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POLÍCIA MILITAR DO ESTADO DE SERGIPE

MANUAL DE PROCESSOS E PROCEDIMENTOS


ADMINISTRATIVOS DA PMSE

TC QOPM CLEDYVAN SIQUEIRA DOS SANTOS


- 2022 –

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CAPA
CB PM GRACE ANE SOARES BASTOS

REVISÃO
MAJ QOPM LEONARDO DIAS DE CARVALHO JUNIOR
MAJ QOPM DAYSE LINHARES DOS SANTOS

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Sumário

1. Atestado de origem- Portaria Normativa nº 31 de 27 de outubro de 2015,


regulamenta as normas para confecção de Atestado de Origem no âmbito da Polícia
Militar do Estado de Sergipe...............................................................................................06
1.1 Anexos....................................................................................................................14

2. Auto de prisão em flagrante- Portaria nº 004/02- GCG de 30 de abril de 2002,


aprova as normas para Elaboração do Auto de Prisão em Flagrante de Crime de Natureza
Militar..................................................................................................................................17
2.1 Anexos....................................................................................................................26
2.2 Instrução Normativa nº 002/2021-CORREG, publicada no BI nº 011, de 30 de
setembro de 2021- Instrui acerca dos cuidados na divulgação de dados durante a
realização do APF...............................................................................................................50

3. CEDM/SE- Lei Complementar nº 291 de 21 de agosto de 2017, dispõe sobre o


Código de Ética e Disciplina do Militares do Estado de Sergipe........................................53
3.1 Instruções Complementares e Modelo- Portaria Normativa nº 060/2017- GCG de
31 de agosto de 2017.........................................................................................................90
3.2 Cartilha de orientação do Processo Administrativo Disciplinar–PAD–
procedimentos preliminares, processuais e pós-processuais..........................................112

4. Conselho de disciplina- Lei nº. 2.310 de 12 de dezembro de 1980, dispõe sobre o


Conselho de Disciplina da Polícia Militar do Estado de Sergipe......................................170

5. Conselho de justificação- Lei nº 2.395 de 22 de outubro de 1982, dispõe sobre o


Conselho de Justificação na Polícia Militar do Estado de Sergipe...................................179

6. IPM- Portaria nº 14/2022-GCG, de 18 de fevereiro de 2022, aprovar as diretrizes para


elaboração de Inquérito Policial Militar no âmbito da Polícia Militar do Estado de
Sergipe..............................................................................................................................187
6.1 Instrução Normativa nº 001/2021-CORREG, publicada no BI nº 011, de 30 de
setembro de 2021- Instrui sobre a execução do depoimento sem dano..........................196

7. ISO- NTPMEx - Normas Técnicas sobre Perícias Médicas no Exército, aprovadas


pela Portaria n° 247- DGP de 07 outubro de 2009, alterada pelas Portaria nº 133- DGP de
29 junho de 2010, Separata ao BE nº 26 de 02 de julho 2010 e pela Portaria nº 211- DGP
de 06 outubro de 2010......................................................................................................199
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8. Inquérito técnico- Separata n° 2 ao BE nº 27/2002, Normas Administrativas Relativas
à Manutenção (NARMNT), Inquérito Técnico, Brasília - DF, 05 de julho de 2002...........212
8.1 Anexos..................................................................................................................218

9. PAAE (Procedimento Administrativo de Apuração Especial) - Portaria nº 007/01-


GCG de 12 de dezembro de 2001, aprova as normas para elaboração de Procedimento
Administrativo de Apuração Especial...............................................................................223
9.1 Anexos..................................................................................................................234
9.2 PAB (PROCESSO ADMINISTRATIVO PARA APURAÇÃO DO ATO DE
BRAVURA) - Instrução Normativa nº 04/2018-GCG de 10 de outubro de 2018..............247
9.3 Pensão Especial- Lei nº 2.154 de 15 de maio de 1978, dispõe sobre a concessão
de Pensão Especial a dependentes de policiais militares do Estado de Sergipe.............254
9.4 Pensão Especial- Decreto nº 4.149 de 06 de outubro de 1978, regulamenta a
concessão de Pensão Especial aos dependentes de policiais militares falecidos em
serviço...............................................................................................................................256

10. PIP (Procedimento de Investigação Preliminar) - Portaria Normativa nº 012/2019-


GCG de 23 de dezembro de 2019, regulamenta o Procedimento de Investigação
Preliminar no Âmbito da PMSE........................................................................................258
10.1 Anexos................................................................................................................266

11. Sindicância- Instrução Normativa nº 003/2020-GCG de 30 de abril de 2020,


estabelece as normas para elaboração de Sindicância na PMSE...................................272
11.1 Anexos................................................................................................................284

12. Termo de Deserção- Portaria nº 002/01- GCG de 17 de outubro de 2001, aprova as


normas para elaboração do Termo de Deserção.............................................................306
12.1 Anexos................................................................................................................315

13. Referências................................................................................................................354

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ATESTADO DE ORIGEM

PORTARIA NORMATIVA Nº 31 DE 27 DE
OUTUBRO DE 2015.

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Portaria Normativa nº 31, de 27 de outubro de 2015.

Regulamenta as normas para confecção de


Atestado de Origem no âmbito da Polícia Militar
do Estado de Sergipe, e dá outras
providências.

O COMANDANTE GERAL DA POLÍCIA MILITAR DO ESTADO DE SERGIPE, no uso


das atribuições conferidas pela legislação policial militar, especialmente o disposto no art.
4º, §1º do art. 5º e alínea “a”, inciso III do art. 10 da Lei nº 3.669, de 07 de novembro de
1995.
Considerando a necessidade de fixar normas de padronização para a confecção de
Atestado de Origem decorrente de acidentes envolvendo Policiais Militares da Ativa no
âmbito da PMSE.

RESOLVE:
Aprovar a presente Norma nos seguintes termos:

CAPITULO I
PROCEDIMENTOS PRELIMINARES À CONFECÇÃO DO ATESTADO DE ORIGEM

Art. 1º - Atestado de Origem é o processo administrativo militar, que visa documentar as


lesões consequentes de acidentes ocorridos durante o serviço, ou em decorrência deste,
que possam originar incapacidades físicas temporárias ou permanentes aos integrantes
da Policia Militar do Estado de Sergipe.
Parágrafo Único: Aplica-se o disposto neste artigo aos militares em formação, e aos da
reserva quando revertidos ao serviço ativo, exceto na reversão para serviço ativo
mediante aceitação voluntária.
Art. 2º - Ao tomar conhecimento através de qualquer meio de comunicação idônea de
acidente envolvendo Policial Militar de sua subordinação, o Chefe ou Comandante da
unidade ou subunidade a que o acidentado estiver subordinado deverá:
§ 1º - Determinar a um oficial de sua subordinação para que proceda a uma investigação
sumária, no âmbito de sua unidade ou subunidade adotando as seguintes medidas:
I - dirigir-se ao local do acidente, quando possível, e fazer lavrar declaração constando o
endereço exato e completo onde ocorreu, e quando em via pública, informar o seu
sentido;

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II - fazer descrição pormenorizada dos danos materiais e físicos acometidos em
decorrência do acidente, bem como, arrolar todas as testemunhas presenciais, relatando
as informações do ocorrido presenciadas por estas, necessárias à elucidação dos fatos;
III - tomar por termo de inquirição as testemunhas referenciadas apresentadas pelo
acidentado com o objetivo de colher informações de circunstâncias do acidente, e lesões
sofridas;
IV - fazer registro fotográfico do local do acidente e do acidentado, quando possível,
fazendo juntada aos autos do referido procedimento;
V - juntar aos autos cópia da escala de serviço do dia do acidente, ou da ordem de
serviço, com o confere com o original por quem de direito, onde conste escalado o
acidentado;
VI - juntar a presente investigação sumária cópia da documentação médica referente aos
atendimentos ambulatoriais e baixas hospitalares decorrentes do acidente, principalmente
as do dia do fato;
VII - quando o acidente ocorrer durante o cumprimento de ordem verbal, juntar a
investigação sumária à declaração da autoridade militar que determinou a missão, a qual
deve constar o local, dia, horário e finalidade desta, bem como, ouvindo em termo de
declaração o militar responsável pela ordem verbal com a finalidade de apurar se a
mesma feriu princípios legais administrativos ou em lei especifica.
§ 2º - Ao final da investigação sumária, o oficial responsável deverá emitir um relatório
pormenorizado com todas as provas colhidas:
I - havendo entendimento que o acidente se deu em decorrência de ato de serviço deverá
justificar em uma das situações do Art. 3º das Normas de Confecção de Atestado de
Origem;
II - entendendo que o acidente não se deu em decorrência de ato de serviço, ou
resultante de crime, imprudência, desídia, imperícia ou transgressão disciplinar por parte
do acidentado ou de subordinado seu, com sua aquiescência ou não, conforme Parágrafo
Único do Art. 3º destas normas, não será lavrado o Atestado de Origem, sendo relatado
de forma fundamentada, sendo os autos da investigação remetidos conclusos à
Corregedoria Geral da PMSE, para que após analise legal, seja o relatório final publicado
em Boletim Geral Ostensivo, remetendo os autos da investigação para a PM/1 que
determinará o arquivamento nos Assentamentos Individuais do militar acidentado,
inclusive no de sua unidade militar.
§ 3º - Ao concluir a investigação sumária como sendo decorrente de acidente em serviço,
deverá o encarregado deste, iniciar a lavratura do atestado de origem.

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CAPITULO II
NORMAS PARA CONFECÇÃO DE ATESTADO DE ORIGEM

Art. 3º - O Atestado de Origem servirá para comprovar que o Acidente em Serviço ocorreu
em uma das seguintes situações:
I - no exercício de suas atribuições funcionais, durante o expediente normal, ou quando,
prévia e formalmente, determinado por autoridade competente, em sua prorrogação ou
antecipação;
II - no cumprimento de ordem emanada de autoridade militar competente;
III - no decurso de viagem em objeto de serviço, prevista em regulamento ou, prévia e
formalmente, autorizada por autoridade militar competente, em Ordem de Serviço, Boletim
Geral Ostensivo ou Boletim Interno da Unidade Militar;
IV - durante as instruções militares nos cursos de formações, quando do ingresso da
PMSE;
V - no decurso de viagem imposta por motivo de movimentação efetuada no interesse do
serviço, ou a pedido, entre a origem e o destino; e
VI - se foi no deslocamento entre a sua residência e a unidade em que serve ou o local de
trabalho, ou naquele em que sua missão deva ter início ou prosseguimento, e vice-versa,
deverá:
a) Observar a relação de espaço e tempo; o itinerário percorrido pelo militar entre sua
residência e o local de trabalho e vice-versa; e, em dias sem expediente, se o militar
estava escalado de serviço;
b) Verificar ainda, o local declarado como residência em planos de chamadas de suas
unidades, e/ou controle funcional junto à 1ª Seção do EMG.
Parágrafo Único: Não serão considerados acidentes em serviço, aqueles que forem
resultantes de crime, imprudência, desídia, imperícia ou transgressão disciplinar por parte
do acidentado ou de subordinado seu, com sua aquiescência.
Art. 4º - O Atestado de Origem é constituído das seguintes partes essenciais: Prova
Testemunhal, Prova Técnica, Prova de Autenticidade, Inspeção de Saúde de Controle e
Exame de Sanidade de Acidentado em Ato de Serviço, conforme modelo constante do
"Anexo A"

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CAPITULO III
DAS PROVAS

Da Prova Testemunhal
Art. 5º - A Prova Testemunhal será lavrada pelo encarregado da Investigação Sumária, e
deverá ser assinada por duas testemunhas presenciais, que tenham conhecimento com
exatidão dos fatos presenciados, tais como local, data, hora, circunstâncias que cercaram
o acidente.
Parágrafo Único: Caso não existam testemunhas presenciais, excepcionalmente,
valorizar-se-á a prova testemunhal referenciada constante na Investigação Sumária,
conforme inciso III do § 1º do Art. 2º da presente regulamentação, a qual segue anexada
ao Atestado de Origem.

Da Prova Técnica
Art. 6º - A Prova Técnica será confeccionada pelo médico militar que primeiro atender ao
acidentado, através de uma descrição objetiva e detalhada das lesões ou perturbações
mórbidas resultantes do acidente referido na investigação sumária, tal como se fora um
exame de integridade física, levando em consideração todo e qualquer ficha, laudo e/ou
diagnóstico médico do atendimento clinico do acidentado, e caso seja necessário, a
solicitação de exames complementares.
Parágrafo Único: Se o acidentado for socorrido e atendido por médico civil,
permanecendo internado em Organização Civil de Saúde (OCS) ou sendo encaminhado
para tratamento domiciliar, e não existir médico militar na localidade, deverá o
comandante, chefe ou diretor a que estiver subordinado o acidentado, autorizar a
expedição da Prova Técnica pelo médico civil.
Art. 7º - Confeccionado a Prova Testemunhal e a Prova Técnica, deverá o encarregado,
encaminhar todo o processado, em ordem cronológica e numerado, inclusive fazendo
acostar os autos da investigação sumária, ao subcomandante ou subchefe da unidade ou
subunidade a que o militar acidentado for subordinado para que o mesmo emita a Prova
de Autenticidade.

Da Prova de Autenticidade
Art. 8º - A Prova de Autenticidade é confeccionada e assinada pelo subcomandante ou
subchefe da unidade ou subunidade a que o militar acidentado for subordinado, o qual
deverá reconhecer como autênticas as firmas das testemunhas e do médico; informar a
natureza do serviço em que o acidentado exercia no momento do incidente; e declarar

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que não houve, por parte do acidentado, imprudência, desídia, imperícia, prática de
transgressão disciplinar ou crime militar, e se necessário, determinar ao encarregado a
complementação dos autos no que faltar.
§ 1º - Concordando com a investigação sumária e com tudo o que até aquele momento foi
produzido, deverá ser feita a juntada da autenticidade aos autos, encaminhando o
processo ao Comandante ou Chefe da unidade militar a que o militar acidentado for
subordinado para fins de homologação;
§ 2º - Havendo homologação, o Comandante ou Chefe da unidade militar a que o militar
acidentado for subordinado, deverá encaminhar todo o procedimento através de ofício ao
Corregedor Geral da PMSE, realizando o mesmo procedimento caso discorde, seguido da
devida justificativa.
Art. 9º - Recebido os autos, caberá a Corregedoria Geral da PMSE a verificação das
formalidades legais, devendo o Corregedor Geral determinar diligências necessárias ao
saneamento formal legal do Atestado de Origem, atribuindo prazo não superior ao
constante no Art. 11 desta, e uma vez estando dentro das formalidades legais, deverá
encaminhar todo o processado para o Comandante Geral da PMSE, o qual determinará a
publicação em Boletim Geral Ostensivo da Prova Testemunhal, Prova Técnica e Prova de
Autenticidade com o devido Visto do comandante da unidade ou subunidade e enviará
todo o processo para que o PM/1 faça cópia do mesmo e junte ao prontuário do militar
acidentado, remetendo em seguida o processo original ao Diretor do Hospital da Polícia
Militar para que a o Serviço de Perícias Médicas da PMSE faça juntada a seu prontuário
médico e proceda a Inspeção de Saúde de Controle.

CAPITULO IV
DA INSPEÇÃO DE SAÚDE DE CONTROLE

Art. 10 - A Inspeção de Saúde de Controle será procedida pelo Serviço de Perícias


Médicas da PMSE, podendo se dar na vigência do tratamento, por determinação do
Comandante Geral da PMSE, a qual iniciará a confecção de certidão, constando
inicialmente, o diagnóstico por extenso, e o parecer da relação de causa e efeito que
possa existir entre as lesões encontradas e as constantes no documento da Prova
Técnica, devendo quando da alta médica do militar acidentado, ser expedida a certidão,
acrescido da descrição dos procedimentos médico-hospitalares realizados, citando se o
paciente recebeu alta curado, ou com tratamento em andamento, complementando o
diagnostico, caso necessário, encaminhando esta para publicação em Boletim Geral
Ostensivo.

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§ 1º - Caso o acidentado encontre-se baixado em uma Unidade Civil de Saúde ou em
tratamento domiciliar, impossibilitado de se locomover, deverá o Serviço de Perícias
Médicas da PMSE se deslocar ao local onde o acidentado estiver para proceder a
Inspeção de Saúde de Controle, devendo, da mesma forma, o fazer quando da finalização
da Certidão de Inspeção de Saúde Militar, a partir do dia de sua alta hospitalar, caso
perdure sua impossibilidade de locomoção;
§ 2º - Quando ocorrer o falecimento do acidentado antes da realização da Inspeção de
Saúde de Controle, esta será substituída pelo Auto de Exame Cadavérico ou pelo Laudo
de Necropsia, realizado por médico legista.

CAPITULO V
DOS PRAZOS

Art. 11 - O Atestado de Origem deverá ser confeccionado no prazo de 15 (quinze) dias,


contados da data de conhecimento do acidente, prorrogável por igual período pelo
Corregedor Geral da PMSE, quando as circunstâncias assim o exigirem, sendo citada
prorrogação publicada em Boletim Geral Ostensivo (BGO).
Parágrafo Único: A Certidão da Inspeção de Saúde de Controle será expedida até o 5º
(quinto) dia útil do recebimento da alta, e caso o paciente permaneça internado, seguira o
mesmo prazo, a contar do dia de sua alta médica.

CAPITULO VI
DAS DISPOSIÇÕES FINAIS

Art. 12 - Finalizado o Atestado de Origem, deverá o Hospital da Polícia Militar anexar o


processo original nos assentamentos médicos individuais do Policial Militar, expedindo
cópia completa e fidedigna do processo, e encaminhá-la para a 1ª Seção do EMG para
fazer constar dos Assentamentos Individuais do Policial Militar Acidentado e publicar todo
o processo em Boletim Geral Ostensivo, para que o Comando imediato do militar
acidentado faça o devido controle em ficha.
Parágrafo Único: Será disponibilizada ao Policial Militar Acidentado, cópia do processo
mediante requerimento de sua lavra, junto ao Diretor do Hospital da PMSE.
Art. 13 - Caberá ao Militar Acidentado ou seu Procurador Legal comunicar o acidente,
solicitando a expedição do Atestado de Origem, a ser realizado conforme presente norma,
até o 3º (terceiro) dia após o prazo constante no Art. 11 desta, caso não tenha sido feito.

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Art. 14 - Os casos omissos serão resolvidos pelo Comandante-Geral da Polícia Militar do
Estado de Sergipe.
Art. 15 - Esta Portaria entrará em vigor na data de sua publicação, revogando-se todas as
disposições em contrário.

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ANEXO I – Dos Modelos Documentais do Atestado de Origem

POLÍCIA MILITAR DO ESTADO DE SERGIPE


(GRANDE COMANDO OU SUBORDINAÇÃO)

(UNIDADE)

ATESTADO DE ORIGEM nº 001 / 2015


(número e ano aferido e controlado pela unidade militar)

PROVA TESTEMUNHAL

Eu, 1º Ten QOPM Fulano de tal (indicar posto/quadro e nome do encarregado), (Rg e
CPF) e abaixo assinados, atestamos que o (posto/quadro e nome do policial militar
acidentado), (Rg e CPF), servindo na (identificar a unidade ou subunidade a que o policial
militar acidentado estiver classificado), sofreu acidente durante (identificar se durante o
serviço ordinário ou extraordinário, ou em folga), às (indicar o horário) horas do dia
(indicar a data completa, dd/mm/aa), o qual ocorreu da seguinte forma: (fazer um relato
de como se deu o acidente, fazendo menção ao serviço militar realizado, ou o ato que
realizava durante a folga).

8º BPCom em Aracaju/SE, ___ / __ / 2015.


(indicar a unidade e sua localidade, seguido da data completa, dd/mm/aa).
________________________________________________________________
1º Ten QOPM Fulano de tal – 1ª Cia / 8º BPCom
(posto/quadro e nome – unidade ou subunidade do encarregado)
(ENCARREGADO)
________________________________________________________________
1º Sgt QPMP-0 Fulano de tal – CPF, ou Fulano de tal - CPF
(nome - CPF, se for civil; posto ou graduação/quadro e nome - CPF, se for militar)
(1ª TESTEMUNHA)
_______________________________________________________________
Cb QPMP-0 Fulano de tal – CPF, ou Fulano de tal - CPF
(nome - CPF, se for civil; posto ou graduação/quadro e nome - CPF, se for militar)
(2ª TESTEMUNHA)

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POLÍCIA MILITAR DO ESTADO DE SERGIPE
(GRANDE COMANDO OU SUBORDINAÇÃO)

(UNIDADE)

PROVA TÉCNICA

Eu, Oficial QOSPM Fulano de tal (indicar posto/quadro, nome do médico, nº de registro
profissional médico, Rg e CPF), desempenhando o serviço de (indicar a função que
exerce e o local hospitalar), realizei atendimento no Sd QPMP-0 Fulano de tal (indicar
posto ou graduação/quadro, nome, Rg e CPF), classificado na (indicar a unidade ou
subunidade a que o acidentado for classificado), às ___ h ___ min (indicar o horário) do
dia __ / ___ / 2015 (indicar data completa dd/mm/aa), foi vítima de acidente conforme
consta da prova testemunhal, sendo verificadas as seguintes lesões ou perturbações
mórbidas resultantes do acidente: (descrever as lesões ou perturbações mórbidas no
momento dos primeiros socorros médicos)

HPM em Aracaju/SE, ___ / __ / 2015.


(indicar a unidade hospitalar e sua localidade, seguido da data completa, dd/mm/aa)

________________________________________________________________
1º Ten QOSPM Fulano de tal (posto/quadro e nome)
(MÉDICO PLANTONISTA)

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POLÍCIA MILITAR DO ESTADO DE SERGIPE
(GRANDE COMANDO OU SUBORDINAÇÃO)

(UNIDADE)

PROVA DE AUTENTICIDADE

Eu, Cap QOPM Fulano de tal (indicar posto/quadro e nome, Rg e CPF) Subcomandante
do 8º BPCom (indicar a função subcomandante ou subchefe que exerce na Unidade),
declaro que reconheço como verdadeiras as firmas das testemunhas Fulano de tal e
Beltrano de tal (indicar as duas testemunhas conforme consta na Prova Testemunhal),
bem como do médico 1º Tem QOSPM Fulano de tal (indicar o nome do médico conforme
consta da Prova Técnica), e que (acrescentar, caso necessário, outras informações
relativas à autenticidade que julgar pertinentes).

8º BPCom em Aracaju/SE, ___ / __ / 2015.


(indicar a unidade militar e sua localidade, seguido da data completa, dd/mm/aa)
______________________________________________________________
Cap QOPM Fulano de tal (posto/quadro e nome)
Subcomandante do 8º BPCom (indicar a função que exerce na unidade)

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POLÍCIA MILITAR DO ESTADO DE SERGIPE
(GRANDE COMANDO OU SUBORDINAÇÃO)

(UNIDADE)

INSPEÇÃO DE SAÚDE DE CONTROLE

O Serviço de Perícias Médicas da PMSE, composta pelos Oficiais QOSPM Fulano de tal;
Beltrano de tal; e Cicrano de tal (indicar posto/quadro, nome e função que exerce no
serviço de perícias médicas), declara que inspecionou o Sd QPMP-0 Fulano de tal (indicar
posto ou graduação/quadro e nome do policial militar acidentado), (Rg e CPF) aferindo o
seguinte resultado:
DIAGNÓSTICO: (indicar o diagnostico médico do policial militar acidentado por extenso)
PARECER: (indicar a relação de causa e efeito que possa existir entre as lesões
encontradas e as condições mórbidas e possível doença adquirida em ato de serviço ou
consequente do acidente em serviço ou durante o serviço).

HPM em Aracaju/SE, ___ / __ / 2015.


(indicar a unidade hospitalar e sua localidade, seguido da data completa, dd/mm/aa)

______________________________________________________________
Oficial QOSPM Fulano de tal (posto/quadro e nome)
(Presidente do Serviço de Perícias Médicas Militar)

______________________________________________________________
Oficial QOSPM Fulano de tal (posto/quadro e nome)
(Membro do Serviço de Perícias Médicas Militar)

______________________________________________________________
Oficial QOSPM Fulano de tal (posto/quadro e nome)
(Membro do Serviço de Perícias Médicas Militar)

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POLÍCIA MILITAR DO ESTADO DE SERGIPE
(GRANDE COMANDO OU SUBORDINAÇÃO)

(UNIDADE)

CERTIDÃO DA INSPEÇÃO DE SAÚDE DE CONTROLE

Aos (indicar a data completa por extenso) no Hospital da Polícia Militar (indicar a unidade
hospitalar), o abaixo assinado (indicar o posto/quadro e nome do médico), Presidente do
Serviço de Perícias Médicas da PMSE, procedeu ao exame de saúde no Sd QPMP-0
Fulano de tal (indicar posto ou graduação/quadro e nome do policial militar acidentado),
(Rg e CPF), o qual obteve alta por (especificar a natureza da alta: cura ou melhora) do
(indicar nome da unidade hospitalar do qual obteve alta) no qual esteve em tratamento em
consequência de acidente sofrido em (indicar se acidente em serviço; ou durante o
serviço), e após exames e investigações necessários, declaro o seguinte: (descrever as
lesões ou perturbações mórbidas no momento da alta). E por nada mais a declarar, dou
por findo a presente certidão, pelo qual lavro este termo.

HPM em Aracaju/SE, ___ / __ / 2015.


(indicar a unidade hospitalar e sua localidade, seguido da data completa, dd/mm/aa)

____________________________________________________________
Oficial QOSPM Fulano de tal (posto/quadro e nome)
(PRESIDENTE DO SERVIÇO DE PERÍCIAS MÉDICAS DA PMSE)

GABINETE DO COMANDANTE GERAL DA POLÍCIA MILITAR DO ESTADO DE


SERGIPE, em Aracaju/SE, 27 de outubro de 2015.

Maurício da Cunha Iunes – Cel QCOPM


Comandante Geral da PMSE
NOTAS:
1. Há referências sobre Atestado de Origem no art. 95, §1º, do Estatuto Policial Militares
da PMSE (Lei nº 2.066/76);
2. Na norma do PIP (Procedimento de Investigação Preliminar)- Portaria Normativa nº
012/2019-GCG de 23 de dezembro de 2019, prevê que este instrumento preparatório
servirá para o Atestado de Origem (art. 1º, § 4º).
18
AUTO DE PRISÃO EM FLAGRANTE DE CRIME DE
NATUREZA MILITAR

PORTARIA Nº 004/02- GCG, DE 30 DE ABRIL DE


2002

19
POLÍCIA MILITAR DO ESTADO DE SERGIPE
QUARTEL DO COMANDO GERAL
GABINETE DO COMANDO GERAL

PORTARIA Nº 004/02- GCG, DE 30 DE ABRIL DE 2002

Aprova as normas para elaboração do auto de


prisão em flagrante de crime de natureza
militar, na PMSE, e dá outras providências.

O COMANDANTE GERAL DA POLÍCIA MILITAR DO ESTADO DE SERGIPE, no uso de


suas atribuições que lhe são conferidas nos termos do art. 4º, c/c o inciso III do art. 17 da
Lei nº 3.669 de 07 de novembro de 1995, e visando uniformizar os procedimentos
referentes à lavratura do auto de prisão em flagrante de crime de natureza militar, para
evitar prováveis incorreções e nulidades,

RESOLVE:

Art. 1º. Aprovar e mandar adotar, no âmbito da Polícia Militar do Estado de Sergipe, as
normas para elaboração do auto de prisão em flagrante de crime de natureza militar, que
com esta baixa.
Art. 2º. Esta Portaria entra em vigor na data de sua publicação.
Art. 3º. Revogam-se as disposições em contrário.

Aracaju/SE, 30 de abril de 2002

Pedro Paulo da Silva – Coronel PM


Comandante Geral da PMSE

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NORMAS PARA ELABORAÇÃO DO AUTO DE PRISÃO EM FLAGRANTE DE CRIME
DE NATUREZA MILITAR

CAPÍTULO I
Da Definição e da Finalidade

Art. 1º. O auto de prisão em flagrante delito é o documento lavrado quando da existência
de elementos que comprovem a prática de crime de natureza militar.
Art. 2º. Deve ser autuado em flagrante delito de crime de natureza militar todo aquele que:
I – está cometendo um crime de natureza militar;
II – acaba de cometê-lo;
III – é perseguido logo após o fato delituoso em situação que faça acreditar ser ele o seu
autor;
IV – é encontrado logo depois, com instrumentos, objetos, materiais ou papéis que façam
presumir a sua participação no fato delituoso.
§ 1º. No caso do inciso III, a lavratura do auto só é cabível se houver perseguição,
contínua e persistente, de forma a não se perder os elementos probantes da infração.
§ 2º. No caso do inciso IV, mesmo não havendo perseguição, caso o infrator seja
encontrado com instrumentos, objetos, materiais ou papéis que façam presumir ser ele o
autor do fato, é cabível a lavratura do auto de prisão.

CAPÍTULO II
Da Competência

Art. 3º. Na PMSE, respeitando-se o grau hierárquico do preso, são competentes para
presidir a lavratura do auto de prisão em flagrante de crime de natureza militar o Oficial de
Dia ou de serviço.
§ 1º. O auto de prisão em flagrante delito de natureza militar deverá ser presidido pelo
Coordenador de Operações ou pelo Superior de Dia.
§ 2º. Na falta do Coordenador de Operações, o auto deverá ser lavrado pelas seguintes
autoridades, obedecendo-se a sequência abaixo:
I – Oficial de Operações, se este não for o condutor;
II – Oficial de Dia da Unidade em que for apresentado o preso;
III – Comandante, Chefe ou Diretor imediato do preso.

21
§ 3º. Na falta das autoridades supracitadas ou em caso de incompatibilidade hierárquica
entre o preso e a autoridade que servirá como Presidente, o Comandante Geral da PMSE
designará outro Oficial para presidir o auto de prisão.
§ 4º. Quando a prisão em flagrante delito for efetuada em lugar não sujeito à
administração militar, e não havendo possibilidade do auto de prisão ser lavrado por
autoridade policial militar, mesmo que de outro local mais próximo, a autoridade de polícia
judiciária civil poderá lavrar o auto.

CAPÍTULO III
Dos Procedimentos do Auto de Prisão em Flagrante

Art. 4º. O auto de prisão em flagrante de crime de natureza militar é composto dos
procedimentos abaixo especificados, com a seguinte sequência:
I – Autuação;
II – Portaria de Instauração;
III – Compromisso do Escrivão;
IV – Ciência das Garantias Constitucionais;
V – Auto de Prisão em Flagrante;
VI – Conclusão e Despacho;
VII – Recebimento, Certidão e Juntada;
VIII – Nota de Culpa;
IX - Guia para recolhimento de preso;
X – Diligência sobre o indiciado, busca e apreensão e perícias;
XI – Comunicação à autoridade judiciária.
Parágrafo único. Os documentos supracitados devem ser colocados em ordem
cronológica, reunidos em um só procedimento.

CAPÍTULO IV
Da Autuação

Art. 5º. A autuação consiste em transformar as peças componentes do flagrante em


autos.
Parágrafo único. A autuação, que também servirá de capa ao feito, é a peça inicial do
auto de prisão em flagrante delito, devendo constar o seguinte:
I – nome e posto do Presidente;
II – nome e grau hierárquico do Escrivão;

22
III – nome e grau hierárquico do condutor;
IV – nome e RG da primeira e da segunda testemunha;
V – nome do ofendido, com o respectivo grau hierárquico, se for o caso;
VI – nome do indiciado, com o respectivo grau hierárquico, se for o caso. Havendo mais
de um indiciado usar-se-á a expressão “e outros”;

CAPÍTULO V
Da Portaria

Art. 6º. A portaria é o ato de competência do Presidente do flagrante delito, devendo


conter o seguinte:
I – dia, hora e local de apresentação do preso, do condutor, da vítima e das testemunhas;
II – resumo do fato delituoso;
III – designação do escrivão.
§ 1º. O Presidente do flagrante deverá obrigatoriamente designar um Escrivão.
§ 2º. Se o preso for Oficial, o Escrivão não poderá ser de grau hierárquico inferior a 2º
Tenente.
§ 3º. Caso o preso seja Praça, o Escrivão não poderá ser de grau hierárquico inferior a 3º
Sargento.
§ 4º. Na falta das autoridades supracitadas para servir como Escrivão, o Presidente
poderá designar qualquer pessoa idônea.

CAPÍTULO VI
Do Compromisso do Escrivão

Art. 7º. A autoridade ou pessoa idônea, designada como Escrivão, deverá prestar
compromisso legal, que será reduzido a termo e assinado pelo Presidente do flagrante e
pelo próprio Escrivão.

CAPÍTULO VII
Do Auto de Prisão em Flagrante Delito

Art. 8º. O auto de prisão em flagrante constitui a peça básica do flagrante de crime militar,
vez que nele serão registradas, pelo Presidente do mesmo, todas as declarações e
respostas dadas pelo condutor, testemunhas, vítima e preso.

23
§ 1º. A falta de testemunhas do fato delituoso não impedirá a lavratura do auto, que será
assinado por duas pessoas que presenciaram a apresentação do preso, devendo as suas
qualificações e depoimentos serem registrados no auto de prisão em flagrante.
§ 2º. Antes da lavratura do auto de prisão em flagrante, o Presidente do mesmo deverá
garantir ao preso os preceitos constitucionais previstos nos incisos XLIX, LXII, LXIII e
LXIV da Carta Magna de 05/10/1988.
§ 3º. O auto de prisão em flagrante deverá ser assinado por todos os presentes
constantes do mesmo.
§ 4º. Caso o preso se recuse, não saiba ler nem escrever ou não possa assinar o auto, o
mesmo será assinado por duas testemunhas idôneas que tenham ouvido a leitura na
presença do indiciado, do condutor e das testemunhas do fato delituoso.

CAPÍTULO VIII
Dos Atos de Expediente

Art. 9º. Os atos de expediente consistem em procedimentos administrativos, praticados


pelo Presidente e pelo Escrivão, com o intuito de dar andamento ao flagrante delito.
§ 1º. Após a lavratura do auto de prisão em flagrante delito, o Escrivão fará os autos
conclusos ao Presidente do flagrante.
§ 2º. A lavratura da conclusão ocorre sempre que o Escrivão devolve os autos ao
Presidente do flagrante, após cumprir as diligências dele emanadas, para que seja
expedido novo despacho.
§ 3º. Ao receber os autos, o Presidente do flagrante expedirá despacho, com quantas
ordens forem necessárias, determinando novas diligências, instruções e recomendações
ao Escrivão.
§ 4º. O despacho pode ser realizado de próprio punho, nos autos do flagrante, ou em
folhas separadas que serão juntadas aos autos.
§ 5º. Ao receber os autos, o Escrivão praticará três atos administrativos:
I – Recebimento – é o ato de fazer constar, através de termo, o dia em que os autos lhe
foram devolvidos, para que proceda ao contido no despacho;
II – Certidão – é o ato pelo qual o Escrivão consigna nos autos, de modo a fazer fé, o
cumprimento de ordem legal do Presidente do flagrante, ou a informação do motivo por
que não a pode cumprir;
III – Juntada – é o ato através do qual o Escrivão anexa aos autos, conforme despacho do
Presidente, os documentos vindos de fora durante a realização do flagrante.

24
CAPÍTULO IX
Da Nota de Culpa

Art. 10. A nota de culpa consiste na formalização da prisão em flagrante, representando a


garantia que o preso tem de ficar ciente de sua prisão.
§ 1º. A nota de culpa será fornecida ao preso dentro em vinte e quatro horas após sua
prisão, contendo o motivo da prisão, o nome do condutor e das testemunhas.
§ 2º. Caso o preso não saiba, não possa ou se recuse a passar recibo na nota de culpa, a
mesma será assinada por duas testemunhas idôneas.

CAPÍTULO X
Das Diligências da Prisão em Flagrante

Art. 11. O Presidente do flagrante deverá anexar aos autos cópia da ficha funcional do
policial militar indiciado, a fim de possibilitar à autoridade judiciária um exame dos
antecedentes do preso.
Art. 12. Caso a infração penal deixe vestígios, o Presidente do flagrante deverá
providenciar para que sejam realizados os exames periciais e as avaliações necessárias,
bem como a busca e apreensão dos instrumentos e materiais envolvidos no crime.
§ 1º. Não sendo possível o exame de corpo de delito direto, por haverem desaparecido os
vestígios da infração, o Presidente do flagrante realizará exame indireto, através de prova
testemunhal.
§ 2º. O Presidente do flagrante poderá nomear ou solicitar a nomeação de peritos da
própria Corporação para a realização de exames periciais em armas, viaturas ou outros
objetos, desde que possuam cursos específicos.
Art. 13. Se o Presidente do flagrante não for a mesma autoridade responsável pela
custódia do preso, deverá confeccionar uma guia de recolhimento do preso, na qual será
passado recibo pela autoridade receptora.
§ 1º. Nas prisões por crimes militares ocorridas na região da Grande Aracaju, os presos
deverão ser recolhidos ao Presídio Militar da PMSE localizado no 1º BPM, enquanto que,
naquelas ocorridas no interior do Estado, os infratores deverão ser recolhidos à OPM
mais próxima.
§ 2º. Sendo o preso Oficial, será recolhido na reserva ou no alojamento adequado de uma
OPM.
§ 3º. Em se tratando de Praça, o recolhimento pode ser feito em prisão celular de uma
OPM.

25
CAPÍTULO XI
Da Comunicação à Autoridade Judiciária

Art. 14. Após a conclusão do auto de prisão em flagrante delito, o Presidente do mesmo
deverá, imediatamente, fazer a comunicação da prisão ao Juiz-Auditor Militar, pelo meio
mais rápido, formalizando posteriormente através de ofício essa comunicação.
§ 1º. Imediatamente após a sua conclusão, o auto de prisão, com todas as suas peças,
será enviado ao Cmt Geral da PMSE que fará o devido encaminhamento ao Juiz Auditor
Militar Estadual e à Corregedoria de Polícia Militar.
§ 2º. Caso haja necessidade de realização de exames periciais, de busca e apreensão
dos instrumentos e materiais do crime ou de outra diligência, o Presidente do flagrante
encaminhará os autos, comunicando que as demais providências, impossíveis de serem
executadas no momento, serão realizadas com a máxima brevidade possível.

CAPÍTULO XII
Das Irregularidades e Nulidades

Art. 15. As irregularidades do auto de prisão são meros defeitos que podem ser sanados
tanto na fase administrativa como na judicial, consistindo em:
I – erro no nome do acusado;
II – falta de assinatura do escrivão;
III – inexistência de perícia.
Art. 16. As nulidades do auto de prisão constituem falhas insanáveis que ferem de morte o
procedimento, tornando inúteis as providências subsequentes ao mesmo, consistindo em:
I – inversão de atos, por não obedecer a sequência preconizada no art. 245 do CPPM,
qual seja, audição do condutor, das testemunhas e interrogatório do indiciado;
II – ausência injustificada da assinatura do preso, ressalvado o que dispõe o § 4º do art.
8º e § 2º do art. 10 destas Normas;
III – ausência dos depoimentos do condutor e das testemunhas;
IV – inobservância dos pressupostos do art. 244 do CPPM, transcritos no art. 2º destas
Normas.
Parágrafo único. O Presidente do flagrante deverá adotar toda cautela necessária a se
evitar a existência de irregularidades e/ou nulidades no auto de prisão.

26
CAPÍTULO XIII
Das Disposições Finais

Art. 17. Os autos devem ser datilografados em espaço dois ou digitados em espaço um e
meio.
§ 1º. Todas as peças que efetivamente compõem o flagrante delito deverão ser
sequencialmente numeradas e rubricadas pelo Escrivão, no campo superior direito, a
partir da autuação, inclusive.
§ 2º. O auto de prisão em flagrante será confeccionado em duas vias, sendo uma
remetida à Auditoria Militar Estadual e outra arquivada na Corregedoria.
Art. 18. A autoridade que for presidir um flagrante deverá de imediato entrar em contato
com um Oficial da Corregedoria, o qual acompanhará o feito, a fim de evitar incorreções e
nulidades no mesmo.
Art. 19. Na realização do auto de prisão em flagrante deverão ser observados os modelos
de documentos, constantes do Anexo Único destas Normas, bem como o que dispõe o
CPPM, especialmente, os arts. 170 a 189 e 243 a 253.
Art. 20. A autoridade competente que prevaricar na lavratura do auto de prisão, ou
praticar irregularidades e/ou nulidades no mesmo, será responsabilizado pela sua ação ou
omissão nas esferas correspondentes.
Art. 21. Estas Normas entram em vigor na data de sua publicação1.
Art. 22. Revogam-se as disposições em contrário.

Aracaju-SE, 30 de abril de 2002

Pedro Paulo da Silva – Coronel PM


Comandante Geral da PMSE

27
ANEXO ÚNICO
MODELO DE FORMULÁRIOS

1. MODELO DE AUTUAÇÃO

POLÍCIA MILITAR DO ESTADO DE SERGIPE


(GRANDE COMANDO OU SUBORDINAÇÃO)

(UNIDADE)

AUTO DE PRISÃO EM FLAGRANTE DELITO

PRESIDENTE: .......(nome e grau hierárquico).................


ESCRIVÃO: .......(nome e grau hierárquico).....................
CONDUTOR: .......(nome e grau hierárquico)....................
PRESO: ...(nome e grau hierárquico, se for o caso)...........
VÍTIMA: ..................(nome e RG)...................................
TESTEMUNHAS: .......(nomes e RG)................................

AUTUAÇÃO

Aos ....(por extenso)..... dias do mês de .....(por extenso)..... do ano de ......(por


extenso)........, nesta cidade de ......(declinar a urbe)....., no Quartel do .......(citar a OPM
onde foi lavrado o flagrante)......, autuo a Portaria e demais peças do presente flagrante,
do que, para constar, lavrei este termo.
Eu, .......(nome e grau hierárquico do Escrivão)..........., servindo de Escrivão, o
digitei/datilografei e assino.

(nome e grau hierárquico)


Escrivão

28
2. MODELO DE PORTARIA

POLÍCIA MILITAR DO ESTADO DE SERGIPE

(GRANDE COMANDO OU SUBORDINAÇÃO)


(UNIDADE)

PORTARIA

Vindo a minha presença, hoje, às _____ horas, no Quartel ........(citar a OPM)......., nesta
cidade de ........(indicar a urbe)......., o .......(qualificar o preso)......, por ter sido preso pelo
.......(grau hierárquico e nome do condutor)......., em virtude da prática de atos
......(descrever sucintamente o fato delituoso)......., contra ......(qualificar a vítima ou citar o
objeto alvo do crime)......, acompanhado das testemunhas .......(qualificar as
testemunhas)......, determinei que fosse lavrado contra o indiciado o competente AUTO
DE PRISÃO EM FLAGRANTE DELITO, para o que, com base no § 4º, art. 245, c/c o
parágrafo único, art. 11 do CPPM, designo o .......(nome e grau hierárquico do
Escrivão)......, para, sob compromisso legal, exercer as funções de Escrivão, procedendo
à lavratura do respectivo feito.

Local e data

(nome e grau hierárquico)


Presidente do Flagrante

29
3. MODELO DE TERMO DE COMPROMISSO DE ESCRIVÃO

POLÍCIA MILITAR DO ESTADO DE SERGIPE


(GRANDE COMANDO OU SUBORDINAÇÃO)

(UNIDADE)

TERMO DE COMPROMISSO DE ESCRIVÃO

Aos ....(por extenso)..... do mês ....(por extenso)....... do ano ......(por extenso)......, nesta
cidade de .......(indicar a cidade)......., no Quartel do ........(declinar a OPM)......, presente o
........(grau hierárquico do Presidente do Flagrante)......, foi por mim, ........(grau hierárquico
e nome do Escrivão)......, prestado o compromisso de bem e fielmente desempenhar as
funções de Escrivão na realização de todos os procedimentos inerentes ao presente Auto
de Prisão em Flagrante Delito, conforme portaria do Presidente do Flagrante, do que, para
constar, lavrei este termo, o qual assino juntamente com a autoridade Presidente.

(nome e grau hierárquico)


Presidente do Flagrante

(nome e grau hierárquico)


Escrivão

30
4. MODELO DE CIÊNCIA DAS GARANTIAS CONSTITUCIONAIS

POLÍCIA MILITAR DO ESTADO DE SERGIPE

(GRANDE COMANDO OU SUBORDINAÇÃO)


(UNIDADE)

CIÊNCIA DAS GARANTIAS CONSTITUCIONAIS

O Ilmo. Sr. ......(nome e grau hierárquico do Presidente do Flagrante)......, faz saber ao Sr.
....(nome e grau hierárquico do preso, se for o caso)......, preso pela suspeita de cometer a
conduta típica penal militar de ......(declinar o delito).... contra a pessoa de .....(qualificar
sucintamente a vítima ou descrever o objeto alvo do delito)....., que o art. 5º da
Constituição Federal, sobretudo nos incisos XLIX, LXII, LXIII, LXIV, lhe assegura o
seguinte:
a) o respeito à sua integridade física e moral;
b) a comunicação desta prisão e do local onde se encontre preso à sua família ou pessoa
indicada e ao Juiz competente;
c) o de permanecer calado, sendo-lhe assegurada a assistência da família e de
advogado; e
d) a identificação dos responsáveis por sua prisão ou por seu interrogatório policial.

Local e data

(nome e grau hierárquico)


Presidente do Flagrante

CIENTE

ÀS _____ h do dia ___/___/____


___________________________
Assinatura do Preso

31
5. MODELO DE AUTO DE PRISÃO EM FLAGRANTE DELITO

POLÍCIA MILITAR DO ESTADO DE SERGIPE

(GRANDE COMANDO OU SUBORDINAÇÃO)


(UNIDADE)

AUTO DE PRISÃO EM FLAGRANTE DELITO

Aos .....(por extenso)..... dias do mês de ....(por extenso)..... do ano de .......(por


extenso)........, nesta cidade de ......(declinar a urbe)......, na sala da .......(indicar o
setor)...... do Quartel do ......(citar a OPM)......, por volta das ______ horas, onde se
achava presente o .........(grau hierárquico e nome do Presidente do Flagrante)........,
.......(função do Presidente do Flagrante)......., Presidente deste auto, o Sr. ......(nome –
OAB...), Advogado do indiciado (se existir), comigo .......(grau hierárquico e nome do
Escrivão)......., servindo de Escrivão, presente o condutor, .......(qualificação completa do
condutor)......, disse que: .....(consignar toda a narrativa do condutor que esteja em
consonância com o evento que ensejou a prisão em flagrante delito, com indicação
precisa do local, dia, hora e circunstâncias, pessoas presentes, instrumentos usados e
tudo aquilo que possa servir de elemento idôneo à caracterização do evento
delitógeno)....; e nada mais disse. Presente a primeira testemunha, .......(qualificação
completa da testemunha)......, a qual sob o compromisso legal prometeu dizer a verdade
e, sendo inquirida, disse que: .....(transcrever fielmente o relato da testemunha).....; como
não mais disse foi-lhe perguntado, ....(realizar as perguntas necessárias, consignando as
respostas de forma fiel).....; e não mais disse nem lhe foi perguntado. Presente a segunda
testemunha, .......(proceder como fora feito em relação à primeira e assim
sucessivamente)....... Presente a vítima ou ofendido, .......(qualificação completa da
vítima/ofendido )......, declarou que: .....(transcrever fielmente os declarações da
vítima/ofendido).....; e não mais disse. Presente o indiciado, .......(qualificação completa da
testemunha)......, que interrogado sobre o fato que deu origem ao presente auto de prisão
em flagrante delito, após ser alertado das suas garantias constitucionais, disse que:
.....(transcrever fielmente as declarações do indiciado).....; como não mais disse foi-lhe
perguntado, ...................(realizar as perguntas necessárias, consignando as respostas de
forma fiel).....; e não mais disse nem lhe foi perguntado. Desta forma, mandou o
Presidente do Flagrante que fosse encerrado o presente auto de prisão, que segue
assinado pelo autoridade Presidente, pelo condutor, pelas testemunhas, pelo ofendido (se

32
for o caso), pelo acusado e por mim, ......(nome e grau hierárquico)......, servindo de
Escrivão, que o datilografei/digitei.

(nome e grau hierárquico)


Presidente do Flagrante

(nome do Advogado, quando existir)


OAB nº.....

(nome e grau hierárquico)


Condutor

(nome e grau hierárquico)


Primeira Testemunha

(nome e grau hierárquico)


Segunda Testemunha

(nome e grau hierárquico)


Ofendido/Vítima (se for o caso)

(nome e grau hierárquico)


Acusado

(nome e grau hierárquico)


Escrivão

33
6. MODELO DE CONCLUSÃO

POLÍCIA MILITAR DO ESTADO DE SERGIPE

(GRANDE COMANDO OU SUBORDINAÇÃO)


(UNIDADE)

CONCLUSÃO

Aos .....(por extenso)..... dias do mês de ....(por extenso)..... do ano de .....(por


extenso)......, faço os presentes autos conclusos ao Sr. Presidente do Flagrante.

(nome e grau hierárquico)


Escrivão

34
7. MODELO DE DESPACHO

POLÍCIA MILITAR DO ESTADO DE SERGIPE

(GRANDE COMANDO OU SUBORDINAÇÃO)


(UNIDADE)

DESPACHO

1. Determino que se recolha o conduzido preso, comunicando o fato ao Cmt da


Companhia e ao Comandante Geral da PMSE;
2. Expeça-se a competente NOTA DE CULPA, de acordo com o art. 247 do CPPM,
mediante recibo, no prazo legal;
3. Oficie-se ao Sr. Diretor do Instituo Médico Legal deste Estado, encaminhando a vítima
para que seja procedido o Laudo de Exame de Corpo de Delito, com encarecida urgência;
4. Oficie-se ao Sr. Cmt da Cia/Pel do preso, solicitando a remessa de cópia da ficha
disciplinar do militar preso;
5. Oficie-se a Exmª. Srª. Juíza de Direito – Auditora Militar, para informar a prisão do
acusado;
6. Oficie-se o Exmº. Sr. Promotor de Justiça da Auditoria Militar, para informar a prisão do
acusado;
7. (outras determinações julgadas necessárias).

Providencie o Sr. Escrivão.

Local e data

(nome e grau hierárquico)


Presidente do Flagrante

35
8. MODELO DE RECEBIMENTO

POLÍCIA MILITAR DO ESTADO DE SERGIPE

(GRANDE COMANDO OU SUBORDINAÇÃO)


(UNIDADE)

RECEBIMENTO

Aos .....(por extenso)...... dias do mês de ........(por extenso)....... do ano ........(por


extenso)........, recebi estes autos do Sr. Presidente do Flagrante.

(nome e grau hierárquico)


Escrivão

36
9. MODELO DE CERTIDÃO

POLÍCIA MILITAR DO ESTADO DE SERGIPE

(GRANDE COMANDO OU SUBORDINAÇÃO)


(UNIDADE)

CERTIDÃO

Certifico que foi providenciado de acordo com o despacho do Sr. Presidente do Flagrante.

Local e data

(nome e grau hierárquico)


Escrivão

37
10. MODELO DE JUNTADA

POLÍCIA MILITAR DO ESTADO DE SERGIPE

(GRANDE COMANDO OU SUBORDINAÇÃO)


(UNIDADE)

JUNTADA

Aos .......(por extenso)....... dias do mês de .....(por extenso)....... do ano de .....(por


extenso)....., faço juntada aos presentes autos dos documentos que adiante se seguem.

(nome e grau hierárquico)


Escrivão

38
11. MODELO DE NOTA DE CULPA

POLÍCIA MILITAR DO ESTADO DE SERGIPE

(GRANDE COMANDO OU SUBORDINAÇÃO)


(UNIDADE)

NOTA DE CULPA

.....(nome e posto do Presidente do Flagrante)....... faz saber a .......(nome, grau


hierárquico e RG do indiciado)...... que o mesmo se acha preso, em flagrante delito à
disposição da Justiça Militar, pelo fato de .....(fazer um resumo dos fatos que motivaram a
prisão)......, sendo condutor o .......(grau hierárquico e nome do condutor)....... e
testemunhas ........(nome completo e RG das testemunhas)....... E, para sua ciência,
mandou passar a presente, que vai assinada pela autoridade Presidente. Eu, .......(nome e
grau hierárquico do Escrivão)....., servindo de Escrivão, a digitei/datilografei.

Local e data

(nome e grau hierárquico)


Presidente do Flagrante

RECIBO DA NOTA DE CULPA

Recebi a 1ª via da presente Nota de Culpa às ______h


Em local e data

_______________________________________
Assinatura do Preso

39
12. MODELO DE GUIA PARA RECOLHIMENTO DE PRESO

POLÍCIA MILITAR DO ESTADO DE SERGIPE

(GRANDE COMANDO OU SUBORDINAÇÃO)


(UNIDADE)

GUIA PARA RECOLHIMENTO DE PRESO

Ilmo. Sr. Oficial de Dia ao 1º BPM ....(ou outra autoridade competente).....

Recomendo a V. Sª. ....(ou determino a V. Sª., conforme o caso )..... o recolhimento à


prisão celular ....(à reserva ou alojamento, ou local adequado).... de ......(qualificação
completa do preso)....., que no dia .....(declinar a data)...., foi preso em flagrante delito, por
haver indícios de ter cometido o crime de .....(tipificar a infração penal)...., praticado contra
a ....(nome da vítima ou descrição do objeto alvo do delito)...., pelo que, ficará recolhido a
essa Organização Policial Militar, à disposição da Auditoria Militar Estadual.

Local e data

(nome e grau hierárquico)


Presidente do Flagrante

Recebi a 1ª via às ______h do dia ____/____/_____

__________________________________________
Assinatura do Receptor

40
13. MODELO DE OFÍCIO DE SOLICITAÇÃO DE EXAMES PERICIAIS

POLÍCIA MILITAR DO ESTADO DE SERGIPE

(GRANDE COMANDO OU SUBORDINAÇÃO)


(UNIDADE)

Ofício nº ..../(ano)-Auto de Prisão Local e data


Assunto: Solicitação de exame pericial.

Ilmo. Sr. Diretor do IML ....(ou outra autoridade competente)....,

Visando esclarecer os fatos que motivaram a instauração do presente Auto de Prisão em


Flagrante Delito, solicito a V. Sª. que seja realizado exame de corpo de delito ....(ou outro
exame correspondente)... na pessoa de .....(citar a pessoa ou objetos que serão
periciados)....., por ter, conforme suas declarações, no dia ___/___/___ sofrido ......(citar
as causas/acontecimentos que tornaram necessária a realização do exame)....
Solicito ainda que o laudo pericial seja remetido a este Signatário, como a máxima
brevidade possível, no seguinte endereço ......(declinar o endereço).....

Atenciosamente.

(nome e grau hierárquico)


Presidente do Flagrante

A(o) Ilmo.(a). Sr(a).


(grau hierárquico e nome do destinatário)
(função do destinatário)

Rodapé (Endereço da unidade, telefone e e-mail)

41
14. MODELO DE OFÍCIO DE COMUNICAÇÃO DE PRISÃO E SOLICITAÇÃO DE FICHA
DISCIPLINAR

POLÍCIA MILITAR DO ESTADO DE SERGIPE


(GRANDE COMANDO OU SUBORDINAÇÃO)

(UNIDADE)

Ofício nº ..../(ano)-Auto de Prisão Local e data


Assunto: Comunicação de prisão e solicitação de ficha disciplinar.

Ilmo. Sr. Cmt da ........,

Comunico a V. Sª que se encontra preso no .....(citar o local da prisão)...., desde às


.........h do dia ___/____/___/, o .......(grau hierárquico, nº, nome e RG)....., pertencente a
essa Subunidade, por haver indícios do mesmo ter cometido o delito .....(declinar o tipo
penal).....
Ante o exposto e visando instruir o Auto de Prisão em Flagrante Delito, solicito a V. Sª.
que seja enviada a este signatário, com a máxima brevidade possível, cópia da ficha
disciplinar do aludido preso.

Atenciosamente.

(nome e grau hierárquico)


Presidente do Flagrante

A(o) Ilmo.(a). Sr(a).


(grau hierárquico e nome do destinatário)
(função do destinatário)

RODAPÉ (Endereço da unidade, e-mail e telefone)

42
15. MODELO DE AUTO DE EXAME DE CORPO DE DELITO INDIRETO

POLÍCIA MILITAR DO ESTADO DE SERGIPE

(GRANDE COMANDO OU SUBORDINAÇÃO)


(UNIDADE)

AUTO DE EXAME DE CORPO DE DELITO INDIRETO

Aos...(por extenso)...dias do mês de ...(por extenso)..... do ano de...(por extenso)..., nesta


cidade de...(cidade/Estado)..., no Quartel do...(local dos trabalhos)..., às...(horário)..., onde
presente se achava presente o ......(grau hierárquico e nome do Presidente).....,
Presidente do Auto de Prisão em Flagrante, comigo ....(nome e grau hierárquico).....,
compareceram ...(nome e qualificação das pessoas que atestarão as lesões)..., os quais
disseram que no dia .....(citar por extenso dia, mês e ano)....., por volta das ..........horas,
no ......(local do fato)....., viram a vítima .......(nome e RG)....., que apresentava
.........(descrever os resultados e as localizações das lesões físicas ou patrimoniais)......,
produzidas por .....(descrever o instrumento utilizado)......, usado pelo indiciado. E, como
não mais disseram nem lhes foram perguntado, deu o Presidente do Flagrante por
encerrado o presente auto, determinando que o fosse lavrado, o qual, lido e achado
conforme, vai assinado pala autoridade Presidente juntamente com as testemunhas
oculares. Eu, ...(assinatura e grau hierárquico)..., Escrivão, o datilografei/digitei.

(nome e grau hierárquico)


Presidente do Flagrante

(nome e RG)
1ª Testemunha

(nome e RG)
2ª Testemunha

43
16. MODELO DE OFÍCIO, COMUNICANDO A DESIGNAÇÃO DE PERITO

POLÍCIA MILITAR DO ESTADO DE SERGIPE

(GRANDE COMANDO OU SUBORDINAÇÃO)


(UNIDADE)

Ofício nº ..../(ano)-Auto de Prisão Local e data


Assunto: Designação de perito.

Ilmo. Senhor,

Comunico a V. Sª que o designei para, juntamente com o .....(grau hierárquico e nome do


outro perito designado)...., proceder, às _______H do dia ____/____/_____/, à avaliação
dos danos causados no .....(descrever o objeto)......, que se encontra no .....(declinar o
local onde se encontra o objeto)....., devendo prestar o compromisso legal e responder
aos quesitos formulados.

Atenciosamente.

(nome e grau hierárquico)


Presidente do Flagrante

A(o) Ilmo.(a). Sr(a).


(grau hierárquico e nome do perito designado)
(função do perito)

RODAPÉ (Endereço da unidade, e-mail e telefone)

44
17. MODELO DE TERMO DE COMPROMISSO DE PERITO

POLÍCIA MILITAR DO ESTADO DE SERGIPE

(GRANDE COMANDO OU SUBORDINAÇÃO)


(UNIDADE)

TERMO DE COMPROMISSO DE PERITO

Aos...(por extenso)...dias do mês de ........ do ano de...(por extenso)..., nesta cidade


de...(cidade/Estado)..., no...(OPM)..., onde se achava presente o ...(posto e nome)...,
Presidente do Flagrante, o ...(grau hierárquico e nome do Presidente).... e OPM dos
peritos)..., designados para exercerem as funções de Peritos-avaliadores no presente
Auto de Prisão em Flagrante, prestaram o compromisso legal de desempenharem as suas
funções com obediência à disciplina judiciária e de responderem fielmente aos quesitos
que lhes forem propostos. E, nada mais havendo, mandou o Presidente que fosse
encerrado o presente termo, o qual lido e achado conforme vai assinado pelo Presidente
e pelos peritos. Eu, ...(assinatura e grau hierárquico)..., Escrivão, o datilografei/digitei.

(nome e grau hierárquico)


Presidente do Flagrante

(nome e grau hierárquico)


Perito

(nome e grau hierárquico)


Perito

45
18. MODELO DE AUTO DE AVALIAÇÃO

POLÍCIA MILITAR DO ESTADO DE SERGIPE

(GRANDE COMANDO OU SUBORDINAÇÃO)


(UNIDADE)

AUTO DE AVALIAÇÃO

Aos...(por extenso)...dias do mês de ...... do ano de...(por extenso)..., nesta cidade


de...(cidade/Estado)..., no...(OPM)..., onde presente se achava o ....(grau hierárquico e
nome do Presidente)...., Presidente do Flagrante, os peritos nomeados...(grau hierárquico,
nome e OPM dos peritos)... e as testemunhas....(nome e identificação de duas
testemunhas)..., todos abaixo assinados, depois de prestado pelos peritos o compromisso
de bem e fielmente desempenharem os deveres do seu cargo, declarando com verdade o
que encontrarem e em suas consciências entenderem, encarregaram-se de proceder à
avaliação dos seguintes objetos danificados..(relacionar os objetos apresentados para
avaliação).., os quais lhes foram apresentados. Em seguida, passando os peritos a dar
cumprimento à diligência ordenada, depois dos exames necessários, declararam que os
objetos referidos tinham os seguintes valores...(citar o objeto e o seu valor por extenso)...,
importando o valor total em R$...(por extenso).
Foram as declarações que em suas consciências e sob o compromisso prestado fizeram.
E, nada mais havendo, mandou o Presidente que fosse encerrado o presente auto, o qual
lido e achado conforme vai assinado pelo Presidente, pelos peritos e pelas testemunhas.
Eu, ...(assinatura e grau hierárquico)..., Escrivão, o datilografei/digitei.
(nome e grau hierárquico)
Presidente do Flagrante

(nome e grau hierárquico)


Perito
(nome e grau hierárquico)
Perito
(nome e identificação)
Testemunha

46
19. MODELO DE AUTO DE BUSCA E APREENSÃO

POLÍCIA MILITAR DO ESTADO DE SERGIPE

(GRANDE COMANDO OU SUBORDINAÇÃO)


(UNIDADE)

AUTO DE BUSCA E APREENSÃO

Aos...(por extenso)...dias do mês de ........ do ano de...(por extenso)..., nesta cidade


de...(cidade/Estado)..., na sala do...(repartição)..., no Quartel do...(OPM)..., onde presente
se achava o ...(grau hierárquico e nome do Presidente)..., Presidente do Flagrante, na
presença das testemunhas....(nome e identificação das testemunhas)..., foi procedida à
busca e apreensão...(citar os objetos apreendidos)..., com as seguintes
características...(descrever os objetos)..., aos cuidados de...(pessoa que estava com o
objeto)....Neste ato compareceu o Sr.(a)....(pessoa responsável pelo objeto desaparecido,
quando não for enumerado e suas características não estiverem bem definidas
anteriormente)..., tendo o mesmo reconhecido como o que lhe foi pago e que é objeto
deste Auto de Prisão em Flagrante; E, nada mais havendo, mandou o Presidente que
fosse encerrado o presente auto, o qual lido e achado conforme vai assinado pelo
Presidente e pelas testemunhas. Eu, ...(assinatura e grau hierárquico)..., Escrivão, o
datilografei/digitei.

(nome e grau hierárquico)


Presidente do Flagrante

(nome e identificação)
Testemunha

(nome e identificação)
Testemunha

47
20. MODELO DE OFÍCIO DE COMUNICAÇÃO DE PRISÃO AO CMT-GERAL DA PMSE

POLÍCIA MILITAR DO ESTADO DE SERGIPE

(GRANDE COMANDO OU SUBORDINAÇÃO)


(UNIDADE)

Ofício nº ..../(ano)-Auto de Prisão Local e data


Assunto: Comunicação de prisão e remessa de Auto de Prisão em Flagrante Delito

Exmo. Sr. Cmt,

Comunico a V. Exa. que se encontra preso no .....(citar o local da prisão)...., desde às


.........h do dia ___/____/___/, o .......(grau hierárquico, nº, nome e RG)....., pertencente a
.....(Cia/Pel do preso)...., por haver indícios do mesmo ter cometido o delito .....(declinar o
tipo penal).....
Desta forma, remeto-lhe Auto de Prisão em Flagrante Delito, presidido por este signatário,
lavrado contra o preso supracitado, ao tempo em que solicito que o mesmo seja
encaminhado ao Juiz-Auditor Militar, nos termos da legislação processual penal militar.

Atenciosamente.

(nome e grau hierárquico)


Presidente do Flagrante

Ao Exmo. Sr.
(grau hierárquico e nome do destinatário)
Cmt-Geral da PMSE

RODAPÉ (Endereço da unidade, e-mail e telefone)

48
21. MODELO DE OFÍCIO DE COMUNICAÇÃO DE PRISÃO AO JUIZ-AUDITOR MILITAR
ESTADUAL

POLÍCIA MILITAR DO ESTADO DE SERGIPE


(GRANDE COMANDO OU SUBORDINAÇÃO)

(UNIDADE)

Ofício nº ..../(ano)-Auto de Prisão Local e data


Assunto: Comunicação de prisão

Exmo. Sr.(a) Juiz(a),

Comunico a V. Exa. que se encontra preso no .....(citar o local da prisão)...., desde às


.........h do dia ___/____/___/, o .......(grau hierárquico, nº, nome e RG)....., pertencente a
.....(Cia/Pel do preso)...., em virtude do mesmo ter cometido o delito .....(declinar o tipo
penal).
Ressalto-lhe que o respectivo Auto de Prisão em Flagrante Delito foi encaminhado ao Cmt
Geral da PMSE, para consequente envio a essa Justiça Militar.

Atenciosamente.

(nome e grau hierárquico)


Presidente do Flagrante

Ao Exmo. Sr.
(nome do destinatário)
Juiz(a) Auditor(a) Militar Estadual

Rodapé (Endereço da unidade, e-mail e telefone)

49
NOTAS:
1. Portaria publicada no Aditamento ao BGO nº 073, de 30 de abril de 2002;
2. Publicação no BGO nº 086 de 03/06/2020: O Ministério público do Estado de Sergipe
recomenda adoção de protocolo interno para preenchimento de informações quanto à
qualificação e localização de pessoas ouvidas em inquéritos policiais e procedimentos
administrativos outros, inserindo nos mesmos: número de telefone fixo ou celular,
WhatsApp, e outros aplicativos similares, à exemplo de instagram, facebook, messenger,
telegrama, e/ou correio eletrônico (e-mail), bem como, outros meios de comunicação e/ou
localização, como telefone de referência ou contato e/ou endereço fixo de algum parente
ou pessoa próxima, ou qualquer outro informe que se entender plausível, no sentido de
proceder a localização da testemunha.

50
INSTRUÇÃO NORMATIVA N° 002/2021-CORREG

A Constituição Federal de 1988 estabelece especial proteção as crianças. Elas


são consideradas sujeitos de direitos e devem ter sua integridade física e psíquica
preservada. O princípio da proteção integral e do melhor interesse da criança esculpidos
no Art. 227 da CF88 e no conjunto das normas do Estatuto da Criança e adolescente
impõem a necessidade de proteger as crianças também dos mecanismos de controle
social formal da sociedade no qual se insere também a Polícia Militar.
De forma a proporcionar a maior proteção às crianças e adolescentes, surge a
necessidade de regulamentar a produção de provas quando as envolve tendo em vista
que reviver histórias muitas vezes traumáticas dentro de um ambiente policial pode
conduzir a mais abalos. Com isso, foi criado o depoimento sem dano. A técnica do
Depoimento Sem Dano consiste na colheita de depoimentos de Crianças e Adolescentes,
vítimas ou testemunhas de crime.
O procedimento encontra-se estabelecido na Lei nº. 13.431/2017. Em seu Art.
2º, o diploma jurídico estabelece: A criança e o adolescente gozam dos direitos
fundamentais inerentes à pessoa humana, sendo-lhes asseguradas a proteção integral e
as oportunidades e facilidades para viver sem violência e preservar sua saúde física e
mental e seu desenvolvimento moral, intelectual e social, e gozam de direitos específicos
à sua condição de vítima ou testemunha.
Ao estabelecer formas de violência contra a criança, a lei estabelece que pode
ocorrer a chamada violência institucional (Art. 4º, IV). Segundo a norma, a violência
institucional deve ser entendida como a praticada por instituição pública ou conveniada,
inclusive quando gerar revitimização. Por conseguinte, para evitar e controlar o que
chamou de violência institucional a lei estabelece que crianças e adolescentes devem ser
ouvidos em procedimentos através das técnicas: escutas especializadas e em
depoimento especial.
Considerando a necessidade de adequar os procedimentos da PMSE ao que
prescreve a supracitada lei, o Corregedor Geral da PMSE determina que:
1. Os responsáveis por procedimentos em que seja imprescindível a oitiva de crianças e
adolescentes, vítimas e testemunhas de crimes, em especial de crimes contra a dignidade
sexual, devem seguir as normas da Lei nº. 13.431/2017 e adotar as técnicas por ela
estabelecidas com vistas a proporcionar proteção integral a crianças e adolescentes e
evitar a violência institucional;
2. As crianças e adolescentes, vítimas ou testemunhas de crimes, devem ser ouvidos em
data e horário que lhe for mais conveniente;

51
3. Deve o encarregado e escrivão guardar absoluto sigilo sobre as informações
repassadas não as divulgando a terceiros, uma vez que a criança e o adolescente, vítima
ou testemunha de crime, tem direito de que suas informações prestadas sejam tratadas
“confidencialmente, sendo vedada a utilização ou o repasse a terceiro das declarações
feitas pela criança e pelo adolescente vítima, salvo para os fins de assistência à saúde” ;
4. O encarregado deve tomar providências no sentido de não permitir qualquer contato,
ainda que visual, com o suposto autor ou acusado, ou com outra pessoa que represente
ameaça, coação ou constrangimento.
5. O local para a oitiva deve ter infraestrutura em que haja privacidade. O encarregado
não deve tomar depoimento em local em que haja a possibilidade de circulação e entrada
de pessoas, ou na frente de outras pessoas estranhas ao procedimento.
6. O depoimento só deve ser feito uma vez. O encarregado não poderá ouvir a criança e
adolescente mais de uma vez.
7. Na aplicação de depoimento especial, onde existe a necessidade de mediação com
apoio de profissionais especializados, psicólogos, pedagogos, o encarregado pode
requisitar profissional especializado com diploma da área do Núcleo de Apoio
Psicossocial da PMSE - NAPS da PMSE para tal fim.
8. O depoimento de crianças e adolescentes, em especial vítimas e testemunhas de
crimes contra dignidade sexual, deve ser efetuado por intermédio dos profissionais
especializados em entrevista informal no qual esses profissionais devem adaptar as
perguntas e extrair as informações das pessoas em desenvolvimento de formar a não
lhes causarem danos.
9. O encarregado deve ter o máximo cuidado para evitar a revitimização, devendo
somente ouvir as crianças e adolescentes, enquanto vítimas e testemunhas de crimes,
acaso seja absolutamente necessário para o esclarecimento do crime em investigação.
10. O encarregado não deve repassar informações à mídia sobre o crime em que
criança e adolescente figurem como vítima ou testemunha, devendo informar aos
profissionais da área que devem procurar a PM-5, setor responsável pelo relacionamento
da instituição com os aparatos de informação da sociedade.

Aracaju/SE, 29 de setembro de 2021.

Eliziel Alves Rodrigues – Cel QOPM


Corregedor Geral da PMSE

52
CEDM/SE

LEI COMPLEMENTAR Nº 291 DE 21 DE AGOSTO


DE 2017

53
LEI COMPLEMENTAR Nº 291
DE 21 DE AGOSTO DE 2107

Dispõe sobre o Código de Ética e


Disciplina dos Militares do Estado de
Sergipe – CEDM/SE, e dá outras
providências.

O GOVERNADOR DO ESTADO DE SERGIPE


Faço saber que a Assembleia Legislativa do Estado aprovou e que
eu sanciono a seguinte Lei:

TÍTULO I
Disposições Gerais

CAPÍTULO I
Generalidades

Art. 1º O Código de Ética e Disciplina dos Militares do Estado de


Sergipe – CEDM/SE, tem por finalidade definir, especificar e classificar as
transgressões disciplinares, além de estabelecer normas relativas a sanções
disciplinares, conceitos, recursos, recompensas, bem como, acerca do
Procedimento Administrativo Disciplinar – PAD, no âmbito das Corporações
Militares Estaduais – CMEs.
Art. 2º Este Código aplica-se:
I – aos militares da ativa;
II – aos militares da reserva remunerada, nos casos expressamente
previstos.
Parágrafo único. Os alunos de órgãos de formação de militares
estaduais também estão sujeitos aos regulamentos, normas e prescrições das
unidades escolas em que estejam matriculados, sendo que aquelas
alterações disciplinares não deverão constar nos assentamentos funcionais
após a formação.
Art. 3° É dever do militar estadual incentivar e manter a harmonia, a
solidariedade e a amizade em seu ambiente social, familiar e profissional,

54
pautando suas relações com militares e civis pela camaradagem, civilidade,
respeito e confiança mútuos.
Art. 4º Para efeito de aplicação deste código, a palavra Comandante
é a denominação genérica dada ao militar estadual investido de cargo ou
função de Comando, Chefia ou Direção de Organização Militar.

CAPÍTULO II
Da Ética Militar

Art. 5° A honra, o sentimento do dever militar e a correção de


atitudes impõe conduta moral e profissional irrepreensíveis a todos os
integrantes das CMEs, os quais devem observar os seguintes princípios de
ética militar:
I – respeitar a dignidade da pessoa humana;
II – cumprir e fazer cumprir as leis, regulamentos, instruções e
ordens das autoridades competentes;
III – amar a verdade e a responsabilidade como fundamentos da
dignidade profissional;
IV – observar os princípios da Administração Pública, no exercício
das atribuições que lhe couber em decorrência do cargo;
V – ser justo e imparcial na apreciação e avaliação dos atos
praticados por integrantes das CMEs;
VI – zelar pelo preparo profissional e incentivar a mesma prática
entre os militares, em prol do cumprimento da missão comum;
VII – praticar a camaradagem e desenvolver o espírito de
cooperação;
VIII – ser discreto e cortês em suas atitudes, maneiras e linguagem e
observar as normas da boa educação;
IX – abster-se de tratar, fora do âmbito apropriado, de assuntos
internos das CMEs ou de matéria sigilosa;
X – cumprir seus deveres de cidadão;
XI – respeitar as autoridades civis e militares;
XII – garantir assistência moral e material à família;
XIII – abster-se de fazer uso do posto ou da graduação para obter
facilidade pessoal de qualquer natureza ou encaminhar negócios particulares
ou de terceiros;

55
XIV – abster-se, mesmo na reserva remunerada, do uso das
designações hierárquicas:
a) em atividades político-partidárias, liberais, comerciais ou
industriais;
b) para discutir ou provocar discussão pela imprensa a respeito de
assuntos institucionais, salvo quando devidamente autorizado;
c) no exercício de cargo de natureza civil ou na iniciativa privada;
d) em atividades religiosas alheias às funções de natureza militar.

CAPÍTULO III
Da Hierarquia e da Disciplina

Art. 6° A hierarquia e a disciplina constituem a base institucional das


CMEs, nos seguintes termos:
§ 1° A hierarquia é a ordenação progressiva da autoridade em níveis
diferentes, dentro da estrutura das CMEs; a ordenação se faz por postos ou
graduações e dentro de um mesmo posto ou graduação pela antiguidade ou
precedência; e o respeito à hierarquia é consubstanciado no espírito de
acatamento à sequência de autoridade.
§ 2° Disciplina é a rigorosa observância das leis, regulamentos,
normas e disposições que fundamentam o organismo militar e coordenam seu
funcionamento regular e harmônico com o acatamento integral das ordens
emanadas das autoridades competentes, que não sejam manifestamente
criminosas, traduzindo-o pelo perfeito cumprimento do dever por parte de
todos e de cada um dos componentes desse organismo.
Art. 7° O princípio de subordinação rege todos os graus da
hierarquia militar e decorre, exclusivamente, da estrutura hierárquica das
CMEs, não afetando a dignidade pessoal do militar estadual.
Art. 8° O militar que presenciar ou tomar conhecimento de prática de
transgressão disciplinar comunicará oficialmente o fato à autoridade
competente, no prazo estabelecido no art. 60.

56
CAPÍTULO IV
Do Conceito Militar

Art. 9º Será classificado com um dos seguintes conceitos o militar


estadual que tiver registrada em seus assentamentos funcionais a pontuação
adiante especificada:
I – conceito “A” – a partir de cinquenta pontos positivos;
II – conceito “B” – cinquenta pontos negativos, no máximo;
III – conceito “C” – mais de cinquenta pontos negativos.
§ 1° Ao ingressar nas Corporações Militares Estaduais – CMEs, o
militar será classificado no conceito “B”, com zero ponto.
§ 2° A cada período de doze meses sem punição ou condenação
criminal definitiva, o militar receberá 10 (dez) pontos positivos, até atingir o
conceito “A”.
§ 3º O militar condenado criminalmente pela prática de crime doloso
terá, após o trânsito em julgado de sentença penal condenatória, 25 (vinte e
cinco) pontos negativos computados em seus assentamentos.
§ 4º Somente serão computados os pontos positivos até o limite de
65 (sessenta e cinco) pontos, sendo desconsiderado o excedente.
Art. 10. Quando a transgressão disciplinar comprometer o decoro da
classe, o pundonor militar ou a honra pessoal, a sanção diretamente aplicada,
após o devido processo legal, pelo Comandante Geral da CME ensejará o
ingresso automático do militar no conceito “C”, com 51 (cinquenta e um)
pontos negativos.
Parágrafo Único. Caso a soma da pontuação atribuída a esta
transgressão com os pontos anteriormente registrados nos assentamentos do
militar, resulte condição mais gravosa, esta prevalecerá.

TÍTULO II
Transgressões Disciplinares

CAPÍTULO I
Definições, Classificações e Especificações

Art. 11. Transgressão disciplinar é toda ofensa concreta aos


princípios da ética, aos deveres e às obrigações militares, inerentes às

57
atividades das CMEs, mesmo em sua manifestação elementar e simples,
objetivamente especificada neste Código ou que afete a honra pessoal, o
pundonor militar e o decoro da classe.
Art. 12. Para efeito deste Código, considera-se:
I – honra pessoal: sentimento de dignidade própria, como o apreço e
o respeito de que é objeto ou se torna merecedor o militar, perante seus
superiores, pares e subordinados;
II – pundonor militar: dever do militar em pautar a sua conduta
profissional com retidão, exigindo dele, em qualquer ocasião, alto padrão de
comportamento ético no seu desempenho perante a Corporação a que serve
e no grau de respeito que lhe é devido; e
III – decoro da classe: valor moral e social das CMEs. Representa o
conceito social dos militares que as compõem e não deve subsistir sem esse.
Art. 13. A transgressão disciplinar será leve, média ou grave,
conforme classificação atribuída nos artigos seguintes, podendo ser atenuada
ou agravada, consoante à pontuação recebida da autoridade aplicadora e a
decorrente de atenuantes e agravantes.
Art. 14. São transgressões disciplinares de natureza grave:
I – praticar ato atentatório à dignidade da pessoa humana que por
sua natureza, amplitude e repercussão, afete a credibilidade e a imagem dos
militares;
II – concorrer para o desprestígio da respectiva CME, por meio da
prática de crime doloso, que, por sua natureza, amplitude e repercussão, afete
a credibilidade e a imagem dos militares;
III – faltar, publicamente, com o decoro pessoal, dando causa a
escândalo que comprometa a honra pessoal, o pundonor militar e o decoro da
classe;
IV – praticar qualquer ato, atitude ou postura que possa caracterizar
coação, assédio moral ou sexual, no âmbito da CME, com pessoas com as
quais mantenha relações funcionais;
V – ofender ou dispensar tratamento vexatório ou humilhante a
qualquer pessoa;
VI – apresentar-se com sinais que indiquem estar sob o efeito de
álcool ou outras substâncias entorpecentes, quando em serviço, ou fardado,
ou em situação que cause escândalo ou que ponha em perigo a segurança
própria ou alheia;

58
VII – praticar ato violento, em situação que não caracterize infração
penal;
VIII – divulgar ou contribuir para a divulgação de assunto de caráter
sigiloso de que tenha conhecimento em razão do cargo ou função;
IX – utilizar-se de recursos humanos ou logísticos do Estado ou sob
sua responsabilidade para satisfazer a interesse pessoal ou de terceiros;
X – exercer, em caráter privado, quando no serviço ativo,
diretamente ou por interposta pessoa, atividade ou serviço cuja execução ou
fiscalização caiba à Polícia Militar ou ao Corpo de Bombeiros Militar ou que se
desenvolva em local sujeito à sua atuação;
XI – maltratar ou permitir que se maltrate o preso ou a pessoa sob
sua custódia ou deixar de tomar providências para garantir sua integridade
física;
XII – autorizar, promover ou tomar parte em manifestação ilícita
contra ato de superior hierárquico ou contrária à disciplina militar;
XIII – dormir em serviço, em situação que não caracterize infração
penal, salvo quando devidamente autorizado;
XIV – retardar ou deixar de praticar, indevidamente, ato de ofício;
XV – induzir ou instigar alguém a prestar declaração falsa em
procedimento penal, civil ou administrativo;
XVI – fazer uso do posto ou da graduação para obter ou permitir que
terceiros obtenham vantagem indevida;
XVII – faltar injustificadamente ao expediente ou a qualquer ato de
serviço para o qual se achava escalado;
XVIII – faltar com a verdade ou omitir fato disciplinarmente relevante,
assegurado o exercício constitucional da ampla defesa e do contraditório;
XIX – comparecer fardado a manifestação ou reunião de caráter
reivindicatório ou político-partidário;
XX – deixar de possuir uniforme regulamentar.
Art. 15. São transgressões disciplinares de natureza média:
I – deixar de cumprir ordem legal ou atribuir a outrem, fora dos casos
legalmente previstos, o desempenho de atividade que lhe competir;
II – demonstrar desídia no desempenho das funções, caracterizada
por fato que revele rendimento insuficiente, desconhecimento da missão ou
afastamento injustificado do local de serviço;

59
III – adotar procedimento contrário às normas legais ou
regulamentares, administrativas e operacionais;
IV – assumir compromisso em nome da CME ou representá-la
indevidamente;
V – usar indevidamente prerrogativa inerente à sua condição de
militar estadual;
VI – agir de maneira parcial ou injusta quando da apreciação e
avaliação de atos, no exercício de sua competência, restringindo direito de
qualquer pessoa ou causando prejuízo a administração militar;
VII – deixar de adotar medida contra irregularidade de que tome
conhecimento ou de providenciar a respeito de ocorrência no âmbito de suas
atribuições;
VIII – utilizar-se do anonimato ou envolver indevidamente o nome de
outrem para esquivar-se de responsabilidade;
IX – danificar, extraviar ou inutilizar, culposamente, bem da
administração pública;
X – contribuir para a desarmonia entre os integrantes ou desprestígio
das respectivas CMEs, por meio da divulgação de fato, notícia ou comentário
infundado ou inadequado;
XI – manter indevidamente em seu poder bem de terceiros ou da
Fazenda Pública;
XII – maltratar ou não ter o devido cuidado com os animais das
CMEs;
XIII – deixar de observar prazos regulamentares, gerando prejuízo
para a administração militar;
XIV – executar atividades particulares, causando prejuízo ao serviço;
XV – censurar ato de superior hierárquico ou procurar desconsiderá-
lo entre civis ou militares;
XVI – chegar injustificadamente atrasado ao expediente ou a
qualquer ato de serviço para o qual se achava escalado, causando-lhe
prejuízo;
XVII – acessar repartição, instalação, dependência ou qualquer
sistema informatizado de dados ou de comunicação, para o qual não esteja
autorizado;
XVIII – referir-se de modo depreciativo a outro militar, a autoridade
ou a ato da administração pública;

60
XIX – perder a corrida para o incêndio, salvamento ou qualquer outro
tipo de ocorrência, ou ainda contribuir para o seu atraso;
XX – não obedecer às regras básicas de segurança ou não ter a
cautela na guarda de arma própria ou sob sua responsabilidade;
XXI – deixar de cumprir dever militar simulando incapacidade ou
impedimento;
XXII – apresentar-se para ato de serviço ou em qualquer situação
que exija o uso do uniforme, em trajes civis, mal uniformizado ou com este em
más condições de conservação;
XXIII – afastar-se injustificadamente, quando em atividade militar,
com veículo, aeronave, embarcação, ou à pé, da área em que deveria
permanecer ou não cumprir o roteiro de patrulhamento pré-determinado.
Art. 16. São transgressões disciplinares de natureza leve:
I – chegar injustificadamente atrasado ao expediente ou a qualquer
ato de serviço para o qual se achava escalado;
II – deixar de observar norma específica de apresentação pessoal
definida em regulamentação própria;
III – deixar de observar princípios de boa educação e correção de
atitudes, quando fardado;
IV – retardar injustificadamente o cumprimento de ordem ou o
exercício de atribuição;
V – fumar em local onde esta prática seja legalmente vedada;
VI – permutar serviço sem permissão da autoridade competente;
VII – não portar etiqueta de identificação quando em serviço, salvo
se previamente autorizado, em operações policiais específicas;
VIII – deixar de observar preceito legal referente a tratamento, sinais
de respeito e honras militares, definidos em normas especificas;
IX – desrespeitar a paz ou o sossego público, abusando de ruídos ou
da utilização de instrumentos sonoros ou provocando algazarra;
X – deixar de comunicar a impossibilidade de comparecer ao
expediente ou a qualquer ato de serviço para o qual se achava escalado;
XI – usar no uniforme insígnia, medalha, condecoração ou distintivo,
não regulamentar ou de forma indevida;
XII – fazer uso do posto ou da graduação para deixar de honrar
obrigação moral ou pecuniária assumida, afetando imagem da CME;

61
XIII – apresentar parte ou recurso suprimindo instância
administrativa;
XIV – repetir requerimento ou recurso já rejeitado pela
administração, sem a apresentação de fatos novos;
XV – empregar termos desrespeitosos em documento oficial no
âmbito da administração militar;
XVI – não demonstrar o devido zelo na manutenção e conservação
de bem da administração pública sob sua responsabilidade;
XVII – trabalhar mal, intencionalmente ou por falta de atenção, em
qualquer serviço ou instrução;
XVIII – deixar de observar prazos regulamentares;
XIX – deixar de informar à administração militar o seu endereço
domiciliar e demais dados pessoais ou de atualizá-los em caso de mudança;
XX – negar-se a utilizar ou a receber da administração armamento,
equipamento ou quaisquer outros bens, em condições de uso, que lhe sejam
destinados ou devam ficar sob sua responsabilidade, para o desempenho das
suas atribuições;
XXI – comparecer o militar da ativa, a qualquer atividade ou serviço,
em traje ou uniforme diferente do determinado;
XXII – introduzir bebidas alcoólicas em local sob a administração
militar, salvo se devidamente autorizado;
XXIII – descumprir norma técnica de utilização e manuseio de
armamento ou equipamento;
XXIV – recusar identificar-se quando justificadamente solicitado.

CAPÍTULO II
Julgamento da Transgressão

Art. 17. O julgamento da transgressão será precedido de análise que


considere:
I – os antecedentes do transgressor;
II – as causas que a determinaram;
III – a natureza dos fatos ou dos atos que a envolveram;
IV – as consequências que dela possam advir.
Art. 18. No julgamento da transgressão serão consideradas as
causas de justificação e as circunstâncias atenuantes e agravantes.

62
Parágrafo Único. A cada atenuante será atribuído um ponto positivo
e a cada agravante um ponto negativo.
Art. 19. Para cada transgressão, a autoridade aplicadora da sanção
atribuirá pontos dentro dos seguintes parâmetros:
I – de um a dez pontos negativos para transgressão de natureza
leve;
II – de onze a vinte pontos negativos para transgressão de natureza
média;
III – de vinte e um a trinta pontos negativos para transgressão de
natureza grave.
Art. 20. Para cada transgressão, a autoridade aplicadora tomará por
base a pontuação aqui estabelecida, sobre a qual incidirão, se existirem, as
atenuantes e agravantes:
I – cinco pontos negativos para transgressão de natureza leve;
II – quinze pontos negativos para transgressão de natureza média;
III – vinte e cinco pontos negativos para transgressão de natureza
grave.
Parágrafo Único. Quando a análise prevista no art. 17 indicar
situação extraordinariamente positiva ou negativa, a pontuação base poderá
ser deslocada em direção ao limite inferior ou superior estabelecido nos
incisos do art. 19 em que se enquadrar.
Art. 21. Com a pontuação base atribuída far-se-á a computação dos
pontos correspondentes às atenuantes e às agravantes, reclassificando-se a
transgressão, se for o caso.
Art. 22. São causas de justificação:
I – motivo de força maior ou caso fortuito, plenamente comprovado;
II – evitar mal maior, considerável dano ao serviço ou à ordem
pública;
III – ter sido cometida a transgressão:
a) na prática de ação meritória;
b) em estado de necessidade;
c) em legítima defesa própria ou de outrem;
d) em obediência a ordem superior, exceto quando manifestamente
criminosa;
e) no estrito cumprimento do dever legal;
f) sob coação irresistível;

63
g) no exercício regular do direito.
Parágrafo Único. Não haverá punição quando for reconhecida
qualquer causa de justificação.
Art. 23. São circunstâncias atenuantes:
I – estar classificado no conceito “A”;
II – ter relevantes serviços prestados registrados em seus
assentamentos;
III – ter o agente confessado espontaneamente a autoria da
transgressão, quando esta for ignorada ou imputada a outrem;
IV – ter o transgressor procurado diminuir as consequências da
transgressão, antes da sanção, reparando os danos;
V – ter sido cometida a transgressão incidindo em quaisquer dos
itens abaixo, cumulativa ou isoladamente:
a) para evitar consequências mais danosas que a própria
transgressão disciplinar;
b) em defesa própria, de seus direitos ou de outrem, desde que isso
não constitua causa de justificação;
c) por falta de experiência no serviço;
d) por motivo de relevante valor social ou moral.
Art. 24. São circunstâncias agravantes:
I – estar classificado no conceito “C”;
II – prática simultânea ou conexão de duas ou mais transgressões;
III – reincidência de transgressões, ressalvado o disposto no art. 97;
IV – conluio de 02 (duas) ou mais pessoas;
V – ter sido cometida a transgressão incidindo em quaisquer dos
itens abaixo, cumulativa ou isoladamente:
a) durante a execução do serviço;
b) com abuso de autoridade hierárquica ou funcional;
c) estando fardado e em público;
d) com induzimento de outrem à prática de transgressões mediante
concurso de pessoas;
e) com abuso de confiança inerente ao cargo ou função;
f) por motivo egoístico ou para satisfazer interesse pessoal ou de
terceiros;
g) para acobertar erro próprio ou de outrem;

64
h) com o fim de obstruir ou dificultar apuração administrativa, policial
ou judicial, ou o esclarecimento da verdade.
Art. 25. Obtido o somatório de pontos, serão aplicadas as seguintes
sanções disciplinares:
I – de um a quatro pontos negativos, advertência;
II – de cinco a dez pontos negativos, repreensão;
III – de onze a vinte pontos negativos, permanência disciplinar; e
IV – acima de vinte pontos negativos, suspensão.
Art. 26. Em casos excepcionais, em que se verifique grave risco à
vida, à incolumidade física ou ao patrimônio público, ou ainda, quando a
situação exigir imediata providência para resguardar o decoro da classe e o
pundonor militar, poderá o transgressor ser cautelarmente recolhido à sede da
sua Unidade, por até 24 horas, período em que deverão ser adotadas as
medidas administrativas necessárias ao início da apuração do fato, tais como:
a) recolhimento do armamento encontrado com o militar envolvido,
seja ele de titularidade pública ou privada;
b) oitiva do transgressor, assim que apresente condições para tal;
c) arrolamento de testemunhas;
d) apreensão ou recolhimento de outros bens pertencentes ao
patrimônio público que estejam sob a sua guarda;
e) comunicação do fato à pessoa da família ou qualquer outra por ele
indicada;
f) realização de perícias ou exames necessários; e
g) outras que a situação exigir.
Parágrafo Único. A medida prevista no caput poderá ser aplicada
pela autoridade militar que presenciar ou tiver conhecimento do fato, desde
que seja superior hierárquico ou, quando do mesmo posto/graduação, tenha
precedência sobre o autor.

65
TÍTULO III
Sanções Disciplinares

CAPÍTULO I
Natureza e Amplitude

Art. 27. A sanção disciplinar não terá caráter humilhante ou


vexatório, objetivando apenas a preservação da disciplina, tendo em vista o
benefício educativo para o punido e a coletividade a que ele pertence.
Art. 28. Conforme a natureza, a gradação e as circunstâncias da
transgressão, serão aplicáveis as seguintes sanções disciplinares:
I – advertência;
II – repreensão;
III – permanência disciplinar;
IV – prestação de serviço extraordinário não remunerado, aplicado
alternativamente, na forma prescrita neste código;
V – suspensão das atividades militares, por até dez dias;
VI – reforma disciplinar;
VII – perda do posto e da patente ou graduação do militar da
reserva;
VIII – demissão, exclusão ou licenciamento a bem da disciplina.
Art. 29. Poderão ser aplicadas no interesse da administração militar,
independentemente das demais sanções ou cumulativamente com elas, as
seguintes medidas:
I – cancelamento de matrícula, com desligamento de curso, estágio
ou exame;
II – destituição de função ou comissão;
III – revogação de cautela de arma de fogo;
IV – suspensão do porte de arma de fogo, nos termos da legislação
específica.
§ 1° Quando se tratar de falta ou abandono ao serviço ou
expediente, o militar perderá os vencimentos correspondentes aos dias em
que se verificar a transgressão, devidamente apurada em PAD,
independentemente da sanção disciplinar aplicada.
§ 2º Independentemente da caracterização de transgressão, o militar
também perderá o direito à folga correspondente ao dia de serviço não

66
trabalhado, devendo apresentar-se pronto para o serviço no dia subsequente
à falta.
§ 3° As sanções disciplinares serão publicadas em boletim ostensivo,
salvo quando em função do seu teor ou circunstâncias seja recomendável
restringir sua divulgação, quando será excepcionalmente publicada em
boletim reservado, a critério da autoridade aplicadora.

CAPÍTULO II
Disponibilidade Cautelar

Art. 30. O Chefe do Estado Maior da CME, o Corregedor-Geral da


CME, os Presidentes dos Conselhos de Justificação e Disciplina e os
Encarregados de Inquérito Policial Militar – IPM e Procedimento Administrativo
Disciplinar – PAD poderão solicitar ao Comandante-Geral a disponibilidade
cautelar do militar.
Parágrafo Único. O militar em disponibilidade ficará afastado
excepcional e temporariamente da sede de sua lotação para assegurar a
regularidade do procedimento apuratório instaurado.
Art. 31. Por ato fundamentado de competência indelegável do
Comandante-Geral, o militar poderá ser colocado em disponibilidade cautelar,
nas seguintes hipóteses:
I – quando der causa a escândalo que comprometa o decoro da
classe, o pundonor militar ou a honra pessoal;
II – quando acusado de prática de crime ou de ato irregular que
efetivamente concorra para o desprestígio das CMEs e dos militares.
§ 1° Para declaração da disponibilidade cautelar é imprescindível a
existência de provas da conduta irregular e indícios suficientes de
responsabilidade do militar.
§ 2° A disponibilidade cautelar terá duração e local de cumprimento
determinado pelo Comandante-Geral, e como pressuposto a instauração de
procedimento apuratório, não podendo exceder o período de 10 (dez) dias,
prorrogável por igual período, por ato daquela autoridade, em casos de
reconhecida necessidade.
§ 3° A disponibilidade cautelar assegura ao militar a percepção de
vencimento e vantagens integrais do cargo.

67
CAPÍTULO III
Execução

Art. 32. A advertência consiste em admoestação verbal ao


transgressor, sem necessidade de publicação, fazendo-se, contudo, o devido
registro nos seus assentamentos.
Art. 33. A repreensão consiste em censura formal ao transgressor.
Art. 34. A permanência disciplinar é a sanção em que o transgressor
ficará na OM, por até 05 (cinco) dias, não circunscrito a determinado
compartimento e sem prejuízo dos atos de instrução e serviço, internos ou
externos.
§ 1º O período de permanência será proporcional à quantidade de
pontos atribuídos à transgressão, de acordo com o disposto no inciso III do
art. 25 deste código.
§ 2º A pedido do transgressor, o cumprimento da sanção de
permanência disciplinar será convertido em prestação de serviço
extraordinário não remunerado, conforme a previsão do art. 35 deste código,
no que couber, exceto quando for prejudicial à manutenção da disciplina, a
juízo devidamente motivado da autoridade que aplicou a punição.
§ 3º Na hipótese da conversão, considerar-se-á 01 (um) dia de
prestação de serviço extraordinário equivalente ao cumprimento de 01 (um)
dia de permanência.
§ 4º O prazo para o encaminhamento do pedido de conversão será
de 05 (cinco) dias úteis, contados da data da publicação da sanção de
permanência.
§ 5º O pedido de conversão elide o direito ao recurso.
Art. 35. A prestação de serviço extraordinário não remunerado
consiste na atribuição ao militar de tarefa, preferencialmente de natureza
operacional, fora de sua jornada habitual, correspondente a um turno de
serviço semanal, por período nunca inferior a 06 (seis) ou superior a 08 (oito)
horas, aplicado alternativamente, desde que não implique prejuízo para a
manutenção da hierarquia e da disciplina.
§ 1° A medida prevista no caput deste artigo será aplicada como
pena alternativa, nos casos de transgressão leve ou média, por proposta da
autoridade aplicadora e com o consentimento do transgressor, antes da
instauração do processo administrativo disciplinar.

68
§ 2° Acolhida à proposta, será aplicada a pena alternativa, na base
de um turno de serviço para cada transgressão leve e dois para cada
transgressão média de que fora acusado.
§ 3° A aplicação da pena alternativa não importará em reincidência
ou depreciação de conceito, sendo registrada apenas para impedir que o
militar seja beneficiado pelo mesmo instituto no período de 02 (dois) anos.
§ 4° O cumprimento da pena alternativa pelo transgressor importará
no arquivamento da comunicação disciplinar, antes do qual fica suspenso o
prazo para a instauração do processo administrativo disciplinar.
Art. 36. A suspensão das atividades militares consiste em uma
interrupção temporária do exercício de cargo, encargo ou função, não
podendo exceder a 10 (dez) dias, observado o seguinte:
I – os dias de suspensão serão descontados da remuneração;
II – a pena disciplinar de suspensão das atividades militares não
deve trazer prejuízo previdenciário, tampouco influenciar na contagem do
tempo de efetivo serviço.
§ 1º A aplicação da suspensão obedecerá aos seguintes parâmetros,
conforme o total de pontos apurados:
a) de vinte e um a vinte e cinco pontos, até 05 (cinco) dias;
b) acima de vinte e cinco pontos, de 06 (seis) a 10 (dez) dias.
§ 2º Em nenhuma hipótese haverá desconto superior a 30% (trinta
por cento) da remuneração mensal do militar punido, devendo ser descontado
no mês subsequente a parcela que exceda este limite.
Art. 37. A reforma disciplinar compulsória consiste em uma medida
excepcional, de conveniência da administração, que culmina no afastamento
do militar, de ofício, do serviço ativo da Corporação, pelo reiterado
cometimento de faltas ou pela sua gravidade, quando contar pelo menos 20
(vinte) anos de efetivo serviço.
Art. 38. A demissão consiste no desligamento de oficial da ativa dos
quadros da CME e consequente perda do posto e patente, nos termos da Lei
nº 2.066, de 23 de dezembro de 1976 (Estatuto dos Policiais Militares do
Estado de Sergipe), da Lei nº 2.395, de 22 de outubro de 1982, que
regulamenta o Conselho de Justificação, e deste Código.
Parágrafo Único. A demissão pune determinada transgressão ou
decorre da incorrigibilidade do transgressor contumaz, cujo histórico de

69
sanções indiquem sua inadaptabilidade ou incompatibilidade ao regime
disciplinar da Instituição.
Art. 39. A exclusão ou licenciamento a bem da disciplina consiste no
desligamento da praça da ativa dos quadros da CME e consequente perda da
graduação, nos termos das Leis nºs 2.066, de 23 de dezembro de 1976
(Estatuto dos Policiais Militares do Estado de Sergipe), 2.310, de 12 de
dezembro de 1980, que regulamenta o Conselho de Disciplina, e deste
Código.
Parágrafo Único. A exclusão ou licenciamento a bem da disciplina
pune determinada transgressão ou decorre da incorrigibilidade do
transgressor contumaz, cujo histórico de sanções indiquem sua
inadaptabilidade ou incompatibilidade ao regime disciplinar da Instituição.
Art. 40. O militar da reserva submetido à perda do posto, da patente
ou da graduação perde seus direitos e prerrogativas inerentes à condição de
militar, exceto os previdenciários.
Art. 41. Será aplicado o cancelamento de matrícula, com
desligamento de curso, estágio ou exame, conforme dispuser a norma escolar
própria, a discentes de cursos das CMEs.
Art. 42. O discente dos cursos iniciais de formação das CMEs, ao ter
cancelada sua matrícula e ser desligado do curso, será também excluído da
CME, observando-se o disposto no art. 39, exceto aquele que já era militar
estadual, que poderá retornar à sua condição anterior, caso não seja excluído.
Art. 43. Quando o militar incorrer em ato incompatível com o
exercício do cargo, função ou comissão será destituído, independentemente
da aplicação de sanção disciplinar, nos termos do inciso II do art. 29.

CAPÍTULO IV
Regras de Aplicação

Art. 44. A sanção será aplicada com justiça, serenidade,


imparcialidade e isenção.
Art. 45. O ato administrativo-disciplinar conterá:
I – a transgressão cometida, em termos concisos, com relato objetivo
dos fatos e atos ensejadores da transgressão;
II – a síntese das alegações de defesa do militar;

70
III – a conclusão da autoridade e a indicação expressa dos artigos e
respectivos parágrafos, incisos e alíneas, quando couber, da norma em que
se enquadre o transgressor e em que se tipifiquem as circunstâncias
atenuantes e agravantes, se existirem;
IV – a classificação da transgressão;
V – a sanção imposta;
VI – a classificação do conceito que passa a ter ou em que
permanece o transgressor.
Art. 46. O militar será cientificado de sua classificação no conceito
“C”.
Art. 47. O cumprimento da sanção ocorrerá após o término do prazo
regulamentar para recurso, na forma do art. 68 deste código.
Art. 48. A sanção disciplinar imposta a militar durante o período de
afastamento legal do serviço somente será cumprida após o término do seu
prazo.

CAPÍTULO V
Competência para Aplicação

Art. 49. A competência para aplicar sanção disciplinar, no âmbito da


respectiva CME, é atribuição inerente ao cargo e não ao grau hierárquico,
sendo deferida:
I – ao Comandante-Geral, em relação àqueles que estiverem sujeitos
a este Código;
II – ao Chefe do Estado-Maior, na qualidade de Subcomandante da
Corporação, em relação aos militares que lhe são subordinados
hierarquicamente;
III – ao Corregedor da CME, em relação aos militares sujeitos a este
Código, exceto o Comandante-Geral, o Chefe do Estado-Maior e o Chefe do
Gabinete Militar;
IV – ao Chefe do Gabinete Militar, em relação aos que servirem sob
sua chefia ou ordens;
V – aos Diretores e Comandantes dos Grandes Comandos, em
relação aos que servirem sob sua direção, comando ou ordens, dentro do
respectivo sistema hierárquico;

71
VI – aos Comandantes de Unidade, Chefes de Centro e Chefes de
Seção do Estado-Maior, em relação aos que servirem sob seu comando ou
chefia.
VII – aos Comandantes de Subunidade Independente, aos que
estiverem sob suas ordens.
Parágrafo Único. Além das autoridades mencionadas nos incisos I e
II deste artigo, compete ao Corregedor da CME a aplicação de sanções
disciplinares a militares inativos.
Art. 50. Quando a ocorrência disciplinar envolver militares de mais
de uma OM, caberá à autoridade imediatamente superior, na linha de
subordinação, apurar ou determinar a apuração dos fatos, adotar as medidas
disciplinares necessárias ou comunicar àquela competente o que lhe escape à
alçada.
Parágrafo Único. No caso de ocorrência disciplinar na qual se
envolvam militares das Forças Armadas e militares estaduais, a autoridade
competente da CME deverá tomar as medidas disciplinares referentes
àqueles que lhe são subordinados, comunicando à respectiva Força para
adoção das providências legais.
Art. 51. As autoridades mencionadas nos incisos I, II e III do art. 49
são competentes para aplicar sanção disciplinar a militar que estiver à
disposição ou a serviço de órgão do poder público, independentemente da
competência da autoridade sob cujas ordens estiver servindo.
Parágrafo Único. A autoridade com competência disciplinar sobre o
militar poderá requisitar a sua apresentação, devendo esta ser atendida no
prazo de até 03 (três) dias após seu recebimento.

CAPÍTULO VI
Anulação

Art. 52. A anulação da punição consiste em tornar sem efeito o ato


punitivo, na hipótese de comprovação da sua ilegalidade, a partir da sua
publicação;
§ 1º O ato punitivo somente poderá será anulado até 05 (cinco) anos
da data da sua aplicação.
§ 2° A anulação da punição eliminará todas as anotações nos
assentamentos funcionais relativos à sua aplicação.

72
Art. 53. São competentes para anular as sanções impostas por elas
mesmas ou por seus subordinados as autoridades mencionadas nos incisos I,
II e III do art. 49 deste código.

TÍTULO IV
Recompensas

CAPÍTULO I
Definições e Especificações

Art. 54. Recompensas, regulamentadas pelo Comando Geral da


CME em normas específicas, são prêmios concedidos aos militares em razão
de atos meritórios, serviços relevantes e inexistência de sanções disciplinares.
§ 1° São recompensas militares:
I – elogio individual, quando não couber qualquer outra recompensa;
II – dispensa de serviço;
III – cancelamento do registro de punições;
IV – condecorações militares.
§ 2° As recompensas de que trata o § 1° serão publicadas em
boletim ostensivo e consignadas nos assentamentos do militar beneficiário, de
acordo com o estabelecido no inciso I, do art. 58.
Art. 55. As recompensas consignadas nos assentamentos do militar
serão pontuadas positivamente, conforme a natureza e as circunstâncias dos
fatos que as originaram, nos seguintes limites:
I – elogio individual: 01 (um) ponto cada;
II – condecorações concedidas pelas CMEs:
a) Alferes Tiradentes na Polícia Militar de Sergipe – PMSE – ou
equivalente no Corpo de Bombeiros Militar de Sergipe – CBMSE: 15 (quinze)
pontos;
b) Mérito Policial ou Bombeiro Militar: 10 (dez) pontos cada;
c) Tempo de Serviço: 05 (cinco) pontos cada.
§ 1° A pontuação a que se refere o inciso I será limitada a 05 (cinco)
pontos a cada ano civil.
§ 2º Os pontos inerentes às condecorações somente serão
computados quando da sua concessão.

73
§ 3º A pontuação inerente às recompensas somente serão
consideradas até o limite estabelecido no § 4º, do art. 9º, deste código.

CAPÍTULO II
Competência para Concessão

Art. 56. A concessão de recompensa é atribuição inerente ao cargo


e não ao grau hierárquico, sendo competente para fazê-la aos militares que se
achem sob o seu Comando:
I – o Comandante-Geral, as previstas no § 1° do art. 54, sendo a
dispensa de serviço por até 15 (quinze) dias;
II – o Chefe do Estado-Maior, as recompensas previstas nos incisos I
a III do § 1° do art. 54, sendo a dispensa de serviço por até 10 (dez) dias;
III – as autoridades especificadas nos incisos III a VI do art. 49, as
recompensas previstas nos incisos I e II do § 1° do art. 54, sendo a dispensa
de serviço por até 05 (cinco) dias.
IV – o Comandante de Subunidade Independente, as recompensas
previstas nos incisos I e II do § 1° do art. 54, sendo a dispensa de serviço por
até 03 (três) dias.

CAPÍTULO III
Ampliação, Restrição e Anulação

Art. 57. A recompensa dada por uma autoridade pode ser ampliada,
restringida ou anulada por autoridade superior, que motivará seu ato.
Parágrafo Único. Quando o serviço ou ato meritório prestado pelo
militar ensejar recompensa que escape à alçada de uma autoridade, esta
diligenciará a respectiva concessão perante a autoridade superior
competente.

CAPÍTULO IV
Regras para Concessão

Art. 58. A concessão das recompensas está subordinada às


seguintes prescrições:

74
I – só se registram nos assentamentos dos militares os elogios
concedidos ou homologados pelas autoridades especificadas nos incisos I a V
do art. 49;
II – salvo por motivo de força maior, não se concederá a dispensa do
serviço como recompensa a discentes, durante o período letivo, nem a militar,
durante o período de prontidão ou em situações extraordinárias;
III – a dispensa de serviço é concedida no decorrer de 01 (um) ano
civil, por dias de 24 (vinte e quatro) horas, contadas da hora em que o militar
começou a gozá-la.

TÍTULO V
Comunicação e Queixa Disciplinares

CAPÍTULO I
Comunicação Disciplinar

Art. 59. A comunicação disciplinar é a formalização de ato ou fato


contrário à disciplina, assinada por militar e dirigida à autoridade competente,
respeitada a cadeia de comando.
§ 1º A comunicação deve ser a expressão da verdade, clara, concisa
e precisa, sem comentários ou opiniões pessoais, e conterá os dados que
permitam identificar o fato e as pessoas ou coisas envolvidas, bem como o
local, a data e a hora da ocorrência.
§ 2° Não tendo competência disciplinar para solucioná-la, a
autoridade que receber a comunicação terá o prazo de 03 (três) dias úteis
para encaminhá-la, sob pena de incorrer no disposto no inciso XIV do art. 14
desta lei.
Art. 60. A comunicação será apresentada no prazo de 05 (cinco)
dias úteis contados da observação ou do conhecimento do fato.
§ 1° A autoridade competente encaminhará a comunicação ao
acusado mediante notificação formal para que este apresente defesa prévia,
por escrito, no prazo improrrogável de 03 (três) dias úteis, oportunidade em
que poderá propor a medida prevista no art. 35 deste Código;
§ 2º A defesa prévia, quando não acatada, deverá acompanhar a
comunicação, para constar no Processo Administrativo Disciplinar a ser
instaurado. Acatada, determinará o arquivamento da comunicação;

75
§ 3° A inobservância injustificada do prazo previsto no § 1° não
inviabilizará a apuração da transgressão, operando-se os efeitos da revelia.

CAPÍTULO II
Queixa Disciplinar

Art. 61. Queixa é a comunicação formal interposta pelo militar


diretamente atingido por ato pessoal que repute irregular ou injusto, dirigida à
autoridade competente, respeitada a cadeia de comando.
§ 1° A apresentação da queixa será feita no prazo máximo de 05
(cinco) dias úteis, a contar da data do fato.
§ 2° Não sendo competente para dar-lhe solução, a autoridade que a
receber terá o prazo de 03 (três) dias para encaminhá-la, sob pena de incorrer
no disposto no inciso XIV do art. 14 desta lei.
§ 3° Por decisão da autoridade superior ou a pedido do queixoso,
este poderá ser afastado da subordinação direta da autoridade contra quem
formulou a queixa, até a sua solução.
§ 4º Excepcionalmente, a queixa poderá ser encaminhada à
autoridade imediatamente superior ao ator do fato, quando este for o
comandante imediato do queixoso.

CAPÍTULO III
Recurso Disciplinar

Art. 62. O militar que se sentir prejudicado, ofendido ou injustiçado


por qualquer ato disciplinar, poderá interpor recurso na esfera administrativa.
Art. 63. Da decisão que aplicar sanção disciplinar caberá recurso à
autoridade superior, com efeito suspensivo, no prazo de 05 (cinco) dias úteis,
contados a partir do primeiro dia útil posterior ao recebimento da notificação
pelo militar.
Art. 64. O recurso disciplinar, assinado pelo militar e dirigido à
autoridade competente, respeitada a cadeia de comando, deverá conter os
seguintes requisitos:
I – exposição do fato e do direito;
II – as razões do pedido de reforma da decisão.

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Parágrafo Único. Recebido o recurso, o responsável pela aplicação
da sanção poderá reconsiderar a sua decisão ou encaminhá-lo à autoridade
superior, no prazo de 05 (cinco) dias úteis, devidamente instruído.
Art. 65. Não será conhecido pela autoridade superior o recurso
intempestivo ou procrastinador.
Art. 66. A autoridade superior proferirá decisão, devidamente
fundamentada, devendo publicá-la em boletim ostensivo ou reservado, no
prazo de 10 (dez) dias úteis, observado o disposto no § 3º, do art. 29 deste
Código.
Art. 67. Solucionado o recurso disciplinar, encerra-se para o
recorrente a possibilidade administrativa de revisão do ato disciplinar.
Art. 68. Havendo sanção disciplinar a ser executada, esta deverá ser
efetivada a partir do primeiro dia útil após a publicação da solução do recurso
ou do término do prazo estabelecido no art. 63.
Art. 69. O prazo para a interposição do recurso de que trata este
Código é decadencial.

TÍTULO VI
Processo Administrativo-Disciplinar

CAPÍTULO I
Da Definição e da Finalidade

Art. 70. O Processo Administrativo Disciplinar – PAD é o


procedimento administrativo adotado para apurar, sempre que possível de
forma resumida e sintética, garantidos a ampla defesa e o contraditório, os
fatos indicativos de transgressões disciplinares envolvendo militares
estaduais, a fim de determinar sua autoria, causas e circunstâncias.
Parágrafo Único. A prática de transgressão disciplinar que se
enquadre nas hipóteses de instauração de Conselho de Justificação ou de
Disciplina obedecerá ao disposto na legislação específica.

77
CAPÍTULO II
Da Competência

Art. 71. A instauração do Processo Administrativo Disciplinar


compete às autoridades referidas no art. 49 deste Código.
Art. 72. A autoridade competente, não acatada a defesa prévia ou
transcorrido em branco o prazo do § 1º, do art. 60 deste código, deverá, em
até 10 (dez) dias úteis, instaurar portaria de designação do encarregado para
presidir o PAD.

CAPÍTULO III
Do Encarregado

Art. 73. Poderão ser designados como encarregado do Processo


Administrativo Disciplinar, respeitando-se o grau hierárquico ou a precedência
do disciplinando, os Oficiais, os Aspirantes-a-Oficial e os Subtenentes.
Parágrafo Único. Quando, no decorrer do PAD, o encarregado
constatar a existência de irregularidades praticadas por um militar estadual de
grau hierárquico ou precedência superior à sua deverá concluir os autos e
solicitar, imediatamente, a sua substituição.
Art. 74. Não poderão ser designados como encarregado do PAD:
I – quem formulou a acusação; e
II – tenha parentesco consanguíneo ou afim, em linha ascendente,
descendente ou colateral, até o 4° grau, com quem fez a comunicação, com a
vítima ou com o acusado.

CAPÍTULO IV
Do Procedimento e das Formalidades

Art. 75. O Processo Administrativo Disciplinar será iniciado com a


publicação da portaria em boletim ostensivo ou reservado, observado o
disposto no § 3º, do art. 29 deste Código.
Art. 76. Ao receber a portaria para presidir o PAD, o encarregado,
dentre outras diligências julgadas pertinentes, deverá adotar as seguintes
providências:

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I – autuar a portaria e demais documentos que deram origem ao
PAD;
II – lavrar o termo de abertura;
III – lavrar o libelo acusatório, notificando o disciplinando dos fatos e
das infrações disciplinares a ele imputadas;
IV – intimar e notificar as pessoas envolvidas;
V – interrogar o disciplinando, ouvir em termo de declarações os
ofendidos, e inquirir as testemunhas e demais envolvidos;
VI – proceder ao reconhecimento de pessoas e coisas, quando for o
caso;
VII – fazer as acareações necessárias;
VIII – providenciar os exames periciais imprescindíveis à elucidação
dos fatos;
IX – deferir a produção de outras provas requeridas pelo
disciplinando, quando pertinentes à apuração;
X – juntar as razões de defesa do disciplinando;
XI – elaborar relatório minucioso emitindo parecer conclusivo;
XII – lavrar o termo de encerramento.
§ 1º Todos os atos do PAD deverão ser digitados e assinados, sendo
rubricadas todas as suas folhas.
§ 2º O encarregado deverá utilizar uma linguagem clara, simples e
compreensível.
§ 3º A não apresentação das razões de defesa, por renúncia ou
inércia do disciplinando, não prejudicará a conclusão do PAD, devendo o
encarregado fazer constar nos autos a comprovação do fato.

CAPÍTULO V
Dos Direitos do Disciplinando

Art. 77. É facultado ao disciplinando ser assistido por Advogado,


bem como, acompanhar o feito pessoalmente ou por intermédio de seu
defensor, requerer a juntada de documentos, solicitar a produção de provas,
formular quesitos, quando se tratar de prova pericial, e solicitar a extração de
cópias dos autos.

79
§ 1º Ao disciplinando será assegurada a ampla defesa, devendo ser-
lhe fornecida cópia do libelo acusatório, contendo minuciosamente o relato
dos fatos e a descrição dos atos que lhe são imputados.
§ 2º A partir do recebimento do libelo acusatório, o disciplinando
poderá, no prazo de 03 (três) dias úteis, requerer a produção de provas,
nomear defensor e indicar testemunhas.
§ 3º O disciplinando tem o direito de contraditar todos os fatos que
lhe são imputados, podendo manifestar-se sobre todas as provas contra ele
produzidas quando da apresentação das razões de defesa, prevista no art.
79, deste Código.
§ 4º Se o disciplinando ou seu advogado requerer a produção de
exames, perícias ou quaisquer outras provas das quais resultem ônus, as
custas ficarão a cargo do requerente, cabendo ao encarregado a indicação
dos peritos oficiais ou “ad hoc” para proceder ao exame e/ou à realização das
provas.
Art. 78. O encarregado poderá indeferir pedidos de provas ilícitas,
meramente protelatórias ou de nenhuma relevância para o esclarecimento dos
fatos.
Art. 79. Ao final da instrução do processo o disciplinando será
notificado a apresentar razões de defesa, no prazo de 03 (três) dias úteis.

CAPÍTULO VI
Do Prazo

Art. 80. O prazo para conclusão do Processo Administrativo


Disciplinar será de 15 (quinze) dias úteis.
§ 1º Este prazo poderá ser prorrogado por mais 05 (cinco) dias úteis,
desde que fundamentadamente justificado, e em tempo oportuno, de modo a
ser atendido antes do término do prazo definido no caput deste artigo.
§ 2º O prazo para conclusão do PAD poderá, excepcionalmente, ser
suspenso por decisão da autoridade delegante, de ofício ou a pedido do
encarregado, quando devidamente motivado.
§ 3º Quando houver substituição do encarregado, o prazo será
reiniciado, sendo garantido o direito à prorrogação.

80
CAPÍTULO VII
Do Comparecimento de Pessoas

Art. 81. Os militares comparecerão aos atos do PAD mediante


intimação do encarregado ao respectivo comandante ou chefe imediato.
§ 1º Quando o disciplinando estiver preso, a intimação será feita à
autoridade responsável pela sua guarda.
§ 2º O encarregado adotará as providências julgadas cabíveis,
quando do não comparecimento dos envolvidos devidamente intimados,
dando ciência ao disciplinando, quando se tratar de testemunha por ele
indicada.

CAPÍTULO VIII
Da Oitiva dos Envolvidos

Art. 82. O encarregado deverá ouvir tantas pessoas quantas forem


necessárias para melhor esclarecer os fatos.
Parágrafo Único. A oitiva, exceto em situações extraordinárias,
deverá ser realizada durante o expediente administrativo da CME.
Art. 83. A oitiva de militares estaduais lotados em municípios
distantes da sede da apuração deverá ser realizada nas suas Organizações
Militares - OMs.
Art. 84. Quando houver necessidade de reinquirir alguma
testemunha, o encarregado formalizará o ato em termo de reinquirição.
Art. 85. Caso as pessoas ouvidas não saibam, não possam ou não
queiram assinar o termo, o encarregado convocará uma pessoa idônea para
ler o seu depoimento e posteriormente assiná-lo “a rogo” juntamente com
mais duas testemunhas, fazendo constar esta ocorrência no termo.

CAPÍTULO IX
Da Conclusão e da Remessa

Art. 86. O Processo Administrativo Disciplinar será concluído com


minucioso relatório, dividido em introdução, exposição e conclusão, contendo
todos os atos praticados pelo encarregado, a síntese do desenvolvimento dos

81
trabalhos, a análise das provas apuradas e a refutação das alegações do
disciplinando quando concluir pela existência de infração.
Parágrafo único. No relatório, o encarregado dirá se houve
transgressão disciplinar, indícios de crime ou ambos. Não havendo, opinará
sobre as providências a serem adotadas pela autoridade delegante.
Art. 87. Após lavrar o termo de encerramento, o encarregado
remeterá o PAD à autoridade delegante.

CAPÍTULO X
Da Solução

Art. 88. A autoridade delegante terá o prazo de 10 (dez) dias úteis


para solucionar o Processo Administrativo Disciplinar, homologando ou não a
conclusão do encarregado, e, justificando a sua solução, deverá:
I – se não constatar irregularidades, arquivar o PAD;
II – punir o transgressor, de acordo com este código;
III – encaminhar o PAD à Corregedoria Geral da CME, quando
observar indícios de crime, sugerindo instauração de inquérito policial militar.
Art. 89. A decisão proferida no PAD, depois de publicada, deverá ser
comunicada pela autoridade aplicadora ao disciplinando, inclusive informando-
os sobre o direito de apresentar recurso disciplinar.

TÍTULO VII
Disposições Finais

Art. 90. A classificação de conceito obedecerá ao previsto neste


Código, a partir de sua vigência.
Art. 91. O militar classificado no conceito “C” que se mostrar
incompatível com as regras éticas e disciplinares deste Código, ao atingir o
limite de 100 (cem) pontos negativos será submetido a Conselho, na forma da
legislação específica.
Art. 92. A contagem dos prazos previstos neste Código inicia-se no
primeiro dia útil seguinte ao da prática do ato.
Art. 93. A não interposição de recurso disciplinar no momento
oportuno implicará aceitação da sanção, que se tornará definitiva.

82
Art. 94. A forma de apresentação do recurso disciplinar não impedirá
seu exame, desde que esteja clara a intenção de recorrer.
Art. 95. A pretensão punitiva disciplinar da administração
prescreverá em 03 (três) anos para as transgressões leves e médias, e em 06
(seis) anos para as transgressões graves, contados da data do seu
cometimento.
§ 1º A punibilidade da transgressão disciplinar também prevista
como crime prescreve nos prazos estabelecidos para o tipo previsto na
legislação penal.
§ 2º O início da contagem do prazo de prescrição de qualquer
transgressão disciplinar é da data em que foi praticada, interrompendo-se pela
instauração de sindicância, de conselho de justificação ou disciplina ou de
processo administrativo disciplinar ou pela suspensão destes.
Art. 96. Os militares da reserva remunerada sujeitam-se às
transgressões disciplinares especificadas nos incisos I, II, III, VI, VII e XIX do
art. 14, deste Código.
Parágrafo único. O valor correspondente à suspensão disciplinar
aplicada a militar da reserva deverá ser convertido em multa em favor da
administração militar estadual a ser recolhida ao fundo estadual de segurança
pública, nos termos do art. 107 deste Código.
Art. 97. Decorridos 06 (seis) anos de efetivo serviço, a contar da
data da publicação da última transgressão, o militar sem nenhuma outra
punição disciplinar ou condenação criminal terá o registro de suas sanções
disciplinares canceladas automaticamente.
§ 1° As punições canceladas serão suprimidas do registro de
alterações do militar, vedada qualquer referência a elas, a partir do ato de
cancelamento, sem alterar o seu conceito.
§ 2° Após 02 (dois) anos de sua transferência para a inatividade, o
militar classificado no conceito “C” será automaticamente reclassificado no
conceito “B”, com zero ponto.
Art. 98. O militar que presenciar ou tomar conhecimento de fato
contrário à moralidade ou à legalidade, praticado por militar mais antigo ou de
maior grau hierárquico, poderá encaminhar relatório reservado e
fundamentado à autoridade imediatamente superior, com competência
disciplinar sobre o autor, desde que disponha de meios para demonstrá-lo.

83
§ 1° A comunicação infundada acarretará responsabilidade
administrativa, civil e penal ao comunicante.
§ 2° A autoridade que receber o relatório reservado dar-lhe-á o
devido encaminhamento, sob pena de responsabilidade administrativa, civil e
penal.
Art. 99. Ficam definidas as seguintes regras de aplicação dos
dispositivos deste Código, a partir de sua vigência:
I – o militar que, nos últimos 05 (cinco) anos, apresentar em sua
ficha funcional registro de até uma repreensão e nenhuma condenação
criminal definitiva, fica classificado no conceito “A”, com 50 (cinquenta) pontos;
II – o militar que possuir registro de até 02 (duas) prisões nos últimos
02 (dois) anos em sua ficha funcional fica classificado no conceito “B”, com
zero ponto;
III – o militar que possuir registro de até 02 (duas) prisões ou até
uma condenação definitiva por crime doloso no último ano em sua ficha
funcional fica classificado no conceito “B”, com 30 (trinta) pontos negativos;
IV – o militar que possuir registro de mais de 02 (duas) prisões ou
mais de uma condenação definitiva por crime doloso no último ano em sua
ficha funcional fica classificado no conceito “C”, com 60 (sessenta) pontos
negativos.
§ 1º As condenações definitivas por crime culposo anteriores à
vigência desta lei não serão computadas para fins de classificação de
conceito do militar.
§ 2º As punições aplicadas anteriormente à vigência deste Código
serão consideradas para fins de antecedentes e outros efeitos inseridos em
legislação específica.
§ 3º Aplicam-se aos procedimentos administrativo-disciplinares em
andamento as disposições deste Código, aproveitando-se os atos já
concluídos.
§ 4º Somente serão consideradas, para fins de pontuação, as
condecorações concedidas pelas CMEs nos últimos 05 (cinco) anos, na forma
estabelecida no inciso II, do art. 55 deste código.
Art. 100. Os Comandantes das CMEs poderão expedir instruções
complementares, necessárias à interpretação, orientação e fiel aplicação do
disposto neste Código.

84
Art. 101. Aplicam-se subsidiariamente às presentes Normas, no que
couberem, o Código de Processo Penal Militar – CPPM, e as demais fontes
do Direito.
Art. 102. As referências ao comportamento até então constantes no
§ 6º, do art. 14, da Lei nº 2.066, de 23 de dezembro de 1976; na alínea b, do
inciso I e alínea b, do inciso II, do art. 2º, da Lei nº 4.378, de 29 de maio de
2001; e ainda no inciso VII, do art. 12, da Lei nº 2.106, de 19 de outubro de
1977; bem como, no inciso II, do art. 5º, e no inciso III, do art. 9º, do decreto nº
3.974, de 09 de março de 1978, passam a ser aplicadas com observância das
modificações instituídas por esta Lei Complementar, sendo o comportamento
BOM equivalente ao conceito “B” e os comportamentos MAU e
INSUFICIENTE equivalentes ao conceito “C”.
Art. 103. Os artigos 46, 47 e 48, da Lei nº 2.066, de 23 de dezembro
de 1976, passa a vigorar com a seguinte redação:
“Art. 46. O Código de Ética e Disciplina dos Militares de Sergipe –
CEDM/SE – especificará e classificará as transgressões disciplinares e
estabelecerá as normas relativas à amplitude e à aplicação das sanções
disciplinares, à classificação do conceito militar e a interposição de
recursos contra as sanções disciplinares.
§ 1º As sanções disciplinares de permanência e suspensão não
podem ultrapassar de 05 (cinco) e 10 (dez) dias, respectivamente;
§ 2º Ao Aluno Oficial e ao Soldado Aluno aplicam-se, também, as
disposições disciplinares previstas no estabelecimento de ensino onde
estiver matriculado.” (NR)
“Art. 47. O Oficial presumivelmente incapaz de permanecer como
militar da ativa será submetido a conselho de justificação, na forma da
legislação específica.
§ 1º O Oficial, ao ser submetido a conselho de justificação, poderá
ser afastado do exercício de suas funções a critério do Comandante-
Geral, conforme estabelecido em lei específica.
§ 2º ...
§ 3º O Conselho de justificação também poderá ser aplicado aos
oficiais na reserva remunerada.” (NR)
“Art. 48 - O Aspirante-a-Oficial e as demais praças da Polícia Militar
e do Corpo de Bombeiros Militar, presumivelmente incapazes de

85
permanecerem como militares da ativa, serão submetidos a Conselho de
Disciplina, na forma da lei específica.
§ 1º O Aspirante-a-Oficial e as demais praças, ao serem submetidos
a Conselho de Disciplina, poderão ser afastados do exercício de suas
funções a critério do Comandante Geral, conforme estabelecido em lei
específica.
§ 2º Compete ao Governador do Estado julgar, em ultima instância,
os processos oriundos dos Conselhos de Disciplina convocados no
âmbito das Corporações.
§ 3º O Conselho de Disciplina também poderá ser aplicado às
praças na reserva remunerada.” (NR)
Art. 104. O artigo 2º, da Lei nº 2.310, de 12 de dezembro de 1980,
passa a vigorar com a seguinte redação:
“Art. 2º O Conselho de Disciplina tem por finalidade julgar a
presumível incapacidade do Aspirante-a-Oficial e das demais praças da
Polícia Militar e do Corpo de Bombeiros Militar, para permanecerem
como militares da ativa.
Parágrafo Único. O Conselho de Disciplina pode julgar, também, a
presumível incapacidade do Aspirante a Oficial e das demais praças da
reserva remunerada, para permanecerem na situação de inatividade em
que se encontrem.” (NR)
Art. 105. O artigo 2º, da Lei nº 2.395, de 22 de outubro de 1982,
passa a vigorar com a seguinte redação:
“Art. 2º O Conselho de Justificação é destinado a julgar, através de
processo especial, a incapacidade do Oficial da Polícia Militar e do
Corpo de Bombeiros Militar do Estado de Sergipe para permanecer na
ativa, criando-lhe, ao mesmo tempo, condições para se justificar.
Parágrafo Único. O Conselho de Justificação também poderá ser
aplicado ao Oficial da reserva remunerada, presumivelmente incapaz
para permanecer na situação de inatividade em que se encontre.” (NR)
Art. 106. O inciso III, do art. 28, da Lei nº 2.101, de 11 de outubro de
1977, passa a vigorar com a seguinte redação:

“Art. 28. ...


..........................................................................................................
III - Estiver classificado no conceito C;” (NR)

86
Art. 107. A receita arrecadada com a sanção disciplinar de
suspensão das atividades, na forma dos artigos 36 e 96 deste Código, será
depositada em conta de fundo no âmbito estadual destinado à segurança
pública, devendo ser aplicada, exclusivamente, na formação e capacitação de
militares estaduais, cabendo ao Chefe do Poder Executivo Estadual a sua
regulamentação, no prazo de 60 (sessenta) dias a partir da data de sua
publicação.
Art. 108. Esta Lei Complementar entra em vigor na data de sua
publicação.
Art. 109. Revogam-se as disposições em contrário, especialmente
os incisos IV, V, VI e XIII, do art. 28, da Lei nº 2.101, de 11 de outubro de
1977.
Aracaju, 21 de agosto de 2017; 196º da Independência e 129° da
República.

JACKSON BARRETO DE LIMA


GOVERNADOR DO ESTADO

João Eloy de Menezes


Secretário de Estado da Segurança Pública

Benedito de Figueiredo
Secretário de Estado de Governo

NOTA:
1. Lei Complementar publicada no DOE, de 22 de agosto de 2017.

87
POLÍCIA MILITAR DO ESTADO DE SERGIPE
QUARTEL DO COMANDO-GERAL

GABINETE DO COMANDANTE-GERAL

Portaria Normativa nº 60/2017-GCG.

Expede instruções complementares e modelo


para padronização de Processo Administrativo
Disciplinar no âmbito da Polícia Militar do
Estado de Sergipe, e dá outras providências.

O COMANDANTE GERAL DA POLÍCIA MILITAR DO ESTADO DE SERGIPE,


no uso das atribuições que lhes são conferidas nos termos do art. 4º da Lei nº 3.669 de
07/11/1995, bem como o contido no inciso III do art.17 do mesmo diploma legal e art. 100
da Lei Complementar nº 291 de 21 de agosto de 2017.

RESOLVE:

Art. 1º. Ficam aprovadas as instruções complementares e modelo para


padronização de Processo Administrativo Disciplinar, a serem aplicados no âmbito da
Polícia Militar do Estado de Sergipe.
Art. 2º. Esta Portaria entra em vigor na data de sua publicação.
Art. 3º. Revogam-se as disposições em contrário.

Aracaju/SE, 31 de agosto de 2017.

Marcony Cabral Santos – Cel QOPM


Comandante Geral da PMSE

88
POLÍCIA MILITAR DO ESTADO DE SERGIPE
QUARTEL DO COMANDO-GERAL

GABINETE DO COMANDANTE-GERAL

Instruções Complementares ao CEDM/SE

Procedimentos prévios à abertura do Processo Administrativo Disciplinar.

Conforme o art. 60, §1º, da Lei Complementar nº 291/2017 (CEDM/SE), a


autoridade competente deverá encaminhar a comunicação disciplinar ao acusado,
mediante notificação formal, para que este apresente defesa prévia, por escrito, no prazo
de 03 (três) dias úteis.
Se também estiverem preenchidos os requisitos do art. 35 e parágrafos, a
autoridade aplicadora poderá propor ao autor da transgressão disciplinar a prestação de
serviço extraordinário não remunerado em detrimento da instauração do procedimento
administrativo.
Acolhida a proposta, será prescindível a apresentação de defesa prévia e será
aplicada a pena alternativa, na base de um turno de serviço para cada transgressão leve
e dois para cada transgressão média de que fora acusado.

89
POLÍCIA MILITAR DO ESTADO DE SERGIPE
(GRANDE COMANDO OU SUBORDINAÇÃO)

(UNIDADE)

Modelo de Defesa Prévia

Ofício nº ..../(ano)-PAD. Local e data


Assunto: Defesa Prévia

Senhor (a)...(cargo do destinatário),


Conforme o preconizado no art. 60 do CEDM/SE encaminho a Vossa Senhoria a
Comunicação Disciplinar exarada por (militar que formalizou a comunicação) para que
apresente defesa prévia por escrito no prazo de 03 (três) dias úteis.

Autoridade competente

Rodapé (Endereço da unidade, e-mail e telefone)

90
POLÍCIA MILITAR DO ESTADO DE SERGIPE
(GRANDE COMANDO OU SUBORDINAÇÃO)

(UNIDADE)

Modelo de Proposta de aplicação de pena alternativa

Ofício nº ..../(ano)-PAD. ‘ Local e data


Assunto: Proposta de aplicação de pena alternativa.

Senhor (a)...(cargo do destinatário),


Considerando as informações constantes na comunicação disciplinar exarada por
(militar que formalizou a comunicação) e tendo em vista que Vossa Senhoria preenche os
requisitos objetivos e subjetivos do art. 35, caput, e § 3º, do CEDM/SE, proponho-vos a
aplicação de prestação de serviço extraordinário não remunerado em detrimento da
instauração do procedimento administrativo, consistente em 01 (um) turno de serviço
semanal com jornada (nunca inferior a 06 ou superior a 08horas) a ser realizado (data e
local do serviço) para cada transgressão de natureza leve ou de 02 (dois) turnos para
cada transgressão de natureza média, conforme o §2º, do art. 35 do CEDM/SE.

Autoridade competente

Rodapé (Endereço da unidade, e-mail e telefone)

91
POLÍCIA MILITAR DO ESTADO DE SERGIPE
(GRANDE COMANDO OU SUBORDINAÇÃO)

(UNIDADE)

Manifestação do autor da transgressão disciplinar.

Foi ao autor(a) da transgressão esclarecido (a) de que a prestação de serviço


extraordinário não remunerado em detrimento da instauração do procedimento
administrativo:
01) acarretará em registro da aplicação do instituto;
02) o registro não acarretará reincidência ou depreciação de conceito;
03) nos próximos 02 (anos) anos não poderá receber o mesmo benefício, conforme
dispõe o art. 35, § 3º, CEDM/SE;
04) o cumprimento da pena alternativa importará no arquivamento da comunicação
disciplinar, antes do qual fica suspenso o prazo para a instauração do processo
administrativo disciplinar;
05) o descumprimento implicará em prosseguimento do feito.
Após o devido esclarecimento, o(a) autor(a) da transgressão disciplinar, ACEITOU a
proposta apresentada pela Autoridade aplicadora da punição, comprometendo-se a
cumpri-la integralmente.

Autoridade competente

Acusado da transgressão

92
POLÍCIA MILITAR DO ESTADO DE SERGIPE
(GRANDE COMANDO OU SUBORDINAÇÃO)

(UNIDADE)

Ordem cronológica do Processo Administrativo Disciplinar

Conforme o art. 76, e Incisos o Encarregado do Processo Administrativo Disciplinar


deverá proceder da seguinte forma e ordem:
a) autuar a portaria e demais documentos que deram origem ao PAD;
b) lavrar o termo de abertura;
c) lavrar o libelo acusatório, notificando o disciplinando dos atos e das infrações
disciplinares a ele imputadas;
d) intimar e notificar as pessoas envolvidas;
e) proceder ao interrogatório do disciplinando;
f) proceder à tomada de declarações do ofendido;
g) proceder à inquirição das pessoas envolvidas e testemunhas diversas das
do disciplinando;
h) proceder à inquirição das testemunhas arroladas pelo disciplinando;
i) proceder ao reconhecimento de pessoas e coisas, quando for o caso;
j) fazer as acareações necessárias;
k) providenciar os exames periciais imprescindíveis à elucidação dos fatos;
l) deferir a produção de outras provas requeridas pelo disciplinando, quando
pertinentes à apuração;
m) notificar o disciplinando para apresentar razão de defesa (na forma do art. 79
do CEDM/SE);
n) juntar as razões de defesa do disciplinando (caso não seja apresentada,
lavrar certidão);
o) elaborar relatório minucioso emitindo parecer conclusivo;
p) lavrar o termo de encerramento.

93
MODELO DO PROCESSO ADMINISTRATIVO DISCIPLINAR

POLÍCIA MILITAR DO ESTADO DE SERGIPE


(GRANDE COMANDO OU SUBORDINAÇÃO)

(UNIDADE)

PROCESSO ADMINISTRATIVO DISCIPLINAR


Nº. _________

ENCARREGADO: _________________________________________________________
_________________________________________________________

DISCIPLINADO(S): _________________________________________________________
_________________________________________________________

DEFENSOR: _________________________________________________________
_________________________________________________________

AUTUAÇÃO

Ao(s) __________ dia(s) do mês de _______________ do ano de dois mil e


_________, nesta cidade de ______________________________________________,
no(a) _________________________________, autuo a Portaria de Processo
Administrativo Disciplinar nº ____________, e demais documentos que me foram
entregues, do que, para constar, lavro o presente termo.

_________________________________________________
ENCARREGADO

94
POLÍCIA MILITAR DO ESTADO DE SERGIPE
(GRANDE COMANDO OU SUBORDINAÇÃO)

(UNIDADE)

TERMO DE ABERTURA

Aos...(por extenso)...dias do mês de .............. do ano de...(por extenso)...,


nesta cidade de...(cidade/Estado)..., no Quartel do...(OPM)..., dou por aberto os trabalhos
atinentes ao presente Processo Administrativo Disciplinar. Do que, para constar, lavro o
presente termo, Eu, ...(nome e grau hierárquico)..., Encarregado, o digitei (ou mandei
digitar) e assino.

(nome e grau hierárquico)


Encarregado

95
POLÍCIA MILITAR DO ESTADO DE SERGIPE
(GRANDE COMANDO OU SUBORDINAÇÃO)

(UNIDADE)

Portaria nº ..../(ano)-(órgão ou unidade expedidor(a))

Instauração de Processo Administrativo Disciplinar.

O Sr.....(função da autoridade delegante), no uso de suas atribuições


estabelecidas no art. 71, da Lei Complementar nº 291/2017 (que dispões sobre o Código
de Ética e Disciplina dos Militares do Estado de Sergipe – CEDM/SE).
RESOLVE:
Designar o...(grau hierárquico, nome, RG e OPM) para proceder a um
Processo Administrativo Disciplinar sobre os fatos narrados no...(citar os documentos de
origem), delegando-lhe para este fim as atribuições que me competem.

(nome e grau hierárquico)


(função da autoridade designante)

96
POLÍCIA MILITAR DO ESTADO DE SERGIPE
(GRANDE COMANDO OU SUBORDINAÇÃO)

(UNIDADE)

Ofício nº ..../(ano)-PAD. Local e data


Assunto: Libelo Acusatório.

Senhor (a)...(cargo do destinatário),


Visando instruir os autos do Processo Administrativo Disciplinar, instaurado por
determinação do...(função da autoridade delegante), através da Portaria nº...(nº e data da
portaria de designação)..., venho apresentar ao disciplinando (identificação do
disciplinando) as minúcias dos fatos que, em tese, lhe são imputados nas peças apensas
à portaria supra.
(detalhar minuciosamente os fatos imputados ao disciplinado constante no
documento de origem).
Em face do relatado, inicialmente, é imputado ao disciplinando a infração das
seguintes normas disciplinares:
(descrever as infrações disciplinares inicialmente imputadas ao disciplinando).
Face aos fatos que lhe são imputados, e cumprindo o inciso LV, art. 5º da
Constituição Federal, notifico-lhe que poderá no prazo de 03 (três) dias úteis, a contar do
recebimento deste documento, requerer a produção de provas, nomear defensor e indicar
testemunhas, para serem ouvidas no presente Processo Administrativo Disciplinar.
Atenciosamente.

(nome, grau hierárquico e RG)


Encarregado

A(o) Ilmº(ª). Sr.(ª).


(grau hierárquico e nome do destinatário)
(função do destinatário)

Rodapé (Endereço da unidade, e-mail e telefone)

97
POLÍCIA MILITAR DO ESTADO DE SERGIPE
(GRANDE COMANDO OU SUBORDINAÇÃO)

(UNIDADE)

Ofício nº ..../(ano)-PAD. Local e data


Assunto: Intimação de policial militar.

Senhor (a)...(cargo do destinatário)...,


Visando instruir os autos do Processo Administrativo Disciplinar, instaurada por
determinação do...(função da autoridade delegante)..., através da Portaria nº...(nº e data
da portaria de designação)..., solicito a V. Sª. a apresentação do...(grau hierárquico, nº,
nome e RG do PM), o qual figura como...(disciplinando, testemunha), para ser ouvido
às...(hora, data e local da audição).
Saliento-lhe que o disciplinando tem o direito de apresentar-se acompanhado de
um advogado.
Atenciosamente.

(nome, grau hierárquico e RG)


Encarregado

A(o) Ilmo(a). Sr.(a).


(grau hierárquico e nome do destinatário)
(função do destinatário)

Rodapé (Endereço da unidade, e-mail e telefone)

98
POLÍCIA MILITAR DO ESTADO DE SERGIPE
(GRANDE COMANDO OU SUBORDINAÇÃO)

(UNIDADE)

Ofício nº ..../(ano)-PAD. Local e data


Assunto: Notificação.

Ilmo(a) Senhor(a),
Objetivando esclarecer os autos do Processo Administrativo Disciplinar, instaurada
por determinação do...(função da autoridade delegante)..., através da Portaria nº...(nº e
data da portaria de designação)..., notifico-lhe para comparecer às...(hora, data e local da
audição)..., a fim de prestar esclarecimentos a respeito dos fatos.
Atenciosamente.

(nome, grau hierárquico e RG)


Encarregado

A(o) Ilmo(a). Sr.(a).


(nome do notificado)

Rodapé (Endereço da unidade, e-mail e telefone)

99
POLÍCIA MILITAR DO ESTADO DE SERGIPE
(GRANDE COMANDO OU SUBORDINAÇÃO)

(UNIDADE)

TERMO DE INTERROGATÓRIO

Aos...(por extenso)...dias do mês de .............. do ano de...(por extenso)..., nesta


cidade de...(cidade/Estado)..., na...(seção)..., do...(OPM)..., às...(horário)..., presente a
defesa, na pessoa do...(nome, RG e nº da carteira da OAB)..., e, ...(nome de outras
pessoas se houver)..., compareceu o Disciplinando, ....(grau hierárquico, nº, nome, RG e
OPM)..., estado civil..., natural de...(Município e Estado)..., nascido em...(data de
nascimento)..., filho de...(filiação)..., residente na...(endereço completo)..., após ter sido
informado de que não estar obrigado a responder as perguntas que lhe forem formuladas,
o qual a respeito dos fatos que deram origem ao presente Processo Administrativo
Disciplinar respondeu o seguinte: Que...(descrever o relato do sindicado)......;
......(prosseguir com as perguntas pertinentes);.....passada a palavra à defesa
...(descrever as perguntas e respostas correspondentes ou a não manifestação do
defensor).... E como não mais disse nem lhe foi perguntado, dou por encerrado o
presente termo, o qual digitei, que, depois de lido e achado conforme, vai assinado por
este Encarregado, pelo disciplinando e por seu defensor.

(nome e grau hierárquico)


Encarregado

(nome e grau hierárquico)


Disciplinando

(nome e identificação)
Defensor

100
POLÍCIA MILITAR DO ESTADO DE SERGIPE
(GRANDE COMANDO OU SUBORDINAÇÃO)

(UNIDADE)

TERMO DE DECLARAÇÕES DO OFENDIDO

Aos...(por extenso)...dias do mês de .............. do ano de...(por extenso)..., nesta


cidade de...(cidade/Estado)..., na...(seção)..., do...(OPM)..., às...(horário)..., compareceu
o Sr(a)....(nome do declarante)..., RG...(nº e órgão expedidor)..., natural de...(Município e
Estado)..., nascido em...(data de nascimento)..., filho de...(filiação)..., residente
na...(endereço completo)..., profissão....., o qual, na presença das testemunhas, do
Disciplinando e do seu defensor (se for o caso) abaixo assinadas, e a respeito dos fatos
que deram origem ao presente Processo Administrativo Disciplinar, passou a declarar o
seguinte: Que...(registrar as declarações)......; ......(prosseguir com as perguntas
pertinentes);.....passada a palavra ao Disciplinando ou ao seu defensor...(descrever as
perguntas e respostas correspondentes ou a não manifestação do defensor). E como não
mais disse nem lhe foi perguntado, dou por encerrado o presente termo, o qual digitei,
que, depois de lido e achado conforme, vai assinado por este Encarregado, pelo
declarante, pelo Disciplinando, pelo defensor e pelas testemunhas (se for o caso).

(nome e grau hierárquico)


Encarregado

(nome e identificação)
Declarante

(nome e grau hierárquico)


Disciplinando

(nome e identificação)
Defensor

101
POLÍCIA MILITAR DO ESTADO DE SERGIPE
(GRANDE COMANDO OU SUBORDINAÇÃO)

(UNIDADE)

TERMO DE INQUIRIÇÃO DE TESTEMUNHA

Aos...(por extenso)...dias do mês de .............. do ano de...(por extenso)..., nesta


cidade de...(cidade/Estado)..., na...(seção)..., do...(OPM)..., às...(horário)..., presente o
Disciplinando e seu defensor (se for o caso), compareceu o Sr(a)....(nome da
testemunha)..., RG...(nº e órgão expedidor)..., natural de...(Município e Estado)..., nascido
em...(data de nascimento)..., filho de...(filiação)..., residente na...(endereço completo)...,
profissão....., a qual aos costumes disse...(descrever)..., após prestar o compromisso de
dizer a verdade sobre o que sabe e lhe fosse perguntado, inquirida a respeito dos fatos
que deram origem ao Presente Processo Administrativo Disciplinar, relatou
que...(descrever o relato da testemunha)......; ......(prosseguir com as perguntas à
testemunha);.....passada a palavra ao Disciplinando ou ao seu defensor...(descrever as
perguntas e respostas correspondentes ou a não manifestação do defensor). E como não
mais disse nem lhe foi perguntado, dou por encerrado o presente termo, o qual digitei,
que, depois de lido e achado conforme, vai assinado por este Encarregado, pela
testemunha, pelo Disciplinando e por seu defensor.

(nome e grau hierárquico)


Encarregado

(nome e identificação)
Testemunha

(nome e grau hierárquico)


Disciplinando

(nome e identificação)
Defensor

102
POLÍCIA MILITAR DO ESTADO DE SERGIPE
(GRANDE COMANDO OU SUBORDINAÇÃO)

(UNIDADE)

TERMO DE RECONHECIMENTO

Aos...(por extenso)...dias do mês de ........ do ano de...(por extenso)..., nesta cidade


de...(cidade/Estado)..., na...(seção)..., do...(OPM)..., onde presente se encontrava este
Encarregado, compareceu o Sr(a).....(nome e qualificação da pessoa que vai fazer o
reconhecimento)..., que, convidado a descrever a pessoa a ser reconhecida, disse
que...(transcrever o relato)...; em seguida o Sr(a)....(nome e qualificação da pessoa a ser
reconhecida)...foi colocado ao lado de...(nome da pessoa com quem ele tem semelhança
física)..., tendo o Sr(a)...( nome da pessoa que fará o reconhecimento)... apontado (ou
não) o Sr(a)....( nome da pessoa que está sendo reconhecida)... como sendo a pessoa
que...(transcrever o que declarou a pessoa que foi reconhecer)....E como não mais
declarou, dou por encerrado o presente termo, o qual digitei, que, depois de lido e achado
conforme, segue assinado por este Encarregado, pela pessoa que foi reconhecer, pela
pessoa a ser reconhecida e pelas testemunhas (se for caso).

(nome e grau hierárquico)


Encarregado

(nome e identificação do reconhecedor)


Reconhecedor

(nome e grau hierárquico da pessoa reconhecida)


Pessoa Reconhecida (ou não)

(nome e identificação)
Testemunha

103
POLÍCIA MILITAR DO ESTADO DE SERGIPE
(GRANDE COMANDO OU SUBORDINAÇÃO)

(UNIDADE)

TERMO DE ACAREAÇÃO

Aos...(por extenso)...dias do mês de ........ do ano de...(por extenso)..., nesta cidade


de...(cidade/Estado)..., na...(seção)..., do...(OPM)..., presente o sindicado....(com seu
defensor, se houver)..., às...(horário)..., presentes as testemunhas...(nome e RG)..., já
inquiridas neste Processo Administrativo Disciplinar, conforme se vê nos documentos de
folhas..., à vista das divergências constadas nos respectivos depoimentos, nas partes
que...(citar os pontos divergentes dos depoimentos)...e, sob o compromisso prestado de
dizerem a verdade, foram perguntadas às pessoas, uma em face da outra, para explicar
ditas discrepâncias...(de contradição, conforme o caso)...E, depois de lidos perante os
presentes os depoimentos referidos, nos pontos contraditórios, pela
testemunha...(nome)..., foi dito que...(retifica ou confirma)...o depoimento anteriormente
prestado, pelas seguintes razões...(descrever a justificativa ou confirma por ser o
depoimento a expressão da verdade)..., pela testemunha...(nome)..., foi dito...(proceder
da mesma forma recomendada anteriormente)..., pelo sindicado...(nome)..., foi
dito...(proceder da mesma forma recomendada acima)...; passada a palavra ao defensor
(se for o caso) ...(descrever as perguntas e respostas ou a não manifestação do
defensor)....E como não mais disseram nem lhes foi perguntado, dou por encerrado o
presente termo, o qual digitei, que, depois de lido e achado conforme, vai assinado por
este Encarregado, pelo Disciplinando, por seu defensor e pelas testemunhas.

(nome e grau hierárquico)


Encarregado
(nome e grau hierárquico)
Disciplinando
(nome e identificação)
Defensor
(nome e identificação)
Testemunha
(nome e identificação)

104
POLÍCIA MILITAR DO ESTADO DE SERGIPE
(GRANDE COMANDO OU SUBORDINAÇÃO)

(UNIDADE)

Ofício nº ..../(ano)-PAD. Local e data


Assunto: Notificação para apresentar razões de defesa.

Senhor (a)...(cargo do destinatário),


Visando instruir os autos do Processo Administrativo Disciplinar, instaurado por
determinação do...(função da autoridade delegante), através da Portaria nº...(nº e data da
portaria de designação)..., e de acordo com o art. 79 do CEDM/SE, face aos fatos que lhe
são imputados notifico-lhe a apresentar as suas razões de defesa por escrito, no prazo de
03 (três) dias úteis, a contar do recebimento deste documento.
Atenciosamente.

(nome, grau hierárquico e RG)


Encarregado

A(o) Ilmº(ª). Sr.(ª).


(grau hierárquico e nome do destinatário)
(função do destinatário)

Rodapé (Endereço da unidade, e-mail e telefone)

105
POLÍCIA MILITAR DO ESTADO DE SERGIPE
(GRANDE COMANDO OU SUBORDINAÇÃO)

(UNIDADE)

TERMO DE JUNTADA DAS RAZÕES DE DEFESA DO DISCIPLINANDO

Aos...(por extenso)...dias do mês de (por extenso).. do ano de...(por extenso)...,


junto aos presentes autos AS RAZÕES DE DEFESA apresentadas pelo disciplinando. E,
para constar, lavro este termo, o qual digitei e assino.

(nome e grau hierárquico)


Encarregado

106
POLÍCIA MILITAR DO ESTADO DE SERGIPE
(GRANDE COMANDO OU SUBORDINAÇÃO)

(UNIDADE)

RELATÓRIO

I – INTRODUÇÃO
- O presente Processo Administrativo Disciplinar foi instaurado por
determinação do Sr...(citar a função da autoridade designante)..., através da Portaria
nº...(nº e data de expedição da portaria)..., para apurar o...(citar o objetivo da portaria).

II – EXPOSIÇÃO
- Para esclarecer os fatos, foram adotadas as seguintes diligências...(resumo
das diligências procedidas pelo encarregado do Processo Disciplinar).

III – CONCLUSÃO
- Face ao exposto, concluo que os fatos aconteceram da seguinte
forma...(descrever precisamente como aconteceram os fatos, fazer a análise das provas
apuradas, dizer se houve transgressão, indícios crime ou ambos e fazer a refutação das
alegações do disciplinando quando concluir pela existência de infração, conforme o art. 86
do CEDM/SE).
Portanto, opino pelo... (opinar sobre as providências a serem adotadas pela
autoridade delegante caso não haja infração).

(nome e grau hierárquico)


Encarregado

107
POLÍCIA MILITAR DO ESTADO DE SERGIPE
(GRANDE COMANDO OU SUBORDINAÇÃO)

(UNIDADE)

TERMO DE ENCERRAMENTO

Aos... (por extenso)...dias do mês de .............. do ano de... (por extenso)...,


nesta cidade de...(cidade/Estado)..., no Quartel do...(OPM)..., dou por encerrado os
trabalhos atinentes ao presente Processo Administrativo Disciplinar. Do que, para constar,
lavro o presente termo, Eu, ... (nome e grau hierárquico)..., Encarregado, o digitei (ou
mandei digitar) e assino.

(nome e grau hierárquico)


Encarregado

108
NOTAS:
1. Portaria publicada no Aditamento nº 038 ao BGO nº 165, de 04 de setembro de 2017;
2. Publicação no BGO nº 157 de 01/07/2014: A Corregedoria-Geral da PMSE deverá
manter em seus arquivos os procedimentos com o tempo de até 05 (cinco) anos e, acima
desse tempo deverá arquivar no Arquivo-Geral da PMSE, bem como deverá digitalizar os
referidos procedimentos visando uma melhor guarda dos mesmos;
3. Publicação no BGO nº 170 de 19/07/2014: O Corregedor-Geral da Polícia Militar do
Estado de Sergipe, no uso de suas atribuições e com Base no Art. 22, § 1° do CPM,
determina aos senhores encarregados que a partir da presente data, todos os
procedimentos deverão ser entregues em 02 (duas) vias, sendo 01 (uma) original
impressa e 01 (uma) cópia digitalizada;
4. Publicação no BGO nº 020 de 29/01/2018: O Corregedor-Geral da Polícia Militar do
Estado de Sergipe determina que os Encarregados observem o rito dos Procedimentos
Administrativos e atentem para o check-list, pois o recebimento dos autos dar-se-á após
esta conferência;
5. Publicação no BGO nº 154 de 20/08/2018: Instrução Normativa nº02/2018- CEDM,
expede instrução complementar acerca de Conceito Militar no âmbito da Polícia Militar do
Estado de Sergipe;
6. Publicação no BGO nº 086 de 03/06/2020: O Ministério público do Estado de Sergipe
recomenda adoção de protocolo interno para preenchimento de informações quanto à
qualificação e localização de pessoas ouvidas em inquéritos policiais e procedimentos
administrativos outros, inserindo nos mesmos: número de telefone fixo ou celular,
WhatsApp, e outros aplicativos similares, à exemplo de instagram, facebook, messenger,
telegrama, e/ou correio eletrônico (e-mail), bem como, outros meios de comunicação e/ou
localização, como telefone de referência ou contato e/ou endereço fixo de algum parente
ou pessoa próxima, ou qualquer outro informe que se entender plausível, no sentido de
proceder a localização da testemunha.

109
POLÍCIA MILITAR DO ESTADO DE SERGIPE
CORREGEDORIA-GERAL DA PMSE
SEÇÃO DE DISCIPLINA

CARTILHA DE ORIENTAÇÃO DO PROCESSO ADMINISTRATIVO DISCIPLINAR –


PAD: PROCEDIMENTOS PRELIMINARES, PROCESSUAIS E PÓS-PROCESSUAIS.

ARACAJU-SE
ANO 2021 – 1ª Edição

CONSIDERAÇÕES INICIAIS

A presente Cartilha foi elaborada com o intuito de auxiliar as autoridades


elencadas no Art. 49 do CEDM, responsáveis pela instauração do Processo
Administrativo Disciplinar (PAD), pelo julgamento e pela aplicação de sanção disciplinar
no âmbito da PMSE, bem como os policiais militares designados como encarregados do
PAD e os comandantes dos militares sancionados, apresentando orientações sobre os
procedimentos mais importantes a serem adotados nas fases preliminar, processual e
pós-processual, a fim de aprimorar a eficiência administrativa por meio da prevenção de
possíveis atrasos, prejuízos, litígios e nulidades.
Embora bastante detalhado, o conteúdo da Cartilha não tem o propósito de
substituir a legislação em vigor nem de desobrigar o seu cumprimento, mas, sim, de servir

110
de meio complementar, para melhor desenvolvimento e padronização dos trabalhos
procedimentais, minimizando os erros e facilitando a tomada de decisões.
Quanto aos modelos apresentados, observa-se que alguns não se alinham aos
constantes da Portaria Normativa nº 60/2017-GCG, de 04 de setembro de 2017
(Aditamento ao BGO 165), que expediu instruções complementares e modelo para
padronização de Processo Administrativo Disciplinar no âmbito da PMSE. Esses modelos
foram, portanto, otimizados e implementados pela Corregedoria-Geral, de modo a garantir
plenamente o devido processo legal, o contraditório e a ampla defesa.
A confecção da Cartilha foi orientada pela Lei Complementar nº 291 de 21 de
agosto de 2017, que dispõe sobre o Código de Ética e Disciplina dos Militares do Estado
de Sergipe – CEDM/SE; Portaria Normativa nº 60/2017-GCG, de 04 de setembro de 2017
(Aditamento ao BGO 165); e outras legislações, buscadas subsidiariamente, a exemplo
dos Códigos de Processos Penal Militar e Civil.

Eliziel Alves Rodrigues – Cel QOPM


Corregedor-Geral da PMSE

111
SUMÁRIO

1. DOS PROCEDIMENTOS PRELIMINARES AO PAD 04


1.1 Da formalização da prática de pretensa transgressão disciplinar 04
1.2 Da notificação para apresentação de Defesa Prévia 05
1.3 Da Proposta da Pena Alternativa de Prestação de Serviço Extraordinário 07

MODELOS DE ATOS DA FASE PRELIMINAR 10

2. DO PROCESSO ADMINISTRATIVO DISCIPLINAR 19


2.1 Da definição e finalidade 19
2.2. Da Instauração 19
2.3 Do Inquérito Administrativo 20
2.3.1 Da Instrução 20
2.3.2 Das Razões de Defesa 23
2.3.3 Do Relatório e Encerramento 23
2.4 Do julgamento 24

MODELOS DE PROCEDIMENTOS DA FASE PROCESSUAL 27

3. DOS PROCEDIMENTOS PÓS-PROCESSUAIS 49


3.1 Das Medidas adotadas pelo Comandante do disciplinado 49
3.2 Das medidas adotadas pela autoridade aplicadora da Sanção Disciplinar 49
3.3 Das medidas adotadas pela autoridade superior 50

MODELOS DE PROCEDIMENTOS DA FASE PÓS-PROCESSUAL 52

112
1. DOS PROCEDIMENTOS PRELIMINARES AO PAD

1.1 Da formalização da prática de pretensa transgressão disciplinar


1.1.1 O Processo Administrativo Disciplinar decorre de Comunicação
Disciplinar, Queixa Disciplinar, Relatório Reservado, Procedimento de Investigação
Preliminar (PIP), falta residual em Inquérito, Sindicância, Auto de Prisão em Flagrante, ou
de qualquer outro documento informativo que contenha indícios razoáveis de autoria e
materialidade de transgressão disciplinar.
1.1.2 Qualquer militar deverá comunicar atos ou fatos que afetem a
Administração Militar; todavia, quando praticados por militar mais antigo ou de maior grau
hierárquico, através de condutas julgadas injustas ou irregulares pelo militar atingido ou
que contrariem os Princípios da Moralidade e da Legalidade, a comunicação deverá ser
feita por meio, respectivamente, da Queixa ou do Relatório Reservado, pois o poder
disciplinar frente a atos contrários à disciplina castrense decorre do princípio hierárquico,
sempre do superior em relação ao subordinado.
1.1.3 A autoridade competente que presenciar ou tomar conhecimento da
prática de ato irregular ou transgressão disciplinar deverá adotar, de imediato, no âmbito
de suas atribuições e competência, as medidas necessárias à instauração do Processo
Administrativo Disciplinar.
1.1.4 Sempre que possível, deverão ser juntados à comunicação relatório
reservado, queixa, alegação, notícia, ou a denúncia os documentos probatórios da
ocorrência do fato, podendo a autoridade competente restituir a formalização ao
signatário, para que ele complemente ou esclareça melhor os fatos, bem como determinar
que ele empreenda diligências.
1.1.5 Havendo dúvidas sobre a necessidade e a utilidade da instauração de
processo administrativo, poderá a autoridade competente, com o fim de formação de juízo
de admissibilidade e aclaramento dos fatos, determinar a realização de Procedimento de
Investigação Preliminar – PIP, ou solicitar/determinar a instauração de Sindicância.
1.1.6 Nos casos de denúncias anônimas ou relatórios de inteligência que
reportem irregularidades, a autoridade competente determinará a realização de PIP,
sendo o seu relatório documento geratriz do procedimento disciplinar.
1.1.7 O Relatório de Inteligência não deve compor os documentos geratrizes do
procedimento administrativo.
1.1.8 Durante as verificações preliminares, caso a autoridade conclua que o
acusado não é integrante da Corporação, ou que o fato narrado claramente não configura
indícios de ilícito penal ou administrativo, ou ainda estejam devidamente comprovadas as

113
causas de justificação ou absolvição, a autoridade competente, a depender do caso,
poderá fundamentar o arquivamento da comunicação, alegação, notícia ou denúncia.
1.1.9 Nos casos de requisições judiciais ou do Ministério Público, a instauração
do procedimento adequado será determinada de imediato pela autoridade militar,
podendo, no caso de total inexistência da possibilidade de delineamento mínimo dos
fatos, empreender diligências junto ao órgão requisitante, ou ainda determinar a
instauração de uma investigação preliminar em caráter de urgência.
1.1.10 Quando a ocorrência disciplinar envolver militares de mais de uma OPM,
caberá à autoridade imediatamente superior na linha de subordinação apurar ou
determinar a apuração dos fatos, adotar as medidas disciplinares necessárias ou
comunicar àquela competente o que lhe escape à alçada. (Art. 50 do CEDM/SE)
1.1.11 No caso de ocorrência disciplinar na qual se envolvam militares das
Forças Armadas e militares estaduais, a autoridade competente da CME deverá tomar as
medidas disciplinares referentes àqueles que lhe são subordinados, comunicando à
respectiva Força para adoção das providências legais. (Parágrafo Único Art. 50 do
CEDM/SE).

1.2 Da notificação para apresentação de Defesa Prévia


1.2.1 A partir da notificação da suposta conduta transgressora ocorre,
primariamente, a acusação formal do militar acerca da prática de transgressão disciplinar,
sendo ela ofertada para que o militar aponte, preliminarmente, provas que demonstrem
sua inocência ou inexistência do fato.
1.2.2 A notificação para apresentação de defesa prévia permite que o acusado
conheça a acusação que pesa em seu desfavor e se destina a lhe dar condições de se
preparar para o exercício da ampla defesa e do contraditório, devendo a autoridade
competente atentar-se para:
a. descrever a conduta antiética, utilizando os verbos/expressões dos tipos
transgressionais previstos nos art. 14 a 16 CEDM, amoldando-os aos fatos reais
ensejadores da acusação;
b. Ainda na peça acusatória, a autoridade deve apresentar todas as provas que
sustentam a denúncia proferida contra o acusado;
c. tipificar a conduta antiética em um ou mais tipos transgressionais previstos
no CEDM, conforme o caso;
d. não atrelar a descrição do tipo transgressional aos verbos/expressões da
descrição dos tipos penais eventualmente praticados pelo transgressor;
e. elaborar a notificação em 02 (duas) vias, sendo uma para o pretenso

114
transgressor e outra para demais medidas administrativas;
f. encaminhar a comunicação ao acusado, mediante a notificação formal, para
que este apresente defesa prévia, por escrito, no prazo improrrogável de 03 (três) dias
úteis, a contar do dia seguinte ao recebimento, entregando-lhe cópia de toda a
documentação preliminar;
g. preenchendo o pretenso transgressor os critérios objetivos e subjetivos para
a concessão da Pena Alternativa de Prestação de Serviço Extraordinário, o documento de
notificação para a apresentação da defesa prévia, deve constar tal proposição;
h. Nos casos em que o acusado não preencher os requisitos, não aceite a
oferta, ou não lhe seja oferecida a pena alternativa (por entender, a autoridade, implicar
em prejuízo para a manutenção da hierarquia e da disciplina) a autoridade deve
possibilitar-lhe a apresentação da defesa prévia.
1.2.3 A notificação para a apresentação de defesa prévia deve, em regra, ter o
ciente do acusado ou seu defensor, exceto no caso de negativa, ocasião em que será
elaborado Termo de Recusa, assinado por 02 (duas) testemunhas presenciais.
1.2.4 Tratando-se de transgressões de natureza leve ou média, antes da
formulação da notificação, a autoridade deverá levantar junto a unidade do acusado
informações acerca de cumprimento ou não de Pena Alternativa nos últimos dois anos, a
fim de averiguar a possibilidade de oferta.
1.2.5 A convocação do militar para tomar ciência da notificação de defesa
prévia deverá ser feita através de seu comandante, que deverá apresentá-lo na data
determinada ou informar o retardo da apresentação em decorrência de afastamentos
legais ou problemas de saúde.
1.2.6 Não acatada a defesa prévia ou transcorrido em branco o prazo do § 1º,
do Art. 60 do CEDM, a autoridade competente deverá instaurar portaria de designação do
Encarregado para presidir o PAD, sendo a nomeação publicada em BGO, BGR ou BI.
1.2.7 Se o militar pretenso transgressor, regularmente notificado, não
apresentar a defesa prévia, mas sendo justo e devidamente comprovado o motivo, o
prazo ser-lhe-á renovado, caso contrário, lavra-se termo e inserem-se a notificação no
processo e prossegue-se com a instauração do PAD.
1.2.8 A inobservância injustificada do prazo para apresentação da defesa
prévia não inviabilizará a apuração da transgressão, operando-se os efeitos da revelia.
(Art. 60, § 3º do CEDM)
1.2.9 Mesmo que o acusado não venha a apresentar defesa prévia, a
notificação para os atos de instrução constitui uma demonstração de que foi oportunizada
a sua efetiva participação no procedimento em respeito aos princípios constitucionais da

115
ampla defesa e do contraditório.
1.2.10 O não acatamento da defesa prévia deverá ser formalizado por meio de
despacho fundamentado da autoridade, o qual deverá acompanhar a comunicação no
Processo Administrativo Disciplinar a ser instaurado.
1.2.11 Caso o pretenso transgressor apresente, em sua defesa prévia, provas
efetivas de justificação ou absolvição acerca da transgressão disciplinar que lhe está
sendo imputada, a autoridade competente elaborará despacho motivado e fundamentado,
para arquivamento da acusação e sua consequente publicação em BGO, BI ou BGR.
1.2.12 Os militares da reserva remunerada sujeitam-se às transgressões
disciplinares especificadas nos incisos I, II, III, VI, VII e XIX do Art. 14, deste Código. (Art.
96 do CEDM)
1.2.13 Militar reformado não está sujeito ao CEDM/SE. (Art. 2º do CEDM)
1.2.14 A pretensão punitiva disciplinar da administração prescreverá em 03
(três) anos para as transgressões leves e médias, e em 06 (seis) anos para as
transgressões graves, contados da data do seu cometimento. (Art. 95 do CEDM)
1.2.15 A punibilidade da transgressão disciplinar também prevista como crime
prescreve nos prazos estabelecidos para o tipo previsto na legislação penal. (Art. 95, § 1º
do CEDM)
1.2.16 Inicia-se a contagem do prazo de prescrição de qualquer transgressão
disciplinar na data em que foi praticada, interrompendo-se pela instauração de
sindicância, de conselho de justificação ou disciplina ou de processo administrativo
disciplinar ou pela suspensão destes. (Art. 95, § 2º do CEDM).

1.3 Da Proposta da Pena Alternativa de Prestação de Serviço


Extraordinário
1.3.1 A prestação de serviço extraordinário não remunerado consiste na
atribuição ao militar de tarefa, preferencialmente de natureza operacional, fora de sua
jornada habitual, correspondente a um turno de serviço semanal, por período nunca
inferior a 06 (seis) ou superior a 08 (oito) horas, aplicado alternativamente, desde que não
implique prejuízo para a manutenção da hierarquia e da disciplina. (Art. 35 do CEDM)
1.3.2 São requisitos para a Proposição da Pena Alternativa de Prestação de
Serviço Extraordinário:
a. transgressão enquadrada como leve e/ou média;
b. não ter sido o militar beneficiado pelo instituto nos últimos 02 (dois) anos;
c. proposta da autoridade competente;
d. consentimento do militar transgressor.

116
1.3.3 A aplicação da pena alternativa não importará em reincidência ou
depreciação de conceito, sendo registrada apenas para impedir que o militar seja
beneficiado pelo mesmo instituto no período de 02 (dois) anos. (Art. 35, § 3º do CEDM)
1.3.4 Caso a autoridade competente, em conformidade com a última parte do
Art. 35 do CEDM, julgue pela não propositura da pena alternativa em virtude do prejuízo
para a manutenção da hierarquia e disciplina, deverá manifestar a decisão na notificação
expedida para apresentação de defesa prévia.
1.3.5 O acolhimento da proposta de cumprimento de serviço extraordinário
deverá ser publicado em BGO, BI ou BGR.
1.3.6 Efetivada a proposta, será aplicada a pena alternativa na base de um
turno de serviço para cada transgressão leve e dois para cada transgressão média de que
fora acusado. (Art. 35, § 2º do CEDM)
1.3.7 O cumprimento da pena alternativa pelo militar importará no
arquivamento da comunicação disciplinar, antes do qual fica suspenso o prazo para a
instauração do processo administrativo disciplinar. (Art. 35, § 4º do CEDM)
1.3.8 O comandante do policial apenado terá o prazo de 30 (trinta) dias para a
efetivação do cumprimento da pena alternativa, podendo esse prazo ser prorrogado em
decorrência, justificável, de afastamentos legais ou por motivo de saúde ou de demandas
específicas da Unidade.
1.3.9 O não cumprimento da Pena Alternativa de Prestação de Serviço
Extraordinário implicará na retomada do processo, sendo o militar transgressor,
preliminarmente, notificado para a apresentação da Defesa Prévia.
1.3.10 Os comandantes imediatos dos policiais deverão informar a autoridade
competente o cumprimento da pena alternativa, por parte dos militares transgressores,
contendo os seguintes dados:
a. nº do oficio a que se refere;
b. Posto/ Graduação;
c. matrícula/ nome;
d. lotação;
e. transgressões disciplinares supostamente infringidas;
f. dia, local, tipo de serviço executado e período de horas trabalhadas em cada
serviço.
1.3.11 Os comandantes, chefes e diretores deverão providenciar para que o
cumprimento de tal pena alternativa seja lançado na Ficha Funcional do policial militar,
bem como a comunicação disciplinar seja arquivada.

117
MODELOS DE ATOS DA FASE PRELIMINAR

MODELO 01: NOTA – CONVOCAÇÃO DE POLICIAL MILITAR

POLÍCIA MILITAR DO ESTADO DE SERGIPE


(GRANDE COMANDO OU SUBORDINAÇÃO)

(UNIDADE)

(Unidade) – CONVOCAÇÃO DE POLICIAL MILITAR - O _____________ (função), no


uso das atribuições que lhe são conferidas e com base no Art. 49, inciso ________ do
Código de Ética Disciplinar – CEDM/SE, determina que o policial militar abaixo
relacionado compareça a sede da(o) ___________ (Unidade), no prazo de até 04 (quatro)
dias úteis, a fim de tratar de assunto inerente à notificação de conduta transgressora.

POLICIAL MILITAR UNIDADE CÓDIGO DE CONTROLE

Posto/Graduação, Matrícula e nome

Em Consequência:

O Comandante do respectivo militar tome ciência e providências quanto à apresentação.

(nome e grau hierárquico)


(função da autoridade)

118
MODELO 02: NOTIFICAÇÃO DE CONDUTA TRANSGRESSORA – CABIMENTO
DE OFERTA DA PENA ALTERNATIVA

POLÍCIA MILITAR DO ESTADO DE SERGIPE


(GRANDE COMANDO OU SUBORDINAÇÃO)

(UNIDADE)

Ofício nº_____/20___ - (Unidade) Aracaju, ____ de _____ de 20___.


Assunto: Defesa Prévia.
Anexo: documento geratriz
Graduação, Matrícula, Nome do Militar

Conforme preconiza o § 1º do Art. 60 da Lei Complementar nº 291, de 21 de


agosto de 2017 – CEDM/SE, apresentando a documentação em anexo, notifico-lhe do
seguinte:
1. Consta ___________________ (Descrever o documento motivador) que o
senhor supostamente ______________ (Descrever a conduta).
2. Em face do relatado, inicialmente lhe é imputada a transgressão disciplinar
de natureza _____________ (MÉDIA ou LEVE) capitulada no Art. ______, inciso ______
do Código de Ética e Disciplina dos Militares do Estado de Sergipe – CEDM/SE: “
_______” (descrever a transgressão).
3. Cabe salientar que o senhor preenche os requisitos objetivos e subjetivos do
Art. 35, caput e §§ 1º e 3º, do CEDM/SE, motivo pelo qual faço a propositura da aplicação
de prestação de serviço extraordinário não remunerado, preferencialmente de natureza
operacional, fora de sua jornada habitual, consistente em 01 (um) turno de serviço, por
período nunca inferior a 06 (seis) ou superior a 08 (oito) horas, a ser realizado na data e
local estipulado pelo seu Comandante imediato, em detrimento da instauração do
processo administrativo, conforme o § 2º e § 4º do Art. 35 do CEDM/SE.
4. Ressalto-lhe ainda que a aceitação da proposta implicará os seguintes
efeitos:
a. Registro em Ficha Funcional da aplicação do instituto, não importando em
reincidência ou depreciação de conceito.
b. Impedimento da concessão do mesmo benefício nos próximos 02 (dois)
anos, conforme dispõe o Art. 35, § 3º, CEDM/SE.
c. Suspensão do prazo para a instauração do processo administrativo
disciplinar, incorrendo o cumprimento da pena alternativa no arquivamento da
comunicação disciplinar e o descumprimento no prosseguimento do feito.
Diante do exposto, o senhor poderá aceitar a proposta, preenchendo e
assinando abaixo, ou, caso contrário, apresentar defesa prévia por escrito no prazo de até
03 (três) dias úteis:

NOME DO MILITAR ACEITAÇÃO ASSINATURA

(nome e grau hierárquico)


(função da autoridade)

Rodapé (Endereço da unidade, e-mail e telefone)

119
MODELO 03: NOTIFICAÇÃO DE CONDUTA TRANSGRESSORA – TRANSGRESSÃO
GRAVE

POLÍCIA MILITAR DO ESTADO DE SERGIPE

(GRANDE COMANDO OU SUBORDINAÇÃO)


(UNIDADE)

Ofício nº_____/20___ - (Unidade) Aracaju, ____ de _____ de 20___.


Assunto: Defesa Prévia.
Anexo: documento geratriz
Graduação, Matrícula, Nome do Militar

Conforme preconiza o § 1º do Art. 60 da Lei Complementar nº 291, de 21 de


agosto de 2017 – CEDM/SE, apresentando a documentação em anexo, notifico-lhe do
seguinte:
1. Consta ___________________ (Descrever o documento motivador) que o senhor
supostamente ______________ (Descrever a conduta).
2. Em face do relatado, inicialmente lhe é imputada a transgressão disciplinar de natureza
GRAVE capitulada no Art. ______, inciso ______ do Código de Ética e Disciplina dos
Militares do Estado de Sergipe – CEDM/SE (“Por ter ... ”) (Descrever a
transgressão).
Diante do exposto, salientando que a transgressão disciplinar de natureza
GRAVE, conforme estabelece o § 1º do Art. 35 do CEDM, não comporta a propositura da
aplicação de prestação de serviço extraordinário não remunerado, oportunizo-lhe a
apresentação de defesa prévia por escrito no prazo de até 03 (três) dias úteis.

(nome e grau hierárquico)


(função da autoridade)

Rodapé (Endereço da unidade, e-mail e telefone)

120
MODELO 04: NOTIFICAÇÃO DE CONDUTA TRANSGRESSORA – NÃO
DECORRIMENTO DOS 02 (DOIS) ANOS DA ACEITAÇÃO DA ÚLTIMA PENA

POLÍCIA MILITAR DO ESTADO DE SERGIPE

(GRANDE COMANDO OU SUBORDINAÇÃO)


(UNIDADE)

Ofício nº_____/20___ - (Unidade) Aracaju, ____ de _____ de 20___.


Assunto: Defesa Prévia.
Anexo: “Documento geratriz”
Graduação, Matrícula, Nome do Militar

Conforme preconiza o § 1º do Art. 60 da Lei Complementar nº 291, de 21 de


agosto de 2017 – CEDM/SE, apresentando a documentação em anexo, notifico-lhe do
seguinte:
1. Consta ___________________ (Descrever o documento motivador) que o senhor
supostamente ______________ (Descrever a conduta)
2. Em face do relatado, inicialmente lhe é imputada a transgressão disciplinar de
natureza (LEVE ou MÉDIA) capitulada no Art. ______, inciso ______ do Código de Ética
e Disciplina dos Militares do Estado de Sergipe – CEDM/SE (“ _______”) (Descrever a
transgressão).
3. Cabe salientar que, embora seja a transgressão disciplinar de natureza
_________(LEVE ou MÉDIA), em consonância com o estabelecido no Art. 35, § 3º do
CEDM-SE, não se vislumbra a propositura da aplicação de prestação de serviço
extraordinário, pois ainda não decorreram 02 (dois) anos da aceitação da última pena
alternativa – processada em ______________(data do processamento).
Diante do exposto, oportunizo-lhe a apresentação de defesa prévia por escrito
no prazo de até 03 (três) dias úteis.

(nome e grau hierárquico)


(função da autoridade)

Rodapé (Endereço da unidade, e-mail e telefone)

121
MODELO 05: NOTIFICAÇÃO DE CONDUTA TRANSGRESSORA – NÃO OFERTA DA
PENA ALTERNATIVA POR PARTE DA AUTORIDADE

POLÍCIA MILITAR DO ESTADO DE SERGIPE

(GRANDE COMANDO OU SUBORDINAÇÃO)


(UNIDADE)

Ofício nº_____/20___ - (Unidade) Aracaju, ____ de _____ de 20___.


Assunto: Defesa Prévia.
Anexo: documento geratriz
Graduação, Matrícula, Nome do Militar

Conforme preconiza o § 1º do Art. 60 da Lei Complementar nº 291, de 21 de


agosto de 2017 – CEDM/SE, apresentando a documentação em anexo, notifico-lhe do
seguinte:
1. Consta ___________________ (descrever o documento motivador) que o senhor
supostamente ______________ (descrever a conduta)
2. Em face do relatado, inicialmente lhe é imputada a transgressão disciplinar de natureza
(LEVE ou MÉDIA) capitulada no Art. ______, inciso ______ do Código de Ética e
Disciplina dos Militares do Estado de Sergipe – CEDM/SE (“ _______”) (Descrever a
transgressão).
3. Embora seja a transgressão disciplinar de natureza _________ (LEVE ou MÉDIA), em
consonância com o estabelecido na última parte do Art. 35 do CEDM-SE, esteado na
manutenção dos princípios da hierarquia e disciplina, deixo de propor o benefício da
prestação de serviço extraordinário.
Diante do exposto, oportunizo-lhe a apresentação de defesa prévia por escrito
no prazo de até 03 (três) dias úteis.

(nome e grau hierárquico)


(função da autoridade)

Rodapé (Endereço da unidade, e-mail e telefone)

122
MODELO 06: NOTA – TRANSAÇÃO DISCIPLINAR

POLÍCIA MILITAR DO ESTADO DE SERGIPE


(GRANDE COMANDO OU SUBORDINAÇÃO)

(UNIDADE)

(UNIDADE) – TRANSAÇÃO DISCIPLINAR: O ___________ (autoridade competente) no


uso das atribuições que lhe são conferidas e com base no Art. 35, caput, §§ 1º e 2º, da Lei
Complementar nº 291/2017 – CEDM/SE, faz saber que o militar abaixo discriminado, em
virtude da prática de suposta transgressão disciplinar prevista no Art.______, inciso ______,
do CEDM/SE, findou contemplado com a aplicação da Pena Alternativa de___________
(quantidade) turno(s) de serviço(s) extraordinário(s) não remunerado(s).

POLICIAL MILITAR UNIDADE ACEITAÇÃO OFÍCIO DE NOTIFICAÇÃO


(data)

Em consequência:

A contar desta publicação, o Comandante do respectivo militar deve efetivar a


prestação do serviço extraordinário no prazo de 01 (um) mês, informando posteriormente o
cumprimento a Corregedoria-Geral para fins de arquivamento do procedimento e
paraconstar na Ficha Funcional, em virtude do que dispõe o Art. 35, §3º, do CEDM/SE.

(nome e grau hierárquico)


(função da autoridade)

123
MODELO 07: NOTA – ARQUIVAMENTO DE NOTIFICAÇÃO DE CONDUTA
TRANSGRESSORA DEVIDO AO ACATAMENTO DA DEFESA PRÉVIA

POLÍCIA MILITAR DO ESTADO DE SERGIPE

(GRANDE COMANDO OU SUBORDINAÇÃO)


(UNIDADE)

(UNIDADE) – ARQUIVAMENTO DE NOTIFICAÇÃO – ACATAMENTO DE DEFESA

PRÉVIA: O ___________ (autoridade competente), no uso das atribuições que lhe são

conferidas e com base no que estabelece o Art. 60, § 2º in fine do Código de Ética e

Disciplina Militar – CEDM/SE, informa ao militar abaixo acerca do arquivamento do

procedimento de notificação de conduta transgressora em decorrência do

acatamento das alegações apresentadas na Defesa Prévia:

NOTIFICAÇÃO DE
POLICIAL MILITAR
CONDUTA TRANSGRESSORA

(posto/graduação, matrícula, nome e CPF). (nº do Ofício e data)

Aracaju/SE, _______ (data).

(nome e grau hierárquico)


(função da autoridade)

124
MODELO 08: NOTA – ARQUIVAMENTO DE NOTIFICAÇÃO DE CONDUTA
TRANSGRESSORA DEVIDO AO CUMPRIMENTO DE PENA ALTERNATIVA
POLÍCIA MILITAR DO ESTADO DE SERGIPE
(GRANDE COMANDO OU SUBORDINAÇÃO)

(UNIDADE)

(UNIDADE)– ARQUIVAMENTO DE NOTIFICAÇÃO – CUMPRIMENTO DE PENA


ALTERNATIVA: O (autoridade competente), no uso das atribuições que lhe são
conferidas e com base no que estabelece o Art. 35, § 4º do Código de Ética e Disciplina
Militar – CEDM/SE, informa ao militar abaixo acerca do arquivamento do
procedimento de notificação de conduta transgressora para apresentação de
Defesa Prévia, em decorrência do cumprimento da Pena Alternativa de Prestação de
Serviço Extraordinário.
NOTIFICAÇÃO DE
POLICIAL MILITAR
CONDUTA TRANSGRESSORA
(posto/graduação, matrícula, nome e CPF). (nº do Ofício e data)

Em consequência:

O Comandante de Unidade do militar supramencionado deve registrar em sua


Ficha Funcional o cumprimento da Pena Alternativa para fins de conhecimento e para
impedir que o militar seja beneficiado pelo mesmo instituto no período de 02 (dois) anos,
conforme estabelece o Art. 35, § 3 do CEDM/SE.

Aracaju/SE, __________ (data).

(nome e grau hierárquico)


(função da autoridade)

125
MODELO 09: DESPACHO FUNDAMENTADO DA DECISÃO ACERCA DE DEFESA
PRÉVIA
POLÍCIA MILITAR DO ESTADO DE SERGIPE
(GRANDE COMANDO OU SUBORDINAÇÃO)

(UNIDADE)

Local e data: Aracaju _______


(data)
Signatário: (posto) – (função)
DESPACHO Destinatário: (posto) – (função).
FUNDAMENTADO Assunto: Decisão acerca de
Nº _____ Defesa Prévia – Instauração de
PAD.
Referência: Ofício nº ____/2020
– (unidade), de ______ (data).
Descrever do que trata o ofício
referenciado (EXEMPLO: O Ofício referenciado trata
de notificação expedida para a apresentação de Defesa
Prévia, por parte do ___________ (militar acusado –
posto/graduação, matrícula, nome e CPF), devido à
suposta prática de conduta tipificada no Art. ________,
inciso ______) (“discriminação da transgressão”) do
CEDM/SE.)
Descrever o que motivou a notificação
(EXEMPLO 1: O procedimento preliminar aqui
abordado cumpre determinação emanada pelo Sr.
______________(função da autoridade) em solução de
_________ (procedimento e número), instaurada
através da Portaria nº ________-CORREG/_____, de
______ (data), publicada no _________ (especificar o
tipo de boletim) nº _____ de ______ (data). EXEMPLO
2: O procedimento preliminar aqui abordado resultou
da Parte nº ________, de _______ (data), expedida
pelo ___________ (nome e função), que comunicou
__________ (descrever sucintamente o fato.)
[Explicitar porque não houve a ofertada
de pena alternativa ou se o acusado não a aceitou
ou não lhe foi ofertada (EXEMPLO: Tratando-se de
transgressões de naturezas graves, com base no que
dispõe o Art. 35, § 1º do CEDM/SE, deixou-se de
ofertar a medida de Pena Alternativa, oferecendo-lhe o
direito de apresentar defesa prévia, no prazo de 03
(três) dias úteis, conforme preconizado pelo Art. 60, §
1º também do CEDM.)]
[Explicitar se a defesa prévia é
tempestiva ou não (aceitando ou não prováveis
justificativas), ou se não foi apresentada.]
Expor, de forma sucinta, as alegações
apresentadas pelo acusado.

126
Debater as alegações apresentadas
Assim, de tudo exposto, alicerçado no que
dispõe o artigo _________ (Art. 60, última parte do § 2º
ou Art. 72) do CEDM/SE, ______________ decido pelo
(ACATAMENTO ou NÃO ACATAMENTO) da defesa
prévia e, por conseguinte, determino ____________ (a
instauração da portaria de designação do encarregado
para presidir o PAD, objetivando melhor apreciação
dos fatos e possibilitar a ampla defesa e o contraditório
ao ____________posto/graduação, matrícula e nome e
CPF do acusado.) ou (o arquivamento da notificação
de conduta transgressora em referência.)
(nome, grau hierárquico e função da autoridade

127
2. DO PROCESSO ADMINISTRATIVO DISCIPLINAR

2.1 Da definição e finalidade


2.1.1 O Processo Administrativo Disciplinar (PAD) da Polícia Militar do Estado
de Sergipe é norteado pela Lei Complementar nº 291, de 21 de agosto de 2017, que
dispõe sobre o Código de Ética e Disciplina dos Militares do Estado de Sergipe –
CEDM/SE.
2.1.2 O Processo Administrativo Disciplinar – PAD é o procedimento adotado
para apurar, sempre que possível, de forma resumida e sintética, garantidos a ampla
defesa e o contraditório, os fatos indicativos de transgressões disciplinares envolvendo
militares estaduais, que não se enquadrem nas hipóteses de instauração de Conselho de
Justificação ou de Disciplina, a fim de determinar sua autoria, causas e circunstâncias e
de adotar as medidas pertinentes. (Art. 70 do CEDM)
2.1.3 O PAD tem por finalidade apurar o ilícito disciplinar e oferecer ao militar a
oportunidade de provar sua inocência, assegurando-lhe o princípio do contraditório e da
ampla defesa com a utilização dos meios e recursos admitidos em direito.
2.1.4 O Processo Administrativo Disciplinar divide-se em 03 (três) fases:
a. Instauração, com a publicação do ato que nomeia o encarregado do
processo;
b. Inquérito Administrativo, parte contraditória que compreende a instrução, a
defesa e o relatório final; e
c. Julgamento, fase do processo em que a autoridade recebe o resultado de
todo o trabalho processual desenvolvido pelo encarregado e profere a decisão final.

2.2. Da Instauração
2.2.1 Concluída a fase preliminar, pré-processual, a autoridade competente
determinará a instauração do PAD por meio de Portaria, providenciando a devida
publicação em BGO BGR ou BI.
2.2.2 A instauração do PAD compete às autoridades referidas no Art. 49 do
CEDM/SE. (Art. 71 do CEDM/SE).
2.2.3 A Portaria instauradora do PAD conterá o nome, cargo e matrícula do
servidor e especificará, de forma objetiva, o resumo dos fatos irregulares a serem
apurados e os tipos transgressionais correspondentes, bem como determinará a apuração
de outras infrações conexas que emergirem no decorrer dos trabalhos.
2.2.4 A Portaria delimita o alcance das acusações, devendo o encarregado
ater-se aos fatos ali descritos, podendo, entretanto, alcançar outros fatos quando
diretamente vinculados com as irregularidades nela discriminadas.
2.2.5 Como encarregados, devem ser designados prioritariamente,
respeitando-se o grau hierárquico ou a precedência do disciplinando, Oficiais, Aspirantes
a Oficiais e Subtenentes da unidade onde tenham ocorrido as irregularidades que devem
ser apuradas, exceto quando motivos relevantes recomendem a designação de policiais
de outras unidades.
2.2.6 Na designação dos encarregados, deve-se atentar também para os casos
de suspeições e para os impedimentos legalmente admitidos.

2.3 Do Inquérito Administrativo


A fase do PAD denominada de Inquérito Administrativo é a parte contraditória
do processo, compreendida pela instrução, defesa e relatório final, e será conduzida por
encarregado nomeado pela autoridade competente, que deverá atentar para a tomada de
todas as providências pertinentes.
2.3.1 Da Instrução
Na instrução, na qual os meios de provas são recolhidos e apresentados no
processo, deverão ser adotadas as seguintes medidas:
a. Receber a Portaria de designação para proceder ao processo disciplinar,
128
tomando ciência da sua designação e conhecimento da documentação e atestando por
escrito o recebimento.
b. Verificar se a portaria está devidamente alinhada à documentação
motivadora em anexo.
c. Averiguar a necessidade ou não da Disponibilidade Cautelar do
disciplinando.
d. Verificar a ocorrência de algum impedimento ou suspeição, formulando, em
caso positivo, documento destinado a autoridade delegante indicando a motivação e
solicitando a sua substituição, assim também procedendo caso isso seja detectado
durante a instrução do processo.
e. Autuar a portaria e demais documentos que deram origem ao PAD.
f. Lavrar o termo de abertura.
g. Nomear Escrevente por meio de Termo de Designação, caso julgue
necessário. (Atentar para o Posto/ Graduação do Disciplinando).
h. Lavrar o libelo acusatório (Art. 77, § 1º e § 2º), o qual tem o objetivo de
notificar o disciplinando dos atos e das infrações disciplinares a ele imputadas, devendo
tomar conhecimento de tal documento antes das demais instruções do processo e não no
momento de seu interrogatório, pois dispõe ele, a partir do recebimento do libelo, de 03
(três) dias úteis para requerer a produção de provas, nomear defensor e indicar
testemunhas (§ 2º do Art. 77), bem como manifestar se deseja acompanhar o feito
pessoalmente ou por intermédio de seu defensor.
i. Na expedição do Libelo, atentar para a acusação motivadora da instauração
do PAD, o resumo dos fatos irregulares a serem apurados e os tipos transgressionais
correspondentes constantes na Portaria de designação.
j. Analisar e decidir, primariamente, sobre as diligências e as provas que
devam ser colhidas ou juntadas e que sejam de real interesse ou importância para o
processo.
l. Para uma maior eficiência, proceder inicialmente às diligências desobrigadas
da espera da manifestação do disciplinando decorrente do Libelo Acusatório.
m. Caso não haja manifestação do disciplinando notificado do libelo, certificar e
dar continuidade, normalmente, à instrução do processo, pois os direitos capitulados no
Art. 77 do CEDM/SE são facultativos.
n. Ocorrendo a manifestação do disciplinando, atentar para a indicação do
defensor, requerimentos e solicitações, juntando a procuração aos autos e tomando todas
as medidas pertinentes para o devido atendimento durante a instrução do processo,
podendo indeferir pedidos de provas ilícitas, meramente protelatórias ou de nenhuma
relevância para o esclarecimento dos fatos (Art. 78 do CEDM/SE).
o. Quanto às oitivas:
1) Intimar e notificar as pessoas envolvidas.
2) Proceder à oitiva das testemunhas.
3) Na realização das oitivas das testemunhas estando presente o disciplinando
ou sua defesa técnica deve ser-lhe oportunizado, ao final do depoimento, a propositura de
quesitos.
4) Se o encarregado verificar que a presença do acusado, pela sua atitude,
poderá influir no ânimo da testemunha, de modo que prejudique a verdade do
depoimento, fará retirá-lo, prosseguindo na inquirição, com a presença do seu defensor.
5) Quando a testemunha for superior hierárquico ao encarregado a sua oitiva
poderá ser realizada pessoalmente ou através de questionário.
6) Proceder ao interrogatório do disciplinando.
7) A ordem e momento para as oitivas de testemunhas, a depender da
dinâmica dos procedimentos do processo, podem ser alterados; todavia, deve-se atentar
para a conveniência do interrogatório do disciplinando ocorrer sempre por último, pois, em
atenção ao princípio constitucional da ampla defesa e do contraditório, se permite ao
acusado o direito de se manifestar após o conhecimento de todos os fatos a ele
129
imputados.
p. Outras diligências:
1) Proceder ao reconhecimento de pessoas e coisas, quando for o caso.
2) Fazer as acareações necessárias.
3) Providenciar os exames periciais imprescindíveis à elucidação dos fatos.
4) Solicitar parecer da Junta Médica ou submeter o disciplinando a sua
apreciação, caso alegue problemas de saúde que, a princípio, impeçam-no de ser
convocado para o processo.
5) Deferir a produção de outras provas requeridas pelo disciplinando, quando
pertinentes à apuração (atentar para o Art. 77, § 4º e Art. 78 do CEDM).
6) Providenciar para que sejam juntadas as provas consideradas relevantes,
assim como as requeridas pelo disciplinando e pelo denunciante.
7) Solicitações de documentos, reconhecimento, acareações, exames periciais,
deferimento de provas juntadas de documentos são procedimentos realizados de acordo
com a dinâmica do processo, não possuindo também um momento ou ocasião
previamente estabelecidos.
8) Estando o disciplinando, ofendido ou qualquer testemunha relevantemente
indispensável, fora do Estado, e não havendo nenhum outro meio hábil para a sua oitiva,
deverá providenciar junto a Corregedoria-Geral a emissão de Carta Precatória.
9) A acareação somente será realizada em situações excepcionalíssimas,
quando o procedimento for eminentemente necessário para o esclarecimento de
divergências existentes no curso da apuração e fundamental para a busca da verdade
real; sendo que o Encarregado será, sempre, possuidor de precedência hierárquica em
relação aos militares acareados.
10) É obrigatória a juntada aos autos da Ficha Funcional/Disciplinar do
Disciplinando, contendo o conceito e pontuação (inclusive indicando se positiva ou
negativa); caso estas informações não constem na ficha, deverá ser solicitado ao
Comandante do Disciplinando uma Certidão.
q. Atentar, durante a instrução, para a incidência de qualquer ato irregular que
possa, principalmente, configurar nulidade, providenciando de imediato o saneamento.
(ex.: não oportunização do libelo acusatório, realização do interrogatório antes da oitiva
das testemunhas, não oportunização das razões de defesa ou a produção de provas em
momento posterior a ela.)
r. Solicitar, sempre em tempo hábil, com exposição da motivação e cópias de
documentos, prorrogação e/ou suspensão de prazo (Art. 80 do CEDM).
s. Quando da incidência de “Devolução”, além de cumprir devidamente todas
as medidas apontadas, logo após a reabertura dos trabalhos, notificar o Disciplinando
para que possa tomar conhecimento e manifestar-se sobre o gozo dos direitos
estabelecidos no Art. 77 do CEDM/SE, lavrando a devida certidão caso não se manifeste;
sendo que somente lhe apresentará novamente o Libelo Acusatório se assim for
determinado na Devolução.
t. Sempre consultar o CEDM/SE e, subsidiariamente, legislações pertinentes;
bem como procurar a Seção de Disciplina da Corregedoria-Geral para sanar dúvidas.

2.3.2 Das Razões de Defesa


Nesse momento o disciplinando, caso tenha interesse, poderá apresentar
razões escritas referentes à matéria objeto do processo, fazendo valer as suas garantias
do contraditório, ampla defesa e do devido processo legal, observando-se o seguinte:
a. Ao final da fase de instrução o Encarregado deve notificar o disciplinando
para apresentar razões de defesa (Art. 77, § 3º e Art. 79 do CEDM/SE), dando-lhe ciência
de todas as provas carreadas aos autos.
b. O Encarregado deverá atentar para não gerar confusão, em hipótese
alguma, entre a notificação do Libelo Acusatório e a notificação para a apresentação das
Razões de Defesa, e nem admitir que o disciplinando ou seu defensor também assim
130
procedam.
c. Se o Encarregado, posteriormente à apresentação das Razões de Defesa,
realizar quaisquer novas diligências ou juntar documentos novos aos autos cuja não
cientificação ao acusado implique em cerceamento de defesa, deverá propiciar-lhe a
apresentação de defesa complementar, renovando-lhe, pelo mesmo o prazo, para nova
manifestação.
d. Juntar aos autos as razões de defesa do disciplinando, lavrando certidão
caso não seja apresentada.
e. No caso de Devolução, após o cumprimento das diligências determinadas,
caso haja produção de novas provas, notificar o disciplinando para que apresente razões
de defesa complementar.

2.3.3 Do Relatório e Encerramento


O Relatório Final deve detalhar todas as provas em que se baseia a convicção
final e concluir quanto à responsabilização do disciplinando ou quanto à inocência ou
insuficiência de provas para responsabilizá-lo, não podendo ser meramente opinativo e
muito menos apresentar mais de uma opção de conclusão e deixar a critério da
autoridade julgadora escolher a mais apropriada, devendo-se atentar para o seguinte:
a. Ao final do processo o encarregado deve elaborar relatório minucioso (Art.
86 do CEDM) dividido em introdução, exposição e conclusão, contendo:
1) todos os atos praticados pelo encarregado;
2) a síntese do desenvolvimento dos trabalhos;
3) a análise das provas apuradas; e
4) a exposição das alegações do disciplinando indicando os pontos
justificáveis, quando da não existência de infração, ou, nos casos contrários, refutando-as
quando concluir pela existência de infração (atentar para este último item).
b. Na elaboração do relatório deve-se atentar para o que dos autos foi
produzido, evitando-se juízos de valores, comentários pessoais e empreendimentos na
defesa do disciplinando.
c. Lavrar o termo de encerramento (Art. 87 do CEDM).
d. Os autos devem ser organizados e executados sempre na ordem lógica da
persecução processual: Autuação – Termo de Abertura – Libelo Acusatório – Ofícios –
Oitivas – Juntadas de Documentos – Notificação para Razões de Defesa – Juntada das
Razões de Defesa – Relatório – Termo de Encerramento.
e. No PAD os documentos devem ser organizados na ordenação cronológica à
medida que são produzidos.

2.4 Do julgamento
2.4.1 A autoridade militar, antes da efetiva solução do PAD, poderá retornar os
autos ao Encarregado, via DEVOLUÇÃO, para proceder às correções complementações
ou outras medidas que julgar necessárias à escorreita e/ou cabal elucidação dos fatos.
2.4.2 A autoridade delegante solucionará o Processo Administrativo Disciplinar,
homologando ou não a conclusão do Encarregado, e, justificando a sua solução, deverá:
a. Arquivar o PAD, se não constatar irregularidades;
b. Punir o transgressor, de acordo com CEDM/SE, emitindo nota de punição;
c. Determinar ou solicitar a instauração de inquérito policial militar, quando
observar indícios de crime;
d. Determinar ou solicitar à 4º Seção do EMG as providências para o
ressarcimento ao erário ou substituição do bem, se houver dano ou extravio praticado por
servidor, desde que este concorde em indenizar extrajudicialmente;
e. Providenciar, através do Comando-Geral, o encaminhamento de cópias dos
autos a Procuradoria Geral do Estado (PGE), por intermédio da autoridade ou do órgão
competente, caso não haja concordância no ressarcimento do bem extrajudicialmente.
2.4.3 Na hipótese de se verificar a existência de vício insanável (aquele que
131
macula todo o processo, gerando nulidade de todos os atos subsequentes, e que não
poderão ser supridos de ofício ou a requerimento do interessado), a autoridade
instauradora declarará a nulidade total ou parcial do processo e instaurará nova portaria,
podendo nomear outro encarregado para refazer o processo a partir dos atos declarados
nulos.
2.4.4 Na hipótese de haver concurso entre a transgressão e crime militar, a
autoridade deverá, ao concluir pela incidência do cometimento da transgressão
disciplinar, emitir despacho fundamentado manifestando a necessidade do aguardo do
trânsito em julgado do processo para ulterior deliberação, e determinando ao setor
competente o devido acompanhamento, podendo ao final resultar nas seguintes
providências:
a. arquivamento do PAD, caso o militar seja punido pelo crime ou seja
absolvido pela falta de indícios de autoria e materialidade ou pela incidência das
excludentes de ilicitude;
b. manutenção da transgressão disciplinar, com a consequente homologação
ou avocação do parecer do encarregado e a imposição da sanção, caso a absolvição do
militar não tenha relação com a falta de autoria e materialidade ou incidência das
excludentes de ilicitude.
2.4.5 O julgamento da transgressão será precedido de análise que considere,
além das causas de justificação e as circunstâncias atenuantes e agravantes (Art. 17 e 18
do CEDM):
a. os antecedentes do transgressor;
b. as causas que a determinaram;
c. a natureza dos fatos ou dos atos que a envolveram;
d. as consequências que dela possam advir.

2.4.6. Quando a análise prevista no Art. 17 do CEDM/SE indicar situação


extraordinariamente positiva ou negativa, a pontuação base poderá ser deslocada em
direção ao limite inferior ou superior estabelecido nos incisos do Art. 19 em que se
enquadrar. (Art. 20, Parágrafo Único do CEDM)

2.4.7 O ato administrativo-disciplinar sancionador será dividido em Decisão


(Solução de Homologação ou Avocação) e Sanção (Nota de Punição).
a. A Decisão, consubstancia na detalhada Solução de Homologação ou
Avocação da autoridade sancionadora, conterá:
1) a descriminação do processo, do disciplinando e o resumo fático e
enquadramento legal das acusações;
2) a síntese das alegações de defesa do militar;
3) a conclusão da autoridade com o enfrentamento das alegações do acusado
e a indicação expressa dos artigos e respectivos parágrafos, incisos e alíneas, quando
couber, da norma em que se enquadre o transgressor e em que se tipifiquem as
circunstâncias atenuantes e agravantes, se existirem;
4) a classificação da transgressão;
5) a sanção imposta;
6) a classificação do conceito que passa a ter ou em que permanece o
transgressor.
b. A Sanção, consubstanciada em Nota de Punição, conterá:
1) o resumo fático;
2) a classificação da transgressão e o seu enquadramento legal; (Art. 14, 15 e
16 CEDM)
3) os limites e base da pontuação; (Art. 19 e 20 do CEDM)
4) as causas de justificação, atenuantes e agravantes; (Art. 22, 23 e 24 CEDM)
5) a sanção imposta (Art. 25 e 36 CEDM);
6) a classificação do conceito e pontuação que passa a ter o transgressor.
132
2.4.8 A publicação do ato de Solução do PAD e da Nota de Punição, dar-se-á
no BGO, BGR ou BI, a depender do grau de sigilo definido para o processo.

2.4.9 Quando a transgressão disciplinar comprometer o decoro da classe, o


pundonor militar ou a honra pessoal, a sanção diretamente aplicada, após o devido
processo legal, pelo Comandante Geral, ensejará o ingresso automático do militar no
conceito “C”, com 51 (cinquenta e um) pontos negativos. (Art. 10 do CEDM)

2.4.10 O militar deverá ser cientificado pelo seu comandante imediato quando
de sua classificação no conceito “C”. (Art. 46 do CEDM)

2.4.11 O militar classificado no conceito “C” que se mostrar incompatível com


as regras éticas e disciplinares do CEDM/SE, ao atingir o limite de 100 (cem) pontos
negativos será submetido a Conselho, na forma da legislação específica. (Art. 91 do
CEDM)

2.4.12 Na publicação da decisão de solução de PAD, deverá conter a


determinação para que o disciplinando seja notificado do ato pelo seu comandante,
inclusive informando-o sobre o direito de apresentar recurso disciplinar.

2.4.13 O cumprimento da sanção ocorrerá após o término do prazo


regulamentar para recurso, na forma do Art. 68 do CEDM. (Art. 47 do CEDM)

2.4.14 A sanção disciplinar imposta a militar durante o período de afastamento


legal do serviço somente será cumprida após o término do seu prazo. (Art. 48 do CEDM)

133
MODELOS DE PROCEDIMENTOS DA FASE PROCESSUAL

MODELO 01: PORTARIA DE INSTAURAÇÃO

POLÍCIA MILITAR DO ESTADO DE SERGIPE

(GRANDE COMANDO OU SUBORDINAÇÃO)


(UNIDADE)

PORTARIA n° ___/20____ – (Unidade)/PAD, de ________ (data).

Instauração de Processo Administrativo Disciplinar – PAD.

O ________ (função da autoridade) MILITAR DO ESTADO DE SERGIPE, no


uso das atribuições legais que lhe são conferidas pelo Art. 71, combinado com o inciso
_______ do Art. 49, da Lei Complementar nº 291, de 21 de agosto de 2017 (Código de
Ética e Disciplina dos Militares do Estado de Sergipe – CEDM/SE)

II R E S O L V E:
JJ
Art. 1º Instaurar o Processo Administrativo Disciplinar nº _____/20_____,
designando para Encarregado o __________ (posto/graduação, matrícula, nome e CPF
do policial designado), a fim de apurar o suposto cometimento de transgressão disciplinar
por parte do _________ (posto/graduação, matrícula, nome e CPF do policial
disciplinando), por supostamente ________ (relatar de forma sucinta o fato, mencionando
dia, horário e local), incidindo dessa forma na Transgressão Disciplinar prevista no Art.
_____, inciso ______ (descrever a transgressão) do Código de Ética e Disciplina dos
Militares do Estado de Sergipe – CEDM/SE, tudo em consonância com ________ (citar a
documentação motivadora), delegando-lhe para esse fim as atribuições que me
competem.
Art. 2º O encarregado designado também deverá atentar para fatos conexos
que emergirem no decorrer dos trabalhos.
Art. 3º Esta Portaria entrará em vigor a partir da data de sua publicação.
Art. 4º Publique-se em BGO (BGR ou BI), registre-se e cumpra-se.

Aracaju/SE, (data).
(nome e grau hierárquico)
(função da autoridade designante)

134
MODELO 02: TERMO DE AUTUAÇÃO

POLÍCIA MILITAR DO ESTADO DE SERGIPE

(GRANDE COMANDO OU SUBORDINAÇÃO)


(UNIDADE)

PROCESSO ADMINISTRATIVO DISCIPLINAR Nº. _________

ENCARREGADO: _________________________________________________________
_________________________________________________________

DISCIPLINADO(S): _________________________________________________________
_________________________________________________________

DEFENSOR: _________________________________________________________
_________________________________________________________

AUTUAÇÃO

Ao(s) __________ dia(s) do mês de _______________ do ano de dois mil e


____, nesta cidade de ____________________, no(a)
_________________________________, autuo a Portaria de Processo Administrativo
Disciplinar nº ____________, e demais documentos que me foram entregues, do que,
para constar, lavro o presente termo.

_____________________________________
(nome e grau hierárquico)
Encarregado

135
MODELO 03: TERMO DE ABERTURA

POLÍCIA MILITAR DO ESTADO DE SERGIPE

(GRANDE COMANDO OU SUBORDINAÇÃO)


(UNIDADE)

TERMO DE ABERTURA

Aos __________________(por extenso) dias do mês de ___________ do ano


de ______________________(por extenso), nesta cidade de
_______________(cidade/Estado) , no Quartel do ___________________(OPM), dou por
aberto os trabalhos atinentes ao presente Processo Administrativo Disciplinar. Do que,
para constar, lavro o presente termo. Eu, _____________________________________
(grau hierárquico, matrícula e nome), Encarregado, digitei-o (ou mandei digitar) e assino.

_____________________________________
(nome e grau hierárquico)
Encarregado

136
MODELO 04: LIBELO ACUSATÓRIO

POLÍCIA MILITAR DO ESTADO DE SERGIPE


(GRANDE COMANDO OU SUBORDINAÇÃO)

(UNIDADE)

Ofício nº ______/(ano)-PAD. Local e data


Assunto: Libelo Acusatório.
Anexo:

Visando instruir os autos do Processo Administrativo Disciplinar nº


________/20___, instaurado por determinação do __________________(função da
autoridade delegante), através da Portaria nº ________________, de ______________(nº
e data da portaria de designação), venho apresentar ao disciplinando (identificação do
disciplinando) as minúcias dos fatos que, em tese, lhe são imputados nas peças apensas
à portaria .
(detalhar minuciosamente os fatos imputados ao disciplinado constante no
documento de origem).
Em decorrência do relatado, inicialmente, é imputada a infração das seguintes
normas disciplinares:
(descrever as infrações disciplinares inicialmente imputadas ao disciplinando).
Face aos fatos que lhe são imputados, e cumprindo o inciso LV, Art. 5º da
Constituição Federal e o Art. 77 do CEDM/SE, notifico-lhe que poderá no prazo de 03
(três) dias úteis, a contar do recebimento deste documento, requerer a produção de
provas, nomear defensor, indicar testemunhas para serem ouvidas no presente Processo
Administrativo Disciplinar, bem como manifestar se deseja acompanhar os atos do
processo pessoalmente e/ou por intermédio do defensor.
Esclarecemos que, ao final da instrução do presente processo, de acordo o que
estabelece o Art. 79 do CEDM, o(a) Senhor(a) será devidamente notificado(a) a
apresentar razões de defesa, no prazo de 03 (três) dias úteis, ocasião em que poderá se
manifestar sobre o todo constante dos autos.

Atenciosamente.

(nome, grau hierárquico e Matrícula)


Encarregado

A(o) Ilmº(ª). Sr.(ª).


(grau hierárquico e nome do destinatário)
(função do destinatário)

Rodapé (Endereço da unidade, e-mail e telefone)

137
MODELO 05: OFÍCIO DE INTIMAÇÃO

POLÍCIA MILITAR DO ESTADO DE SERGIPE

(GRANDE COMANDO OU SUBORDINAÇÃO)


(UNIDADE)

Ofício nº ..../(ano)-PAD. Local e data


Assunto: Intimação de policial militar.
Senhor (a) _______(cargo do destinatário)

Visando instruir os autos do Processo Administrativo Disciplinar nº


______/20____, instaurado por determinação do ______________(função da autoridade
delegante), através da Portaria nº_______(nº e data da portaria de designação), solicito a
V. Sr.ª a apresentação do ___________ (grau hierárquico, Matrícula, nome e CPF do
PM), o qual figura como _________ (disciplinando, testemunha, vítima), para ser ouvido
às ___________________________(hora, data e local da audição), sobre os fatos
_______ (detalhar sucintamente os fatos motivadores).
Saliento-lhe que o disciplinando tem o direito de apresentar-se acompanhado
de um advogado. (somente no caso de disciplinando)

Atenciosamente,

(nome, grau hierárquico e Matrícula)


Encarregado

A(o) Ilmº(ª). Sr.(ª).


(grau hierárquico e nome do destinatário)
(função do destinatário)

Rodapé (Endereço da unidade, e-mail e telefone)

138
MODELO 06: OFÍCIO DE NOTIFICAÇÃO DE CIVIL OU MILITAR INATIVO.

POLÍCIA MILITAR DO ESTADO DE SERGIPE

(GRANDE COMANDO OU SUBORDINAÇÃO)


(UNIDADE)

Ofício nº _____/(ano)-PAD. Local e data


Assunto: Notificação.

Ilmo(a) Senhor(a),

Objetivando esclarecer os autos do Processo Administrativo Disciplinar nº


______/20____, instaurado por determinação do ___________(função da autoridade
delegante), através da Portaria nº___________(nº e data da portaria de designação),
notifico-lhe para comparecer às _________(hora, data e local da audição), a fim de
prestar esclarecimentos a respeito dos fatos _________ (detalhar sucintamente os fatos
motivadores).

Atenciosamente.

(nome, grau hierárquico e matrícula)


Encarregado

A(o) Ilmº(ª). Sr.(ª).


(nome do destinatário)
(função do destinatário)

Rodapé (Endereço da unidade, e-mail e telefone)


139
MODELO 07: TERMO DE INQUIRIÇÃO DE TESTEMUHAS

POLÍCIA MILITAR DO ESTADO DE SERGIPE

(GRANDE COMANDO OU SUBORDINAÇÃO)


(UNIDADE)

TERMO DE INQUIRIÇÃO DE TESTEMUNHA

Aos __________ (por extenso) dias do mês de _________ do ano de


_________ (por extenso), nesta cidade de ________ (cidade/Estado), na _______
(seção), do _________ (OPM), às _______ (horário), presente o Disciplinando e seu
defensor (se for o caso), compareceu o Sr(a) __________ (nome da testemunha), RG
_________ (nº e órgão expedidor), CPF nº _______, estado civil _________, profissão
__________, natural de __________(Município e Estado), nascido em _________ (data
de nascimento), filho de _________ (filiação), residente a ___________ (endereço
completo), telefone _________ (celular e/ou residencial), a qual aos costumes disse
___________ (descrever), devidamente advertido sobre o crime de falso testemunho, pós
prestar o compromisso de dizer a verdade sobre o que sabe e lhe fosse perguntado,
inquirida a respeito dos fatos que deram origem ao presente Processo Administrativo
Disciplinar, relatou que _____________ (descrever o relato da testemunha);
____________ (prosseguir com as perguntas à testemunha); passada a palavra ao
Disciplinando ou ao seu defensor ______________ (descrever as perguntas e respostas
correspondentes ou a não manifestação do defensor). E como não mais disse nem lhe foi
perguntado, dou por encerrado o presente termo, às __________ (horário), o qual digitei,
que, depois de lido e achado conforme, vai assinado por este Encarregado, pela
testemunha, pelo Disciplinando e por seu defensor.

(nome e grau hierárquico)


Encarregado

(nome e identificação)
Testemunha

(nome e grau hierárquico)


Disciplinando

(nome e identificação)
Defensor

140
MODELO 08: TERMO DE INTERROGATÓRIO

POLÍCIA MILITAR DO ESTADO DE SERGIPE


(GRANDE COMANDO OU SUBORDINAÇÃO)

(UNIDADE)

TERMO DE INTERROGATÓRIO

Aos __________ (por extenso) dias do mês de _________ do ano de


_________ (por extenso), nesta cidade de ________ (cidade/Estado), na _______
(seção), do _________ (OPM), às _______ (horário), presente à defesa, na pessoa do
___________ (nome, RG e nº da carteira da OAB), e ___________(nome de outras
pessoas se houver), compareceu o Disciplinando, _____________ (grau hierárquico,
Matrícula, nome, RG, CPF e OPM), estado civil __________, natural de
__________(Município e Estado), nascido em _________ (data de nascimento), filho de
_________ (filiação), residente a ___________ (endereço completo), telefone _________
(celular e/ou residencial), após ter sido informado de que não estar obrigado a responder
as perguntas que lhe forem formuladas, o qual a respeito dos fatos que deram origem ao
presente Processo Administrativo Disciplinar respondeu o seguinte: Que _________
(descrever o relato); ____________ (prosseguir com as perguntas pertinentes); passada a
palavra à defesa ____________ (descrever as perguntas e respostas correspondentes
ou a não manifestação do defensor). E como não mais disse nem lhe foi perguntado, dou
por encerrado o presente termo, às __________ (horário), o qual digitei, que, depois de
lido e achado conforme, vai assinado por este Encarregado, pelo disciplinando e por seu
defensor.

(nome e grau hierárquico)


Encarregado

(nome e grau hierárquico)


Disciplinando

(nome e identificação)
Defensor

141
MODELO 09: TERMO DE RECONHECIMENTO

POLÍCIA MILITAR DO ESTADO DE SERGIPE

(GRANDE COMANDO OU SUBORDINAÇÃO)


(UNIDADE)

TERMO DE RECONHECIMENTO

Aos __________ (por extenso) dias do mês de _________ do ano de


_________ (por extenso), nesta cidade de ________ (cidade/Estado), na _______
(seção), do _________ (OPM), às _______ (horário), onde presente se encontrava este
Encarregado, compareceu o Sr.(a) __________ (nome e qualificação da pessoa que vai
fazer o reconhecimento), que, convidado a descrever a pessoa a ser reconhecida, disse
que ___________ (transcrever o relato); em seguida o Sr.(a) _____________(nome e
qualificação da pessoa a ser reconhecida) foi colocado ao lado de _____________ (nome
da pessoa com quem ele tem semelhança física), tendo o Sr.(a) ___________ (nome da
pessoa que fará o reconhecimento) apontado (ou não) o Sr.(a) ____________ (nome da
pessoa que está sendo reconhecida) como sendo a pessoa que ____________
(transcrever o que declarou a pessoa que foi reconhecer). E como não mais declarou, dou
por encerrado o presente termo, às __________ (horário), o qual digitei, que, depois de
lido e achado conforme, segue assinado por este Encarregado, pela pessoa que foi
reconhecer, pela pessoa a ser reconhecida e pelas testemunhas (se for caso).

(nome e grau hierárquico)


Encarregado

(nome e identificação do reconhecedor)


Reconhecedor

(nome e grau hierárquico da pessoa reconhecida)


Pessoa Reconhecida (ou não)

(nome e identificação)
Testemunha

(nome e identificação)
Testemunha

142
MODELO 10: TERMO DE ACAREAÇÃO

POLÍCIA MILITAR DO ESTADO DE SERGIPE


(GRANDE COMANDO OU SUBORDINAÇÃO)

(UNIDADE)

TERMO DE ACAREAÇÃO

Aos __________ (por extenso) dias do mês de _________ do ano de


_________ (por extenso), nesta cidade de ________ (cidade/Estado), na _______
(seção), do _________ (OPM), presente o sindicado (com seu defensor, se houver), às
________ (horário), compareceram as testemunhas ___________ (nome e RG), já
qualificadas e inquiridas neste Processo Administrativo Disciplinar, conforme se vê nos
documentos de folhas _______, a fim de serem acareadas em face das divergências
constadas nos respectivos depoimentos, nas partes que _________ (citar os pontos
divergentes dos depoimentos), e, sob o compromisso prestado de dizerem a verdade,
foram perguntadas, uma frente a outra, para explicar ditas discrepâncias (de contradição,
conforme o caso). Depois de lidos perante os presentes os depoimentos referidos, nos
pontos contraditórios, pela testemunha _________ (nome), foi dito que _________
(retifica ou confirma) o depoimento anteriormente prestado, pelas seguintes razões
_________ (descrever a justificativa), pela testemunha __________ (nome), foi dito
(proceder da mesma forma recomendada anteriormente), passada a palavra ao sindicado
e/ou ao defensor (se for o caso) ___________ (descrever as perguntas e respostas ou a
não manifestação do defensor). E como não mais disseram nem lhes foi perguntado, dou
por encerrado o presente termo, às _______ (horário) o qual digitei, que, depois de lido e
achado conforme, vai assinado por este Encarregado, pelo Disciplinando, por seu
defensor e pelas testemunhas.

(nome e grau hierárquico)


Encarregado

(nome e grau hierárquico)


Disciplinando

(nome e identificação)
Defensor

(nome e identificação)
Testemunha

(nome e identificação)
Testemunha

143
MODELO 11: TERMO DE JUNTADA

POLÍCIA MILITAR DO ESTADO DE SERGIPE

(GRANDE COMANDO OU SUBORDINAÇÃO)


(UNIDADE)

TERMO DE JUNTADA
(documentos não produzidos pelo encarregado)

Aos _______ dias do mês de ________ do ano de _________, neste Quartel


do ______________ (ou outro local), faço a juntada a estes autos, da fl. _____ a ______,
dos documentos relacionados abaixo (sucintamente, descrever (denominar) cada um dos
documentos que forem juntados, colocando a data de recebimento dos mesmos). Do que,
para constar, lavro o presente termo.

(nome e grau hierárquico)


Encarregado

144
MODELO 12: NOTIFICAÇÃO PARA APRESENTAÇÃO DE RAZÕES DE DEFESA

POLÍCIA MILITAR DO ESTADO DE SERGIPE

(GRANDE COMANDO OU SUBORDINAÇÃO)


(UNIDADE)

Ofício nº ______/(ano)-PAD. Local e data


Assunto: Notificação para apresentar
razões de defesa.
Anexo:

Conforme estabelece o Art. 79 do CEDM/SE, visando instruir os autos do


Processo Administrativo Disciplinar nº _______, instaurado por determinação do
________ (função da autoridade delegante) através da Portaria nº _________ (nº e data
da portaria de designação), notifico-lhe a apresentar as suas razões de defesa por escrito,
no prazo de 03 (três) dias úteis, a contar do recebimento deste documento.

Atenciosamente.

(nome, grau hierárquico)


Encarregado

A(o) Ilmº(ª). Sr.(ª).


(grau hierárquico e nome do destinatário)
(função do destinatário)

Rodapé (Endereço da unidade, e-mail e telefone)

145
MODELO 13: TERMO DE JUNTADA DAS RAZÕES DE DEFESA

POLÍCIA MILITAR DO ESTADO DE SERGIPE

(GRANDE COMANDO OU SUBORDINAÇÃO)


(UNIDADE)

TERMO DE JUNTADA DAS RAZÕES DE DEFESA DO DISCIPLINANDO

Aos ________ (por extenso) dias do mês de ________ (por extenso) do ano de
_________ (por extenso), junto aos presentes autos AS RAZÕES DE DEFESA
apresentadas pelo disciplinando, em ________ (data de recebimento do documento). E,
para constar, lavro este termo, o qual digitei e assino.

(nome e grau hierárquico)


Encarregado

146
MODELO 14: CERTIDÃO

POLÍCIA MILITAR DO ESTADO DE SERGIPE

(GRANDE COMANDO OU SUBORDINAÇÃO)


(UNIDADE)

CERTIDÃO

Certifico que o ___________ (posto/ graduação, matrícula e nome), que figura


como disciplinando do presente processo, devidamente notificado através de documento
constante na fl. nº________, deixou de apresentar as suas razões de defesa. Do que,
para constar, lavro este termo.

Quartel em ________ (local), _________ (data).

(nome e grau hierárquico)


Encarregado

147
MODELO 15: RELATÓRIO

POLÍCIA MILITAR DO ESTADO DE SERGIPE

(GRANDE COMANDO OU SUBORDINAÇÃO)


(UNIDADE)

RELATÓRIO

I – INTRODUÇÃO

- O presente Processo Administrativo Disciplinar nº _____/20____ foi


instaurado por determinação do Sr ___________ (citar a função da autoridade
designante), através da Portaria nº _______________ (nº e data de expedição da
portaria), para apurar o ______________ (citar o objetivo da portaria).

II – EXPOSIÇÃO

- Atos praticados pelo encarregado


- Síntese do desenvolvimento dos trabalhos

III – CONCLUSÃO

- Análise das provas apuradas


- Exposição das alegações do disciplinando indicando os pontos justificáveis,
quando da não existência de infração, ou, nos casos contrários, refutando-as.
- Manifestar se houve transgressão, indícios crime, responsabilidade cível ou
ambas.
- Opinar sobre as providências a serem adotadas pela autoridade delegante
caso não haja infração.

(nome e grau hierárquico)


Encarregado

148
MODELO 16: TERMO DE ENCERRAMENTO

POLÍCIA MILITAR DO ESTADO DE SERGIPE

(GRANDE COMANDO OU SUBORDINAÇÃO)


(UNIDADE)

TERMO DE ENCERRAMENTO

Aos _________ (por extenso) dias do mês de _________ do ano de


_________ (por extenso), nesta cidade de ___________ (cidade/Estado), no Quartel do
________ (OPM), dou por encerrado os trabalhos atinentes ao presente Processo
Administrativo Disciplinar. Do que, para constar, lavro o este termo, Eu, ______________
(nome e grau hierárquico), Encarregado, digitei-o (ou mandei digitar) e assino.

(nome e grau hierárquico)


Encarregado

149
MODELO 17: DEVOLUÇÃO

POLÍCIA MILITAR DO ESTADO DE SERGIPE


(GRANDE COMANDO OU SUBORDINAÇÃO)

(UNIDADE)

PORTARIA Nº: _______/20__-_____ /PAD, datada de ________ (data).


ENCARREGADO: ___________ (posto/ graduação, matrícula, nome e CPF).

DEVOLUÇÃO Nº ______ /20___

Na condição de __________ (função), e no uso das atribuições que me foram


conferidas pelo Art. 71 c/c Art. 49, inciso ________ e Art. 101, da Lei Complementar nº.
291, de 21 de agosto de 2017 c/c com o Art. 430 do CPPM, bem como pelo ________
(autoridade que delegou, caso haja), devolvo os correspondentes autos originais,
contendo ______ (escrever por extenso entre os parênteses) folhas, do PAD n°
_____/20____, instaurado através da Portaria nº ____/20____-____/PAD, datada de
_____ (data), devendo o encarregado cumprir no prazo de _____ (escrever por extenso
entre os parênteses) dias úteis, após o recebimento dos autos, as diligências
complementares determinadas abaixo para _____________ (expor a motivação da
devolução – exemplo: o saneamento de prováveis nulidades e supressão de faltas que
posam prejudicar a regularidade do processo).

1. Elaborar o devido Termo de Reabertura do PAD em questão, certificando a


data em que recebeu do __________ (setor responsável da Unidade) a presente
devolução e os autos.
2. Notificar o disciplinando sobre a reabertura do PAD, apresentando cópia da
presente Devolução, para que possa tomar conhecimento e, caso deseje, valer-se dos
direitos garantidos pelo Art. 77 do CEDM/SE já manifestados no Libelo Acusatório.
4. (Elencar as diligências.)
5. Juntar aos autos esta Devolução, a cópia do BGO (BGR ou BI) que
determinou a convocação para a reabertura do processo, bem como os documentos
obtidos.
6. Após o cumprimento das determinadas diligências, diante da produção de
novas provas, notificar o disciplinando para apresentação de Razões de Defesa
complementar, cientificando-lhe de todo o constante nos autos (somente se as novas
diligências exigirem).
7. (Determinar a feitura de novo relatório (quando necessário) ficando a critério
do encarregado, a depender do resultado das novas diligências, alterar ou não a
conclusão.)
8. Registre-se e cumpra-se.

Aracaju/SE, _______ (data).

(nome e grau hierárquico)


Encarregado

150
MODELO 18: TERMO DE REABERTURA

POLÍCIA MILITAR DO ESTADO DE SERGIPE

(GRANDE COMANDO OU SUBORDINAÇÃO)


(UNIDADE)

TERMO DE REABERTURA

Aos __________________(por extenso) dias do mês de ___________ do ano


de ______________________(por extenso), nesta cidade de
_______________(cidade/Estado) , no Quartel do ___________________(OPM), dou por
reaberto os trabalhos atinentes ao presente Processo Administrativo Disciplinar em
decorrência da DEVOLUÇÃO nº ________ de _________ (data), demandada pelo Sr.
___________ (função da autoridade) para _________ (motivação). Do que, para constar,
lavro o presente termo. Eu, _____________________________________ (grau
hierárquico, matrícula e nome), Encarregado, digitei-o (ou mandei digitar) e assino.

_____________________________________
(nome e grau hierárquico)
Encarregado

151
MODELO 19: HOMOLOGAÇÃO
POLÍCIA MILITAR DO ESTADO DE SERGIPE
(GRANDE COMANDO OU SUBORDINAÇÃO)

(UNIDADE)

HOMOLOGAÇÃO DE SOLUÇÃO EM PAD

Encarregado: (posto/ graduação, Matrícula, nome e CPF).


Disciplinando: (posto/ graduação, Matrícula, nome e CPF).

Trata-se de autos do Processo Administrativo Disciplinar nº ____/20____,


instaurado através da Portaria nº ____/20____-(Unidade)/ PAD, de _______ (data), a fim
de apurar o suposto cometimento de transgressão disciplinar por parte do ___________
(posto/ graduação, Matrícula, nome e CPF), por supostamente ter ________ (descrever a
conduta transgressora e enquadramento constante na portaria), colige-se o seguinte do
apurado:
O presente Processo Administrativo Disciplinar é decorrente da adoção de
procedimento preliminar, introduzido através do ofício nº ________ – CORREG/DP, de
____ (data), motivado pela(o) __________ (descrever o documento ou procedimento
motivador e sua origem), o qual ofereceu à autoridade elementos de materialidade e
autoria primordiais para a sua instauração. Quanto a isto é imprescindível esclarecer que
a finalidade do PAD não se prende apenas a apuração da culpabilidade do acusado, mas
também lhe oferecer a oportunidade de provar sua inocência valendo-se, principalmente,
do contraditório e da ampla defesa,
Expor as alegações e pedidos do disciplinando.
Apontar os pontos justificáveis, caso da não incidência de transgressões.
OU
Refutar as alegações, caso de incidência de transgressões.
Manifestar sobre a obediência do processo às normas vigentes, justificar o ato
de “Devolução” demandado (se houver), bem como indicar se dos meios de provas
carreados aos autos restou comprovada a incidência ou não de transgressão.
Ante o exposto, verifica-se dos autos que o _________ (posto/ graduação,
Matrícula, nome e CPF), cometeu a transgressão disciplinar prevista no Art. ______,
inciso _______ (“descrever”.), da Lei Complementar nº 291, de 21 de agosto de 2017 –
Código de Ética e Disciplina dos Militares de Sergipe (CEDM/SE), pelo que resolvo
solucionar o presente feito HOMOLOGANDO (ou AVOCANDO) o parecer apresentado
pelo Encarregado.
OU
Ante o exposto, verifica-se dos autos que não houve cometimento de
transgressões disciplinares praticadas pelo_________ (posto/ graduação, Matrícula,
nome e CPF) pelo que resolvo solucionar o presente feito HOMOLOGANDO (ou
AVOCANDO) o parecer apresentado pelo Encarregado.
(se houver transgressão) Descrever o tipo de transgressão (Leve, Média ou
Grave) e a pontuação base correspondente (cinco, quinze ou vinte e cinco pontos
negativos/ Art. 20, inciso I, II ou III) com os devidos ajustes decorrentes de possíveis
situações extraordinariamente positivas ou negativas (Art. 20, Parágrafo Único). Apontar,
caso haja, as agravantes e as atenuantes (descrevendo os artigos, incisos e alíneas),
somando primeiramente, à pontuação base, a pontuação negativa das agravantes e
depois subtraindo do total a pontuação positiva fruto das atenuantes, indicando
posteriormente a pontuação final. Com a pontuação final indicada, apontar o tipo de
Sanção Disciplinar (Advertência, Repreensão, Permanência ou Suspensão/ Art. 25, I, II, III
152
ou IV) e os dias correspondentes nos casos de Permanência e Suspensão. Por último,
indicar o enquadramento final do conceito.

Ao Chefe da Ajudância Geral (ou correspondente):


§ Publique-se em BGO (BGR ou BI);
§ Remeta os Autos a _______ (Unidade);

Ao Subcorregedor-Geral (ou correspondente):


Deliberar com a Seção de Disciplina da Corregedoria-Geral (ou setor competente) a
adoção das medidas pós-processuais pertinentes e o arquivamento, físico e digital, do
processo junto a Seção Administrativa.

Ao Comandante da Unidade de Lotação do Militar:


Notificar o disciplinando por escrito, no prazo de até três dias úteis, acerca da
Solução deste PAD e da punição aplicada:
a. entregar cópia da respectiva publicação em boletim;
b. informar sobre o direito à apresentação de pedido de Recurso Disciplinar,
conforme previsto nos Arts. 63 e 64, do CEDM/SE, no prazo de 05 (cinco) dias
úteis, a ser endereçado à autoridade aplicadora da punição, contudo, protocolado
na Unidade de lotação; e
c. coletar o recebido da notificação expedida e enviar cópia à ______ (Unidade).
Findo o prazo para apresentação do Recurso:
§ havendo apresentação de Recurso, encaminhá-lo à ______ (Unidade) para
a devida análise;
§ não havendo apresentação de Recurso ou não acatamento por parte da
autoridade competente, fazer cumprir a respectiva punição e, posteriormente,
informar por escrito tal cumprimento à(ao) _______ (Unidade da autoridade
aplicadora).
Registrar em Ficha Funcional, caso consolidada, a punição aplicada.

Aracaju/SE, ______ (data).

_____________________________________
(nome e grau hierárquico)
Encarregado

153
MODELO 20: NOTA DE PUNIÇÃO

POLÍCIA MILITAR DO ESTADO DE SERGIPE

(GRANDE COMANDO OU SUBORDINAÇÃO)


(UNIDADE)

NOTA DE PUNIÇÃO
Referência: Processo Administrativo Disciplinar nº _____/20______,
instaurado através da Portaria nº _____/20____- (Unidade)/PAD, de (data).
Ao _______ (posto/ graduação, Matrícula, nome e CPF), por ter (descrever a conduta
transgressora)
- GRAVE: Art. 14, inciso III (“faltar, publicamente, com o decoro
TRANSGRESSÃO pessoal, dando causa a escândalo que comprometa a honra
pessoal, o pundonor militar e o decoro da classe”.)
LIMITES - De 20 a 30 pontos NEGATIVOS (Art. 19, Inciso III).
- 25 Pontos Negativos (Art. 20, Inciso III). (fazer referência se
BASE houver situação extraordinariamente positiva ou negativa – Art 20,
Parágrafo Único).
CAUSAS DE
- Sem Causas de Justificação (Art. 22).
JUSTIFICAÇÃO
ATENUANTES - Sem Atenuantes (Art. 23).
AGRAVANTES - Art. 24, inciso V, alíneas “e” e “g”: 01(um) Ponto Negativo.
- TOTAL de PONTOS: 26 (vinte e seis) Pontos Negativos.
SANÇÃO - Acima de vinte pontos negativos, Suspensão (Art. 25, Inciso IV).
- 06 (seis) dias de Suspensão (Art. 36, § 1º, alínea “b”).
CONCEITO Conceito anterior do militar: Conceito “B” com 10 (dez) pontos
e positivos.
PONTUAÇÃO Conceito do militar: “B” com 16 (dezesseis) pontos negativos.
Aracaju/SE, ______ (data).

_____________________________________
(nome e grau hierárquico)
Encarregado

154
MODELO 21: DESPACHO FUNDAMENTANDO A SUSPENSÃO DA
HOMOLOGAÇÃO DEVIDO A INCIDÊNCIA DE CONCURSO ENTRE TRANGRESSÃO E
CRIME MILITAR

POLÍCIA MILITAR DO ESTADO DE SERGIPE


(GRANDE COMANDO OU SUBORDINAÇÃO)

(UNIDADE)

Local e data: Aracaju-SE, ________ (data).


Signatário: ______ (autoridade julgadora)
DESPACHO Destinatário: TC PM – Chefe da Seção de Disciplina da
FUNDAMENTADO Nº Corregedoria-Geral da PMSE (ou oficial Correspondente)
Assunto: Solução de PAD – Concurso entre transgressão e
crime militar.

Após análise dos autos conclusos do PAD n° _____/20__, instaurado através


da Portaria n° ____/20____-CORREG/PAD, de _____ (data), que tem como disciplinando
o ________ (posto/ graduação, Matrícula, nome e CPF), verificamos que o fato gerador
deste processo também está sendo objeto de apuração na seara judicial, através do
processo nº _______, cuja competência é da 6ª Vara Criminal de Aracaju, denotando-se
que a transgressão disciplinar tipificada concorre com o crime militar.
Ademais, embora dos elementos probatórios insertos nos autos, percebam-se
robustos indícios de cometimento da transgressão disciplinar por parte do Disciplinando,
suspendo a decisão deste PAD, até ulterior deliberação, em razão do que prevê o § 2° do
Art. 40 da lei 2066/76 (Estatuto dos Policiais Militares do Estado de Sergipe):

Art. 40 - A violação das obrigações e dos deveres policiais-militares


constituirá crime ou transgressão disciplinar, conforme dispuserem a
legislação ou regulamentação específicas.
§ I - A violação dos preceitos da ética policial-militar é tão mais grave
quanto mais elevado for o grau hierárquico de quem a cometer.
§ 2 - No concurso de crime militar e de transgressão disciplinar
será aplicada, somente, a pena relativa ao crime.

Dessa forma, determino ao Chefe da Seção de Disciplina da Corregedoria-


Geral da PMSE (ou correspondente) as seguintes diligências:
a) Acompanhar a tramitação do processo até o seu trânsito em julgado e, ao
final, retornar os autos a este Corregedor para solução do PAD;
b) Notificar o disciplinado do presente despacho.

Eliziel Alves Rodrigues – Cel QOPM


Corregedor-Geral da PMSE

155
3. DOS PROCEDIMENTOS PÓS-PROCESSUAIS

3.1 Das Medidas adotadas pelo Comandante do disciplinado


3.1.1 Notificar o disciplinado por escrito, no prazo de até três dias úteis,
acerca da Solução do PAD e da punição aplicada:
a. entregando cópia da respectiva publicação em boletim;
b. informando sobre o direito à apresentação de pedido de Recurso
Disciplinar, conforme previsto nos Art. 63 e 64, do CEDM, no prazo de 05 (cinco) dias
úteis, a ser endereçado à autoridade aplicadora da punição, contudo, protocolado na
Unidade de lotação;
c. coletando o recebido da notificação expedida.

3.1.2 Findo o prazo para apresentação do Recurso:


a. não havendo apresentação de Recurso, emitirá certidão e informará por
escrito a autoridade aplicadora.
b. havendo apresentação de Recurso, encaminhá-lo à autoridade aplicadora
para a devida análise;
c. nos casos da não apresentação de Recurso ou não acatamento, fazer
cumprir a respectiva punição.
d. lançar a punição disciplinar na Ficha Funcional do policial militar.

3.1.3 Encaminhar a autoridade aplicadora, no prazo máximo de 48h00min,


após a consolidação de cada ato:
a. Notificação com a firma de recebimento do disciplinado;
b. Recurso disciplinar, caso impetrado;
c. Comprovante do cumprimento da punição disciplinar;
d. Cópia da Ficha Funcional atualizada.

3.1.4 Atentar que a sanção de Permanência, desde janeiro de 2020, em


decorrência da Lei nº 13.967 de 26 de dezembro de 2019, não pode mais ser executada.

3.2 Das medidas adotadas pela autoridade aplicadora da Sanção


Disciplinar
3.2.1 Após o recebimento do recurso e sua devida análise, se impetrado,
poderá reconsiderar a sua decisão ou, caso contrário, encaminhá-lo à autoridade superior
devidamente instruído (Art. 64, Parágrafo Único do CEDM).
3.2.2 A não interposição de recurso disciplinar, no momento oportuno, implicará
aceitação da sanção, que se tornará definitiva. (Art. 93 do CEDM)
3.2.3 A forma de apresentação do recurso disciplinar não impedirá seu exame,
desde que esteja clara a intenção de recorrer. (Art. 94 do CEDM).
3.2.4 Constatada a ocorrência de vícios que comprometeram o processo,
sejam eles de competência, forma, objeto, finalidade e/ou motivo, concluirá pela nulidade
total ou parcial e pela adoção das medidas pertinentes subsequentes.
3.2.5 Havendo o conhecimento e provimento do recurso, deverá providenciar o
arquivamento do processo, juntando aos autos cópia da decisão publicada em BGO, BGR
ou BI.
3.2.6 Não havendo conhecimento ou provimento do recurso, deverá
156
acompanhar o cumprimento da sanção disciplinar e, antes de arquivar os autos do PAD,
providenciar a juntada dos seguintes documentos:
a. solução e nota de punição;
b. notificação com a firma de recebimento do disciplinando;
c. Recurso Disciplinar, caso tenha sido impetrado;
d. publicação de decisão do recurso;
e. comprovante do cumprimento da punição disciplinar; e
f. cópia da Ficha Funcional atualizada.
3.2.7 Nos casos de sanções disciplinares de Suspensão, deverá encaminhar
documento ao Chefe do EMG, com comprovante de cumprimento da sanção, solicitando
a efetivação do desconto da remuneração conforme estabelece o Art. 36 do CEDM.

3.3 Das medidas adotadas pela autoridade superior


3.3.1 Não conhecer recurso intempestivo ou procrastinador. (Art. 65 do CEDM)
3.3.2 Proferir decisão, devidamente fundamentada, inclusive sobre prováveis
nulidades, devendo publicá-la em boletim ostensivo ou reservado, observado o disposto
no § 3º, do Art. 29 do CEDM/SE. (Art. 66 do CEDM)
3.3.3 Com a Decisão em Recurso Disciplinar da autoridade, encerra-se para o
recorrente a possibilidade administrativa de revisão do ato disciplinar. (Art. 67 do CEDM)
3.3.4 Havendo sanção disciplinar a ser executada, essa deverá ser efetivada
pelo comandante do militar a partir do primeiro dia útil após a publicação da Decisão em
Recurso Disciplinar ou do término do prazo estabelecido no Art. 63 do CEDM/SE (Art. 68
do CEDM).
3.3.5 O disciplinando deve ser notificado do resultado do recurso desfavorável
e, de imediato, deverá haver o cumprimento da sanção.
3.3.6 Com a publicação da Decisão em Recurso Disciplinar e a cientificação do
cumprimento da sanção, a autoridade sancionadora juntará aos autos a referida decisão e
certidão e dará cumprimento as demais medidas pós-processuais e arquivamento do
PAD.

157
MODELOS DE PROCEDIMENTOS DA FASE PÓS-PROCESSUAL
MODELO 01: NOTIFICAÇÃO DE SANÇÃO DISCIPLINAR

POLÍCIA MILITAR DO ESTADO DE SERGIPE

(GRANDE COMANDO OU SUBORDINAÇÃO)


(UNIDADE)

Parte nº ______/(ano)-____ (Unidade) Local e data


Do ________ (função)
Ao ______ (posto/ graduação e nome do
militar sancionado)
Assunto: Notificação de Sanção Disciplinar
aplicada.
Anexo:

Notifico-lhe, para o devido conhecimento e providências julgadas pertinentes,


que da solução do PAD nº _____/20____, instaurado através da Portaria nº ____/20____-
(Unidade)/ PAD, de _______ (data), publicada no ______ (BGO, BGR ou BI) nº ______,
de _______ (data), resultou que Vossa Senhoria infringiu o Art. _____, inciso ______, do
CEDM/SE (descrever a transgressão), sendo sancionado disciplinarmente com (descrever
a sanção), enquadrando-se assim no conceito ______ com ______ pontos (negativos ou
positivos).
Diante do exposto, conforme estabelece o Art. 63 do CEDM, informo-lhe sobre
o direito à apresentação de Recurso Disciplinar, no prazo de 05 (cinco) dias úteis,
endereçado a autoridade aplicadora da sanção, mas protocolado nesta Unidade de
lotação.

Atenciosamente.

(nome, grau hierárquico)


(função)

158
MODELO 02: REMESSA DE RECURSO DISCIPLINAR A AUTORIDADE
APLICADORA

POLÍCIA MILITAR DO ESTADO DE SERGIPE

(GRANDE COMANDO OU SUBORDINAÇÃO)


(UNIDADE)

Parte nº ______/(ano)-____ (Unidade) Local e data


Do ________ (posto/ graduação e função)
Ao ______ (posto/ graduação e função da
autoridade aplicadora)
Assunto: Remessa de Recurso Disciplinar.
Anexo:

Em atenção a determinação exarada na solução do PAD nº _____/20____,


instaurado através da Portaria nº ____/20____-(Unidade)/ PAD, de _______ (data),
publicada no ______ (BGO, BGR ou BI) nº ______, de _______ (data), remeto-vos o
Recurso Disciplinar apresentado pelo _________ (posto/ graduação, matrícula e nome).
Esclareço-vos que o recebimento da notificação da sanção se deu em _______
e o citado petitório foi apresentado em ________ (data), sendo assim tempestivo (ou não
sendo assim tempestivo).

Atenciosamente.

(nome, grau hierárquico)


(função)

Rodapé (Endereço da unidade, e-mail e telefone)

159
MODELO 03: REMESSA DE RECURSO DISCIPLINAR A AUTORIDADE
SUPERIORA

POLÍCIA MILITAR DO ESTADO DE SERGIPE

(GRANDE COMANDO OU SUBORDINAÇÃO)


(UNIDADE)

Parte nº ______/(ano)-____ (Unidade) Local e data


Do ________ (posto/ graduação e função
da autoridade aplicadora)
Ao ______ (posto/ graduação e função da
autoridade superiora)
Assunto: Remessa de Recurso Disciplinar.
Anexo: Cópia dos autos do PAD nº _____.

Alicerçado no parágrafo único do Art. 64 do CEDM/SE, remeto-vos o Recurso


Disciplinar apresentado pelo(a) _______________ (posto/ graduação, matrícula, nome e
CPF), em decorrência da solução do PAD nº _____/20____, instaurado através da
Portaria nº ____/20____-(Unidade)/ PAD, de _______ (data), publicada no ______ (BGO,
BGR ou BI) nº ______, de _______ (data).
Esclareço-vos que a remessa do Recurso Disciplinar para apreciação de Vossa
Senhoria prende-se aos seguintes fatos: (expor as motivações)

(nome, grau hierárquico)


(função)

Rodapé (Endereço da unidade, e-mail e telefone)

160
MODELO 04: DECISÃO DE RECURSO DISCIPLINAR

POLÍCIA MILITAR DO ESTADO DE SERGIPE


(GRANDE COMANDO OU SUBORDINAÇÃO)

(UNIDADE)

DECISÃO EM RECURSO DISCIPLINAR – PAD – Nº_______ (DEFERIMENTO)

PROCESSO: PAD nº _____/(ano) de Portaria nº _____ (ano)-(Unidade)/ PAD


ASSUNTO: Recurso Disciplinar
RECORRENTE: (posto/ graduação, matrícula, nome e CPF do recorrente).
DECISÃO: (Deferimento ou Indeferimento) do pleito.

I – RELATÓRIO

Trata-se de análise de Recurso Disciplinar impetrado pelo ________ (posto/


graduação, matrícula, nome e CPF do recorrente), contra decisão em Processo
Administrativo Disciplinar nº _____/(ano), instaurado através da Portaria nº _____ (ano)-
(Unidade)/ PAD, de _______ (data), que apurou _______ (descrever sucintamente a
conduta).
Findado o processo, concluiu-se que o disciplinando cometeu a transgressão
prevista no Art. _______, inciso _____ (descrever a transgressão), da Lei Complementar
nº 291 de 21 de agosto de 2017 – CEDM/SE, sendo-lhe imposta a sanção disciplinar de
_________ (descrever a sanção).
Presentes todos os requisitos (ou não presente todos os requisitos), conheço
(ou não conheço) o Recurso e passo a analisá-lo (ou deixo de analisa-lo devido_____
(expor as motivações).

II – DO MÉRITO

- Tratar da tempestividade do Recurso Disciplinar


- Expor as alegações do recorrente, refutando-as quando não condizentes para
a reformulação da decisão, e/ou indicando os pontos justificáveis quando se
demonstrarem favoráveis ao pleito.

161
III – DECISÃO

Diante do exposto, após análise acurada dos argumentos apresentados, não


reconsidero (ou reconsidero) a decisão da sanção disciplinar imposta por meio do
Processo Administrativo Disciplinar nº _____/(ano), instaurado através da Portaria nº
_____ (ano)-(Unidade)/ PAD de _______ (data). Portanto, conheço do Recurso Disciplinar
e nego-lhe (ou dou-lhe) provimento.

Em consequência:

Ao Ajudante-Geral ou Chefe da Agência Central de Inteligência da PMSE (ou Oficial


correspondente da Unidade)

1. Providenciar a publicação em BGO (BGR ou BI) desta solução.


2. Remeter a Solução e seus anexos à ________ (Unidade da autoridade aplicadora)
Ao __________ (autoridade aplicadora)
Juntar o Recurso Disciplinar e esta solução aos autos do PAD nº _______
(Quando houver deferimento) Tornar sem efeito a solução publicada no BGO, BGR ou BI
_________ (nº e data), e consequente Nota de Punição.

Ao Comandante da Unidade de Lotação do Militar

1. Notificar o recorrente da decisão do Recurso Disciplinar


2. Registrar a sanção disciplinar na Ficha Funcional do recorrente
3. Fazer cumprir a punição imposta, observando o que preceitua o Art 68 do CEDM/SE.

(nome, grau hierárquico)


(função)

162
MODELO 05: CERTIDÃO DE CUMPRIMENTO DA SANÇÃO DISCIPLINAR

POLÍCIA MILITAR DO ESTADO DE SERGIPE

(GRANDE COMANDO OU SUBORDINAÇÃO)


(UNIDADE)

CERTIDÃO Nº _______/ (ano)

PAD nº ______/(ano)
Portaria nº _____ (ano)-(Unidade)/ PAD de _______ (data)
Disciplinado: (posto/ graduação, matrícula, nome e CPF do recorrente).
Sanção Disciplinar: ____________________ (descrever a sanção).

Em atenção a determinação exarada na solução do PAD em referência,


publicada no ______ (BGO, BGR ou BI) nº ______, de _______ (data), CERTIFICO que o
policial militar ________(posto/ graduação, matrícula, nome e CPF), lotado na (o)
_________, cumpriu a sanção disciplinar de __________ (descrever a sanção), no
período de ___________ (descrever as datas).

Aracaju/SE, _______ (data).

(nome, grau hierárquico)


(função)

163
MODELO 06: CERTIDÃO DE ACOSTAMENTO DE DOCUMENTOS AOS
AUTOS

POLÍCIA MILITAR DO ESTADO DE SERGIPE

(GRANDE COMANDO OU SUBORDINAÇÃO)


(UNIDADE)

CERTIDÃO Nº _______/ (ano)

PAD nº ______/(ano)
Portaria nº _____ (ano)-(Unidade)/ PAD de _______ (data)
Disciplinado: (posto/ graduação, matrícula, nome e CPF do recorrente).
Solução: Sanção Disciplinar (ou arquivamento) – ____________________ (descrever
a sanção).

No exercício das atribuições atinentes à função de Chefe da Seção de


Disciplina da Corregedoria-Geral da PMSE (ou correspondente), CERTIFICO que todas
as medidas pós-processuais do PAD nº _____/(ano), instaurado através da Portaria nº
_____ (ano)-(Unidade)/ PAD, de _______ (data), foram realizadas; sendo os documentos
comprobatórios acostados aos autos.
- Relacionar os documentos (Notificação da Sanção Disciplinar, Recurso Disciplinar (se
houver), Solução do Recurso Disciplinar, Certidão do cumprimento da Sanção disciplinar,
cópia da Ficha Funcional atualizada.)
Assim, diante do exposto, o citado Processo Administrativo Disciplinar está
concluso para o devido processamento do arquivamento digital e físico.

Aracaju-SE, _______ (data).

(nome, grau hierárquico)


(função)

DESPACHO

Ao Chefe da Seção Administrativa da Corregedoria-Geral (ou correspondente)


Arquivar o Processo por meio físico e digital.
Aracaju-SE, _____de __________de ______.

(nome, grau hierárquico)


(função da autoridade aplicadora)

164
MODELO 07: SOLICITAÇÃO DOS DESCONTOS ATINENTES A SANÇÃO
DE SUSPENSÃO

POLÍCIA MILITAR DO ESTADO DE SERGIPE

(GRANDE COMANDO OU SUBORDINAÇÃO)


(UNIDADE)

Parte nº 000/20____ – (Unidade) Aracaju/SE, (data)


Do (autoridade aplicadora).
Ao Sr. Cel PM Chefe do EMG da PMSE.
Assunto: Sanção de Suspensão –
Desconto em vencimentos.

Em cumprimento ao que dispõe o Art. 36 da Lei Complementar nº 291, de 21


de agosto de 2017, encaminho a Vossa Senhoria para providências correlatas no tocante
ao desconto na remuneração do (posto/ graduação, matrícula, nome e CPF do
recorrente), a documentação abaixo relacionada referente ao Processo Administrativo
Disciplinar nº _____/(ano), instaurado através da Portaria nº _____ (ano)-(Unidade)/ PAD,
de _______ (data), tendo em vista o citado militar ter sido sancionado com _______ dias
de suspensão.
- Publicação da solução do PAD;
- Publicação da solução do Recurso Disciplinar (se houver)
- Certidão de cumprimento da sanção disciplinar emitida pelo comandante do policial.

(nome, grau hierárquico)


(função)

Rodapé (Endereço da unidade, e-mail e telefone)

165
MODELO 08: REMESSA DOS AUTOS PARA ARQUIVAMENTO

POLÍCIA MILITAR DO ESTADO DE SERGIPE

(GRANDE COMANDO OU SUBORDINAÇÃO)


(UNIDADE)

Parte nº 000/(ano) – (Unidade) Aracaju/SE, (data)


Do ______ (posto) Chefe da Seção de
Disciplina (ou correspondente).
Ao _____ (posto) Chefe da Seção
Administrativa (ou correspondente).
Assunto: Encaminhamento de PAD para
arquivamento.
Anexo: Autos do PAD nº _____/______

Pelo presente, em cumprimento ao Despacho do Sr. ________ (autoridade


aplicadora), encaminho-vos o Processo Administrativo Disciplinar (PAD) abaixo
relacionado para fins de Arquivamento, nessa Seção, por meio digital e físico.
Informo-lhes que o processo destacado foi devidamente conferido pela
________ (setor responsável), sendo averiguado o cumprimento das medidas pós-
processuais determinadas.
- PAD nº _____/(ano), Portaria nº _____/ (ano) de _______ (data).

(nome, grau hierárquico)


(função)

Rodapé (Endereço da unidade, e-mail e telefone)

166
CONSELHO DE DISCIPLINA DA POLÍCIA MILITAR
DO ESTADO DE SERGIPE

LEI Nº. 2.310 DE 12 DE DEZEMBRO DE 1980

167
Lei nº. 2.310 de 12 de dezembro de 1980

Dispõe sobre o Conselho de Disciplina da


Polícia Militar do Estado de Sergipe e dá
providências correlatas

Alterada pela:
Lei Complementar nº 291/2017

O GOVERNADOR DO ESTADO DE SERGIPE:


Faço saber que a Assembleia Legislativa do Estado de Sergipe decretou e eu sanciono a
seguinte lei:

Capítulo I
Das Disposições Preliminares

Art. 1- O Conselho de Disciplina da Polícia Militar do Estado de Sergipe, instituído na


forma da lei nº 2.066, de 23 de dezembro de 1976 - Estatuto dos Policiais Militares do
Estado de Sergipe, fica estruturado nos termos desta lei, que lhe define a finalidade, a
composição e as normas de funcionamento.

Capítulo II
Da Finalidade

Art. 2- O Conselho de Disciplina tem por finalidade julgar a presumível incapacidade do


Aspirante a Oficial e das demais praças da Polícia Militar com estabilidade assegurada,
para permanecerem como policiais militares da ativa.
Parágrafo único- O Conselho de Disciplina pode julgar, também a presumível
incapacidade do Aspirante a Oficial e das demais praças da Polícia Militar reformados ou
na reserva remunerada, para permanecerem na situação de inatividade em que se
encontrem.
Art. 2º O Conselho de Disciplina tem por finalidade julgar a presumível incapacidade do
Aspirante-a-Oficial e das demais praças da Polícia Militar e do Corpo de Bombeiros
Militar, para permanecerem como militares da ativa.
Parágrafo Único. O Conselho de Disciplina pode julgar, também, a presumível
incapacidade do Aspirante a Oficial e das demais praças da reserva remunerada, para

168
permanecerem na situação de inatividade em que se encontrem. (Redação dada pela
Lei Complementar nº 291, de 21 de agosto de 2017)

Capítulo III
Da Composição e das Atribuições

Seção I
Da Composição

Art. 3- O Conselho de Disciplina será composto de 3 (três) Oficiais da Corporação Policial


Militar.
§ 1- Dentre os membros do Conselho, aquele que for mais antigo na Corporação, o qual
deve ser, no mínimo, um Oficial intermediário, será o Presidente do Conselho, enquanto o
que se lhe seguir em antiguidade será o interrogante e relator, cabendo ao terceiro à
função de escrivão.
§ 2- Não podem compor o Conselho:
I - O Oficial que formular a acusação;
II - Os Oficiais que tenham entre si, com o acusador ou com o acusado, parentesco
consanguíneo ou afim, na linha reta ou até o quatro grau de consanguinidade colateral ou
de natureza civil;
III - Os Oficiais que tenham particular interesse na decisão do Conselho.
Art. 4- O Conselho de Disciplina será constituído e, inclusive os seus membros, sempre
que se fizer necessária a sua atuação, nos termos desta lei.
Art. 5- A nomeação dos membros dos membros do Conselho de Disciplina, por
deliberação própria ou atendendo determinação superior, é da competência do
Comandante Geral da Corporação Policial Militar.

Seção II
Das Atribuições

Art. 6- Ao Conselho de Disciplina são atribuídas as funções de apurar os fatos objeto de


acusação contra o Aspirante a oficial e demais praças da Corporação, assegurando-lhes,
ao mesmo tempo, condições para elaboração e apresentação de defesa.
Art. 7- Ao Conselho de Disciplina, no desempenho de suas atribuições, será submetida,
"ex-officio", qualquer das praças referidas no art. 2º desta lei, desde que seja:
I - Acusada oficialmente, ou por qualquer meio lícito de comunicação, de ter:

169
a) Procedido incorretamente no desempenho do cargo;
b) Tido conduta irregular;
c) Praticado ato que afete a honra pessoal, o pundonor policial militar ou o decoro da
classe;
II - Afastada do cargo, na forma da legislação policial militar, por se tornar incompatível
com o mesmo ou demonstrar incapacidade no exercício das funções a ele inerentes,
salvo se o afastamento for decorrência de fatos que motivem sua submissão a processo;
III - Condenada por crime de natureza dolosa, não prevista na legislação especial
concernente à Segurança Nacional, em Tribunal civil ou militar, à pena restritiva da
liberdade de até 2 (dois) anos, tão logo a sentença transite em julgado;
IV - Pertencente a partido político ou a associação suspensos ou dissolvidos por força de
disposição legal ou decisão judicial, ou exerçam atividades prejudiciais ou perigosas para
a Segurança Nacional.
§ 1- A praça da ativa, ao ser submetida ao Conselho de Disciplina, será afastada do
exercício de suas funções.
§ 2- Será considerada pertencente a partido político ou associação a que se refere o item
IV do "caput" deste artigo, a praça que, ostensiva ou clandestinamente:
I - Estiver inscrita como seu membro;
II - Prestar serviços ou angariar valores em seu beneficio;
III - Fazer propaganda de suas doutrinas;
IV - Colaborar, por qualquer forma, mas sempre de modo inequívoco ou doloso, em suas
atividades.

Capítulo IV
Das Normais de Funcionamento

Art. 8- O Conselho de Disciplina funcionará sempre com a totalidade de seus membros,


em local onde a autoridade nomeante julgar melhor indicado para a apuração dos fatos.
Art. 9- Reunido o Conselho, após haver sido convocado previamente pela presidência, em
local, dia e hora designados com antecedência, e presente o acusado, o Presidente
mandará proceder à leitura e à autuação dos documentos que motivaram o ato de
constituição do mesmo Conselho.
§ 1- Lidos e autuados os documentos, o Presidente ordenará a qualificação e o
interrogatório do acusado, o que, reduzido a termos, será assinado por todos os membros
do Conselho e pelo próprio acusado, fazendo-se juntada de todos os documentos por
este oferecidos.

170
§ 2- O acusado poderá indicar testemunhas, as quais, juntamente com as que poderão
ser indicadas por quem tenha feito à acusação, serão inquiridas pelo Conselho.
Art. 10- O Conselho de Disciplina poderá inquirir o acusador ou receber deste, por escrito,
seus esclarecimentos, ouvidos posteriormente, a respeito, o acusado.
Art. 11- Ao Conselho de Disciplina será licito reinquirir o acusado e as testemunhas sobre
o objeto da acusação, bem como propor diligências para o esclarecimento dos fatos.
Art. 12- O acusado deverá estar presente a todas as sessões do Conselho de Disciplina,
exceto à sessão secreta de deliberação do Relatório.
Parágrafo único- A intimação do acusado para comparecer perante o Conselho de
Disciplina dar-se-á por escrito, devendo o seu recebimento ser declarado e assinado em
cópia que será juntada aos autos.
Art. 13- O processo será acompanhado por um Oficial:
I - Indicado pelo acusado, quando este o desejar, para orientação de sua defesa; ou
II - Designado pelo Comandante Geral da Corporação, nos casos de revelia.
Art. 14- No caso em que o acusado for da reserva remunerada ou reformado e não seja
localizado, ou, se intimado, deixe de comparecer perante o Conselho de Disciplina,
a) A intimação será publicada, mediante edital, no Diário Oficial do Estado, para
comparecimento do acusado dentro do prazo de 8 (oito) dias, e
b) O processo correrá à revelia, se o acusado não atender ao edital publicado.
Art. 15- Ao acusado será assegurada ampla defesa, tendo ele, após o interrogatório, o
prazo de 5 (cinco) dias para oferecer suas razões, por escrito, devendo o Conselho
fornecer-lhe cópia do libelo acusatório, no qual se contenham, com minúcias, o relato dos
fatos e a descrição dos atos que lhe são imputados.
§ 1- Em sua defesa, poderá o acusado requerer a produção, perante o Conselho de
Disciplina, de todas as provas permitidas no Código de Processo Penal Militar.
§ 2- As provas a serem realizadas mediante Precatória serão efetuadas por intermédio da
autoridade policial-militar, ou, na falta desta, da autoridade judiciária local.
Art. 16- O Conselho de Disciplina disporá de um prazo de 30 (trinta) dias, a contar da data
de sua constituição, para realização e conclusão dos seus trabalhos, inclusive remessa do
Relatório.
§ 1- O Comandante Geral da Corporação, por motivos excepcionais, poderá prorrogar,
por um período de até 20 (vinte) dias, o prazo de conclusão dos trabalhos do Conselho.
§ 2- O prazo de que trata o "caput" deste artigo ficará automaticamente prorrogado por
período igual ao concedido no edital, na hipótese em que a intimação para o acusado
comparecer perante o Conselho tenha que ser publicada na forma do art. 14 desta lei.

171
Capítulo V
O Julgamento e do Recurso

Seção I
Do Julgamento

Art. 17- Realizadas todas as diligências, o Conselho de Disciplina passará a deliberar, em


sessão secreta, sobre o Relatório.
§ 1- No Relatório, elaborado por quem tenha a função de escrivão e assinado por todos
os membros, o Conselho de Disciplina deverá proferir sua decisão, indicando se a praça:
I - É ou não culpada da acusação que lhe foi feita; ou
II - No caso do item III do "caput" do art. 7º, levados em consideração os preceitos de
aplicação da pena, previstos no Código Penal Militar, estão ou não incapacitada de
permanecer na situação em que se encontra na ativa ou na inatividade, conforme o caso.
§ 2- A decisão do Conselho de Disciplina será tomada por maioria de votos dos seus
membros.
§ 3- Quando houver voto vencido, será facultada sua justificação, por escrito.
§ 4- Elaborado o Relatório, contendo termo de encerramento, o Conselho de Disciplina
remeterá o processo ao Comandante Geral da Corporação.
Art. 18- Recebidos os autos do processo, com o Relatório do Conselho de Disciplina, o
Comandante Geral, dentro do prazo de 20 (vinte) dias, aceitando ou não a decisão do
Conselho e, se não aceitar, justificando os motivos da não aceitação, determinará,
conforme o caso:
I - O arquivamento do processo, se considerar que a praça não é culpada ou não está
incapacitada de permanecer na ativa ou na situação de inatividade;
II - A aplicação de pena disciplinar, se considerar contravenção ou transgressão
disciplinar o fato ou ocorrência em razão do qual a praça tenha sido julgada culpada;
III - A remessa do processo ao auditor competente, se considerar crime o fato ou
ocorrência em razão do qual a praça tenha sido julgada culpada;
IV - A efetivação da reforma ou a exclusão a bem da disciplina, se considerar que:
a) O fato ou ocorrência em razão do qual a praça tenha sido julgada culpada, está
previsto nos itens I, II e IV do "caput" do art. 7º desta lei; ou
b) Pelo crime cometido, a que se refere o item III do "caput" do art. 7º desta lei, é que a
praça foi julgada incapacitada de permanecer na ativa, ou na situação de inatividade,
conforme o caso.

172
§ 1- O despacho conclusivo do Comandante Geral da Corporação deverá ser publicado
oficialmente e transcrito nos assentamentos da praça, se esta for da ativa.
§ 2- A reforma da praça será efetuada no grau hierárquico que possuir na ativa, com
proventos proporcionais ao tempo de serviço.

Seção II
Do Recurso

Art. 19- O acusado, ou, no caso de revelia, o Oficial que acompanhou o processo, poderá
interpor recurso da decisão do Conselho de Disciplina ou da determinação posterior
proferida pelo Comandante Geral da Corporação.
§ 1- O prazo para interposição de recurso será de 15 (quinze) dias, contado da data em
que o acusado tiver ciência da decisão do processo ou da data da publicação do
despacho conclusivo do Comandante Geral da Corporação.
§ 2- A interposição de recurso contra a decisão do Conselho de Disciplina suspenderá,
automaticamente, o prazo previsto no art. 18º desta lei para proferimento do despacho
conclusivo do Comando Geral.
Art. 20- Caberá ao Comandante Geral da Polícia Militar, no prazo de 30 (trinta) dias
contados da data do recebimento do processo, julgar os recursos que forem interpostos
contra as decisões do Conselho de Disciplina cabendo ao Governador do Estado, em
igual prazo, o julgamento dos que atacarem as determinações posteriores ou os
despachos conclusivos do Comandante Geral.
Parágrafo único- A decisão proferida nos recursos interpostos deverá ser publicada
oficialmente e transcrita nos assentamentos da praça, se esta for da ativa.

Capítulo VI
Das Outras Disposições

Seção I
Das Disposições Gerais e Transitórias

Art. 21- Aplicam-se às disposições desta lei, subsidiariamente, as normas do Código de


Processo Penal Militar.
Art. 22- Prescrevem em 6 (seis) anos as infrações referentes aos casos previstos nesta
lei.

173
Parágrafo único- Os casos também previstos no Código Penal Militar como crime
prescreverão nos prazos estabelecidos pelo mesmo diploma legal.
Art. 23- O Comandante Geral da Polícia Militar, atendendo ás peculiaridades da
Corporação, expedirá as respectivas instruções complementares necessárias à execução
desta lei.
Seção II
Das Disposições Finais

Art. 24- Esta lei entrará em vigor a partir da data de sua publicação.
Art. 25- Revogam-se as disposições em contrário.
Aracaju, 12 de dezembro de 1980, 159º da Independência e 92º da República.

Augusto do Prado Franco


Governador do Estado

NOTAS:
1. Há referências sobre os Conselhos de Justificação e Disciplina nos art. 47 e 48 do
Estatuto Policial Militares da PMSE (Lei nº 2.066/76);
2. Publicação no BGO nº 157 de 01/07/2014: A Corregedoria-Geral da PMSE deverá
manter em seus arquivos os procedimentos com o tempo de até 05 (cinco) anos e, acima
desse tempo deverá arquivar no Arquivo-Geral da PMSE, bem como deverá digitalizar os
referidos procedimentos visando uma melhor guarda dos mesmos;
3. Publicação no BGO nº 170 de 19/07/2014: O Corregedor-Geral da Polícia Militar do
Estado de Sergipe, no uso de suas atribuições e com base no Art. 22, § 1° do CPM,
determina aos senhores encarregados que a partir da presente data, todos os
procedimentos deverão ser entregues em 02 (duas) vias, sendo 01 (uma) original
impressa e 01 (uma) cópia digitalizada;
4. Publicação no BGO nº 086 de 03/06/2020: O Ministério público do Estado de Sergipe
recomenda adoção de protocolo interno para preenchimento de informações quanto à
qualificação e localização de pessoas ouvidas em inquéritos policiais e procedimentos
administrativos outros, inserindo nos mesmos: número de telefone fixo ou celular,
WhatsApp, e outros aplicativos similares, à exemplo de instagram, facebook, messenger,
telegrama, e/ou correio eletrônico (e-mail), bem como, outros meios de comunicação e/ou
localização, como telefone de referência ou contato e/ou endereço fixo de algum parente
ou pessoa próxima, ou qualquer outro informe que se entender plausível, no sentido de
proceder a localização da testemunha.

174
CONSELHO DE JUSTIFICAÇÃO NA POLÍCIA
MILITAR DO ESTADO DE SERGIPE

LEI Nº 2.395 DE 22 DE OUTUBRO DE 1982

175
Lei nº 2.395 de 22 de outubro de 1982

Dispõe sobre o Conselho de Justificação na


Polícia Militar do Estado de Sergipe e dá outras
providências.

Alterada pela:
Lei Complementar nº 291/2017

O GOVERNADOR DO ESTADO DE SERGIPE:


Faço saber que a Assembleia Legislativa do Estado decretou e eu sanciono a seguinte
Lei:

Art. 1- O Conselho de Justificação, na Polícia Militar do Estado de Sergipe, instituído na


forma da Lei nº 2.066, de 23 de dezembro de 1976 - Estatuto dos Policiais Militares do
Estado de Sergipe, fica com sua estruturação prevista nos termos desta Lei, que lhe
define a finalidade ou destinação, a composição e as normas de funcionamento.
Art. 2- O Conselho de Justificação é destinado a julgar, através de processo especial, a
incapacidade do Oficial da Polícia Militar do Estado de Sergipe para permanecer na ativa,
criando-lhe, ao mesmo tempo condições para se justificar.
Parágrafo Único- O Conselho de Justificação também poderá ser aplicado ao Oficial da
reserva remunerada ou reformado, presumivelmente incapaz para permanecer na
situação de inatividade em que se encontre.
Art. 2º O Conselho de Justificação é destinado a julgar, através de processo especial, a
incapacidade do Oficial da Polícia Militar e do Corpo de Bombeiros Militar do Estado de
Sergipe para permanecer na ativa, criando-lhe, ao mesmo tempo, condições para se
justificar.
Parágrafo Único. O Conselho de Justificação também poderá ser aplicado ao Oficial da
reserva remunerada, presumivelmente incapaz para permanecer na situação de
inatividade em que se encontre. (Redação dada pela Lei Complementar nº 291, de 21
de agosto de 2017)
Art. 3- Será submetido ao Conselho de Justificação, a pedido ou "ex-ofício", o Oficial da
Polícia Militar:
I - acusado oficialmente ou por qualquer meio lícito de comunicação, de ter:
a) Procedido incorretamente no desempenho do cargo;

176
b) Tida conduta irregular; ou praticado ato que afete a honra pessoal, o pundonor policial-
militar ou o decoro da classe;
II - considerado não habilitado para o acesso, em caráter provisório, no momento em que
venha a ser objeto de apreciação para ingresso em Quadro de Acesso;
III - afastado do cargo, na forma da legislação policial militar por se tornar incompatível
com o mesmo ou demonstrar incapacidade no exercício de funções policiais militares e
ele inerentes, salvo se o afastamento for decorrente de fatos que motivem sua submissão
a processo;
IV - condenado por crime de natureza dolorosa, não previsto na legislação especial
concernente à Segurança Nacional, em Tribunal Civil ou Militar, à pena restritiva de
liberdade individual de até 2 (dois) anos tão logo a sentença transite em julgado; ou
V - pertencente a partido político, ou associação, suspenso ou dissolvido por força de
disposição legal ou decisão judicial, ou que exerça atividades prejudiciais ou perigosas à
Segurança Nacional.
Parágrafo Único- Será considerado, para os efeitos desta Lei, pertencente a partido ou
associação a que se refere este artigo, o Oficial da Polícia Militar, que ostensiva ou
clandestinamente:
a) Estiver inscrito como seu membro;
b) Prestar serviços ou angariar valores em seu beneficio;
c) Realizar propaganda de suas doutrinas;
d) Colaborar por qualquer forma, mas sempre de modo inequívoco ou doloroso, em suas
atividades.
Art. 4- O oficial da ativa da Polícia Militar, ao ser submetido a Conselho de Justificação,
será afastado do exercício de suas funções;
I - automaticamente, nos casos dos itens IV e V do "caput" do artigo 3º e,
II - a critério do Comandante-Geral da Corporação, no caso do item I do "caput" do
mesmo artigo 3º desta Lei.
Art. 5- O Conselho de Justificação será constituído e os seus membros nomeados,
sempre que sua atuação for necessária nos termos desta Lei.
Parágrafo Único- A Constituição do Conselho, com a conseqüente nomeação dos seus
membros, será da competência do Comandante-Geral da Corporação.
Art. 6- O Comandante-Geral da Corporação, com base nos antecedentes do Oficial a ser
julgado e na natureza ou falta de consistência dos fatos argüidos, poderá considerar,
desde logo, improcedente a acusação e, em conseqüência, deixar de constituir o
Conselho de Justificação, ou indeferir o pedido de constituição do mesmo Conselho.

177
Parágrafo Único- A decisão de não constituir o Conselho ou indeferimento do pedido de
sua constituição, devidamente fundamentado, deverá ser publicado em Boletim do
Comando-Geral e transcrito nos assentamentos do Oficial, se este for da ativa.
Art. 7- O Conselho de Justificação será composto de 3 (três) Oficiais da ativa, de posto
superior ao justificante.
§ 1- O membro mais antigo do Conselho de Justificação, no mínimo um Oficial superior da
ativa, será o seu presidente, o que se lhe segue, em antiguidade, será o interrogante e
relator, e o mais novo, o escrivão.
§ 2- Não poderá fazer parte do Conselho de Justificação:
a) O Oficial que formulou a acusação;
b) Os Oficiais que tenham entre si, com o acusador ou com o acusado, parentesco
consangüíneo ou afim, na linha reta ou até quarto grau de consanguinidade colateral ou
de natureza civil; e
c) Os Oficiais subalternos.
§ 3- Quando o justificante for Oficial superior do último posto, os membros do Conselho
de Justificação serão nomeados entre os Oficiais daquele posto, da ativa ou na
inatividade, mais antigos que o Justificante.
§ 4- Quando o Justificante for Oficial da reserva remunerado ou reformado, um dos
membros do Conselho de Justificação poderá ser da reserva remunerada.
Art. 8- O Conselho de Justificação funcionará com a totalidade de seus membros, em
local onde a autoridade nomeante julgar melhor indicado para a apuração do fato.
Art. 9- Reunido o Conselho de Justificação, convocado previamente pela presidência, em
local, dia e hora designada com antecedência, e presente o justificante, o Presidente
mandará proceder á leitura e autuação dos documentos que motivaram o ato de
constituição do Conselho, em seguida, ordenará a qualificação e o interrogatório do
Justificante, o que será reduzido a termo, assinado por todos os membros do Conselho e
pelo Justificante, fazendo-se a juntada de todos os documentos por este oferecido.
Parágrafo Único- Quando o justificante for Oficial da reserva remunerada ou reformado e
não seja localizado ou deixar de atender à intimação, por escrito, para comparecer
perante o Conselho de Justificação:
a) A intimação será publicada em órgão de divulgação na área de domicílio do justificante;
e
b) O processo corre à revelia, se o justificante não atender à publicação
Art. 10- Aos membros do Conselho de Justificação será lícito reinquirir o justificante e as
testemunhas sobre o objeto da acusação, e propor diligência para o esclarecimento dos
fatos.

178
Art. 11- Ao Justificante será assegurada ampla defesa, tendo ele, após o interrogatório, o
prazo de 5(cinco) dias para oferecer suas razões, por escrito, devendo o Conselho de
Justificação fornecer-lhe cópia do libelo acusatório, onde se contenham, minuciosamente,
o relato dos fatos e a descrição dos atos que lhe são imputados.
§ 1- O Justificante deverá estar presente a todas as sessões do Conselho de Justificação,
exceto à sessão Secreta de deliberação do relatório.
§ 2- Em sua defesa, poderá o justificante requerer a produção, perante o Conselho de
Justificação, de todas as provas permitidas no Código de Processo Penal Militar.
§ 3- As provas a serem realizadas mediante Carta Precatória, serão efetuadas por
intermédio da autoria de Policial Militar ou na falta desta, da autoridade judiciária local.
Art. 12- O Conselho de Justificação poderá inquirir, o acusado ou receber, por escrito,
seus esclarecimentos, ouvindo, posteriormente, a respeito, o justificante.
Art. 13- O Conselho de Justificação disporá de um prazo de 30 (trinta) dias, a contar da
data de sua constituição para conclusão de seus trabalhos, inclusive remessa do relatório.
Parágrafo Único - A autoridade a quem compete à constituição do Conselho poderá
prorrogar, por motivos excepcionais, até 20 (vinte) dias, o prazo, de conclusão dos
trabalhos.
Art. 14- Realizadas todas as diligências, o Conselho de Justificação passará a deliberar
em sessão secreta, sobre o relatório a ser redigido.
§ 1- No relatório, elaborado pelo escrivão e assinado por todos os membros, o Conselho
de Justificação deverá julgar se o Justificante:
a) É, ou não culpado da acusação que lhe foi feita;
b) No caso do item II do artigo 3 , está ou não, sem habilitação para o acesso, em caráter
definitivo, ou;
c) No caso do item IV, do artigo 3, levados em consideração os preceitos de aplicação de
pena previstas no Código Penal Militar, está, ou não incapaz de permanecer na ativa ou
na situação em que se encontra na inatividade.
§ 2- A deliberação do Conselho de Justificação será tomada por maioria de votos de seus
membros.
§ 3- Quando houver voto vencido, será facultada a sua justificação, por escrito.
§ 4- Elaborado o relatório, com termo de encerramento, o Conselho de Justificação
remeterá o processo ao Comandante-Geral da Corporação.
Art. 15- Recebidos do Conselho de Justificação os autos do processo, o Comandante-
Geral da Corporação, dentro do prazo de 20 (vinte) dias, aceitando ou não seu julgamento
e, se não aceitar, justificando os motivos de seu despacho, determinará:
I - O arquivamento do processo, se considerar procedente a justificação;

179
II - A aplicação de pena disciplinar, se considerar transgressão disciplinar a razão pela
qual o oficial foi julgado;
III - Na forma da legislação policial-militar, a adoção das providências necessárias à
transferência para a reserva remunerada, se o oficial for considerado não habilitado para
o acesso em caráter definitivo;
IV - A remessa do processo à Auditoria Militar, se considerar crime a razão pela qual o
oficial tenha sido julgado culpado;
V - A remessa do processo ao Tribunal de Justiça do Estado;
a) Se a razão pelo qual o oficial foi julgado culpado esteja prevista nos itens I, III e V do
artigo 3º ou ;
b) Se, pelo crime cometido, previsto no item IV do artigo 3º o oficial for julgado incapaz de
permanecer na ativa ou na inatividade.
Parágrafo Único- O despacho, que julgar procedente a justificação, deve ser publicado em
boletim interno do Comando Geral transcrito nos assentamentos do oficial, se este for da
ativa.
Art. 16- È da competência do Tribunal de Justiça do Estado julgar, em instância única, os
processos oriundos do Conselho de Justificação, a ele remetidos pelo Comandante-Geral
da Corporação.
Art. 17- No Tribunal de Justiça do Estado, distribuído o processo, será mesmo relatado
por um dos seus membros que, antes, deverá abrir prazo de 5 (cinco) dias para a defesa
se manifestar, por escrito, sobre a decisão do Conselho de Justificação.
Parágrafo Único - Concluída esta fase, será o processo submetido a julgamento.
Art. 18- O Tribunal de Justiça do Estado, na hipótese em que julguem provado que o
oficial é culpado do ato ou fato previsto nos itens I, III e V do artigo 3º, ou que, pelo crime
cometido, previsto no item do artigo 3º, é incapaz para permanecer na ativa ou na
inatividade, deverá conforme o caso:
I - Declará-lo indigno do oficialato ou com ele incompatível, determinado a perda de seu
posto e patente; ou.
II - Determinar sua reforma.
§ 1- A reforma do oficial é efetuada no posto que possua na ativa, com proventos
proporcionais ao tempo de serviço.
§ 2- A reforma do oficial ou sua demissão "ex-officio" ,conseqüente da perda do posto e
patente, conforme o caso, será efetuada por ato do Governador do Estado, tão logo seja
publicado o acórdão do Tribunal de Justiça do Estado.
Art. 19- Aplicar-se-á às disposições desta Lei, subsidiariamente, as normas do Código de
Processo Penal Militar.

180
Art. 20- Será de 6 (seis) anos, computados da data em que forem praticadas, a prescrição
das infrações referentes aos casos previstos nesta Lei.
Parágrafo Único- Os casos também previstos no Código Penal Militar como crime
prescreverão nos prazos nele estabelecidos.
Art. 21- Esta Lei entrará em vigor na data de sua publicação.
Art. 22- Revogam-se as disposições em contrário.

Aracaju 22 de outubro de 1982, 161º da Independência e 94º da República.

Djenal Tavares Queiroz


Governador do Estado

NOTAS:
1. Há referências sobre os Conselhos de Justificação e Disciplina nos art. 47 e 48 do
Estatuto Policial Militares da PMSE (Lei nº 2.066/76);
2. Publicação no BGO nº 157 de 01/07/2014: A Corregedoria-Geral da PMSE deverá
manter em seus arquivos os procedimentos com o tempo de até 05 (cinco) anos e, acima
desse tempo deverá arquivar no Arquivo-Geral da PMSE, bem como deverá digitalizar os
referidos procedimentos visando uma melhor guarda dos mesmos;
3. Publicação no BGO nº 170 de 19/07/2014: O Corregedor-Geral da Polícia Militar do
Estado de Sergipe, no uso de suas atribuições e com base no Art. 22, § 1° do CPM,
determina aos senhores encarregados que a partir da presente data, todos os
procedimentos deverão ser entregues em 02 (duas) vias, sendo 01 (uma) original
impressa e 01 (uma) cópia digitalizada;
4. Publicação no BGO nº 086 de 03/06/2020: O Ministério público do Estado de Sergipe
recomenda adoção de protocolo interno para preenchimento de informações quanto à
qualificação e localização de pessoas ouvidas em inquéritos policiais e procedimentos
administrativos outros, inserindo nos mesmos: número de telefone fixo ou celular,
WhatsApp, e outros aplicativos similares, à exemplo de instagram, facebook, messenger,
telegrama, e/ou correio eletrônico (e-mail), bem como, outros meios de comunicação e/ou
localização, como telefone de referência ou contato e/ou endereço fixo de algum parente
ou pessoa próxima, ou qualquer outro informe que se entender plausível, no sentido de
proceder a localização da testemunha.

181
INQUÉRITO POLICIAL MILITAR

Portaria nº 14/2022-GCG de 18 de fevereiro de


2022

182
POLÍCIA MILITAR DO ESTADO DE SERGIPE
QUARTEL DO COMANDO-GERAL

COMANDO-GERAL

Portaria nº 14/2022-GCG, de 18 de fevereiro de 2022

O COMANDANTE-GERAL DA POLÍCIA MILITAR DO ESTADO DE


SERGIPE, no uso das atribuições que lhe são conferidas nos termos do art. 7º, alínea “h”
e § 1º do Decreto-Lei nº 1.002, de 21 de outubro de 1969 (Código de Processo Penal
Militar); do art. 9º, inciso II do Decreto-Lei nº 1.001, de 21 de outubro de 1969 (Código
Penal Militar) e as mudanças trazidas à lume pela Lei nº 13.491, de 13 de outubro de
2017,

RESOLVE:

Art.1º Aprovar as diretrizes para elaboração de Inquérito Policial Militar no


âmbito da Polícia Militar do Estado de Sergipe.
Art. 2º Esta Portaria entra em vigor após 30 dias da data de sua publicação.
Art. 3º Revogam-se as disposições em contrário.

Gabinete do Comando-Geral, Aracaju/SE, 18 de fevereiro de 2022.

Marcony Cabral Santos– Cel QOPM


Comandante-Geral da PMSE

183
NORMAS PARA ELABORAÇÃO DE INQUÉRITO POLICIAL MILITAR

CAPÍTULO I
DO INQUÉRITO POLICIAL MILITAR

Art. 1º O Inquérito Policial Militar - IPM é um procedimento que integra as funções


de Polícia Judiciária Militar, definido como a apuração de fato que, nos termos legais, por
sua natureza, configuram-se como crime militar.
Art. 2º O IPM, peça inquisitorial de instrução provisória, tem a finalidade precípua
de colher os elementos de autoria e materialidade de crime militar, durante a busca da
verdade real.

CAPÍTULO II
DAS MEDIDAS PRELIMINARES

Art. 3° Logo que tiver conhecimento de fato que, por seus elementos, possam tratar-
se da prática de infração penal militar, a autoridade responsável deverá tomar as
seguintes providências:
I - diligenciar ao local do fato, providenciando para que não se alterem o estado e a
situação das coisas, enquanto necessário;
II - apreender os instrumentos e todos os objetos que tenham relação com o
ocorrido, observando a preservação das provas através da cadeia de custódia;
IV - efetuar a prisão do infrator, quando em flagrante delito;
V - colher todos os elementos informativos que sirvam para o esclarecimento do fato
e suas circunstâncias.

CAPÍTULO III
DA COMPETÊNCIA PARA INSTAURAR

Art. 4° O Comandante-Geral da Polícia Militar do Estado de Sergipe - PMSE


constitui a autoridade de polícia judiciária militar no âmbito da corporação o qual
instaurará ou determinará a instauração de IPM, assim que tomar conhecimento de fato
que constitua infração penal militar.

184
CAPÍTULO IV
DO INÍCIO

Art. 5º O IPM é iniciado mediante portaria:


a) de ofício pelo Comandante-Geral;
b) em caso de urgência e por determinação do Comandante-Geral, pelo Subcomandante
Geral ou Corregedor-Geral;
c) por requisição do Ministério Público;
d) a requerimento da parte ofendida ou de quem legalmente a represente, ou em virtude
de representação devidamente autorizada de quem tenha conhecimento de infração
penal, cuja repressão caiba à Justiça Militar;
e) em decorrência de Auto de Prisão em Flagrante de Delito Militar.

CAPÍTULO V
DAS FORMAS DE INSTAURAÇÃO

Art. 6º O Inquérito Policial Militar deverá ser instaurado mediante portaria de designação
exarada pela autoridade judiciária militar competente, observado a previsão do art. 10 do
CPPM.

CAPÍTULO VI
DO ENCARREGADO

Art. 7º Será encarregado do inquérito, sempre que possível, oficial de posto não inferior
ao de capitão, atendida, em cada caso, a sua hierarquia, se o investigado for oficial.
Parágrafo único. Se, no curso do inquérito, o encarregado verificar a existência de
indícios contra oficial de posto superior ao seu, ou mais antigo, fará relatório do que foi
apurado até o momento e oficiará a Corregedoria para que as suas funções sejam
delegadas a outro oficial.

CAPÍTULO VII
DO ESCRIVÃO

Art. 8º O encarregado designará o escrivão para o inquérito se a nomeação não tiver sido
feita pela autoridade que lhe deu delegação para aquele fim, recaindo, sempre que

185
possível, em segundo ou primeiro-tenente, se o investigado for oficial, e em sargento ou
subtenente, nos demais casos, não havendo a necessidade da publicação deste ato.
§ 1º Após a sua designação, o escrivão prestará o compromisso de manter o sigilo do
inquérito e de cumprir fielmente as determinações do CPPM, no exercício da função.
§ 2º O compromisso do escrivão deverá ser lavrado mediante respectivo termo,
constando sua assinatura e a do encarregado.

CAPÍTULO VIII
DO SIGILO DO IPM, DO DEFENSOR DO INVESTIGADO E PRAZOS

Art. 9º No curso do Inquérito Policial Militar é facultado ao investigado constituir advogado,


conforme disposição constitucional, bem como embora seja sigiloso, este sigilo não se
estende a seu defensor no que concerne às diligências já realizadas, podendo ser
decretado o sigilo total de peças sensíveis ao cumprimento da finalidade da investigação.
Art. 10 O Inquérito Policial Militar deverá ser concluído dentro de 40 (quarenta) dias a
contar da expedição da portaria de instauração, podendo ser prorrogados por mais 20
(vinte) dias. Se o investigado estiver preso, o IPM deverá ser concluído em, no máximo,
20 (vinte) dias a contar da data da prisão.
Parágrafo único. A prorrogação deverá ser requerida à autoridade instauradora mediante
ofício devidamente instruído e encaminhado em tempo hábil à Corregedoria, de forma que
possibilite a análise do requerimento antes da terminação do prazo.

CAPÍTULO IX
DAS DILIGÊNCIAS E ORDEM DAS PEÇAS

Art. 11. São atribuições do encarregado na fase de instrução:


I - ouvir o ofendido;
II - ouvir as testemunhas;
III - ouvir o investigado;
IV - proceder ao reconhecimento de pessoas e coisas e acareações;
V - determinar, se for o caso, que se proceda a exame de corpo de delito e a
quaisquer outros exames e perícias;
VI - determinar a avaliação e identificação da coisa subtraída, desviada, destruída ou
danificada, ou da qual houve indébita apropriação;
VII - proceder a buscas e apreensões, conforme os artigos 172, 184, 185 e 189 do
CPPM;

186
VIII - tomar as medidas necessárias destinadas à proteção de testemunhas, peritos
ou do ofendido, quando coagidos ou ameaçados de coação que lhes dificulta a liberdade
de depor, ou a independência para a realização de perícias ou exames;
IX - proceder à reprodução simulada dos fatos, desde que esta não contrarie a
moralidade ou a ordem pública, nem atente contra a hierarquia ou a disciplina militar.
Art. 12 Os laudos de perícias ou exames não concluídos até o fim da prorrogação, bem
como os documentos colhidos depois dela, serão posteriormente remetidos ao juiz,
através da Corregedoria, para a juntada ao processo.
Parágrafo único. Ainda, no seu relatório, deverá o encarregado do IPM indicar as
diligências não realizadas e mencionar o lugar onde se encontram as testemunhas que
deixaram de ser ouvidas, por qualquer impedimento.
Art. 13 Todos os documentos e peças que efetivamente compõem o IPM serão
cronologicamente numerados e rubricados pelo escrivão no campo superior direito da
página, iniciando a contagem a partir da capa, porém esta não deve conter o número
inscrito.
§ 1º As laudas que não forem utilizadas deverão conter, no centro, a expressão “EM
BRANCO”.
§ 2º Cada página utilizada deverá deixar uma margem à esquerda de 2,5 (dois e meio) e
superior, à direita e inferior de 1,5 (um e meio) centímetros, usar fonte tamanho 12, tipo
Arial ou Times New Roman e espaço entre linhas 1,5 (um e meio).
§ 3º As eventuais correções necessárias deverão ser feitas de forma que não possibilitem
a interpretação da existência de adulterações.
§ 4º O encarregado deverá utilizar uma linguagem clara, compreensível e simples, sem
abuso dos adjetivos desnecessários e das divagações.

CAPÍTULO X
DO DESPACHO, RECEBIMENTO, CERTIDÃO, TERMO DE DILIGÊNCIA, JUNTADA E
CONCLUSÃO

Art. 14 Despacho é um ato formal pelo qual o encarregado dá andamento ao Inquérito


Policial Militar, exarando ordens específicas ao escrivão para a elaboração de quaisquer
documentos ou que providencie as diligências que considerar necessárias.
§ 1º No despacho o encarregado deverá descrever por escrito ao escrivão e de forma
objetiva as providências e diligências que desejar realizar, especificando-as, sempre que
possível.

187
§ 2º As ordens presentes no despacho referentes às inquirições deverão detalhar as
datas e os horários que ocorrerão as oitivas, bem como a necessidade de notificação das
pessoas interessadas.
§ 3º Os ofícios e notificações realizadas em cumprimento aos despachos exarados pelo
encarregado podem, por ordem, ser assinados pelo escrivão.
Art. 15 Para cada despacho exarado pelo encarregado, o escrivão atestará o recebimento
dos autos para o seu cumprimento, ato que será procedido mediante a lavratura de um
respectivo termo, datado e assinado pelo escrivão.
Art. 16 Na impossibilidade do cumprimento integral do despacho, o escrivão no ato da
certidão deverá indicar a(s) diligência(s) que não foi cumprida, bem como expor os
motivos que impossibilitaram sua realização.
Parágrafo único. Elaborada a certidão, seguem-se os documentos produzidos pelo
escrivão com o objetivo de cumprir o despacho anterior, os quais, por serem atos de
autoria do encarregado ou escrivão, já integram naturalmente o IPM.
Art. 17 O executor das diligências determinadas pelo encarregado detalhará o seu
cumprimento em termo próprio por ele datado e assinado.
Art. 18 À medida que os documentos externos forem sendo recebidos para compor o IPM,
deverão ser acostados aos autos mediante respectivo termo de juntada, datado e
assinado pelo escrivão, observando sempre a cronologia do recebimento.
Parágrafo único. Os documentos produzidos pelo encarregado ou escrivão no IPM não
necessitam ingressar no inquérito através de termo de juntada.
Art. 19 Finalizadas as providências solicitadas no despacho e não havendo mais
documentos a serem recebidos, o escrivão devolverá os autos do IPM conclusos ao
encarregado mediante a lavratura da Conclusão em termo próprio, datado e assinado
pelo mesmo.

CAPÍTULO XI
DA INQUIRIÇÃO DE TESTEMUNHA E OFENDIDO

Art. 20 Qualquer pessoa poderá ser testemunha e o ritual da inquirição da testemunha


deve ser igualmente aplicado às inquirições de ofendidos, observadas as seguintes
prescrições:
I - as testemunhas, ao contrário do investigado, deverão prestar o compromisso de dizer a
verdade, sendo-lhes advertido sobre as implicações penais envolvendo o ato;
II - a testemunha não poderá eximir-se da obrigação de depor. Excetuam-se o
ascendente, o descendente, o afim em linha reta, o cônjuge, ainda que separado, e o

188
irmão de acusado, bem como pessoa que, com ele, tenha vínculo de adoção, salvo
quando não for possível, por outro modo, obter-se ou integrar-se a prova do fato e de
suas circunstâncias;
III - não se deferirá o compromisso de dizer a verdade aos doentes e deficientes mentais,
aos menores de quatorze anos, nem às pessoas a que se refere o inciso anterior;
IV - antes de iniciado o depoimento, as partes poderão contraditar a testemunha ou arguir
circunstâncias ou defeitos que a tornem suspeita de parcialidade ou indigna de fé. O
encarregado fará consignar no depoimento a contradita ou arguição e a resposta da
testemunha;
V - o comparecimento de militar ou agente público será requisitado ao respectivo chefe;
VI - a testemunha deve declarar seu nome, CPF, naturalidade, idade, filiação, estado civil,
telefone, e-mail, residência, profissão e lugar onde exerce atividade, se é parente, e em
que grau, do acusado e do ofendido, quais as suas relações com qualquer deles, e relatar
o que sabe ou tem razão de saber, a respeito do fato delituoso narrado nas acusações e
circunstâncias que com o mesmo tenham pertinência, não podendo limitar o seu
depoimento à simples declaração de que confirma o depoimento que prestou em
procedimento anterior;
VII – o encarregado registrará no termo a presença das pessoas que participarão da
inquirição, inclusive do defensor;
VIII - as testemunhas, exceto em caso de urgência inadiável a ser justificada na própria
ata de sessão, serão ouvidas durante o dia, no período entre 07 (sete) e 18 (dezoito)
horas, não podendo ultrapassar 04 (quatro) horas de duração. Se for necessário continuar
o depoimento deverá ser concedida ao inquirido meia hora de intervalo;
IX - se a testemunha residir ou servir fora dos limites do município sede do IPM poderá
ser inquirida pelo comandante militar do lugar, ou oficial por ele designado, tendo em
atenção às normas de hierarquia, expedindo-se, para esse fim, carta precatória. Com a
referida carta, enviará cópias dos documentos que deram origem ao inquérito e da
portaria que lhe determinou a abertura, e os quesitos formulados para serem respondidos
pela testemunha, além de outros dados que julgar necessários ao esclarecimento do fato;
X - se o encarregado do IPM reconhecer que alguma testemunha fez afirmação falsa,
calou ou negou a verdade, remeterá cópia do depoimento à autoridade competente, para
a instauração de apuração sobre esses fatos;
XI - cada testemunha deverá ser ouvida separadamente, de modo que nenhuma possa
ouvir o depoimento da outra;
XII- o termo de inquirição, ao final, após ser redigido e lido pelo escrivão, deverá ser
assinado e rubricado por todos que participaram da oitiva.

189
Parágrafo único. Considerar que a oitiva de crianças, adolescentes e mulheres vítimas de
violência doméstica devem respeitar a legislação específica.

CAPÍTULO XII
DA QUALIFICAÇÃO E INTERROGATÓRIO DO INVESTIGADO

Art. 21 O encarregado deverá ouvir por termo de qualificação e interrogatório o


investigado em Inquérito Policial Militar, adotando as seguintes providências:
I - se o investigado estiver preso deverá ser requisitado através da autoridade que o
mantém sob custódia, constando o local, dia e hora designados pelo encarregado;
II - se o investigado estiver em liberdade, deverá ser requisitado através do Comandante
da OPM de lotação do militar, e da mesma forma, o documento deverá conter o local, dia
e hora designados pelo encarregado;
III - o ofício de requisição do investigado poderá, por ordem do encarregado, ser
confeccionado e assinado pelo escrivão nos termos estabelecidos no despacho;
IV - nos termos do artigo 291 do CPPM, as citações, intimações ou notificações serão
sempre feitas de dia e com a antecedência de vinte e quatro horas, pelo menos, do ato a
que se referirem;
V - no despacho do encarregado do IPM será declarada a finalidade da notificação, lugar,
dia e hora da realização do ato;
VI - o encarregado do IPM, estando investido dos poderes de polícia judiciária militar,
torna a requisição de comparecimento do investigado para sua oitiva obrigatório, nos
termos da notificação, não podendo dele eximir-se o investigado, salvo motivo de caso
fortuito ou força maior, devidamente justificado;
VIII - a qualificação e interrogatório do investigado não poderá ultrapassar 04 (quatro)
horas de duração, se for necessário continuar o depoimento, deverá ser concedida ao
investigado, meia hora de intervalo;
IX - o investigado será informado dos seus direitos constitucionais e não prestará o
compromisso de dizer a verdade;
X - ao qualificar o investigado, ao mesmo será perguntado: nome, CPF, telefone, e-mail,
naturalidade, idade, filiação, residência, lugar onde exerce sua atividade, e se tem
defensor, e demais questionamentos previstos no art. 306 do CPPM;
XI - após a qualificação será lido para o investigado, pelo escrivão, o conteúdo presente
nas peças que deram origem ao inquérito policial militar;

190
XII - na fase de interrogatório ao investigado serão formuladas questões com vistas à
elucidação dos fatos, ao final, após ser redigido e lido pelo escrivão, deverá o termo ser
assinado e rubricado por todos que participaram do ato.

CAPÍTULO XIII
DA ACAREAÇÃO, PERÍCIAS E EXAMES E OUTRAS PROVIDÊNCIAS

Art. 22 A acareação é admitida no inquérito, sempre que houver divergência em


declarações sobre fatos ou circunstâncias relevantes.
§ 1º A autoridade que realizar a acareação explicará aos envolvidos na acareação quais
os pontos em que divergem e, em seguida, os reinquirirá, a cada um por vez e em
presença do outro.
§ 2º As perguntas e respostas da acareação serão registradas no próprio termo de
acareação.
§ 3º Se ausente alguma testemunha cujas declarações divirjam das de outra, que esteja
presente, a esta se dará a conhecer os pontos da divergência, consignando-se no
respectivo termo o que explicar.
Art. 23 A perícia tem por objeto os vestígios materiais deixados pelo crime ou as pessoas
e coisas que, por sua ligação com o crime, possam servir-lhe de prova.
Art. 24 Salvo no caso de exame de corpo de delito, o encarregado poderá negar a perícia
se a reputar claramente desnecessária ao esclarecimento da verdade, fato este que
deverá está registrado nos autos.
Art. 25 A perícia pode ser determinada pela autoridade militar encarregada do IPM ou
requerida por qualquer das partes.
Art. 26 Os encarregados de IPM poderão requisitar dos institutos médico-legais, dos
laboratórios oficiais e de quaisquer repartições técnicas, militares ou civis, as perícias e
exames que se tornem necessários ao processo, bem como, para o mesmo fim,
homologar os que neles tenham sido regularmente realizados.
Art. 27 As perícias serão realizadas prioritariamente junto ao órgão oficial de polícia
científica, conforme o Manual de Perícias do Estado de Sergipe. Contudo, quando não for
possível e, existindo na corporação pessoa qualificada, este poderá funcionar como
perito.
Art. 28 O perito prestará compromisso de desempenhar a função com obediência à
disciplina judiciária e de responder fielmente aos quesitos propostos pelo encarregado e
pelas partes.

191
Art. 29 A autoridade que determinar perícia formulará os quesitos que entender
necessários, devendo os quesitos serem específicos, simples e de sentido inequívoco,
não podendo ser sugestivos nem conter implícita a resposta.
Art. 30 A autoridade policial militar ou a judiciária, tendo em atenção a natureza do exame,
marcará prazo razoável, que poderá ser prorrogado, para a apresentação dos laudos.
Art. 31 Quando a infração deixar vestígios será indispensável o exame de corpo de delito,
direto ou indireto, não podendo supri-lo a confissão do investigado.
Art. 32 Quando necessário o reconhecimento de pessoas, deverão ser adotados os
seguintes procedimentos:
I - o ofendido ou vítima será convidado a comparecer ao reconhecimento, oportunidade
em que deverá descrever as características da pessoa a ser reconhecida;
II - o reconhecimento deve ser feito com a pessoa que deva ser identificada colocada
junto a outras de características físicas semelhantes, a fim de que possa dar maior
credibilidade ao ato de identificação eventualmente realizado;
III - a fim de evitar possível coação, constrangimento, influência ou intimidação por parte
da pessoa que vai ser reconhecida, contra aquela que vai realizar o reconhecimento,
deve-se evitar que esta seja vista pela outra, objetivando a lisura e eficiência do ato;
IV - do reconhecimento será expedido um termo minucioso e preciso, subscrito pelo
encarregado, pelo reconhecedor e duas testemunhas presenciais;
V - se várias forem as testemunhas chamadas a efetuar o reconhecimento, cada uma
deverá fazê-lo separadamente, evitando qualquer comunicação entre elas. Se forem
várias as pessoas que tiverem de ser reconhecidas, o procedimento será feito
individualmente;
§ 1º A critério do encarregado o reconhecimento poderá ser realizado por fotografias ou
por filmagem, apenas quando se mostrar inviável o reconhecimento pessoal.
§ 2º No reconhecimento de coisa, proceder-se-á com as cautelas estabelecidas nos itens
anteriores, no que for aplicável.

CAPÍTULO XIV
DO RELATÓRIO E DA SOLUÇÃO DO INQUÉRITO POLICIAL MILITAR

Art. 33 O Inquérito Policial Militar será encerrado com um minucioso relatório, devendo o
encarregado adotar as seguintes providências:
I - inicialmente deverá constar à identificação do IPM: número do feito e dados da portaria
de designação, da autoridade instauradora, do encarregado, do(s) indiciado(s), do
escrivão e resumo dos fatos que originaram a apuração;

192
II - deverá relacionar todas as diligências realizadas;
III - constar ainda as perícias, diligências e investigações não realizadas, não concluídas
ou que não lograram êxito, e as testemunhas que deixaram de ser ouvidas, informando,
ao final, o motivo da ausência das referidas diligências nos autos;
IV - realizar uma análise das provas objetivas (documentos, perícias) e subjetivas
(depoimentos);
V - efetuar a descrição sintética da dinâmica dos fatos.
§ 1º Para fins de conclusão do relatório, baseado nas provas alcançadas nos autos, o
encarregado deverá opinar observando as seguintes situações:
a) se há ou não indícios de prática de crime militar, bem como, se possível indicar sua
autoria;
b) se há ou não indícios de prática de crime comum, bem como, se possível, indicar sua
autoria;
c) se há ou não indício de transgressão disciplinar; bem como, se possível, indicar sua
autoria, descrever a conduta antidisciplinar e possível enquadramento.
Art. 34 Findo o relatório, o encarregado deverá enviá-lo a autoridade que o delegou,
através da Corregedoria, para que seja homologado ou não seu parecer, através da
expedição de uma solução do feito.
Art. 35 Na Solução, havendo concordância plena, a autoridade instauradora poderá se
manifestar apenas homologando o entendimento do encarregado.
Art. 36 Discordando do encarregado, seja totalmente ou parcialmente, a autoridade
avocará para si o parecer e fará a solução com conclusões divergentes da que chegou o
encarregado, devidamente justificadas.
Art. 37 A remessa dos autos do IPM à Auditoria Militar, conforme o determinado pela
autoridade instauradora deverá ser feito pela Corregedoria e de acordo com a tramitação
interna adotado pela Instituição.
Art. 38 Aplicam-se subsidiariamente às presentes normas, no que couber, o Código de
Processo Penal militar – CPPM e as demais fontes do Direito.

Aracaju/SE, 18 de fevereiro de 2022.

Marcony Cabral Santos – Cel QOPM


Comandante-Geral da PMSE

193
ANEXOS

194
POLÍCIA MILITAR DO ESTADO DE SERGIPE
COMANDO-GERAL

CORREGEDORIA-GERAL DA PMSE

AUTOS DE INQUÉRITO POLICIAL MILITAR Nº____/(ano)

Encarregado: (Posto/Graduação/ Matrícula/Nome Completo/OPM)

Escrivão: (Posto/Graduação/ Matrícula/Nome Completo/OPM)

Investigado (s)/Indiciado(s): (Posto/Graduação/ Matrícula/Nome Completo/OPM)

Ofendido(s): Posto/Graduação/ Matrícula/Nome Completo/OPM)


Nome/CPF (ofendido civil)

1Advogado: Nome/ n° OAB

AUTUAÇÃO

Aos...(por extenso)...dias do mês de .............. do ano de...(por extenso)...,


nesta cidade de...(cidade/Estado)..., no Quartel do...(OPM onde funciona o IPM)..., autuo
a Portaria nº...(nº e data da portaria de designação)..., expedida pelo Sr....(função da
autoridade delegante).., e demais documentos que me forem entregues. Do que, para
constar, lavro o presente termo. Eu, ...(nome e posto)..., Encarregado, que o digitei (ou
mandei digitar) e assino.

(Nome do Encarregado/Posto)

1 Caso o investigado/indiciado esteja acompanhado de advogado ou defensor inserir o campo: Advogado: Nome/ n° OAB abaixo do campo
Investigado/Indiciado
195
POLÍCIA MILITAR DO ESTADO DE SERGIPE
QUARTEL DO COMANDO-GERAL

COMANDO-GERAL

PORTARIA nº. XXX/2022-CORREG/IPM, DATA.

Instauração de Inquérito Policial Militar

O COMANDANTE-GERAL DA POLÍCIA MILITAR DO ESTADO DE SERGIPE,


no uso das atribuições legais que lhe são conferidas pelo Art. 10, “b”2, do Decreto-Lei
1.002 (Código de Processo Penal Militar), de 21 de outubro de 1969,

R E S O L V E:
Art. 1º Instaurar o Inquérito Policial Militar nº XXX/2021, designando para
Encarregado o POSTO/MATRICULA/NOME DO ENCARREGADO3, a fim de apurar
DESCRIÇÃO SUSCINTA DO FATO4, delegando-lhe para este fim as atribuições de
Polícia Judiciária Militar que me competem.5
Art. 2º Esta Portaria entrará em vigor a partir da data de sua publicação.
Art. 3º Publique-se em BGO, registre-se e cumpra-se.

Local, Data.

Comandante-Geral da PMSE

CÓDIGO DE CONTROLE – SC

_________/ 202__
BGO________
Em ____/____/202__

2 O Cartório da Corregedoria deve adequar o presente parágrafo as alíneas do artigo 10º do CPPM. Por exemplo, pode ocorrer do IPM ter sido requisitado
pelo MP
3 Devem ser observadas as normas acerca do posto do encarregado em relação ao posto do investigado

4 O fato, apesar de ter descrição resumida, deve ser caracterizado de forma que o investigado saiba exatamente o que está sendo imputado a ele. Se

tiverem documentos que embasaram a abertura, devem ser citados.


5 O encarregado deve acostar ao procedimento a Portaria e seus anexos, as quais recebeu mediante protocolo do setor de Cartório da Corregedoria Geral

da PMSE.
196
POLÍCIA MILITAR DO ESTADO DE SERGIPE
COMANDO-GERAL

CORREGEDORIA-GERAL DA PMSE

TERMO DE DESIGNAÇÃO DE ESCRIVÃO

Designo6, nos termos do Artigo 11 do Código de Processo Penal Militar, o


militar (posto ou graduação e nome), para servir como Escrivão do Inquérito Policial Militar
do qual sou Encarregado.

(Local e data por extenso)

(Nome do Encarregado/Posto/Matricula)

6A nomeação do escrivão poderá ser feita pelo Comandante-Geral da PMSE, antes do início das investigações, e dar-se-á conjuntamente com a nomeação
do Encarregado.
197
POLÍCIA MILITAR DO ESTADO DE SERGIPE
COMANDO-GERAL

CORREGEDORIA-GERAL DA PMSE

TERMO DE COMPROMISSO DE ESCRIVÃO 7

Eu, (posto ou graduação e nome), designado para exercer a função de


Escrivão do Inquérito Policial Militar, presto, perante o Encarregado, o compromisso legal
de cumprir fielmente as determinações do Código do Processo Penal Militar e manter o
sigilo do Inquérito no exercício da função.

Local, data por extenso

(Nome/Posto/Matricula)
(Encarregado)

(Nome/Posto/Graduação/Matricula)
(Escrivão)

7As atribuições do Escrivão encontram-se de forma genérica nos Arts. 21 e 43 do CPPM. Por permissivo legal, aplicando a analogia (Art. 3º, alínea e, do
CPPM), deve-se utilizar também o Art. 152 do CPC.
198
POLÍCIA MILITAR DO ESTADO DE SERGIPE
COMANDO-GERAL

CORREGEDORIA-GERAL DA PMSE

DESPACHO 8

O Encarregado do IPM, no uso de suas atribuições legais, DETERMINA ao (à)


Sr.(Sra.) Escrivão(ã) (posto/graduação e nome) que adote as providências abaixo
elencadas:
1. Oficie-se ao Sr. Comandante da Unidade (ou fração), requisitando o
comparecimento do (posto ou graduação, matrícula, nome do militar), a fim de ser ouvido
como testemunha/ofendido no (local, data e hora);
2. Designo o dia (data completa), às ........ horas, a fim de ser ouvido o
ofendido/testemunha (nome completo), neste Quartel do (local);
3. Após, certifique-se e volte-me concluso o cumprimento do despacho. 9

Local e data.

Nome/Posto/Matricula
Encarregado

8 O Despacho serve para determinar diligências no curso do procedimento. Após seu cumprimento, pode acontecer a necessidade de novos
esclarecimentos, conforme análise do Encarregado. Com esse fim, utiliza-se quantos despachos forem necessários ao escrivão.
9 Cabe ressaltar que essas diligências estão citadas somente como exemplos, pois o encarregado com base nos elementos de informação já colhidos no

bojo da investigação, é que deve escolher aquelas mais adequadas ao seu esclarecimento.
199
POLÍCIA MILITAR DO ESTADO DE SERGIPE
COMANDO-GERAL

CORREGEDORIA-GERAL DA PMSE

RECEBIMENTO 10

Eu, POSTO/GRADUAÇÃO E NOME DO MILITAR, escrivão do IPM, declaro


que recebi os autos do Sr.(a) POSTO, E NOME DO MILITAR, Encarregado do presente
Inquérito Policial Militar, com o fim de dar cumprimento as diligências constantes do
despacho. 11

Local e Data.

(Nome/Posto/Graduação)
(Escrivão)

10 Esse documento serve para atestar que o escrivão recebeu do encarregado a carga do procedimento e para estabelecer a data que o escrivão teve acesso
e conhecimento das diligências determinadas no despacho.
11 Após esse recebimento, o escrivão deve iniciar imediatamente o cumprimento das diligências as quais, após conclusão, devem ser acostadas dentro dos

autos. Cabe esclarecer que é o escrivão que fica responsável também por organizá-las dentro do procedimento. Ele providenciará a juntada, numerando os
documentos provenientes e ordenando-os de forma cronológica e organizada.
200
POLÍCIA MILITAR DO ESTADO DE SERGIPE
COMANDO-GERAL

CORREGEDORIA-GERAL DA PMSE

CERTIDÃO12

Eu, POSTO/GRADUAÇÃO e NOME DO MILITAR, Escrivão do IPM, certifico


nos autos que, em cumprimento às diligências determinadas no despacho, tomei as
seguintes providências:
a)....
b)....
(LISTAR medidas tomadas)
Certifico também que algumas medidas não foram realizadas em virtude dos
seguintes motivos:
a).....
b).....
(LISTAR medidas não realizadas e os motivos do não cumprimento).

Local e Data.

(Nome/Posto/Graduação)
(Escrivão)

12Esse documento serve para o escrivão esclarecer o que foi realizado após ter recebido a carga dos autos. Elencará as providências tomadas e também
explicará o motivo de não conseguir dar cumprimento às diligências dos despachos.
201
POLÍCIA MILITAR DO ESTADO DE SERGIPE
COMANDO-GERAL

CORREGEDORIA-GERAL DA PMSE

JUNTADA13

Eu, POSTO/GRADUAÇÃO e NOME DO MILITAR, escrivão do IPM, após


cumprimento das diligências determinadas no Termo de Instauração, faço a juntada dos
documentos abaixo descritos aos autos desse Inquérito Policial Militar:

a) ...
b) ...

(LISTAR todos os documentos que serão juntados ao procedimento).

Local e Data.

(Nome/Posto/Graduação)
(Escrivão)

13A juntada serve como ato através do qual o escrivão vai adicionando aos autos a documentação decorrente do cumprimento das diligências do despacho
que forem provenientes de origem externa. Entenda-se por origem externa todo documento não produzido pelo encarregado e seu escrivão. Cabe ressaltar
que a documentação deve ser juntada na ordem cronológica de seu cumprimento.
202
POLÍCIA MILITAR DO ESTADO DE SERGIPE
COMANDO-GERAL

CORREGEDORIA-GERAL DA PMSE

TERMO DE DILIGÊNCIA

No dia do mês do ano (data por extenso), na cidade de ____ , Estado de


________, certifico para os fins que se fizerem necessários que procedi a diligência, em
companhia do (nome por extenso, posto, graduação), no intuito de (descrever a diligência
determinada em despacho do Encarregado) com os seguintes resultados (descrever
sucintamente os resultados obtidos). Finda a presente diligência, que foi iniciada às
________horas e terminada às ________ horas do mesmo dia, vai assinada pelos
presentes no local: responsável pela diligência e testemunha (s).

(Nome/Posto/Graduação/Matricula)
Responsável pela diligência 14

(Nome/CPF)
(Testemunha)

14O Responsável, ao cumprir diligência externa, detalhará o resultado do seu cumprimento em termo de diligência por ele datado e assinado. Inexistindo
testemunha do ato, constará apenas a assinatura do executor da diligência.
203
POLÍCIA MILITAR DO ESTADO DE SERGIPE
COMANDO GERAL

CORREGEDORIA GERAL DA PMSE

CONCLUSÃO15

Eu, POSTO/GRADUAÇÃO e NOME DO MILITAR, declaro para os devidos fins


que, após cumprimento das diligências constantes do Despacho e juntada dos
documentos decorrentes, entreguei os autos do Inquérito ao Sr. (a)
POSTO/GRADUAÇÃO e NOME DO MILITAR, Encarregado do procedimento.

Local e Data.

(Nome/Posto/Graduação)
(Escrivão)

15O escrivão sempre que passar a carga do procedimento ao encarregado, após cumprimento de diligências constantes do despacho, deve confeccionar o
presente documento.
204
POLÍCIA MILITAR DO ESTADO DE SERGIPE
COMANDO-GERAL
CORREGEDORIA-GERAL DA PMSE

Ofício (n°. /ano-IPM)


Local, 00 do mês de ano.

A Sua Senhoria,
(NOME)
(Cargo do destinatário)
Unidade Policial Militar
(Endereço Completo)

Assunto: Requisição
Referência: IPM nº__/ano de Portaria ___/ano - Corregedoria
Anexo:

(Pronome de tratamento),
Polícia Judiciária Militar, no uso de suas atribuições legais, conforme artigos 8º,
13 e 288 do CPPM, através do subscritor, solicita a Vossa Senhoria que apresente o
policial militar (qualificação completa) na qualidade de ofendido, no dia (data completa),
às __h___min, a fim de ser ouvido em declarações acerca do fato apurado no IPM nº
___/ano.
Atenciosamente,

(Nome do Escrivão/Posto/Graduação/Matricula)
Escrivão do IPM

Corregedoria da Polícia Militar do Estado de Sergipe


Endereço: Rua Serafim Bonfim, S/N, Bairro Santos Dumont- Aracaju/SE
E-mail: corregedoria@pm.se.gov.br Telefone: (79) 991912759 (Guarda BESP)

205
POLÍCIA MILITAR DO ESTADO DE SERGIPE
COMANDO-GERAL

CORREGEDORIA-GERAL DA PMSE

Ofício (n°. /ano-IPM)


Local, 00 do mês de ano.

A Sua Senhoria,
(NOME)
(Cargo do destinatário)
Unidade Policial Militar
(Endereço Completo

Assunto: Notificação 16
Referência: IPM nº__/ano de Portaria ___/ano - Corregedoria
Anexo:

(Pronome de tratamento),
A Polícia Judiciária Militar, no uso de suas atribuições legais, conforme artigos
8º, 13, alínea b e 288 do CPPM, através do subscritor, notifica Vossa Senhoria para
comparecer, munido de documento de identidade, CPF e desta notificação no dia (data
por extenso), às _____ horas, na OPM __________ (ou local onde for), a fim de prestar
depoimento, na qualidade de ofendido, nos termos do disposto no art. 311 do CPPM
(Decreto-Lei n° 1.002/1969), no Inquérito Policial Militar instaurado pela Portaria n° _____
da (autoridade nomeante), datada (data por extenso), para apurar (resumo do fato).
Atenciosamente,

(Nome do Escrivão/Posto/Matrícula)
Notificado em :___/___/___
Escrivão do IPM às ___:___

Assinatura

Corregedoria da Polícia Militar do Estado de Sergipe


Endereço: Rua Serafim Bonfim, S/N, Bairro Santos Dumont- Aracaju/SE
E-mail: corregedoria@pm.se.gov.br Telefone: (79) 991912759 (Guarda BESP) 17

16 A notificação pode ser feita por telefone, aplicativos de conversação, e-mail ou outras tecnologias, conforme prescreve o Art. 288 do CPPM. Porém, deve
ser feita Certidão de acordo com o modelo padrão estabelecido pela PMSE.
17 Todo documento para o público externo deve constar endereço da Unidade Policial Militar com respectivo número de contato e E-mail com intuito de

permitir fácil resposta e comunicação.

206
POLÍCIA MILITAR DO ESTADO DE SERGIPE
COMANDO-GERAL
CORREGEDORIA-GERAL DA PMSE

TERMO DE DECLARAÇÃO

Devidamente cientificado dos fatos em apuração no IPM nº. ____, instaurado


através da Portaria nº _____, no dia do mês do ano (data por extenso), na cidade de
____, Estado de ________, na Sede da Corregedoria Geral da PMSE, diante do Sr.(a)
(posto, matrícula, nome), Encarregado do IPM nº. ___ e do seu Escrivão (posto,
graduação, matrícula, nome), compareceu o ofendido do fato, acompanhado de seu
advogado (caso haja presença de advogado indicar nome completo e OAB e endereço
para intimações), cientificado da qualidade de ofendido e dos crimes constantes do CP e
CPM18 relacionados a declaração falsa de crime, declarou19 o seguinte: nome completo
(posto, graduação, matrícula, nome completo, se militar), RG, CPF, e-mail, data de
nascimento, naturalidade, filiação, estado civil, profissão, local onde exerce profissão
(unidade em que serve, se militar), residência, ponto de referência, telefone, redes sociais
e outros meios tecnológicos de comunicação. Relação com o investigado (parentesco;
amizade; inimizade). Conteúdo do fato (aquilo que o ofendido descreveu, utilizando as
expressões usadas por ele). Perguntado __________. Respondeu ___________. Dada a
palavra ao advogado do ofendido, solicitou as seguintes diligências e constou as
seguintes perguntas20: Diligências: _____ Perguntas: Perguntado ________. Respondeu
_______ . E, como nada mais disse, nem lhe foi perguntado, deu o (a) Encarregado (a)
por finda a presente declaração, que foi iniciada às ________horas e terminada às
________ horas do mesmo dia, e que, depois de lida e achado conforme, vai assinada
pelos presentes no local: encarregado do IPM, ofendido, advogado e escrivão.

Encarregado
(Nome/Posto/Matricula)

Assinatura do ofendido
(Nome/Posto/Graduação/Matricula)

18 Militar: CPM: Art. 343 (Denunciação Caluniosa) e Art. 344 (Comunicação falsa de crime) Civil: CP: Art. 339 (Denunciação Caluniosa) e Art. 340
(Comunicação Falsa de Crime).
19 O ofendido não está obrigado a responder pergunta que possa incriminá-lo, ou seja estranha ao processo (art. 313 CPPM).

20 Caso haja advogado acompanhando o feito, deve-se registrar as perguntas por ele formuladas e/ou diligências requeridas. (Art. 7º, XXI Estatuto da OAB).

207
Advogado
(Nome/OAB)

Escrivão
(Nome/Posto/Graduação/Matricula)

208
POLÍCIA MILITAR DO ESTADO DE SERGIPE
COMANDO-GERAL
CORREGEDORIA-GERAL DA PMSE

CERTIDÃO DE INTIMAÇÃO POR MEIO DIGITAL21

Certifico que no dia (data por extenso), às ___h____, nos uso das atribuições
legais previstas no artigo 288 do CPPM, notifiquei o Sr. (a) (qualificação completa), dentro
do horário de expediente administrativo, através do nº de terminal telefônico : (DDD)
0000.0000 e/ou aplicativo WhatsApp e/ou outros, sendo-lhe informado sobre o fato e sua
qualidade de (ofendido/testemunha/investigado), bem como das consequências do não
comparecimento, intimando-o (a) a comparecer a (nome do órgão), no dia (data
completa), horário, a fim de prestar esclarecimentos sobre a ocorrência constante do
Inquérito Policial Militar nº. ______.22²

(Nome do Escrivão/Posto/Matricula)
Escrivão do IPM

Corregedoria da Polícia Militar do Estado de Sergipe


Endereço: Rua Serafim Bonfim, S/N, Bairro Santos Dumont- Aracaju/SE
E-mail: corregedoria@pm.se.gov.br Telefone: (79) 991912759 (Guarda BESP) 23

POLÍCIA MILITAR DO ESTADO DE SERGIPE

21 A notificação pode ser feita por telefone, aplicativos de conversação, e-mail ou outras tecnologias, conforme prescreve o Art. 288 do CPPM.
22 Quando possível, o escrivão deve extrair conteúdo da conversa. Por exemplo, tirar print screen ou imprimir e-mail e anexar junto ao IPM, fazendo constar
também uma certidão nos moldes acima.
23 Todo documento para o público externo deve constar endereço da Unidade Policial Militar com respectivo número de contato e E-mail com intuito de

permitir fácil resposta e comunicação.


209
COMANDO-GERAL
CORREGEDORIA-GERAL DA PMSE

Ofício (n°. /ano-IPM)


Local, 00 do mês de ano.

A Sua Senhoria,
(NOME)
(Cargo do destinatário)
Unidade Policial Militar
(Endereço Completo

Assunto: Requisição
Referência: IPM nº__/ano de Portaria ___/ano - Corregedoria
Anexo:

(Pronome de tratamento),
A Polícia Judiciária Militar, no uso de suas atribuições legais, conforme artigos
8º, 13 e 288 do CPPM, através do subscritor, solicita a Vossa Senhoria que apresente o
policial militar (qualificação completa) no dia (data completa), às __h___min, no local
__________ a fim de ser inquirido acerca do fato apurado no IPM nº ___/ano.
Atenciosamente,

(Nome do Escrivão/Posto/Matricula)
Escrivão do IPM

Notificado em :___/___/___
às ___:___

Assinatura

Corregedoria da Polícia Militar do Estado de Sergipe


Endereço: Rua Serafim Bonfim, S/N, Bairro Santos Dumont- Aracaju/SE
E-mail: corregedoria@pm.se.gov.br Telefone: (79) 991912759 (Guarda BESP)

POLÍCIA MILITAR DO ESTADO DE SERGIPE

210
COMANDO-GERAL
CORREGEDORIA-GERAL DA PMSE
Ofício (n°. /ano-IPM)
Local, 00 do mês de ano

A Sua Senhoria,
(NOME)
(Cargo do destinatário)
Unidade Policial Militar
(Endereço Completo

Assunto: Notificação24
Referência: IPM nº__/ano de Portaria ___/ano - Corregedoria
Anexo:

(Vocativo),
A Polícia Judiciária Militar, no uso de suas atribuições legais, conforme artigos
8º, 13, alínea d, 288 do CPPM, através do subscritor, notifica Vossa Senhoria para
comparecer, munido de documento de identidade, CPF e desta notificação no dia (data
por extenso), às _____ horas, na OPM __________ (ou local onde for), a fim de prestar
depoimento, na qualidade de testemunha, nos termos do disposto art. 347, §1º do CPPM
(Decreto-Lei n° 1.002/1969), no Inquérito Policial Militar instaurado pela Portaria n° _____
de (data por extenso), da (autoridade nomeante), para apurar (resumo do fato).
Informo que o não comparecimento implica consequências legais, inclusive a
possibilidade da imputação de crime de desobediência.
Atenciosamente,

(Nome do Escrivão/Posto/Matricula) Notificado em


:___/___/___
Escrivão do IPM às ___:___

Corregedoria da Polícia Militar do Estado de Sergipe Assinatura


Endereço: Rua Serafim Bonfim, S/N, Bairro Santos Dumont- Aracaju/SE
E-mail: corregedoria@pm.se.gov.br Telefone: (79) 991912759 (Guarda BESP) 25

POLÍCIA MILITAR DO ESTADO DE SERGIPE

24 A notificação pode ser feita por telefone, aplicativos de conversação, e-mail ou outras tecnologias, conforme prescreve o Art. 288 do CPPM. Porém, deve
ser feita Certidão de acordo com o modelo padrão estabelecido pela PMSE.
25 Todo documento para o público externo deve constar endereço da Unidade Policial Militar com respectivo número de contato e E-mail com intuito de

permitir fácil resposta e comunicação.


211
COMANDO-GERAL
CORREGEDORIA-GERAL DA PMSE

TERMO DE INQUIRIÇÃO DA TESTEMUNHA

Devidamente cientificada dos fatos em apuração no IPM nº. ____, instaurado


através da Portaria nº _____, e compromissada de acordo com a lei 26, no dia do mês do
ano (data por extenso), na cidade de ____ , Estado de ________, na Sede da
Corregedoria Geral da PMSE, diante do Sr.(a) (posto, matrícula, nome), Encarregado do
IPM nº. ___ e do seu Escrivão (posto, graduação, matrícula, nome), compareceu a
testemunha do fato, presente no local o advogado do investigado Nome, RG, OAB nº
_____, a qual foi esclarecida acerca dos crimes inerentes27 à qualidade de testemunha e
da obrigação de dizer o que sabe28, e declarou o seguinte: Nome completo (posto,
graduação, matrícula, nome completo, se militar), RG, CPF, e-mail, data de nascimento,
naturalidade, filiação, estado civil, profissão, local onde exerce profissão (unidade em que
serve, se militar), residência, ponto de referência, telefone, redes sociais e outros meios
tecnológicos de comunicação. Relação com o investigado ou ofendido (parentesco;
amizade; inimizade). Conteúdo do fato (aquilo que a testemunha descreveu, utilizando as
expressões usadas por ela). Perguntada __________. Respondeu ___________. Dada a
palavra ao advogado do investigado, solicitou as seguintes diligências e constou as
seguintes perguntas: Diligências: _____ Perguntas: Perguntada ________. Respondeu
_______. E, como nada mais disse, nem lhe foi perguntado, deu o (a) Encarregado (a)
por finda a presente declaração, que foi iniciada às ________horas e terminada às
________ horas do mesmo dia, e que, depois de lida e achado conforme, vai assinada
pelos presentes no local: encarregado do IPM, testemunha, advogado e escrivão.

Encarregado
(Nome/Posto)

26 Art.352,§ 2º do CPPM: Não se deferirá o compromisso aos doentes e deficientes mentais, aos menores de quatorze anos, nem às pessoas a que se refere
o art. 354.
27 CPM: Art. 343 (Denunciação caluniosa). Dar causa à instauração de inquérito policial ou processo judicial militar contra alguém, imputando-lhe crime

sujeito à jurisdição militar, de que o sabe inocente. Art. 346 (Falso testemunho ou falsa perícia). Fazer afirmação falsa, ou negar ou calar a verdade, como
testemunha, perito, tradutor ou intérprete, em inquérito policial, processo administrativo ou judicial, militar: CP: Art. 342 (Falso Testemunho). Fazer afirmação
falsa, ou negar ou calar a verdade como testemunha, perito, contador, tradutor ou intérprete em processo judicial, ou administrativo, inquérito policial, ou
em juízo arbitral.
28 Art. 352. A testemunha deve declarar seu nome, idade, estado civil, residência, profissão e lugar onde exerce atividade, se é parente, e em que grau, do

acusado e do ofendido, quais as suas relações com qualquer deles, e relatar o que sabe ou tem razão de saber, a respeito do fato delituoso narrado na
denúncia e circunstâncias que com o mesmo tenham pertinência, não podendo limitar o seu depoimento à simples declaração de que confirma o que
prestou no inquérito. Sendo numerária ou referida, prestará o compromisso de dizer a verdade sobre o que souber e lhe for perguntado.
212
Testemunha29
(Nome/Posto/Graduação)

Advogado
(Nome/OAB)

Escrivão
(Nome/Posto/Graduação)

POLÍCIA MILITAR DO ESTADO DE SERGIPE

29
Acaso a testemunha se recuse ou não saiba assinar, deve usar o procedimento previsto Art. 300, combinado com Art. 301, ambos do CPPM.
213
COMANDO-GERAL
CORREGEDORIA-GERAL DA PMSE

Ofício (n°. /ano-IPM)


Local, 00 do mês de ano

A Sua Senhoria,
(NOME)
(Cargo do destinatário)
Unidade Policial Militar
(Endereço Completo)

Assunto: Notificação
Referência: IPM nº__/ano de Portaria ___/ano - Corregedoria
Anexo:

(Pronome de tratamento),
Em cumprimento ao Art. 16-A do CPPM, que versa sobre crimes contra vida,
tentados ou consumados, perpetrados por policiais no exercício da função, através do uso
de força letal, intimo Vossa Senhoria a indicar advogado para acompanhar o IPM nº.
____, instaurado através da Portaria nº ____/20__/CORREG-IPM, datada de __de ____
de ___ (data por extenso).
Informamos que acaso não designe seu advogado de preferência em 48 horas,
em conformidade com a legislação regente, adotar-se-á o procedimento constante do § 2º
do Art. 16-A do CPPM.
Atenciosamente,

(Nome do Escrivão/Posto/Matrícula)
Escrivão do IPM
Notificado em :___/___/___
às ___:___

Assinatura

Corregedoria da Polícia Militar do Estado de Sergipe


Endereço: Rua Serafim Bonfim, S/N, Bairro Santos Dumont- Aracaju/SE
E-mail: corregedoria@pm.se.gov.br Telefone: (79) 991912759 (Guarda BESP)

POLÍCIA MILITAR DO ESTADO DE SERGIPE

214
COMANDO-GERAL
CORREGEDORIA-GERAL DA PMSE

Ofício (n°. /ano-IPM)


Local, 00 do mês de ano

A Sua Senhoria,
(NOME)
(Cargo do destinatário)
Unidade Policial Militar
(Endereço Completo)

Assunto: Requisição
Referência: IPM nº__/ano de Portaria ___/ano - Corregedoria
Anexo:

(Pronome de tratamento),
A Polícia Judiciária Militar, no uso de suas atribuições legais, conforme artigos
8º, 13 e 288 do CPPM, através do subscritor, requisita a Vossa Senhoria que apresente o
policial militar (qualificação completa) na qualidade de investigado, no dia (data completa),
às __h___min, a fim de ser ouvido em declarações acerca do fato apurado no IPM nº
___/ano.
Através desse expediente, requisita também que informe o militar sobre seu
direito a se apresentar acompanhado de advogado.
Atenciosamente,

(Nome do Escrivão/Posto/Matricula)
Escrivão do IPM

Notificado em :___/___/___
às ___:___

Assinatura

Corregedoria da Polícia Militar do Estado de Sergipe


Endereço: Rua Serafim Bonfim, S/N, Bairro Santos Dumont- Aracaju/SE
E-mail: corregedoria@pm.se.gov.br Telefone: (79) 991912759 (Guarda BESP)

POLÍCIA MILITAR DO ESTADO DE SERGIPE

215
COMANDO-GERAL
CORREGEDORIA-GERAL DA PMSE

TERMO DE QUALIFICAÇÃO E INTERROGATÓRIO

Devidamente cientificado dos fatos em apuração no IPM nº. ____, instaurado


através da Portaria nº _____, no dia do mês do ano (data por extenso), na cidade de
____ , Estado de ________, na Sede da Corregedoria Geral da PMSE, diante do Sr.(a)
(posto, matrícula, nome), Encarregado do IPM nº. ___ e do seu Escrivão (posto,
graduação, matrícula, nome), compareceu o investigado do fato, acompanhado de seu
advogado (caso haja presença de advogado indicar nome completo e OAB e endereço
para intimações). Antes da tomada das declarações, foi o investigado informado sobre a
faculdade de não produzir provas contra si mesmo, seu direito ao silêncio 30 e sobre o
nome e qualificação dos responsáveis pela condução dos trabalhos31. Destaca-se
também que foi concedido o período de entrevista reservada do investigado com seu
defensor32. Ao defensor, foi explicado também que a ele seria concedido momento ao
final para suas respectivas perguntas. 33Após todos os esclarecimentos realizados, o
investigado assim aduziu: nome completo (posto, graduação, matrícula, nome completo,
se militar), RG, CPF, e-mail, data de nascimento, naturalidade, filiação, estado civil,
profissão, local onde exerce profissão (unidade em que serve, se militar), residência,
ponto de referência, telefone, redes sociais e outros meios tecnológicos de comunicação.
Conteúdo do fato. Perguntado __________. Respondeu ___________. Dada a palavra ao
advogado ao investigado, solicitou as seguintes diligências e constou as seguintes
perguntas34: Diligências: _____ Perguntas: Perguntado ________. Respondeu _______.
E, como nada mais disse, nem lhe foi perguntado, deu o (a) Encarregado (a) por finda a
presente declaração, que foi iniciada às ________horas e terminada às ________ horas
do mesmo dia, e que, depois de lida e achado conforme, vai assinada pelos presentes no
local: encarregado do IPM, ofendido, advogado e escrivão.

Encarregado
(Nome/Posto/Matrícula)

30 Art. .5º, LXIII, CF88. O ofendido não está obrigado a responder pergunta que possa incriminá-lo, ou seja estranha ao processo (art. 313 CPPM)
31 Art. 16, parágrafo único, Lei 13.869/2019 (Lei de Abuso de Autoridade)
32 Jurisprudência do STF e STJ. Estatuto da OAB (Lei nº. 8.906/1994, Art. 7º, III)

33 Caso haja advogado acompanhando o feito deve-se registrar as perguntas por ele formuladas e/ou diligências requeridas. Art. 7º, XXI da Lei nº.

8.906/1994 (Estatuto da OAB)


34 Art. 7º, XXI da Lei nº. 8.906/1994 (Estatuto da OAB)

216
Investigado
(Nome/Posto/Graduação/Matricula)

Advogado
(Nome/OAB)

Escrivão
(Nome/Posto/Graduação/Matricula)

POLÍCIA MILITAR DO ESTADO DE SERGIPE

217
COMANDO-GERAL
CORREGEDORIA-GERAL DA PMSE

Ofício (n°. /ano-IPM)


Local, 00 do mês de ano

A Sua Senhoria o Senhor, (de acordo com normas de correspondência oficial)


Responsável pelo Órgão (Nome completo)
Nome do Órgão
Endereço do Órgão/Telefone

Assunto:
Referência: IPM nº__/ano de Portaria ___/ano - Corregedoria
Anexo:

O IPM nº ____, instaurado através da Portaria nº. _____, datada de (data por
extenso), tem como objeto o estabelecimento de autoria e materialidade do seguinte fato:
resumo dos fatos
Com base no Art. 315 e Art. 321 do CPPM, solicito a Vossa Senhoria a
realização de perícia35 (tipo de perícia a ser realizada) a fim de esclarecer (estabelecer a
realização da perícia com o ponto de dúvida a ser descortinado).
Além dos quesitos oficiais de praxe, solicita, esse encarregado, resposta ao
presente quesito:
1- (formular quesito)36
Nestes termos, pede deferimento.
Atenciosamente,

(Nome do Encarregado/Posto/Matricula)
Encarregado do IPM Notificado em :___/___/___
às ___:___

Assinatura
Corregedoria da Polícia Militar do Estado de Sergipe
Endereço: Rua Serafim Bonfim, S/N, Bairro Santos Dumont- Aracaju/SE
E-mail: corregedoria@pm.se.gov.br Telefone: (79) 991912759 (Guarda BESP) 37
POLÍCIA MILITAR DO ESTADO DE SERGIPE

35 Existem diversos tipos de perícia. O exame do corpo de delito é obrigatório, conforme prescrição do CPPM. Os encarregados devem estar atentos
também às prescrições relevantes acerca da cadeia de custódia de provas. Os vestígios do delito devem ser colhidos e preservados tanto no sentido de
subsidiar a acusação como também de se permitir a ampla defesa e o contraditório.
36 Art. 317. Os quesitos devem ser específicos, simples e de sentido inequívoco, não podendo ser sugestivos nem conter implícita a resposta.

37 Todo documento para o público externo deve constar endereço da Unidade Policial Militar com respectivo número de contato e E-mail com intuito de

permitir fácil resposta e comunicação.


218
COMANDO-GERAL
CORREGEDORIA-GERAL DA PMSE

Ofício (n°. /ano-IPM)


Local, 00 do mês de ano

A Sua Senhoria o Senhor, (de acordo com normas de correspondência oficial)


Nome do Órgão
Responsável pelo Órgão (Nome completo)
Endereço do Órgão/Telefone

Assunto:
Referência: IPM nº__/ano de Portaria ___/ano - Corregedoria
Anexo:

A Polícia Judiciária Militar, no uso de suas atribuições legais, conforme Artigo 8º


do Código de Processo Penal Militar38, através do subscritor, notifica V. Sª. para
comparecer, no dia (data por extenso), às _____ horas, na OPM __________ (ou local
onde for), a fim de prestar depoimento, na qualidade de (perito, intérprete, etc), no
Inquérito Policial Militar, instaurado pela Portaria n° _____ de (data por extenso), da
(autoridade nomeante), para apurar (resumo do fato).
Atenciosamente,

(Nome do Escrivão/Posto/Matricula)
Escrivão do IPM39
Notificado em :___/___/___
às ___:___

Assinatura

Corregedoria da Polícia Militar do Estado de Sergipe


Endereço: Rua Serafim Bonfim, S/N, Bairro Santos Dumont- Aracaju/SE
E-mail: corregedoria@pm.se.gov.br Telefone: (79) 991912759 (Guarda BESP) 40

POLÍCIA MILITAR DO ESTADO DE SERGIPE

38 Art. 8º do CPPM: trata da competência da Polícia Judiciária Militar.


39 A resposta ao documento pode ser feita através das modernas tecnologias de informações. O encarregado e seu escrivão somente devem ficar atentos
em expedirem a respectiva certidão para constar no procedimento o recebimento via E-mail ou WhatsApp. Deve observarem também as técnicas de
preservar as provas de acordo com as regras da Cadeia de Custódia de Provas.
40 Todo documento para o público externo deve constar endereço da Unidade Policial Militar com respectivo número de contato e E-mail com intuito de

permitir fácil resposta e comunicação.


219
COMANDO-GERAL
CORREGEDORIA-GERAL DA PMSE

AUTO DE RECONHECIMENTO DE PESSOA 41

No dia (data por extenso), nesta cidade de ____, Estado de ________, na sede
da Corregedoria Geral da PMSE, ao (posto, graduação, matrícula, nome), Encarregado
(a) do IPM nº _________________, instaurado através da Portaria nº ____, datada de
__________, na presença das testemunhas abaixo assinadas, compareceu o senhor
(qualificação e endereço do reconhecedor), na condição de RECONHECEDOR. O senhor
(qualificação e endereço do reconhecedor) foi advertido da necessidade de dizer a
verdade e das consequências advindas de apontar alguém como autor de crime, mesmo
o sabendo inocente, após o que ele descreveu a pessoa a ser reconhecida, conforme
características abaixo relacionadas:
O senhor descreveu o ocorrido da seguinte forma:
Após a descrição da pessoa a ser reconhecida e da ocorrência pelo
reconhecedor, o encarregado procedeu conforme os mandamentos constantes do CPPM,
providenciado que o reconhecedor não fosse reconhecido e visto.
O encarregado colocou, então, uma ao lado da outra, pessoas que se
encaixavam nas características descritas pelo reconhecedor e que pelos elementos
dispostos nos autos do IPM nº _____ poderiam figurar como possíveis autores, e também
outras pessoas sem qualquer ligação com os fatos.
Participaram do ato do reconhecimento os seguintes militares:
a)
b)
c)
d)
Em vista da apresentação dos militares perfilados, O RECONHECEDOR
apontou, com segurança e presteza, o militar (graduação, matrícula, nome e CPF) como
sendo a pessoa que fez a conduta (descrição sucinta dos fatos).42

41 Art. 368. Quando houver necessidade de se fazer o reconhecimento de pessoa, proceder-se-á pela seguinte forma:
a) a pessoa que tiver de fazer o reconhecimento será convidada a descrever a pessoa que deva ser reconhecida;
b) a pessoa cujo reconhecimento se pretender, será colocada, se possível, ao lado de outras que com ela tiverem qualquer semelhança, convidando-se a
apontá-la quem houver de fazer o reconhecimento;
c) se houver razão para recear que a pessoa chamada para o reconhecimento, por efeito de intimidação ou outra influência, não diga a verdade em face da
pessoa que deve ser reconhecida, a autoridade providenciará para que esta não seja vista por aquela.
§ 1º O disposto na alínea c só terá aplicação no curso do inquérito.
§ 2º Do ato de reconhecimento lavrar-se-á termo pormenorizado, subscrito pela autoridade, pela pessoa chamada para proceder ao reconhecimento e por
duas testemunhas presenciais.
42Deve-se prestar atenção a essa parte do auto. O reconhecedor pode ter reconhecido, pode ter ficado em dúvida entre alguns participantes, ou não ter

reconhecido. O encarregado deve descrever com precisão a conduta do reconhecedor nos autos.

220
Após o devido reconhecimento, encerrou-se o procedimento, lavrando-se o
presente auto.

(Nome/Posto/Graduação/Matricula)
Encarregado do IPM

(Nome/CPF)
Reconhecedor

(Nome/CPF)
1ª Testemunha

(Nome/CPF)
2ª Testemunha

(Nome/Posto/Graduação/Matricula)
Escrivão do IPM43

POLÍCIA MILITAR DO ESTADO DE SERGIPE

43
§ 2º Do ato de reconhecimento lavrar-se-á termo pormenorizado, subscrito pela autoridade, pela pessoa chamada para proceder ao reconhecimento, por
duas testemunhas presenciais e pelo escrivão.
221
COMANDO-GERAL
CORREGEDORIA-GERAL DA PMSE

AUTO DE RECONHECIMENTO FOTOGRÁFICO44

No dia (data por extenso), nesta cidade de ____ , Estado de ________, na


sede da Corregedoria Geral da PMSE, ao (posto, graduação, matrícula, nome),
Encarregado (a) do IPM nº _________________, instaurado através da Portaria nº ____,
datada de __________, na presença das testemunhas abaixo assinadas, compareceu o
senhor (qualificação e endereço do reconhecedor), na condição de RECONHECEDOR. O
senhor (qualificação e endereço do reconhecedor) foi advertido da necessidade de dizer a
verdade e das consequências advindas de apontar alguém como autor de crime, mesmo
o sabendo inocente, após o que ele descreveu a pessoa a ser reconhecida, conforme
características abaixo relacionadas:
O senhor descreveu o ocorrido da seguinte forma:
Após a descrição da pessoa a ser reconhecida e da ocorrência pelo
reconhecedor, foi-lhes apresentada fotos de militares que se encaixavam nas
características descritas pelo reconhecedor e que pelos elementos dispostos nos autos do
IPM nº _____ poderiam figurar como possíveis autores, e também outras pessoas sem
qualquer ligação com os fatos.
Foram apresentadas as fotos no ato do reconhecimento, dos seguintes
militares, respectivamente:
1) PM fulano;
2) PM Ciclano.
Em vista da apresentação das fotografias, O RECONHECEDOR apontou, com
segurança e presteza, o militar (graduação, matrícula, nome e CPF) como sendo a
pessoa que praticou a conduta (descrição sucinta dos fatos).
Após o devido reconhecimento, encerrou-se o procedimento, lavrando-se o
presente auto.

44 Art. 368. Quando houver necessidade de se fazer o reconhecimento de pessoa, proceder-se-á pela seguinte forma:
a) a pessoa que tiver de fazer o reconhecimento será convidada a descrever a pessoa que deva ser reconhecida;
b) a pessoa cujo reconhecimento se pretender, será colocada, se possível, ao lado de outras que com ela tiverem qualquer semelhança, convidando-se a
apontá-la quem houver de fazer o reconhecimento;
c) se houver razão para recear que a pessoa chamada para o reconhecimento, por efeito de intimidação ou outra influência, não diga a verdade em face da
pessoa que deve ser reconhecida, a autoridade providenciará para que esta não seja vista por aquela.
§ 1º O disposto na alínea c só terá aplicação no curso do inquérito.
§ 2º Do ato de reconhecimento lavrar-se-á termo pormenorizado, subscrito pela autoridade, pela pessoa chamada para proceder ao reconhecimento e por
duas testemunhas presenciais. § 2º Do ato de reconhecimento lavrar-se-á termo pormenorizado, subscrito pela autoridade, pela pessoa chamada para
proceder ao reconhecimento, por duas testemunhas presenciais e pelo escrivão.

222
(Nome/Posto/Graduação/Matricula)
Encarregado do IPM

(Nome/CPF)
Reconhecedor

(Nome/CPF)
1ª Testemunha

(Nome/CPF)
2ª Testemunha

(Nome/Posto/Graduação/Matricula)
Escrivão do IPM

POLÍCIA MILITAR DO ESTADO DE SERGIPE

223
COMANDO-GERAL
CORREGEDORIA-GERAL DA PMSE

Ofício (n°. /ano-IPM)


Local, 00 do mês de ano

A Sua Senhoria o Senhor, (de acordo com normas de correspondência oficial)


Nome do Órgão
Responsável pelo Órgão (Nome completo)
Endereço do Órgão
Telefone

Assunto: Requisição de conteúdo audiovisual de câmeras de monitoramento e similares


Referência: IPM nº__/ano de Portaria ___/ano - Corregedoria
Anexo: Cópia da Portaria nº. número/ano - Corregedoria

(Pronome de tratamento),
A Polícia Judiciária Militar, no uso de suas atribuições legais, conforme artigos
8º, alíneas “a” e “f”, 12, alínea “d” e 288 do Código de Processo Penal Militar, por meio do
policial militar que subscreve, requisita a Vossa Senhoria que apresente, no prazo de 00
dias úteis do recebimento deste, o conteúdo audiovisual do Circuito Fechado de
Captação de Imagens (CFTV), de câmeras de monitoramento ou similares deste
............... (nome do órgão), instalado no local (colocar endereço), referente ao período
compreendido das (colocar horário que deseja), com o intuito de contribuir para as
investigações do Inquérito Policial Militar.
Atenciosamente,
(Nome/Posto/Grad/Matrícula)
Notificado em
:___/___/___
Escrivão do IPM às ___:___
E-mail funcional do Escrivão Assinatura

Número do aplicativo de conversas (WhatsApp/telegram)45


Corregedoria da Polícia Militar do Estado de Sergipe
Endereço: Rua Serafim Bonfim, S/N, Bairro Santos Dumont- Aracaju/SE
E-mail: corregedoria@pm.se.gov.br Telefone: (79) 991912759 (Guarda BESP) 46

POLÍCIA MILITAR DO ESTADO DE SERGIPE

45 A resposta ao documento pode ser feita através das modernas tecnologias de informações. O encarregado e seu escrivão somente devem ficar atentos
em expedirem a respectiva certidão para constar no procedimento o recebimento via E-mail ou WhatsApp. Deve observarem também as técnicas de
preservar as provas de acordo com as regras da Cadeia de Custódia de Provas.
46 Todo documento para o público externo deve constar endereço da Unidade Policial Militar com respectivo número de contato e E-mail com intuito de

permitir fácil resposta e comunicação.


224
COMANDO-GERAL
CORREGEDORIA-GERAL DA PMSE

Ofício (n°. /ano-IPM)


Local, 00 do mês de ano

A Sua Senhoria o Senhor


Responsável/proprietário/empresa (Nome completo)
Endereço da residência/empresa
Telefone

Assunto: Requisição de conteúdo audiovisual de câmeras de monitoramento e similares


Referência: IPM nº__/ano de Portaria ___/ano - Corregedoria
Anexo: Cópia da Portaria nº. número/ano - Corregedoria

(Pronome de tratamento),
A Polícia Judiciária Militar, no uso de suas atribuições legais, conforme artigos
8º, alíneas “a” e “f”, 12, alínea “d” e 288 do Código de Processo Penal Militar, por meio do
policial militar que subscreve, requisita a Vossa Senhoria que apresente, no prazo de 00
dias úteis do recebimento deste, o conteúdo audiovisual do circuito fechado de
segurança por câmera de vídeo de sua residência (ou empresa), instalado no local
(colocar endereço), referente ao período compreendido das (colocar horário que deseja),
do dia 00 do mês do ano, com o intuito de contribuir para as investigações do Inquérito
Policial Militar.
Atenciosamente,
Escrivão (Nome/Posto/Grad/Matrícula) Notificado em
:___/___/___
Escrivão do IPM às ___:___

E-mail funcional do Escrivão Assinatura

Número do aplicativo de conversas (WhatsApp/telegrama)47


Corregedoria da Polícia Militar do Estado de Sergipe
Endereço: Rua Serafim Bonfim, S/N, Bairro Santos Dumont- Aracaju/SE
E-mail: corregedoria@pm.se.gov.br Telefone: (79) 991912759 (Guarda BESP) 48

POLÍCIA MILITAR DO ESTADO DE SERGIPE

47 A resposta ao documento pode ser feita através das modernas tecnologias de informações. O encarregado e seu escrivão somente devem ficar atentos
em expedirem a respectiva certidão para constar no procedimento o recebimento via E-mail ou WhatsApp. Deve observarem também as técnicas de
preservar as provas de acordo com as regras da Cadeia de Custódia de Provas.
48 Todo documento para o público externo deve constar endereço da Unidade Policial Militar com respectivo número de contato e E-mail com intuito de

permitir fácil resposta e comunicação.


225
COMANDO-GERAL
CORREGEDORIA-GERAL DA PMSE

Excelentíssimo (a) Senhor (a) Juiz (a) de Direito da 6ª. Vara Criminal da Comarca de
Aracaju
Ref.: IP nº _________
Anexo:

A Polícia Militar do Estado de Sergipe, por meio do encarregado do IPM nº.


_____, instaurado através da Portaria nº. _____, datada de _____ (data por extenso), ao
final assinado, no uso de suas atribuições previstas no Art. 144, § 5º c/c §4º da CF88, Art.
8º, d, e Art. 254 do CPPM, vem, perante Vossa Excelência, representar pela PRISÃO
PREVENTIVA49 em desfavor do militar (graduação, matrícula, nome, CPF), conforme
fatos e fundamentos a seguir.

DOS FATOS
Síntese das informações dos autos aproveitando sempre os fatos que serão
utilizados nos fundamentos.
Tipificação do crime investigado.

DOS PRESSUPOSTOS
Relatividade dos fundamentais – Art. 5º, XV (liberdade de locomoção) e LXI
(ninguém será preso, senão ...) da CF/88.
Fumus Comissi delicti: Art. 254, a e b do CPPM
Art. 254. A prisão preventiva pode ser decretada pelo auditor ou pelo Conselho
de Justiça, de ofício, a requerimento do Ministério Público ou mediante representação da
autoridade encarregada do inquérito policial-militar, em qualquer fase deste ou do
processo, concorrendo os requisitos seguintes:
a) prova do fato delituoso;
b) indícios suficientes de autoria.
Periculum in libertatis:
Art. 255. A prisão preventiva, além dos requisitos do artigo anterior, deverá
fundar-se em um dos seguintes casos:

49A prisão preventiva é excepcional e instrumental. Excepcional porque a regra é a persecução criminal transcorrer com o indiciado e réu solto em virtude
do princípio da presunção de inocência. Ela é instrumental no sentido de proteger a sociedade e o transcorrer do processo ou investigação, evitando que o
perigo da liberdade do acusado prejudique o processo e seu resultado útil. Desse modo, a prisão preventiva é uma medida extrema e só deve ser utilizada
como última medida acaso não haja outras alternativas a resolução do problema. Pois cabe lembra sobre a Lei 13.869/2019 que veda as prisões arbitrárias.

226
a) garantia da ordem pública;
b) conveniência da instrução criminal;
c) periculosidade do indiciado ou acusado;
d) segurança da aplicação da lei penal militar;
e) exigência da manutenção das normas ou princípios de hierarquia e
disciplina militares, quando ficarem ameaçados ou atingidos com a liberdade do indiciado
ou acusado.

DO PEDIDO
Ante o exposto, representa pela decretação da PRISÃO PREVENTIVA, em
desfavor de ___________________________________, com a consequente expedição
do mandado de prisão, após manifestação do membro de Ministério Público Militar, sem,
contudo, dar ciência à parte investigada (inaudita altera pars), a fim de permitir a eficácia
da medida.
Nestes termos, pede deferimento.

(Nome do Encarregado/Posto/Matrícula)
Encarregado do IPM

Corregedoria da Polícia Militar do Estado de Sergipe


Endereço: Rua Serafim Bonfim, S/N, Bairro Santos Dumont- Aracaju/SE
E-mail: corregedoria@pm.se.gov.br Telefone: (79) 991912759 (Guarda BESP) 50
POLÍCIA MILITAR DO ESTADO DE SERGIPE
COMANDO-GERAL

50 Todo documento para o público externo deve constar endereço da Unidade Policial Militar com respectivo número de contato e E-mail com intuito de
permitir fácil resposta e comunicação.
227
CORREGEDORIA-GERAL DA PMSE

Excelentíssimo Senhor Juiz de Direito da 6º Vara Criminal da Comarca de Aracaju


Ref.: IPM nº ______

A Polícia Militar do Estado de Sergipe, por meio do encarregado do IPM nº ___,


instaurado através da Portaria nº ______, datada de ____ (data por extenso), ao final
assinado, no uso de suas atribuições previstas no art. 144, §5º c/c §4º da CF/88, Art. 172,
Art. 176 e Art. 185 do CPPM, vem, perante Vossa Excelência, representar pela BUSCA E
APREENSÃO DOMICILIAR51 no endereço________________________, conforme fatos
e fundamentos a seguir.

DOS FATOS
- Na descrição incluir nome da pessoa que terá seu domicilio alvo da busca
domiciliar e dos investigados.
- Resumo dos fatos aproveitando sempre aquilo que for imprescindível para
utilização nos fundamentos.
- Tipificação da conduta a ser investigada.

DO CABIMENTO
- Relatividade dos Direitos Fundamentais – Art. 5º, XI (inviolabilidade do
domicílio), CF/88;
- Tipificação do cabimento:
Art. 172. Proceder-se-á à busca domiciliar, quando fundadas razões a
autorizarem, para:
a) prender criminosos;
b) apreender coisas obtidas por meios criminosos ou guardadas ilicitamente;
c) apreender instrumentos de falsificação ou contrafação;
d) apreender armas e munições e instrumentos utilizados na prática de crime
ou destinados a fim delituoso;
e) descobrir objetos necessários à prova da infração ou à defesa do
acusado;

51A Busca e apreensão pode ser utilizada sempre que se vislumbre que um elemento de informação imprescindível para investigação se encontre na casa
do investigado. Como o domicílio tem proteção constitucional, como asilo da intimidade do indivíduo, e que só pode ser relativizado nas próprias
permissões constitucionais, é necessário que se represente pela autorização judicial para adentrar na residência do acusado para retirar um elemento
probatório.
228
f) apreender correspondência destinada ao acusado ou em seu poder, quando
haja fundada suspeita de que o conhecimento do seu conteúdo possa ser útil à
elucidação do fato;
g) apreender pessoas vítimas de crime;
h) colher elemento de convicção.

Usar sempre as alíneas E e H

DOS PRESSUPOSTOS
Fumus Commissi delicti: indícios de autoria ou materialidade – art. 172, CPPM
(fundadas razões)
Periculum in mora: mostrar necessidade e adequação da medida, ante a
produção do acervo probatório acerca da materialidade e autoria do delito.

DO PEDIDO
Ante o exposto, representa pela BUSCA DOMICILIAR no
endereço_________________________________, com a consequente expedição do
mandado de busca e apreensão, após manifestação do membro do Ministério Público,
sem, contudo, dar ciência à parte investigada (inaudita altera pars), a fim de permitir a
eficácia da medida.
Nestes termos, pede deferimento.

(Nome/Posto/Matrícula)
Encarregado pelo IPM

Corregedoria da Polícia Militar do Estado de Sergipe


Endereço: Rua Serafim Bonfim, S/N, Bairro Santos Dumont- Aracaju/SE
52
E-mail: corregedoria@pm.se.gov.br Telefone: (79) 991912759 (Guarda BESP)

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permitir fácil resposta e comunicação.
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COMANDO-GERAL
CORREGEDORIA-GERAL DA PMSE

Ofício (n°. /ano - IPM)


Local, 00 do mês de ano

A Sua Senhoria
Nome do Corregedor Geral do Estado de destino
Corregedoria Geral do Estado de destino
Endereço Completo

Assunto: CARTA PRECATÓRIA (Inquirição de testemunha/ofendido/investigado)


Referência: IPM nº__/ano de Portaria ___/ano - Corregedoria
Anexo:

(Pronome de tratamento),
Solicito a Vossa Senhoria, na qualidade de Encarregado do Inquérito Policial
Militar n°, instaurado através da Portaria n°___, de dia do mês do ano, que seja designado
um Oficial para cumprir a presente precatória, afim de (inquirir nome, graduação, CPF),
residente (endereço, contato telefônico, e-mail) arrolados no Inquérito Policial Militar.
Solicito resposta aos seguintes quesitos:
1. O que sabe sobre o crime?
2. Qual o instrumento usado para a prática do crime?
Entre outros.
Atenciosamente,

(Nome/Posto/Matrícula)
Encarregado do IPM

Corregedoria da Polícia Militar do Estado de Sergipe


Endereço: Rua Serafim Bonfim, S/N, Bairro Santos Dumont- Aracaju/SE
E-mail: corregedoria@pm.se.gov.br Telefone: (79) 991912759 (Guarda BESP)

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TERMO DE ACAREAÇÃO

Devidamente cientificados dos fatos em apuração no IPM nº. ____, instaurado


através da Portaria nº _____, no dia do mês do ano (data por extenso), na cidade de ____
, Estado de ________, na Sede da Corregedoria Geral da PMSE, diante do Sr.(a) (posto,
matrícula, nome), Encarregado do IPM nº. ___ e do seu Escrivão (posto, graduação,
matrícula, nome), compareceram os militares (qualificar os acareados), acompanhado de
seu advogado (caso haja presença de advogado indicar nome completo e OAB). Já
inquiridos nestes autos de Inquérito Policial Militar, e à vista das divergências existentes
nos seus depoimentos, nos pontos (especificar os pontos divergentes) e, conforme
prescreve os artigos 365, 366 e 367 do Código de Processo Penal Militar, perguntado aos
acareados, um em face da outro, para explicarem as citadas divergências, pelo
investigado foi dito que:___________ ; pela testemunha foi dito que___________: Dada a
palavra ao advogado do investigado, solicitou as seguintes perguntas: Perguntado
________. Respondeu _______ . E, como nada mais disse, nem lhe foi perguntado, deu o
(a) Encarregado (a) por finda a presente acareação, que foi iniciada às ________horas e
terminada às ________ horas do mesmo dia, e que, depois de lida e achado conforme,
vai assinada pelos presentes no local: encarregado do IPM, ofendido, advogado e
escrivão.

(Nome/Posto/Matrícula)
Assinatura do Encarregado

Acareado 1
(Nome/Posto/Graduação/Matrícula)

Acareado 2
(Nome/Posto/Graduação/Matrícula)

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Advogado/OAB
(Nome/OAB)

Escrivão
(Nome/Posto/Graduação/Matrícula)

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RELATÓRIO

1. OBJETIVO DO IPM
O presente Processo Administrativo Disciplinar foi instaurado por determinação
do Sr. (citar a função da autoridade delegante), através da Portaria nº... (nº e data de
expedição da portaria), para apurar o.(citar o objetivo da portaria).

2. DILIGÊNCIAS REALIZADAS E PROVAS OBTIDAS


2.1 Foi ouvido o ofendido_____;
2.2 Foi ouvido o Investigado ___;
2.3 Foram Inquiridas as testemunhas ____;
2.4 Documentos juntados____;
2.5 Laudos Periciais ___;
2.6 Mandados cumpridos___;
2.7 Provas produzidas ___;
2.8 Outras diligências___.

3. ANÁLISE DAS PROVAS


Neste campo, deve o encarregado esmiuçar todas as provas obtidas, expor o
resumo das oitivas e apontar as informações que convergem e as que divergem entre si,
destacando, então, os elementos que corroboram com as provas contraídas.

4. DOS FATOS
Da minuciosa análise dos fatos e do conjunto probatório restou evidenciado
que a ocorrência que deu origem ao presente Inquérito transcorreu da seguinte forma:
(relatar, com base na investigação, toda a ocorrência e condutas, de forma clara e
objetiva).

5. CONCLUSÃO
Tendo por base as provas carreadas aos autos, conclui-se que há/não há
indícios de cometimento de crime de natureza militar/comum e/ou de transgressão

233
disciplinar (descrever a conduta supostamente indisciplinar e os artigos e incisos
supostamente violados) a apurar, praticada por (posto/graduação, matrícula, nome).

Local, 00 do mês de ano.

(Nome/Posto/Matricula)
Encarregado do IPM

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COMANDO-GERAL
CORREGEDORIA-GERAL DA PMSE

Ofício (n°. /ano-IPM)


Local, 00 do mês de ano

A Sua Senhoria,
(NOME)
(Cargo do destinatário)
Unidade Policial Militar
(Endereço Completo)

Assunto: Remessa de IPM


Referência: IPM nº__/ano de Portaria ___/ano Corregedoria
Anexo:

(Pronome de tratamento),
Encaminho, na condição de Encarregado do Inquérito Policial Militar nº ______,
instaurado através da Portaria n° ______, de _______, a Vossa Senhoria, após
conclusão, os autos do aludido IPM, contendo ____ folhas numeradas e rubricadas.
Atenciosamente,

(Nome/Posto/Matricula)
Encarregado do IPM

Corregedoria da Polícia Militar do Estado de Sergipe


Endereço: Rua Serafim Bonfim, S/N, Bairro Santos Dumont- Aracaju/SE
E-mail: corregedoria@pm.se.gov.br Telefone: (79) 991912759 (Guarda BESP)

235
NOTAS:
1. Publicação no BGO nº 157 de 01/07/2014: A Corregedoria-Geral da PMSE deverá
manter em seus arquivos os procedimentos com o tempo de até 05 (cinco) anos e, acima
desse tempo deverá arquivar no Arquivo-Geral da PMSE, bem como deverá digitalizar os
referidos procedimentos visando uma melhor guarda dos mesmos;
2. Publicação no BGO nº 170 de 19/07/2014: O Corregedor-Geral da Polícia Militar do
Estado de Sergipe, no uso de suas atribuições e com Base no Art. 22, § 1° do CPM,
determina aos senhores encarregados que a partir da presente data, todos os
procedimentos deverão ser entregues em 02 (duas) vias, sendo 01 (uma) original
impressa e 01 (uma) cópia digitalizada;
3. Publicação no BGO nº 020 de 29/01/2018: O Corregedor-Geral da Polícia Militar do
Estado de Sergipe determina que os Encarregados observem o rito dos Procedimentos
Administrativos e atentem para o check-list, pois o recebimento dos autos dar-se-á após
esta conferência;
4. Publicação no BGO nº 086 de 03/06/2020: O Ministério público do Estado de Sergipe
recomenda adoção de protocolo interno para preenchimento de informações quanto à
qualificação e localização de pessoas ouvidas em inquéritos policiais e procedimentos
administrativos outros, inserindo nos mesmos: número de telefone fixo ou celular,
WhatsApp, e outros aplicativos similares, à exemplo de instagram, facebook, messenger,
telegrama, e/ou correio eletrônico (e-mail), bem como, outros meios de comunicação e/ou
localização, como telefone de referência ou contato e/ou endereço fixo de algum parente
ou pessoa próxima, ou qualquer outro informe que se entender plausível, no sentido de
proceder a localização da testemunha.

236
INSTRUÇÃO NORMATIVA N° 001/2021-CORREG

Os aparatos da mídia costumam procurar as unidades e equipes da Polícia


Militar quando elas efetuam prisões em flagrante de militares. O direito à informação é
garantido constitucionalmente e deve a população ter acesso a informes sobre a gestão
da coisa pública em respeito à transparência e indisponibilidade do interesse público.
No entanto, é preciso também proteger os direitos do preso, em respeito
também ao princípio constitucional de presunção de não culpabilidade, não antecipando
julgamentos e expondo o detido, custodiado, a exposição e execração pública.
Nessa linha de raciocínio, surgiram duas leis importantes: a Lei nº. 13.869/2019
e a Lei nº. 13.964 que tratam respectivamente sobre o abuso de autoridade e pacote
anticrime.
A nova lei de abuso de autoridade trouxe em seu bojo o Art. 38, abaixo
transcrito, que preconiza que não se deve antecipar julgamentos aos meios de
comunicação, com exposição apressada e açodada de opinião sobre fato ainda em fase
de investigação.

Art. 38. Antecipar o responsável pelas investigações,


por meio de comunicação, inclusive rede social,
atribuição de culpa, antes de concluídas as
apurações e formalizada a acusação.

O pacote anticrime trouxe como inovação no CPP (sob análise) regramento


sobre a necessidade de regulação sobre o relacionamento dos aparatos da mídia e
órgãos policiais que pode servir como modelo a ser aplicável no seio da corporação,
quando nas situações de flagrante de policiais em crimes militares.

Art. 3º-F. O juiz das garantias deverá assegurar o


cumprimento das regras para o tratamento dos
presos, impedindo o acordo ou ajuste de qualquer
autoridade com órgãos da imprensa para explorar a
imagem da pessoa submetida à prisão, sob pena de
responsabilidade civil, administrativa e penal.

Parágrafo único: Por meio de regulamento, as


autoridades deverão disciplinar, em 180 (cento e
oitenta) dias, o modo pelo qual as informações sobre

237
a realização da prisão e a identidade do preso serão,
de modo padronizado e respeitada a programação
normativa aludida no caput deste artigo,
transmitidas à imprensa, assegurados a efetividade
da persecução penal, o direito à informação e a
dignidade da pessoa submetida à prisão.

Com base na Legislação acima citada e com fulcro no direito fundamental à


presunção de não culpabilidade, o Corregedor Geral da PMSE DETERMINA:

1. O Superior que der voz de prisão e transportar Militar preso deve se abster de dar
informações ao aparato da mídia;
2. O oficial plantonista da corregedoria, presidente do flagrante, não deve permitir,
dentro da corregedoria, o aceso de profissionais da mídia aos envolvidos no
flagrante. Em casos de grande repercussão, em se verificando a necessidade de
reforço da segurança da sede, pode o oficial solicitar reforço da segurança da sede
da Corregedoria ao Coordenador de Dia do CIOSP;

3. O oficial plantonista da corregedoria, presidente do flagrante, deve se abster de dar


entrevistas sobre a condução dos trabalhos correcionais, devendo informar que o
setor responsável sobre o posicionamento institucional sobre o suposto crime cabe
a PM-5;

4. O oficial plantonista da corregedoria, presidente do flagrante, repassará


informações sobre a ocorrência em andamento ao responsável pela PM-5
mediante pedido deste setor.

5. O oficial plantonista e seus auxiliares ficam proibidos de repassar informações e


imagens da ocorrência por intermédio de redes sociais como: grupos de Whatsapp,
Instagram, Facebook, grupos de Telegram, entre outros.

Aracaju/SE, 29 de setembro de 2021.

Eliziel Alves Rodrigues – Cel QOPM


Corregedor Geral da PMSE

238
ISSO

NTPMEx
(NORMAS TÉCNICAS SOBRE PERÍCIAS MÉDICAS NO
EXÉRCITO)
Aprovadas pela Portaria N° 247-DGP, de 07 Out 09
Alterada pelas Portaria nº 133 - DGP, de 29 Jun 10
SEPARATA AO BE Nº 26, DE 2 JUL 10
e pela Portaria nº 211 - DGP, de 06 OUT 10

239
MINISTÉRIO DA DEFESA
EXÉRCITO BRASILEIRO
DEPARTAMENTO-GERAL DO PESSOAL
(Diretoria Geral do Pessoal / 1860)
DEPARTAMENTO BARÃO DE SURUHY

PORTARIA Nº 247 - DGP, DE 7 DE OUTUBRO DE 2009.

Aprova as Normas Técnicas sobre as Perícias


Médicas no Exército.

O CHEFE DO DEPARTAMENTO-GERAL DO PESSOAL, no uso das atribuições que lhe


conferem o inciso II do art. 4° do Regulamento do Departamento-Geral do Pessoal (R-
156),aprovado pela Portaria n° 217 – Comandante do Exército, de 22 de abril de 2009, e
pelo inciso III do art. 5º das Instruções Reguladoras das Perícias Médicas no Exército –
IRPMEx (IR 30-33),aprovadas pela Portaria nº 215 - DGP, de 1º de setembro de 2009,

resolve:

Art. 1° Aprovar as Normas Técnicas sobre as Perícias Médicas no Exército, que com esta
baixa.
Art. 2° Determinar que esta Portaria entre em vigor na data de sua publicação.
Art. 3° Revogar as Portarias n° 095 - DGP, de 28 de junho de 2004, 064 – DGP, de 4 de
julho de 2001, 113 – DGP, de 7 de dezembro de 2001, 039 – DGS, de 23 de novembro de
1988 e 112 – DGP, de 6 de dezembro de 2001.

General-de-Exército MAYNARD MARQUES DE SANTA ROSA


Chefe do Departamento-Geral do Pessoal

240
VOLUME X

DAS INSPEÇÕES DE SAÚDE PARA VERIFICAÇÃO DE NEXO CAUSAL

10.2 – INQUÉRITO SANITÁRIO DE ORIGEM

10.2.1 – DEFINIÇÃO
10.2.1.1 O Inquérito Sanitário de Origem (ISO) é a perícia médico-administrativa realizada
para comprovar se a incapacidade física temporária ou definitiva, ou invalidez, constatada
em inspeção de saúde, resulta de:
a. doença aguda ou crônica que tenha sido contraída em ato de serviço;
b. de Acidente em Serviço, caso exista irregularidade insanável no Atestado
de Origem ou este não tenha sido lavrado, mediante justificativa do Cmt/Ch/ Dir; ou
c. doença endêmica.
10.2.1.2 Considera-se doença contraída em ato de serviço a que apresente relação de
causa e efeito com as condições inerentes ao serviço (doença profissional).

10.2.2 – INSTAURAÇÃO
10.2.2.1 O Inquérito Sanitário de Origem (ISO) poderá ser instaurado:
a. a pedido, mediante requerimento do interessado ao Cmt da RM à qual estiver
subordinada a OM a que pertence, contendo toda a documentação prevista no item
10.2.2.2 destas Normas; e
b. ex-officio, por determinação do Comandante do Exército, Chefe do Estado-Maior do
Exército, Comandante de Operações Terrestres, Comandante Militar de Área, Chefe de
Órgão de Direção Setorial, Diretor de Saúde e Comandante de Região Militar.
10.2.2.2 São documentos básicos, essenciais e obrigatórios para a instauração do ISO:
a. requerimento do interessado ou determinação da autoridade competente;
b. cópia da ata de inspeção de saúde expedida por AMP do Sistema de Perícia Médica do
Exército, em que houver sido declarada a incapacidade física temporária ou definitiva;
c. cópia das fichas médica e odontológica;
d. cópia das alterações militares e/ou assentamentos;
e. cópia da documentação médica referente aos atendimentos ambulatoriais e baixas
hospitalares relacionados com a doença ou lesão alegada (se for o caso);
f. cópia do boletim interno que publicou o acidente em serviço ou o ato de serviço do qual
alegadamente depende ou resulta a doença ou lesão que motivou a incapacidade (se for
o caso); e

241
g. cópia do Atestado de Origem (caso este apresente irregularidades insanáveis).
10.2.2.3 O Comandante de Região Militar, após o deferimento para instauração do ISO,
nomeará um médico militar de carreira como encarregado, publicando esta nomeação em
boletim regional.
10.2.2.4 O inquérito sanitário de origem será iniciado após a entrega do processo ao
encarregado, mediante recibo, o que será publicado no boletim interno de sua
organização militar e informado à autoridade que deferiu ou determinou a instauração do
inquérito sanitário de origem.
10.2.2.5 O inquérito sanitário de origem deverá ser concluído no prazo máximo de
sessenta dias, a contar da data de entrega do processo ao encarregado do inquérito.
Quando o inquérito não puder ser concluído no prazo estipulado, o encarregado deverá
solicitar prorrogação à autoridade que o nomeou, a qual poderá concedê-la, por uma
única vez, pelo prazo máximo de vinte dias, publicados em boletim regional e transcrito no
boletim interno da organização militar.
10.2.2.6 O ISO deverá ser obrigatoriamente, homologado pela Diretoria de Saúde,
mediante emissão de Parecer Técnico, portanto após sua conclusão, a RM remeterá o
ISSO para DSau, que após a homologação, o restituirá a RM para produção dos efeitos
administrativos, porventura existentes.

10.2.3 – FORMATAÇÃO
10.2.3.1 Além dos documentos anexados ao processo, o requerente deverá prestar
declarações elucidativas, que serão tomadas a termo, assim como as declarações das
testemunhas, indicadas pelo próprio interessado ou convocadas pelo encarregado do
inquérito.
10.2.3.2 O encarregado poderá solicitar oitiva de profissionais especializados que julgar
conveniente para o esclarecimento do nexo causal.
10.2.3.3 Em suas declarações, o requerente deverá informar em que estabelecimento
hospitalar esteve em tratamento da doença que motivou a incapacidade, declarando a
época e o médico que o assistiu.
10.2.3.4 As testemunhas indicadas pelo interessado, ou outras julgadas necessárias pelo
médico militar encarregado do inquérito, serão arroladas e prestarão depoimento
diretamente ou por carta precatória.
10.2.3.5 Quaisquer documentos ou informações julgados necessários à elucidação de
doença incapacitante poderão ser solicitados pelo encarregado à autoridade competente,
por meio de ofício e anexados ao ISO.

242
10.2.3.6 A todos os inquéritos sanitários de origem serão apensos os documentos
apresentados pelos requerentes, que se refiram ao ato de serviço alegado como tendo
originado as causas de incapacidade física temporária ou definitiva, assim como todos os
que forem solicitados pelo encarregado para fins elucidativos.
10.2.3.7 Concluídas todas as inquirições, pesquisas e diligências julgadas necessárias, o
encarregado do inquérito fará um relatório sucinto de tudo o que houver sido apurado e
redigirá as conclusões finais.
10.2.3.8 O encarregado do Inquérito Sanitário de Origem deve esclarecer as
circunstâncias do ato em serviço que, supostamente, causou a incapacidade, bem como a
influência que tenham exercido as obrigações e deveres militares cumpridos, na origem
da enfermidade que motivou a incapacidade, de modo a confirmar ou negar sua relação
de causa e efeito com o ato ou acidente de serviço.
10.2.3.9 O relatório constará de um resumo de tudo o que foi apurado e da apresentação
das justificativas técnicas das conclusões periciais a que chegou o encarregado.
10.2.3.10 A conclusão final constará do parecer definitivo, no qual o encarregado declara,
de modo seguro e preciso, se há relação de causa e efeito, isto é, se o diagnóstico que
produz a incapacidade do paciente resultou do ato de serviço ou do acidente em serviço,
conforme ficou apurado no inquérito e como consta do relatório.
10.2.3.11 O encarregado do ISO deverá atentar para o contido no Volume XI destas
Normas quando da apuração do nexo causal vinculado à doença profissional.
10.2.3.12 O encarregado do inquérito não deve considerar a doença atual apresentada
pelo requerente, quando está não estiver relacionada ao ato de serviço ou acidente em
serviço.
10.2.3.13 Ao encarregado do inquérito não cabe afirmar a existência ou não de acidente
em serviço.
10.2.3.14 Os Inquéritos Sanitários de Origem serão digitados e todas as folhas do
processo numeradas e rubricadas pelo médico militar encarregado, conforme modelo
constante do Anexo X a estas Normas.
10.2.3.15 As declarações elucidativas prestadas pelo paciente serão por este assinadas
ou a rogo, devendo o encarregado do inquérito apor sua assinatura imediatamente
abaixo.
10.2.3.16 As declarações das testemunhas serão também assinadas por quem às fizer,
apondo o encarregado do inquérito a sua assinatura imediatamente abaixo.

243
10.2.4 – INSPEÇÃO DE SAÚDE DE CONTROLE
10.2.4.1 Concluído o inquérito, o encarregado o encaminhará à autoridade que
determinou a instauração do mesmo, solicitando providências no sentido de que o
interessado seja submetido à Inspeção de Saúde de Controle, ante um MPGu.
10.2.4.2 O diagnóstico e o parecer da Inspeção de Saúde (IS) serão transcritos no
Inquérito Sanitário de Origem, após as “Conclusões Finais”, sob o título “Inspeção de
Saúde de Controle”.
10.2.4.3 O AMP que proceder a IS deverá registrar o(s) diagnóstico(s) por extenso, como
também estabelecer em seus pareceres a relação de causa e efeito que possa existir
entre as condições mórbidas que produzem a incapacidade e/ou invalidez atuais,
resultam de doença adquirida em ato de serviço ou consequente a acidente em serviço,
observando-se as conclusões do encarregado do ISO, e seguindo uma das seguintes
formas de conclusão pericial:
a. “Há relação de causa e efeito entre o estado mórbido atual e as condições inerentes ao
serviço”;
b. Não há relação de causa e efeito entre o estado mórbido atual e as condições inerentes
ao serviço”;
c. “Há relação de causa e efeito entre o estado mórbido atual e o acidente sofrido”; e
d. “Não há relação de causa e efeito entre o estado mórbido atual e o acidente sofrido”.

10.2.5 – OBSERVAÇÕES
10.2.5.1 O inquérito sanitário de origem, após sua homologação pela Diretoria de Saúde,
será remetido pela região militar para a organização militar em que serve ou serviu o
interessado, onde ficará em arquivo permanente, sendo tal fato publicado no boletim
interno da organização militar e transcrito nas alterações do militar, quando o mesmo
encontrar-se no serviço ativo.
10.2.5.2 Do inquérito sanitário de origem será extraída uma cópia, devidamente
autenticada, que será entregue ao interessado, mediante recibo.
10.2.5.3 - Deverá ser observado o prazo de um ano, relativo à prescrição de qualquer
direito à reclamação administrativa, conforme previsto no Art. 6º do Decreto nº 20.910, de
6 de janeiro de 1932, contado da data do ato ou fato do qual a mesma se originar.
10.2.5.4 - Prescrito o prazo, os Comandantes de Região Militar deverão determinar o
arquivamento do requerimento do interessado, por falta de amparo legal.

244
10.3 – VERIFICAÇÃO DE NEXO CAUSAL “POST-MORTEM”
10.3.1 – DEFINIÇÃO
Inspeção de saúde (IS) para verificação de nexo causal post-mortem, é a perícia médica
eventual na qual é verificado se o militar falecido na ativa era portador, naquela data, de
doença que resultaria na sua incapacidade definitiva para o serviço ativo, com total e
permanente impossibilidade para todo e qualquer trabalho (invalidez), de acordo com o
Decreto nº 57.272, de 16 de novembro de 1965, do art. 1º, da Lei n° 5.195/1966,
combinado com a alínea e) do parágrafo 1°, do art. 1°, do Decreto n° 79.917/1977,
combinados com os incisos I, II, III, IV e V do art. 108 e parágrafo 1º, do art. 110, da Lei n°
6.880/1980 e combinados com o art. 22, da Lei n° 3.765/1960, modificada pelo art. 1°, do
Decreto-Lei n° 197/1967 e com o Volume XIV destas Normas. Esta IS é documental.
10.3.2 - PADRÕES E CRITÉRIOS
Nas verificações post-mortem de ex-militares da ativa e ex-servidores civis, que são IS
documentais, o AMP não poderá ater-se somente à causa-mortis registrada na Certidão
de Óbito para constatar a existência de doença invalidante e/ou especificada em Lei ou
acidente em serviço. Para isto o AMP deverá analisar toda a documentação médica
disponível, atual e pregressa, que poderá constar de: prontuário médico, laudo de
necropsia, boletim de atendimento de emergência, laudos anatomopatológicos, laudos
médicos e exames complementares.
É obrigatório, caso exista, anexar, também, ao processo, a Ficha de Evacuação (FE) ou o
DSO, conforme o caso, e, em caso de acidente em serviço, a sindicância que comprovou
sua ocorrência.
10.3.3 – COMPETÊNCIA
A competência para efetuar estas inspeções de saúde, de caráter documental, é do
MPGu.
10.3.4 – FORMAS DE CONCLUSÃO PERICIAL
a. “Há (Não há) relação de causa e efeito entre a doença adquirida em ato de serviço e a
causa mortis”; e
b. “Há (Não há) relação de causa e efeito entre acidente em ato de serviço e a causa
mortis”.

10.3.5 – OBSERVAÇÕES
10.3.5.1 O AMP deverá lançar no campo “Observações” da cópia de AIS, o
enquadramento da condição que produziu a incapacidade do ex-militar, da seguinte
forma: “A doença enquadra-se no inciso ____ do art. 108, da Lei 6.880/1980”. O
enquadramento supracitado refere-se aos seguintes incisos do Art. 108, da Lei 6.880/80:

245
a. O inciso I - ferimento recebido em campanha ou na manutenção da ordem pública;
b. O inciso II - enfermidade contraída em campanha ou na manutenção da ordem pública,
ou enfermidade cuja causa eficiente decorra de uma dessas situações;
c. O inciso III - acidente em serviço;
d. O inciso IV - doença, moléstia ou enfermidade adquirida em tempo de paz, com relação
de causa e efeito a condições inerentes ao serviço;
e. O inciso V - tuberculose ativa, alienação mental, neoplasia maligna, cegueira, lepra,
paralisia irreversível e incapacitante, cardiopatia grave, mal de Parkinson, pênfigo,
espondiloartrose anquilosante, nefropatia grave, Síndrome da Imunodeficiência Adquirida
(SIDA/AIDS) e outras moléstias que a lei indicar com base nas conclusões da medicina
especializada; e
f. O inciso VI – acidente ou doença, moléstia ou enfermidade, sem relação de causa e
efeito a condições inerentes ao serviço.
10.3.5.2 Para a realização desta IS documental, o AMP, após receber e analisar a
documentação pertinente ao caso, emitirá o relatório constante do Anexo AE.

10.4 – ESTABELECIMENTO DE NEXO CAUSAL EM DOENÇAS PROFISSIONAIS


E DO TRABALHO
10.4.1 – NEXO TÉCNICO
É a confirmação por parte da perícia da existência ou não do risco no local de trabalho e a
responsabilidade deste no dano causado ao inspecionado. Refere-se aos aspectos
espacial e temporal da exposição, isto é, onde e quando ocorreu a possível exposição.
10.4.2 – INCAPACIDADE LABORATIVA
É a impossibilidade de desempenho das funções específicas de uma atividade em
consequência de alterações morfopsicofisiológicas provocadas por doença ou acidente. O
risco de vida, para si ou para terceiros, ou de agravamento que a permanência na
atividade possa acarretar, está incluído no conceito de incapacidade, desde que palpável
ou indiscutível. É imprescindível considerar:
a. diagnóstico da doença;
b. tipo de atividade e suas exigências;
c. dispositivos legais pertinentes; e
d. viabilidade de reabilitação funcional.
10.4.3 – ELEMENTOS PARA O RECONHECIMENTO TÉCNICO DO NEXO CAUSAL
Constituem elementos para o reconhecimento técnico do nexo causal pela perícia:
a. a história clínica e ocupacional decisiva em qualquer diagnóstico ou investigação de
nexo causal;

246
b. estudo do local de trabalho;
c. estudo da organização do trabalho;
d. os dados epidemiológicos;
e. a ocorrência de quadro clínico incapacitante em inspecionado exposto a condições
agressivas; e
f. a identificação de riscos físicos, químicos, biológicos, mecânicos, ergonômicos e outros.
10.4.4 – NÃO SÃO CONSIDERADAS DOENÇAS PROFISSIONAIS
Não poderão, em nenhuma hipótese, serem consideras como doenças com relação de
causa e efeito com as condições inerentes ao serviço as:
a. doenças degenerativas;
b. as inerentes ao grupo etário;
c. que não produzem incapacidade laborativa; e
d. doenças epidêmicas.
10.4.5 – DIRETRIZ PARA O ESTABELECIMENTO DE NEXO CAUSAL
Como diretriz básica, a resposta positiva à maioria das questões apresentadas a seguir
auxilia no estabelecimento de relação etiológica ou nexo causal entre doença e trabalho:
a. natureza da exposição: o agente patogênico pode ser identificado pela história
ocupacional e/ou pelas informações colhidas no local de trabalho e/ou de pessoas
familiarizadas com o ambiente ou local de trabalho do inspecionado?
b. especificidade da relação causal e a força da associação causal: o agente patogênico
ou o fator de risco pode estar contribuindo significativamente entre os fatores
causais da doença?
c. tipo de relação causal com o trabalho: de acordo com a Classificação de Schilling, o
trabalho é considerado causa necessária (Tipo I)? Fator de risco contributivo de doença
de etiologia multicausal (Tipo II)? Fator desencadeante ou agravante de doença
preexistente (Tipo III)? No caso de doenças relacionadas ao trabalho, do tipo II, as outras
causas, não ocupacionais, foram devidamente analisadas e hierarquicamente
consideradas em relação às causas de natureza ocupacional?
d. grau ou intensidade da exposição: é compatível com a produção da doença?
e. tempo de exposição: é suficiente para produzir a doença?
f. tempo de latência: é suficiente para que a doença se instale e manifeste?
g. registros anteriores: existem registros quanto ao estado anterior de saúde do
trabalhador? Em caso positivo, esses contribuem para o estabelecimento da relação
causal entre o estado atual e o trabalho?

247
h. evidências epidemiológicas: existem evidências epidemiológicas que reforçam a
hipótese de relação causal entre a doença e o trabalho presente ou pregresso do
inspecionado?
10.4.6 – CLASSIFICAÇÃO DE SCHILLING
Os trabalhadores compartilham os perfis de adoecimento e morte da população em geral,
em função de sua idade, gênero, grupo social ou inserção em um grupo específico de
risco. Além disso, os trabalhadores podem adoecer ou morrer por causas relacionadas ao
trabalho, como consequência da profissão que exercem ou exerceram, ou pelas
condições adversas em que seu trabalho é ou foi realizado. Assim, o perfil de
adoecimento e morte dos trabalhadores resultará da amalgamação desses fatores, que
podem ser sintetizados em quatro grupos de causas (Mendes & Dias, 1999):
a. doenças comuns, aparentemente sem qualquer relação com o trabalho;
b. doenças comuns (crônicas, infecciosas, neoplásicas, traumáticas, etc.) eventualmente
modificadas no aumento da frequência de sua ocorrência ou na precocidade de seu
surgimento em trabalhadores, sob determinadas condições de trabalho. A hipertensão
arterial em motoristas de ônibus urbanos, nas grandes cidades, exemplifica esta
possibilidade;
c. doenças comuns que têm o espectro de sua etiologia ampliado ou tornado mais
complexo pelo trabalho. A asma brônquica, a dermatite de contato alérgica, a perda
auditiva induzida pelo ruído (ocupacional), doenças músculo-esqueléticas e alguns
transtornos mentais exemplificam esta possibilidade, na qual, em decorrência do trabalho,
somam-se (efeito aditivo) ou multiplicam-se (efeito sinérgico) as condições provocadoras
ou desencadeadoras destes quadros nosológicos;
d. agravos à saúde específicos, tipificados pelos acidentes do trabalho e pelas doenças
profissionais. A silicose e a asbestose exemplificam este grupo de agravos específicos.
Os três últimos grupos constituem a família das doenças relacionadas ao trabalho. A
natureza dessa relação é sutilmente distinta em cada grupo. O quadro abaixo resume e
exemplifica os grupos das doenças relacionadas de acordo com a classificação proposta
por Schilling (1984).

CLASSIFICAÇÃO DAS DOENÇAS SEGUNDO SUAS RELAÇÕES COM O TRABALHO


CATEGORIA EXEMPLOS
I – Trabalho como causa necessária Intoxicação por chumbo
Silicose
Doenças profissionais legalmente
reconhecidas

248
II – Trabalho como fator contributivo, Doença coronariana
mas não necessário Doenças do aparelho locomotor
Câncer
Varizes dos membros inferiores

III – Trabalho como provocador de Bronquite crônica


um distúrbio latente, ou agravador de Dermatite de contato alérgica
doença já estabelecida Asma
Doenças mentais

No Grupo I, entre os agravos específicos estão incluídas as doenças profissionais, para


as quais se considera que o trabalho ou as condições em que ele é realizado constituem
causa direta. A relação causal ou nexo causal é direta e imediata. A eliminação do agente
causal, por medidas de controle ou substituição, pode assegurar a prevenção, ou seja,
sua eliminação ou erradicação.
Os outros dois grupos, Schilling II e III, são formados por doenças consideradas de
etiologia múltipla, ou causadas por múltiplos fatores de risco. Nessas doenças comuns, o
trabalho poderia ser entendido como um fator de risco, ou seja, um atributo ou uma
exposição que estão associados com uma probabilidade aumentada de ocorrência de
uma doença, não necessariamente um fator causal (Last, 1995). Portanto, a
caracterização etiológica ou nexo causal será essencialmente de natureza
epidemiológica, seja pela observação de um excesso de frequência em determinados
grupos ocupacionais ou profissões, seja pela ampliação quantitativa ou qualitativa do
espectro de determinantes causais, que podem ser mais bem conhecidos a partir do
estudo dos ambientes e das condições de trabalho.
A eliminação desses fatores de risco reduz a incidência ou modifica o curso evolutivo da
doença ou agravo à saúde.
10.4.7 – ANAMNESE OCUPACIONAL
A anamnese ocupacional faz parte da entrevista médica, que compreende a história
clínica atual, a investigação sobre os diversos sistemas ou aparelhos, os antecedentes
pessoais e familiares, a história ocupacional, hábitos e estilo de vida, o exame físico e a
propedêutica complementar. De acordo com a situação específica, a exploração das
condições de exposição a fatores de risco para a saúde presentes nos ambientes e
condições de trabalho, levantadas a partir da entrevista com o inspecionado, poderá ser
complementada por meio da literatura técnica especializada, da observação direta do

249
posto de trabalho, da análise ergonômica da atividade, da descrição dos produtos
químicos utilizados no processo de trabalho e da respectiva ficha toxicológica obtida
diretamente dos responsáveis pelo processo, tais como o chefe do setor. Um roteiro para
a anamnese ocupacional está apresentado no Anexo Y a estas Normas.
10.4.8 – DOENÇAS RELACIONADAS AO TRABALHO
As doenças relacionadas ao trabalho, legalmente reconhecidas no Brasil, estão
apresentadas no Volume XI destas Normas e, também, poderão ser compulsadas na
publicação “Doenças Relacionadas ao Trabalho – Manual de Procedimentos para os
Serviços de Saúde”, do Ministério da Saúde e Organização Pan-americana de Saúde.

NOTAS:
1. Apenas o Volume X, Seções 10.2, 10.3 e 10.4 da referida Portaria (Pág. 116 a 124);
2. Publicação no BGO nº 157 de 01/07/2014: A Corregedoria-Geral da PMSE deverá
manter em seus arquivos os procedimentos com o tempo de até 05 (cinco) anos e, acima
desse tempo deverá arquivar no Arquivo-Geral da PMSE, bem como deverá digitalizar os
referidos procedimentos visando uma melhor guarda dos mesmos;
3. Publicação no BGO nº 170 de 19/07/2014: O Corregedor-Geral da Polícia Militar do
Estado de Sergipe, no uso de suas atribuições e com Base no Art. 22, § 1° do CPM,
determina aos senhores encarregados que a partir da presente data, todos os
procedimentos deverão ser entregues em 02 (duas) vias, sendo 01 (uma) original
impressa e 01 (uma) cópia digitalizada;
4. Publicação no BGO nº 020 de 29/01/2018: O Corregedor-Geral da Polícia Militar do
Estado de Sergipe determina que os Encarregados observem o rito dos Procedimentos
Administrativos e atentem para o check-list, pois o recebimento dos autos dar-se-á após
esta conferência;
5. Publicação no BGO nº 086 de 03/06/2020: O Ministério público do Estado de Sergipe
recomenda adoção de protocolo interno para preenchimento de informações quanto à
qualificação e localização de pessoas ouvidas em inquéritos policiais e procedimentos
administrativos outros, inserindo nos mesmos: número de telefone fixo ou celular,
WhatsApp, e outros aplicativos similares, à exemplo de instagram, facebook, messenger,
telegrama, e/ou correio eletrônico (e-mail), bem como, outros meios de comunicação e/ou
localização, como telefone de referência ou contato e/ou endereço fixo de algum parente
ou pessoa próxima, ou qualquer outro informe que se entender plausível, no sentido de
proceder a localização da testemunha.

250
INQUÉRITO TÉCNICO

SEPARATA N° 2 AO BE 27/02
NORMAS ADMINISTRATIVAS RELATIVAS À
MANUTENÇÃO (NARMNT)

251
SEPARATA 2 AO BOLETIM DO EXÉRCITO Nº 27/2002
Normas Administrativas Relativas à Manutenção (NARMNT)
Brasília - DF, 5 de julho de 2002

1ª PARTE
LEIS E DECRETOS
Sem alteração

2ª PARTE
ATOS ADMINISTRATIVOS
DEPARTAMENTO LOGÍSTICO

PORTARIA N° 10- D LOG, DE 27 DE JUNHO DE 2002

Aprova as Normas Administrativas Relativas à Manutenção (NARMNT).

O CHEFE DO DEPARTAMENTO LOGÍSTICO, no uso das atribuições constantes do


inciso IX, do art. 11 do capítulo IV da Portaria nº 201, de 2 de maio de 2001 -
Regulamento do Departamento Logístico (R-128), de acordo com a Portaria nº 214, de 3
de maio de 2001 e de acordo com o que propõe a Diretoria de Manutenção, resolve:
Art. 1o Aprovar as Normas Administrativas Relativas à Manutenção (MARMNT), que com
esta baixa.
Art. 2o Determinar que esta Portaria entre em vigor na data de sua publicação.

NOTA
As presentes normas substituem as emitidas anteriormente, referentes aos: Subsistema
de Subsistência (NASS); Material de Intendência (NARMINT); Armamento e Munição
(NARAM - III); Material de Engenharia (NARMENG); Material de Motomecanização
(NARMMOTO - IV); Material de Veterinária (NARMVET); Material de Comunicações e
Eletrônica (NARMCE - I); e Material de Saúde (NARMSAU).
Como consequência de uma nova estrutura logística adotada pelo Exército, estas Normas
estão sujeitas a alterações porvindouras, razão pela qual se solicita aos usuários das
mesmas a apresentação de sugestões que tenham por objetivo aperfeiçoá-las ou que se
destinem à supressão de eventuais incorreções.

252
As observações apresentadas devem conter comentários apropriados para seu perfeito
entendimento ou sua justificação, mencionando-se a página, o parágrafo e a linha do
texto a que se referem.
A correspondência deve ser enviada, por intermédio dos canais de comando, à Diretoria
de Manutenção (DMnt), de acordo com as IG 10-42.

253
INSTRUÇÕES PARA ELABORAÇÃO

1. O IT é um processo sumário, pelo qual o oficial habilitado apura as causas, efeitos e


responsabilidades de avarias em viaturas e outros MEM ocasionadas por acidentes de
trânsito e/ou outras ocorrências. Em quaisquer outros tipos de acidentes ou avarias deve
ser observado o Art. 88 do RAE. É instaurado por ordem do Cmt, Chefe ou Diretor da OM
a que pertencer o equipamento ou “ex-offício”, por autoridade superior àquela.

2. A homologação do IT é da competência dos seguintes escalões:


a. da RM - quando se tratar de material não controlado; e
b. da DMnt - quando se tratar de material controlado.

3. A nomeação de escrivão não é impositiva.

4. As folhas do processo serão colocadas em ordem cronológica, numeradas e


rubricadas.

5. São documentos básicos para instauração e início do IT:


a. Portaria da nomeação para proceder ao IT;
b. Cópia do documento que o motivou;
c. Ficha de Acidente e Laudos Periciais; e
d. Ficha de Serviço, se for o caso.
Obs: Quaisquer informações ou documentos julgados úteis poderão ser solicitados
e juntados ao IT.

6. O encarregado do IT deverá apresentar suas conclusões no prazo de 30 (trinta) dias


corridos, prorrogável uma única vez, pela autoridade que determinou sua instauração, por
mais 10 (dez) dias corridos.

7. Concluído o IT, o encarregado o encaminhará, por meio de ofício, à autoridade que


determinou sua instauração. Esta autoridade, dentro do prazo de 08 (oito) dias, a contar
da data de recebimento dos autos, lavrará a solução, remetendo-os, em seguida, ao
escalão competente, para homologação.

254
8. Os prejuízos somente serão imputados à União nos seguintes casos:
a. quando plenamente configurada a falha técnica ou motivo de força maior de acordo
com o Art. 147 do R-3;
b. quando o responsável e/ou operador do material ou equipamento agir dentro das
prescrições dos manuais e normas do D Log/DMnt; e
c. quando houver o falecimento do responsável pelo acidente.

9. Os encarregados do IT poderão abrir qualquer órgão do equipamento para exame


pericial, podendo solicitar a cooperação de escalão superior, se for o caso.

10. Para a conclusão do IT, as causas dos acidentes devem ser classificadas como
técnicas ou pessoais.
a. Causas Técnicas
Como causas técnicas de acidente devem ser consideradas apenas as inerentes a
defeitos do material, alheias à responsabilidade do operador, ou do pessoal encarregado
da manutenção, tais como:
1) defeitos de fabricação em peças, conjuntos ou órgãos que não tenham sido
constatados anteriormente;
2) defeitos de natureza imprevisível ou inevitável em peças, conjuntos ou órgãos; e
3) ruptura, quebra, afrouxamento ou perda de qualquer parte, quando imprevisível.
b. Causas Pessoais
Como causas pessoais, considerar as seguintes:
1) deficiência de manutenção de qualquer escalão;
2) imperícia, imprudência ou negligência;
3) emprego de qualquer equipamento sem as necessárias inspeções previstas nos
manuais e boletins técnicos;
4) falta de habilitação específica para operar equipamentos; e
5) responsabilidade de terceiros no acidente.

11. As causas técnicas devidamente comprovadas eximirão de culpa, ao passo que as


causas pessoais implicarão em culpa por parte do responsável ou responsáveis.
Obs: Circunstâncias eventuais como condições atmosféricas, ambientais e outras não
eximirão de culpa o responsável caso fique comprovado que este agiu com imperícia,
imprudência ou negligência.

255
12. O encarregado do IT deverá ser Oficial com o curso de especialização correspondente
ao MEM, objeto do IT.
a. Na falta absoluta de oficial habilitado na guarnição, deve ser designado um oficial com
assessoramento técnico de um graduado especializado no respectivo MEM, objeto do IT.
b. Caso a UA não possua, também, graduado especialista, solicitará ao escalão superior
a designação de um oficial ou graduado habilitado, justificando o motivo.

256
INQUÉRITO TÉCNICO

1. TERMO DE ABERTURA
Aos ........ dias do mês de ................... do ano de dois mil e ....................... iniciando o IT,
determinado pela Portaria Nr ............., de ................ do Sr ............................, verifiquei a
cópia da parte (ou outro documento) que acompanhou a citada Portaria, para adoção das
providências decorrentes.

2. INSPEÇÃO
Aos .......... dias compareci ao .................. (local onde se encontra o equipamento)
acompanhado pelo operador/responsável do/pelo (Eqp), a fim de proceder à inspeção.

3. IDENTIFICAÇÃO DO MATERIAL
Nomenclatura, NEE, EB, tipo, marca, modelo, ano de fabricação, Nr de série ou de
chassi, fornecedor, valor de inclusão em carga, data, horas de funcionamento e/ou
quilometragem.

4. AVARIAS
Descrever sucintamente cada uma das avarias observadas.

5. CUSTOS DE MANUTENÇÃO
Avalio os danos causados em R$ ... ( ....), e sou de parecer que a recuperação pode ser
procedida pelo (Esc Mnt).

6. DECLARAÇÕES
Do Operador:
Aos ............ dias do mês de ............................... do ano de 20 ......., foi por mim ouvido o
Sr ........................................ operador do equipamento anteriormente citado, habilitado a
operá-lo de acordo (documento comprobatório), fornecido por (entidade que o forneceu),
o qual disse:
................................................................................................................................................
................................................................................................................................................
................................................................................................................................................
................................................................................................................................................
................................................................................................................................................
................................................................................................................................................

257
Das Testemunhas (em princípio três):
Aos ........ dias do mês de ..................... do ano de 20......., foi por mim ouvida a primeira
testemunha do ocorrido, (nome da testemunha) identidade ......................... expedida por
(entidade que expediu), a qual disse: ...........................................................
................................................................................................................................................
................................................................................................................................................
................................................................................................................................................
.....................
Idem para as demais testemunhas.

7. RECONSTITUIÇÃO
Aos ...... dias do mês de .................. do ano de 20 ........, compareci ao local do acidente,
onde procedi ao exame do local e do equipamento, tendo confrontado os documentos
anexos com as declarações do operador/ responsável e das testemunhas, realizei a
reconstituição da ocorrência, a qual passo a relatar:
................................................................................................................................................
................................................................................................................................................
................................................................................................................................................
................................................................................................................................................
............................

8. CAUSA(S) DA(S) AVARIA(S)


a. Causa pessoal (discriminar a imprudência, negligência ou imperícia do operador, se for
o caso).
b. Causa técnica (discriminar, quando for o caso).

9. CONCLUSÃO
Pelo exposto, sou de parecer que as avarias foram determinadas por causas pessoais,
com exclusiva responsabilidade do (operador e/ou outros) e/ou foram determinadas por
causas técnicas e, nada mais havendo a constar, encerro o presente IT, o qual será
remetido ao (autoridade que o determinou) para que se produzam os efeitos legais.

Quartel em ................. de ........................... de 20 .......

___________________________
Oficial encarregado do IT

258
OF DE REMESSA DE IT

(Local e data)
Do
Ao Sr (autoridade que houver determinado o IT)
Assunto: Remessa de IT
Ass.: Processo com FI.

Remeto-vos para fins de solução, o Inquérito Técnico anexo, a que procedi, conforme
determinação constante na Portaria.

_______________________
Oficial encarregado do IT

SOLUÇÃO DE INQUÉRITO TÉCNICO

Pelas conclusões a que chegou o encarregado do Inquérito Técnico, instaurado para


apurar as causas e efeitos das avarias sofridas pelo/ a (identificação do Eqp), verifica-se
que o acidente foi ocasionado por causas pessoais, cabendo à responsabilidade ao
operador e/ou outros (ou foi ocasionado por causas técnicas), pelo que resolvo:
a. seja o Eqp reparado/recuperado na OM (recolhido ao órgão de Mnt ou descarregado);
b. imputar os prejuízos no valor de R$ ............... (...........................................) ao
................................ ......................................... (ou à União);
c. remeter o IT ao Sr Cmt/Dir; e
d. publicar a presente solução em Boletim Interno.

________________________________
Cmt, Ch ou Dir

Publicado no Adt ao BI Nr _______, de ____/____/20_____

_________________________
Fisc Adm

259
NOTAS:
1. Publicação no BGO nº 157 de 01/07/2014: A Corregedoria-Geral da PMSE deverá
manter em seus arquivos os procedimentos com o tempo de até 05 (cinco) anos e, acima
desse tempo deverá arquivar no Arquivo-Geral da PMSE, bem como deverá digitalizar os
referidos procedimentos visando uma melhor guarda dos mesmos;
2. Publicação no BGO nº 170 de 19/07/2014: O Corregedor-Geral da Polícia Militar do
Estado de Sergipe, no uso de suas atribuições e com Base no Art. 22, § 1° do CPM,
determina aos senhores encarregados que a partir da presente data, todos os
procedimentos deverão ser entregues em 02 (duas) vias, sendo 01 (uma) original
impressa e 01 (uma) cópia digitalizada;
3. Publicação no BGO nº 020 de 29/01/2018: O Corregedor-Geral da Polícia Militar do
Estado de Sergipe determina que os Encarregados observem o rito dos Procedimentos
Administrativos e atentem para o check-list, pois o recebimento dos autos dar-se-á após
esta conferência;
4. Publicação no BGO nº 086 de 03/06/2020: O Ministério público do Estado de Sergipe
recomenda adoção de protocolo interno para preenchimento de informações quanto à
qualificação e localização de pessoas ouvidas em inquéritos policiais e procedimentos
administrativos outros, inserindo nos mesmos: número de telefone fixo ou celular,
WhatsApp, e outros aplicativos similares, à exemplo de instagram, facebook, messenger,
telegrama, e/ou correio eletrônico (e-mail), bem como, outros meios de comunicação e/ou
localização, como telefone de referência ou contato e/ou endereço fixo de algum parente
ou pessoa próxima, ou qualquer outro informe que se entender plausível, no sentido de
proceder a localização da testemunha.

260
PROCEDIMENTO ADMINISTRATIVO DE
APURAÇÃO ESPECIAL (PAAE)

PORTARIA Nº 007/01-GCG DE 12 DE DEZEMBRO


DE 2001

261
POLÍCIA MILITAR DO ESTADO DE SERGIPE
QUARTEL DO COMANDO GERAL
GABINETE DO COMANDO GERAL

PORTARIA Nº 007/01- GCG DE 12 DE DEZEMBRO DE 2001

Aprova as Normas para Elaboração de


Procedimento Administrativo de Apuração
Especial (PAAE), na PMSE, e dá outras
providências.

O COMANDANTE GERAL DA POLÍCIA MILITAR DO ESTADO DE SERGIPE, no uso de


suas atribuições que lhe são conferidas nos termos do inciso III, art. 17 da Lei nº 3.669,
de 07 de novembro de 1995, e objetivando estabelecer e normatizar um procedimento
único para apurar o ato de bravura, a invalidez e o falecimento do militar, ocorridos em
situações das quais resulte direito de promoção, de constituição de pensão especial ou de
percepção de seguro de vida, tendo em vista o que dispõe o art. 77-A da Lei nº 2.241, de
18/12/1979, introduzido pela Lei nº 4.286, de 04/09/20001; a Lei nº 2.101, de 11/10/1977,
regulamentada pelo Decreto nº 3.874, de 15/12/1977; o Decreto nº 3.974, de 09/03/1978;
e a Lei nº 2.154, de 15/05/1978, regulamentada pelo Decreto nº 4.149, de 06/10/1978,

RESOLVE:

Art. 1º. Aprovar e mandar adotar, no âmbito da Polícia Militar do Estado de Sergipe, as
Normas para Elaboração de Procedimento Administrativo de Apuração Especial (PAAE),
que com esta baixa.
Art. 2º. Esta Portaria entra em vigor na data de sua publicação.
Art. 3º. Ficam revogadas as disposições em contrário, especialmente a Portaria nº 001/00-
GCG, de 09/08/20002.

Aracaju/SE, 12 de dezembro de 2001

Pedro Paulo da Silva – Cel PM


Comandante Geral da PMSE

262
NORMAS PARA ELABORAÇÃO DE PROCEDIMENTO ADMINISTRATIVO DE
APURAÇÃO ESPECIAL

CAPÍTULO I
Da Conceituação e Finalidade

Art. 1º. O Procedimento Administrativo de Apuração Especial (PAAE) consiste em um


feito instaurado nas seguintes situações:
I – para apurar atos não comuns de coragem e audácia que, ultrapassando os limites
normais do cumprimento do dever, representem feitos indispensáveis ou úteis às
operações policiais militares, pelos resultados alcançados ou pelo exemplo positivo deles
emanado, a fim de se conceder a conseqüente promoção por ato de bravura;
II – para apurar o falecimento do militar no cumprimento do dever ou em decorrência
desse cumprimento, a fim de se efetivar a conseqüente promoção “post mortem”;
III – com o intuito de se conceder o seguro de vida, em caso de morte ou invalidez do
militar, ocorridas nas seguintes circunstâncias:
a) por fato relacionado, mediata ou imediatamente, com as atribuições do cargo, ainda
que ocorrido em horário ou local diverso daquele determinado para o exercício de suas
funções;
b) em decorrência de agressão sofrida, não provocada pelo militar, no exercício regular de
suas atribuições funcionais;
c) por situação ocorrida no percurso da residência para o trabalho ou vice-versa, desde
que ligada diretamente à atividade exercida;
d) em treinamento; e
e) em represália, por sua condição de policial.
IV – com a finalidade de se constituir a pensão especial, em caso de falecimento do militar
em conseqüência de acidente verificado no desempenho de suas funções ou no estrito
cumprimento do dever legal, considerando-se como tais os seguintes:
a) evento danoso que resulte de causa extrema - imprevista ou fortuita – determinando,
mediata ou imediatamente, a morte do militar.
b) agressão sofrida e não provocada pelo militar no exercício de suas atribuições;
c) morte presumida pelo desaparecimento do militar quando em serviço, assim declarada
por decisão judicial e enquanto perdurar o seu desaparecimento.

263
CAPÍTULO II
Da Instauração

Art. 2º. O Comandante Geral da PMSE, ao tomar conhecimento do fato enquadrado em


um dos incisos I a IV do art. 1º desta Portaria, deverá, no prazo de 05 (cinco) dias,
instaurar mediante portaria o Procedimento Administrativo de Apuração Especial (PAAE),
com a conseqüente publicação em BGO.
§ 1º. Os comandantes, chefes ou diretores imediatos do militar, ao tomarem
conhecimento dos fatos motivadores da instauração do PAAE, deverão comunicá-los
imediatamente ao Comandante Geral.
§ 2º. O próprio militar ou os seus dependentes poderão impetrar requerimento ao
Comandante Geral, solicitando a instauração do PAAE.

CAPÍTULO III
Do Encarregado

Art. 3º. Poderão ser designados, como encarregados do PAAE, os Oficiais, Aspirantes-a-
Oficial e, em casos de absoluta necessidade, Subtenentes, todos da ativa e com
antiguidade superior à do militar que será apreciado no Procedimento.
§ 1º. Poderão ainda ser designados, como encarregados do PAAE, Sargentos da ativa,
desde que possuam graduação de nível superior em ciências jurídicas, e tenham
antiguidade superior à do militar que será apreciado no Procedimento.
§ 2º. Não poderão ser designados como encarregados do PAAE:
I – as pessoas que tenham entre si com o policial militar apreciado parentesco
consangüíneo ou afim, na linha reta ou até o quarto grau de consangüinidade colateral ou
de natureza civil;
II – a pessoa que se der, justificadamente por suspeito, ou, se não o fizer, que tiver o seu
impedimento constatado através de manifestação de terceiros.
§ 3º. O encarregado do PAAE poderá solicitar da autoridade delegante um escrevente
para elaborar, como encargo, os trabalhos datilográficos do Procedimento.
§ 4º. A designação do escrevente deverá ser publicada em Boletim Geral Ostensivo.

264
CAPÍTULO IV
Dos Procedimentos e das Formalidades

Art. 4º. O PAAE será composto dos procedimentos abaixo especificados, devendo o seu
encarregado, conforme o caso, empreender as diligências julgadas necessárias para a
elucidação do fato, observando-se a seguinte sequência de documentos e providências:
I – portaria de designação do Encarregado;
II – autuação dos documentos que deram origem ao Procedimento;
III – lavratura do termo de abertura;
IV – notificação das pessoas envolvidas para prestação de depoimentos e declarações;
V – inquirição das testemunhas e coleta das declarações das pessoas que presenciaram
o fato;
VI – coleta das declarações das partes interessadas à habilitação como beneficiários,
atendida a condição de capacidade, devendo constar, entre outras informações julgadas
cabíveis, as seguintes:
a) se os cônjuges não eram separados, de direito ou de fato;
b) se a viúva ou companheira permanece em estado de viuvez e/ou não é mantida por
concubinário;
c) se os filhos menores e as filhas permanecem no estado civil de solteiro;
d) se os filhos menores não possuem recursos suficientes para a sua manutenção,
provenientes de seu trabalho.
VII – juntada de documentação complementar, a ser fornecida pela parte interessada, tais
como:
a) certidão de casamento civil/documento comprobatório de união estável;
b) certidão de registro civil de nascimento de filhos;
c) certidão de decisão judicial prolatada em processo de separação ou divórcio, transitada
em julgado;
d) atestado de autoridade judiciária ou policial comprobatório de ausência de culpa da
viúva ou companheira de ter dado causa à separação, se for ocaso;
e) cópia dos 02 (dois) últimos demonstrativos de pagamento ou declaração das fontes
pagadoras sobre o valor do vencimento ou proventos do militar falecido;
f) certidão de óbito do militar;
g) atestado de invalidez de beneficiário, na forma prevista.
VIII – anexação do parecer da junta médica da Corporação sobre a situação de saúde do
militar;

265
IX – juntada de outros documentos necessários à comprovação de que o evento, ora em
apuração, autorize a respectiva promoção ou tenha causado a invalidez, ou o óbito, nas
circunstâncias previstas para a concessão dos respectivos direitos, conforme legislações
pertinentes.
X – providências para a realização de exames e perícias necessários ao esclarecimento
do fato;
XI – análise minuciosa de todos os fatos apurados, para que estes ofereçam ao
encarregado elementos necessários à formulação da sua conclusão, através de relatório.
XII – lavratura do termo de encerramento.
§ 1º. Os documentos supracitados devem ser colocados em ordem cronológica, reunidos
em um só feito, costurado nos mesmos moldes da Sindicância.
§ 2º. Todos os atos do PAAE deverão ser datilografados ou digitados, só podendo ser
manuscritos nos casos de absoluta e comprovada necessidade.
§ 3º. Quando o PAAE for datilografado deverão ser utilizados espaços dois, quando for
digitado, espaços um e meio.
§ 4º. O encarregado do PAAE, em cada folha utilizada, deverá deixar uma margem à
esquerda de 05 (cinco) centímetros e à direita de 02 (dois) centímetros.
§ 5º. Todos os documentos e peças que efetivamente compõem o PAAE serão
seqüencialmente numerados e rubricados pelo encarregado, no campo superior direito, a
partir da autuação, inclusive.
§ 6º. O encarregado do PAAE deverá anular as laudas que não forem usadas, colocando,
no centro das mesmas e em diagonal, a expressão “EM BRANCO.”
§ 7º. As eventuais correções necessárias deverão ser feitas de forma que não
possibilitem a interpretação da existência de adulterações, não podendo ser feitas com
rasuras, borrões ou aplicação de tinta corretiva.
§ 8º. O encarregado do PAAE deverá utilizar uma linguagem clara, compreensível e
simples, sem abuso dos adjetivos desnecessários e das divagações.
§ 9º. O PAAE será elaborado em três vias, que serão encaminhadas ao Comandante
Geral da PMSE.
§ 10. Poderão ser juntados ao Procedimento documentos sob forma de fotocópias, que
deverão ser autenticadas pelo encarregado, a vista dos originais, se não tiverem sido pelo
tabelião competente.

266
CAPÍTULO V
Dos Prazos

Art. 5º. O prazo para a conclusão do PAAE é de 15 (quinze) dias úteis, a contar da data
do recebimento dos documentos que lhe deram origem.
§ 1º. Este prazo poderá ser prorrogado por mais 10 (dez) dias úteis, cujo pedido deve ser
formulado à autoridade delegante, em tempo oportuno, de modo a ser atendido antes do
término do prazo regular.
§ 2º. Quando houver substituição de encarregado, o prazo será reiniciado com direito à
prorrogação.

CAPÍTULO VI
Dos Beneficiários do Militar

Art. 6º. São beneficiários do policial militar para efeito de pensão especial:
I – o cônjuge sobrevivente;
II – os filhos enquanto incapazes;
III – a companheira mantida mais de cinco anos pelo militar falecido, ou que com ele
tenha filho em comum, qualquer que seja o tempo;
IV – os pais economicamente dependentes do servidor;
V – os irmãos órfãos, se incapazes;
VI – outros previsto em lei.
Art. 7º. São beneficiários do policial militar para feito de seguro de vida:
I – o cônjuge/companheira(o);
II – os filhos menores de 21 (vinte e um) anos, ou inválidos ou interditos;
III – filha solteira, desde que não receba remuneração;
IV – filho estudante menor de 24 (vinte e quatro) anos, desde que não receba
remuneração;
V – mãe viúva, desde que não receba remuneração;
VI – enteados, adotivos e tutelados, nas mesmas condições dos incisos II, III e IV do
“caput” deste artigo.
Parágrafo único. São ainda considerados dependentes do policial militar para fins do
“caput” deste artigo, desde que vivam sob sua dependência econômica, sob o mesmo teto
e quando expressamente declarados na PMSE:
I – filha, enteada e tutelada, viúva, separadas judicialmente ou divorciadas, desde que
não recebam remuneração;

267
II – mãe solteira, madrasta viúva, sogra viúva ou solteira, bem como separadas
judicialmente ou divorciadas, desde que, em quaisquer dessas situações, não recebam
remuneração;
III – avós e pais quando inválidos ou interditos;
IV – pais maiores de 60 (sessenta) anos, desde que não recebam remuneração;
V – irmãos, cunhados e sobrinhos, quando menores ou inválidos ou interditos, sem outro
arrimo;
VI – irmã, cunhada e sobrinha, solteiras, viúvas, separadas judicialmente ou divorciadas,
desde que não recebam remuneração;
VII – netos, órfãos, menores ou inválidos ou interditos;
VIII – pessoa que viva sob sua exclusiva dependência econômica, no mínimo há 05
(cinco) anos, comprovados mediante justificação judicial.
Art. 8º. Se existir beneficiário por invalidez, esta será declarada por serviço médico oficial,
obedecendo-se a Classificação Internacional de Doenças (CID) e reavaliada nos prazos
fixados pela perícia médica.

CAPÍTULO VII
Do Comparecimento de Pessoas

Art. 9º. Os policiais militares e os funcionários civis em atividade na Corporação serão


intimados, mediante ofício, através do seu comandante ou chefe imediato, e as demais
pessoas serão notificadas, para comparecerem aos atos referentes ao Procedimento.
Parágrafo único. Quando, regularmente intimado ou notificado, algum dos envolvidos não
comparecer, o encarregado do PAAE, certificando-se dos motivos do não
comparecimento, expedirá novo ofício, se for o caso, sem prejuízo de outras providências
julgadas cabíveis. Persistindo o não comparecimento, registrará tal fato nos autos.

CAPÍTULO VIII
Da Oitiva dos Envolvidos

Art. 10. O encarregado do PAAE deverá ouvir quantas pessoas forem necessárias para
melhor esclarecer os fatos.
§ 1º. A oitiva de pessoas, exceto em caso de urgência inadiável, deve ser realizada
durante o dia, no período das sete às dezoito horas.

268
§ 2º. A testemunha não poderá ser ouvida por mais de 04 (quatro) horas consecutivas,
sendo-lhe facultado um descanso de meia hora, sempre que houver necessidade de
ultrapassar este tempo.
§ 3º. Quando houver necessidade de novamente ouvir alguma testemunha, o
encarregado do PAAE formalizará o ato em termo de reinquirição.
§ 4º. Caso alguma das pessoas ouvidas não saiba ou não possa assinar o termo, o
encarregado do PAAE deverá providenciar uma pessoa idônea para assistir ao seu
depoimento e posteriormente assiná-lo, “a rogo”, juntamente com mais duas testemunhas,
fazendo constar esta ocorrência no final do termo.

CAPÍTULO IX
Da Conclusão e da Remessa

Art. 11. O PAAE será concluído com um minucioso relatório, dividido em introdução,
exposição e conclusão, contendo todos os atos praticados pelo encarregado, a síntese do
desenvolvimento dos trabalhos e a análise das provas apuradas, constando, entre outros,
os seguintes dados:
I – descrição das diligências efetuadas pelo encarregado;
II – descrição sumária do fato, consoante às provas carreadas aos autos do
Procedimento;
III – direito (ou não) à promoção por ato de bravura ou “post mortem”, ao seguro de vida e
à pensão especial, quer isolada ou cumulativamente;
IV – relação de beneficiários habilitados legalmente, com a indicação de forma de
pagamento integral à viúva ou por cotas divididas entre ela e outros beneficiários, fazendo
juntada dos respectivos requerimento, se for o caso.
Parágrafo único. Após lavrar o termo de encerramento, o encarregado, através de ofício,
remeterá o PAAE à autoridade delegante.

CAPÍTULO X
Da Solução

Art. 12. O Comandante Geral, após receber o PAAE, em três vias, terá o prazo de 05
(cinco) dias para solucioná-lo através da Corregedoria de Polícia Militar, homologando ou
não a conclusão do encarregado, devendo, de forma justificada, adotar as seguintes
providências:

269
I – determinar o arquivamento do Procedimento, na PM/1, se não constatar nenhum
direito a ser concedido;
II – verificando a existência de um direito a ser concedido, encaminhar as três vias do
Procedimento à PM/1, para que aquela Seção de Pessoal adote as providências cabíveis,
tais como:
a) adoção das medidas referentes à promoção por ato de bravura ou “post mortem”, e
arquivamento na pasta funcional do militar envolvido;
b) encaminhamento de uma do Procedimento à SEAD para pagamento do seguro de
vida;
c) encaminhamento de outra via do Procedimento à PGE para emissão de parecer, em
caso de parecer favorável à concessão da pensão especial, remeter-se-á à Casa Civil
para a expedição do Decreto.
Art. 13. A decisão final proferida no PAAE pela autoridade delegante, depois de publicada
em BGO, deve ser comunicada às partes interessadas.

CAPÍTULO XI
Das Disposições Finais

Art. 14. Na confecção do PAAE deverão ser observados os modelos de documentos,


constantes do anexo único destas Normas.
Art. 15. O encarregado do PAAE deverá inteirar-se de todo o conteúdo do art. 77-A da Lei
nº 2.241, de 18/12/1979, introduzido pela Lei nº 4.286, de 04/09/2000; da Lei nº 2.101, de
11/10/1977, regulamentada pelo Decreto nº 3.874, de 15/12/1977; do Decreto nº 3.974,
de 09/03/1978; e da Lei nº 2.154, de 15/05/1978, regulamentada pelo Decreto nº 4.149,
de 06/10/1978, particularmente quanto aos seguintes aspectos:
I – o caráter provisório da pensão especial concedida por morte presumida pelo
desaparecimento do agente, que se extinguirá com o aparecimento deste ou perderá o
caráter provisório, efetivando-se, declarada definitiva a sucessão do militar;
II – a obrigatoriedade de apresentação pelos beneficiários, anualmente, de declaração
relativa à permanência do caráter presumido da morte do militar;
III – o valor da pensão especial corresponderá ao, do vencimento recebido pelo militar
falecido em serviço e será atualizado a todo aumento concedido a ocupante de cargo,
posto ou graduação de igual categoria;
IV – a possibilidade de divisão de cotas, cabendo à metade ao cônjuge ou companheira
(se houver) e a outra metade, em partes iguais, aos demais beneficiários, mediante

270
requerimento para a divisão. Inexistindo cônjuge ou companheira, a pensão será paga
aos demais beneficiários em cotas iguais.
V – a reversão de cota devida a beneficiário, que vier a falecer, casar ou cessar sua
incapacidade, será dividida entre os demais beneficiários.
Art. 16. Estas Normas entram em vigor na data de sua publicação.
Art. 17. Revogam-se as disposições em contrário, especialmente, a Portaria nº 001/00-
GCG, de 09/08/2000.

Aracaju-SE, 12 de dezembro de 2001

Pedro Paulo da Silva – Cel PM


Comandante Geral da PMSE

271
ANEXO ÚNICO
MODELOS DE FORMULÁRIOS

MODELO Nº 01 - CAPA E AUTUAÇÃO

POLÍCIA MILITAR DO ESTADO DE SERGIPE


(GRANDE COMANDO OU SUBORDINAÇÃO)

(UNIDADE)

PROCEDIMENTO ADMINISTRATIVO DE APURAÇÃO ESPECIAL

Encarregado: .....(grau hierárquico, nome, RG e OPM)


Militar Apreciado:.....(grau hierárquico, nome, RG e OPM)

AUTUAÇÃO

Aos...(por extenso)...dias do mês de .............. do ano de...(por extenso)..., nesta cidade


de...(cidade/Estado)..., no Quartel do...(OPM onde funciona o PAAE)..., autuo a portaria
nº...(nº e data da portaria de designação)..., expedida pelo Sr....(função da autoridade
delegante).., e demais documentos que me forem entregues. Do que, para constar, lavro
o presente termo, Eu, ...(nome e grau hierárquico)..., encarregado do PAAE, o
datilografei/digitei (ou mandei datilografar/digitar) e assino.

(nome e grau hierárquico)


Encarregado do PAAE

___________________________________________________________________
01. COMENTÁRIO
A autuação consiste na transformação dos documentos de origem do PAAE em autos.
Normalmente, o encarregado já a recebe impressa, necessitando apenas preencher as
lacunas.
Esta será sempre a primeira folha do PAAE, servindo-lhe de capa. Esta, por sua vez,
preferencialmente, será de material duro.

272
MODELO Nº 02 - TERMO DE ABERTURA

POLÍCIA MILITAR DO ESTADO DE SERGIPE

(GRANDE COMANDO OU SUBORDINAÇÃO)


(UNIDADE)

TERMO DE ABERTURA

Aos...(por extenso)...dias do mês de .............. do ano de...(por extenso)..., nesta cidade


de...(cidade/Estado)..., no Quartel do...(OPM)..., dou por aberto os trabalhos atinentes ao
PAAE. Do que, para constar, lavro o presente termo, Eu, ...(nome e grau hierárquico)...,
encarregado do PAAE, o datilografei/digitei (ou mandei datilografar/digitar) e assino.

(nome e grau hierárquico)


Encarregado do PAAE

02. COMENTÁRIO
O Termo de Abertura é efetivamente o documento que dá início aos trabalhos do PAAE.
Ele deve, obrigatoriamente, seguir em data à portaria. Após a capa, esta é a primeira
peça ou auto do Procedimento.

273
MODELO Nº 03 - PORTARIA

POLÍCIA MILITAR DO ESTADO DE SERGIPE

(GRANDE COMANDO OU SUBORDINAÇÃO)


(UNIDADE)

Portaria nº ..../(ano)-(órgão expedidor)

Instauração de Procedimento Administrativo de


Apuração Especial (PAAE).

O Sr.....(função da autoridade delegante).., no uso de suas atribuições estabelecidas no


art. 2º das Normas para Elaboração de Procedimento Administrativo de Apuração
Especial (PAAE), aprovadas pela Portaria nº ___/___-GCG, de ___ de _______ de ____,

RESOLVE:

Designar o...(grau hierárquico, nome, RG e OPM)...para proceder a um PAAE


sobre os fatos narrados no...(citar os documentos de origem), delegando-lhe para este fim
as atribuições que me competem.

(nome e grau hierárquico)


(função da autoridade designante)

___________________________________________________________________
03. COMENTÁRIO
A portaria é o documento que dá ao encarregado o suporte legal, para realizar os
trabalhos do PAAE. Ela deve ser entregue ao encarregado, juntamente, com os
documentos de origem.

274
MODELO Nº 04 - OFÍCIO DE INTIMAÇÃO

POLÍCIA MILITAR DO ESTADO DE SERGIPE

(GRANDE COMANDO OU SUBORDINAÇÃO)


(UNIDADE)

Ofício nº ..../(ano)-PAAE. Local e data


Assunto: Intimação de policial militar.

Senhor (a)...(cargo do destinatário)...,

Visando instruir os autos do Procedimento Administrativo de Apuração Especial,


instaurado por determinação do...(função da autoridade delegante)..., através da Portaria
nº...(nº e data da portaria de designação)..., solicito a V. Sª. a apresentação do...(grau
hierárquico, nº, nome e RG do PM ou funcionário civil da Corporação), para ser ouvido
às...hora, do dia ......data, no ......local da audição.

Atenciosamente.

(nome, grau hierárquico e RG)


Encarregado do PAAE

A(o) Ilmo(a). Sr.(a).


(grau hierárquico e nome do destinatário)
(função do destinatário)

Rodapé (Endereço da unidade, e-mail e telefone)

___________________________________________________________________
04. COMENTÁRIO
A intimação deve conter, obrigatoriamente, o local, o dia e o horário, onde o intimado deve
comparecer. A pessoa, que receber este ofício, ficará com a 1ª via, passando recibo na 2ª
via que ficará com o encarregado do PAAE.
275
MODELO Nº 05 - OFÍCIO DE NOTIFICAÇÃO

POLÍCIA MILITAR DO ESTADO DE SERGIPE

(GRANDE COMANDO OU SUBORDINAÇÃO)


(UNIDADE)

Ofício nº ..../(ano)-PAAE. Local e data


Assunto: Notificação.

Ilmo(a) Senhor(a),

Objetivando esclarecer os autos do Procedimento Administrativo de Apuração Especial,


instaurado por determinação do...(função da autoridade delegante)..., através da Portaria
nº...(nº e data da portaria de designação)..., notifico-lhe para comparecer às...(hora, data e
local da audição)..., a fim de prestar esclarecimentos a respeito dos fatos.

Atenciosamente.

(nome, grau hierárquico e RG)


Encarregado do PAAE

A(o) Ilmo(a). Sr(a).


(nome do notificado)

Rodapé ( Endereço da unidade, telefone e e-mail)

___________________________________________________________________________
05. COMENTÁRIO
Os mesmos referentes ao ofício de intimação.
276
MODELO Nº 06 - TERMO DE DECLARAÇÕES

POLÍCIA MILITAR DO ESTADO DE SERGIPE

(GRANDE COMANDO OU SUBORDINAÇÃO)


(UNIDADE)

TERMO DE DECLARAÇÕES

Aos...(por extenso)...dias do mês de .............. do ano de...(por extenso)..., nesta cidade


de...(cidade/Estado)..., na...(seção)..., do...(OPM)..., às...(horário)..., compareceu o
Sr(a)....(nome do declarante)..., RG...(nº e órgão expedidor)..., natural de...(Município e
Estado)..., nascido em...(data de nascimento)..., filho de...(filiação)..., residente
na...(endereço completo)..., profissão....., o qual, na presença deste encarregado, a
respeito dos fatos que deram origem ao presente PAAE, passou a declarar o seguinte:
Que...(registrar as declarações)......; Como não mais disse, passou a responder as
seguintes perguntas: ......(prosseguir com as perguntas pertinentes);..... E como não mais
disse nem lhe foi perguntado, dou por encerrado o presente termo, o qual
datilografei/digitei (ou mandei datilografar/digitar), que, depois de lido e achado conforme,
vai assinado por este encarregado e pelo declarante.

(nome e grau hierárquico)


Encarregado do PAAE

(nome e identificação)
Declarante

06. COMENTÁRIO
O termo de declarações é utilizado para a audição de vítimas, pessoas que mantém
relação de parentesco com o militar apreciado, ou, quando legalmente assistidos,
crianças, adolescentes e pessoas com deficiência mental, bem como para outros casos
indefinidos.

277
MODELO Nº 07 - TERMO DE INQUIRIÇÃO DE TESTEMUNHA

POLÍCIA MILITAR DO ESTADO DE SERGIPE

(GRANDE COMANDO OU SUBORDINAÇÃO)


(UNIDADE)

TERMO DE INQUIRIÇÃO DE TESTEMUNHA

Aos...(por extenso)...dias do mês de .............. do ano de...(por extenso)..., nesta cidade


de...(cidade/Estado)..., na...(seção)..., do...(OPM)..., às...(horário)..., compareceu o
Sr(a)....(nome da testemunha)..., RG...(nº e órgão expedidor)..., natural de...(Município e
Estado)..., nascido em...(data de nascimento)..., filho de...(filiação)..., residente
na...(endereço completo)..., profissão....., a qual aos costumes disse...(descrever)..., após
prestar o compromisso de dizer a verdade sobre o que sabe e lhe fosse perguntado,
inquirida a respeito dos fatos que deram origem ao presente PAAE, relatou
que...(descrever o relato da testemunha)......; como não mais disse passou a responder as
seguintes pergunta: ......(prosseguir com as perguntas à testemunha);...... E como não
mais disse nem lhe foi perguntado, dou por encerrado o presente termo, o qual
datilografei/digitei (ou mandei datilografar/digitar), que, depois de lido e achado conforme,
vai assinado por este encarregado e pela testemunha.

(nome e grau hierárquico)


Encarregado do PAAE

(nome e identificação)
Testemunha

07. COMENTÁRIO
O encarregado do PAAE deverá reproduzir, tanto quanto for possível, as expressões
empregadas pelas testemunhas, desprezando as apreciações subjetivas, salvo quando
inseparáveis do fato. Esta observação será válida, também, para as outras oitivas.

278
MODELO Nº 08 - TERMO DE JUNTADA

POLÍCIA MILITAR DO ESTADO DE SERGIPE

(GRANDE COMANDO OU SUBORDINAÇÃO)


(UNIDADE)

TERMO DE JUNTADA

Aos...(por extenso)...dias do mês de .............. do ano de...(por extenso)..., junto aos


presentes autos os seguintes documentos:...(citar os documentos). E, para constar, lavro
este termo, o qual datilografei/digitei (ou mandei datilografar/digitar), e assino.

(nome e grau hierárquico)


Encarregado do PAAE

08. COMENTÁRIO
O termo de juntada é confeccionado para aqueles documentos que vêm de fora no
decorrer da apuração.

279
09. RELATÓRIO

POLÍCIA MILITAR DO ESTADO DE SERGIPE

(GRANDE COMANDO OU SUBORDINAÇÃO)


(UNIDADE)

RELATÓRIO

I – INTRODUÇÃO
- O presente Procedimento Administrativo de Apuração Especial (PAAE) foi instaurada
por determinação do Sr...(citar a função da autoridade designante)..., através da Portaria
nº...(nº e data de expedição da portaria)..., para apurar as circunstâncias do
falecimento/invalidez (ou ato de bravura) do(a)/envolvendo ......(grau hierárquico, nº,
nome, RG e Cia).... para efeitos de promoção por ato de bravura/post mortem, seguro de
vida e pensão especial (podendo ser de forma isolada ou cumulativamente),

II – EXPOSIÇÃO
- Para esclarecer os fatos, foram adotadas as seguintes diligências...(resumo das
diligências procedidas pelo encarregado, tais como oitivas de pessoas, documentos
juntados)...
- Em razão do que ficou apurado e à luz das provas constantes dos autos, verifica-se que
os fatos aconteceram da seguinte forma ..... (descrever precisamente o fato, com enfoque
essencial quanto a desempenho de serviço de natureza policial militar ou não).....

III – CONCLUSÃO
Face ao exposto, concluo que as circunstâncias dos fatos envolvendo o ......(grau
hierárquico, nº, nome, RG e Cia).... atende/ou não atende aos requisitos legais para a
concessão da promoção por ato de bravura/post mortem, do seguro de vida e da pensão
especial (podendo tais direitos, conforme o caso, serem concedidos de forma isolada ou
cumulativamente).
Durante a realização deste Procedimento, foram habilitados (ou inscreveram-se como
candidatos à habilitação) os seguintes beneficiários:
..........(citar os beneficiários do militar, com a respectivo categoria de dependência)........
Conforme conveniência constatada (ou manifestação escrita dos beneficiários através de
requerimentos juntados aos autos, Alvará Judicial ou outra eventualidade peculiar), a

280
pensão especial/seguro de vida devidos em razão do falecimento/invalidez do ....(grau
hierárquico, nº, nome e RG).... devem ser pagos da seguinte forma (se cabível):
- integralmente à viúva (ou companheira) do falecido, que na dependência residem os
filhos menores ......(de ....anos) e .....(de .....anos), ou outros beneficiários inválidos que
devem ser nominados:
- parceladamente, metade à viúva (ou companheira) do falecido e a outra metade, em
cotas iguais, divididas entre os seguintes beneficiários:
..........(citar os beneficiários).......................................................................
Desta forma, opino pela homologação deste Procedimento e pela adoção das seguintes
providências ...(apontar as medidas cabíveis a serem adotadas pela autoridade
delegante)...

(nome e grau hierárquico)


Encarregado do PAAE

09. COMENTÁRIO
O relatório deve retratar a história dos fatos, bem como, conter um resumo de todas as
diligências adotadas pelo encarregado do PAAE e onde estão registradas nos autos,
inclusive, a comprovação dos fatos com as provas apuradas. Além de mencionar a
autoridade que instaurou o PAAE, a portaria e o seu objetivo.
Ao final, o encarregado do PAAE concluirá pelas medidas cabíveis a serem adotadas pela
autoridade delegante.
281
MODELO Nº 10 - TERMO DE ENCERRAMENTO

POLÍCIA MILITAR DO ESTADO DE SERGIPE

(GRANDE COMANDO OU SUBORDINAÇÃO)


(UNIDADE)

TERMO DE ENCERRAMENTO

Aos...(por extenso)...dias do mês de .............. do ano de...(por extenso)..., nesta cidade


de...(cidade/Estado)..., no Quartel do...(OPM)..., dou por encerrado os trabalhos atinentes
ao presente PAAE. Do que, para constar, lavro o presente termo, Eu, ...(nome e grau
hierárquico)..., encarregado do PAAE, o datilografei/digitei (ou mandei datilografar/digitar)
e assino.

(nome e grau hierárquico)


Encarregado do PAAE

10. COMENTÁRIO
O termo de encerramento é a última peça ou auto do PAAE.

282
MODELO Nº 11 – SOLUÇÃO DA AUTORIDADE DELEGANTE

POLÍCIA MILITAR DO ESTADO DE SERGIPE

(GRANDE COMANDO OU SUBORDINAÇÃO)


(UNIDADE)

SOLUÇÃO EM PROCEDIMENTO ADMINISTRATIVO DE APURAÇÃO ESPECIAL

Parte Expositiva:
Portaria nº...(nº)/ano-(órgão expedidor)...
Encarregado:...(grau hierárquico e nome)...
Militar Apreciado:...(grau hierárquico e nome)...
Parte Conclusiva:
A vista dos documentos que integram o Procedimento Administrativo de Apuração
Especial, mandado instaurar em razão do falecimento/invalidez (ou ato de bravura)
do/envolvendo o ......(grau hierárquico, nº, nome, RG e Cia do militar)......,
RESOLVO:
1. Homologar (ou não homologar, neste caso avocar) o parecer do Oficial encarregado,
amparado (ou negando amparo, ou para dar solução diversa quanto à forma de
concessão da promoção por ato de bravura/post mortem, seguro de vida e pensão
especial - podendo tais direitos, conforme o caso, serem concedidos de forma isolada ou
cumulativamente), para os efeitos legais, na forma proposta pelo encarregado (ou na
forma seguinte)....(descrever a solução dada, se for o caso)....:
2. Determinar a publicação desta Solução em Boletim Geral Ostensivo;
3. Remeter toda a documentação ao Sr. Chefe da PM/1, para:
......(despachar de acordo com o art. 12 destas Normas, publicando a decisão em
boletim)...
Local e data
(nome e grau hierárquico)
(função da autoridade delegante)
___________________________________________________________________
11. COMENTÁRIO
A solução da autoridade delegante deve ser devidamente justificada e publicada em
Boletim Geral Ostensivo, bem como, após a sua publicação, informada às partes
interessadas.

283
NOTAS:
1. Publicada no BGO nº 228, de 12 de dezembro de 2001;
2. Legislação que trata sobre Promoção por Ato de Bravura e Post Mortem- Lei nº
2.101/77 (Lei de Promoção de Oficiais), Decreto nº 3.874/77 (Regulamenta a Lei de
Promoções de Oficiais da PMSE) e Decreto nº 3.974/78 (Regulamenta o Sistema de
Promoção de Graduados da PMSE);
3. Legislação que trata do Seguro de Vida e Seguro Invalidez- Lei nº 5.699/05
(Sistema Remuneratório dos Servidores Militares do Estado de Sergipe), art. 40;
4. Legislação que trata da Pensão no Sistema de Proteção Social dos Militares
Estaduais- Decreto-Lei nº 667/69, art. 24;
5. Legislação que trata da Pensão Especial- Lei nº 2.154/78 e Decreto nº 4.149/78 que
fazem parte desta apostila;
6. Publicação no BGO nº 157 de 01/07/2014: A Corregedoria-Geral da PMSE deverá
manter em seus arquivos os procedimentos com o tempo de até 05 (cinco) anos e, acima
desse tempo deverá arquivar no Arquivo-Geral da PMSE, bem como deverá digitalizar os
referidos procedimentos visando uma melhor guarda dos mesmos;
7. Publicação no BGO nº 170 de 19/07/2014: O Corregedor-Geral da Polícia Militar do
Estado de Sergipe, no uso de suas atribuições e com base no Art. 22, § 1° do CPM,
determina aos senhores encarregados que a partir da presente data, todos os
procedimentos deverão ser entregues em 02 (duas) vias, sendo 01 (uma) original
impressa e 01 (uma) cópia digitalizada;
8. Publicação no BGO nº 086 de 03/06/2020: O Ministério público do Estado de Sergipe
recomenda adoção de protocolo interno para preenchimento de informações quanto à
qualificação e localização de pessoas ouvidas em inquéritos policiais e procedimentos
administrativos outros, inserindo nos mesmos: número de telefone fixo ou celular,
WhatsApp, e outros aplicativos similares, à exemplo de instagram, facebook, messenger,
telegrama, e/ou correio eletrônico (e-mail), bem como, outros meios de comunicação e/ou
localização, como telefone de referência ou contato e/ou endereço fixo de algum parente
ou pessoa próxima, ou qualquer outro informe que se entender plausível, no sentido de
proceder a localização da testemunha.

284
Instrução Normativa nº 04/2018-GCG

Regulamenta o Processo Administrativo para


Apuração do Ato de Bravura (PAB), nos termos
do Decreto nº 3.974, de 09 de março de 1978,
alterado pelo Decreto nº 30.045, de 16 de julho
de 2105, no âmbito da PMSE, e dá outras
providências.

O COMANDANTE GERAL DA POLÍCIA MILITAR DO ESTADO DE SERGIPE, no uso


das atribuições que lhes são conferidas nos termos do art. 4º e do inciso III, do art.17 da
Lei nº 3.669, de 09 de novembro de 1995, d o art. 58 da Lei 2.066, de 23 de dezembro de
1976, do art. 8º do Decreto nº 3.974, de 09 de março de 1978, bem como, do art. 2º do
Decreto nº 30. 045, de 16 de julho de 2105,

RESOLVE:

Art. 1º. Regulamentar o Processo Administrativo para Apuração do Ato de


Bravura (PAB), no âmbito da PMSE e estabelecer critérios para a sua concessão, nos
termos em Anexo.
Art. 2º. Esta Portaria entra em vigor na data de sua publicação.
Art. 3º. Revogam-se as disposições em contrário.

Aracaju/SE, 10 de outubro de 2018.

Marcony Cabral Santos – Cel QOPM


Comandante Geral da PMSE

285
Anexo à Instrução Normativa nº 004/2018-GCG

Processo Administrativo Para Apuração do Ato de Bravura

Capítulo I
Da Conceituação e Finalidade

Art. 1º. O Processo Administrativo para Apuração do Ato de Bravura (PAB)


consiste em um procedimento instaurado para apuração de atos não comuns de coragem,
audácia, valor, firmeza, energia e tenacidade, que ultrapassando os limites normais do
cumprimento do dever funcional, representem feitos úteis ou indispensáveis às operações
policiais militares, quer seja pelos resultados alcançados ou pelo exemplo positivo deles
emanado, a fim de determinar à promoção.
§ 1º. O ato de bravura deve ser objeto de minuciosa apuração, a fim de
comprovar cabalmente o caráter excepcional do ato que, necessariamente, ultrapasse os
riscos inerentes à atividade cotidiana do policial militar.
§ 2º. A fidelidade à Instituição, ao dever policial militar e o devotamento integral
à manutenção da ordem pública, mesmo com o risco da própria vida, por si só, não
caracterizam o ato de bravura, pois, decorrem de previsão estatutária, assumida em
juramento solene, quando do ingresso na PMSE.
§ 3º. Para o reconhecimento do ato de bravura, deve-se comprovar,
cumulativamente, os seguintes requisitos:
I - que o ato praticado não seja rotineiro, isto é, que não seja um ato ordinário,
como consequência natural do risco a que todo policial militar está obrigado a assumir,
resultante de seu dever funcional;
II - que o risco assumido durante o ato seja comprovadamente incomum e
extremo, de forma que se verifique, potencialmente, um perigo real à vida do policial
militar, além daquele assumido durante a atividade de preservação da ordem pública;
III - que o policial militar tenha agido deliberadamente para preservar a
segurança pública ou proteger direitos fundamentais dos cidadãos e que os riscos não
tenham sido previamente calculados;
IV - que os efeitos da atuação policial militar tenham produzidos resultados
úteis e objetivos à Segurança Pública;
V - que o policial não esteja agindo em legítima defesa própria.

286
Capítulo II
Da Instauração

Art. 2º. O Comandante-Geral da PMSE, ao tomar conhecimento do fato


enquadrado no art. 1º deste anexo, deverá no prazo de 10 (dez) dias úteis, instaurar o
Processo Administrativo para Apuração do Ato de Bravura (PAB), com a consequente
publicação em BGO da respectiva Portaria.
§ 1º. Os comandante, chefe ou diretor da Unidade de lotação do militar, ao
tomarem conhecimento dos fatos motivadores da instauração do PAB, deverão comunicá-
los imediata e fundamentadamente ao Comandante Geral.
§ 2º. O próprio militar, caso não tenha sido instaurado o PAB, conforme
disposição anterior, poderá no prazo prescricional de 30 (trinta) dias após o fato, impetrar
requerimento ao Comandante Geral, via cadeia de comando, solicitando a instauração do
PAB.

CAPÍTULO III
Do Encarregado

Art. 3º. Poderão ser designados como encarregados do PAB todos Oficiais da
ativada PMSE.
§ 1º. Não poderão ser designados como encarregados do PAB:
I - as pessoas que tenham entre si com o policial militar apreciado parentesco
consanguíneo ou afim, na linha reta ou até o quarto grau de consanguinidade colateral ou
de natureza civil;
II - a pessoa que se der, justificadamente por suspeito, ou, se não o fizer, que
tiver o seu impedimento constatado através de manifestação de terceiros.
§ 2º. O encarregado do PAB poderá solicitar da autoridade delegante um
escrevente.
§ 3º. A designação do escrevente deverá ser publicada em Boletim Geral
Ostensivo.

CAPÍTULO IV
Dos Procedimentos e das Formalidades

Art. 4º. O PAB será composto dos procedimentos abaixo especificados,


devendo o seu encarregado, conforme o caso, empreender as diligências julgadas

287
necessárias para a elucidação do fato, observando-se a seguinte sequência de
documentos e providências:
I - portaria de designação do Encarregado;
II - autuação dos documentos que deram origem ao Procedimento;
III – lavratura do termo de abertura;
IV - notificação das pessoas envolvidas para prestar depoimentos e
declarações;
V - inquirição das testemunhas e coleta das declarações das pessoas que
presenciaram o fato;
VI - juntada de outros documentos necessários à comprovação de que o
evento, ora em apuração, autorize a respectiva promoção;
VII - análise minuciosa de todos os fatos apurados, para que estes ofereçam ao
encarregado elementos necessários à formulação da sua conclusão, através de relatório;
VIII - lavratura do termo de encerramento.
§ 1º. Os documentos supracitados devem ser colocados em ordem
cronológica, reunidos em um só feito, nos mesmos moldes da Sindicância.
§ 2º. Todos os atos do PAB deverão ser digitados, só podendo ser
manuscritos nos casos de absoluta e comprovada necessidade.
§ 3º. Todos os documentos e peças que efetivamente compõem o PAB serão
sequencialmente numerados e rubricados pelo encarregado, no campo superior direito, a
partir da autuação, inclusive.
§ 4º. O encarregado do PAB deverá anular as laudas que não forem usadas,
colocando, no centro das mesmas e em diagonal, a expressão “EM BRANCO”.
§ 5º. O PAB será elaborado em duas vias, uma física e outra digitalizada, que
serão encaminhadas à autoridade delegante.

CAPÍTULO V
Dos Prazos

Art. 5º. O prazo para a conclusão do PAB é de 15 (quinze) dias úteis, a contar
da data do recebimento dos documentos que lhe deram origem.
§ 1º. Este prazo poderá ser prorrogado por mais 10 (dez) dias úteis, a critério
da autoridade delegante, mediante pedido oportuno do encarregado, de modo a ser
atendido antes do término do prazo regular.
§ 2º. Quando houver substituição de encarregado, o prazo será reiniciado com
direito à prorrogação.

288
CAPÍTULO VII
Do Comparecimento de Pessoas

Art. 6º. Os policiais militares serão notificados, mediante ofício, por meio do seu
comandante ou chefe imediato, e as demais pessoas serão notificadas, para
comparecerem aos atos referentes ao PAB.
Parágrafo único. Quando, regularmente intimado ou notificado, algum dos
envolvidos não comparecer, o encarregado do PAB, certificando-se dos motivos do não
comparecimento, expedirá novo ofício, se for o caso, sem prejuízo de outras providências
julgadas cabíveis. Persistindo o não comparecimento, registrará tal fato nos autos.

CAPÍTULO VIII
Da Oitiva dos Envolvidos

Art. 7º. O encarregado do PAB deverá ouvir quantas pessoas forem


necessárias para melhor esclarecer os fatos.
§ 1º. Quando houver necessidade de novamente ouvir alguma testemunha, o
encarregado do PAB formalizará o ato em termo de reinquirição.
§ 2º. Caso alguma das pessoas ouvidas não saiba ou não possa assinar o
termo, o encarregado do PAB deverá providenciar uma pessoa idônea para assistir ao
seu depoimento e posteriormente assiná-lo, “a rogo”, juntamente com mais duas
testemunhas, fazendo constar esta ocorrência no final do termo.

CAPÍTULO IX
Da Conclusão e da Remessa

Art. 8º. O PAB será concluído com um minucioso relatório, dividido em


introdução, exposição e conclusão, contendo todos os atos praticados pelo encarregado,
a síntese do desenvolvimento dos trabalhos e a análise das provas apuradas, constando,
entre outros, os seguintes dados:
I - descrição das diligências efetuadas pelo encarregado;
II - descrição sumária do fato, consoante as provas carreadas aos autos do
PAB; III - recomendação pela promoção (ou não) por ato de bravura;
Parágrafo único. Após lavrar o termo de encerramento, o encarregado, através
de ofício, remeterá o PAB à autoridade delegante.

289
CAPÍTULO X
Recomendação da Comissão de Promoção de Praças

Art. 9º. O Comandante Geral, assim que receber o PAB, deverá remetê-lo à
apreciação da Comissão de Promoção de Praças (CPP).
Art. 10. A CPP terá o prazo de 10 (dez) dias para apreciar o relatório final do
Oficial encarregado do procedimento.
§ 1º. Na apreciação, elaborada pelo Secretário, e assinado por todos os
membros, a CPP deverá recomendar ou não a promoção por meio de relatório
devidamente fundamentando.
§ 2º. A CPP decidirá por maioria de votos, devendo consignar em ata o seu
resultado.

CAPÍTULO XI
Da Solução

Art. 11. O Comandante Geral, após apreciação pela CPP, terá o prazo de 10
(dez) dias para solucioná-lo, Homologando ou Avocando, fundamentadamente, as
recomendações da CPP e do Encarregado, devendo, ainda, adotar as seguintes
providências:
I - verificando ou não a existência de direito à promoção, encaminhar o PAB à
1ª Seção do EMG (PM/1), para adoção das providências de remessa à Procuradoria
Geral do Estado (PGE), para pronunciamento acerca da regularidade formal;
II - após o retorno dos autos da PGE encaminhá-los ao Excelentíssimo
Senhor Governador do Estado para decisão definitiva, conforme disposto no §3, do art.
8º, do Decreto nº 3.974/1978.
Art. 12. A recomendação da CPP, bem como a decisão final proferida no PAB
pelo Comandante-Geral, depois de publicadas em BGO, deverão ser comunicadas ao
interessado.

Marcony Cabral Santos – Cel QOPM


Comandante Geral da PMSE

290
LEI Nº 2.154 DE 15 DE MAIO DE 1978

Dispõe sobre a concessão de pensão especial


a dependentes de policiais militares do Estado
de Sergipe e dá providências correlatas.

O GOVERNADOR DO ESTADO DE SERGIPE:


Faço saber que a Assembleia Legislativa do Estado decretou e eu sanciono a seguinte
Lei:

Art. 1º - Fica assegurada uma pensão especial aos dependentes do policial militar,
quando este vier a falecer no desempenho de suas funções ou de missão especial, estas
devidamente autorizadas e ambas comprovadas.
§ 1º - A pensão a que se refere este artigo será concedida em valor igual à remuneração
percebida pelo falecido, na data do evento, ou à do posto imediato, em caso de promoção
"post mortem".
§ 2º - A pensão, estabelecida nos termos do § 1º, será garantidas aos dependentes do
policial militar extinto, na forma determinada do decreto regulamentar, a partir da data de
requerimento dos interessados, e sofrerá reajustamento automático na mesma proporção
dos aumentos concedidos aos policiais militares da ativa.
Art. 2º - Os direitos decorrentes desta Lei poderão ser exercidos pelos dependentes de
policiais militares falecidos no desempenho de suas funções ou de missão especial, antes
da vigência desta Lei e desde que não tenha sido beneficiados por pensão especial
concedida pelo Poder Público.
Parágrafo Único - Para os fins previstos neste artigo, os beneficiários terão o prazo de um
ano, a contar da publicação desta Lei, para requererem a pensão especial.
Art. 3º - A pensão especial a que se refere esta Lei extinguir-se-á com o falecimento do
dependente, ou, em caso de beneficiário menor, com a sua maioridade.
Art. 4º - As despesas resultantes do cumprimento da presente Lei correrão à conta de
dotação orçamentária destinada ao pagamento de pensões da responsabilidade do
Estado.
Art. 5º - O Poder Executivo, no prazo de 60 (sessenta) dias da data da publicação desta
Lei, baixará decreto regulamentar, inclusive estabelecendo a conceituação de acidente
em serviço para os fins aqui previstos e as condições para a concessão do benefício.
Art. 6º - A presente Lei entrará em vigor na data de sua publicação.
Art. 7º - Ficam revogadas as disposições em contrário.

291
Palácio do Governo do Estado de Sergipe, Aracaju, 15 de maio de 1978, 157º da
Independência e 90º da República.

José Rollemberg Leite


Governador do Estado

292
DECRETO Nº 4.149 DE 06 DE OUTUBRO DE 1978

Regulamenta a concessão de Pensão Especial


aos dependentes de policiais militares falecidos
em serviço.

O GOVERNADOR DO ESTADO DE SERGIPE, no uso das atribuições que lhe confere o


art. 78, inciso II, da vigente Constituição Estadual, e tendo em vista o disposto na Lei nº
2.154, de 15 de maio de 1978,

DECRETA:

Art. 1º - Nos termos do art. 1º da Lei Estadual nº 2.154, de 15 de maio de 1978, fica
assegurada uma Pensão Especial aos dependentes do policial militar que vier a falecer no
desempenho de suas funções, ou de missão especial, esta devidamente autorizada e
ambas comprovadas.
§ 1º - A Pensão a que se refere este artigo será mensal e sua concessão será feita por
Decreto do Poder Executivo Estadual.
§ 2º - O valor da Pensão será igual à remuneração percebida pelo policial militar falecido,
na data do evento, ou, em caso de promoção “post-mortem”, igual à remuneração do
novo posto ou graduação.
§ 3º - A Pensão terá seu valor atualizado de forma automática, em época e percentual
idênticos aos observados para os aumentos estipendiários concedidos aos policiais
militares da ativa.
§ 4º - A Pensão terá eficácia a partir da data do requerimento dos interessados.
Art. 2º - Para os fins deste Decreto, considera-se dependente do policial militar falecido:
I - O filho menor de 18 (dezoito) anos;
II - O filho de até 24 (vinte e quatro) anos, que seja estudante de curso de ensino de 2º
(segundo) Grau ou Superior;
III - O filho inválido, de qualquer idade;
IV - O ascendente;
V - O cônjuge;
VI - Outras pessoas, previstas em legislação especial.
§ 1º - As pessoas referidas nos incisos I a VI somente serão consideradas dependentes
do militar falecido, se não tiverem economia-própria e viverem a expensas do mesmo.

293
§ 2º - Considerar-se-ão filho do militar falecido o consanguíneo de qualquer condição e
mais o enteado; o adotivo, ou o que, mediante autorização judicial, vivia sob a sua guarda
e responsabilidade.
§ 3º - Ao ascendente de 1º (primeiro) grau, equiparar-se-ão o padrasto e a madrasta.
§ 4º - Equiparar-se-á ao cônjuge do militar falecido a pessoa que com ele convivia, em
regime marital, pelo tempo mínimo de 05 (cinco) anos.
Art. 3º - A Pensão Especial será extinta com o falecimento do dependente, ou em caso de
beneficiário menor, nas épocas determinadas pelo art. 2º deste Decreto.
Art. 4º - A concessão de Pensão Especial dependerá de comprovação, em processo
administrativo formal1, das condições a que se referem os arts. 1º e 2º deste Decreto.
Parágrafo Único - O processo de que trata este artigo poderá ser instaurado por iniciativa
de qualquer dos dependentes do militar falecido, ou do próprio Comando Geral da Polícia
Militar do Estado.
Art. 5º - Este Decreto entrará em vigor na data de sua publicação.
Art. 6º - Revogam-se as disposições em contrário.

Aracaju, 06 de outubro de 1978; 157º da Independência e 90º da República.

José Rollemberg Leite


Governador do Estado

Eraldo Ribeiro Aragão


Secretário de Estado da Segurança Pública

Maria Tercila Felizola Soares


Secretária Geral de Governo em Exercício

294
PIP
PROCEDIMENTO DE INVESTIGAÇÃO
PRELIMINAR

PORTARIA NORMATIVA Nº 012/2019- GCG DE 23


DE DEZEMBRO DE 2019

295
POLÍCIA MILITAR DE SERGIPE
GABINETE DO COMANDANTE-GERAL

Portaria Normativa nº 012/2019-GCG


Regulamenta o Procedimento de
Investigação Preliminar no Âmbito da
PMSE.
O COMANDANTE-GERAL DA POLÍCIA MILITAR DE SERGIPE, no uso das
atribuições conferidas pela legislação policial militar, especialmente o disposto no art. 4º e
no art. 17, inc. III, da Lei nº 3.669, de 07 de novembro de 1995,
CONSIDERANDO que a Administração Pública deve obediência aos princípios
constitucionais, tais como: legalidade, finalidade, motivação, razoabilidade,
proporcionalidade, moralidade, segurança jurídica, interesse público, publicidade,
eficiência e economia processual;
CONSIDERANDO a importância de sistematizar normas procedimentais que
possibilitem a otimização da prestação dos serviços da PMSE à sociedade, com eficiência
e eficácia;
CONSIDERANDO a necessidade de regular e conceituar no âmbito da PMSE, em
sintonia com os mais modernos princípios do Direito Administrativo, o uso da Investigação
Preliminar, como forma de aperfeiçoar e dinamizar o apuratório, proporcionando maior
solidez, celeridade e economicidade na preparação dos procedimentos de polícia
disciplinar,
RESOLVE
Art. 1º Aprovar e mandar adotar no âmbito da Polícia Militar do Estado de Sergipe as
Normas para a Investigação Preliminar.
Art. 2° Esta Portaria entra em vigor na data de sua publicação.
Art. 3° Revogam-se todas as disposições em contrário.
Art. 4° Publique-se em BGO, registre-se e cumpra-se.
GABINETE DO COMANDANTE-GERAL DA POLÍCIA MILITAR DE SERGIPE, em
Aracaju/SE, 23 de dezembro de 2019.

Marcony Cabral Santos – Cel QOPM


Comandante-Geral da PMSE

296
NORMAS PARA O PROCEDIMENTO DE INVESTIGAÇÃO PRELIMINAR NO ÂMBITO
DA POLÍCIA MILITAR DO ESTADO DE SERGIPE (Aprovadas pela Portaria Normativa
nº 012/2019-GCG, de 17 de dezembro de 2019)

CAPITULO I
Conceito e finalidade

Art. 1º O Procedimento de Investigação Preliminar-PIP, é verificação administrativa


precária, célere, dirigida à busca e à coleta de dados, visando à complementação e/ou
confirmação de dados que justifiquem a instauração de procedimento administrativo.
§ 1º A Investigação Preliminar tem natureza de instrução preliminar e investigativa,
cuja finalidade precípua é evitar a instauração de instrumentos apuratórios, sem que haja
justa causa ou elementos de convicção suficientes da ocorrência do fato e de sua autoria.
§ 2º A Investigação Preliminar, elaborada de maneira oportuna, subsidiará a
autoridade militar competente, quanto à eventual necessidade de instauração do
adequado procedimento, ou mesmo buscar elementos que demonstrem a
desnecessidade da mencionada providência.
§ 3º Será dispensada a investigação preliminar, em regra, para fato noticiado por
meio de Comunicação Disciplinar, Queixa Disciplinar e Relatório Reservado em razão da
finalidade da Investigação Preliminar.
§ 4º A Investigação Preliminar também servirá como instrumento preparatório para o
Atestado de Origem, com o fito de verificar se o acidente decorreu em decorrência de ato
de serviço.
Art. 2º O Procedimento Administrativo Disciplinar-PAD, Conselho de Disciplina-CD e
Conselho de Justificação-CJ, poderão também ter por base os seguintes elementos
informativos: Procedimento de Investigação Preliminar, Sindicância, Inquérito Policial,
Termo Circunstanciado de Ocorrência e Inquérito Policial Militar, sempre que estiverem
presentes indícios de autoria e materialidade, a critério da autoridade que determinar a
instauração do processo.

CAPÍTULO II
Da instauração

Art. 3º A instauração ocorrerá por intermédio de portaria exarada pelo oficial que
exerce o cargo de chefe, diretor ou comandante, de ofício ou por determinação da
autoridade superior.

297
Parágrafo único. Na portaria de instauração da Investigação Preliminar, sempre que
possível, deve constar a unidade à qual o investigado pertença, sem citar seu nome,
número de polícia, posto/graduação ou qualquer dado que possibilite sua imediata
identificação, podendo esta ocorrer nos seus anexos.
Art. 4º O encarregado da Investigação Preliminar deverá, preferencialmente, ser
Oficial Subalterno ou Subtenente da ativa, possuidor de precedência sobre o militar
investigado.
Art. 5º A Investigação Preliminar poderá ter origem em documentos regulares,
anônimos, apócrifos ou qualquer outro que contenha notícia de transgressão disciplinar,
crime ou contravenção penal que demande, efetivamente, sua necessidade.
§ 1º Nos casos em que a documentação que comunicar a prática de desvio de
conduta de militar já vier instruída com provas que demonstrem a efetiva existência do
fato e sua autoria, sem prévia causa de justificação ou absolvição, a autoridade militar
competente tomará todas as medidas pertinentes para a instauração do processo
adequado à espécie, sem necessidade da Investigação Preliminar.
§ 2º Quando a documentação que comunicar a prática de desvio de conduta de
militar vier instruída com provas que demonstrem a efetiva existência do fato e sua
autoria, com prévia causa de justificação, deve a autoridade competente formalizar
diretamente o ato de arquivamento, sem necessidade de instauração de Investigação
Preliminar ou qualquer outro processo.
Art. 6º No registro formal do Procedimento de Investigação Preliminar deverão
constar os seguintes dados: Portaria Número/Ano-OPM-PIP, documento de referência,
data do fato, resumo do fato.
Art. 7º O Procedimento de Investigação Preliminar será instaurado dentre outras
situações cabíveis nas seguintes hipóteses:
I – Na apuração de fatos denunciados anonimamente;
II – na identificação de policiais militares nos casos em que houver homonímia e que
não possam ser identificados de imediato por outras informações ou dados;
III – quando houver dúvida razoável da existência do fato.
Parágrafo único. A instauração de processo disciplinar ou inquérito no transcorrer da
investigação preliminar para apurar fato idêntico, implica no imediato encerramento do
PIP, que deverá ser restituído à autoridade instauradora.

298
CAPÍTULO III
Da instrução

Art. 8º A instrução da Investigação Preliminar, em obediência aos princípios da


oralidade, economia processual e celeridade, deverá ser feita sem obediência às
formalidades exigidas para o processo regular, devendo o seu encarregado observar, em
regra, a seguinte sequência:
I – ater-se à busca de provas que indiquem possível autoria e materialidade do fato
investigado;
II – priorizar a busca de provas materiais e/ou documentais;
III – sendo necessário, entrevistará pessoas, devendo proceder às respectivas
qualificações, questionando-as sobre o fato investigado, para posterior síntese formal das
suas afirmações no relatório;
IV – em situações mais graves, em que não puder obter provas materiais alusivas ao
fato ou quando não houver outro meio de prova que fundamente o arquivamento da
denúncia, procederá à coleta de termos de declarações ou depoimentos formais no
procedimento, anexando-os ao relatório do Relatório de Investigação Preliminar,
limitando-se, em regra, a formalizar as oitivas dos reclamantes ou das vítimas e de até 02
(duas) testemunhas presenciais do episódio;
V – para as demais pessoas que presenciaram ou tomaram conhecimento do fato,
bastam as suas qualificações e a síntese da entrevista na Investigação Preliminar,
deixando-se as eventuais formalizações dos termos de suas oitivas para ocasião futura,
no processo regular que vier a ser instaurado;
VI – são provas que, se existirem, devem ser juntadas pelo encarregado, na
Investigação Preliminar: documentos públicos e particulares em geral, escalas de serviço,
fotografias, recortes de jornais e revistas, matérias de internet e de bancos de dados
informatizados, DVD, CD, e-mails impressos ou quaisquer outros que forem possíveis
obter legalmente, conforme o caso;
VII – deverá proceder à realização de outras diligências necessárias à busca de
provas suficientes que subsidiem a instauração de processo ou demonstrem, de forma
inequívoca, que o fato (acusação) não procede (inexistência de autoria e/ou
materialidade), ou se deu mediante causa de justificação;
VIII – no caso de restar provado que a acusação não procede ou que não existe
justa causa para instaurar processo em desfavor do investigado, o encarregado deverá
primar por demonstrar as referidas circunstâncias, propiciando elementos de convicção
para a autoridade competente arquivar a Investigação Preliminar.

299
Art. 9º Na hipótese de arquivamento da Investigação Preliminar, esta deverá ser
instruída sempre que possível com as seguintes provas que demonstrem a causa de
justificação ou arquivamento vislumbrada:
I – documentos e/ou provas materiais especificadas no inciso VI do artigo 8º;
II – termo de declaração e/ou depoimento formal da vítima /reclamante;
III – outros, conforme o caso.
Art. 10 A Investigação Preliminar deverá ser instruída, sequencialmente, na seguinte
ordem:
I – portaria da autoridade designando o encarregado do procedimento;
II – documentação que deu origem ao despacho da Investigação Preliminar;
III – documentos obtidos pelo encarregado da Investigação Preliminar e eventuais
termos de depoimentos;
IV – outras provas necessárias ao procedimento;
V – relatório da Investigação Preliminar;
VI – ofício de remessa do encarregado.
Art. 11 A Investigação Preliminar deverá ser concluída em até 10 (dez) dias úteis.
§ 1º Em situações em que restar demonstrada a necessidade de dilação do prazo
fixado neste artigo, poderá haver a sua prorrogação por mais 05 (cinco) dias úteis.
§ 2º Em casos excepcionais, poderá haver renovações dos prazos do procedimento,
bem como o seu sobrestamento, quando restar demonstrada a imprescindibilidade da
medida, devidamente autorizado pela autoridade competente.
§ 3º Os pedidos de prorrogação, renovação e sobrestamento devem ser motivados
pelo encarregado da Investigação Preliminar que poderá fazê-lo por intermédio de ofício,
sistema de mensagem eletrônica institucional ou qualquer outro meio formal, antes do
encerramento do prazo regulamentar.
§ 4º A contagem do prazo inicia-se no dia posterior ao do recebimento da portaria e
se encerra computando-se o dia do prazo final.
§ 5º Excepcionalmente, dependendo da urgência e conveniência administrativa, a
autoridade competente poderá estipular prazo inferior ao estabelecido no caput deste
artigo, desde que não seja inferior a 05 (cinco) dias úteis.
Art. 12 Encerrada a Investigação Preliminar, em qualquer hipótese, esta deverá ser
encaminhada à autoridade delegante.
§ 1º Restando indícios razoáveis de autoria e materialidade de transgressão ou
crime militar, deverá autoridade competente providenciar as medidas pertinentes para a
instauração do processo adequado à apuração dos fatos.

300
§ 2º Restando indícios da prática de infração penal comum, a Investigação
Preliminar deverá ser encaminhada ao Juízo da Comarca, caso o fato não tenha sido
registrado em Boletim de Ocorrência ou não se encontre a cargo da autoridade policial
competente, e sua cópia deverá subsidiar a instauração, quando couber, do devido
processo disciplinar (PAD).
§ 3º Visando à economia processual e celeridade, os Comandantes, Chefes e
Diretores deverão facilitar o acesso dos encarregados de PIP às informações necessárias
a sua instrução.

CAPÍTULO IV
Do Relatório

Art. 13 O encarregado da Investigação Preliminar fará um minucioso exame de todo


o apurado com base nas provas obtidas e confeccionará o relatório, conforme modelo
referencial, apresentando conclusão com proposta de arquivamento ou subsídios para
que a autoridade competente determine a instauração de processo específico.
§ 1º O relatório deverá ser construído após o levantamento prático, devendo ser
devidamente datado, numerado e rubricado.
§ 2º As provas produzidas na Investigação Preliminar devem ser inseridas nos
autos, na ordem cronológica de sua produção, antes do relatório, sem necessidade do
termo de juntada.
Art. 14 Compete à autoridade instauradora ao solucionar a Investigação Preliminar:
I – nos casos de conversão em processo administrativo ou IPM, anexar os autos
originais do PIP à portaria de instauração como peça informativa da instrução;
II – nos casos de proposta de arquivamento, remeter os autos à Corregedoria-Geral,
para fins de controle e correição formal, que ao final devolverá para diligências ou arquivo.
Art. 15 Esta Portaria Normativa entrará em vigor na data de sua publicação, ficando
revogadas as disposições em contrário.
Art. 16 As omissões da presente Portaria serão supridas por instruções normativas
expedidas pelo Corregedor-Geral da PMSE.

Aracaju/SE, 23 de dezembro de 2019.

Marcony Cabral Santos – Cel QOPM


Comandante-Geral da PMSE

301
MODELO REFERENCIAL
(de portaria de instauração)

POLÍCIA MILITAR DO ESTADO DE SERGIPE

(GRANDE COMANDO OU SUBORDINAÇÃO)


(UNIDADE)

PORTARIA Nº 000/ANO-OPM/PIP, data dia, mês e ano.

Determina investigação preliminar.

O ........................... (posto da autoridade militar delegante e da Unidade de


comando), no uso de suas atribuições legais, previstas no art. 2º da Portaria nº ______,
de______ de __________ de 2019, publicada no BGO nº _______, de _____de
______de 2019

R E S O L V E:
Art. 1º Determinar que seja, com a possível urgência, realizada Investigação
Preliminar nº 00/ANO, designando para Encarregado o (oficial ou praça), CPF:
000.000.000-00, consoante documentação em apenso com 00 (00) laudas, delegando-lhe
para este fim as atribuições de Polícia Judiciária Militar que me competem.
Art. 2º Recomendar ao subcomando da OPM que proceda ao registro e controle
do recebimento desta documentação pelo encarregado, para fins de agendamento e
acompanhamento dos prazos;
Art. 3º Esta Portaria entrará em vigor a partir da data de sua publicação.
Art. 4º Publique-se em Boletim, registre-se e cumpra-se.

Aracaju/SE, ____ de ____ de 2019.

Assinatura da Autoridade

302
MODELO REFERENCIAL
(de relatório)

POLÍCIA MILITAR DO ESTADO DE SERGIPE

(GRANDE COMANDO OU SUBORDINAÇÃO)


(UNIDADE)

PROCEDIMENTO DE INVESTIGAÇÃO PRELIMINAR Nº 00/ano, de Portaria nº


00/ANO/OPM-PIP
RELATÓRIO

1. ENCARREGADO:
Posto ou graduação, matrícula, nome completo, CPF, Unidade e/ou Subunidade em que
serve.

2. OBJETO:
Descrição objetiva do fato investigado, indicando precisamente sua origem, bem como o
dia, a hora e o local de sua ocorrência (ter como referência o conteúdo dos documentos
anexos a Portaria de Instauração).

3. DENUNCIANTE/COMUNICANTE/ RECLAMANTE:
Sempre que possível discriminar a pessoa, o militar ou o órgão responsável pelo
encaminhamento do documento que deu origem a Investigação Preliminar, identificando
as suas qualificações, inclusive o CPF, o endereço e número de telefone (em se tratando
de militar, bastam os dados funcionais, endereço profissional e telefone).
Elaborar uma síntese da denúncia/reclamação/comunicação ou de qualquer outra fonte
que ensejou a instauração da Investigação Preliminar.

4. MILITAR INVESTIGADO:
Discriminar o(s) militar(es) investigado(s) com todas as suas qualificações, endereço
profissional e telefone, bem como se foi entrevistado ou não. Nos casos mais graves, em
que há a necessidade de sigilo, o(s) militar(es) envolvido(s) não deve(m) ser ouvido(s)
nesta fase, devendo a Investigação Preliminar, em regra, receber a classificação
“RESERVADA”.
Elaborar uma síntese da sua oitiva/entrevista, no caso em que o encarregado optar por
entrevistar ou formalizar a oitiva do militar investigado.
303
5. PROVAS DOCUMENTAIS E OUTRAS:
Descrição individualizada de todas as provas anexadas a portaria de instauração e as
obtidas na investigação e sua relação com o(s) fato(s) investigado(s), tais como
documentos, fotos, gravações, filmagens, perícias, exames, recortes de jornais, escalas
de serviço, e outros.

6. PROVAS TESTEMUNHAIS:
Relacionar as testemunhas entrevistadas, constando as suas qualificações (nome
completo, data de nascimento, CPF, filiação, endereço residencial e/ou profissional,
telefone de contato e outros dados relevantes), bem como o dia, a hora e o local em que
foram entrevistadas.
As pessoas envolvidas no fato devem ser entrevistadas, e só será colhido termo
formal nos casos em que não se obtiverem nas investigações outros meios de prova,
limitando-se nestes casos a oitiva, em regra, de 01 (uma) a 02 (duas) testemunhas, no
máximo, das que sejam relevantes para propiciar subsídios à instauração ou não de
processo.
No caso de Investigação Preliminar “RESERVADA”, o encarregado deverá avaliar a
conveniência de entrevistar ou colher termos de oitivas, para não comprometer o sigilo da
investigação (ex.: se estiver investigando o desvio de conduta que poderá necessitar de
escuta telefônica, filmagens, gravações de conversas, vigilância, acompanhamentos ou
outros meios de produção de provas, a inobservância do sigilo poderá ensejar prejuízo na
busca da verdade real).
Elaborar uma síntese das entrevistas ou, optando por colher o Termo de Depoimento
formal, citar que ele segue em anexo ao RIP, sem necessidade de proceder à elaboração
da sua síntese neste tópico.

7. ANÁLISE DAS PROVAS:


Descrever o fato noticiado e preliminarmente investigado, confrontando todas as
provas carreadas para o procedimento, motivando e fundamentando a existência ou
não de indícios de fato que configure, em tese, crime militar, transgressão disciplinar,
crime comum e/ou atos de improbidade, delineando a conduta de cada investigado.
Neste campo, deve o encarregado esmiuçar todas as provas obtidas, demonstrando se
existe ou não justa causa para se instaurar procedimento em desfavor do investigado.

304
8. CONCLUSÃO:
8.1 Parecer de hipótese de arquivamento: inexistindo indícios, em tese, de crime militar,
transgressão disciplinar, crime comum e/ou atos de improbidade, o encarregado concluirá
pelo arquivamento dos autos, especificando a(s) causa(s) de justificação ou de
absolvição.
8.2 Parecer de hipótese de instauração de processo: existindo indícios, em tese, de crime
militar, transgressão disciplinar, crime comum e/ou atos de improbidade.
O Parecer do encarregado deve esta alinhado com os argumentos de justa causa
demostrados no item 7.

Quartel em ......................, ....... de ..................... de ...........

ENCARREGADO

305
MODELO REFERENCIAL
(de solução)

POLÍCIA MILITAR DO ESTADO DE SERGIPE

(GRANDE COMANDO OU SUBORDINAÇÃO)


(UNIDADE)

SOLUÇÃO EM PROCEDIMENTO DE INVESTIGAÇÃO PRELIMINAR


REFERÊNCIA: Portaria nº 00/ANO/OPM-PIP

O ........................... (posto da autoridade militar delegante e da Unidade de comando), no


uso de suas atribuições legais, previstas no art. 2º da Portaria nº _________, de
______de ____de_____, publicada no BGO nº _______ de _____de ______de______:
CONSIDERANDO QUE:
I – a presente Investigação Preliminar foi instaurado para colher informações preliminares
acerca da conduta do _________(dados do PM investigado) que teria no dia _____, por
volta das _____ horas, na cidade de ____________, praticado ___________ (descrever a
conduta ou o fato levado ao conhecimento da administração);
II – o encarregado apurou que _____________ (descrever as provas colhidas e a sua
análise);
III – .citar outros aspectos relevantes da investigação;
IV – não se vislumbra/ ou se vislumbra, desta forma, justa causa para a instauração de
processo administrativo, tendo em vista a ausência/ ou a presença de indícios razoáveis
do cometimento de transgressão disciplinar e/ou crime por parte do acusado, (especificar
as causas de justificação ou arquivamento, no caso da não ocorrência; ou os indícios no
caso contrário);
RESOLVE:
a) homologar/avocar o Parecer apresentado pelo encarregado da presente Investigação
Preliminar.
b) outras medidas que o caso requeira (exemplo: encaminhamento dos autos em resposta
a órgãos requisitantes e interessados);

Quartel em ..............., ...... de ..................... de ...........


________________________________________________
AUTORIDADE MILITAR
(Autoridade delegante)
306
NOTAS:
1. Publicação no BGO nº 157 de 01/07/2014: A Corregedoria-Geral da PMSE deverá
manter em seus arquivos os procedimentos com o tempo de até 05 (cinco) anos e, acima
desse tempo deverá arquivar no Arquivo-Geral da PMSE, bem como deverá digitalizar os
referidos procedimentos visando uma melhor guarda dos mesmos;
2. Publicação no BGO nº 170 de 19/07/2014: O Corregedor-Geral da Polícia Militar do
Estado de Sergipe, no uso de suas atribuições e com Base no Art. 22, § 1° do CPM,
determina aos senhores encarregados que a partir da presente data, todos os
procedimentos deverão ser entregues em 02 (duas) vias, sendo 01 (uma) original
impressa e 01 (uma) cópia digitalizada;
3. Publicação no BGO nº 020 de 29/01/2018: O Corregedor-Geral da Polícia Militar do
Estado de Sergipe determina que os Encarregados observem o rito dos Procedimentos
Administrativos e atentem para o check-list, pois o recebimento dos autos dar-se-á após
esta conferência;
4. Publicada no BGO nº 242, de 26 de dezembro de 2019;
5. Publicação no BGO nº 086 de 03/06/2020: O Ministério público do Estado de Sergipe
recomenda adoção de protocolo interno para preenchimento de informações quanto à
qualificação e localização de pessoas ouvidas em inquéritos policiais e procedimentos
administrativos outros, inserindo nos mesmos: número de telefone fixo ou celular,
WhatsApp, e outros aplicativos similares, à exemplo de instagram, facebook, messenger,
telegrama, e/ou correio eletrônico (e-mail), bem como, outros meios de comunicação e/ou
localização, como telefone de referência ou contato e/ou endereço fixo de algum parente
ou pessoa próxima, ou qualquer outro informe que se entender plausível, no sentido de
proceder a localização da testemunha.

307
SINDICÂNCIA

INSTRUÇÃO NORMATIVA Nº 003/2020- GCG DE 30


DE ABRIL DE 2020

308
POLÍCIA MILITAR DE SERGIPE
GABINETE DO COMANDANTE-GERAL

Instrução Normativa nº 003/2020-GCG, de 30 de abril de 2020.

Estabelece as normas para a elaboração de


sindicâncias no âmbito da PMSE e dá outras
providências.

O COMANDANTE-GERAL DA POLÍCIA MILITAR DO ESTADO DE SERGIPE, no


uso das atribuições que lhe são conferidas nos termos do art. 4º c/c os incs. II e III do art.
17 da Lei nº 3.669 de 07 de novembro de 1995,

RESOLVE:

Art.1º Aprovar a Instrução Normativa nº 003/2020–GCG, de 30 de abril de 2020, que


regulariza e atualiza as normas de elaboração de sindicâncias no âmbito da Polícia Militar
do Estado de Sergipe.
Art. 2º Esta Instrução Normativa entra em vigor na data de sua publicação.
Art. 3º Revogam-se as disposições em contrário, em especial a Portaria nº 006/98-
GCG, de 04 de novembro de 1998.

Gabinete do Comandante-Geral da PMSE, em Aracaju/SE, 30 de abril de 2020.

Marcony Cabral Santos – CEL PM


Comandante-Geral da PMSE

309
INSTRUÇÃO NORMATIVA PARA ELABORAÇÃO DE SINDICÂNCIAS NA PMSE

CAPÍTULO I
Da Definição e Finalidade

Art. 1º A Sindicância é o processo administrativo, de rito sumário, utilizado para a


apuração de fatos de interesse da administração militar, a qual antecederá a adoção de
providências cíveis, criminais ou administrativas julgadas cabíveis.
Parágrafo único. É desnecessária a instauração de sindicância nos casos claros e
inequívocos de autoria e materialidade indicativa de crime ou de transgressão disciplinar.

CAPÍTULO II
Da Competência para a Instauração

Art. 2º A instauração de Sindicância é atribuição de âmbito administrativo inerente


aos cargos de:
I – Comandante-Geral;
II – Chefe do Estado-Maior-Geral;
III - Subchefe do Estado-Maior-Geral;
IV – Corregedor-Geral;
V – Chefe do Gabinete Militar;
VI – diretores e comandantes dos Grandes Comandos;
VII – comandantes de unidade, chefes de Centro e chefes de Seção do Estado-
Maior;
VIII – Comandantes de subunidade independente.
§ 1º A autoridade policial militar que tiver conhecimento de irregularidades deverá,
no prazo de até cinco dias úteis, comunicá-la ao respectivo comandante imediato,
seguindo a cadeia de comando, por meio de documento próprio.
§ 2º A portaria de instauração deverá delimitar os fatos objeto da investigação, bem
como indicar a autoridade sindicante, cuja designação será publicada em boletim
ostensivo.
§ 3º A instauração de sindicância pelas autoridades previstas nos incs. V a VIII deste
artigo pode ser avocada pelo Comandante-Geral, conforme o disposto nas Disposições
Finais desta Instrução Normativa.

310
CAPÍTULO III
Do Encarregado

Art. 3º Poderão ser designados como encarregados de sindicâncias os oficiais, os


aspirantes-a-oficial e os subtenentes, todos da ativa, respeitando-se o grau hierárquico do
sindicado.
Parágrafo único. Quando, no decorrer da sindicância, o encarregado constatar
indicativos de irregularidades praticadas por um policial militar de grau hierárquico
superior, deverá aquele concluir os autos por meio de relatório, o qual apontará os fatos
impeditivos, devendo solicitar imediatamente a sua substituição.
Art. 4º Fica impedido de atuar como sindicante o militar que:
a) tiver comunicado o fato;
b) tenha parentesco consanguíneo ou afim, em linha reta ou colateral, até o 4° grau,
com quem apresentou a alegação do fato, com a vítima, com o sindicado ou com
advogado deste;
c) seja cônjuge ou companheiro de quem apresentou a alegação do fato, da vítima
ou do sindicado ou do advogado deste.
Parágrafo único. O impedimento do sindicante pode ser arguido a qualquer tempo.
Art. 5º Há suspeição do sindicante que:
a) seja inimigo ou amigo íntimo do sindicado, ressaltando que a amizade íntima é
aquela que vai além do necessário relacionamento funcional entre os integrantes da
Instituição;
b) tenha particular interesse na decisão da causa.
Parágrafo único. Os aspectos de suspeição devem ser demonstrados por aquele
que argui-la, sendo que a arguição somente poderá ser feita até o interrogatório do
sindicado.
Art. 6º Havendo motivos de impedimento ou suspeição para a realização dos
trabalhos, caberá ao sindicante manifestar-se, formalmente, a respeito do fato, sob pena
de ser responsabilizado.

CAPÍTULO IV
Dos Procedimentos e das Formalidades

Art. 7º A Administração Pública Militar, na condução dos trabalhos atinentes à


sindicância, obedecerá, dentre outros, aos princípios da legalidade, finalidade, motivação,

311
razoabilidade, proporcionalidade, moralidade, ampla defesa, contraditório, segurança
jurídica, interesse público e eficiência.
Art. 8º Ao receber a portaria de instauração, o sindicante deverá autuá-la,
juntamente com seus anexos, no primeiro dia útil subsequente ao do recebimento.
Art. 9º O sindicante, dentre outras diligências julgadas pertinentes, deverá adotar as
seguintes providências:
I – autuar todos os documentos que deram origem a Sindicância;
II – intimar o sindicado e as pessoas envolvidas;
III – fazer a oitiva do acusador e/ou vítima e demais envolvidos;
IV – inquirir as testemunhas de acusação;
V – expedir carta precatória, caso necessário;
VI – proceder ao reconhecimento de pessoas e coisas;
VII – fazer as acareações necessárias;
VIII – interrogar o sindicado;
IX – inquirir as testemunhas indicadas pelo sindicado;
X – providenciar a realização de exames e perícias que se fizerem necessários para
a elucidação dos fatos;
XI – providenciar a avaliação de coisas relativas ao fato, subtraídas ou desviadas;
XII – deferir a produção de provas de qualquer natureza requeridas pelo sindicado,
observando-se o que dispõe o “caput” do art. 10 desta Instrução Normativa;
XIII – juntar aos autos cópia da ficha funcional do sindicado, bem como os
documentos obtidos no decorrer da apuração;
XIV – analisar todos os fatos apurados, para que estes lhe ofereçam elementos
necessários à formulação da sua conclusão, através de um relatório.
§ 1º No que couber, aplica-se o disposto no art. 12 do Código de Processo Penal
Militar.
§ 2º O sindicante, em cada página utilizada, deverá deixar uma margem à esquerda
e superior de 03 (três) centímetros, e à direita e inferior de 02 (dois) centímetros; usar
fonte tamanho 12, tipo Arial ou Times New Roman; e espaço entre linhas 1,5.
§ 3º Todos os documentos e peças que efetivamente compõem a sindicância serão
cronologicamente numerados e rubricados no campo superior direito da página, iniciando
a contagem a partir da capa, porém nesta, tanto a numeração quanto a rubrica serão
omitidos.
§ 4º O sindicante deverá numerar continuamente todas as páginas, inclusive o
verso, quando for utilizado, colocando, no centro daquelas que não o forem, a expressão
“EM BRANCO”.

312
§ 5º As eventuais correções necessárias deverão ser feitas de forma que não
possibilitem a interpretação da existência de adulterações.
§ 6º O sindicante deverá utilizar uma linguagem clara, compreensível e simples, sem
o uso de termos adjetivos desnecessários e de divagações.
Art. 10 O sindicante poderá, caso seja necessário, nomear um escrevente para
executar, como encargo, os trabalhos de digitação da Sindicância.
Parágrafo único. Quando o sindicado for oficial, o escrevente será um tenente;
quando for praça, o escrevente será um sargento, preferencialmente, nos dois casos.

CAPÍTULO V
Dos Direitos do Sindicado

Art. 11 Ao sindicado é facultado ser assistido por advogado devidamente inscrito na


Ordem dos Advogados do Brasil.
Art. 12 O sindicante poderá indeferir pedidos de provas impertinentes, ilícitas,
meramente protelatórias ou de nenhum interesse para o esclarecimento dos fatos.

CAPÍTULO VI
Dos Prazos e da Suspensão

Art. 13 O prazo para a conclusão da sindicância é de 20 (vinte) dias úteis, a contar


do dia posterior ao recebimento, pelo sindicante, dos documentos que lhe deram origem.
§ 1º O prazo acima pode ser prorrogado por mais 08 (oito) dias úteis, devendo o
pedido ser feito à autoridade delegante, minunciosamente motivado, o qual deverá estar
acompanhado de cópia da autuação e da portaria de instauração, de modo que possibilite
a decisão acerca da prorrogação ou não antes do término do prazo regular.
§ 2º Quando houver substituição de sindicante, o prazo será reiniciado, sendo
possível a sua prorrogação.
§ 3º Os documentos eventualmente obtidos após o término da sindicância deverão
ser remetidos à autoridade delegante para que sejam devidamente juntados aos autos.
Art. 14 O prazo para conclusão da sindicância poderá, excepcionalmente, ser
suspenso por decisão da autoridade delegante, de oficio ou a pedido do encarregado,
devendo tal ato ser devidamente motivado.

313
CAPÍTULO VII
Do Comparecimento de Pessoas

Art. 15 Os policiais militares da ativa e os funcionários civis em atividade na


corporação serão intimados, mediante ofício, através do seu comandante ou chefe
imediato; os militares inativos e as demais pessoas serão intimidas em seus domicílios.
§ 1º Quando o sindicado estiver preso, a intimação deverá ser feita à autoridade
responsável pela sua custódia.
§ 2º Quando o intimado não comparecer, o sindicante emitirá novo ofício, devendo,
por conseguinte, expedir certidão de não comparecimento, sem prejuízo de outras
providências julgadas cabíveis.

CAPÍTULO VIII
Da Oitiva dos Envolvidos

Art. 16 O sindicante deverá ouvir quantas pessoas forem necessárias para melhor
esclarecer os fatos.
Art. 17 A oitiva de pessoas deve ser realizada, preferencialmente, durante o
expediente administrativo da Corporação.
§ 1º A testemunha não poderá ser ouvida por mais de 04 (quatro) horas
consecutivas, sendo-lhe facultado um descanso de 30 (trinta) minutos, sempre que
houver necessidade de ultrapassar aquele tempo.
§ 2º Quando houver necessidade de novamente ouvir algum envolvido, o sindicante
formalizará o ato em novo termo de oitiva.
Art. 18 No termo de oitiva deverá conter a qualificação da pessoa ouvida, na qual
deverá constar o nome completo, o CPF, o número de identificação de documento civil, a
naturalidade, a filiação, o estado civil, o domicílio, a profissão, o número de telefone e, se
militar, o posto ou a graduação, a matrícula e a OPM de lotação. Ademais, se o envolvido
é parente ou amigo do acusado ou ofendido, devendo relatar o que sabe, ainda que por
ouvir dizer, a respeito do fato e circunstâncias que com ele tenham relação.
§ 1º As testemunhas devem ser inquiridas separadamente.
§ 2º Não serão reduzidas a termo as opiniões pessoais das testemunhas.
§ 3º Sendo a testemunha superior hierárquico do sindicante, ela poderá marcar o
horário e local da oitiva ou manifestar-se, por meio de ofício, em resposta a um
questionário emitido pelo sindicante, esclarecendo o que sabe sobre os fatos em sua
totalidade.

314
§ 4º A oitiva de policiais militares pertencentes a OPMs sediadas em municípios
distantes da sede da apuração deverá ser realizada preferencialmente no local onde eles
estiverem lotados.
§ 5º Sempre que possível, o registro das oitivas realizadas será também feito pelos
meios ou recursos de gravação magnética, digital ou técnica similar, inclusive audiovisual,
com o fim de obter maior fidelidade das informações.
§ 6º No caso de registro por meio audiovisual, se solicitado, será encaminhada cópia
do registro original às partes, sem necessidade de transcrição.
Art. 19 Caso alguma pessoa ouvida não saiba ou não possa assinar o termo, o
sindicante deverá providenciar uma pessoa idônea para assistir ao seu depoimento e
posteriormente assiná-lo, “a rogo”, juntamente com mais uma testemunha, fazendo
constar o ocorrido no final do termo.
Art. 20 O trabalho do sindicante deve ser o mais preciso e objetivo possível,
reproduzindo os depoimentos na sua integralidade, devendo desprezar as apreciações
subjetivas julgadas dispensáveis.

CAPÍTULO IX
Do Reconhecimento de Pessoas

Art. 21 Quando necessário o reconhecimento de pessoas, deverão ser adotados os


seguintes procedimentos:
I – o ofendido ou vítima será convidado a comparecer ao reconhecimento,
oportunidade em que deverá descrever as características da pessoa a ser reconhecida;
II – o reconhecimento deve ser feito com a pessoa que deva ser identificada
colocada junto a outras de características físicas semelhantes, a fim de que se possa dar
maior credibilidade ao ato de identificação eventualmente realizado.
III – a fim de se evitar possível coação, constrangimento, influência ou intimidação
por parte da pessoa que vai ser reconhecida, contra aquela que vai realizar o
reconhecimento, deve-se evitar que esta seja vista pela outra, objetivando a lisura e
eficiência do ato;
IV – do reconhecimento será expedido um termo minucioso e preciso, subscrito pelo
sindicante, pelo reconhecedor e por duas testemunhas presenciais;
V – se várias forem as testemunhas chamadas a efetuar o reconhecimento, cada
uma deverá fazê-lo separadamente, evitando qualquer comunicação entre elas. Se forem
várias as pessoas que tiverem de ser reconhecidas, o procedimento será feito
individualmente;

315
VI – o militar notificado não será obrigado a participar do reconhecimento, mas não
poderá se recusar a comparecer ao local indicado pelo sindicante, sob pena de responder
administrativamente e/ou penalmente pela conduta.
Parágrafo único. A critério do sindicante, o reconhecimento poderá ser realizado por
fotografias ou por filmagem, quando se mostrar inviável o reconhecimento pessoal.

CAPÍTULO X
Da acareação

Art. 22 É facultada ao sindicante a realização de acareação sempre que houver


divergência em declarações sobre fatos ou circunstâncias relevantes, desde que
amparadas em outras provas, seguindo o disposto nos artigos 366 e 367 do CPPM.
§ 1º A acareação pode ser realizada entre os próprios sindicados, ofendidos ou
testemunhas, como também entre uns e outros, ou seja, entre sindicado e ofendido, entre
ofendido e testemunha e entre testemunha e sindicado.
§ 2º Sempre que possível, deve o responsável pelo ato evitar a acareação entre uma
pessoa que presta o compromisso legal de dizer a verdade com outra
descompromissada, em face do desequilíbrio probatório, dando preferência para a coleta
de termos de declarações ou de depoimentos complementares das referidas pessoas.
§ 3º A acareação entre superiores e subordinados somente será realizada em
situações excepcionalíssimas, quando o procedimento for eminentemente necessário
para o esclarecimento de divergências existentes no curso da apuração e fundamental
para a busca da verdade real; o sindicante será, sempre, possuidor de precedência
hierárquica em relação aos militares acareados.

CAPÍTULO XI
Da Reconstituição dos fatos

Art. 23 Para verificar a possibilidade de haver a infração sido praticada de


determinado modo, o sindicante poderá proceder à reprodução simulada dos fatos, desde
que esta não contrarie a moralidade ou a ordem pública, muito menos atente contra a
hierarquia ou a disciplina militar.

316
CAPÍTULO XII
Da Conclusão e da Remessa

Art. 24 A sindicância será concluída com minucioso relatório, no qual serão


elencados todos os atos praticados pelo sindicante, a análise das provas obtidas, a
exposição das circunstâncias em que se deram os fatos apurados e a indicação dos
indícios ou não das responsabilidades disciplinar, civil e/ou penal correlatas.
Parágrafo único. Ao final das apurações, caso restem provas indicativas do
cometimento de transgressão disciplinar, o sindicante delimitará no relatório, de forma
individualizada, a suposta conduta contrária à disciplina e o respectivo enquadramento
legal.
Art. 25 Após lavrar o relatório conclusivo, o sindicante remeterá a sindicância à
autoridade delegante, por meio de ofício.

CAPÍTULO XIII
Da Solução

Art. 26 A autoridade que instaurou a sindicância deverá solucioná-la, homologando


ou não a conclusão do encarregado, devendo sempre justificar os motivos da avocação,
conforme o caso, devendo, entre outras providências:
I – arquivar a sindicância, se não constatar irregularidades;
II – encaminhar a sindicância ou cópia de suas peças a outras autoridades civis ou
militares, para conhecimento e/ou adoção de providências cabíveis;
III – instaurar ou solicitar a instauração de Inquérito Policial Militar, com base no
CPPM;
IV – instaurar Processo Administrativo Disciplinar, com base no CEDM/SE;
V – providenciar, nos termos da legislação em vigor, que o sindicado seja submetido
a Conselho de Justificação ou de Disciplina.
Parágrafo único. O Encaminhamento dos autos da sindicância ao Poder Judiciário
ou ao Ministério Público Estadual somente poderá ser feito por meio do Comando-Geral
ou do Subcomando-Geral.

317
CAPÍTULO XIV
Das Disposições Finais

Art. 27 Na confecção da sindicância deverão ser observados os modelos de


documentos constantes no anexo desta Instrução Normativa.
Art. 28 A autoridade competente para instaurar a sindicância é responsável pela
fiscalização e eventual saneamento dos atos praticados.
Parágrafo único. Os autos de sindicância poderão ser devolvidos ao sindicante para
efetivação de diligências não realizadas, as quais se mostrem imprescindíveis,
concedendo-se prazo razoável ao seu cumprimento.
Art. 29 As autoridades previstas nos incisos I a IV do art. 2° desta Instrução
Normativa poderão avocar, motivadamente, a apuração do fato, esteja ou não iniciado o
procedimento, quando houver a prática de atos irregulares, circunstâncias ou situações
que o recomendem, com o fito de preservação da hierarquia e disciplina.
Art. 30 Toda decisão de arquivamento de sindicâncias fica obrigatoriamente sujeita a
reexame pelo Corregedor-Geral, sem o que não produzirá qualquer efeito, com exceção
das instauradas pelas autoridades previstas nos incisos I e II do art. 2º desta Instrução
Normativa.
Art. 31 As autoridades responsáveis pela instauração de sindicâncias deverão
encaminhar cópias digitais dos processos e das respectivas soluções para a
Corregedoria-Geral, que deverá arquivá-las eletronicamente para controle estatístico e
qualquer necessidade ulterior.
Art. 32 Aplicam-se à presente Instrução Normativa, no que couber, os dispositivos
do CPPM e as demais fontes do Direito.
Art. 33 Esta Instrução Normativa entra em vigor após 30 (trinta) dias da data de sua
publicação em Boletim Geral Ostensivo, ficando revogadas as disposições em contrário,
principalmente a Portaria nº 006/98-GCG, de 04 de novembro de 1998.

Aracaju/SE, 30 de abril de 2020.

Marcony Cabral Santos – Cel PM


Comandante-Geral da PMSE

318
ANEXO
MODELOS DE FORMULÁRIOS

1. CAPA E AUTUAÇÃO

POLÍCIA MILITAR DO ESTADO DE SERGIPE

(GRANDE COMANDO OU SUBORDINAÇÃO)


(UNIDADE)

SINDICÂNCIA Nº ____

Sindicante:.....(grau hierárquico, matrícula, nome e OPM)

Sindicado:.....(grau hierárquico, matrícula, nome e OPM)

AUTUAÇÃO

Aos...(por extenso)...dias do mês de .............. do ano de...(por extenso)..., nesta cidade


de...(cidade/Estado)..., no Quartel do...(OPM onde funciona a Sindicância)..., autuo a
Portaria nº...(nº e data da portaria de designação)..., expedida pelo Sr....(função da
autoridade delegante).., e demais documentos que me forem entregues. Do que, para
constar, lavro o presente termo, Eu, ...(nome e grau hierárquico)..., sindicante, que o
digitei (ou mandei digitar) e assino.

(nome e grau hierárquico)


Sindicante

1. COMENTÁRIO
A autuação consiste na transformação dos documentos de origem da Sindicância em
autos. Esta será sempre a primeira folha da Sindicância, servindo-lhe de capa.

319
2. PORTARIA

POLÍCIA MILITAR DO ESTADO DE SERGIPE


(GRANDE COMANDO OU SUBORDINAÇÃO)

(UNIDADE)

Portaria nº ..../(ano)-(órgão expedidor)

Instauração de Sindicância.

O Sr.....(função da autoridade delegante).., no uso de suas atribuições estabelecidas no


XXXXX, das Normas para Elaboração de Sindicância na PMSE, aprovadas pela Portaria
nº ____-GCG, de ___ de ___________ de 2020.

RESOLVE:

Designar o...(grau hierárquico, matrícula, nome, e OPM)...para proceder a uma


Sindicância sobre os fatos narrados no...(citar os documentos de origem), que constam
que...(resumo dos fatos a serem apurados), delegando-lhe para este fim as atribuições
que me competem.

(nome e grau hierárquico)


(função da autoridade designante)

2. COMENTÁRIO
A portaria é o documento que dá ao sindicante o suporte legal, para realizar os trabalhos
da Sindicância. Devendo ser entregue ao encarregado juntamente, com os documentos
de origem.

320
3. OFÍCIO DE INTIMAÇÃO PM DA ATIVA

POLÍCIA MILITAR DO ESTADO DE SERGIPE


(GRANDE COMANDO OU SUBORDINAÇÃO)

(UNIDADE)

Ofício nº ..../(ano)-Sind. Local e data

Assunto: Intimação de policial militar.

Senhor (a)...(cargo do destinatário)...,

Visando instruir os autos de Sindicância, instaurada por determinação do...(função da


autoridade delegante)..., através da Portaria nº...(nº e data da portaria de designação)...,
solicito a V. Sª. a apresentação do...(grau hierárquico, matrícula, nome do PM ), o qual
figura como...(sindicado, testemunha), para ser ouvido às...(hora, data e local da audição).

Atenciosamente.

(nome, grau hierárquico)


Sindicante

A(o) Ilmo(a). Sr.(a).


(grau hierárquico e nome do destinatário)
(função do destinatário)

Rodapé (Endereço da unidade, e-mail e telefone)

___________________________________________________________________
3. COMENTÁRIO
A intimação deve conter, obrigatoriamente, o local, o dia e o horário, onde o intimado
deverá comparecer. A pessoa, que receber este ofício, ficará com a 1ª via, passando
recibo na 2ª via que ficará com o sindicante.
321
4. OFÍCIO DE INTIMAÇÃO DE DEMAIS PESSOAS.

POLÍCIA MILITAR DO ESTADO DE SERGIPE


(GRANDE COMANDO OU SUBORDINAÇÃO)

(UNIDADE)

Ofício nº ..../(ano)-Sind. Local e data


Assunto: Intimação.

Ilmo(a) Senhor(a),

Objetivando esclarecer os autos de Sindicância, instaurada por determinação do...(função


da autoridade delegante)..., através da Portaria nº...(nº e data da portaria de
designação)..., notifico-lhe para comparecer às...(hora, data e local da oitiva)..., a fim de
prestar esclarecimentos a respeito dos fatos.

Atenciosamente.

(nome, grau hierárquico)


Sindicante

A(o) Ilmo(a). Sr.(a).


(nome do notificado)

Rodapé (Endereço da unidade, e-mail e telefone)

4. COMENTÁRIO
A intimação deve conter, obrigatoriamente, o local, o dia e o horário, onde o notificado
deverá comparecer. A pessoa, que receber este ofício, ficará com a 1ª via, passando
recibo na 2ª via que ficará com o sindicante.
322
5. TERMO DE DECLARAÇÕES

POLÍCIA MILITAR DO ESTADO DE SERGIPE


(GRANDE COMANDO OU SUBORDINAÇÃO)

(UNIDADE)

TERMO DE DECLARAÇÕES

Aos...(por extenso)...dias do mês de .............. do ano de...(por extenso)..., nesta cidade


de...(cidade/Estado)..., na...(seção)..., do...(OPM)..., às...(horário)..., compareceu o
Sr(a)....(nome do declarante)..., CPF, RG...(nº e órgão expedidor)..., telefone..., natural
de...(Município e Estado)..., nascido em...(data de nascimento)..., filho de...(filiação)...,
residente na...(endereço completo)..., profissão....., nº Telefone, o qual, na presença das
testemunhas, do sindicado e do seu defensor (se for o caso) abaixo assinadas, e a
respeito dos fatos que deram origem a presente Sindicância, passou a declarar o
seguinte: Que...(registrar as declarações)......; ......(prosseguir com as perguntas
pertinentes para elucidação dos fatos );...... E como não mais disse nem lhe foi
perguntado, dou por encerrado o presente termo, o qual digitei (ou mandei digitar), que,
depois de lido e achado conforme, vai assinado por este sindicante, pelo declarante, pelas
testemunhas (se for o caso).

(nome e grau hierárquico)


Sindicante

(nome e identificação)
Declarante

(nome e identificação)
Defensor

___________________________________________________________________
5. COMENTÁRIO
O termo de declarações é utilizado para oitiva de vítimas, pessoas que mantém relação
de parentesco com o sindicado, ou, quando legalmente assistidos, crianças, adolescentes
e pessoas com deficiência mental, bem como para outros casos indefinidos.
323
6. TERMO DE INQUIRIÇÃO DE TESTEMUNHA

POLÍCIA MILITAR DO ESTADO DE SERGIPE


(GRANDE COMANDO OU SUBORDINAÇÃO)

(UNIDADE)

TERMO DE INQUIRIÇÃO DE TESTEMUNHA

Aos...(por extenso)...dias do mês de .............. do ano de...(por extenso)..., nesta cidade


de...(cidade/Estado)..., na...(seção)..., do...(OPM)..., às...(horário)..., presente o sindicado
e seu defensor (se for o caso), compareceu o Sr(a)....(nome da testemunha)..., CPF,
RG...(nº e órgão expedidor), telefone..., natural de...(Município e Estado)..., nascido
em...(data de nascimento)..., filho de...(filiação)..., residente na...(endereço completo)...,
profissão....., nº Telefone, a qual aos costumes disse...(descrever)..., após prestar o
compromisso de dizer a verdade sobre o que sabe e lhe fosse perguntado, inquirida a
respeito dos fatos que deram origem a presente Sindicância, relatou que...(descrever o
relato da testemunha)......; ......(prosseguir com as perguntas à testemunha);...... E como
não mais disse nem lhe foi perguntado, dou por encerrado o presente termo, o qual digitei
(ou mandei digitar), que, depois de lido e achado conforme, vai assinado por este
sindicante, pela testemunha.

(nome e grau hierárquico)


Sindicante

(nome e identificação)
Testemunha

(nome e identificação)
Defensor

__________________________________________________________________
6. COMENTÁRIO
O sindicante deverá reproduzir, tanto quanto for possível, as expressões empregadas
pelas testemunhas, desprezando as apreciações subjetivas, salvo quando inseparáveis
do fato. Esta observação será válida, também, para as outras oitivas.
324
7. TERMO DE QUALIFICAÇÃO E INTERROGATÓRIO

POLÍCIA MILITAR DO ESTADO DE SERGIPE


(GRANDE COMANDO OU SUBORDINAÇÃO)

(UNIDADE)

TERMO DE QUALIFICAÇÃO E INTERROGATÓRIO

Aos...(por extenso)...dias do mês de .............. do ano de...(por extenso)..., nesta cidade


de...(cidade/Estado)..., na...(seção)..., do...(OPM)..., às...(horário)..., presente a defesa,
na pessoa do...(nome, nº da carteira da OAB)..., e, ...(nome de outras pessoas se
houver)..., compareceu o sindicado, ....(grau hierárquico, matrícula, nome, CPF, telefone e
OPM)..., estado civil..., natural de...(Município e Estado)..., nascido em...(data de
nascimento)..., filho de...(filiação)..., residente na...(endereço completo)...,, o qual a
respeito dos fatos que deram origem a presente Sindicância respondeu o seguinte:
Que...(descrever o relato do sindicado)......; ......(prosseguir com as perguntas pertinentes
para a elucidação dos fatos);..... E como não mais disse nem lhe foi perguntado, dou por
encerrado o presente termo, o qual digitei (ou mandei digitar), que, depois de lido e
achado conforme, vai assinado por este sindicante, pelo sindicado e por seu defensor.

(nome e grau hierárquico)


Sindicante

(nome e grau hierárquico)


Sindicado

(nome e identificação)
Defensor

___________________________________________________________________
7. COMENTÁRIO
O investigado não presta compromisso de dizer a verdade e seu silêncio não o prejudica,
cabendo somente por cautela de registrar, no termo de interrogatório, as perguntas que
se recusou a responder. A ausência de advogado constituído, não obsta a realização do
interrogatório.
325
8. CARTA PRECATÓRIA

POLÍCIA MILITAR DO ESTADO DE SERGIPE


(GRANDE COMANDO OU SUBORDINAÇÃO)

(UNIDADE)

Ofício nº ..../(ano)-Sind. Local e data


Assunto: Carta Precatória.

Senhor(a)....(função do destinatário)...,

Visando instruir os autos de Sindicância, instaurada por determinação do...(função da


autoridade delegante)..., através da Portaria nº...(nº e data da portaria de designação)...,
solicito a V. Sª. que proceda às seguintes diligências:
- .....(citar as diligências necessárias à elucidação dos fatos)....
Atenciosamente.

(nome e grau hierárquico)


Sindicante

A(o) Ilmo(a). Sr.(a).


(grau hierárquico e nome da autoridade deprecada)
(função da autoridade deprecada)

Rodapé ( Endereço da unidade, e-mail e telefone)

___________________________________________________________________
8. COMENTÁRIO
Carta Precatória é o pedido que o sindicante faz a Organização Militar de outro Estado,
para que esta nomeie militar para que pratique um determinado ato de polícia judiciária
(inquirir testemunha, avaliar bem etc.).
A carta precatória será expedida pelo meio mais rápido possível. A autoridade
deprecante, além de formular as diligências necessárias ao esclarecimento dos fatos,
deverá solicitar à autoridade deprecada que acuse o recebimento da carta precatória e
realize as diligências com certa brevidade.
326
9. TERMO DE ACAREAÇÃO

POLÍCIA MILITAR DO ESTADO DE SERGIPE


(GRANDE COMANDO OU SUBORDINAÇÃO)

(UNIDADE)

TERMO DE ACAREAÇÃO

Aos...(por extenso)...dias do mês de ........ do ano de...(por extenso)..., nesta cidade


de...(cidade/Estado)..., na...(seção)..., do...(OPM)..., presente o sindicado....(com seu
defensor, se houver)..., às...(horário)..., presentes as testemunhas...(nome, CPF e RG)...,
já inquiridas neste processo, conforme se vê nos documentos de folhas..., à vista das
divergências constadas nos respectivos depoimentos, nas partes que...(citar os pontos
divergentes dos depoimentos)...e, sob o compromisso prestado de dizerem a verdade,
foram perguntadas às pessoas, uma em face da outra, para explicar ditas
discrepâncias...(de contradição, conforme o caso)...E, depois de lidos perante os
presentes os depoimentos referidos, nos pontos contraditórios, pela
testemunha...(nome)..., foi dito que...(retifica ou confirma)...o depoimento anteriormente
prestado, pelas seguintes razões...(descrever a justificativa ou confirma por ser o
depoimento a expressão da verdade)..., pela testemunha...(nome)..., foi dito...(proceder
da mesma forma recomendada anteriormente)..., pelo sindicado...(nome)..., foi
dito...(proceder da mesma forma recomendada acima)......E como não mais disseram nem
lhes foi perguntado, dou por encerrado o presente termo, o qual digitei (ou mandei digitar),
que, depois de lido e achado conforme, vai assinado por este sindicante, pelo sindicado,
por seu defensor e pelas testemunhas.

(nome e grau hierárquico)


Sindicante

(nome e grau hierárquico)


Sindicado

327
(nome e identificação)
Defensor

(nome e identificação)
Testemunha

(nome e identificação)
Testemunha

___________________________________________________________________
9. COMENTÁRIO
A acareação consiste no confronto entre acusados, testemunhas e ofendidos, já
qualificados nos autos da Sindicância, sobre os pontos divergentes existentes em seus
depoimentos, desde que haja provas nos autos que leve a este ato. A acareação somente
deverá ser feita quando fundamental para o esclarecimento de divergências sobre fatos e
circunstâncias relevantes acerca da irregularidade que se apura. O sindicante deve ter o
cuidado de observar as reações fisionômicas dos acareados, bem como de analisar as
suas composturas, coerências e firmezas, consignando as respostas dos acareados com
os seus sinais de exteriorização, tais como nervosismo, ruborização, respostas
claudicantes, timidez, insegurança etc.

328
10. TERMO DE RECONSTITUIÇÃO

POLÍCIA MILITAR DO ESTADO DE SERGIPE


(GRANDE COMANDO OU SUBORDINAÇÃO)

(UNIDADE)

TERMO DE RECONSTITUIÇÃO

Aos ....... dias do mês ........... do ano de ......, no .................. (local onde houve o crime),
presente o ......................(posto e nome), Encarregado desta Sindicância, comigo
................. (posto ou graduação e nome), Escrevente, o sindicado ................. (nome) e
(nome de outras pessoas) que vão cooperar na reconstituição dos fatos que estão sendo
apurados nesta Sindicância, segundo descrição do sindicado ...................... e do ofendido
................... e (ou) das testemunhas ....................................., tudo de acordo com
................................. fotografias e respectivas legendas, rubricadas pelo Sr. Encarregado,
por mim, Escrevente, pelo sindicado (se for o caso, pelo ofendido). Do que, para constar
lavrei o presente auto que vai assinado pelo Sr. Encarregado desta Sindicância, pelo
sindicado (e pelo ofendido ou testemunhas) e por mim, Escrevente, que o subscrevo.

(nome e grau hierárquico)


Sindicante

(nome e grau hierárquico)


Sindicado

(nome e identificação)
Ofendido ou testemunha

(nome e identificação)
Escrevente

10. COMENTÁRIO
O sindicante poderá proceder à reprodução simulada dos fatos, desde que esta não
contrarie a moralidade ou a ordem pública, nem atente contra a hierarquia ou a disciplina
militar.
329
11. TERMO DE RECONHECIMENTO

POLÍCIA MILITAR DO ESTADO DE SERGIPE


(GRANDE COMANDO OU SUBORDINAÇÃO)

(UNIDADE)

TERMO DE RECONHECIMENTO

Aos...(por extenso)...dias do mês de ........ do ano de...(por extenso)..., nesta cidade


de...(cidade/Estado)..., na...(seção)..., do...(OPM)..., onde presente se encontrava este
sindicante, compareceu o Sr(a).....(nome e qualificação da pessoa que vai fazer o
reconhecimento)..., que, convidado a descrever a pessoa a ser reconhecida, disse
que...(transcrever o relato)...; em seguida o Sr(a)....(nome e qualificação da pessoa a ser
reconhecida)...foi colocado ao lado de...(nome da pessoa com quem ele tem semelhança
física)..., tendo o Sr(a)...( nome da pessoa que fará o reconhecimento)... apontado (ou
não) o Sr(a)....( nome da pessoa que está sendo reconhecida)... como sendo a pessoa
que...(transcrever o que declarou a pessoa que foi reconhecer)....E como não mais
declarou, dou por encerrado o presente termo, o qual digitei (ou mandei digitar), que,
depois de lido e achado conforme, segue assinado por este sindicante, pela pessoa que
foi reconhecer, pela pessoa a ser reconhecida e pelas testemunhas (se for caso).

(nome e grau hierárquico)


Sindicante
(nome e identificação do reconhecedor)
Reconhecedor
(nome e grau hierárquico da pessoa reconhecida)
Pessoa Reconhecida (ou não)
(nome e identificação)
Testemunha
(nome e identificação)
Testemunha
___________________________________________________________________
11. COMENTÁRIO
No reconhecimento de pessoas serão rigorosamente observados os dispositivos previstos
nos arts. 368 a 370 do CPPM. Como também no reconhecimento de coisas, cujo termo
lavrado é semelhante ao descrito anteriormente, com as devidas adaptações.
330
12. TERMO DE COMPROMISSO DO PERITO

POLÍCIA MILITAR DO ESTADO DE SERGIPE


(GRANDE COMANDO OU SUBORDINAÇÃO)

(UNIDADE)

TERMO DE COMPROMISSO DO PERITO

Aos...(por extenso)...dias do mês de ........ do ano de...(por extenso)..., nesta cidade


de...(cidade/Estado)..., no...(OPM)..., o...(grau hierárquico, nome e OPM dos peritos)...,
designados para exercerem as funções de Peritos-avaliadores nesta Sindicância,
prestaram perante este sindicante o compromisso legal de desempenharem as suas
funções com obediência à disciplina judiciária e de responderem fielmente aos quesitos
que lhes forem propostos. Do que, para constar, lavro o presente termo, o qual digitei (ou
mandei digitar), que vai assinado por todos.

(nome e grau hierárquico)


Sindicante

(nome e grau hierárquico)


Perito

(nome e grau hierárquico)


Perito

___________________________________________________________________
12. COMENTÁRIO
Esse tipo de termo é lavrado quando o sindicante solicita a nomeação de perito, para a
realização de exames periciais em armas, viaturas ou outros objetos, desde que possuam
cursos específicos.
331
13. AUTO DE AVALIAÇÃO
POLÍCIA MILITAR DO ESTADO DE SERGIPE

(GRANDE COMANDO OU SUBORDINAÇÃO)


(UNIDADE)
AUTO DE AVALIAÇÃO
Aos...(por extenso)...dias do mês de ........ do ano de...(por extenso)..., nesta cidade
de...(cidade/Estado)..., no...(OPM)..., onde presente se achava este sindicante, os peritos
nomeados...(grau hierárquico, matrícula, nome e OPM dos peritos)... e as
testemunhas....(nome e identificação de duas testemunhas)..., todos abaixo assinados,
depois de prestado pelos peritos o compromisso de bem e fielmente desempenharem os
deveres do seu cargo, declarando com verdade o que encontrarem e em suas
consciências entenderem, encarregaram-se de proceder à avaliação dos seguintes
objetos danificados...(relacionar os objetos apresentados para avaliação)..., os quais lhes
foram apresentados. Em seguida, passando os peritos a dar cumprimento à diligência
ordenada, depois dos exames necessários, declararam que os objetos referidos tinham os
seguintes valores...(citar o objeto e o seu valor por extenso)..., importando o valor total
dos mesmos em R$...(por extenso)... Foram as declarações que em suas consciências e
sob o compromisso prestado fizeram. E, por não mais existir, dou por encerrada a
presente avaliação, a qual digitei (ou mandei digitar), lavrando-se este auto que, depois
de lido e achado conforme, vai assinado por este sindicante, pelos peritos e pelas
testemunhas.
(nome e grau hierárquico)
Sindicante
(nome e grau hierárquico)
Perito
(nome e grau hierárquico)
Perito
(nome e identificação)
Testemunha
(nome e identificação)
Testemunha
13. COMENTÁRIO
Este tipo de exame é utilizado para estimar o valor ou orçamento dos danos causados em
armas, viaturas ou outros objetos. Neste caso, os peritos, também, prestam compromisso
mediante termo nos autos.

332
14. TERMO DE JUNTADA

POLÍCIA MILITAR DO ESTADO DE SERGIPE


(GRANDE COMANDO OU SUBORDINAÇÃO)

(UNIDADE)

TERMO DE JUNTADA

Aos...(por extenso)...dias do mês de .............. do ano de...(por extenso)..., junto aos


presentes autos os seguintes documentos:...(citar os documentos). E, para constar, lavro
este termo, o qual digitei (ou mandei digitar), e assino.

(nome e grau hierárquico)


Sindicante

14. COMENTÁRIO
O termo de juntada é confeccionado para aqueles documentos que não foram produzidos
pelo encarregado e devem ser inseridos nos autos.

333
15. TERMO DE DEVOLUÇÃO

POLÍCIA MILITAR DO ESTADO DE SERGIPE


(GRANDE COMANDO OU SUBORDINAÇÃO)

(UNIDADE)

DEVOLUÇÃO

Portaria Nº ........., datada de .. de ........... de ....


Sindicância Nº: ..........
Sindicante: ..............................

O Corregedor-Geral da PMSE no uso das suas atribuições legais, faz a devolução da


presente Sindicância, contendo ...... ( ) laudas originais, para que realize no prazo de
...... ( ) dias, as diligências abaixo relacionadas:

1- ...................................................;
2- ...................................................;
3- ....................................................

Aracaju/SE, .... de .............. de ....

Autoridade delegante
(assinatura)

15. COMENTÁRIO
Para melhor esclarecimento dos fatos, a autoridade delegante, através de devolução,
poderá determinar ao encarregado da sindicância que realize diligências.

334
16. RELATÓRIO

POLÍCIA MILITAR DO ESTADO DE SERGIPE


(GRANDE COMANDO OU SUBORDINAÇÃO)

(UNIDADE)

RELATÓRIO

I – INTRODUÇÃO
- A presente Sindicância foi instaurada por determinação do Sr...(citar a função da
autoridade designante)..., através da Portaria nº...(nº e data de expedição da portaria)...,
para apurar o...(citar o objetivo da portaria)...
II – EXPOSIÇÃO
- Para esclarecer os fatos, foram adotadas as seguintes diligências...(resumo das
diligências procedidas pelo encarregado da Sindicância)...
III – CONCLUSÃO
Face ao exposto, concluo que os fatos aconteceram da seguinte forma...(descrever
precisamente como aconteceram os fatos).
Portanto, opino pelo...(apontar as medidas que podem ser adotadas pela autoridade
delegante)...

Local e data
(nome e grau hierárquico)
Sindicante

16. COMENTÁRIO
O relatório deve retratar a história dos fatos, bem como, conter um resumo de todas as
diligências adotadas pelo sindicante e onde estão registradas nos autos, inclusive, a
comprovação dos fatos com as provas apuradas. Além de mencionar a autoridade que
instaurou a Sindicância, a portaria e o seu objetivo.
Ao final, o sindicante opinará pelas medidas que poderão ser adotadas pela autoridade
delegante.
335
17. SOLUÇÃO

POLÍCIA MILITAR DO ESTADO DE SERGIPE


(GRANDE COMANDO OU SUBORDINAÇÃO)

(UNIDADE)

SOLUÇÃO DE SINDICÂNCIA

Parte Expositiva:

Portaria nº...(nº)/ano-(órgão expedidor)...


Sindicante:...(grau hierárquico e nome)...
Sindicado:...(grau hierárquico e nome)...
Referência:...(documentos que deram origem à Sindicância)...

Parte Conclusiva:

Vistos e analisados os autos de Sindicância instaurada por determinação deste...(função


da autoridade delegante)..., para apurar os fatos...(citar resumidamente os fatos que
foram apurados)..., envolvendo o...(grau hierárquico, nº e nome do sindicado)..., verifica-
se que há (ou não há) ...(indícios de crime de natureza comum/militar; transgressão
disciplinar)... praticado pelo...(autor das irregularidades)..., pelo que resolvo concordar (ou
não) com a conclusão a que chegou o encarregado desta Sindicância.

Local e data

(nome e grau hierárquico)


(função da autoridade delegante)

336
NOTAS:
1. Publicada no BGO nº 103, de 07 de julho de 2020;
2. Publicação no BGO nº 157 de 01/07/2014: A Corregedoria-Geral da PMSE deverá
manter em seus arquivos os procedimentos com o tempo de até 05 (cinco) anos e, acima
desse tempo deverá arquivar no Arquivo-Geral da PMSE, bem como deverá digitalizar os
referidos procedimentos visando uma melhor guarda dos mesmos;
3. Publicação no BGO nº 170 de 19/07/2014: O Corregedor-Geral da Polícia Militar do
Estado de Sergipe, no uso de suas atribuições e com Base no Art. 22, § 1° do CPM,
determina aos senhores encarregados que a partir da presente data, todos os
procedimentos deverão ser entregues em 02 (duas) vias, sendo 01 (uma) original
impressa e 01 (uma) cópia digitalizada;
4. Publicação no BGO nº 020 de 29/01/2018: O Corregedor-Geral da Polícia Militar do
Estado de Sergipe determina que os Encarregados observem o rito dos Procedimentos
Administrativos e atentem para o check-list, pois o recebimento dos autos dar-se-á após
esta conferência;
5. Publicação no BGO nº 086 de 03/06/2020: O Ministério público do Estado de Sergipe
recomenda adoção de protocolo interno para preenchimento de informações quanto à
qualificação e localização de pessoas ouvidas em inquéritos policiais e procedimentos
administrativos outros, inserindo nos mesmos: número de telefone fixo ou celular,
WhatsApp, e outros aplicativos similares, à exemplo de instagram, facebook, messenger,
telegrama, e/ou correio eletrônico (e-mail), bem como, outros meios de comunicação e/ou
localização, como telefone de referência ou contato e/ou endereço fixo de algum parente
ou pessoa próxima, ou qualquer outro informe que se entender plausível, no sentido de
proceder a localização da testemunha.

337
TERMO DE DESERÇÃO

PORTARIA Nº 002/01-GCG, DE 17 DE OUTUBRO


DE 2001

338
POLÍCIA MILITAR DO ESTADO DE SERGIPE
QUARTEL DO COMANDO GERAL
GABINETE DO COMANDO GERAL

PORTARIA Nº 002/01- GCG, DE 17 DE OUTUBRO DE 2001

Aprova as Normas para Elaboração do Termo


de Deserção, e dos documentos a ele apensos,
na PMSE, e dá outras providências.

O COMANDANTE GERAL DA POLÍCIA MILITAR DO ESTADO DE SERGIPE, no


uso de suas atribuições que lhe são conferidas nos termos do inciso III, art. 17, c/c o art.
4º da Lei nº 3.669 de 07 de novembro de 1995, visando uniformizar e padronizar
procedimentos na elaboração do termo de deserção, e dos documentos a ele inerentes,
objetivando, desta forma, eliminar prováveis incorreções,

RESOLVE:

Art. 1º. Aprovar e mandar adotar, no âmbito da Polícia Militar do Estado de Sergipe,
as Normas para Elaboração do Termo de Deserção, e dos documentos precedentes ao
mesmo, que com esta baixa.
Art. 2º. Esta Portaria entra em vigor na data de sua publicação, ficando plenamente
revogadas as disposições em contrário.

Aracaju/SE, 17 de outubro de 2001

Pedro Paulo da Silva – Coronel PM


Comandante Geral da PMSE

339
NORMAS PARA ELABORAÇÃO DO TERMO DE DESERÇÃO NA PMSE

CAPÍTULO I
Da Definição e da Finalidade

Art. 1º. O termo de deserção é o procedimento lavrado, quando da consumação do crime


de deserção, e é precedido por sucessivos procedimentos administrativos, tendo como
consequências administrativas a exclusão da Corporação, quando Praça especial ou sem
estabilidade, ou a agregação, quando Oficial ou Praça com estabilidade.
Parágrafo único. Ao termo de deserção serão apensos todos os documentos, que
culminaram com a lavratura do mesmo, os quais servirão de instrução provisória ao
Processo de Deserção.

CAPÍTULO II
Da Competência

Art. 2º. A competência para determinar a lavratura do termo de deserção é atribuição


exclusiva de quem exerce cargo de comando, direção ou chefia de OPM, a partir do
comando de Subunidade independente.
§ 1º. Para efeitos da lavratura do termo de deserção e da confecção dos documentos a
ele precedentes, em caso de Subunidade independente, o comandante desta exercerá as
atribuições de comandante de OPM, enquanto que o respectivo comandante de pelotão
ou, na falta deste, o subcomandante da Subunidade independente exercerão as
atribuições próprias de comandante de Subunidade.
§ 2º. Em caso de Pelotão independente, o termo de deserção será mandado lavrar pela
autoridade de escalão imediatamente superior ao comandante do Pelotão, considerando-
se para tal a subordinação funcional.

CAPÍTULO III
Da Parte de Ausência

Art. 3º. A parte de ausência consiste em um documento firmado pelo comandante da


Subunidade ou Pelotão, ou outra autoridade com competência para fazê-la, ao
comandante, chefe ou diretor da OPM, comunicando a falta injustificada, decorridas vinte
e quatro horas de iniciada a contagem dos dias de ausência de um policial militar, que
deveria estar, apresentar-se ou permanecer na OPM ou posto de serviço.

340
§ 1º. A parte de ausência constitui um documento administrativo, tendo as seguintes
finalidades:
I - dar conhecimento ao comandante, chefe ou diretor, ou outra autoridade competente de
escalão imediatamente superior, de que um policial militar se acha faltando à sua
respectiva organização policial militar;
II - registrar o início da contagem do prazo de graça;
III - provocar a elaboração do inventário dos bens deixados ou extraviados pelo ausente;
§ 2º. A autoridade prevista no art. 2º destas Normas, ao receber a parte de ausência,
deverá, no prazo máximo de 48 (quarenta e oito) horas, adotar as seguintes providências:
I - fazer publicar em Boletim Interno Ostensivo (BIO), quando a OPM o possuir, ou em
Boletim Geral Ostensivo (BGO), na falta daquele, em se tratando de Praça, a parte de
ausência, para que se dê efeito à contagem do prazo de graça; quando o ausente for
Oficial, a mencionada publicação deve ser feita em Boletim Interno Reservado (BIR) ou
Boletim Geral Reservado (BGR);
II - Designar uma comissão composta por um Oficial - sempre que possível o comandante
da Subunidade ou Pelotão do ausente - e duas testemunhas idôneas, Oficiais ou Praças,
para inventariar os bens deixados ou extraviados pelo ausente, publicando essa
designação em BIO ou BGO, BIR ou BGR.
§ 3º. Na confecção da parte de ausência, deve ser verificada a cronologia para lavratura
do termo de deserção e dos documentos a ele precedentes, prevista no art. 6º destas
Normas.
§ 4º. A parte de ausência não se confunde com a comunicação feita acerca da falta ao
serviço de um determinado policial militar.

CAPÍTULO IV
Do Inventário

Art. 4º. O inventário é a arrecadação criteriosa dos bens deixados ou extraviados pelo
ausente, consistindo nos seguintes:
I - Material pertencente à Fazenda Pública Estadual - somente os sujeitos à devolução, a
exemplo de: fardamento, equipamento, armamento e munição sob a guarda do ausente;
II - Material de propriedade particular - todo e qualquer material deixado pelo ausente nas
dependências do quartel.
§ 1º. O material extraviado, isto é, aquele material que estava sob a guarda do ausente e
que não tenha sido encontrado, também deve ser relacionado no inventário.

341
§ 2º. A autoridade designada para inventariar os bens deixados ou extraviados pelo
ausente deverá confeccionar o inventário, no prazo máximo de 48 (quarenta e oito) horas,
após a designação.
§ 3º. Em se tratando de Subunidade isolada, o inventário deverá ser providenciado pelo
comandante da mesma, que assinará o termo juntamente com duas testemunhas
idôneas, Oficiais ou Praças.
§ 4º. No caso do parágrafo anterior, se o comandante da Subunidade não tiver sido
designado pelo comandante, chefe ou diretor da OPM no prazo previsto no § 2º, art. 3º
destas Normas, deverá realizar imediatamente o inventário, com as assistências das
respectivas testemunhas.

CAPÍTULO V
Do Prazo de Graça

Art. 5º. O prazo de graça consiste num lapso de tempo, de oito dias, que se concede ao
ausente, a fim de que ele se apresente e não venha a cometer o crime de deserção.
§ 1º. A contagem dos dias de ausência, para efeito da lavratura do termo de deserção,
iniciar-se-á à zero hora do dia seguinte àquele em que for verificada a falta injustificada do
policial militar.
§ 2º. Vinte e quatro horas depois de iniciada a contagem dos dias de ausência de um
policial militar, o comandante da respectiva Subunidade ou Pelotão, ou outra autoridade
com competência para fazê-la, deverá confeccionar e encaminhar a parte de ausência ao
comandante, chefe ou diretor da OPM.
§ 3º. Em relação ao art. 190 do CPM, não haverá contagem do prazo de graça, ocorrendo
à lavratura do termo de deserção imediatamente à constatação da ausência.
§ 4º. No caso do inciso IV, art. 188 do CPM, não haverá prazo de graça, sendo
consumada a deserção com a publicação da exclusão do serviço ativo ou situação de
inatividade, devendo o termo de deserção ser lavrado a qualquer tempo, desde que o
desertor seja reinspecionado de saúde e considerado apto para o serviço policial militar.
Art. 6º. A lavratura do termo de deserção e dos documentos a ele precedentes obedecem
à seguinte sequência cronológica:
I - 1º dia: verificação da falta, isto é, dia em que o policial militar praticou a falta;
II - 2º dia: início da contagem do prazo de graça;
III - 3º dia: confecção e encaminhamento da parte de ausência;
IV - 3º/5º dia: despacho do comandante, chefe ou diretor da OPM, após receber a parte
de ausência;

342
V - 5º/7º dia: realização do inventário;
VI - 9º dia: último dia do prazo de graça;
VII - 10º dia: confecção e encaminhamento da parte de deserção e, consequente,
lavratura do termo de deserção, no caso de praças; em se tratando de oficial, a lavratura
do termo de deserção ocorre sem a formalidade da parte de deserção.

CAPÍTULO VI
Da Parte de Deserção

Art. 7º. A parte de deserção consiste em um documento confeccionado pelo comandante


da Subunidade ou Pelotão, ou autoridade com competência para fazê-la, com a finalidade
de tornar específico o dia de início e término do prazo de graça e a consequente
caracterização do crime de deserção, para todos os efeitos legais.
§ 1º. A parte de deserção também servirá para encaminhar, em anexo, o termo de
inventário, quando este for procedido pelo próprio comandante da Subunidade ou
Pelotão.
§ 2º. O comandante da OPM, ao receber a parte de deserção, de imediato, designará um
Oficial ou um Praça, especial ou graduado, para lavrar o termo de deserção.
§ 3º. O despacho supracitado será juntado aos demais documentos, sendo publicado em
BIO ou BGO, BIR ou BGR juntamente com o termo de deserção e o inventário.

CAPÍTULO VII
Do Termo de Deserção

Art. 8º. O termo de deserção tem o caráter de instrução provisória e destina-se a fornecer
os elementos necessários à propositura da ação penal, sujeitando, desde logo, o desertor
à prisão.
§ 1º. No caso de Oficial, o termo de deserção será lavrado sem a formalidade da parte de
deserção.
§ 2º. O termo de deserção, que será impresso ou datilografado, será lavrado por um
Oficial ou um Praça, especial ou graduado, sendo assinado pelo comandante da OPM,
por duas testemunhas idôneas, Oficiais ou Praças, e pelo policial militar que serviu como
escrivão.
§ 3º. Uma vez publicado em BIO ou BGO, BIR ou BGR o termo de deserção, o desertor
sujeitar-se-á à prisão, porquanto, a partir daí, estará ele em permanente situação de
flagrante.

343
§ 4º. Após publicado o termo de deserção, o comandante, chefe ou diretor da OPM, no
prazo máximo de 72 (setenta e duas) horas, adotará as seguintes providências:
I - juntará às peças do feito cópia dos assentamentos do desertor;
II - remeterá o feito, através de ofício circunstanciado, ao Comandante Geral da PMSE,
solicitando a exclusão ou agregação do desertor, conforme o caso;
III - confeccionará cópias autenticadas de todos as peças do feito, para arquivamento na
seção correspondente da OPM.

CAPÍTULO VIII
Da Agregação e da Exclusão do Serviço Ativo

Art. 9º. O Comandante Geral da PMSE, ao receber o feito, adotará, através da


Corregedoria de Polícia Militar, as seguintes providências:
I - verificará a existência de possíveis falhas que possam comprometer a validade do feito;
II - providenciará à exclusão do serviço ativo, quando se tratar de Praça especial ou sem
estabilidade, ou à agregação do desertor, quando se tratar de Oficial ou Praça estável 1,
publicando em BGO o respectivo ato.
III - juntará cópia do BGO, que publicou a agregação ou a exclusão do desertor, às
demais peças, remetendo o feito à Auditoria Militar Estadual.

CAPÍTULO IX
Da Reversão e da Reinclusão

Art. 10. Apresentando-se ou sendo capturado o desertor, o Comandante Geral


comunicará esse fato ao Juiz-Auditor Militar, informando a data e o lugar onde o mesmo
se apresentou ou foi capturado, além de quaisquer outras circunstâncias relacionadas ao
episódio.
§ 1º. Em caso de Oficial como desertor, a reversão ao serviço ativo dar-se-á na data do
trânsito em julgado da sentença penal, condenatória ou absolutória.
§ 2º. Em caso de Praça com Estabilidade, a reversão dar-se-á a contar da data da
captura ou apresentação voluntária.
§ 3º. O Praça especial ou sem estabilidade, que desertar, ao se apresentar ou for
capturado, deverá ser submetido à inspeção de saúde e, quando julgado apto para o
serviço, será reincluído.
§ 4º. Em caso de incapacidade definitiva, a ata de inspeção de saúde deverá ser
remetida, com urgência, à Auditoria Militar Estadual, para que o desertor sem estabilidade

344
seja isento da reinclusão e do processo, sendo os autos arquivados, após
pronunciamento do representante do Ministério Público.
§ 5º. O ato de reversão ou reinclusão do desertor será publicado em BGO e remetido,
com urgência, à Auditoria Militar Estadual.

CAPÍTULO X
Das Disposições Finais

Art. 11. As testemunhas do inventário e do termo de deserção deverão ser


preferencialmente Oficiais PM, bem assim deverão possuir precedência hierárquica sobre
o faltoso.
Art. 12. O desertor que não for julgado dentro de sessenta dias, a contar do dia da sua
apresentação voluntária ou captura, será posto em liberdade, salvo se tiver dado causa
ao retardamento do processo.
Art. 13. Na realização do termo de deserção e dos procedimentos a ele precedentes
deverão ser observados os modelos de documentos, constantes no Anexo Único destas
Normas, devendo todos os atos serem publicados em Boletim correspondente.
Art. 14. As cópias dos termos de deserção, com os documentos a ele inerentes,
procedidos diretamente pelo Comandante Geral serão arquivados na Corregedoria, e as
cópias dos que forem procedidos pelas demais autoridades competentes deverão ser
arquivados nos correspondentes órgãos da OPM.
Art. 15. As autoridades envolvidas na realização do termo de deserção e dos documentos
a ele precedentes deverão observar o que prescreve os arts. 187 a 194, 391 a 393 do
CPM, e os arts. 451 a 457 do CPPM.
Art. 16. Estas Normas entram em vigor na data de sua publicação2, ficando plenamente
revogadas as disposições em contrário.

Aracaju-SE, 17 de outubro de 2001

Pedro Paulo da Silva – Coronel PM


Comandante Geral da PMSE

345
Anexo Único

Modelos de Formulários

Modelo nº 01 - Parte de Ausência


________________________________________________________________________

POLÍCIA MILITAR DO ESTADO DE SERGIPE

(GRANDE COMANDO OU SUBORDINAÇÃO)


(UNIDADE)

Parte nº ..../(ano)-(órgão expedidor) Local e data


Do: ..........(função do signatário)......
Ao: ..........(função do destinatário)...
Assunto: Ausência de Praça/Oficial

Comunico a V. Sª. que o .....(grau hierárquico/qualificação/quadro/nome/RG/Cia)....,


encontra-se faltando ao serviço/expediente, desde a chamada matinal para o serviço de
.....(especificar o tipo/modalidade do serviço)....., do dia........, completando na chamada
matinal de hoje, vinte e quatro horas de ausência do serviço e do local onde deveria
exercer a sua função policial militar.

(nome e grau hierárquico)


(função do signatário)

________________________________________________________________________
1. COMENTÁRIO:
A parte de ausência é confeccionada e encaminhada vinte e quatro horas depois de
iniciada a contagem dos dias de ausência. Ex.: se um policial militar se ausenta dia 1º de
outubro de 2000, não importando a hora, a parte de ausência deverá ser providenciada e
encaminhada a qualquer hora do dia 03 de outubro de 2000. Modelo nº 02 - Despacho do
comandante, chefe ou diretor da OPM, após receber a parte de ausência.

346
Modelo nº 02 - Despacho
________________________________________________________________________

POLÍCIA MILITAR DO ESTADO DE SERGIPE

(GRANDE COMANDO OU SUBORDINAÇÃO)


(UNIDADE)

DESPACHO

1. Nomeio o .....(grau hierárquico/nome/RG)....., para com a assistência de duas


testemunhas instrumentárias, .....(grau hierárquico/nome/RG das testemunhas).....,
inventariar os bens deixados ou extraviados pelo ausente, .....(grau
hierárquico/qualificação/quadro/nome/RG/Cia do ausente).....
2. Publique-se em BIO ou BGO, BIR ou BGR (conforme o caso) a parte de ausência e o
presente despacho.
Local e data

(nome e grau hierárquico)


(função do delegante)

________________________________________________________________________
2. COMENTÁRIO:
No caso da parte de ausência, o comandante, chefe ou diretor da OPM tem a obrigação
de exarar o correspondente despacho, podendo ser feito de próprio punho ou em auto
apartado, todavia deverá sempre ser publicado no respectivo Boletim, para que ganhe
força de comando legal. Contudo, nada impede o início dos trabalhos antes da publicação
em Boletim do correspondente despacho.

347
Modelo nº 03 - Inventário
________________________________________________________________________

POLÍCIA MILITAR DO ESTADO DE SERGIPE

(GRANDE COMANDO OU SUBORDINAÇÃO)


(UNIDADE)

INVENTÁRIO

Inventário dos bens deixados pelo ......(grau hierárquico/qualificação/quadro/nome/RG/Cia


do ausente)...., feito por mim, .....(grau hierárquico/qualificação/quadro/nome/RG/ do
inventariante)....., ......(função do inventariante)......, conforme designação publicada no
.....(citar o item, número e a data do Boletim em que publicou a designação)....., do
Comandante do .....(citar a OPM)....., com assistência das testemunhas, .....(grau
hierárquico/nome/RG das testemunhas)....., designadas no Boletim supracitado, abaixo
assinadas.
1. MATERIAL PERTENCENTE À FAZENDA ESTADUAL:
1.a) Fardamento - (enumerar somente os sujeitos à devolução);
1.b) Equipamento - (enumerar todo e qualquer equipamento sob a carga do ausente)
1.c) Material Bélico - (enumerar revólver, espargidor, bombas de gás ou qualquer outro
que esteja sob a carga do ausente).
2. MATERIAL DE PROPRIEDADE PARTICULAR:
- tudo o que pertencer ao ausente, encontrado pelo inventariante, deve ser relacionado.
3. MATERIAL EXTRAVIADO:
- caso exista, enumerá-los.
(nome e grau hierárquico)
Inventariante
(nome e grau hierárquico)
1ª Testemunha
(nome e grau hierárquico)
2ª Testemunha

________________________________________________________________________
3. COMENTÁRIO:
Via de regra, o inventário é realizado pelo comandante da Subunidade ou Pelotão do
ausente, conforme o caso.

348
Modelo nº 04 - Parte de Deserção
________________________________________________________________________

POLÍCIA MILITAR DO ESTADO DE SERGIPE

(GRANDE COMANDO OU SUBORDINAÇÃO)


(UNIDADE)

Parte nº ..../(ano)-(órgão expedidor) Local e data


Do: ..........(função do signatário)......
Ao: ..........(função do destinatário)...
Assunto: Deserção de Praça/Oficial

Cumprindo o que determina o art. 456, § 2º do CPPM, comunico a V. Sª., para os devidos
efeitos legais, que o .....(grau hierárquico/qualificação/quadro/nome/RG)...., pertencente
ao efetivo desta subunidade, tendo faltado à chamada do dia......, contou no dia de hoje, à
zero hora, oito dias de ausência, previstos no art. 187 do CPM, c/c o § 1º, art. 451 do
CPPM.

(nome e grau hierárquico)


(função do signatário)

________________________________________________________________________
4. COMENTÁRIO:
A parte de deserção, equivocadamente chamada de parte acusatória, é confeccionada e
encaminhada pela mesma autoridade que providenciou à parte de ausência.
O § 2º, art. 456 do CPPM exigia a formalidade da realização de diligências, para se evitar
a consumação da deserção, todavia a Lei nº 8.236, de 20/09/1991, modificou o
mencionado § 2º, suprimindo a formalidade das diligências dentro das providências
precedentes à lavratura do termo de deserção.

349
Modelo nº 05 - Despacho do comandante, chefe ou diretor da OPM, após receber a parte
________________________________________________________________________

POLÍCIA MILITAR DO ESTADO DE SERGIPE

(GRANDE COMANDO OU SUBORDINAÇÃO)


(UNIDADE)

DESPACHO

1. Tendo em vista a parte de deserção firmada pelo .....(grau hierárquico/nome/RG).....,


.....(função do Oficial comunicante)......, contra o .....(grau hierárquico/nome/RG/Cia do
desertor)....., designo o .....(grau hierárquico/nome/RG)....., com assistência das
testemunhas, .....(grau hierárquico/nome/RG das testemunhas)....., para proceder à
lavratura do termo de deserção, nos termos do § 3º, art. 456 do CPPM;
2. Publique-se em BIO ou BGO, BIR ou BGR (conforme o caso).

Local e data

(nome e grau hierárquico)


(função do delegante)

___________________________________________________________________
5. COMENTÁRIO:
O mesmo do modelo nº 02.

350
Modelo nº 06 - Termo de Deserção

POLÍCIA MILITAR DO ESTADO DE SERGIPE


(GRANDE COMANDO OU SUBORDINAÇÃO)

(UNIDADE)
TERMO DE DESERÇÃO
Aos...(por extenso)...dias do mês de .............. do ano de...(por extenso)..., nesta cidade
de...(cidade/Estado)..., no...(OPM)..., estando presente o Ten Cel/Cel.....(nome e RG).....,
......(Comandante/Chefe/Diretor do(a) ...(citar a OPM)........, tendo como testemunhas,
.....(grau hierárquico/nome/RG das testemunhas)....., foi lida a parte de deserção expedida
pelo .....(grau hierárquico/nome/RG)....., .....(função do Oficial comunicante)......, da qual
consta que o .....(grau hierárquico/nome/RG/Cia do desertor)....., brasileiro, natural de.....,
estado civil......, filho de............. e...................., esteve ausente desta OPM, desde a zero
hora do dia......., até zero hora do dia............, completando assim o prazo de ausência
permitido sem sua apresentação. Para constar, lavrou-se o presente termo, para
caracterizá-lo como incurso nas sanções penais militares do art. 187 (ou 188 e incisos) do
CPM Brasileiro, a fim de que venha a se fazer processado perante a Justiça Militar do
Estado de Sergipe. Não mais havendo, o presente termo vai assinado pelo
Comandante/Chefe/Diretor do .....(citar a OPM)...., pelas testemunhas supracitadas e por
mim, .........(nome e grau hierárquico do PM designado)......, que o escrevi.
(nome e grau hierárquico)
(função do Cmt da OPM)
(nome e grau hierárquico)
1º Testemunha
(nome e grau hierárquico)
2ª Testemunha
(nome e grau hierárquico)
Escrivão
________________________________________________________________________
6. COMENTÁRIO:
A contagem dos dias de ausência necessários para consumar a deserção e naturalmente
para a lavratura do respectivo termo de deserção iniciar-se-á à zero hora do dia seguinte
àquele em que for verificada a falta injustificada do policial militar. Ex.: se o policial militar
se ausenta dia 1º de outubro de 2000, não importando a hora, o prazo começa a contar à
zero hora do dia 02/10/2000, e o crime de deserção estará consumado nos primeiros
minutos do dia 10/10/2000, devendo ser lavrado o termo de deserção neste último dia.

351
Modelo nº 07 - Despacho do comandante, chefe ou diretor da OPM, após a publicação do
termo de deserção

POLÍCIA MILITAR DO ESTADO DE SERGIPE


(GRANDE COMANDO OU SUBORDINAÇÃO)

(UNIDADE)

DESPACHO

O Ajudante da OPM providencie:

1. retirar cópia dos assentamentos do desertor, anexando-a ao termo de deserção;


2. remeter o termo de deserção e demais documentos anexos, através de ofício, ao
Comandante Geral da PMSE, solicitando a exclusão (ou agregação) do serviço ativo do
desertor, a contar da data do termo de deserção;
3. confeccionar cópias autenticadas de todos os documentos apensos ao Termo de
Deserção, para arquivamento na P/2 (ou seção correspondente) da OPM.
4. Publicar o presente despacho.

Local e data

(nome e grau hierárquico)


(função do despachante)

__________________________________________________________________
7. COMENTÁRIO:
Face ao princípio da publicidade, previsto no "caput" do art. 37 da Constituição Federal,
os atos dos administradores públicos devem se tornar públicos, através do respectivo
veículo de divulgação, para que obtenham o devido respaldo legal.

352
NOTAS:
1. A demissão do oficial ou a exclusão da praça com estabilidade assegurada processar-
se-á após um ano de agregação, se não houver captura ou apresentação voluntária antes
desse prazo (Lei nº 2.066/76, art. 114, § 1º);
2. A praça sem estabilidade assegurada será automaticamente excluída após oficialmente
declarada desertora (Lei nº 2.066/76, art. 114, § 2º);
3. Publicada no BGO nº 194, de 18 de outubro de 2001;
4. Publicação no BGO nº 086 de 03/06/2020: O Ministério público do Estado de Sergipe
recomenda adoção de protocolo interno para preenchimento de informações quanto à
qualificação e localização de pessoas ouvidas em inquéritos policiais e procedimentos
administrativos outros, inserindo nos mesmos: número de telefone fixo ou celular,
WhatsApp, e outros aplicativos similares, à exemplo de instagram, facebook, messenger,
telegrama, e/ou correio eletrônico (e-mail), bem como, outros meios de comunicação e/ou
localização, como telefone de referência ou contato e/ou endereço fixo de algum parente
ou pessoa próxima, ou qualquer outro informe que se entender plausível, no sentido de
proceder a localização da testemunha.

353
REFERÊNCIAS

ASSIIS, Jorge Cesar de. Código de Processo Penal Militar Anotado – 1º volume (art.
1º a 383). 4. ed. Curitiba: Juruá, 2012.

BRASIL. Exército Brasileiro. Ministério da Defesa. Secretária-Geral do Exército. Portaria


nº 10-DLOG, de 27 de junho de 2002. Aprova as Normas relativas à Manutenção
(NARMNT). Inquérito Técnico. Brasília, DF. Separata nº 02 ao Boletim do Exército nº
27, 05 jul. 2002. 2ª Parte. Anexo D. Disponível em:
http://www.1rm.eb.mil.br/images/imagens/documentos/EscLog/narmnt.pdf. Acesso em: 02
ago. 2020.

BRASIL. Exército Brasileiro. Ministério da Defesa. Departamento-Geral do Pessoal.


Diretoria de Saúde. Portaria n° 247-DGP, de 07 de outubro de 2009, e alteradas pelas
Portarias nº 133-DGP, de 29 de junho de 10, nº 211-DGP, de 6 de outubro de 2010, nº
067-DGP de 11 de maio de 11, nº 181-DGP, de 5 de dezembro de 2011 e nº 067-DGP, de
30 de abril de 12. Normas Técnicas Sobre Perícias Médicas no Exército. Volume X.
Seção 10.2. Inquérito Sanitário de Origem. 1ª Ed. 2009. Disponível em:
https://bdex.eb.mil.br/jspui/bitstream/1/648/1/Portaria%20n%C2%BA%20247%20%20DG
P.pdf. Acesso em: 02 ago. 2020.

Polícia Militar do Estado de Sergipe. Gabinete do Comando Geral. Portaria nº 007/2001-


CGC, de 12 de dezembro de 2001. Aprova as Normas para Elaboração de Procedimento
Administrativo de Apuração Especial (PAAE), na PMSE, e dá outras providências.
Boletim Geral Ostensivo nº 228, 12 dez. 2001. 3ª Parte, Seção I, p. 1662-1671.

Polícia Militar do Estado de Sergipe. Gabinete do Comando Geral. Portaria nº 002/2001-


CGC, de 17 de outubro de 2001. Aprova as Normas para Elaboração do Termo de
Deserção, e dos documentos a ele apensos, na PMSE, e dá outras providências. Boletim
Geral Ostensivo nº 190, 18 out. 2001. 3ª Parte, Seção I, p. 1389-1396.

Polícia Militar do Estado de Sergipe. Gabinete do Comando Geral. Portaria nº 004/2002-


CGC, de 30 de abril de 2002. Aprova as normas para elaboração de auto de prisão em
flagrante de crime de natureza militar, na PMSE, e dá outras providências. Aditamento
ao Boletim Geral Ostensivo nº 073, 30 abr. 2002. 3ª Parte, Seção I, p. 01-028.

Polícia Militar do Estado de Sergipe. Gabinete do Comando Geral. Portaria Normativa nº


031/2015-CGC, de 27 de outubro de 2015. Regulamenta as normas para confecção de
Atestado de Origem no âmbito da Polícia Militar do Estado de Sergipe, e dá outras
providências. Boletim Geral Ostensivo nº 197, 28 out. 2015. 3ª Parte, Seção I, p. 4521-
4528.

Polícia Militar do Estado de Sergipe. Gabinete do Comando Geral. Instrução Normativa nº


004/2018-CGC, de 10 de outubro de 2018. Regulamenta o Processo Administrativo para
Apuração do Ato de Bravura (PAB), nos termos do Decreto nº 3.974, de 09 de março de
1978, alterado pelo Decreto nº 30.045, de 16 de julho de 2105, no âmbito da PMSE, e dá

354
outras providências. Boletim Geral Ostensivo nº 190, 11 out. 2018. 3ª Parte, Seção I, p.
3703-3707.

Polícia Militar do Estado de Sergipe. Gabinete do Comando Geral. Portaria Normativa nº


012/2019-CGC, de 23 de dezembro de 2019. Regulamenta o Procedimento de
Investigação Preliminar no âmbito da Polícia Militar do Estado de Sergipe, e dá outras
providências. Boletim Geral Ostensivo nº 242, 26 dez. 2019. 3ª Parte, Seção I, p. 4573-
4583.

Polícia Militar do Estado de Sergipe. Gabinete do Comando Geral. Instrução Normativa nº


003/2020-CGC, de 30 de abril de 2020. Estabelece as normas para a elaboração de
sindicância no âmbito da Polícia Militar do Estado de Sergipe, e dá outras providências.
Boletim Geral Ostensivo nº 103, 07 jul. 2020. 3ª Parte, Seção I, p. 1917-1944.

SARAIVA, Alexandre José de Barros Leal. Inquérito Policial e Auto de Prisão em


Flagrante nos Crimes Militares. São Paulo: Atlas, 1999.

SERGIPE. Lei Complementar nº 291, de 21 de agosto de 2017. Dispõe sobre o Código de


Ética e Disciplina dos Militares do Estado de Sergipe – CEDM/SE, e dá outras
providências. Diário Oficial do Estado de Sergipe nº 27766. Poder Executivo. Aracaju.
Seção I, p. 1-6. 22 ago. 2017.

SERGIPE. Lei nº 2310, de 12 de dezembro de 1980. Dispõe sobre o Conselho de


Disciplina da Polícia Militar do Estado de Sergipe e dá outras providências. Disponível em:
https://al.se.leg.br/Legislacao/Ordinaria/1980/O23101980.pdf. Acesso em: 02 mai. 2020.

SERGIPE. Lei nº 2395, de 22 de outubro de 1982. Dispõe sobre o Conselho de


Justificação na Polícia Militar do Estado de Sergipe e dá outras providências. Disponível
em: https://al.se.leg.br/Legislacao/Ordinaria/1982/O23951982.pdf. Acesso em: 02 mai.
2020.

355

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