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AO

MERITISSIMO DOUTOR JUIZ DA 1ª


SECÇÃO DA SALA DE TRABALHO DO
TRIBUNAL PROVINCIAL DE LUANDA

=LUANDA=

Processo Nº 607/29-J

Salão Helena, melhor identificado nos autos.

Vem com devida vénia à presença de Vossa Excelência, nos termos e com fundamentos
previstos no artigo 307º, da Lei nº 7/15, de 15 de Junho e nos termos do artigo 486º do
CPC.

CONTESTAÇÃO NA ACÇÃO DE CONFLITO LABORAL

Que lhe move Felizarda Cristóvão Pascoal, já devidamente identificada nos aludidos
autos.

A) Por Impugnação

DOS FACTOS

Com a devida vénia a que merece este Douto Tribunal, não corresponde com verdades
alguns aspectos apresentados na P.I em causa, se não vejamos:

Contrariamente do exposto pela a requerente no 1º articulado a requerida diz, foi


contratada no mês de Agosto do ano de 2018, por tempo determinado e auferia kz
45.000,00, embora sendo feito o contrato verbal;

Contrariamente ao exposto no 2º articulado, a Requerente não teve uma boa conduta


laboral, tinha sempre brigas com os colegas teve até 2 casos de agressões físicas, e
provocava inúmeros conflitos na empresa; embora conhecendo o trabalho com mãos
cheias mas não tinha harmonia no trabalho e sempre pedia para sair horas antes do
expediente alegando ter filho menor para cuidar.


Dizer que foi despedida por sua patroa, no dia 28 de Abril de 2019, não condiz com a
verdade em nenhum momento a Requerida despediu a Requerente, sucede que nesta
data por inúmeros conflitos provocados pela a Requerente a Requerida viu-se esforçada
a comunicar a Requerente via telefone que ocupa-se apenas o cargo em que foi
contratada que era de cabeleireira uma vez que a mesma tinha conflitos com as finanças;
ouvi desaparecimento no caixa e isso levou a requerida a tomar essa decisão, e dai a
Requerente jamais apareceu no local de trabalho;

A Requerente diz que jamais gozou férias e nem recebeu os subsídios por ela
merecidos, é de realçar que a Requerente não completou o tempo que a Lei estabelece
para ter os privilégios por ela imputados, uma vez que não havia completado 1 ano de
trabalho com a Requerida;

Quanto ao exposto neste articulado, damos a mão a palmatoria, embora não despedindo
a Requerida mas pelo o facto da mesma se ausentar do trabalho e começando a trabalhar
em outra empresa, embora tínhamos a obrigação de cumprir com as formalidades do
abandono de trabalho previstos no artigo 229.º da LGT e não o fizemos;

A Requerida esta ciente que por não cumprir as formalidades exigidas pela a Lei deve
pagar os 2 meses de salários a Requerente, segundo o artigo 208.º nº 3 e exposto no
artigo 209.º nº 3 da LGT.

Contrariamente ao que a Requerente diz, no articulado 10.º a Requerida jamais impediu


a Requerente de gozar qualquer férias logo não tem a obrigatoriedade de pagar a
indemnização aqui exposta;

Desta feita contrariando o articulado 12.º a Requerida não tem qualquer obrigação de
pagar as gratificações obrigatórias no artigo 158.º pelo já exposto no articulado 4.º da
Contestação apresentada;

Contrariando o articulado 14.º e 15.º da Requerente a Requerida tem a obrigação de


pagar a Requerente o valor de kz 45.000,00 (quarenta e cinco mil kwanzas)
relactivamente a 1 ano de efectividade como subsídio de Ferias e de natal embora não
tendo concluindo 1 ano de trabalho;
Nestes termos e nos mais de direitos aplicáveis, deve a presente acção ser julgada
improcedente, a requerida absolvida de alguns pedidos formulados pela a Requerente e
condenada a pagar:

- Os dois salários devidos pela nulidade do despedimento, no valor de kz 90.000,00


(noventa mil kwanzas)

- A gratificação de férias e de natal que não foram gozadas no valor de kz 45.000,00


(quarente cinco mil kwanzas)

Contrariando assim o valor da acção fica a Requerida a pagar o total de: kz135.000,00
(Cento e trinta e cinco mil kwanzas).

MEIOS DE PROVA:

1 Prova testemunhal

1) Joia Pedro Cardoso

2) Ernesto Mendes

A REQUERIDA

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Salão Helena/ na Pessoa da Senhora Isabel Pedro

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