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Isabel Pimenta, brasileira, solteira, médica, residente em Juiz de Fora,
Minas Gerais, procura você, advogado (a), em seu escritório, narrando que
recebeu uma citação da 6ª Vara Cível de Juiz de Fora, Minas Gerais para
contestar a Declaratória de Nulidade do Negócio Jurídico, pelo rito comum,
movida, somente em face dela, por Regina Silva, brasileira, solteira, do lar,
também residente em Juiz de Fora, Minas Gerais.
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A inicial informa que Regina e Andre das Neves viveram em união
estável por oito anos e que a mesma foi dissolvida por sentença
judicial, datada de 23 de agosto de 2016, que determinou a partilha
de todos os bens adquiridos na constância da união estável, dentre
os quais está arrolado este imóvel.
Sua cliente afirma que sequer conhecia o vendedor antes da
celebração do negócio jurídico de compra e venda. Aduz, ainda, que
o negócio jurídico foi perfeito e que pagou o preço do imóvel de R$
95.000,00 (noventa e cinco mil reais), descrito na escritura de compra
e venda lavrada em cartório.
Isabel desabafa com você, informando que não agüenta mais ver
Regina propondo ação contra ela, pedindo sempre a nulidade do
negocio jurídico e alegando simulação no negocio realizado, que das
outras três vezes os processos foram encerrados pelo fato de Regina
ter abandonado o processo sem qualquer justificativa
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Diante dos fatos narrados, elabore a contestação cabível para
defender os interesses de Isabel .
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CONTESTAÇÃO
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Para próxima aula:
Elaboração de contestação.
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EXCELENTÍSSIMO SENHOR DOUTOR JUIZ DE DIREITO DA ___ª
VARA CÍVEL DA COMARCA ______________________ /UF
6ª. Vara cível da comarca de Juiz de Fora
Processo nº _____xxxx______________________
Legitimidade ativa: Regina
Legitimidade passiva: Isabel
NOME DO RÉU, qualificar o Réu, nome, CPF ou CNPJ, endereço eletrônico,
endereço residencial, vem, por seu advogado, infra-assinado, com endereço
na Rua __________ e endereço eletrônico ______nos autos da AÇÃO
DECLARATÓRIA DE NEGÓCIO JURÍDICO , pelo rito ___________, que lhe
move NOME DO AUTOR, já oferecer a V. Exa. sua
CONTESTAÇÃO
Expondo e requerendo o que segue:
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I – DAS PRELIMINARES - Analisar os incisos do art. 337 CPC.
AUSÊNCIA DE LEGITIMIDADE OU INTERESSE PROCESSUAL - 337 XI
Ausência de Litisconsórcio Necessário ; se a autora pretende desconstituir um negócio jurídico
afirmando ter ocorrido simulação entre a ré e seu antigo companheiro, este, qual seja, João das
Neves, obrigatoriamente deveria estar integrando o pólo passivo da relação processual (art. 114,
115, II, parágrafo único CPC).
Art. 114. O litisconsórcio será necessário por disposição de lei ou quando, pela natureza da
relação jurídica controvertida, a eficácia da sentença depender da citação de todos que devam
ser litisconsortes.
Art. 115. A sentença de mérito, quando proferida sem a integração do contraditório, será:
I - nula, se a decisão deveria ser uniforme em relação a todos que deveriam ter integrado o
processo;
II - ineficaz, nos outros casos, apenas para os que não foram citados.
Parágrafo único. Nos casos de litisconsórcio passivo necessário, o juiz determinará ao autor que
requeira a citação de todos que devam ser litisconsortes, dentro do prazo que assinar, sob pena
de extinção do processo
PEREMPÇÃO - 337 V
Esclareceu Isabelque essa é a quarta vez que Regina propõe a mesma ação , que das outras três
vezes ocorreu à extinção do processo por abandono. De acordo com Art. 337. Inc V e §3 do art.
485 ambos do CPC , se o autor der causa, por 3 (três) vezes, a sentença fundada em abandono da
causa, não poderá propor nova ação contra o réu com o mesmo objeto, ficando-lhe ressalvada,
entretanto, a possibilidade de alegar em defesa o seu direito. (485, inc. V , do CPC). Extinção do
processo sem resolução de mérito
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II – DA PREJUDICIAL DO MÉRITO (SE COUBER)
III - DO MÉRITO
Art. 167. É nulo o negócio jurídico simulado, mas subsistirá o que se dissimulou, se
válido for na substância e na forma.
§ 1º Haverá simulação nos negócios jurídicos quando:
I - aparentarem conferir ou transmitir direitos a pessoas diversas daquelas às quais
realmente se conferem, ou transmitem;
II - contiverem declaração, confissão, condição ou cláusula não verdadeira;
III - os instrumentos particulares forem antedatados, ou pós-datados.
§ 2º Ressalvam-se os direitos de terceiros de boa-fé em face dos contraentes do
negócio jurídico simulado.
A ré pagou o preço de mercado. Ademais, não houve simulação uma vez que a ré
não conhecia os envolvidos antes da celebração do negócio jurídico e a vontade que
restou externada coincide com a vontade dos agentes, não havendo conluio ou má
fé por parte da ré e do ex-companheiro da autora.
SIMULAÇÃO (Carlos Roberto Gonçalves): É uma declaração falsa, enganosa, da vontade, visando
“aparentar” um negócio diverso do efetivamente desejado.
V – DAS PROVAS
Requer a produção de todas as provas em direito admitidas, na amplitude do
artigo 369 e seguintes Código de Processo Civil, especialmente a prova de
natureza documental, suplementar e superveniente, testemunhal e depoimento
pessoal do autor.
OAB n°
ROL DE TESTEMUNHAS
1 – Nome:
Identidade:
Endereço:
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IV - DO PEDIDO
V – DAS PROVAS
OAB n°
ROL DE TESTEMUNHAS
1 – Nome:
Identidade:
Endereço:
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Art. 336. Incumbe ao réu alegar, na contestação, toda a matéria de defesa,
expondo as razões de fato e de direito com que impugna o pedido do autor e
especificando as provas que pretende produzir.
Atenção:
As preliminares:
Ao mérito:
Do pedido:
Acolhimento da preliminar
No mérito, julgar improcedente o pedido autoral
A condenação da autora no ônus da sucumbência Artigo 82 § 2º
Das provas Artigo 369 CPC
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