processo seletivo interno, a
pontuação mínima para a aprovação a ser alcançada pelos candidatos será estipulada de acordo com
a natureza do curso, como forma de definir o correto perfil dos candidatos a frequentá-lo, não
podendo ser inferior a 211 (duzentos e onze) pontos, correspondentes ao Conceito “BOM”.
6) Na transformação dos índices obtidos no teste de Corrida, em pontuação da tabela, DEVERÁ
haver a interpolação dos pontos quando não alcançada uma distância exata já mensurada,
observando-se as seguintes particularidades:
a) Os índices atingidos que não apareçam na sequência da tabela, deverão ser considerados
normalmente, sendo projetados na grade de pontos de acordo com a faixa etária, limitando-se à
pontuação máxima da prova;
b) A interpolação (projeção oculta dos dados na tabela) deverá ser considerada tanto nas colunas
dos índices, quanto nas colunas de pontos, onde, por meio de uma projeção linear horizontal,
estabelecem-se os numerais intermediários não impressos na tabela.
f. Da Ata De Exame Físico:
1) No momento da realização de concursos e processo seletivo interno, a Banca Examinadora
deverá confeccionar a ATA DE EXAME FÍSICO, observando as seguintes orientações:
a) Deverá ser descritiva e ininterrupta, sem espaços ou linhas em branco, podendo, em casos de
um grande número de avaliados, apresentar a relação nominal em forma de colunas, constando a
identificação do avaliado e os resultados em pontos e conceito;
b) Deverá ser assinada sua última folha e rubricadas as demais, no mínimo pelo Presidente e pelo
Secretário da Banca Avaliadora, porém, no texto de abertura da Ata, deverão constar TODOS os
integrantes da Banca;
c) Na Ata de Exame Físico, os nomes serão distribuídos na seguinte classificação:
304
4. PRESCRIÇÕES DIVERSAS
a. Nos casos de concurso ou processo seletivo interno, a Banca Examinadora deverá receber a Ata
de Inspeção de Saúde para conferir se os candidatos foram considerados APTOS nesta fase anterior
do certame;
b. Os casos de recursos administrativos ou judiciais referentes ao exame físico deverão ser
encaminhados oficialmente ao órgão regulador do certame, ao qual caberá decidir sobre os
procedimentos a serem adotados;
c. Nos casos da aplicação das Avaliações Físicas em cumprimento de recursos administrativos ou
judiciais, a Banca Examinadora deverá confeccionar uma “ATA DE EXAME FÍSICO, EM GRAU
DE RECURSO”;
d. Na aplicação das Avaliações Físicas, a Banca Examinadora deverá preencher o documento do
Anexo “C” da presente Nota de Instrução – GRADE DE RESULTADOS, documento padrão, e que
deverá ser arquivado juntamente com a Ata correspondente;
e. Nos casos do TAF, cada candidato ou avaliado, através da Tabela Única do TAF, deverá ter
conhecimento dos índices necessários à sua aprovação ou classificação, não constituindo atribuição
da Banca Examinadora fornecer tais índices durante a aplicação da avaliação;
f. Aplicam-se aos Militares Estaduais temporários as disposições da presente Nota de Instrução no
que se refere às instruções de Saúde Física Policial Militar e do Teste de Aptidão Física (TAF)
ordinários;
g. Na aplicação das Avaliações Físicas, o Presidente da Banca Examinadora deverá seguir o
protocolo de sequência de atos, conforme Anexo “B” da presente Nota de Instrução;
h. A Banca Examinadora deverá obedecer rigorosamente aos horários previstos para os testes,
publicados em Edital ou Boletim Interno, não permitindo que candidatos atrasados participem, sob
pena de gerar recursos administrativos ou judiciais por parte de qualquer outro candidato que se
sentir prejudicado;
i. Os Militares Estaduais deverão apresentar-se para os testes devidamente uniformizados,
conforme prevê o Regulamento de Uniformes da Brigada Militar;
305
j. Até a adequação do SIGBM pelo Departamento de Informática para inclusão dos dados, os OPMs
deverão manter em arquivo o resultado das avaliações, remetendo cópia via correio eletrônico para
a DE/EsEF-BM, a qual definirá modelo de planilha ou relatório para fins de padronização;
k. A nomeação de instrutores de Saúde Física Policial Militar para os cursos regulares da
Corporação deverá incidir em membros da COPPAFI;
l. Em regiões que não houver membro da COPPAFI, os Comandantes de OPM deverão solicitar
indicação ao respectivo CRPO e este, em caso de necessidade, reportar-se-á diretamente à
EsEF/BM;
m. Nos casos da aplicação das Avaliações Físicas em Época Especial, deverá ser confeccionada
uma “ATA DE EXAME FÍSICO, EM ÉPOCA ESPECIAL”;
Esta Nota de Instrução entra em vigor na data de sua publicação, revogadas as disposições em
contrário, especialmente a Nota de Instrução 3.3/EMBM/2021, de 22 de novembro de 2021.
Anexos:
Anexo “A” – Descrição dos Exercícios do TAF;
Anexo “B” – Sequência de Atos da Banca Avaliadora;
Anexo “C” – Grade de Resultados;
Anexo “D” – Avaliação Física Especial – AFE;
Anexo “E” – Tabela de Avaliação Física.
4) Não será computada a contagem do movimento interrompido por ocasião da soltura da barra,
antes de completar a total extensão dos braços no retorno à posição inicial.
d. Contagem: a contagem será validada e computada a cada vez que o candidato completar o
movimento nos padrões acima citados, retornando à posição inicial.
b. Execução: Após a avaliada estar em posição para iniciar a modalidade, será retirado o apoio,
permitindo-se a flexão dos joelhos, momento em que será acionado o cronômetro, iniciando-se a
avaliação. A avaliada deverá utilizar força máxima dos membros superiores, a fim de manter-se
suspensa durante o maior tempo possível, com o queixo acima do nível da barra, sem tocá-la. O
cronômetro será travado quando a avaliada sair da posição do queixo acima do nível da barra ou
encostá-lo na barra, ou ainda encostar os pés nos postes de sustentação. Não são permitidos
movimentos de flexão e extensão dos membros superiores e inferiores (pedalada), dos quadris e
extensão da coluna cervical como formas de auxiliar na execução da modalidade.
estiver paralelo ao solo, acima da linha da barra. Não será permitido o uso de acessórios pela
avaliada para realizar a modalidade.
d. Contagem: será pontuado o tempo em que a avaliada conseguir manter-se com o queixo acima
do nível da barra, desde que também cumpra os demais procedimentos acima descritos.
a. Posição Inicial: o avaliado coloca-se deitado em decúbito dorsal com os membros inferiores
estendidos paralelamente e os membros superiores estendidos, também, paralelamente; porém,
acima da cabeça, com o dorso das mãos tocando o solo;
(d) Flexão e extensão de cotovelos, com apoio de frente sobre o solo, apoiando os joelhos
sobre o solo, para mulheres com 36 anos ou mais de idade.
3) Teste de milha (1.609m).
c. Para Militares Estaduais com PROBLEMAS NA COLUNA VERTEBRAL:
Teste de milha (1.609 m).
d. Para Militares Estaduais com PROBLEMAS CARDÍACOS:
1) Teste ergométrico, na esteira ou bicicleta, monitorizado eletrocardiograficamente e com
acompanhamento médico;
2) Critérios para aprovação – parecer médico após análise do resultado obtido no teste, no qual
deverão ser esclarecidas as limitações impostas ao avaliado, bem como sua aptidão ou não para o
desempenho da atividade visada.
e. Para Militares Estaduais com LESÕES EM MEMBROS SUPERIORES E MEMBROS
INFERIORES:
1) Resistência abdominal – teste abdominal;
2) Teste de milha (1.609 m).
f. Para Militares Estaduais com LESÃO NOS MEMBROS INFERIORES E PROBLEMAS NA
COLUNA VERTEBRAL:
Teste de milha (1.609 m).
g. Para Militares Estaduais com LESÕES EM MEMBROS SUPERIORES E PROBLEMAS NA
COLUNA VERTEBRAL:
Teste de milha (1.609 m).
3. Conceituação e Pontuação
a. Para composição da conceituação e pontuação, quando o avaliado executar somente dois
exercícios, a fórmula se dará a partir do resultado do exercício abdominal ou apoio de frente sobre
o solo ou flexão na barra, conforme faixa etária, multiplicado por dois e somado a pontuação do
teste de resistência aeróbica ou milha;
b. Quando for aplicado unicamente o teste de VO2Máx, a pontuação alcançada deverá ser
multiplicada por dois.
4. Protocolo para aplicação dos testes
a. Teste ergométrico na bicicleta ou esteira monitorizado eletrocardiograficamente: deverá ser
realizado com acompanhamento médico e devido a sua complexidade e à necessidade de
observância de preceitos técnicos que garantam total segurança ao avaliado. Deverá ser realizado
somente em laboratório de esforço dotado de todos os recursos necessários, em princípio, nos
Hospitais da Brigada Militar, que farão o atendimento mediante agendamento prévio.
313
VO2Máx = 132,853 – (0,0796 x PC) – (0,3877 x idade) + (6,315 x sexo) – (3,2649 x T) – (0,1565
x FC)
5. Prescrições diversas:
O Militar Estadual que não conseguir realizar corretamente os testes previstos para sua AFE em
razão de limitações físicas decorrentes de suas lesões deverá ser encaminhado para nova avaliação
médica.
314
PONTUAÇÃO
NÍVEIS TEMPO Isometria Isometria
(em segundos) Feminina até Feminina de
27 anos 28 à 35 anos
12 39”00 75 ---
11 37”00 70 ---
10 35”00 65 75
09 32”00 60 70
08 29”00 55 65
07 26”00 50 60
06 23”00 45 55
05 20”00 40 50
04 17”00 35 45
03 13”00 30 40
02 09”00 25 35
01 05”00 20 30
PRESCRIÇÕES DIVERSAS:
1) A interpolação ocorrerá somente no teste de "Cooper". No que se refere ao teste de
abdominal, para a quantidade de repetições que não encontra referência na tabela, considera-se a
pontuação relacionada ao índice imediatamente anterior.
316
1. FINALIDADE
Estabelecer procedimentos referentes ao desenvolvimento do Programa Educacional de
Resistência às Drogas e à Violência (PROERD).
2. BASE LEGAL
a. Constituição Federal, de 05 de outubro de 1988;
b. Constituição do Estado do Rio Grande do Sul, de 03 de outubro de 1989;
c. Lei n.º 9.394, de 20 de dezembro de 1996 (Estabelece as diretrizes e bases da educação nacional);
d. Lei Federal n.º 11.343, de 23 de agosto de 2006 (Institui o Sistema Nacional de Políticas Públicas
sobre Drogas - Sisnad; prescreve medidas para prevenção do uso indevido, atenção e reinserção
social de usuários e dependentes de drogas; estabelece normas para repressão à produção não
autorizada e ao tráfico ilícito de drogas; define crimes e dá outras providências);
e. Lei Estadual n.º 10.990, de 18 de agosto de 1997 (Dispõe sobre o Estatuto dos Servidores
Militares da Brigada Militar do Estado do Rio Grande do Sul e dá outras providências);
f. Lei Estadual n.º 10.991, de 18 de agosto de 1997 (Dispõe sobre a Organização Básica da Brigada
Militar do Estado e dá outras providências);
g. Lei Estadual n.º 11.444, de 18 de janeiro de 2000 (Cria a campanha estadual permanente de
combate à violência nas instituições de ensino do Estado do Rio Grande do Sul, e dá outras
providências);
h. Lei Estadual n.° 13.468, de 15 de junho de 2010 (Institui o Programa Educacional de Resistência
às Drogas e à Violência − PROERD no âmbito do Estado do Rio Grande do Sul e dá outras
providências);
i. Lei Estadual n.° 13.707, de 06 de abril de 2011 (Institui o Sistema Estadual de Políticas Públicas
sobre Drogas – SEPPED −, o Conselho Estadual de Políticas Públicas sobre Drogas, o Fundo
Estadual sobre Drogas – FUNED − e o Departamento Estadual de Políticas Públicas sobre Drogas
– DEPPAD −, vinculado à Secretaria da Justiça e dos Direitos Humanos, e dá outras providências);
j. Lei Estadual nº 15.108, de 11 de janeiro de 2018 (Dispõe sobre o Programa “Mais Efetivo” e dá
outras providências);
k. Decreto Federal n.º 5.912, de 27 de setembro de 2006 (Regulamenta a lei n.° 11.343, de 23 de
agosto de 2006, que trata das políticas públicas sobre drogas e da instituição do sistema nacional de
políticas públicas sobre drogas - SISNAD, e dá outras providências);
317
l. Resolução n.° 25, de 20 de dezembro de 2002 – CONAD - DOU nº 248 (Define Parceiro
Estratégico para as ações de Prevenção Primária, no âmbito do Sistema Nacional Antidrogas –
SISNAD);
m. Procedimentos Internacionais definidos pelo D.A.R.E. International.
3. EXECUÇÃO
a. Conceito: O PROERD, baseado no programa internacional D.A.R.E. (Drug Abuse Resistance
Education), que no Brasil é organizado pela Câmara Técnica Nacional, vinculada ao Conselho
Nacional de Comandantes-Gerais, tem o objetivo de ensinar habilidades para tomada de boas
decisões aos estudantes da rede escolar gaúcha, para ajudá-los a conduzir suas vidas de maneira
segura e saudável, através da aplicação de todos os currículos desenvolvidos pelo D.A.R.E.
Internacional por policiais devidamente habilitados.
b. Objetivos específicos:
1) Proporcionar e solidificar ferramentas de proteção às comunidades escolares para valorização
da vida, contribuindo para uma cultura de paz e para a construção de uma sociedade mais íntegra e
saudável;
2) Desenvolver habilidades de tomada de decisão segura, saudável e responsável nos alunos,
através da aplicação dos currículos D.A.R.E. Internacional;
3) Prevenir a criminalidade, uma vez que boa parte dos crimes são relacionados direta ou
indiretamente ao uso de drogas e à violência;
4) Fortalecer a imagem da Brigada Militar através do policiamento ostensivo preventivo nas
escolas, uma vez que o trabalho com crianças e adolescentes na comunidade desmistifica a imagem
de uma polícia apenas repressora.
c. Estrutura:
1) Coordenação Estadual:
a) Conceito: órgão vinculado ao Departamento de Ensino e com subordinação ao Estado-Maior
da Brigada Militar, cujas atribuições incluem fiscalização e controle do padrão e da qualidade do
desenvolvimento do programa junto ao Centro de Treinamento Estadual e de acordo com as normas
específicas da Corporação e com as especificações técnicas previstas pelo D.A.R.E. Internacional.
b) Responsabilidades:
(1) Planejar os cursos de formação de instrutores e de mentores, as capacitações anuais de
atualização curricular e o seminário estadual;
(2) Interagir com o Estado-Maior da Brigada Militar sempre que houver necessidade de
comunicações e/ou convocações destinadas aos Comandos Regionais;
318
(3) Manter banco de dados atualizado com as informações da execução do programa a partir
dos dados lançados pelos Comandos Regionais;
(4) Adquirir, controlar e distribuir os materiais didáticos e de divulgação do programa aos
Comandos Regionais;
(5) Expedir orientações aos Comandos Regionais no que se refere à padronização do material
de divulgação do PROERD;
(6) Divulgar em nível estadual, com suporte da Comunicação Social da Brigada Militar, os
trabalhos desenvolvidos no Estado para que sejam divulgados no site da Brigada Militar, bem como
nas redes sociais institucionais;
(7) Manter contato com o Departamento de Informática a fim de adotar providências para
melhoria e atualização do SisPROERD.
2) Centro de Treinamento:
a) Conceito: órgão vinculado administrativa e operacionalmente ao Departamento de Ensino,
devendo seguir as normas e procedimentos estabelecidos pelo D.A.R.E. Internacional nº 03-01, em
decorrência das responsabilidades legais que detém por ser reconhecido como um dos centros de
treinamento no Brasil.
b) Responsabilidades:
(1) Executar os cursos de formação de instrutores e de mentores e, as capacitações anuais de
atualização curricular (Seminário estadual), conforme planejamento da Coordenação Estadual e
Departamento de Ensino e autorização do Estado-Maior da Brigada Militar;
(2) Manter atualizados os materiais didáticos em conformidade com os padrões do D.A.R.E.
International, bem como das diretrizes curriculares e pedagógicas que regulam a Educação Básica
Nacional;
(3) Promover e definir as alterações no material didático pedagógico a ser utilizado no
programa, de acordo com as alterações do D.A.R.E. International;
(4) Desenvolver pesquisas para serem aplicadas após o encerramento de cada currículo
PROERD junto à comunidade escolar (alunos, professores e responsáveis) para avaliação e
desempenho do Programa;
(5) Analisar as informações das visitas técnicas realizadas aos instrutores do programa, para
avaliação da aplicação e fidelidade ao Programa e produzir relatório à Coordenação Estadual;
(6) Propor à Coordenação Estadual o cronograma de capacitações anuais de atualização
curricular, com a metodologia e os conteúdos a serem desenvolvidos, considerando os dados
extraídos do relatório das visitas técnicas.
319
3) Coordenações Regionais:
a) Conceito: órgãos vinculados aos respectivos Comandos Regionais, com subordinação técnica
ao Departamento de Ensino/Coordenação Estadual do PROERD e subordinação operacional ao
Estado-Maior da Brigada Militar.
b) Responsabilidades:
(1) Determinar a inserção de dados do programa no SisPROERD;
(2) Planejar a execução do programa ao longo do ano letivo em três ciclos de formação como
forma de potencializar a aplicação em 50%;
(3) Prover os meios necessários para desenvolvimento do programa na respectiva área;
(4) Cumprir a meta estabelecida pelo Comando da Corporação;
(5) Supervisionar a aplicação do programa dentro dos padrões estabelecidos pela
Coordenação Estadual e D.A.R.E. Internacional, através da previsão das visitas técnicas dos
mentores aos instrutores;
(6) Divulgar as ações realizadas através da respectiva comunicação social, encaminhando à
Coordenação Estadual material fotográfico e releases para a ampla divulgação;
(7) Reunir todos os instrutores da área, no início e no final do ano letivo, como forma de
planejar e avaliar os resultados atingidos.
4) Câmara Técnica:
a) Conceito: órgão de assessoramento da Coordenação Estadual para deliberações afetas às
revisões/atualizações curriculares e cursos de formação, composto pelos mentores e pedagogos do
Centro de Treinamento.
b) Responsabilidades:
(1) Emitir parecer quando solicitado pela Coordenação Estadual quanto às atualizações
curriculares e propostas de revisão ao D.A.R.E. Internacional;
(2) Analisar os resultados das visitas técnicas e emitir orientações aos instrutores e mentores,
através da Coordenação Estadual.
d. Formações e atualizações
1) Curso de Formação de Instrutores PROERD (CFIP): o curso será desenvolvido para Policiais
Militares que preencham os requisitos exigidos na seleção, com duração de 110 horas-aula,
divididas em duas semanas, com 12 horas-aula por dia, em dedicação exclusiva, habilitando os
candidatos para aplicação dos currículos da Educação Infantil, Ensino Fundamental e Ensino Médio,
obedecendo as previsões dos Procedimentos Internacionais do D.A.R.E. International.
a) Seleção:
320
(1) O Policial Militar a ser selecionado para frequentar o CFIP deve preencher os
seguintes requisitos:
(a) Ser voluntário;
(b) Ter, no mínimo, 02 (dois) anos de serviço em atividade-fim da Corporação, devendo
casos excepcionais serem analisados pelo Diretor de Ensino, mediante proposição do Cmt do (a)
Policial Militar;
(c) Estar classificado, no mínimo, no comportamento “Bom”;
(d) Não estar respondendo a processo civil ou militar e nem a inquérito, na condição de
indiciado em delitos incompatíveis com a ética policial militar, com o sentimento do dever, da
dignidade militar, do brio e do decoro de classe;
(e) Não ser usuário de fumo, dependente de álcool e outras drogas;
(f) Ser Oficial ou Praça;
(g) Ser indicado pelo Comando do OPM, com assessoramento da equipe de Mentores e
Instrutores da unidade;
(h) Participar de seleção organizada pelo Departamento de Ensino através da Coordenação
Estadual.
b) Execução:
(1) O CFIP será executado por uma equipe de capacitação constituída de integrantes da
Câmara Técnica, conforme os procedimentos D.A.R.E. Internacional, devendo ser constituída
obrigatoriamente por um facilitador, um pedagogo e mentores;
(2) A proporção de candidatos a instrutor, por Mentor, não deverá ultrapassar o número de 6
(seis);
c) Desligamentos:
(1) O desligamento do candidato a instrutor do CFIP ocorrerá quando:
(2) A proporção de candidatos a mentor, por facilitador, não deverá ultrapassar o número de
6 (seis);
c) Desligamentos:
(1) O desligamento do candidato a mentor do CFMP ocorrerá quando:
322
(1) Deverão participar os policiais militares que tenham desenvolvido quaisquer dos
currículos PROERD no ano anterior à capacitação e os policiais militares integrantes da Câmara
Técnica.
b) Execução:
(1) A capacitação será planejada pela Coordenação Estadual do PROERD/Departamento de
Ensino, autorizada pelo Estado-Maior da Brigada Militar e executada pelo Centro de Treinamento;
(2) Os integrantes da Câmara Técnica, devidamente atualizados, comporão a equipe de
multiplicadores das atualizações curriculares;
(3) Os policiais militares deverão ser organizados em equipes, aos moldes dos Procedimentos
D.A.R.E. Internacional previstos para os CFIP e CFMP, mantendo o padrão de salas de microensino
para possibilitar a difusão da metodologia em nível aceitável de interação e estudos dos materiais;
(4) Os conteúdos abordados na capacitação serão, obrigatoriamente, os constantes dos
Manuais de mentor e de instrutor, conforme os Procedimentos do D.A.R.E. Internacional vigentes.
c) Aplicação do Programa:
O PROERD possui seis currículos vigentes e que podem ser aplicados pelos instrutores,
conforme a sua habilitação nos cursos de formação de instrutores, com duração e conteúdos
conforme estabelecidos no manual do instrutor PROERD:
(a) Currículo Educação Infantil: deve ser executado em até 30 minutos, a alunos de até 6
anos, em oito encontros com a utilização de cartazes;
(b) Currículo Séries Iniciais: deve ser executado entre 30 e 45 minutos, a alunos de até 8
anos, com a utilização de anexos ao manual do instrutor em quatro encontros;
(c) Currículo 5º Ano: deve ser executado em 45 minutos, a alunos de 09 a 11 anos,
utilizando como apoio o livro do estudante do 5º ano, slides e vídeos, em dez encontros;
(d) Currículo 7º ano: deve ser executado em 45 minutos, a alunos de 12 a 14 anos, utilizando
como apoio o livro do estudante do 7º ano e livro do dever de casa, slides e vídeos, em dez encontros;
(e) Currículo Ensino Médio: deve ser executado em 45 minutos, a alunos de 15 a 17 anos,
preferencialmente no 1º Ano, utilizando o livro do estudante do Ensino Médio, slides e vídeo como
material de apoio;
(f) Currículo PROERD Pais: deve ser executado em até duas horas, a adultos, utilizando
livro do estudante e slides e vídeos como material de apoio, em quatro encontros;
(g) Lições suplementares: os currículos do 5º e 7º Anos do Ensino Fundamental e Ensino
Médio, possuem palestras suplementares sobre cigarro eletrônico, prevenção ao suicídio e uso
seguro de internet, podendo ser desenvolvidas em complementação aos currículos, conforme
324
4. PRESCRIÇÕES DIVERSAS
a. O Policial instrutor PROERD representa a corporação de forma muito próxima, sendo uma
referência social perante a comunidade escolar. Desta forma os Comandantes ou Chefes Imediatos
deverão propiciar as melhores condições para que esta representação ocorra da melhor forma
possível.
b. As metas do programa serão estabelecidas pelo Estado-Maior da Brigada Militar no mês de
dezembro de cada ano.
c. Com o intuito de proporcionar a formação continuada e atender a demanda da necessidade de ter
Policiais com formação de Instrutor do PROERD, o Centro de Treinamento deverá providenciar na
tramitação de processo administrativo para autorizar a realização de, pelo menos, 04 (quatro) cursos
de formação por ano.
d. A designação da função de Coordenador Estadual do PROERD será realizada pelo Diretor de
Ensino a oficial QOEM que possua Curso de Formação de Instrutores PROERD e publicada em
Boletim Geral.
e. A designação dos Coordenadores Regionais será realizada pelos respectivos Comandantes
Regionais, entre oficiais QOEM que possuam Curso de Formação de Instrutores PROERD e/ou
sejam chefe do P3 (CRPO e OPM) e publicada em Boletim Interno, com cópia à Coordenação
Estadual do PROERD.
Anexos:
Anexo “A” – Modelo de Protocolo de Intenções
Anexo “B” – Roteiro da formatura dos Instrutores do PROERD
Anexo “C” – Roteiro da formatura dos alunos do PROERD
Anexo “D” – Planilhas de Escolas Atendidas
Anexo “E” – Cadastro de Escolas interessadas em receber o PROERD
Anexo “F” – Prestação de Contas de Verbas Recebidas por Parceiros
Anexo “G” – Controle de Presença em Sala de Aula
Anexo “H” – Modelo descritivo Medalha PROERD
328
PROTOCOLO DE INTENÇÕES
Considerando:
A responsabilidade constitucional do Estado em prevenir o uso abusivo de drogas entre seus
escolares através do desenvolvimento de Programas de Prevenção nas escolas.
O PROERD consiste em um Programa de parceria entre a Brigada Militar do Estado de Rio
Grande do Sul e a Secretaria Estadual de Educação, devendo haver uma união de esforços a fim de
que o PROERD tenha êxito nas escolas.
Cláusula Primeira:
Do Objeto
O presente protocolo tem por objetivo a conjugação de esforços no sentido de desenvolver um
sistema de parceria com vista a aplicação do PROERD na escola.
Cláusula Segunda:
Das Áreas de Atuação
As áreas de atuação abrangidas por este Protocolo são as seguintes:
I) Provimento de Recursos Humanos e materiais para:
a) Aplicação efetiva do Programa pelo Policial Militar;
b) Materiais Didáticos necessários.
c) Apoio e material para a formatura.
Cláusula Terceira:
Da Execução
1) Recursos Humanos
329
a) A Brigada Militar, deverá fornecer o Instrutor que desenvolverá as lições do Programa que
apresentará o cronograma de aulas previamente para a análise da direção da escola, que uma vez
aprovado, deverá ser respeitado por ambas as partes.
b) A escola interessada deverá manter o professor em sala de aula para auxiliar o Instrutor
PROERD.
2) Material Didático
a) O fornecimento do material didático a ser utilizado em sala de aula, a princípio deverá ser
alvo de acordo entre as Secretarias, não restando obrigatoriedade à Escola no fornecimento (ou
obrigatoriedade se caso for assim acordado, valendo lembrar que em hipótese alguma o custo deve
ser repassado à criança), a menos que tal medida seja condição única para aplicação do Programa
por insuficiência de meios.
b) Para a realização da formatura, cabe a escola a preparação do local, decoração se for o caso,
preenchimento dos certificados e organização da apresentação cultural dos alunos.
Cláusula Quarta:
Da Vigência
O Presente Protocolo terá um semestre, a partir da data de sua assinatura podendo ser prorrogado
automaticamente até o limite de igual período, se não houver manifestação em contrário por um dos
partícipes.
Cláusula Quinta:
Da Alteração
O Presente Protocolo poderá ser alterado, mediante termos específicos, tendo em vista a
conveniência e interesse dos partícipes.
Cláusula Sexta:
Dos Casos Omissos
Os casos omissos que surgirem na vigência deste acordo serão solucionados por consenso dos
partícipes, em termo aditivo.
E por estarem de acordo firmam o presente Protocolo de Intenções em 03 (três) vias de igual
teor na presença das testemunhas abaixo assinadas.
Local/Data
_______________________
Cmt do OPM
_______________________
Diretor(a)
_______________________
Vice – Diretor(a)
330
Convidamos as seguintes Autoridades para fazerem a entrega dos Certificados aos policiais
militares anunciados.
7. Homenagens
Incluir as homenagens dos formandos, escolas, alunos e pais se houver.
8. Discursos
Uso da palavra.
9. Discurso da mais alta autoridade.
Fará uso da Palavra a mais alta autoridade presente.
10. Canto da canção do PROERD
Convidamos os formandos, alunos, autoridades e convidados para, de pé, cantarem a canção
do PROERD. Letra e Música: 3º Sgt Coutinho da PM do Rio de Janeiro.
331
11. Encerramento:
O Comandante do _______________________________, agradece a presença das digníssimas
autoridades e convidados declarando encerrada a presente cerimônia.
o número de lugares:
A direção da escola poderá incluir atividades como: apresentação por parte dos formandos,
grupos de dança, teatro, etc.
6. Entrega dos certificados e prêmios para os alunos que tiveram suas redações classificadas
em 1º, 2º e 3º lugares:
Tema proposto aos alunos: “ Como viver de forma saudável e não usar drogas”
Solicitamos aos alunos que tiverem seus nomes mencionados que se dirijam a mesa de honra
7. Entrega da premiação e certificado para o aluno que teve sua redação classificada em 1º lugar.
9. Homenagens
Incluir, caso houverem, homenagens por parte da Escola, professores ou alunos.
Id. Func.
Comando Unidade Post/Grad Nome do Instrutor Do Telefone E-mail Atuação Motivo
Instrutor
OPM:___________________________________________________________________
Nome do Estabelecimento: ______________________________________________
Endereço:______________________________________________________________
Nome do Diretora (o) ___________________________________________________
Endereço: _____________________________________Fone: ___________________
Nome da Vice-diretora (o) _______________________________________________
Endereço: _____________________________________Fone: ___________________
Município:______________________________________________________________
Previsão para atendimento: Mês/Ano ___________________________________
Meios audiovisuais existentes na Escola:
Data : ______/______/________
Município: ___________________
CRPO:____________________
OPM: ______________________
_______________
336
____________________________
Cmt OPM/Fração
ANEXO “G” DA NOTA DE INSTRUÇÃO Nº 3.6/EMBM/2023
(RELATÓRIO DE CONTROLE DE PRESENÇA EM SALA DE AULA)
ASSINATURA RUBRICA
AULA DATA HORÁRIO NOME DO PROFESSOR NOME DO PM
PROFESSOR PM
1
2
3
4
5
6
7
8
9
10
________________________________
ASSINATURA DO CMT IMEDIATO
ANEXO “H” DA NOTA DE INSTRUÇÃO Nº 3.6/EMBM/2023
(MODELO DESCRITIVO MEDALHA PROERD)