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POLÍCIA MILITAR DA PARAÍBA


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Qualquer dúvida, crítica ou sugestão, aqui seguem nossas redes sociais:


Carlos Sobrinho - @sobrinhoqc
Bruno Aguiar - @brunoaguiaaar
Jeferson Aguiar - @jeff.concurseiro

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• CRIMES CONTRA A PESSOA (HOMICÍDIO, DAS LESÕES CORPORAIS, DA RIXA).
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• CRIMES CONTRA O PATRIMÔNIO (FURTO, ROUBO, EXTORSÃO, EXTORSÃO MEDIANTES


SEQUESTRO).

• CRIMES CONTRA A ADMINISTRAÇÃO PÚBLICA (PECULATO E SUAS FORMAS,


CONCUSSÃO, CORRUPÇÃO ATIVA E PASSIVA, PREVARICAÇÃO).

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CRIMES CONTRA PESSOA
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ATENÇÃO!
CRIMES CONTRA A VIDA: Homicídio, Induzimento, instigação ou auxílio ao Suicídio,
infanticídio, Aborto.
Esses, quando dolosos, serão julgados pelo TRIBUNAL DO JURI.

HOMICÍDIO – Um dos mais cobrados em concurso!

Homicídio simples
Art. 121. Matar alguém:
Pena – reclusão, de seis a vinte anos.

SUJEITO ATIVO: qualquer pessoa


SUJEITO PASSIVO: qualquer pessoa

Qual o bem que afeta? A VIDA HUMANA, no caso esse é o bem jurídico protegido!

É um CRIME COMUM.
O QUE É UM CRIME COMUM? Aquele que NÃO exige qualidade especial do sujeito.

Pode ser praticado por OMISSÃO.

Exemplo: bombeiro que tem o dever de salvar vidas, ao ver seu desafeto se afogar nada faz,
no caso temos um HOMICÍDIO POR OMISSÃO IMPROPRIA.

Lembrar: início da vida = quando inicia o parto, dessa forma, já podemos ter homicídio, pois
se for antes, pode caracterizar aborto a depender das circunstâncias.

Homicídio é um CRIME MATERIAL.

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O QUE É CRIME MATERIAL? Aquele que exige o RESULTADO NATURALÍSTICO.
É aquele que só se consuma quando ACONTECE O RESULTADO.
Exemplo: homicídio, ele só se consuma com a morte da pessoa.

Mas e caso a pessoa não venha a óbito? Aí teremos uma tentativa de homicídio.

CRIME FORMAL: NÃO exige resultado naturalístico para sua consumação


Exemplo clássico: corrupção passiva. Só o fato de SOLICITAR A VANTAGEM já consuma o
CRIME.

HOMICIDIO MAJORADO:
Aumenta-se a pena em 1/3 se é praticado:
Contra menor de 14 anos.
Contra maior de 60 anos.

Milícia privada e Grupo de extermínio:


A pena é aumentada de 1/3 (UM TERÇO) ATÉ A METADE se o crime for praticado por milícia
privada, sob o pretexto de prestação de serviço de segurança, ou por grupo de extermínio.

Homicídio privilegiado:

Caso de diminuição de pena:

§ 1º Se o agente comete o crime impelido por motivo de relevante valor social ou moral, ou
sob o domínio de violenta emoção, logo em seguida a injusta provocação da vítima, o juiz
pode reduzir a pena de um sexto a um terço.

DICA DE PROVA:

Existe uma atenuante genérica que diz INFLUÊNCIA de violenta emoção.

Para ser privilegiado tem que ser sob DOMÍNIO de violenta emoção.

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Logo EM SEGUIDA à injusta provocação, há entendimento de que o curto espaço de tempo,
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ainda caracteriza essa privilegiadora.

Exemplo: um rapaz provocou o outro, e esse foi em casa rapidamente, pegou a arma e
matou-o, ainda caracteriza o privilégio
PRIVILEGIADORA: Circunstância que REDUZ A PENA NOS LIMITES MÍNIMO E MÁXIMO.

Exemplo de valor moral: pai que mata o estuprador da filha.

Exemplo de valor social: mata um político corrupto que esbanja dinheiro público e ainda zoa
a população.

Aviso importante! injusta provocação, viu galera?


Se for injusta agressão é LEGÍTIMA DEFESA.

Atenção a um dos pontos MAIS COBRADOS:

QUALIFICADORAS:

Vamos abordar as principais características em cada uma:

§ 2º Se o homicídio é cometido:

I – Mediante paga ou promessa de recompensa, ou por outro motivo torpe;

Mediante paga ou promessa de recompensa:

 Concurso necessário;
 Um deve pagar, e outro receber;
 Doutrina chama de homicídio mercenário;
 O matador é conhecido como sicário;
 executor: sempre responde pela qualificadora.
 mandate: pode ou não responder pela qualificadora, depende da motivação pessoal
acerca do crime.
 julgado (resp 1209852/pr) se a motivação do mandante para encomendar a morte da
vítima for, por si só, torpe ou desprezível, poderá este também ser apenado com a
qualificadora.

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Motivo torpe:
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 O Próprio homicídio mercenário já é um motivo TORPE;
 Motivo torpe: todo aquele motivo repugnante, que causa nojo, desprezível;
 É usada a interpretação analógica do direito para determinar se foi ou não motivo torpe;
 Ciúmes: não constitui motivo torpe, beleza? importante levar isso a prova;
 Vingança: depende das circunstâncias que causaram os fatos;

Relembrando: INTERPRETAÇÃO ANALÓGICA

Interpretação Analógica: o legislador deixa uma abertura na norma


penal para uma interpretação mais ampla

II – Por motivo fútil;

 Motivo desproporcional;
 Exemplo clássico: Mévio mata Ticio por dívida de 10 reais;
 Também está presente a interpretação analógica;
 Dolo eventual e motivo fútil não são incompatíveis
 IMPORTANTE: ou existe motivo fútil ou existe motivo torpe, não tem como existir os dois.

Relembrando: DOLO EVENTUAL

Ocorre quando o agente age ou deixa de agir, conhece do risco de


produzir um resultado danoso a um bem jurídico penalmente tutelado
através de sua conduta e se conforma caso este venha a acontecer.

III – com emprego de veneno, fogo, explosivo, asfixia, tortura ou outro meio insidioso ou
cruel, ou de que possa resultar perigo comum;

 Meio insidioso: meio desleal ➞ deve ser utilizado sem conhecimento da vítima.

EXEMPLO: veneno no prato, se eu souber que tem veneno não existe essa qualificadora.

 Cruel: causa muito sofrimento a vítima;


 Perigo comum: pode atingir muitas pessoas.

IV – À traição, de emboscada, ou mediante dissimulação ou outro recurso que dificulte ou


torne impossível a defesa do ofendido;

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Traição: viola a relação de confiança.
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Exemplo clássico: você e sua namorada estão dormindo juntos, e você a mata enquanto ela
dorme. Isso é a qualificadora.

Mediante dissimulação: uso de disfarce, ou forçar uma amizade e depois cometer o crime.

Emboscada: a defesa se torna difícil

Exemplo Clássico: tu chamas uma pessoa para um lugar totalmente deserto, chegando lá
executa o crime.

Outro recurso: aqui cabe novamente a interpretação analógica.

V – Para assegurar a execução, a ocultação, a impunidade ou vantagem de outro crime:

 É basicamente matar para assegurar a ocultação de outro crime.


 Importante: assegurar crime no futuro: Conexão teológica.
 Assegurar crime no passado: Consequencial.

Pena – reclusão, de doze a trinta anos.

Feminicídio (Incluído pela Lei n. 13.104, de 2015)

 Para configurar deve ser contra a mulher em razão dela ser mulher.

IMPORTANTE DEMAIS! QUALIFICADORA OBJETIVA.

Objetivas: o meio e o modo de execução, veneno, fogo, explosivo etc., e a condição da vítima
criança, velho, enfermo e mulher grávida;

São subjetivas as que dizem respeito aos motivos: fútil, torpe, dissimulação, etc.

Para finalizar com chave de ouro:

Aumentos de pena no feminicídio: 1/3

 Durante a gestação ou nos 3 primeiros messes, pós parto.

 Menor de 14, maior de 60, deficiente ou que tenha doenças limitantes.


 Na presença física ou virtual de descendente ou ascendente da vítima.

 Em descumprimento das medidas protetivas

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VII – contra autoridade ou agente descrito nos arts. 142 e 144 da Constituição Federal,
integrantes do sistema prisional e da Força Nacional de Segurança Pública, no exercício da
função ou em decorrência dela, ou contra seu cônjuge, companheiro ou parente
consanguíneo até terceiro grau, em razão dessa condição: (Incluído pela Lei n. 13.142, de
2015)

Enquadram-se:

Art. 142. As Forças Armadas, constituídas pela Marinha, pelo Exército e pela Aeronáutica;

Art. 144. Segurança pública:

I – Polícia federal;

II – Polícia Rodoviária Federal;

III – Polícia Ferroviária Federal;

IV – Polícias civis;

V – Polícias militares e Corpos de bombeiros militares.

VI – Polícias penais federal, estaduais e distrital. (Redação dada pela Emenda Constitucional
n. 104,de 2019)

§ 8º Os Municípios poderão constituir guardas municipais destinadas à proteção de seus


bens, serviços e instalações, conforme dispuser a lei.

 Homicídio funcional
 Requisitos:
Homicídio em razão da função.
Agente no exercício da função.

Exemplo rápido:

Policial jogando futebol, arruma uma briga e morre em decorrência dela – não incide a
qualificadora.

Policial jogando futebol, uma das pessoas do campo em retaliação a sua condição de
policial e por ter prendido o seu irmão dele mata o policial – incide a qualificadora.

SÃO CONSIDERADOS PARENTES ATÉ TERCEIRO GRAU:

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Ascendentes: Pais, avós e bisavós;
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Descendentes: Filhos, netos e bisnetos;

Lateralmente: Irmãos, tios e sobrinhos

Pena – reclusão, de doze a trinta anos.

IMPORTANTES CONSIDERAÇÕES SOBRE O HOMICÍDIO QUALIFICADO.

 É considerado um crime hediondo em todas suas modalidades qualificadas.

 Existe a possibilidade de homicídio qualificado-privilegiado - NÃO É CONSIDERADO


HEDIONDO.

 Para caracterizar qualificado-privilegiado:

• Privilegiadora: subjetiva.

• Qualificadora: objetiva.

TODAS PRIVILEGIADOS SÃO SUBJETIVAS!

1 - Motivo de Relevante Valor Moral;

2 - Motivo de Relevante Valor Social;

3 - Domínio de Violenta Emoção (após injusta provocação da vítima)

Caso a parte que é considerado HEDIONDO:

Praticado em atividade típica de grupo de extermínio, ainda que por um só agente, por força
da Lei n. 8.072/1990.
Nesse sentido, o homicídio simples (não praticado em atividade típica de grupo de
extermínio) e o homicídio privilegiado-qualificado NÃO são classificados como hediondos!

HOMICÍDIO CULPOSO:

§ 3º Se o homicídio é culposo:

Pena – detenção, de um a três anos.

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NEGLIGÊNCIA – não fazer.

IMPRUDÊNCIA – agir de forma arriscada ou perigosa.


IMPERÍCIA – agente não possui conhecimento técnico sobre o que está fazendo.

O que caracteriza o crime culposo?

Conduta – voluntária

Resultado – involuntário

O homicídio culposo tem causa de aumento de 1/3:

 Inobservância de regra técnica de profissão, arte ou ofício

 Se o agente deixa de prestar imediato socorro à vítima, não procura diminuir as


consequências do seu ato, ou foge para evitar prisão em flagrante.

Inobservância de regra técnica: nesse caso, o agente conhece a regra técnica, mas deixa de
observá-la, constituindo uma atitude irresponsável de sua parte.

Essa causa de aumento de pena só se aplica contra um profissional.

Bizu: Se tu foges do local porque o pessoal quer te matar, não configura causa de aumento
de pena.

Exemplo: acidente de carro, você mata um inocente culposamente, daí a galera fica revoltada
e quer te matar, apesar de você querer prestar socorro, você foge com medo de morrer, logo
não incide aumento de pena.

Perdão judicial no homicídio culposo:

Perdão judicial para situações em que as próprias consequências da infração penal se tornem
tão graves que a sanção penal seja desnecessária.

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Exemplo: por imprudência, uma pessoa da ré no carro, mesmo sabendo que sua filha pequena
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está por perto, e acaba matando-a, as consequências foram tão fortes que o juiz pode decretar
perdão judicial.

Já imaginou? perder uma filha dessa forma e ainda ser preso? Sofrimento duplicado.

INDUZIMENTO, INSTIGAÇÃO OU AUXÍLIO A SUICÍDIO OU A AUTOMUTILAÇÃO:

Art. 122. Induzir ou instigar alguém a suicidar-se ou a praticar automutilação ou prestar-lhe


auxílio material para que o faça: (Redação dada pela Lei n. 13.968, de 2019)

Pena – reclusão, de 6 (seis) meses a 2 (dois) anos. (Redação dada pela Lei n. 13.968, de 2019)

Crime: FORMAL, o fato de induzir ou instigar já consuma o crime.

Qualificadoras:

§ 1º Se dá automutilação ou da tentativa de suicídio resulta lesão corporal de natureza grave


ou gravíssima, nos termos dos § § 1º e 2º do art. 129 deste Código:

Pena – reclusão, de 1 (um) a 3 (três) anos.

§ 2º Se o suicídio se consuma ou se dá automutilação resulta MORTE:

Pena – reclusão, de 2 (dois) a 6 (seis) anos.

A pena é duplicada se:

I – Se o crime é praticado por motivo egoístico, torpe ou fútil;

II – Se a vítima é menor ou tem diminuída, por qualquer causa, a capacidade de resistência.

DUAS NOVAS CAUSAS DE AUMENTO DE PENA:

Até o DOBRO se perpetradas pela internet ou em transmissão em tempo real.

METADE se líder ou coordenador de grupos socias.

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IMPORTANTE! Caiu na PCAL2021.

Cometido contra menor de 14 (quatorze) anos ou contra quem, por enfermidade ou


deficiência mental, não tem o necessário discernimento para a prática do ato, ou que, por
qualquer outra causa, não pode oferecer resistência

Se o crime é contra pessoas nessas condições acima, ele responderá por LESÃO CORPORAL
GRAVÍSSIMA, E em caso de morte, RESPONDERÁ POR HOMICIDIO.

INFANTICÍDIO:

Art. 123. Matar, sob a influência do estado puerperal, o próprio filho, durante o parto ou logo
após:

Pena – detenção, de dois a seis anos.

Estado puerperal é um estado clínico peculiar e temporário que afeta as mulheres entre o
desprendimento da placenta e o posterior retorno do organismo materno às suas condições
anteriores à gestação.

SUJEITO ATIVO: mãe


SUJEITO PASSIVO: filho

Crime próprio: pois, o estado puerperal é característica do crime.

IMPORTANTE! CAIU NA PCAL2021.

Circunstâncias incomunicáveis

Art. 30. não se comunicam as circunstâncias e as condições de caráter pessoal, salvo


quando elementares do crime.

Exemplo: se uma mãe em estado puerperal pede a uma pessoa para matar seu filho, os
DOIS RESPONDEM POR INFANTICÍDIO, isso mesmo, no caso a elementar do tipo penal se
comunica.

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ABORTO:
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Art. 124. Provocar aborto em si mesma ou consentir que outrem lhe provoque:

Pena – detenção, de um a três anos.

Art. 125. Provocar aborto, sem o consentimento da gestante:

Pena – reclusão, de três a dez anos.

Art. 126. Provocar aborto com o consentimento da gestante:

Pena – reclusão, de um a quatro anos.

Aplica-se a pena do artigo anterior, se a gestante não é maior de quatorze anos, ou é alienada
ou débil mental, ou se o consentimento é obtido mediante fraude, grave ameaça ou
violência.

IMPORANTE! Iniciado o trabalho de parto, não há crime de aborto, mas sim homicídio ou
infanticídio conforme o caso.

Penas do art. 125, e 126 são aumentadas caso:

As penas cominadas nos dois artigos anteriores são aumentadas de UM TERÇO 1/3, se, em
consequência do aborto ou dos meios empregados para provocá-lo, a gestante sofre lesão
corporal de natureza grave; e são DUPLICADAS, se, por qualquer dessas causas, lhe sobrevém
a MORTE.

Lesão corporal grave: 1/3

Caso a vítima morra: pena duplicada

Existe DUAS HIPÓTESES em que o legislador brasileiro autoriza a prática do aborto.


(EXCLUDENTES DE ILICITUDE)

Art. 128. Não se pune o aborto praticado por médico:

Aborto necessário:

I – Se não há outro meio de SALVAR A VIDA DA GESTANTE;

II – Se a gravidez resulta de ESTUPRO e o aborto é precedido de consentimento da gestante


ou, quando incapaz, de seu representante legal.

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Terceira hipótese: FETOS ANENCÉFALOS
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FETO ANENCÉFALO – INTERRUPÇÃO DA GRAVIDEZ – MULHER – LIBERDADE SEXUAL E


REPRODUTIVA – SAÚDE – DIGNIDADE – AUTODETERMINAÇÃO – DIREITOS
FUNDAMENTAIS – CRIME – INEXISTÊNCIA. mostra-se inconstitucional interpretação de a
interrupção da gravidez de feto anencéfalo ser conduta tipificada nos artigos 124, 126 e
128, incisos i e ii, do código penal.

JURISPRUDÊNCIAS SOBRE CRIMES CONTRA A VIDA:

STJ. 6ª Turma. REsp 1.829.601/PR, Rel. Min. Nefi Cordeiro, julgado em 04/02/2020
(INFO/STJ 665).

Não há incompatibilidade entre o dolo eventual e o reconhecimento do meio cruel, na medida


em que o dolo do agente, direto ou indireto, não exclui a possibilidade de a prática delitiva
envolver o emprego de meio mais reprovável, como veneno, fogo, explosivo, asfixia, tortura
ou outro meio insidioso ou cruel (art. 121, § 2º, III, do CP).

Feminicídio e motivo torpe:

STF. 1ª Turma. HC 124687/MS, rel. Min. Marco Aurélio, red. p/ o ac.

Não caracteriza bis in idem o reconhecimento das qualificadoras de motivo torpe e de


feminicídio no crime de homicídio praticado contra mulher em situação de violência doméstica
e familiar. Isso se dá porque o feminicídio é uma qualificadora de ordem OBJETIVA - vai incidir
sempre que o crime estiver atrelado à violência doméstica e familiar propriamente dita,
enquanto que a torpeza é de cunho subjetivo, ou seja, continuará adstrita aos motivos (razões)
que levaram um indivíduo a praticar o delito.

Motivo fútil e dolo eventual:

A qualificadora do motivo fútil (art. 121, § 2º, II, do CP) é compatível com o homicídio
praticado com dolo eventual? SIM. O fato de o réu ter assumido o risco de produzir o resultado
morte (dolo eventual), não exclui a possibilidade de o crime ter sido praticado por motivo fútil,
uma vez que o dolo do agente, direto ou indireto, não se confunde com o motivo que ensejou
a conduta.

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LESÃO CORPORAL:
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Art. 129. Ofender a integridade corporal ou a saúde de outrem:

Pena – detenção, de três meses a um ano.

CRIME MATERIAL: se consuma quando a pessoa sofre as lesões.

LESÃO CULPOSA: § 6º Se a lesão é culposa:

Pena – detenção, de dois meses a um ano.

LEVES

LESÕES
GRAVES
CORPORAIS

GRAVÍSSIMAS

AÇÃO PENAL: pública condicionada a representação.

LESÃO CORPORAL DE NATUREZA GRAVE:

§ 1º Se resulta:

I – Incapacidade para as ocupações habituais, por mais de TRINTA DIAS;

 Não precisa ser remunerada.


 Pode ser um trabalho informal, até mesmo em casa.

II – Perigo de vida;

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 Requer perícia.
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 O perigo deve ter sido culposo, pois se fosse doloso seria tentativa de homicídio, beleza?

III – debilidade permanente de membro, sentido ou função;

 Redução ou enfraquecimento.
 Pode ser membro, sentido ou função.
 Exemplo: diminuir sua visão, audição.

IV – Aceleração de parto:

 Nesse caso antecipa o nascimento do feto.

 O auto deve ter ciência que a mulher está grávida, caso contrário não incidirá a
qualificadora.

Pena – reclusão, de um a cinco anos.

LESÕES CORPORAIS GRAVÍSSIMAS:

Essa nomenclatura não está expressa no código penal. No código penal apenas existe LEVE E
GRAVE.

Vamos lá, o que caracteriza LESÕES CORPORAIS GRAVÍSSIMAS.

§ 2º Se resulta:

I – Incapacidade permanente para o trabalho;

 A mera comprovação que não há um como definir quando o indivíduo voltará ao trabalho,
já caracteriza.

 Capacidade voltar a qualquer trabalho, seja formal ou informal.

II – Enfermidade incurável;

 Lesões que segunda a medicina são incuráveis.

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III – Perda ou inutilização do membro, sentido ou função;
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 Perda completa de membro, sentido ou função.


 perder um só “olho” caracteriza debilidade permanente, mas não caracteriza perde de
membro, sentido ou função.

IV – Deformidade permanente;

 Dano estético irreparável que cause transtorno a vítima.

V – Aborto:

 Crime preterdoloso
Preterdoloso ➞ Dolo no início culpa no fim.

 Se o autor causa as lesões com intuito de provocar aborto, deverá responder por aborto
de acordo com o art 125.

Pena – reclusão, de dois a oito anos.

HIV seria lesão gravíssima?

STF: transmitir HIV não configura tentativa de homicídio.

STJ: transmitir HIV configura lesão corporal gravíssima, configurando enfermidade incurável.

LESÃO CORPORAL SEGUIDA DE MORTE:

Crime: preterdoloso.

É requisito básico que o agente não tenha a intenção de matar, pois estaria configurado
homicídio.

Tribunal do júri: NÃO JULGA lesão corporal seguida de morte.

Existe a diminuição de pena também em LESÕES COPORAIS.

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§ 4º Se o agente comete o crime impelido por motivo de relevante valor social ou moral ou
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sob o domínio de violenta emoção, logo em seguida a injusta provocação da vítima, o juiz
pode reduzir a pena de um sexto a um terço.

Violência doméstica, vem sendo muito cobrado nas últimas provas:

§ 9º Se a lesão for praticada contra ascendente, descendente, irmão, cônjuge ou com-


panheiro, ou com quem conviva ou tenha convivido, ou, ainda, prevalecendo-se o agente das
relações domésticas, de coabitação ou de hospitalidade.

Pena – detenção, de 3 (três) meses a 3 (três) anos.

ATENÇÃO! O conceito de violência doméstica do CP envolve tanto as lesões corporais


praticadas contra homem ou contra mulher.

QUALIFICADORA: violência doméstica E FAMILIAR contra a MULHER.

MAJORANTES 1/3:

Lesão corporal grave, gravíssima ou seguida de morte no contexto de violência doméstica.

Lesão corporal leve – contra portador de deficiência.

CRIMES CONTRA AUTORIDADES DE SEGURANÇA: DE 1 A DOIS TERÇOS.

Se resultar morte: crime HEDIONDO.

Rixa é um crime que vem sendo cobrado, vamos analisa-lo com calma:

Art. 137 - Participar de rixa, salvo para separar os contendores:

Pena – detenção, de quinze dias a dois meses, ou multa.

Características:

Concurso necessário – 3 pessoas envolvidas.

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O DELITO DE RIXA é possível tanto quando há um acordo prévio entre as partes para a sua
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realização quanto em casos que a contenda acabe surgindo de forma súbita, sem
planejamento

O delito se consuma com a realização de atos de agressão.

Agora um resumo sobre crimes contra a honra, pois quando vem no edital “CRIMES CONTRA
A PESSOA” pode vir crimes contra honrar.

CALÚNIA:

Art. 138 - Caluniar alguém, imputando-lhe falsamente fato definido como crime.

➞ A calúnia atinge a HONRA OBJETIVA.

Autor: imputa um fato especifico a alguém.

IMPORTANTE! essa imputação tem que ser falsa, para configurar calúnia.

Admite: exceção da verdade

Exceção da verdade: ação que permite ao acusado por crime de calúnia ou injúria provar o
fato atribuído à pessoa que se julga ofendida.

É punível calunia contra mortos.

Incorre na mesma pena, quem sabe que é falsa a calúnia e mesmo assim divulga.

DIFAMAÇÃO:

Art. 139 - Difamar alguém, imputando-lhe fato ofensivo à sua reputação.

➞ O fato pode ser falso ou verdadeiro.

Excepcionalmente aplica-se à exceção de verdade, quando a vítima é funcionário público e


tem a ver com o exercício de suas funções.

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INJÚRIA:
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Art. 140 - Injuriar alguém, ofendendo-lhe a dignidade ou o decoro.

É perpetrada através de afirmações que atribuam aspectos negativos capazes de ofender a


dignidade ou o decoro.

Tutela a honra subjetiva.

NÃO admite exceção de verdade.

INJURIA RACIAL:

Consiste na utilização de elementos referentes a raça, cor, etnia, religião, origem ou a


condição de pessoa idosa ou portadora de deficiência

Conhecida como RACISMO IMPRÓPRIO;

Não se confunde com racismo.

A vítima deve ser determinada.

STF E STJ = entendem que é imprescritível.

AMEAÇA

Ameaçar alguém, por palavra, escrito ou gesto, ou qualquer outro meio simbólico, de causar-
lhe mal injusto e grave;

Ameaça praticada por funcionário público no exercício das funções PODERÁ CARACTERIZAR
ABUSO DE AUTORIDADE.

A ameaça também é delito SUBSIDIÁRIO, que inclusive constitui elementar de diversos outros
crimes (como o delito de roubo ou de extorsão.)

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CRIMES CONTRA O PATRIMÔNIO
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FURTO
Subtrair, para si ou para outrem, coisa alheia móvel;

Elementares do Tipo:

Coisa:
− Coisa é todo objeto de natureza corpórea.
− Pode ter valor financeiro ou sentimental.

Alheia:
− Coisa pertencente a um terceiro;
− Coisa sem dono não serve como objeto de furto;
− Coisa perdida não caracteriza o delito do art. 155 e sim o do artigo 169, II;
− Coisa própria também não enseja o delito de furto.

Móvel:
− A coisa deve ser passível de remoção;
− Energia elétrica, sinal de telefone e redes de água são COISAS MÓVEIS POR EQUIPARAÇÃO;

Furto de uso:
É FATO ATÍPICO em nosso ordenamento jurídico;

Tentativa e Consumação do Furto:


 Delito de furto se consuma no momento em que o autor remove a coisa (quando essa
passa para sua posse);
 A posse NÃO tem de ser mansa ou pacifica;
 Aplica a teoria da amotio ou apprehensio.

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Crime impossível e Furto:
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Sistema de vigilância ou segurança em estabelecimento comercial NÃO ENSEJA CRIME
IMPOSSÍVEL.

Furto noturno ou majorado:


A pena aumenta-se de um terço, se o crime é praticado durante o repouso noturno.
1/3 – NOITE – TERÇO

Furto Privilegiado:
Se o criminoso é PRIMÁRIO, e é de PEQUENO VALOR a coisa furtada, o juiz pode substituir a
pena de reclusão pela de detenção, diminuí-la de um a dois terços, ou aplicar somente a pena
de multa.
 Privilegiado – Primário, Pequeno valor.
 Reclusão por detenção.
 Diminui de 1/3 a 2/3 ou apenas multa.

Cuidado: Se a coisa tiver um valor INSIGNIFICANTE, ocorrerá a aplicação do princípio


da insignificância, que tornará a conduta atípica.

Furto Qualificado

➞ Com destruição ou rompimento de obstáculo à subtração da coisa;

➞ Com abuso de confiança, ou mediante fraude, escalada ou destreza;

➞ Com emprego de chave falsa;

➞ Mediante concurso de duas ou mais pessoas.

➞ A pena é de reclusão de três a oito anos, se a subtração for de veículo automotor que
venha a ser transportado para outro Estado ou para o exterior;

➞ A pena é de reclusão de 2 (dois) a 5 (cinco) anos se a subtração for de semovente


domesticável de produção, ainda que abatido ou dividido em partes no local da subtração.

➞ Há nova previsão de furto qualificado pelo uso de explosivos. O pacote anticrimes tornou
a referida modalidade um CRIME HEDIONDO.
USOU EXPLOSIVOS – CRIME HEDIONDO!

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Furto Privilegiado-Qualificado:
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➞ É possível segundo o STJ.

Furto de Coisa comum:

➞ Subtrair o condômino, co-herdeiro ou sócio, para si ou para outrem, a quem legitimamente


a detém, a coisa comum;

➞ É crime próprio.

ROUBO (ART. 157):

➞ Subtrair coisa móvel alheia, para si ou para outrem, mediante grave ameaça ou violência
a pessoa, ou depois de havê-la, por qualquer meio, reduzido à impossibilidade de resistência;

➞ Destaca-se pela violência ou grave ameaça;

➞ NÃO admite a aplicação do princípio da insignificância;

➞ É um delito pluriofensivo;

Espécies de Roubo

➞ Roubo próprio: Violência ou grave ameaça aplicadas antes ou durante a conduta;

➞ Roubo improprio: Violência ou grave ameaça aplicadas logo depois da subtração;

Consumação

➞ Ocorre quando o indivíduo toma posse do bem subtraído.

➞ Aplica-se a teoria da amotio assim como no furto.

Roubo Majorado

➞ Se há o concurso de duas ou mais pessoas;

➞ Se a vítima está em serviço de transporte de valores e o agente conhece tal circunstância.

➞ Se a subtração for de veículo automotor que venha a ser transportado para outro Estado
ou para o exterior;

➞ Se o agente mantém a vítima em seu poder, restringindo sua liberdade.

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➞ Subtração de substâncias explosivas; 24
➞ Com uso de arma branca.

Roubo Majorado 2/3 (§2º-A)

➞ Uso de arma de fogo de uso permitido;

➞ Destruição ou rompimento de obstáculo com emprego de explosivo;

Roubo Majorado com pena em dobro (§2º-B)

➞ Uso de arma de fogo de uso proibido ou restrito.

Roubo Qualificado

➞ NÃO se confunde com o roubo majorado;

➞ Ocorre na seguinte situação:


− Se da violência resulta lesão corporal grave, a pena é de reclusão, de sete a quinze anos,
além da multa; se resulta morte, a reclusão é de vinte a trinta anos, sem prejuízo da multa.
− Se ocorre lesão grave, é hediondo.

Latrocínio

➞ É o roubo qualificado pela morte.

➞ É HEDIONDO.

➞ Consumação ocorre com a morte da vítima.

➞ É de competência de juiz singular, e NÃO do tribunal do júri.

Roubo de uso

➞ NÃO é ATÍPICO por conta do desvalor do emprego de violência ou grave ameaça.

Extorsão

➞ Se da violência resulta lesão corporal grave, a pena é de reclusão, de sete a quinze anos,
além da multa; se resulta morte, a reclusão é de vinte a trinta anos, sem prejuízo da multa.

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➞ Crime comum. 25
➞ Também é pluriofensivo;

➞ Se consuma independentemente da obtenção da vantagem.

Extorsão majorada

➞ Se o crime é cometido por duas ou mais pessoas, ou com emprego de arma, aumenta-se
a pena de um terço até metade.

Extorsão qualificada

➞ Art. 158, § 2º: Aplica-se à extorsão praticada mediante violência o disposto no § 3º do


artigo anterior.
− Se da violência resulta lesão corporal grave, a pena é de reclusão, de sete a quinze anos,
além da multa; se resulta morte, a reclusão é de vinte a trinta anos, sem prejuízo da multa.
LESÃO CORPORAL GRAVE – DE 7 A 15 ANOS
MORTE – DE 20 A 30

Extorsão com restrição de liberdade da vítima

➞ Se o crime é cometido mediante a restrição da liberdade da vítima, e essa condição é


necessária para a obtenção da vantagem econômica, a pena é de reclusão, de 6 (seis) a 12
(doze) anos, além da multa; se resulta lesão corporal grave ou morte, aplicam-se as penas
previstas no art. 159, §§ 2º e 3º, respectivamente.

➞ É o famoso sequestro-relâmpago;

➞ É CRIME HEDIONDO.

Extorsão mediante sequestro

➞ Sequestrar pessoa com o fim de obter, para si ou para outrem, qualquer vantagem, como
condição ou preço do resgate;

➞ É crime comum.

➞ É CRIME HEDIONDO.

Qualificadoras do delito de extorsão mediante sequestro

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➞ Se o sequestro dura mais de 24 (vinte e quatro) horas, se o sequestrado é menor de 18 26
(dezoito) ou maior de 60 (sessenta) anos, ou se o crime é cometido por bando ou quadrilha
(associação criminosa).
Qualificadoras: + 24 hrs, - 18 + 60, bando ou quadrilha.

➞ Se do fato resulta lesão corporal de natureza grave.

➞ Se resulta a morte.

“Delação Premiada” & Extorsão Mediante Sequestro

➞ Se o crime é cometido em concurso, o concorrente que o denunciar à autoridade,


facilitando a libertação do sequestrado, terá sua pena reduzida de um a dois terços.

Extorsão indireta

➞ Exigir ou receber, como garantia de dívida, abusando da situação de alguém, documento


que pode dar causa a procedimento criminal contra a vítima ou contra terceiro.

➞ Delito comum entre agentes de usura (agiotas).

Alteração de Limites (Art. 161)

➞ Art. 161 - Suprimir ou deslocar tapume, marco, ou qualquer outro sinal indicativo de linha
divisória, para apropriar-se, no todo ou em parte, de coisa imóvel alheia.

➞ Necessário o objetivo de apropriar-se.

➞ Formas Equiparadas:
− Usurpação de águas:
◦ I – desvia ou represa, em proveito próprio ou de outrem, águas alheias;

Esbulho possessório:
◦ II – invade, com violência a pessoa ou grave ameaça, ou mediante concurso de mais de duas
pessoas, terreno ou edifício alheio, para o fim de esbulho possessório.

➞ NÃO absorve a violência.

➞ A ação penal em regra é pública incondicionada, SALVO se propriedade particular e NÃO


houver emprego de violência (caso em que será privada).

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Supressão ou Alteração de Marca em Animais
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➞ Art. 162 - Suprimir ou alterar, indevidamente, em gado ou rebanho alheio, marca ou sinal
indicativo de propriedade.

➞ A perícia é IMPRESCINDÍVEL.

Dano

➞ Art. 163 - Destruir, inutilizar ou deteriorar coisa alheia.

➞ NÃO necessita ser coisa alheia móvel.

➞ Dano culposo é fato ATÍPICO.

➞ Dano qualificado:
− I – com violência à pessoa ou grave ameaça;
− II – com emprego de substância inflamável ou explosiva, se o fato não constitui crime mais
grave;
− III – contra o patrimônio da União, Estado, DF, Município, autarquia, FP, EP, empresa
concessionária de serviços públicos ou sociedade de economia mista;
− IV – por motivo EGOÍSTICO ou com PREJUÍZO CONSIDERÁVEL PARA A VÍTIMA.

ATENÇÃO! Pichar ou por outro meio conspurcar edificação ou monumento urbano é


delito da lei de crimes ambientais (não caracteriza dano).

Introdução ou Abandono de Animais em Propriedade Alheia

➞ Art. 164 - Introduzir ou deixar animais em propriedade alheia, sem consentimento de


quem de direito, desde que o fato resulte prejuízo.

➞ Deve HAVER PREJUÍZO para configuração do delito.

➞ Não possui modalidades qualificadas ou privilegiadas.

➞ É delito de ação penal privada.

➞ Se praticado com o objetivo de causar dano, responde pelo DANO, e não pela conduta do
art. 164.

Dano em Coisa de Valor Artístico, arqueológico ou Histórico

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➞ Art. 165 - Destruir, inutilizar ou deteriorar coisa tombada pela autoridade competente em 28
virtude de valor artístico, arqueológico ou histórico.

➞ Delito revogado pela lei de crimes ambientais.

Alteração de Local Especialmente Protegido

➞ Art. 166 - Alterar, sem licença da autoridade competente, o aspecto de local especialmente
protegido por lei.

➞ DELITO REVOGADO PELA LEI DE CRIMES AMBIENTAIS.

Apropriação Indébita

➞ Art. 168 - Apropriar-se de coisa alheia móvel, DE QUE TEM A POSSE OU A DETENÇÃO.

➞ Indivíduo tem a posse do bem e decide inverter o título da posse, passando a se comportar
como o verdadeiro proprietário;

➞ Dolo deve ser subsequente (indivíduo deve decidir se apropriar após o momento em que
obtém a posse do objeto).

➞ Admite a tentativa, exceto no caso que se consuma com a negativa da restituição.

➞ FORMAS MAJORADAS:
− I – em depósito necessário;
− II – na qualidade de tutor, curador, síndico, liquidatário, inventariante, testamenteiro ou
depositário judicial;
− III – em razão de ofício, emprego ou profissão.

Apropriação Indébita Previdenciária

➞ Art. 168-A. Deixar de repassar à previdência social as contribuições recolhidas dos


contribuintes, no prazo e forma legal ou convencional.

➞ Se consuma em dois momentos:


− Quando acaba o prazo de repasse para o recolhimento dos valores a previdência social;
− No dia em que o responsável deixa de pagar o benefício repassado ao segurado (inciso III).

➞ Extinção da punibilidade específica:


− Se o agente confessar de forma espontânea e realizar o pagamento das contribuições
devidas, terá extinta a sua punibilidade.

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➞ Perdão Judicial: 29
− Se o agente for primário e de bons antecedentes, e promover o pagamento da contribuição
devida, mesmo após o início da ação fiscal, poderá o juiz deixar de aplicar a pena ou aplicar
apenas a pena de multa;

➞ NÃO confunda ação fiscal com ação penal!

Apropriação de Coisa Havida por Erro, Caso Fortuito ou Força da Natureza

➞ Art. 169 – Apropriar-se alguém de coisa alheia vinda ao seu poder por erro, caso fortuito
ou força da natureza;

➞ O erro deve ser espontâneo, e não provocado.


Apropriação de Tesouro

➞ Quem acha tesouro em prédio alheio e se apropria, no todo ou em parte, da quota a que
tem direito o proprietário do prédio;

➞ Tesouro – Código Civil:


− Depósito antigo de coisas preciosas, oculto e de cujo dono não haja memória.

Apropriação de Coisa Achada

➞ II – Quem acha coisa alheia perdida e dela se apropria, total ou parcialmente, deixando
de restituí-la ao dono ou legítimo possuidor ou de entregá-la à autoridade competente,
dentro no prazo de quinze dias;

➞ É um delito a prazo;

➞ Necessita do decurso de 15 dias.

Estelionato

➞ Se configura quando o agente obtém vantagem ilícita, em prejuízo alheio, mantendo


alguém em erro mediante algum artificio ou meio fraudulento;

➞ Não se confunde com o furto mediante fraude pois não há subtração – a vítima entrega a
vantagem ilícita voluntariamente;

➞ Requisitos:
− Erro da vítima;
− Vantagem ilícita;

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− Fraude do agente delitivo;
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− Prejuízo alheio.

Duplicata Simulada

➞ O indivíduo emite fatura, duplicata ou nota de venda que não corresponde à mercadoria
vendida, em quantidade ou qualidade, ou ao serviço prestado;

➞ Forma Equiparada:
− Nas mesmas penas incorrerá aquele que falsificar ou adulterar a escrituração do Livro de
Registro de Duplicatas.
Abuso de Incapazes

➞ Temos a conduta do indivíduo que se aproveita da inexperiência, paixão ou necessidade


de um menor, ou da alienação ou debilidade mental de alguém, para induzir a prática de um
ato que possa produzir um efeito jurídico em prejuízo próprio ou de terceiro;

➞ É crime formal;

➞ NÃO admite a forma culposa.

Induzimento à Especulação

➞ Abusar, em proveito próprio ou alheio, da inexperiência ou da simplicidade ou


inferioridade mental de outrem, induzindo-o à prática de jogo ou aposta, ou à especulação
com títulos ou mercadorias, sabendo ou devendo saber que a operação é ruinosa;

➞ Assemelha-se ao abuso de incapazes, no entanto incide sobre a simplicidade ou


inexperiência de terceiro qualquer, induzindo-o a participar de jogo ou aposta ou especulação
que é ruinosa;

➞ Admite a prática envolvendo tanto jogos e apostas lícitas quanto ilícitas.

Fraude no Comércio

➞ Crime próprio, cujo sujeito ativo é comerciante no exercício de sua atividade, tentando
enganar seu cliente ou consumidor;

➞ Pode se configurar com a entrega de uma mercadoria falsa ou deteriorada como se fosse
perfeita ou entregando uma mercadoria por outra.

OUTRAS FRAUDES:

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➞ Art. 176 – Tomar refeição em restaurante, alojar-se em hotel ou utilizar-se de meio de 31
transporte sem dispor de recursos para efetuar o pagamento;

➞ É crime material.
Fraudes e Abusos na Fundação ou Administração de Sociedade por Ações

➞ Promover a fundação de sociedade por ações, fazendo, em prospecto ou em comunicação


ao público ou à assembleia, afirmação falsa sobre a constituição da sociedade, ou ocultando
fraudulentamente fato a ela relativo;

➞ Crime próprio, praticado pelo indivíduo que promoveu a fundação da sociedade por ações
(caput), por diretor, gerente, fiscal, liquidante ou representante de sociedade anônima
estrangeira (§ 1º) ou por acionista (§ 2º). Emissão Irregular de Conhecimento de Depósito ou
Warrant

➞ Art. 178 – Emitir conhecimento de depósito ou warrant, em desacordo com disposição


legal.

Fraude à Execução

➞ É um delito cuja configuração depende do comprometimento do patrimônio do agente.


Ou seja, o executado pratica uma fraude para se colocar em situação de insolvência e
impossibilitar a realização adequada da execução.

Receptação

➞ Art. 180 – Adquirir, receber, transportar, conduzir ou ocultar, em proveito próprio ou


alheio, coisa que sabe ser produto de crime, ou influir para que terceiro, de boa-fé, a adquira,
receba ou oculte;

➞ Receptação Própria:
− Indivíduo adquire, recebe, transporta, conduz ou oculta, ele próprio, o produto de um
crime;

➞ Receptação Imprópria:
− O indivíduo influi para que terceiro de boa-fé adquira, receba ou oculte o produto de um
crime;

➞ Quem pratica a receptação é um TERCEIRO que NÃO está envolvido no crime do qual
provém o objeto;

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➞ Existe previsão de MODALIDADE CULPOSA, porém para sua configuração, o terceiro deve 32
perceber que a coisa que está recebendo ou adquirindo está com o preço desproporcional,
ou em condição que torna possível presumir que o objeto é produto de crime.

➞ Receptação de Animais

➞ Art. 180-A. Adquirir, receber, transportar, conduzir, ocultar, ter em depósito ou vender,
com a finalidade de produção ou de comercialização, semovente domesticável de produção,
ainda que abatido ou dividido em partes, que deve saber ser produto de crime;

➞ O objetivo do legislador foi de dar maior proteção a atividade pecuária, criando um delito
específico para aquele que pratica a receptação de gado e outros semoventes de produção.

IMUNIDADES ESPECÍFICAS:

➞ Art. 181 – É ISENTO de pena quem comete qualquer dos crimes previstos neste título, em
prejuízo:
− I – do cônjuge, na constância da sociedade conjugal;
− II – de ascendente ou descendente, seja o parentesco legítimo ou ilegítimo, seja civil ou
natural;

➞ Agente fica isento de pena.


Imunidade Relativa

➞ Art. 182 – Somente se procede mediante representação, se o crime previsto neste título
é cometido em prejuízo:
− I – do cônjuge desquitado ou judicialmente separado;
− II – de irmão, legítimo ou ilegítimo;
− III – de tio ou sobrinho, com quem o agente coabita;

➞ O tipo de ação penal passa a ser pública condicionada à representação.

INAPLICABILIDADE DOS ARTIGOS 181 E 182:

➞ I – se o crime é de roubo ou de extorsão, ou, em geral, quando haja emprego de grave


ameaça ou violência à pessoa;

➞ II – ao estranho que participa do crime;

➞ III – se o crime é praticado contra pessoa com idade igual ou superior a 60 (sessenta) anos.

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CRIMES CONTRA A ADMINISTRAÇÃO PÚBLICA
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PECULATO

APROPRIAR-SE o funcionário público de dinheiro, valor ou qualquer outro bem móvel,


publicou particular, de que tem a posse em razão do cargo, ou desviá-lo, em proveito próprio
ou alheio.

Todas são praticadas em razão do cargo. NÃO BASTA SER funcionário público. Tem que ser
praticada uma conduta relacionada ao cargo ocupado pelo autor.

PECULATO APROPRIAÇÃO
Agente público se APROPRIA DE DINHEIRO, valor ou bem de que tem posse em razão do
cargo público.

PECULATO-DESVIO
Agente público DESVIA DINHEIRO, valor ou bem de que tem posse em razão do cargo.

PECULATO-FURTO
Agente público SUBTRAI DINHEIRO, valor ou bem utilizando-se de facilidades propiciadas
pelo cargo que ocupa.

PECULATO-CULPOSO
Agente público que TEM O DEVER DE GUARDA de determinados bens públicos agente com
imprudência, negligência ou imperícia, resultando em sua subtração por terceiros.

312, § 3°, do Código Penal: “No caso do parágrafo anterior [peculato culposo], a
reparação do dano, se precede à sentença irrecorrível, EXTINGUE A PUNIBILIDADE; se lhe
é posterior, reduz de metade a pena imposta”. Tal benefício não exclui as sanções de
ordem administrativa e política.

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CONCURSO COM PARTICULAR

Particular DEVE SABER que está atuando em conjunto com um AGENTE PÚBLICO.

Ambos responderão por peculato.

CIRCUNSTÂNCIA PESSOAL DO FUNCIONÁRIO PÚBLICO É ELEMENTAR do crime e comunica-


se aos demais agentes delitivos.

FURTO E PECULATO DE USO

NÃO são fatos típicos.

O peculato de uso poderá ser considerado como improbidade administrativa.

PECULATO MEDIANTE ERRO DE OUTREM

Funcionário público se apropria de dinheiro ou utilidade que recebeu em razão do cargo, mas
por erro de terceiro.
O erro deve ser espontâneo, e não induzido.

INSERÇÃO DE DADOS FALSOS EM SISTEMA DE INFORMAÇÃO

Agente público AUTORIZADO insere, altera ou exclui dados em bancos de dados da


Administração Pública.

MODIFICAÇÃO OU ALTERAÇÃO NÃO AUTORIZADA EM SISTEMA DE INFORMAÇÕES.

Agente público NÃO AUTORIZADO modifica ou altera informações em sistema.

EXTRAVIO, SONEGAÇÃO OU INUTILIZAÇÃO DE LIVRO OU DOCUMENTO.


Agente público tem a guarda de determinado documento em razão de seu cargo.
Aproveitando-se dessa facilidade, extravia, sonega ou inutiliza tal objeto.

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Se praticado por particular, incorrerá nas penas do delito do art. 337 do CP.
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EMPREGO IRREGULAR DE VERBAS OU RENDAS PÚBLICAS
Agente público emprega verbas ou rendas com finalidade diversa da prevista em lei (mas
ainda em prol da administração pública).

Se em benefício próprio ou de terceiro incorrerá em PECULATO.

CONCUSSÃO (ART. 316, CAPUT):


Art. 316 -EXIGIR, para si ou para outrem, direta ou indiretamente, ainda que fora da função
ou antes de assumi-la, mas em razão dela, vantagem indevida:
CONCUSSÃO – VERBO EXIGIR – FORA DA FUNÇÃO OU ANTES DE ASSUMI-LA, MAS EM RAZÃO
DELA.

Se o verbo for SOLICITAR o crime muda, será CORRUPÇÃO PASSIVA!

Se o verbo for CONSTRANGER MEDIANTE VIOLÊNCIA OU GRAVE AMEAÇA o crime será de


EXTORSÃO.

Se for exigido TRIBUTO OU CONTRIBUIÇÃO SOCIAL INDEVIDOS ou de forma indevida o crime


será de EXCESSO DE EXAÇÃO.

Se o funcionário público exige vantagem para deixar de lançar ou cobrar tributário o crime
será contra a ordem tributária, previsto no art. 3 da Lei 8.137/90.

EXCESSO DE EXAÇÃO (ART. 316, INCISO 1/2):


Exigir / Tributo ou Contribuição social que sabe ou deve saber ser indevido. Embora devido
exigir de forma indevida, não autorizada por lei.

FORMA QUALIFICADA  Se o funcionário público se apropria do que recebeu


indevidamente.

CORRUPÇÃO PASSIVA - FUNCIONÁRIOPÚBLICO - (ART. 317, CP)

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Solicitar / Receber ou Aceitar promessa em razão do cargo, ainda que fora dele ou antes de
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assumi-lo -> Vantagem indevida.
Aumento 1/3 se em virtude da vantagem o funcionário retarda / deixa de praticar ou pratica
contra LEI DE OFÍCIO.

Cedendo a pedido ou influência de outrem, vai haver uma CORRUPÇÃO PASSIVA


PRIVILEGIADA (3 meses a 1 ano).

Se o funcionário público retarda, deixa de praticar ou pratica contra a lei ato de ofício em
atendimento a interesse a sentimento pessoal haverá PREVARICAÇÃO.

Sentimento ou interesse pessoal – PREVARICAÇÃO

Cede a pedido de outrem – CORRUPÇÃO PASSIVA PRIVILEGIADA.

PREVARICAÇÃO

Art. 319 -Retardar ou deixar de praticar, indevidamente, ato de ofício, ou praticá-lo contra
disposição expressa de lei, para satisfazer interesse ou sentimento pessoal.

FACILITAÇÃO DE CONTRABANDO OU DESCAMINHO

Art. 318 -Facilitar, com infração de dever funcional, a prática de contrabando ou descaminho
(art. 334):

Pena -reclusão, de 3 (três) a 8 (oito) anos, e multa.

ENTENDIMENTOS DOS TRIBUNAIS:


1) A competência para o processo e julgamento por crime de contrabando ou descaminho
define-se pela prevenção do juízo federal do lugar da apreensão dos bens (Súmula n. 151/STJ)
(HC 318590/SP, Rel. Ministro Jorge Mussi, Quinta Turma, Julgado em 10/03/2016, DJE
16/03/2016).

2) Configura crime de contrabando (art. 334-A, CP) a importação não autorizada de arma de
pressão por ação de gás comprimido ou por ação de mola, independentemente do

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calibre(AgRg no REsp 1479836/RS, Rel. Ministro Ribeiro Dantas, Quinta Turma, Julgado em
37
18/08/2016, DJE 24/08/2016).
3) A importação não autorizada de cigarros ou de gasolina constitui crime de contrabando,
insuscetível de aplicação do princípio da insignificância(RHC 071203/RS, Rel. Ministro
Reynaldo Soares Da Fonseca, Quinta Turma, Julgado em 22/11/2016, DJE 02/12/2016).

4) A importação clandestina de medicamentos configura crime de contrabando, aplicando-


se, excepcionalmente, o princípio da insignificância aos casos de importação não autorizada
de pequena quantidade para uso próprio (AgRg no REsp 1572314/RS, Rel. Ministro Reynaldo
Soares da Fonseca, Quinta Turma, Julgado em 02/02/2017, DJE 10/02/2017).

5) Para a caracterização do delito de contrabando de máquinas programadas para


exploração de jogos de azar, é necessária a demonstração de fortes indícios (e/ou provas)da
origem estrangeira das máquinas ou dos seus componentes eletrônicos e a entrada,
ilegalmente, desses equipamentos no país (CC 150310/SP, Rel. Ministro Reynaldo Soares da
Fonseca, Terceira Seção, Julgado em 08/02/2017, DJE 13/02/2017).

6) É desnecessária a constituição definitiva do crédito tributário na esfera administrativa


para a configuração dos crimes de contrabando e de descaminho (RHC 47893/SP, Rel.
Ministro Ribeiro Dantas, Quinta Turma, Julgado em 14/02/2017, DJE 17/02/2017).

7) Aplica-se o princípio da insignificância ao crime de descaminho(art. 334, CP) quando o


valor do débito tributário não ultrapasse o limite de R$ 20.000(vinte mil reais),a teor do
disposto no art.20 da Lei n. 10.522/2002, ressalvados os casos de habitualidade delitiva (AgRg
no REsp 1538629/RS, Rel. Ministro Ribeiro Dantas, Quinta Turma, Julgado em 21/03/2017,
DJE 27/03/2017).

8) O pagamento ou o parcelamento dos débitos tributários NÃO extingue a punibilidade do


crime de descaminho, tendo em vista a natureza formal do delito (HC 271650/PE, Rel.
Ministro Reynaldo Soares da Fonseca, Quinta Turma, Julgado em 03/03/2016, DJE
09/03/2016).

9) Quando o falso se exaure no descaminho, sem mais potencialidade lesiva, é por este
absorvido, como crime-fim, condição que não se altera por ser menor a pena a este
cominada. (Tese julgada sob o rito do art. 543-C do CPC/73 TEMA 933) (AgRg no REsp
1347057/PR, Rel. Ministro Ribeiro Dantas, Quinta Turma, Julgado em 16/08/2016, DJE
24/08/2016).

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COMENTÁRIO: de forma semelhante ao disposto na súmula 17 do STJ, que se refere ao
crime de estelionato, reconheceu-se que é aplicável o princípio da consunção em relação
à falsidade e ao descaminho, desde que aquela tenha sido praticada para a execução
deste.

CONDESCENDÊNCIA CRIMINOSA

Art. 320 -Deixar o funcionário, por indulgência, de responsabilizar subordinado que cometeu
infração no exercício do cargo ou, quando lhe falte competência, não levar o fato ao
conhecimento da autoridade competente:

Pena -detenção, de quinze dias a um mês, ou multa.


Nesse crime o chefe tem pena do subordinado e NÃO O PUNE!

ADVOCACIA ADMINISTRATIVA
Art. 321 -Patrocinar, direta ou indiretamente, interesse privado perante a administração
pública, valendo-se da qualidade de funcionário:

Pena - detenção, de um a três meses, ou multa.

Parágrafo único -Se o interesse é ilegítimo:

Pena - detenção, de três meses a um ano, além da multa.

Informativo: 639 do STJ –Direito Penal: É atípica a conduta de agente público que
procede à prévia correção quanto aos aspectos gramatical, estilístico e técnico das
impugnações administrativas, não configurando o crime de advocacia administrativa
perante a Administração Fazendária.

Crimes praticados por funcionários públicos:

Art. 323 -Abandonar cargo público,fora dos casos permitidos em lei:

Pena -detenção, de quinze dias a um mês, ou multa.

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§ 1º -Se do fato resulta prejuízo público:

Pena -detenção, de três meses a um ano, e multa.

CRIMES PRATICADOS PORPARTICULAR CONTRA A ADMINISTRAÇÃO EM GERAL:

RESISTÊNCIA
Art. 329 -Opor-se à execução de ato legal, mediante violência ou ameaça a funcionário
competente para executá-lo ou a quem lhe esteja prestando auxílio:

Pena -detenção, de dois meses a dois anos.

DESOBEDIÊNCIA
Art. 330 -Desobedecer a ordem legal de funcionário público:
Pena -detenção, de quinze dias a seis meses, e multa.

RESISTÊNCIA – VIOLÊNCIA
DESOBEDIÊNCIA – SEM VIOLÊNCIA

DESACATO

Art. 331 -Desacatar funcionário público no exercício da função ou em razão dela:

Pena -detenção, de seis meses a dois anos, ou multa.

CORRUPÇÃO ATIVA
Art. 333 -Oferecer ou prometer vantagem indevida a funcionário público, para determiná-lo
a praticar, omitir ou retardar ato de ofício:

Pena –reclusão, de 2 (dois) a 12 (doze) anos, e multa.

Parágrafo único. A pena é aumentada de um terço, se, em razão da vantagem ou promessa,


o funcionário retarda ou omite ato de ofício, ou o pratica infringindo dever funcional.

CORRUPÇÃO PASSIVA – FUNCIONÁRIO PÚBLICO

CORRUPÇÃO ATIVA – PARTICULAR

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QUESTÕES PARA PRATICAR!
40

Crimes conta a administração pública

Ano: 2020 Banca: IBFC Órgão: TRE-PA Prova: IBFC - 2020 - TRE-PA - Analista Judiciário -
Administrativa

Com relação ao crime de peculato, analise as afirmativas abaixo e dê valores Verdadeiro


(V) ou Falso (F):
( ) O Código Penal prevê hipótese de peculato culposo.

( ) No peculato culposo, a reparação do dano, se precede à sentença irrecorrível, extingue a


punibilidade; se lhe é posterior, reduz de metade a pena imposta.

( ) É hipótese de peculato o ato de dar às verbas ou rendas públicas aplicação diversa da


estabelecida em lei.

Assinale a alternativa que apresenta a sequência correta de cima para baixo.


Alternativas
A V, V, V
B V, V, F
C V, F, V
D F, F, V

GABARITO B

(V) O Código Penal prevê hipótese de peculato culposo.

Peculato culposo

Art.312 § 2º - Se o funcionário concorre culposamente para o crime de outrem:

Pena - detenção, de três meses a um ano.

(V) No peculato culposo, a reparação do dano, se precede à sentença irrecorrível, extingue a


punibilidade; se lhe é posterior, reduz de metade a pena imposta.

Art.312 § 3º - No caso do parágrafo anterior, a reparação do dano, se precede à sentença


irrecorrível, extingue a punibilidade; se lhe é posterior, reduz de metade a pena imposta.

(F) É hipótese de peculato o ato de dar às verbas ou rendas públicas aplicação diversa da
estabelecida em lei.

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Emprego irregular de verbas ou rendas públicas
41
Art. 315 - Dar às verbas ou rendas públicas aplicação diversa da estabelecida em lei:

Pena - detenção, de um a três meses, ou multa.

Ano: 2018 Banca: IBFC Órgão: Prefeitura de Divinópolis - MG Prova: IBFC - 2018 - Prefeitura
de Divinópolis - MG - Procurador do Município

No que se refere aos crimes contra a Administração Pública, assinale a


alternativa incorreta:
Alternativas
A no caso de peculato culposo, a reparação do dano, se precede à sentença irrecorrível,
extingue a punibilidade
B no caso de advocacia administrativa, se o interesse é ilegítimo, o crime é qualificado
C no crime de abandono de função, a conduta típica é a de abandono de cargo
D configura prevaricação a conduta do funcionário público que, por indulgência, deixa de
responsabilizar subordinado que cometeu infração no exercício do cargo

A) Peculato culposo

§ 3º - No caso do parágrafo anterior, a reparação do dano, se precede à sentença


irrecorrível, extingue a punibilidade; se lhe é posterior, reduz de metade a pena imposta.

B) Advocacia administrativa

Art. 321 - Patrocinar, direta ou indiretamente, interesse privado perante a


administração pública, valendo-se da qualidade de funcionário:

Pena - detenção, de um a três meses, ou multa.

Parágrafo único - Se o interesse é ilegítimo:

Pena - detenção, de três meses a um ano, além da multa. * Crime qualificado!

C) Abandono de função

Art. 323 - Abandonar cargo público, fora dos casos permitidos em lei:

Pena - detenção, de quinze dias a um mês, ou multa

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D) (ERRADA)
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Condescendência criminosa

Art. 320 - Deixar o funcionário, por indulgência, de responsabilizar subordinado que


cometeu infração no exercício do cargo ou, quando lhe falte competência, não levar o fato
ao conhecimento da autoridade competente:

Pena - detenção, de quinze dias a um mês, ou multa.

Ano: 2018 Banca: IBFC Órgão: Câmara de Feira de Santana - BA Prova: IBFC - 2018 - Câmara
de Feira de Santana - BA - Procurador Jurídico Adjunto

Acerca dos crimes contra a Administração Pública, conforme dispõe o Código Penal
(Decreto-Lei nº 2.848, de 7 de dezembro de 1940), assinale a alternativa correta.
Alternativas
A A pena de reclusão, cominada para o crime Corrupção Passiva é aumentada de um sexto,
se, em consequência da vantagem ou promessa, o funcionário retarda ou deixa de praticar
qualquer ato de ofício ou o pratica infringindo dever funcional
B Considera-se funcionário público, para os efeitos penais, somente quem, ainda que
transitoriamente, exerce cargo, emprego ou função pública mediante remuneração
C A pena prevista para o crime de Tráfico de Influência é de reclusão de 2 (dois) a 5 (cinco)
anos e multa, aumentada da metade, se o agente alega ou insinua que a vantagem é
também destinada ao funcionário
D Na figura culposa do crime de Peculato, a reparação do dano, a qualquer tempo, reduz a
pena imposta pela metade

A) Art. 317 - Solicitar ou receber, para si ou para outrem, direta ou indiretamente, ainda que
fora da função ou antes de assumi-la, mas em razão dela, vantagem indevida, ou aceitar
promessa de tal vantagem:

Pena – reclusão, de 2 (dois) a 12 (doze) anos, e multa. (Redação dada pela Lei nº 10.763, de
12.11.2003)

§ 1º - A pena é aumentada de um terço, se, em conseqüência da vantagem ou promessa, o


funcionário retarda ou deixa de praticar qualquer ato de ofício ou o pratica infringindo
dever funcional.

B) Art. 327 - Considera-se funcionário público, para os efeitos penais, quem, embora
transitoriamente ou sem remuneração, exerce cargo, emprego ou função pública.

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§ 1º - Equipara-se a funcionário público quem exerce cargo, emprego ou função em
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entidade paraestatal, e quem trabalha para empresa prestadora de serviço contratada ou
conveniada para a execução de atividade típica da Administração Pública.

C) Art. 332 - Solicitar, exigir, cobrar ou obter, para si ou para outrem, vantagem ou
promessa de vantagem, a pretexto de influir em ato praticado por funcionário público no
exercício da função: (Redação dada pela Lei nº 9.127, de 1995)

Pena - reclusão, de 2 (dois) a 5 (cinco) anos, e multa. (Redação dada pela Lei nº 9.127, de
1995)

Parágrafo único - A pena é aumentada da metade, se o agente alega ou insinua que a


vantagem é também destinada ao funcionário. (Redação dada pela Lei nº 9.127, de 1995)

D) Peculato culposo

§ 2º - Se o funcionário concorre culposamente para o crime de outrem:

Pena - detenção, de três meses a um ano.

§ 3º - No caso do parágrafo anterior, a reparação do dano, se precede à sentença


irrecorrível, extingue a punibilidade; se lhe é posterior, reduz de metade a pena imposta.

Ano: 2016 Banca: IBFC Órgão: Câmara de Franca - SP Prova: IBFC - 2016 - Câmara de Franca
- SP - Advogado
Constitui crime próprio, contra a administração pública, no qual se exige do sujeito ativo a
qualidade jurídica especial de funcionário público:
Alternativas
A Tráfico de Influência.
B Usurpação de função pública.
C Corrupção ativa.
D Facilitação de contrabando ou descaminho.

Gab : D

CAPÍTULO II DOS CRIMES PRATICADOS POR PARTICULAR CONTRA A


ADMINISTRAÇÃO EM GERAL

Tráfico de Influência

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Art. 332 - Solicitar, exigir, cobrar ou obter, para si ou para outrem, vantagem ou
44
promessa de vantagem, a pretexto de influir em ato praticado por funcionário público no
exercício da função:

Pena - reclusão, de 2 (dois) a 5 (cinco) anos, e multa.

Parágrafo único - A pena é aumentada da metade, se o agente alega ou insinua que a


vantagem é também destinada ao funcionário.

Usurpação de função pública

Art. 328 - Usurpar o exercício de função pública:

Pena - detenção, de três meses a dois anos, e multa.

Parágrafo único - Se do fato o agente aufere vantagem:

Pena - reclusão, de dois a cinco anos, e multa.

Corrupção ativa

Art. 333 - Oferecer ou prometer vantagem indevida a funcionário público, para


determiná-lo a praticar, omitir ou retardar ato de ofício:

Pena – reclusão, de 2 (dois) a 12 (doze) anos, e multa.

Parágrafo único - A pena é aumentada de um terço, se, em razão da vantagem ou


promessa, o funcionário retarda ou omite ato de ofício, ou o pratica infringindo dever
funcional.

CAPÍTULO I DOS CRIMES PRATICADOS POR FUNCIONÁRIO PÚBLICO CONTRA A


ADMINISTRAÇÃO EM GERAL

Facilitação de contrabando ou descaminho

Art. 318 - Facilitar, com infração de dever funcional, a prática de contrabando ou


descaminho (art. 334):

Pena - reclusão, de 3 (três) a 8 (oito) anos, e multa

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45
Ano: 2014 Banca: IBFC Órgão: TRE-AM Prova: IBFC - 2014 - TRE-AM - Analista Judiciário -
Área Judiciária
Dentre os crimes praticados por particular contra a Administração em geral, NÃO se
encontra:
Alternativas
A Desacato.
B Favorecimento real.
C Tráfico de influência.
D Sonegação de contribuição previdenciária.

Gabarito: B

CAPÍTULO III
DOS CRIMES CONTRA A ADMINISTRAÇÃO DA JUSTIÇA

Favorecimento real

Art. 349 - Prestar a criminoso, fora dos casos de co-autoria ou de receptação, auxílio
destinado a tornar seguro o proveito do crime:

Ano: 2014 Banca: IBFC Órgão: TRE-AM Prova: IBFC - 2014 - TRE-AM - Analista Judiciário -
Área Administrativa
O funcionário público que solicita, para si, diretamente, vantagem indevida, em razão de
sua função, comete o crime de:
Alternativas
A Concussão.
B Prevaricação.
C Corrupção Ativa.
D Corrupção Passiva.

Gabarito Letra E

Corrupção passiva

Art. 317 - Solicitar ou


receber, para si ou para outrem, direta ou indiretamente, ainda que fora da função ou
antes de assumi-la, mas em razão dela, vantagem indevida, ou aceitar promessa de tal
vantagem:

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Pena
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– reclusão, de 2 (dois) a 12 (doze) anos, e multa. (Redação dada pela Lei nº 10.763, de
12.11.2003)

§ 1º - A pena é aumentada
de um terço, se, em conseqüência da vantagem ou promessa, o funcionário retarda ou
deixa de praticar qualquer ato de ofício ou o pratica infringindo dever funcional.

§ 2º - Se o funcionário
pratica, deixa de praticar ou retarda ato de ofício, com infração de dever funcional,
cedendo a pedido ou influência de outrem:

Pena - detenção, de três


meses a um ano, ou multa.

Ano: 2014 Banca: IBFC Órgão: SEDS-MG Prova: IBFC - 2014 - SEAP-MG - Agente de
Segurança Socioeducativo
Tício, servidor público, retira-se da repartição onde trabalha sem perceber que deixou
aberta a gaveta com os valores arrecadados por ele. Armando se aproveita da situação e se
apropria do dinheiro que se encontrava sob a guarda de Tício. Nessa hipótese, pode-se
afirmar que:
Alternativas
A Tício não cometeu crime algum.
B Armando terá reduzida pela metade a pena que lhe for imposta na sentença, se devolver
o dinheiro indevidamente apropriado.
C Armando cometeu o crime de excesso de exação, sendo-lhe aplicada a causa de aumento
da pena se o dinheiro tiver sido desviado em proveito próprio.
D Tício cometeu o crime de peculato culposo.

Gabarito: "D".

Tício, ao deixar a gaveta aberta, agiu negligentemente (negligência = modalidade de culpa),


possibilitando que outra pessoa se apropriasse do dinheiro. Desta forma, Tício cometeu o
crime de peculato culposo, concorreu culposamente para o crime de outrem.

Peculato

Art. 312 - Apropriar-se o funcionário público de dinheiro, valor ou qualquer outro bem
móvel, público ou particular, de que tem a posse em razão do cargo, ou desviá-lo, em
proveito próprio ou alheio:

Pena - reclusão, de dois a doze anos, e multa.

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§ 1º - Aplica-se a mesma pena, se o funcionário público, embora não tendo a posse do
47
dinheiro, valor ou bem, o subtrai, ou concorre para que seja subtraído, em proveito próprio
ou alheio, valendo-se de facilidade que lhe proporciona a qualidade de funcionário.

Peculato culposo

§ 2º - Se o funcionário concorre culposamente para o crime de outrem:

Pena - detenção, de três meses a um ano.

Ano: 2014 Banca: IBFC Órgão: SEDS-MG Prova: IBFC - 2014 - SEAP-MG - Agente de
Segurança Socioeducativo
Antônia, servidora pública federal, exigiu para si, em razão da função, vantagem indevida.
Pode-se afrmar que a servidora cometeu o crime de:
Alternativas
A Concussão.
B Prevaricação.
C Peculato.
D Violência arbitrária.

Gabarito: "A".

Concussão

Art. 316 - Exigir, para si ou para outrem, direta ou indiretamente, ainda que fora da função
ou antes de assumi-la, mas em razão dela, vantagem indevida:

Pena - reclusão, de dois a oito anos, e multa.

Ano: 2014 Banca: IBFC Órgão: SEDS-MG Prova: IBFC - 2014 - SEAP-MG - Agente de
Segurança Socioeducativo
Caio, servidor público, que estava sendo processado pela prática do crime de peculato
culposo, reparou o dano causado antes de prolatada a sentença condenatória. Diante dessa
situação, configurou-se a:
Alternativas
A Excludente de imputabilidade.
B Circunstância atenuante
C Causa de extinção de punibilidade.
D Excludente de antijuridicidade.

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LETRA C CORRETA
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Peculato culposo

ART. 312 § 2º - Se o funcionário concorre culposamente para o crime de outrem:

Pena - detenção, de três meses a um ano.

§ 3º - No caso do parágrafo anterior, a reparação do dano, se precede à sentença


irrecorrível, extingue a punibilidade; se lhe é posterior, reduz de metade a pena imposta.

Ano: 2014 Banca: IBFC Órgão: SEDS-MG Prova: IBFC - 2014 - SEAP-MG - Agente de
Segurança Socioeducativo
“A pena é aumentada de um terço, se, em consequência da vantagem ou promessa, o
funcionário retarda ou deixa de praticar qualquer ato de ofício ou o pratica infringindo
dever funcional.” Trata-se de causa de aumento de pena prevista para o crime de:
Alternativas
A Concussão.
B Prevaricação.
C Peculato.
D Corrupção passiva.

Gabarito: "D".

Corrupção Passiva

Art. 317 - Solicitar ou receber, para si ou para outrem, direta ou indiretamente, ainda que
fora da função ou antes de assumi-la, mas em razão dela, vantagem indevida, ou aceitar
promessa de tal vantagem:

Pena - reclusão, de 2 (dois) a 12 (doze) anos, e multa.

§1º - A pena é aumentada de um terço, se, em conseqüência da vantagem ou promessa, o


funcionário retarda ou deixa de praticar qualquer ato de ofício ou o pratica infringindo
dever funcional.

Ano: 2014 Banca: IBFC Órgão: SEDS-MG Prova: IBFC - 2014 - SEAP-MG - Agente de
Segurança Penitenciária

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49
Tício ocupa cargo de assessor em sociedade de economia mista e está sendo processado
pela prática de peculato culposo. Sobre essa afrmativa, indique a alternativa INCORRETA:
Alternativas
A Tício não pode ser punido pela prática de ato de crime praticado por funcionário público
contra a administração pública em geral, pois é empregado de sociedade de economia
mista, não sendo considerado funcionário público para efeitos do Código Penal.
B A punibilidade de Tício será extinta se ele reparar o dando antes de prolatada a sentença
irrecorrível.
C A pena imposta será reduzida da metade, se Tício reparar o dano após o trânsito em
julgado da sentença condenatória.
D O Código Penal prevê que a pena de Tício será aumentada de um terço, pois ocupa cargo
de assessoramento em sociedade de economia mista.

INCORRETA a) Funcionário público

Art. 327 - Considera-se funcionário público, para os efeitos penais, quem, embora
transitoriamente ou sem remuneração, exerce cargo, emprego ou função pública.

b) Art 312 § 3º - No caso do parágrafo anterior, a reparação do dano, se precede à sentença


irrecorrível, extingue a punibilidade...

c)Art 312 § 3º - No caso do parágrafo anterior, a reparação do dano, se precede à sentença


irrecorrível, extingue a punibilidade; se lhe é posterior, reduz de metade a pena imposta.

d) Art.327 § 2º - A pena será aumentada da terça parte quando os autores dos crimes
previstos neste Capítulo forem ocupantes de cargos em comissão ou de função de direção
ou assessoramento de órgão da administração direta, sociedade de economia mista,
empresa pública ou fundação instituída pelo poder público.

Ano: 2014 Banca: IBFC Órgão: SEDS-MG Prova: IBFC - 2014 - SEAP-MG - Agente de
Segurança Penitenciária

No que se refere aos crimes praticados por funcionário público contra a administração
pública em geral, analise o item a seguir:

I. Aquele que patrocina,direta ou indiretamente,interesse privado perante concessionária


de serviço público, valendo-se da qualidade de funcionário comete o crime de advocacia
pública.
II. Não é considerado crime a conduta do agente que se apropria de dinheiro recebido de
outrem no exercício do cargo,mesmo que decorrente do erro do particular.
III.Ocorre a concussão quando o agente exige a vantagem indevida,mesmo antes de assumir
a função,mas desde que seja em razão dela.

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Está CORRETO o que se afirma em:
Alternativas
A I, apenas.
B III, apenas.
C I e II, apenas.
D II e III, apenas.

(ERRADA) I. Aquele que patrocina, direta ou indiretamente, interesse privado perante


concessionária de serviço público, valendo-se da qualidade de funcionário comete o crime
de advocacia pública.

Advocacia administrativa

Art. 321 - Patrocinar, direta ou indiretamente, interesse privado perante a administração


pública, valendo-se da qualidade de funcionário:

Pena - detenção, de um a três meses, ou multa.

(ERRADA) II. Caracteriza crime de peculato mediante erro de outrem:

Art. 313 - Apropriar-se de dinheiro ou qualquer utilidade que, no exercício do cargo,


recebeu por erro de outrem:

Pena - reclusão, de um a quatro anos, e multa.

(CERTA) III. Caracteriza sim concussão, mesmo não tendo assumido por ora:

Art. 316 - Exigir, para si ou para outrem, direta ou indiretamente, ainda que fora da função
ou antes de assumi-la, mas em razão dela, vantagem indevida:

Pena - reclusão, de dois a oito anos, e multa

CRIMES CONTRA O PATRIMÔNIO

Ano: 2017 Banca: IBFC Órgão: TJ-PE Prova: IBFC - 2017 - TJ-PE - Analista Judiciário - Função
Judiciária

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Os crimes contra o patrimônio reservaram grande atenção por parte do legislador, ao
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passo que este estipulou diversas condutas passíveis de sanção criminal, com a finalidade
de resguardar o bem jurídico pessoal. Sobre essa modalidade de crime, assinale a
alternativa correta:
Alternativas
A Não constitui crime de estelionato emitir cheque sem provisão de fundos em poder do
sacado
B A pena pelo crime de apropriação indébita é diminuída nos casos em que o ato criminoso
é perpetrado por tutor ou curador
C O crime de receptação não admite a modalidade culposa
D É isento de pena o cônjuge que comete crime furto em face do companheiro durante a
constância do casamento
E Não será punido criminalmente quem, de qualquer modo, apropriar-se de coisa alheia
perdida

ALTERNATIVA CORRETA É A LETRA D.

COMENTÁRIOS:

a) ERRADA: Item errado, pois tal conduta constitui crime de estelionato (forma equiparada),
previsto no art. 171, §2º, VI do CP.

b) ERRADA: Item errado, pois a pena, neste caso, será aumentada em um terço, na forma do
art. 168, §1º, II do CP.

c) ERRADA: Item errado, pois a receptação prevista no art. 180, §3º do CP é chamada pela
Doutrina de “receptação culposa”.

d) CORRETA: Item correto, pois neste caso teremos uma causa pessoal de isenção de pena,
nos termos do art. 181, I do CP.

e) ERRADA: Item errado, pois neste caso há crime de apropriação de coisa achada, previsto
no art. 169, § único, II do CP.

Ano: 2017 Banca: IBFC Órgão: POLÍCIA CIENTÍFICA-PR Provas: IBFC - 2017 - POLÍCIA
CIENTÍFICA-PR - Odontolegista

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Considere as regras básicas aplicáveis ao Direito Penal e ao Direito Processual Penal para
assinalar a alternativa em que não conste crime contra a pessoa.

Alternativas
A Homicídio
B Aborto
C Feminicídio
D Indução a suicídio
E Extorsão

GABARITO E

DOS CRIMES CONTRA O PATRIMÔNIO

Furto

Furto qualificado

Furto de coisa comum

Roubo

Extorsão

Extorsão mediante seqüestro

Extorsão indireta

Ano: 2014 Banca: IBFC Órgão: PC-RJ Prova: IBFC - 2014 - PC-RJ - Papiloscopista Policial de 3ª
Classe

Suponha que um determinado indivíduo vá até uma padaria e, utilizando uma cópia
grosseira de uma nota de R$ 10,00 (dez reais), consiga comprar pães, causando prejuízo ao
referido estabelecimento. Este indivíduo praticou:
Alternativas
A Crime de petrechos para falsificação de moeda e será julgado pela Justiça Federal.
B Crime de moeda falsa e será julgado pela Justiça Federal.
C Crime de estelionato e será julgado pela Justiça Estadual.
D Crime de falsificação de papéis públicos e será julgado pela Justiça Estadual.

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E Crime contra o Sistema Financeiro Nacional e será julgado pela Justiça Federal.
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GABARITO "C".

Súmula 73 do STJ. A UTILIZAÇÃO DE PAPEL MOEDA GROSSEIRAMENTE FALSIFICADO


CONFIGURA, EM TESE, O CRIME DE ESTELIONATO, DA COMPETÊNCIA DA JUSTIÇA
ESTADUAL.

Ano: 2014 Banca: IBFC Órgão: PC-RJ Prova: IBFC - 2014 - PC-RJ - Papiloscopista Policial de 3ª
Classe

A respeito do crime de roubo, considere as seguintes assertivas:

I. O aumento da pena na terceira fase de dosagem, em relação ao crime de roubo


circunstanciado, exige fundamentação concreta, não sendo suficiente para a sua
exasperação a mera indicação do número de majorantes.
II. É possível aplicar, no furto qualificado pelo concurso de agentes, a majorante do roubo.
III. Fixada a pena-base no mínimo legal, é vedado o estabelecimento de regime prisional
mais gravoso do que o cabível em razão da sanção imposta, com base apenas na gravidade
abstrata do delito.

Estão corretas apenas as assertivas:


Alternativas
A I e II.
B I e III.
C II e III.
D I, II e III.
E Apenas I.

GABARITO "B".

I - Súmula 443 DO STJ - O aumento na terceira fase de aplicação da pena no crime de


roubo circunstanciado exige fundamentação concreta, não sendo suficiente para a sua
exasperação a mera indicação do número de majorantes.

II - Súmula 442 DO STJ - É inadmissível aplicar, no furto qualificado, pelo concurso


de agentes, a majorante do roubo.

III - Súmula 440 DO STJ - Fixada a pena-base no mínimo legal, é vedado o estabelecimento
de regime prisional mais gravoso do que o cabível em razão da sanção imposta, com base
apenas na gravidade abstrata do delito

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Ano: 2014 Banca: IBFC Órgão: PC-SE Prova: IBFC - 2014 - PC-SE - Escrivão Substituto - A
54

A respeito “Dos Crimes contra o Patrimônio”, previstos no Código Penal, assinale a


alternativa correta:
Alternativas
A O crime de furto praticado pelo sobrinho em prejuízo do tio, em que ambos coabitam na
mesma residência, somente se procede mediante representação.
B O filho que pratica roubo contra o seu pai somente será processado mediante
representação deste último.
C O filho que pratica furto contra o seu pai maior de sessenta anos fica isento de pena.
D Somente se procede mediante representação o crime de extorsão praticado pela esposa
contra o seu marido, na constância da sociedade conjugal.

letra A

Art. 182 - Somente se procede mediante representação, se o crime previsto neste título é
cometido em prejuízo:

I - do cônjuge desquitado ou judicialmente separado;

II - de irmão, legítimo ou ilegítimo;

III - de tio ou sobrinho, com quem o agente coabita.

Ano: 2014 Banca: IBFC Órgão: TJ-PR Prova: IBFC - 2014 - TJ-PR - Titular de Serviços de Notas
e de Registros - Provimento
Assinale a alternativa correta:
Alternativas
A O crime de fraude à execução se processa mediante ação penal pública condicionada à
representação.
B O crime de receptação não é punível, se desconhecido ou isento de pena o autor do crime
de que proveio a coisa.
C O crime de receptação não admite a modalidade culposa.
D É isento de pena quem comete o crime de furto em prejuízo de seu cônjuge, na
constância da sociedade conjugal, desde que este não tenha idade igual ou superior a 60
(sessenta) anos.

Gab: D

Art 181 CP - é isento de pena quem comete qualquer dos crimes previstos neste título
(crimes contra o patrimônio), em prejuízo: do cônjuge, na constância da sociedade conjugal;
de ascendente ou descendente, seja o parentesco legítimo ou ilegítimo, seja civil ou natural.

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Art. 183 - Não se aplica o disposto nos 2 artigos anteriores: se o crime é roubo ou extorsão,
55
ou em geral, quando haja emprego de grave ameaça ou violência à pessoa; ao estranho que
participa do crime; SE O CRIME É PRATICADO CONTRA PESSOA COM IDADE IGUAL OU
SUPERIOR A 60 ANOS.

Ano: 2021 Banca: FCC Órgão: DPE-SC Prova: FCC - 2021 - DPE-SC - Defensor Público
Considera-se hediondo o crime de
Alternativas
A fraude eletrônica praticada contra pessoa idosa.
B roubo circunstanciado pelo emprego de arma.
C extorsão na forma simples ou qualificada.
D furto qualificado pelo emprego de explosivo.
E aborto provocado por gestante ou terceiro.

A questão pede a assertiva CORRETA, vejamos:

A) Fraude eletrônica contra pessoa idosa.

O crime em apreço não está no rol dos crimes hediondos, mas veja: houve um aumento na
pena relacionado ao tipo penal.

Art. 171, §2ºA:

A pena é de reclusão, de 4 (quatro) a 8 (oito) anos, e multa, se a fraude é cometida com a


utilização de informações fornecidas pela vítima ou por terceiro induzido a erro por meio de
redes sociais, contatos telefônicos ou envio de correio eletrônico fraudulento, ou por
qualquer outro meio fraudulento análogo.

B) Roubo circunstanciado pelo emprego de arma.

A assertiva induz a erro (me induziu kkkk). Na verdade não é apenas "arma", dado que pode
ser arma branca, e na verdade somente o roubo circunstanciado pelo emprego de arma DE
FOGO (uso proibido ou restrito) que é hediondo (art. 1º, II, b, da lei 8.072/90).

C) Extorsão na forma simples ou qualificada.

A extorsão na forma simples não é hediondo. É hediondo apenas a extorsão qualificada pela
restrição da liberdade da vítima OU lesão corporal OU morte.

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É hediondo também a extorsão mediante sequestro E extorsão qualificada (Art. 1º, III e IV,
56
da lei 8.072/90).

D) Furto qualificado pelo emprego de explosivo.

É a assertiva correta.

Veja o inciso IX do artigo 1º da lei:

furto qualificado pelo emprego de explosivo ou de artefato análogo que cause perigo
comum.

E) Aborto provocado por gestante ou terceiro.

Não é crime hediondo, embora o Senado pretenda um dia torná-lo.

Face às explanações, vê-se que a assertiva correta é a letra D.

Qualquer equívoco entre em contato nas mensagens privadas.

Ano: 2021 Banca: ADVISE Órgão: Prefeitura de Coremas - PB Prova: ADVISE - 2021 -
Prefeitura de Coremas - PB - Advogado
Para efeitos do Código Penal (Decreto-lei nº 2.848/40), a conduta de subtrair o condômino,
co-herdeiro ou sócio, para si ou para outrem, a quem legitimamente a detém, a coisa
comum, constitui crime de:
Alternativas
A Furto.
B Roubo.
C Sequestro.
D Furto de coisa comum.
E Extorsão.

Gabarito: D

Fundamentação: Código Penal

Furto de coisa comum

Art. 156 - Subtrair o condômino, co-herdeiro ou sócio, para si ou para outrem, a quem
legitimamente a detém, a coisa comum:

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Pena - detenção, de seis meses a dois anos, ou multa.
57
§ 1º - Somente se procede mediante representação.

§ 2º - Não é punível a subtração de coisa comum fungível, cujo valor não excede a quota a
que tem direito o agente.

Ano: 2021 Banca: FCC Órgão: DPE-RR Prova: FCC - 2021 - DPE-RR - Defensor Público
O delito de estelionato
Alternativas
A cometido contra idoso ou vulnerável tem a pena aumentada de um sexto a dois terços.
B mediante fraude eletrônica é punido com pena de 4 a 8 anos.
C com o advento da Lei Anticrime (Lei n° 13.964 de 2019) passou a depender sempre de
representação.
D na figura privilegiada, embora sem previsão legal, aplica-se nos casos em que a pessoa
acusada é primária e de pequeno valor o prejuízo.
E absorve o falso toda vez que utilizado para sua prática, sendo incabível o concurso entre
os dois delitos.

a) cometido contra idoso ou vulnerável tem a pena aumentada de um sexto a dois terços.

• CP, Art.171, §4º: A pena aumenta-se de 1/3 (um terço) ao dobro, se o crime é
cometido contra idoso ou vulnerável, considerada a relevância do resultado gravoso.

b) mediante fraude eletrônica é punido com pena de 4 a 8 anos. (Gabarito)

• CP, Art. 171, §2º-A: A pena é de reclusão, de 4 (quatro) a 8 (oito) anos, e multa, se a
fraude é cometida com a utilização de informações fornecidas pela vítima ou por
terceiro induzido a erro por meio de redes sociais, contatos telefônicos ou envio de
correio eletrônico fraudulento, ou por qualquer outro meio fraudulento análogo.

c) com o advento da Lei Anticrime (Lei n° 13.964 de 2019) passou a depender sempre de
representação.

CP, Art. 171, §5º: Somente se procede mediante representação, salvo se a vítima for: I -
a Administração Pública, direta ou indireta; II - criança ou adolescente; III - pessoa com
deficiência mental; ou IV - maior de 70 (setenta) anos de idade ou incapaz.

d) na figura privilegiada, embora sem previsão legal, aplica-se nos casos em que a pessoa
acusada é primária e de pequeno valor o prejuízo.

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• Há previsão legal. Art. 171, §1º: Se o criminoso é primário, e é de pequeno valor o
58
prejuízo, o juiz pode aplicar a pena conforme o disposto no art. 155, §2º.

e) absorve o falso toda vez que utilizado para sua prática, sendo incabível o concurso entre
os dois delitos.

• Para uma primeira corrente, tendo vista que estão em jogo bens jurídicos diversos,
vale dizer, patrimônio e a fé pública, é perfeitamente possível o concurso material
de crimes, uma vez que estaremos diante de mais de uma conduta dando causa a
uma pluralidade de resultados. Esse é o entendimento adotado pelo STJ, que,
todavia, faz uma ressalva ao firma o posicionamento no sentido de que se o falso se
exaure no estelionato, o delito contra a fé pública ficará absorvido pelo delito
patrimonial, conforme Súmula 17 do STJ "Quando o falso se exaure no estelionato,
sem mais potencialidade lesiva, é por este absorvido".
• Já para o STF, o agente também deverá responder pelos dois delitos, mas em
concurso formal de crimes, considerando, para tanto, que existe apenas uma única
conduta fracionada em dois atos distintos e que produzem mais de um resultado
lesivo, advertindo-se, ainda, que o Pleno do STF já se utilizou do mesmo
entendimento adotado pelo STJ, no sentido de que o crime de falso seria absorvido
pelo estelionato quanto a potencialidade lesiva daquele se esgota neste último.

Ano: 2021 Banca: VUNESP Órgão: Prefeitura de Guarujá - SP Prova: VUNESP - 2021 -
Prefeitura de Guarujá - SP - Procurador Jurídico
O crime de furto tem pena aumentada de 1/3 (um terço), nos expressos termos do art. 155,
§ 1° do CP, se o crime é praticado
Alternativas
A durante o repouso noturno.
B mediante concurso de 2 (duas) ou mais pessoas.
C com emprego de chave falsa.
D com destruição ou rompimento de obstáculo à subtração da coisa.
E com abuso de confiança, ou mediante fraude, escalada ou destreza.

Gab : A

Furto

Art. 155 - Subtrair, para si ou para outrem, coisa alheia móvel:

§ 1º - A pena aumenta-se de um terço, se o crime é praticado durante o repouso noturno.

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ARTG 4-C : Inserção de novos dispositivos com aumento de pena , conforme a Lei 14.155/21
59
( invasão de dispositivo de informatica )

I – aumenta-se de 1/3 (um terço) a 2/3 (dois terços), se o crime é praticado mediante a
utilização de servidor mantido fora do território nacional;

ll- aumenta-se de 1/3 (um terço) ao dobro, se o crime é praticado contra idoso ou
vulnerável.

Ano: 2021 Banca: NC-UFPR Órgão: PC-PR Prova: NC-UFPR - 2021 - PC-PR - Delegado de
Polícia
Suponha que um sujeito se passe por policial rodoviário para abordar motoristas numa
estrada pouco movimentada e assim cobrar propina para não multar supostas
irregularidades encontradas nos veículos. Essa conduta praticada pelo falso policial deve
ser tipificada como:
Alternativas
A corrupção passiva.
B concussão.
C extorsão.
D furto.
E estelionato.

Gabarito: E

É caso de estelionato porque o sujeito não é policial rodoviário, então não preenche a
qualidade subjetiva para ser autor dos crimes próprios de servidor público. Importante
lembrar que no estelionato há a participação ainda que mínima da vítima, neste caso, a
vítima iludida paga a propina (ou seja, a coisa não lhe é subtraída).

Assim, incabível corrupção passiva (letra A) e concussão (letra B), já que são crimes
específicos de servidor.

Não há informação quanto constrangimento mediante violência ou grave ameaça, ou


seja, não cabe extorsão (letra C).

Por fim, não pode ser furto (letra D) porque a assertiva deixa claro a conduta dos motoristas
de participar da ação já que induzidos a erro, ou seja, não há a elementar do crime que é
subtrair

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O crime de furto é descrito no artigo 155 como a “subtração de coisa alheia móvel para si ou
60
para outrem”. A doutrina e a jurisprudência divergem sobre o momento consumativo do
furto, sendo certo que existem quatro teorias sobre o tema. O Superior Tribunal de Justiça
já teve oportunidade de se manifestar sobre esse assunto.
Assinale a alternativa que demonstre a teoria adotada por esse Tribunal Superior.
Alternativas
A furtatio
B contrectacio
C ilatio
D apprehensio (amotio)
E ablatio

GABARITO: D.

É consolidado, atualmente, que se deve ocorrer a inversão da posse do bem (Teoria da


Amotio) para que haja a consumação do crime de furto e roubo, por exemplo.

Ano: 2021 Banca: IDECAN Órgão: PC-CE Prova: IDECAN - 2021 - PC-CE - Inspetor de Polícia
Civil
Raíssa, penalmente imputável de 20 anos, reside com a mãe, Lourdes, de 45 anos.
Aproveitando-se da desatenção de sua genitora, Raíssa subtrai da carteira da mãe a quantia
de R$5.000,00 (cinco mil reais). Nessa hipótese, assinale a alternativa correta.
Alternativas
A Raíssa responderá por delito de furto, mas com causa de diminuição de pena.
B Raíssa responderá por delito de apropriação indébita, incidindo agravante de delito
praticado contra ascendente.
C Raíssa é isenta de pena, incidindo hipótese de escusa absolutória.
D Raíssa responderá por delito de estelionato, incidindo agravante de delito praticado
contra ascendente.
E A escusa absolutória aplica-se a todos os delitos patrimoniais, mas não impede eventual
incidência de circunstância agravante de delito praticado contra ascendente.

GABARITO: C.

Raíssa praticou um crime de furto contra sua mãe (ascendente), cuja idade é de 45 anos.
Nessa situação, como não há hipótese de vedação do art. 183, a autora será beneficiada

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pela escusa absolutória, tipificada no art. 181, II do Código Penal, havendo extinção de
61
punibilidade (isenta de pena) de um fato típico, antijurídico e culpável.

Art. 181 - É isento de pena quem comete qualquer dos crimes previstos neste título, em
prejuízo: II - de ascendente ou descendente, seja o parentesco legítimo ou ilegítimo, seja
civil ou natural.

Ano: 2021 Banca: CESPE / CEBRASPE Órgão: MPE-AP Prova: CESPE / CEBRASPE - 2021 -
MPE-AP - Promotor de Justiça Substituto
Segundo o entendimento do STJ, a realização de saques indevidos na conta-corrente de
uma pessoa sem o seu consentimento, por meio da clonagem do cartão e da senha,
caracteriza
Alternativas
A estelionato.
B falsidade ideológica.
C apropriação indébita.
D furto mediante fraude.
E conduta atípica.

Gabarito: D

Furto mediante fraude x estelionato.

Vocês não vão mais confundir e errar questões sobre esses dois tipos penais se lembrarem
que: no furto mediante fraude é dispensável a participação da vítima. Já no estelionato o
agente emprega a fraude e faz com que a vítima, sujeito passivo do crime, entregue o bem
com espontaneidade, ou seja, a participação da vítima é indispensável.

Ano: 2021 Banca: CESPE / CEBRASPE Órgão: MPE-AP Prova: CESPE / CEBRASPE - 2021 -
MPE-AP - Promotor de Justiça Substituto

Paulo é médico concursado da rede pública de saúde e, no desempenho desse cargo


público, costuma registrar o ponto e, em seguida, se retirar do hospital, deixando de
cumprir sua carga horária de trabalho.
Nessa situação hipotética, de acordo com o entendimento do STJ, Paulo pratica
Alternativas

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A peculato.
62
B corrupção.
C concussão.
D estelionato qualificado.
E conduta atípica.

GABARITO: D (Estelionato "Majorado")

No caso em tela, Paulo obteve uma vantagem (de forma indevida, ilícita), em prejuízo à
entidade de direito público (majorante), de forma fraudulenta.

IMPORTANTE!!! A jurisprudência do STJ NÃO tem admitido, nos casos de prática


de estelionato “qualificado”, a incidência do princípio da insignificância. Isso porque se
identifica, neste caso, uma maior reprovabilidade da conduta delitiva.

• CP, Art. 171. Obter, para si ou para outrem, vantagem ilícita, em prejuízo alheio,
induzindo ou mantendo alguém em erro, mediante artifício, ardil, ou qualquer outro
meio fraudulento:
• Pena - reclusão, de 01 a 05 anos, e multa.
• § 3º - A pena aumenta-se de 1/3, se o crime é cometido em detrimento de entidade
de direito público ou de instituto de economia popular, assistência social ou
beneficência.

(INFORMATIVO 672)

Não se admite a incidência do princípio da insignificância na prática de estelionato


“qualificado” por médico que, no desempenho de cargo público, registra o ponto e se
retira do hospital.

A jurisprudência do STJ não tem admitido, nos casos de prática de estelionato “qualificado”,
a incidência do princípio da insignificância (princípio inspirado na fragmentariedade do
Direito Penal). Isso porque se identifica, neste caso, uma maior reprovabilidade da conduta
delitiva.

No caso concreto, o STJ afirmou que não era possível o trancamento da ação penal, sob o
fundamento de inexistência de prejuízo expressivo para a vítima, considerando que, em se
tratando de hospital universitário, os pagamentos aos médicos são provenientes de verbas
federais.

STJ. 5ª Turma. AgRg no HC 548.869-RS, Rel. Min. Joel Ilan Paciornik, julgado em 12/05/2020

• ATENÇÃO! (INFO 672) Apesar do julgado constar essa denominação ("qualificado"),


o § 3º do art. 171 do CP não é uma hipótese de qualificadora mas sim de causa de

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aumento de pena. Logo, o melhor não seria falar em estelionato qualificado, e sim
63
em estelionato majorado.

Ano: 2021 Banca: FCC Órgão: DPE-BA Prova: FCC - 2021 - DPE-BA - Defensor (A) Público (A)

No crime de roubo,
Alternativas
A quando praticado com arma de fogo de numeração suprimida, a pena é aplicada em
dobro por ser equiparada a arma de fogo de uso restrito ou proibido.
B a arma imprópria e a arma branca, ensejam a majoração da pena em dois terços.
C a hediondez é considerada se praticado com restrição da liberdade da vítima ou se a
subtração for de substâncias explosivas.
D conforme entendimento dos Tribunais Superiores, o roubo impróprio é incompatível com
o concurso de agentes.
E a aplicação da pena em dobro pelo emprego de arma de fogo de uso restrito ou proibido
só incide em relação à figura do caput.

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A. quando praticado com arma de fogo de numeração suprimida, a pena é aplicada em
64
dobro por ser equiparada a arma de fogo de uso restrito ou proibido. (INCORRETA)

O STJ superou o entendimento de que os Legisladores atribuíram reprovação criminal


equivalente às condutas descritas no caput do art. 16 da Lei n.º 10.826/2003 e ao porte ou
posse de arma de fogo de uso permitido com numeração suprimida, equiparando a
gravidade da ação e do resultado. (overruling). HC 525.249-RS, Rel. Min. Laurita Vaz, Sexta
Turma, por unanimidade, julgado em 15/12/2020, DJe 18/12/2020.

B. a arma imprópria e a arma branca, ensejam a majoração da pena em dois


terços. (INCORRETA)

No roubo com arma branca ou arma imprópria a pena é majorada em 1/3 (um terço) até a
metade.

CP, Art. 157. § 2º A pena aumenta-se de 1/3 (um terço) até metade:

VII - se a violência ou grave ameaça é exercida com emprego de arma branca;

C. a hediondez é considerada se praticado com restrição da liberdade da vítima ou se a


subtração for de substâncias explosivas. (INCORRETA)

L. 8.072/90, Art. 1º, II - roubo:

a) circunstanciado pela restrição de liberdade da vítima (art. 157, § 2º, inciso V);

Importante destacar que o furto com emprego de explosivo é considerado crime hediondo
(inciso IX).

Já o roubo com emprego de explosivo (artigo 157, §2º. –A, II, CP) não é considerado como
crime hediondo.

Ademais, não há previsão de hediondez no roubo de substancias explosivas, que é previsto


como uma causa de aumento de pena:

CP, Art. 157. § 2º A pena aumenta-se de 1/3 (um terço) até metade:

VI – se a subtração for de substâncias explosivas ou de acessórios que, conjunta ou


isoladamente, possibilitem sua fabricação, montagem ou emprego.

D. conforme entendimento dos Tribunais Superiores, o roubo impróprio é incompatível com


o concurso de agentes. (INCORRETA)

Roubo Impróprio: É aquele em que o emprego da violência ou grave ameaça é empregado


depois da subtração. Ou seja, é o chamado furto frustrado ou mal-executado. O agente
emprega ameaça e violência contra a vítima para garantir a detenção da coisa subtraída.
Não há incompatibilidade com o concurso de agentes.

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E. a aplicação da pena em dobro pelo emprego de arma de fogo de uso restrito ou proibido
65
só incide em relação à figura do caput. (CORRETA)

"§ 2º-B. Se a violência ou grave ameaça é exercida com emprego de arma de fogo de uso
restrito ou proibido, aplica-se em dobro a pena prevista no caput deste artigo.

Ano: 2020 Banca: VUNESP Órgão: Prefeitura de Ferraz de Vasconcelos - SP Prova: VUNESP -
2020 - Prefeitura de Ferraz de Vasconcelos - SP - Guarda Municipal

Considere o seguinte caso hipotético: “A”, funcionário público, arromba a janela de uma
repartição e subtrai uma impressora. Nos termos do Código Penal, e apenas com base nas
informações do enunciado, é correto afirmar que “A” cometeu o crime de
Alternativas
A peculato comum.
B corrupção ativa.
C furto qualificado.
D peculato furto.
E violência arbitrária.

GABARITO - C

Para quem não compreendeu:

A elementar Funcionário público não foi utilizada. Não é o fato de ser funcionário
público que torna o crime NECESSARIAMENTE CONTRA A ADMINISTRAÇÃO PÚBLICA.

Para ser peculato apropriação 312 - Precisaria ter a posse em razão do cargo ou desviá-la
em proveito próprio ou alheio.

Para ser peculato Furto § 1º Precisaria valer-se da qualidade de funcionário público. O


modus operandi em nada se encaixa no crime do art. 312.

Art.155 , § 4º , I - com destruição ou rompimento de obstáculo à subtração da coisa;

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Ano: 2020 Banca: VUNESP Órgão: Prefeitura de Ferraz de Vasconcelos - SP Prova: VUNESP -
66
2020 - Prefeitura de Ferraz de Vasconcelos - SP - Guarda Municipal

Considere o seguinte caso hipotético: “A”, mediante violência, constrange “B” a deixar de
fazer alguma coisa, com o intuito de obter para si uma indevida vantagem econômica. Nos
termos do Código Penal, é correto afirmar que “A” cometeu o crime de
Alternativas
A estelionato.
B furto, qualificado pelo emprego de violência e com pena de reclusão.
C roubo.
D extorsão.
E extorsão indireta, qualificado pelo emprego da violência.

GABARITO D

Trata-se de extorsão

Art. 158 - Constranger alguém, mediante violência ou grave ameaça, e com o intuito de
obter para si ou para outrem indevida vantagem econômica, a fazer, tolerar que se faça ou
deixar de fazer alguma coisa:

Pena - reclusão, de quatro a dez anos, e multa.

------------

DIFERENÇAS:

No Roubo é desnecessária a colaboração da vítima.

Se vc não der o que o ladrão que ele te mata é pega a rés.

Na Extorsão a colaboração da vítima é necessária.

O mala precisa de vc para ter acesso a rés.

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CRIMES CONTRA A VIDA
67

Ano: 2020 Banca: IBFC Órgão: EBSERH Prova: IBFC - 2020 - EBSERH - Advogado

O atual Código de Direito Penal, recepcionado pela Constituição de 1988, inicia a Parte
Especial tratando dos crimes contra a pessoa. Sobre eles, assinale a alternativa incorreta.
Alternativas
A Também é crime se a lesão corporal for praticada contra ascendente, descendente, irmão,
cônjuge ou companheiro, ou com quem conviva ou tenha convivido, ou, ainda,
prevalecendo-se o agente das relações domésticas, de coabitação ou de hospitalidade
B Trata-se de homicídio qualificado aquele cometido contra a mulher por razões da
condição do sexo feminino
C É crime o aborto de feto com anencefalia
D É crime contra a pessoa praticar, com o fim de transmitir a outrem moléstia grave de que
está contaminado, ato capaz de produzir contágio
E É crime abandonar pessoa que está sob seu cuidado, guarda, vigilância ou autoridade, e,
por qualquer motivo, incapaz de defender-se dos riscos resultantes do abandono

GAB ( C )

O Supremo Tribunal Federal decidiu que a interrupção da gravidez de feto anencéfalo não
pode sequer ser chamada de aborto. o STF julgou procedente a ADPF 54, para declarar a
inconstitucionalidade da interpretação segundo a qual a interrupção deste tipo de gravidez
é conduta tipificada nos artigos 124, 126, 128, incisos I e II, do CP.

De acordo com o entendimento firmado, o feto sem cérebro, mesmo que biologicamente
vivo, é juridicamente morto, não gozando de proteção jurídica e, principalmente, de
proteção jurídico-penal

--------------------------------------------------------------

a) São as chamadas lesões domésticas.

Art. 129, § 9º Se a lesão for praticada contra ascendente, descendente, irmão, cônjuge ou
companheiro, ou com quem conviva ou tenha convivido, ou, ainda, prevalecendo-se o
agente das relações domésticas, de coabitação ou de hospitalidade:

Pena - detenção, de 3 (três) meses a 3 (três) anos

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ATENÇÃO:
68
Sendo a vítima mulher , mesmo que a lesão seja leva = Ação penal pública incondicionada.

Sendo sujeito passivo Homem =Condicionada à representação.

-------------------------------------------------------------------------------------

b) Tem-se o que se chama de feminicídio.

Uma forma de homicídio qualificado.

Art. 121, § 2 º, VI - contra a mulher por razões da condição de sexo feminino:

§ 2 -A Considera-se que há razões de condição de sexo feminino quando o crime


envolve:

I - violência doméstica e familiar;

II - menosprezo ou discriminação à condição de mulher.

ATENÇÃO:

PARA O STJ, De acordo com o STJ, a qualificadora do feminicídio pode coexistir com a
qualificadora do motivo torpe, pois o feminicídio tem natureza objetiva, o que dispensa a
análise do animus do agente, enquanto o motivo torpe tem natureza subjetiva, já que de
caráter pessoal.

----------------------------------------------------------------------

d) Perigo de contágio de moléstia grave( É crime contra a pessoa)

Art. 131 - Praticar, com o fim de transmitir a outrem moléstia grave de que está
contaminado, ato capaz de produzir o contágio:

Pena - reclusão, de um a quatro anos, e multa

-------------------------------------------------------

e) Abandono de incapaz

Art. 133 - Abandonar pessoa que está sob seu cuidado, guarda, vigilância ou autoridade, e,
por qualquer motivo, incapaz de defender-se dos riscos resultantes do abandono:

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Ano: 2017 Banca: IBFC Órgão: POLÍCIA CIENTÍFICA-PR Prova: IBFC - 2017 - POLÍCIA
69
CIENTÍFICA-PR - Médico Legista Área B

O aborto é a interrupção da gravidez em qualquer época gestacional, antes da data


prevista, com a morte do concepto, intra ou extrauterina. Em relação a esse assunto,
analise as afirmativas abaixo.

I. O aborto realizado pelo médico para salvar a vida da gestante é chamado de aborto
terapêutico.

II. O aborto indicado nas causas de estupro é chamado de aborto sentimental.

III. Somente o aborto sentimental é legalmente permitido no Código Penal.

Assinale a alternativa correta.

Alternativas
A Todas as afirmativas estão corretas
B Estão corretas apenas as afirmativas I e II
C Estão corretas apenas as afirmativas II e III
D Está correta apenas a afirmativa II
E Está correta apenas a afirmativa III

ALTERNATIVA B

Item I - Aborto Terapêutico ou Necessário

artigo 128, Não se pune o aborto praticado por médico:

Inciso I - se não há outro meio de salvar a vida da gestante.

OBSERVAÇÕES:

●Trata-se de uma situação que se configura como Estado de Necessidade

●NÃO precisa ser realizado por médico

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70
●Aborto eugênico( feto com graves anomalias) é crime!

●Aborto de feto anencéfalo (má formação ou ausência de encéfalo ) NÃO é crime (crime
impossível ). Sobre o tema:

“Na ADPF 54 – caso do aborto de feto anencéfalo – [...] o Tribunal julgou o mérito da ação
para determinar a aplicação de INTERPRETAÇÃO CONFORME A CONSTITUIÇÃO aos arts. 124,
126 e 128, I e II, do CP, de modo que a interrupção da gravidez de feto anencefálico,
devidamente atestada por profissional especializado, NÃO mais configure a conduta típica
disposta nos referidos artigos.” (MENDES, Gilmar Ferreira)

Item II - Aborto sentimental, Humanitário ou Piedoso

Aborto no caso de gravidez resultante de estupro

II - se a gravidez resulta de estupro e o aborto é precedido de consentimento da


gestante ou, quando incapaz, de seu representante legal.

OBSERVAÇÕES

●É obrigatório ser por médico.

●Não necessita de autorização judicial e nem B.O.

Item III - ERRADO.

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Ano: 2014 Banca: IBFC Órgão: PC-SE Prova: IBFC - 2014 - PC-SE - Agente de Polícia Judiciária
71
- Substituto

No crime de homicídio, previsto no título “Dos Crimes contra a Pessoa” do Código Penal, são
circunstâncias qualificadoras, exceto:
Alternativas
A Se o crime é cometido contra pessoa menor de 14 (quatorze) ou maior de 60 (sessenta)
anos.
B Se o crime é cometido para assegurar a execução, a ocultação, a impunidade ou vantagem
de outro crime.
C Se o crime é cometido com emprego de veneno, fogo, explosivo, asfixia, tortura ou outro
meio insidioso ou cruel, ou de que possa resultar perigo comum.
D Se o crime é cometido à traição, de emboscada, ou mediante dissimulação ou outro
recurso que dificulte ou torne impossível a defesa do ofendido.

"b","c","d" são qualificadoras do crime, item "a" é causa de aumento de pena.

Aumento de pena

§ 4º No homicídio culposo, a pena é aumentada de 1/3 (um terço), se o crime resulta de


inobservância de regra técnica de profissão, arte ou ofício, ou se o agente deixa de prestar
imediato socorro à vítima, não procura diminuir as conseqüências do seu ato, ou foge para
evitar prisão em flagrante. Sendo doloso o homicídio, a pena é aumentada de 1/3 (um
terço) se o crime é praticado contra pessoa menor de 14 (quatorze) ou maior de 60
(sessenta) anos. (NR dada ao parágrafo pela Lei nº 10.741, de 01.10.2003, com efeitos a
partir de 90 dias da publicação)

Resposta: A

Ano: 2013 Banca: IBFC Órgão: MPE-SP Prova: IBFC - 2013 - MPE-SP - Analista de Promotoria

Com relação ao crime de Homicídio, analise as assertivas abaixo:

I. A prática por milícia privada, sob o pretexto de prestação de serviço de segurança, ou por

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grupo de extermínio, qualifica o crime de homicídio.
72

II. Também qualifica do crime de homicídio, se praticado contra pessoa menor de 14


(quatorze) anos ou maior de 60 (sessenta) anos.

III. Se o agente comete o crime sob a influência de violenta emoção, provocada por ato
injusto da vítima, o juiz pode reduzir a pena.

IV. O Homicídio é qualificado, se praticado para assegurar a vantagem de outro crime.

Está CORRETO, apenas, o que se afirma em:


Alternativas
A I.
B I e II.
C I, II e III.
D IV.
E I e IV.

Resposta: Alternativa "D"

I. Errado. O Item I está incorreto quando utiliza o termo "qualifica" já que o correto era
empregar termos como "causa de aumento" ou "majorante". Veja a redação do dispositivo
legal: Art. 121, CP (...) § 6º A pena é aumentada de 1/3 (um terço) até a metade se o crime
for praticado por milícia privada, sob o pretexto de prestação de serviço de segurança, ou
por grupo de extermínio.

II. Errado. O § 4º do art. 121 é causa de aumento de pena. Art. 121, CP (...) § 4o No
homicídio culposo, a pena é aumentada de 1/3 (um terço), se o crime resulta de
inobservância de regra técnica de profissão, arte ou ofício, ou se o agente deixa de prestar
imediato socorro à vítima, não procura diminuir as conseqüências do seu ato, ou foge para
evitar prisão em flagrante. Sendo doloso o homicídio, a pena é aumentada de 1/3 (um
terço) se o crime é praticado contra pessoa menor de 14 (quatorze) ou maior de 60
(sessenta) anos.

III. Errado. O agente deve estar sob "domínio" e não sob a influência, já que está última é
circunstância atenuante. Art. 65, CP - São circunstâncias que sempre atenuam a pena: c)
cometido o crime sob coação a que podia resistir, ou em cumprimento de ordem de
autoridade superior, ou sob a influência de violenta emoção, provocada por ato injusto da
vítima; Diferentemente ocorre no § 1º do art. 121, veja: Art. 121, CP (...) § 1º Se o agente
comete o crime impelido por motivo de relevante valor social ou moral, ou sob o domínio

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de violenta emoção, logo em seguida a injusta provocação da vítima, ou juiz pode reduzir a
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pena de um sexto a um terço.

IV. Correto. Homicídio qualificado: Art. 121, CP (...) § 2° Se o homicídio é cometido: V - para
assegurar a execução, a ocultação, a impunidade ou vantagem de outro crime.

Ano: 2013 Banca: IBFC Órgão: PC-RJ Prova: IBFC - 2013 - PC-RJ - Oficial de Cartório

Na descrição típica do crime de homicídio o Código Penal prevê hipóteses de diminuição


de pena e algumas figuras qualificadoras. Tendo em conta as referidas disposições legais,
analise as afirmativas a seguir:

I. O pai de um jovem viciado em “crack” que, em ato de desespero, mata o traficante que
fomece drogas para o seu filho, poderá ter sua pena reduzida em face da caracterização do
homicídio privilegiado por relevante valor moral.
II. O marido que, ao surpreender a esposa conversando com outro homem em praça
pública, tomado por ciúme egoístico, efetua disparos de arma de fogo contra ela, ceifando
sua vida, comete homicídio privilegiado em decorrência do domínio da violenta emoção.

III. O homicídio praticado por agente público, que tem como vítima o morador de uma
comunidade carente suspeito de colaborar com os traficantes locais, caracteriza figura
privilegiada, em decorrência do relevante valor social da conduta.

IV. O cliente que suprime a vida do dono de um bar porque este se negou a servir-lhe uma
dose de bebida fiado, comete o crime de homicídio qualificado pelo motivo fútil.

V. O agente que emprega violência física reiterada contra o suspeito da prática de um crime
visando extrair-lhe a confissão, mas lhe causa a morte em decorrência da intensidade das
sevícias, responde pelo crime de homicídio qualificado pela tortura.

Estão corretas apenas as afirmativas:

Alternativas
A I, IV e V.
B II, III e IV.
C I e IV
D IV eV.
E II, III eV.

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I. O pai de um jovem viciado em “crack” que, em ato de desespero, mata o traficante que
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fomece drogas para o seu filho, poderá ter sua pena reduzida em face da caracterização do
homicídio privilegiado por relevante valor moral.

Apesar da palavra "em ato de desespero", o privilégio não foi baseado na violenta
emoção, pois essa precisa decorrer de uma injusta provocação da vítima.

II. O marido que, ao surpreender a esposa conversando com outro homem em praça pública,
tomado por ciúme egoístico, efetua disparos de arma de fogo contra ela, ceifando sua vida,
comete homicídio privilegiado em decorrência do domínio da violenta emoção.

Mais uma vez, a questão da ausência de provocação da vítima. Ademais, conforme já


citado nos comentários, o ciúme pode configurar motivo fútil ou torpe.

III. O homicídio praticado por agente público, que tem como vítima o morador de uma
comunidade carente suspeito de colaborar com os traficantes locais, caracteriza figura
privilegiada, em decorrência do relevante valor social da conduta.

Não há relevante valor social no homicídio de simples suspeito de colaborar com


traficantes.

IV. O cliente que suprime a vida do dono de um bar porque este se negou a servir-lhe uma
dose de bebida fiado, comete o crime de homicídio qualificado pelo motivo fútil.

Motivo torpe = socialmente repudiado. Motivo fútil = desproporcionalidade entre o crime


praticada e o motivo causador.

V. O agente que emprega violência física reiterada contra o suspeito da prática de um crime
visando extrair-lhe a confissão, mas lhe causa a morte em decorrência da intensidade das
sevícias, responde pelo crime de homicídio qualificado pela tortura.

Dolo na tortura e culpa na morte = tortura qualificada pelo resultado morte.

Dolo na morte + tortura como meio = homicídio qualificado pela tortura.

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Ano: 2021 Banca: FCC Órgão: DPE-GO Prova: FCC - 2021 - DPE-GO - Defensor Público
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O crime de homicídio
Alternativas
A qualificado deixa de ser classificado como hediondo, se praticado na forma tentada.
B por ofender o mais grave bem jurídico do ordenamento, não comporta regime inicial
diverso do fechado.
C culposo na direção de veículo automotor tem a pena aumentada de um terço se o agente,
no exercício de sua profissão ou atividade, estiver conduzindo veículo de transporte de
passageiros.
D tem a incidência de causa de diminuição de pena, quando praticado sob influência do
estado puerperal.
E é considerado qualificado para o mandando e privilegiado para o executor, se cometido
mediante paga.

Gabarito: C

____________________

A - Errado. Homicídio qualificado, tentado ou consumado, é crime hediondo.

B - Errado. Homicídio culposo [por exemplo] permite, além do cumprimento de pena no


regime aberto, o perdão judicial (art. 121, §5º do CP)

C - Gabarito. Art. 302, §1º, inciso IV do CTB - No homicídio culposo cometido na direção de
veículo automotor, a pena é aumentada de 1/3 (um terço) à metade, se o agente: IV - no
exercício de sua profissão ou atividade, estiver conduzindo veículo de transporte de
passageiros.

D - Errado. Aí não seria homicídio (art. 121), mas sim infanticídio. (art. 123), haja vista a
condição de puerperal da agente.

E - Errado. É o contrário. O mandante responde por homicídio privilegiado e o executor por


homicídio qualificado pelo pagamento do crime. [ex.: "C" estuprou a filha de "A". "A" paga
um valor para "B" matar "C"]

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Ano: 2021 Banca: CESPE / CEBRASPE Órgão: MPE-AP Prova: CESPE / CEBRASPE - 2021 -
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MPE-AP - Promotor de Justiça Substituto
Tiago, movido por um sentimento de posse, disparou dois tiros contra sua companheira,
Laura, que morreu em razão dos ferimentos causados pelos disparos. Laura estava grávida
de seis meses e, quando da prática do crime, Tiago sabia da gravidez dela.
Nessa situação hipotética, Tiago praticou
Alternativas
A o crime de feminicídio apenas.
B os crimes de homicídio qualificado por motivo torpe, feminicídio e aborto.
C o crime de feminicídio em concurso com o de aborto.
D os crimes de homicídio qualificado por motivo torpe e feminicídio apenas.
E o crime de feminicídio em concurso com o de aborto na modalidade culposa.

GABARITO: LETRA B

A Sexta Turma do STJ firmou o entendimento de que as qualificadoras do motivo torpe e


do feminicídio não possuem a mesma natureza, sendo certo que a primeira (motivo torpe)
tem caráter subjetiva, ao passo que a segunda (feminicídio) é objetiva, não havendo, assim,
qualquer óbice à sua imputação simultânea". AREsp 1.166.764.

Ademais, o agente também responde pelo crime de aborto, pois tinha a consciência de que
a vítima estava gravida, conforme relatado na questão.

Embora não tenha relação com a questão, faço o seguinte questionamento: há bis in idem
na imputação simultânea da qualificadora do feminícidio praticado contra mulher grávida
e do crime de aborto? Não. o STJ vem compreendendo que, enquanto o art. 125 do CP
tutela o feto enquanto bem jurídico, o crime de homicídio praticado contra gestante,
agravado pelo art. 61, II, h, do Código Penal protege a pessoa em maior grau de
vulnerabilidade, raciocínio aplicável ao caso dos autos, em que se imputou ao acusado o art.
121, § 7º, I, do CP, tendo em vista a identidade de bens jurídicos protegidos pela agravante
genérica e pela qualificadora em referência (vide HC 141.701/RJ).

O Min. Relator destacou que, no crime de aborto provocado por terceiro, apesar de ser
necessário que a vítima esteja grávida, o bem tutelado pelo ordenamento jurídico é a vida
do feto (CC 104.842/PR) e no homicídio contra a gestante, o Código Penal protege quem
está mais vulnerável" (Resp 1.672.789/SP).

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