O documento é uma contestação movida em ação de divórcio litigioso. A contestação afirma que (1) os fatos alegados na ação inicial são verdadeiros, (2) o único imóvel do casal não pode ser vendido pois violaria o direito constitucional à moradia da requerida, e (3) os alimentos propostos pelo requerente devem ser maiores para manter o padrão de vida da requerida.
O documento é uma contestação movida em ação de divórcio litigioso. A contestação afirma que (1) os fatos alegados na ação inicial são verdadeiros, (2) o único imóvel do casal não pode ser vendido pois violaria o direito constitucional à moradia da requerida, e (3) os alimentos propostos pelo requerente devem ser maiores para manter o padrão de vida da requerida.
O documento é uma contestação movida em ação de divórcio litigioso. A contestação afirma que (1) os fatos alegados na ação inicial são verdadeiros, (2) o único imóvel do casal não pode ser vendido pois violaria o direito constitucional à moradia da requerida, e (3) os alimentos propostos pelo requerente devem ser maiores para manter o padrão de vida da requerida.
EXCELENTSSIMO (A) SENHOR (A) JUZ (A) DE DIREITO DA VARA DE FAMLIA
DA COMARCA DE CIDADE DE MACEI ESTADO DE ALAGOAS.
Processo de n XXXX.XXXX.XXXX
G J B S, j devidamente qualificado nos autos do Processo de nmero
mencionado acima, por seu procurador infra-assinado (procurao em anexo), com escritrio profissional descrito no rodap desta, onde recebe as devidas intimaes, vem perante Vossa Excelncia, com base no Artigo 278 do Cdigo de Processo Civil, apresentar, CONTESTAO, na AO DE DIVRCIO LITIGIOSO, que move em seu desfavor ACSS, qualificado na exordial, pelos motivos e razes a seguir expostas:
I DOS FATOS
Procede os fatos alegados na exordial de que a Requerida e o Requerente,
casados sob o Regime de Separao Parcial de Bens, no ano de 2006 (Dois mil e seis), neste municpio. Desta unio no adveio prole. Ocorre, Excelncia, que a Requerida no almejava a separao at que o seu cnjuge comear a se relacionar com outra pessoa, a assim, no existir mais motivos para assim continuarem casados. Os mesmos tambm encontram-se separados de fato a mais ou menos 2 (dois) anos.
II DOS BENS
Procede tambm o fato exposto na exordial de que durante a constncia do
casamento, os cnjuges constituram patrimnio comum, representado pelo imvel localizado no Loteamento Brilhante, no bairro do Rio Novo, no valor de R$ 6.000,00 (seis mil reais). A questo excelncia no to simples assim, este NICO IMVEL no qual o Requerente pretende vender e pegar o valor correspondente sua parte na partilha, VIOLA O DIREITO CONSTITUCIONAL MORADIA (CF/88 6), o que entende a corrente doutrinria majoritria: Ainda que a partilha dos bens seja a consequncia lgica do fim do casamento, e o direito real de habitao (CC 1.414), instituto afeito ao
direito sucessrio (CC 1.831), quando o cnjuge quer permanecer na
residncia comum e no tem condies de conseguir outro lugar para morar, impositivo postergar a diviso e a venda do bem onde reside um dos cnjuges, principalmente se est ele com a guarda dos filhos. (Manual de Direito das Famlias, Maria Berenice Dias, pg. 329), (Grifo meu).
E tambm jurisprudencial:
Divrcio. Partilha de nico bem imvel. Direito de habitao assegurado
mulher. Aplicao do princpio constitucional de respeito dignidade humana. 1. Merece reforma a sentena que determinou a partilha do imvel residencial mulher e a filha do casal. 2. Cuida-se, na hiptese de assegurar a dignidade da pessoa humana, e tal se d pela garantia do direito habitao, valor protegido pela legislao infraconstitucional. 3. Na modernidade, no se concebe o direito dissociado de um sistema de normas que dispe sobre a vida de relao e que se ramifica a partir do alto. E no topo, com fora e vigor plenos, est a Constituio Federal, como conjunto composto de regras e princpios que disciplinam todas as relaes cotidianas no mbito de um Estado democrtico, tenham elas carter pblico ou privado. 4. Na atual teoria constitucional vicejam lies a favor da possibilidade de aplicao direta dos princpios, pois reconhecida sua eficcia plena para gerar direitos subjetivos individuais diretamente dedutveis dos preceitos constitucionais.
III DOS ALIMENTOS
A proposta do Requerente quanto aos alimentos na exordial :
Considerando que a Requerida encontra-se com 45 anos de idade, e que por
isso a insero no mercado de trabalho encontra-se comprometida, o Requerente se compromete a prestar mensalmente a quantia equivalente 20% (vinte por cento) sobre o seu salrio vigente, a ttulo de alimentos, juntamente com 60% do quantia obtida pelo aluguel do imvel do casal a serem depositados em conta corrente informada pela requerida.
Os alimentos devem permitir a mantena do mesmo padro de vida de que
desfrutava a alimentanda antes da imposio do encargo (CC 1.694). A uniformidade de tratamento conferida pela lei ao instituto dos alimentos no
afastou a distino j consolidada na jurisprudncia, de quantific-los
segundo a natureza do vnculo obrigacional.
Segundo Gilmar Ferreira Mendes, Curso de direito constitucional, pg. 114:
O princpio da proporcionalidade ou da razoabilidade, em essncia,
consubstancia uma pauta de natureza axiolgica que emana diretamente das ideias de justia, equidade, bom senso, prudncia, moderao, justa medida, proibio de excesso, direito justo e valores afins; precede e condiciona a positivao jurdica, inclusive a de nvel constitucional; e, ainda, enquanto princpio geral do direito, segue de regra de interpretao para todo o ordenamento jurdico. Tradicionalmente, invoca-se o binmio necessidade-possibilidade, ou seja, perquirem-se as necessidades do alimentando e as possibilidades do alimentante para estabelecer o valor da penso. No entanto, essa mensurao feita para que se respeite a diretriz da proporcionalidade.
Destarte, requer que Vossa Excelncia determine a ttulo de alimentos
provisrios em favor da requerida o valor de 20% (vinte por cento) do salrio vigente do requerente, ou seja, R$ 700,00 (setecentos reais) mais 60% do valor adquirido com o aluguel do imvel do requerente e da requerida, a serem repassados parte autora, todo dia 05 de cada ms ou na data que assim for melhor para o Requerente, a serem convertidos em alimentos definitivos ao final do trmite desta.
IV - DOS PEDIDOS
Diante do exposto, requer:
Sejam concedidos os benefcios da JUSTIA GRATUITA, nos termos da Lei
1.060/50, por ser neste momento pessoa de poucos recursos para custear o mesmo; A intimao do Requerente para que querendo responda o pedido contraposto, e ao final seja julgado a procedncia do pedido contraposto;
A TOTAL IMPROCEDNCIA do pedido inicial, sendo necessrio rever alguns
pontos para assim chegarem as partes a uma partilha justa; A produo de provas no que especialmente pelo depoimento pessoal do Requerente, juntada de documentos, expedio de ofcios, percias e demais provas pertinentes; Sejam arbitrados honorrios dativos para a advogada que subscreve em conformidade com a Portaria n 293/03, requerendo, ainda, seja expedida e liberada a respectiva Certido para habilitar-se junto PGE Procuradoria Geral do Estado, a fim de percepo dos honorrios eventualmente fixados conforme doc. 14.