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BOLETIM DO COMANDO - GERAL – SUPLEMENTO IV

N° 049 CAMPO GRANDE – MS, QUARTA - FEIRA, 16 MARÇO DE 2022 04 PÁGINAS

PORTARIA Nº 132/PM-1/EMG/PMMS, DE 15 DE MARÇO DE 2022.

Regulamenta e define, em razão da natureza da atividade,


o que é função de Comandante de Equipe de Serviço no
âmbito da Polícia Militar do Estado de Mato Grosso do
Sul, nos termos do § 4º, do art. 23 da Lei Complementar
nº 127, de 15 de maio de 2008, e dá outras providências.

O COMANDANTE-GERAL DA POLÍCIA MILITAR DE MATO


GROSSO DO SUL, no uso das atribuições que lhe conferem os incisos I, II, IV, VIII e XIII
do art. 10, da Lei Complementar nº 190, de 04 de abril de 2014, e

Considerando que aos militares estaduais poderão ser pagas vantagens


pecuniárias de natureza indenizatória, nos termos do inciso VIII, do art. 5º, da Lei
Complementar nº 127, de 15 de maio de 2008;

Considerando que os incisos do art. 23 da LC nº 127/2008, que dispõe sobre os


percentuais e as funções consideradas privativas das carreiras, sofreram alterações pela Lei
Complementar nº 291, de 16 de dezembro de 2021; e

Considerando a necessidade de definir a função, em razão da natureza da


atividade, de Comandante de Equipe de Serviço no âmbito da Polícia Militar do Estado de Mato
Grosso do Sul, para fins de designação nos termos do inc. VI, do art. 23 da LC nº 127/2008,

RESOLVE:
Art.1º A indenização, como retribuição pela prestação de serviços no exercício
da função privativa da carreira, prevista no inc. VI, do art. 23 da LC nº 127/2008, somente
poderá ser paga às Praças da ativa da Polícia Militar, regularmente designados para a função,
por ato do Comandante-Geral da Corporação, publicado no Diário Oficial Eletrônico e
limitando-se ao quantitativo previsto no Anexo IV da citada Lei Complementar.

Art. 2º Para efeito de designação de função, prevista no inc. VI, do art. 23 da LC


nº 127/2008, considera-se, no âmbito da Polícia Militar do Estado de Mato Grosso do Sul,
Comandante de Equipe de Serviço, como Comandante de Guarnição/Equipe de Serviço (CMT
GU/EQ SV).

§ 1º Entende-se como guarnição a fração de tropa, com, no mínimo, 02 (dois)


policiais-militares (PM), que não constitua Grupo Policial-Militar (GPM), que componham
uma equipe de serviço, para o emprego coordenado nos diversos tipos de policiamento
ostensivo, na execução de patrulhamentos periódicos e atendimento de ocorrências.

§ 2º A função de Comandante de Guarnição é a soma de autoridade, deveres e


responsabilidades de que o militar estadual investido, tem de conduzir ou dirigir os demais
componentes do grupo ou viatura, responsável pelo comando, coordenação e controle de sua
guarnição, cabendo a ele toda iniciativa para resolução de ocorrências e a escrituração da
documentação, anotações e relatórios, pertinentes ao serviço, auxiliado, sempre que necessário,
pelos demais integrantes da guarnição.

§ 3º No policiamento ostensivo motorizado, executado pelas guarnições de


radiopatrulha da Polícia Militar, o CMT GU/EQ SV será a Praça de maior antiguidade entre os
componentes daquela viatura, denominado, na tropa, como “comandante da viatura”, incluindo-
se as viaturas das Unidades Especializadas, as rondas escolares, correcional e de inteligência;

§ 4º No policiamento ostensivo a pé, em bicicletas, montado, embarcado ou


motorizado com viaturas motocicletas, o CMT GU/EQ SV, será a Praça de maior antiguidade
entre aquelas que participam, na respectiva modalidade, do patrulhamento, naquele turno de
serviço e naquele setor.

§ 5º São tipos de policiamento, os definidos no Decreto nº 88.777, de 30 de


setembro de 1983, que aprova o regulamento para as policias militares e corpos de bombeiros
militares (R-200), elencados abaixo:

I - ostensivo geral, urbano e rural;


II - de trânsito;
III - florestal e de mananciais;
IV - rodoviária e ferroviário, nas estradas estaduais;
V - portuário;
VI - fluvial e lacustre;
VII - de radiopatrulha terrestre e aérea; e
VIII - de segurança externa dos estabelecimentos penais do Estado;

Art. 3º Para efeito de designação de função de que trata esta Portaria, o policial
militar deverá permanecer exercendo ordinariamente a função prevista, por, no mínimo, 30
(trinta) dias consecutivos, respeitadas as folgas decorrentes da sua jornada de trabalho.

§ 1º O exercício efetivo da função será comprovado pelas escalas de serviço,


devendo o policial militar constar, obrigatoriamente, na escala, na atribuição de CMT GU/EQ
SV.

§ 2º Nas hipóteses de afastamento temporário do serviço, licença e interrupção


do exercício da função de CMT GU/EQ SV, por matrícula em curso, estágio ou dispensa por
qualquer motivo, quando superiores a 30 (trinta) dias, resultará na dispensa da função, prevista
no inc. VI, do art. 23 da LC nº 127/2008.

§ 3º A função vaga de CMT GU/EQ SV, decorrente da dispensa, nos termos do


parágrafo anterior, será ocupada pela designação de outro policial militar, escalado na função.

Art. 4º O Comandante de OPM será responsável pelo encaminhamento dos


nomes dos policiais militares, que estejam exercendo efetivamente a função de CMT GU/EQ
SV, para o Gabinete do Comando-Geral, para o ato de designação da respectiva função e sua
publicação:

§ 1º Deverá ainda ser encaminhado ao Gabinete, os nomes dos policiais militares


dispensados da função e de seus substitutos, seja por não mais estar exercendo a função, em
razão de mudança de atribuição, por critérios de conveniência e oportunidade da Administração
Militar, ou por dispensa, nos termos dos §§ 2º e 3º, do art. 3º desta Portaria;

§ 2º É de competência do Comandante, orientar, fiscalizar e fazer cumprir, no


âmbito de sua OPM, o que estabelece esta Portaria.

Art. 5º Os casos omissos e eventuais excepcionalidades serão analisados e


disciplinados pelo Comandante-Geral da Polícia Militar.

Art. 6º Esta Portaria entra em vigor na data de sua publicação.


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Campo Grande, MS, 15 de março de 2022.

MARCOS PAULO GIMENEZ - Coronel QOPM


Comandante-Geral da Polícia Militar

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