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Com fundamento no art. 310, inc. I, do CPP, e art. 5, inc. LXV, da CF,
consoante os fundamentos fáticos e jurídicos que passa a expor.
I – DOS FATOS
1
Instado a se manifestar, o Ministério Público pugnou pela
homologação do flagrante e pela conversão da prisão em flagrante em prisão preventiva,
visando a garantia da ordem pública.
Diante disto, os autos foram encaminhados a defesa do indiciado para
se manifestar, assim, ante a evidente ilegalidade da prisão em flagrante, esta deve ser
relaxada, por tais razões, passa a fundamentar e ao final irá requerer.
II – DOS FUNDAMENTOS
2
Diante disto, a audiência de custódia deveria ser realizada 24 horas
depois do fato, o que não aconteceu, tendo em vista que, o acusado ficou duas semanas
preso até ser realizado o referido ato, gerando desta forma a ilegalidade da prisão, uma
vez que, todo acusado preso em flagrante deve ser submetido à audiência de custódia,
conforme mandamento processual penal disposto no art. 310, caput, do CPP.
Com isto, o art. 310, § 4º do Código de Processo Penal, traz que
transcorrido às 24 horas após o decurso do prazo estabelecido no caput do art. 310 do
CPP, e não realizada a audiência de custódia sem motivação idônea, irá torna esta prisão
ilegal, assim devendo ser relaxada pela autoridade competente.
Nesse sentido, temos o remansoso entendimento do Ministro Rogerio
Schietti:
“Em liminar, o ministro Rogerio Schietti determinou o relaxamento
da prisão em flagrante. Segundo ele, a ilegalidade presente no caso
justifica a não aplicação da Súmula 691 do Supremo Tribunal
Federal, a qual, em princípio, impediria o exame do pedido da defesa
antes da conclusão do julgamento do HC anterior no tribunal
estadual. Segundo o relator, o artigo 1º da Resolução 213 do CNJ —
em conformidade com decisão do STF na Arguição de
Descumprimento de Preceito Fundamental 347 — determina que
toda pessoa presa em flagrante seja obrigatoriamente apresentada,
em até 24 horas, à autoridade judicial competente. Considerando
que a prisão em flagrante se caracteriza pela precariedade, de modo
a não se permitir a sua subsistência por tantos dias sem a
homologação judicial e a convolação em prisão preventiva. (...)”
4
TACRESP 63/113, 68/113, 69/155. (Citada por Júlio Fabbrini
Mirabete, in, Código de Processo Penal Interpretado, Atlas, 2ª edição,
p. 369).
V- PEDIDOS
Nestes termos,
Pede e espera deferimento.
Parauapebas- PA, 17 de março de 2022.
Advogado
OAB/PA XXXXX