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1) Rodrigo Malta, brasileiro, solteiro, nascido em 4/5/1976, em São Paulo/SP, residente

na rua Pedro Afonso n.o 12, Moema, São Paulo/SP, foi preso em flagrante delito, em
2/04/2019. Em 12/4/2019, foi denunciado como incurso nas sanções previstas no art. 14,
caput, e no art. 16, parágrafo único, IV, ambos da Lei n.º 10.826/2003 (porte de arma de
fogo de uso permitido e posse de arma de fogo de uso restrito, com a numeração
raspada), de acordo com o que dispõe o art. 69 do Código Penal brasileiro. Além da arma
aprendida Rodrigo também foi preso em flagrante no dia 02.04.2019, com posterior
homologação do seu flagrante e conversão em prisão preventiva no dia 04.4.2019, sendo
atribuído ao mesmo suposto envolvimento na prática do crime de associação para o
tráfico de drogas, capitulado no art. 35, da Lei 11.343/ 2006. Rodrigo teve a sua prisão
preventiva decretada mediante decisão do Meritíssimo Juiz, em audiência de custódia,
convertendo a prisão em flagrante em prisão preventiva, com base, em suma, no
argumento principal de que o paciente teria praticado crime de extrema gravidade, fato
este que tornaria necessária a manutenção da custódia para a garantia da ordem pública
e que as medidas cautelares diversas da prisão se revelam inadequadas e assim se
pronunciou: “Assim, vê-se que os crimes praticados pelos autuados são punidos com
penas privativas de liberdade abstrata superiores a 04 (quatro) anos, já preenchendo o
requisito exigido pelo art. 313, Inciso I, do CPP o qual admite a decretação da prisão
preventiva no presente caso. Ademais, está presente, no caso dos autos, o
preenchimento do requisito referente à garantia da ordem pública como uma das
condições que autorizam a custódia cautelar dos investigados. Além de ser crime de
tráfico de alto grau de periculosidade, e de revelar risco a saúde pública, sendo imperiosa
a imposição da garantia da ordem pública. Insta registrar que, mesmo ante a ausência
de antecedentes criminais do autuado Rodrigo , consoante certidão negativa criminal
acostada aos autos, este fato, por si só, não o faz possuidor de direito absoluto e
incontestável de responder ao processo em liberdade, notadamente quando estão
presentes os pressupostos e elementos para a decretação da prisão preventiva. Tendo
em vista que grande parte da substân cia ilícita apreendida foi encontrada na residência
de Rodrigo, que armazenava em seu próprio quarto. O advogado de Rodrigo pleiteou
revogação da preventiva de seu cliente, entretanto o pleito foi indeferido pelo juiz a quo,
que assim se manifestou: “Após analisar os autos, entendo que o pedido de liberdade
provisória formulado não merece acolhida. Com efeito, os crimes imputados ao acusado
são sobremaneira graves, indicando a prova indiciária, até o momento, que o acusado é
provavelmente soldado do tráfico, o que só será dirimido, com exatidão, durante a
instrução. De outro lado, a primariedade e os bons antecedentes não são pressupostos
a impor a liberdade de forma incontinente, destacando-se que, em casos como o
presente, melhor razão está com a bem pautada promoção do Ministério Público, que
oficiou contrariamente à liberdade provisória. Isto posto, indefiro o pedido de liberdade.”
A decisão do juiz fundamentou, em razão do disposto no art. 21 da Lei n.º 10.826/2003,
que proíbe a liberdade provisória no caso dos crimes de posse ou porte ilegal de arma
de fogo de uso restrito. Registre-se que Rodrigo Malta é primário, possui bons
antecedentes e compareceu à delegacia e ao juízo todas as vezes em que foi intimado.
Outrossim, não demonstrou qualquer intenção de fuga. Considerando a situação
hipotética apresentada, na condição de advogado(a) contratado( a) por Rodrigo
Malta, interponha a peça jurídica cabível, em favor de seu cliente, diante da
denegação da liberdade provisória.

Caso2) O Delegado do Distrito Policial da Capital determinou, aos seus agentes, a prisão
de todas as garotas de programa que atuam na região, pois pretende restabelecer os
bons costumes na cidade, como afirmou em entrevista à rádio local. Algumas horas após
a ordem, os agentes de polícia realizaram as primeiras prisões. Sarajane, que atua como
acompanhante na localidade, passou a temer ser presa no horário em que realiza os
seus encontros, razão pela qual deixou de fazê-los.
Como advogado de Sarajane , elabore a peça cabível para resgu ardar o seu direito de
locomoção.

Caso3: O João da Silva foi condenado como incurso no crime do art. 155, caput, de o
art. 14, ambos do CP, à pena de 8 (oito) meses de reclusão. O Meritíssimo Juiz
competente negou o pedido da suspensão condicional da pena formulado pelo
Recorrente, mesmo sendo ele primário e de bons antecedentes.

Diante dessa decisão, foi impetrado habeas corpus, o qual foi negado pela __ Câmara
Criminal do Egrégio Tribunal de justiça. A defesa em habeas corpus alegou que: uma
vez preenchidos os requisitos do art. 77 do CP, que possibilitam a concessão da
suspensão condicional da pena, o indeferimento do benefício reforçado pela denegação
da ordem de habeas corpus impetrada constituíram nítido constrangimento ilegal.

Como advogado de João da Silva, elabore a peça cabível para resguardar o seu
direito.

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