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I) Dos fatos
II) Do Direito
A Defesa alega que o acusado enquadra-se no grupo de risco que deve ficar isolado
durante o período da Pandemia. Contudo, o fato de possuir uma doença
respiratória, por si só, não deve justificar a soltura do acusado quando há vários
outros motivos para mantê-lo acautelado, inclusive para garantia da ordem
pública, como já exposto.
Art. 316. O juiz poderá, de ofício ou a pedido das partes, revogar a prisão
preventiva se, no correr da investigação ou do processo, verificar a falta de motivo
para que ela subsista, bem como novamente decretá-la, se sobrevierem razões que a
justifiquem. (Redação dada pela Lei nº 13.964, de 2019)
Portanto, fica evidenciado que as prisões preventivas para garantia da ordem publica
não são de natureza cautelar e assim, são substancialmente inconstitucionais. Pois trata-se de
uma degeneração transformar uma medida processual em atividade tipicamente
“policialesca”, utilizando-se indevidamente como medida de segurança publica.
De tal modo, diante dos argumentos da autoridade coatora e sua inercia em relação ao
disposto no Código de Processo Penal, não é difícil constatar que a prisão do paciente desafia
o remédio do Habeas Corpus, ante a absoluta ausência de justificativa para fundamentar sua
manutenção no cárcere.
OAB/MG 198.647
https://www.conjur.com.br/2019-abr-26/stj-relaxa-prisao-flagrante-falta-
audiencia-custodia
https://www.conjur.com.br/dl/pedido-hc-audiencia-custodia-tj-rj.pdf