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EGRÉGIA TURMA
EMINENTE RELATOR
PROCESSO Nº 0800940-24.2021.8.10.0039
HABEAS CORPUS
Assim, inexistindo razão para que o Paciente continue enclausurado, pois, além
de preencher os requisitos objetivos e subjetivos para responder ao processo em
liberdade, não restam atendidos os pressupostos legais para a sustentação da prisão
cautelar, uma vez que ausentes os elementos reais e concretos indicativos da
necessidade de sua segregação, a concessão da liberdade provisória em seu favor, é
medida que se impõe, até mesmo por que as decisões denegatórias de seu direito restam
claramente maculadas pela ilegalidade, abusividade, desproporcionalidade e
carecedoras de fundamentos legais.
Assim Exa., com a devida vênia, não se apresenta como medida justa o
encarceramento de pessoa cuja conduta sempre pautou na honestidade e no trabalho.
Mais adiante, comentando o parágrafo único do art. 310, na pág. 672, diz:
O Paciente não apresenta e não ocasionará nenhum risco para a ordem pública,
cabendo ressaltar que é no seio da família, núcleo social de suma importância para a
redução da criminalidade, que o mesmo pretende se estabelecer e dar continuidade ao
labor diário, razão pela qual não se pode cometer a injustiça de presumir-se uma
periculosidade.
No sentido do que até aqui foi exposto, pede-se vênia para transcrever ementa deste Eg.
Superior Tribunal, onde restou asseverado o seguinte:
No caso em tela, vale ressaltar, mais uma vez, que, não pode haver, quanto aos
pressupostos para a decretação da prisão preventiva, qualquer tipo de presunção.
Ademais, a prisão cautelar deve ocorrer somente nos casos em que é necessária,
em que é a única solução viável (ultima ratio), onde se justifica a manutenção do
infrator fora do convívio social devido à sua periculosidade e à probabilidade, aferida de
modo objetivo e induvidoso, de voltar a delinqüir, o que certamente não é o caso
presente.
E mais:
VI - DA CONCESSÃO DA LIMINAR
VI - DO PEDIDO
Ex positis, requer:
a) LIMINARMENTE, que seja concedida ORDEM DE HABEAS CORPUS, para
determinar a imediata libertação do paciente, expedindo-se o competente alvará de
soltura, tendo em vista A ILEGALIDADE DA PRISÃO FACE À AUSÊNCIA DE
AUDIÊNCIA DE CUSTÓDIA;
b) Que seja concedida a ordem impetrada para revogar a prisão preventiva, confirmando
a liminar;
c) A requisição de informações, caso seja necessário, perante a autoridade coatora
apontada;
d) Subsidiariamente, que seja concedido uma medida cautelar diversa da prisão, a
critério do nobre julgador, aceita em qualquer das hipóteses pelo impetrante;
Aguarda deferimento.
OAB/MA N° 10.860