Você está na página 1de 18

JURISPRUDÊNCIA SEMANA –

30.12 a 06.01
STJ: comutação incide sobre as execuções em curso no
momento do decreto presidencial
✓ A Quinta Turma do Superior Tribunal de Justiça (STJ), no AgRg no HC 676.682/SP, decidiu que
“a comutação incide sobre as execuções em curso no momento da edição do decreto
presidencial, não sendo possível considerar na base de cálculo do benefício as penas já
extintas por integral cumprimento”.
STJ: comutação incide sobre as execuções em curso no
momento do decreto presidencial
✓ AGRAVO REGIMENTAL NO HABEAS CORPUS. OFENSA AO PRINCÍPIO DA COLEGIALIDADE. INOCORRÊNCIA. EXECUÇÃO.
COMUTAÇÃO DE PENA. BASE DE CÁLCULO. SANÇÕES JÁ EXTINTAS. IMPOSSIBILIDADE. AGRAVO IMPROVIDO. 1. Os arts. 932
do Código de Processo Civil ? CPC c/c o 3º do Código de Processo Penal – CPP, e 34, XI e XX, do Regimento Interno do
Superior Tribunal de Justiça ? RISTJ, além do enunciado n. 568 da Súmula desta Corte, permitem ao relator negar
seguimento a recurso manifestamente inadmissível, improcedente, prejudicado ou em confronto com Súmula ou com
jurisprudência dominante nos Tribunais Superiores, não importando em cerceamento de defesa ou violação ao princípio da
colegialidade, notadamente diante da possibilidade de interposição de agravo regimental contra a respectiva decisão, como
ocorre no caso, que permite que a matéria seja apreciada pelo Colegiado, afastando eventual vício. 2. ?A comutação incide
sobre as execuções em curso no momento da edição do decreto presidencial, não sendo possível considerar na base de
cálculo do benefício as penas já extintas por integral cumprimento. Precedentes? (AgRg no HC 550.268/SP, Rel. Ministro NEFI
CORDEIRO, SEXTA TURMA, DJe 15/5/2020). 3. Agravo regimental improvido. (AgRg no HC 676.682/SP, Rel. Ministro JOEL ILAN
PACIORNIK, QUINTA TURMA, julgado em 09/11/2021, DJe 16/11/2021)
STJ: fiança pode ser utilizada para pagamento da prestação
pecuniária
✓ STJ: fiança pode ser utilizada para pagamento da prestação pecuniária. A
Sexta Turma do Superior Tribunal de Justiça (STJ), no AgRg no AREsp
1874158/DF, decidiu que o valor prestado a título de fiança pode ser
utilizado para o pagamento da prestação pecuniária.
STJ: fiança pode ser utilizada para pagamento da prestação
pecuniária
✓ AGRAVO REGIMENTAL NO AGRAVO EM RECURSO ESPECIAL. EXECUÇÃO PENAL. FIANÇA.
PRESTAÇÃO PECUNIÁRIA. ORDEM DE PREFERÊNCIA. SÚMULA 83 DO STJ. 1. Admite-se a
utilização do valor prestado a título de fiança para pagamento da prestação pecuniária,
descontados os demais encargos previstos no art. 336 do CPP. Precedente. Há, portanto,
uma ordem de preferência a ser seguida: as custas processuais, a indenização do dano, a
prestação pecuniária e a multa. 3. Agravo regimental improvido. (AgRg no AREsp
1874158/DF, Rel. Ministro OLINDO MENEZES (DESEMBARGADOR CONVOCADO DO TRF 1ª
REGIÃO), SEXTA TURMA, julgado em 09/11/2021, DJe 16/11/2021)
STJ: juiz da execução deve adequar a pena às condições
pessoais do réu
✓ A Quinta Turma do Superior Tribunal de Justiça (STJ), no AgRg no HC 680.497/SP, decidiu que
é do Juízo das Execuções Penais o dever de adequar o cumprimento da sanção penal às
condições pessoais do réu.
STJ: juiz da execução deve adequar a pena às condições
pessoais do réu
✓ AGRAVO REGIMENTAL NO HABEAS CORPUS. EXECUÇÃO PENAL. UNIFICAÇÃO DE PENAS. REINCIDÊNCIA.
RECONHECIMENTO PELO JUÍZO DA EXECUÇÃO. POSSIBILIDADE. INCIDÊNCIA SOBRE A TOTALIDADE DAS PENAS.
QUESTÃO PACIFICADA NO JULGAMENTO DO ERESP N. 1.738.968/MG. AUSÊNCIA DE CONSTRANGIMENTO ILEGAL.
AGRAVO REGIMENTAL DESPROVIDO. 1. A Terceira Seção desta Corte, recentemente, pacificou a questão,
prevalecendo o entendimento de que a intangibilidade da sentença penal condenatória transitada em julgado não
retira do Juízo das Execuções Penais o dever de adequar o cumprimento da sanção penal às condições pessoais do
réu. 2. Com a superveniência de novas condenações, a unificação das penas leva ao reconhecimento da
reincidência, mesmo que tal constatação não tenha ocorrido na fase de conhecimento, fazendo incidir ao
caso regras específicas na condição de reincidente ao cumprimento da totalidade da reprimenda.
Precedentes. 3. Agravo regimental desprovido. (AgRg no HC 680.497/SP, Rel. Ministro JOEL ILAN PACIORNIK, QUINTA
TURMA, julgado em 16/11/2021, DJe 19/11/2021)
STF: é ônus do impetrante instruir o HC com as peças
necessárias
✓ A Primeira Turma do Supremo Tribunal Federal (STF), no HC 204519 AgR,
decidiu que “constitui ônus do impetrante instruir a petição do habeas
corpus com as peças necessárias ao exame da pretensão nela deduzida”.
STF: é ônus do impetrante instruir o HC com as peças
necessárias
✓ EMENTA: Processual penal. Agravo regimental em habeas corpus. Associação criminosa. Deficiência na instrução do writ. Juntada tardia de
documentos. Inovação recursal. Pressuposto de admissibilidade de recurso interposto no STJ. Alegação de nulidade de interceptação
telefônica. Dosimetria da pena. Supressão de instância. Ausência de ilegalidade flagrante. 1. A petição inicial do habeas corpus não foi
instruída com cópia da sentença condenatória e do acórdão do Tribunal estadual. Fato esse que impede a exata compreensão da controvérsia,
assim como atrai a orientação jurisprudencial do Supremo Tribunal Federal (STF) no sentido de que constitui ônus do impetrante instruir a
petição do habeas corpus com as peças necessárias ao exame da pretensão nela deduzida (HC 95.434, Rel. Min. Ricardo Lewandowski; HC
116.523, Rel. Min. Dias Toffoli; HC 100.994, Relª. Minª. Ellen Gracie; HC 94.219, Rel. Min. Ricardo Lewandowski). 2. A tardia juntada de
documentos para suprir a deficiência da instrução constitui inovação recursal insuscetível de exame neste momento processual (HC 179.812-
AgR, Relª. Minª. Cármen Lúcia). 3. A orientação jurisprudencial do STF é no sentido de que a via do habeas corpus não se presta para o
reexame dos pressupostos de admissibilidade de recurso da competência de Tribunal Superior (HC 99.174 AgR, Rel. Min. Ayres Britto; HC
112.756, Relª. Minª. Rosa Weber; HC 113.660, Rel. Min. HC 112.422, Rel. Min. Luiz Fux). 4. As alegações da defesa não foram sequer apreciadas
pelo STJ. Fato que impede o imediato exame da matéria pelo STF, sob pena de supressão de instâncias. 5. As peças que instruem este
processo não evidenciam situação de teratologia, ilegalidade flagrante ou abuso de poder que autorize o pronto acolhimento da pretensão
defensiva. 6. Agravo regimental a que se nega provimento. (HC 204519 AgR, Relator(a): ROBERTO BARROSO, Primeira Turma, julgado em
06/12/2021, PROCESSO ELETRÔNICO DJe-247 DIVULG 15-12-2021 PUBLIC 16-12-2021)
STJ: é inviável a continuidade delitiva entre roubo e extorsão

✓ A Quinta Turma do Superior Tribunal de Justiça (STJ), no AgRg no


HC 693.380/SP, decidiu que “é inviável o reconhecimento da
continuidade delitiva entre os crimes de roubo e de extorsão, por
se tratarem de delitos de espécies distintas, ainda que cometidos
no mesmo contexto temporal”.
STJ: é inviável a continuidade delitiva entre roubo e extorsão

✓ Crimes da mesma espécie: são crimes que têm o mesmo tipo


penal.

✓ Neste caso, os processos serão reunidos em momento posterior,


pelo juízo das Execuções penais, que irá unificar as penas,
conforme dispõe o artigo 82 do Código de Processo Penal e artigo
111 Lei de Execucoes Penais.
STJ: é inviável a continuidade delitiva entre roubo e extorsão

✓ O entendimento exarado pelas instâncias de origem está em harmonia com a jurisprudência desta

Corte Superior, no sentido de que é inviável o reconhecimento da continuidade delitiva entre os crimes
de roubo e de extorsão, por se tratarem de delitos de espécies distintas, ainda que cometidos no
mesmo contexto temporal (HC n. 552.481/SP, Rel. Ministro JOEL ILAN PACIORNIK, Quinta Turma,
julgado em 18/2/2020, DJe 2/3/2020). Precedentes. – Inalterado o montante da pena privativa de
liberdade em 11 anos e 4 meses de reclusão, fica mantido o regime inicial fechado, por expressa
previsão legal, nos termos do art. 33, § 2º, “a”, do Código Penal. – Agravo regimental não provido. (AgRg
no HC 693.380/SP, Rel. Ministro REYNALDO SOARES DA FONSECA, QUINTA TURMA, julgado em
28/09/2021, DJe 04/10/2021)
STJ: é inviável a continuidade delitiva entre roubo e extorsão

✓ O entendimento exarado pelas instâncias de origem está em harmonia com a jurisprudência desta

Corte Superior, no sentido de que é inviável o reconhecimento da continuidade delitiva entre os crimes
de roubo e de extorsão, por se tratarem de delitos de espécies distintas, ainda que cometidos no
mesmo contexto temporal (HC n. 552.481/SP, Rel. Ministro JOEL ILAN PACIORNIK, Quinta Turma,
julgado em 18/2/2020, DJe 2/3/2020). Precedentes. – Inalterado o montante da pena privativa de
liberdade em 11 anos e 4 meses de reclusão, fica mantido o regime inicial fechado, por expressa
previsão legal, nos termos do art. 33, § 2º, “a”, do Código Penal. – Agravo regimental não provido. (AgRg
no HC 693.380/SP, Rel. Ministro REYNALDO SOARES DA FONSECA, QUINTA TURMA, julgado em
28/09/2021, DJe 04/10/2021)
STJ: impossibilidade de fiscalizar impede o trabalho externo

✓ A Quinta Turma do Superior Tribunal de Justiça (STJ), no AgRg no


REsp 1889273/TO, decidiu que “a total impossibilidade de
fiscalização do trabalho externo pleiteado por apenado do regime
semiaberto domiciliar impede a autorização do benefício”.
STJ: impossibilidade de fiscalizar impede o trabalho externo

✓ É UMA DECISÃO ‘ISOLADA’. VEJAMOS:


✓ Trabalho externo - empresa da família do sentenciado – possibilidade

✓ "1. A execução criminal visa o retorno do condenado ao convício social, com o escopo de reeducá-lo e
ressocializá-lo, sendo o trabalho essencial para esse processo. Nesse contexto, o fato de a empresa
pertencer ao genitor do sentenciado não constitui óbice à concessão do trabalho externo, sob o
argumento de fragilidade na fiscalização, até porque inexiste vedação na Lei de Execução Penal."

✓ Acórdão 1263562, 07137514620208070000, Relator: ROBERVAL CASEMIRO BELINATI, 2ª Turma Criminal,


data de julgamento: 9/7/2020, publicado no DJE: 24/7/2020.
STJ: impossibilidade de fiscalizar impede o trabalho externo

✓ É UMA DECISÃO ‘ISOLADA’. VEJAMOS:


✓ "É inegável que o trabalho externo mostra-se fundamental na busca da ressocialização dos
condenados, viabilizando, assim, a retomada paulatina ao convívio social e à vida extramuros, com o
escopo de reeducá-lo e ressocializá-lo. Por meio dessa atividade, espera-se que ele adquira senso de
responsabilidade, bem como meios de sustento próprio para que possa retornar ao convívio social e
comunitário.
✓ Acórdão 1241875, 07006097220208070000, Relator: WALDIR LEÔNCIO LOPES JÚNIOR, 3ª Turma
Criminal, data de julgamento: 2/4/2020, publicado no PJe: 17/4/2020.
STJ: impossibilidade de fiscalizar impede o trabalho externo

✓ AGRAVO REGIMENTAL NO RECURSO ESPECIAL. EXECUÇÃO PENAL. APENADO QUE CUMPRE PENA EM
REGIME SEMIABERTO. TRABALHO EXTERNO. IMPOSSIBILIDADE TOTAL DE FISCALIZAÇÃO.
INDEFERIMENTO. PRECEDENTES. AGRAVO DESPROVIDO. 1. A total impossibilidade de fiscalização do
trabalho externo pleiteado por apenado do regime semiaberto domiciliar impede a autorização do
benefício. 2. Embora se reconheça o valor do labor na ressocialização e na recuperação da dignidade
do apenado, sem indicação do local do trabalho e de algum tipo de controle de horário e de frequência
das atividades de vendedor autônomo, de mercadoria própria, não há falar em deferimento do
trabalho externo. O pedido é incompatível com a fiscalização do cumprimento da pena exigida pela Lei
de Execuções Penais (ut. AgRg no HC 490.890/TO, Rel. Ministro ROGERIO SCHIETTI CRUZ, Sexta Turma,
DJe 17/06/2020). 3. Agravo regimental desprovido. (AgRg no REsp 1889273/TO, Rel. Ministro REYNALDO
SOARES DA FONSECA, QUINTA TURMA, julgado em 11/05/2021, DJe 14/05/2021)
AULA 04 – FALTAS GRAVES E PROGRESSÃO DE REGIME

Art. 50.
QUER Comete falta
APRENDER MAISgrave o condenado à pena privativa
SOBRE
de liberdade que:
EXECUÇÃO PENAL?
I - incitar ou participar de movimento para subverter a
ordem ou a disciplina;

II - fugir;

III - possuir, indevidamente, instrumento capaz de ofender a


ASSISTAfísica
integridade A AULA:
de outrem;

FERNANDA CRUZ|@fernandacruz.adv

Você também pode gostar