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REPÚBLICA DE ANGOLA
Proc. N.º……./20017-B
Autor: XPTO
Réu: XXXA
Concluiu requerendo que a ré lhe restituísse livre de pessoas e bens parte do prédio que
ocupa, a condenação da ré em custas, procuradoria condigna, encargos legais e
honorários aos advogados a fixar em execução de sentença.
São requisitos essenciais da petição inicial os que constam do art.467º do CPC, entre
eles a identificação das partes.
Pelo facto da autora ser pessoa colectiva, sob pena de não ter seguimento a acção, deve
nos termos do art.280º do CPC numa acção em que alega exercer actividade comercial e
ser possuidora ou proprietária de um bem imóvel fazer prova do cumprimento das suas
obrigações fiscais seja como comerciante seja como detentora do direito de propriedade
ou posse que alega.
Nos termos do disposto no art.474º do CPC, “ a petição inicial deve ser liminarmente
indeferida quando for manifesta a falta de capacidade judiciária ou a legitimidade de
uma ou de ambas as partes ou quando por outo motivo for evidente que a acção não
pode proceder”.
A acção foi proposta por XYZ em representação da XPTO, portanto nestes autos figura
como autor a sociedade XPTO e não XYZ.
Não tendo o representante da autora juntado aos autos pacto ou estatuto social desta,
não poderá de modo algum o tribunal a ferir a sua capacidade e personalidade
judiciárias, sendo portanto manifesto a falta destes dois pressupostos processuais.
Por fazer prova do cumprimento das suas obrigações fiscais o tribunal está impedido de
dar seguimento a acção e por esse motivo é evidente que a mesma não procederá.
Da simples leitura feita à petição inicial resulta claro que esta não poderá ser recebida
por falta dos elementos necessários para que a acção possa seguir o seu curso normal e
lograr êxito.
Por tudo o exposto, nos termos das alíneas b) e c) do nº1 do art. 474º do CPC e sem
prejuízo do disposto no art.476º do mesmo diploma legal, indefiro liminarmente a p.i.
por ser manifesta a falta de capacidade e personalidade judiciária da autora e por ser
evidente que a acção não procederá.
Notifique.
(Está Conforme)
A Escrivã de Direito
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REPÚBLICA DE ANGOLA
Proc. N.º1494/17-A
Autor: BBB
Veio o Banco BBB, intentar a presente acção declarativa de condenação contra CCC e
contra D´S.
Ao expor os factos, a autora deixa claro que não conhece nem sabe onde localizar CCC
tendo apenas cópia do seu bilhete de identidade e que desconhece por completo, as
demais pessoas que intervieram nas acções que permitiram o levantamento de valores
de uma conta cujo titular já havia falecido, daí intentar acção contra incertos.
Mesmo tendo sido amnistiado o crime de que vinha acusado CCC, para que o tribunal
hoje o condene a indemnizar à autora pelos prejuízos sofridos, terá de em primeiro lugar
analisar a conduta deste preenchendo um tipo legal de crime que foi amnistiado e
ressalvando portanto à responsabilidade civil.
Supondo que o tribunal julgue procedente a acção, e visto serem incertos os demais
réus, como pretende a autora executar à decisão?
Em bom rigor, nem o co-réu CCC está devidamente identificado, pois que a autora
limita-se a informar o seu nome e a afirmar que reside habitualmente em Luanda.
No entender deste tribunal, se a autora decidir avançar com a acção, poderá sofrer
inúmeros gastos, com preparos e despesas para a publicação de editais e no final não
lograr qualquer êxito, uma vez que sendo condenados a revelia, os réus jamais hão-de
comparecer e afirmar serem os culpados e disponibilizarem-se para ressarcir a autora
das despesas que teve.
Pelo exposto, entende este tribunal que a não identificação correcta dos réus e a
existência de réus incertos numa acção declarativa de condenação traduz-se na
evidência clara de que a pretensão da autora não irá proceder.
Nos termos da II parte da al.c) do nº1 do art.474º do CPC, a petição inicial deve ser
liminarmente indeferida, quando por outro motivo for evidente que a pretensão do autor
não vai proceder.
Porque propõe acção declarativa de condenação contra réus que apenas sabe o nome e
outros que afirma serem incertos, visando a condenação o pagamento de uma
indemnização por parte dos réus, este tribunal indefere liminarmente o requerimento
inicial.
Notifique.
Juíza de Direito
Está Conforme
A Escrivã de Direito
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REPÚBLICA DE ANGOLA
Embargos de Executado
Embargante: AAA
Embargado: BBB
Veio AAA, por apenso aos autos de acção executiva para entrega de coisa certa
averbada sob o número …../2019-C deduzir embargos de executado contra BBB
exequente naqueles autos.
Que o exequente está a agir de má-fé omitindo factos essenciais com objectivo
de obter de forma ilegal o cumprimento da obrigação por parte do executado;
Que no terreno em causa está em curso uma obra erguida em cerca de 60%
visando a construção de um Shopping;
Que fez todas as diligências junto do Instituto Nacional de Habitação tendo a 20
de Novembro de 2019 lavrado Escritura Pública de Constituição de Direito de
Superfície;
Que o exequente não pode intentar a presente acção executiva por não ter título
executivo bastante para o efeito;
O embargante (executado nos autos de acção executiva para entrega de coisa certa) foi
citado na acção executiva no dia 26 de Maio de 2020 e veio deduzir embargos a 10 de
Junho de 2020.
A acção executiva para entrega de coisa certa tem o seu regime jurídico definido nos
artigos 928º a 932º, todos do CPC.
Dispõe o art.929º do CPC que citado na acção executiva para entrega de coisa certa, o
executado pode deduzir embargos à execução pelos motivos especificados nos artigos
813º a 815º do CPC, na parte aplicável e além disso invocar benfeitorias que tenha feito.
Os embargos devem ser deduzidos no prazo de 10 dias, a contar da citação. Art. 816º,
do CPC
O executado deduziu embargos cinco (5) dias depois do prazo que a lei lhe confere para
o efeito.
Os embargos, que devem ser autuados por apenso são logo rejeitados se tiverem sido
deduzido fora do prazo, se não se ajustarem aos fundamentos dos artigos 813º a 815º
do CPC e se for manifesta a improcedência da oposição do executado.
Tendo sido citado no dia 26 de Maio de 2020 devia o executado ter deduzido embargos
até ao dia 05 de Junho de 2020. Porque o dia 05 de Junho foi uma sexta-feira, o
executado ainda poderia deduzir embargos na segunda-feira dia 08 de Junho mediante o
pagamento de uma multa tal como dispõe o art.145º nº5 do CPC, contudo o executado
apenas apresentou o seu requerimento de embargo no dia 10 de Junho.
Os presentes embargos para além de terem sido deduzidos fora de prazo não se ajustam
aos fundamentos da oposição prevista nos artigos 813º a 815º, todos do CPC e como
veremos são manifestamente improcedentes.
O título executivo que serve de base à execução é uma sentença transitada em julgado.
Sendo portanto perfeitamente exequível.
Por tudo exposto, verificando o tribunal que os embargos foram deduzidos fora do
prazo e que os fundamentos não se ajustam aos elencados no art.813º do CPC rejeito-os
liminarmente. Art.817º do CPC
Notifique.
A Juiz de Direito
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REPÚBLICA DE ANGOLA
Proc. N.º0217/20-A
Autora: ABC
DESPACHO
Nos termos do art.477º do CPC e para não prejudicar o normal êxito da presente acção
convido a autora a corrigir a petição inicial nos seguintes termos:
Prazo: 5 dias.
Notifique.
(Está Conforme)
O Escrivão de Direito)
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REPÚBLICA DE ANGOLA
Processo n.º……/2010-B
-----DESPACHO-----
Nos termos do art.477º conjugado com o art.467º e 305º, todos do CPC, e para não
prejudicar o normal êxito da presente acção, convido o autor para no prazo de 15 dias
vir aperfeiçoar a p.i nos seguintes termos:
Indicando a espécie de acção, sendo que não pode optar por um processo comum
em simultâneo um especial.
Juntar aos autos procuração forense conferida nos termos legais, visto que a
procuração junta aos autos é fotocópia.
Indicar a letra da providência cujo número é 1209/10 para nos termos do nº2 do
art.384º do CPC, ser apensado aos presentes autos.
Notifique.
(Está Conforme)
O Escrivão de Direito)
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REPÚBLICA DE ANGOLA
Proc. N.º0246/2017-
Autora: AAA
Ré: BBB
DESPACHO
1- Regularmente citada a ré não contestou pelo que nos termos do art.484º do CPC,
dou por confessados os factos articulados pela autora.
(Está Conforme)
O Escrivão de Direito)
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REPÚBLICA DE ANGOLA
Proc. N.º…../2009-C
Conclusão em / /
A Escrivã de Direito
DESPACHO
Nos termos dos artigos 233º, 480º, 484º e 486º, todos do CPC cite o réu
para no prazo de vinte (20) dias contestar a presente acção, advertindo-o
expressamente de que a falta de contestação importa a confissão dos factos
articulados pelo autor.
Data e assinatura.