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COMARCA DE RECIFE - PE
Processo-Crime nº XXXXXXX-XXXX.XXXX.X.XX.XXXX
Joaquim da Dores, já qualificada nos autos da ação penal em epígrafe, movida pelo
Ministério Público Estadual, vem por meio de seu advogado que esta subscreve,
perante Vossa Excelência, tempestivamente, interpor o presente
Nestes termos,
Advogado XXXXXXXXX
OAB MG XXXXXX
EXCELENTISSIMO SENHOR DOUTOR DESEMBARGADOR PRESIDENTE DO EGRERIO
TRIBUNAL DE APELAÇÃO DO TRIBUNAL DE JUSTIÇA DO ESTADO DE PERNAMBUCO
EGRÉGIO TRIBUNAL DE JUSTIÇA DO ESTADO DE MINAS GERAIS
RAZÕES DE RECURSO EM SENTIDO ESTRITO
Eméritos Julgadores.
Em que pese o ilibado saber jurídico do Juízo a quo, não merece prosperar a referida
decisão, sendo imperiosa a reforma por este Tribunal ad quem, pelas razões a seguir
expostas:
Como é sabido, nos termos do CPP, Art. 586. O recurso voluntário poderá ser
interposto no prazo de cinco dias.
Além disso, é importante destacar no processo penal, ao contrário do processo civil, a
contagem do prazo se inicia com o ato em si, e não com a juntada dos autos nos
termos do CPP. Art. 798. Todos os prazos correrão em cartório e serão contínuos e
peremptórios, não se interrompendo por férias, domingo ou dia feriado.
II - DOS FATOS
Joaquim da Dores, na audiência de instrução e julgamento, o juiz pronunciou o réu
pelo crime de homicídio doloso, previsto no caput do art. 121 do Código Penal e ainda
determinou: Tendo em vista a decisão de pronúncia do Réu mantenho a prisão
preventiva por todos os seus fundamentos.
de acordo com o caput do art. 413 do CPP, para que o juiz pronuncie o réu, deve ter
certeza da materialidade do fato, ou seja, não pode ter dúvidas de que o crime
realmente aconteceu, deverá, também, ter indícios suficientes de que aquele réu
possa ser autor do delito.
III DO DIREITO
legislação nos traz alguns dispositivos que devem ser seguidos para que haja o
reconhecimento de uma pessoa e para que tal fato possa ser utilizado como meio de
prova no processo penal.
trata-se de uma prova frágil, que deve ser utilizada apenas quando não for possível o
reconhecimento pessoal. Além disso, não pode ser utilizado como a única prova a
embasar uma condenação, exatamente pela sua falibilidade, como disciplina Badaró:
Não se trata, pois de um simples caso de prova atípica, que seria admissível ante a
regra do livre convencimento judicial. As formalidades de que se cerca o
reconhecimento pessoal são a própria garantia da viabilidade do reconhecimento
como prova, visando a obtenção de um elemento mais confiável de conforme o
cpconvencimento. (BADARÓ, 2016, p. 484)
(STJ RHC: 129484 DF 2020/0157244-3, Relator: Ministro ROGERIO SCHIETTI cruz, data
de julgamento: 06/10/2020, T6 SEXTA TURMA, Data de publicação: DJe 16/10/2020
Ocorre que o referido decisum merece reparo pois:
Conforme pode-se observar da denúncia, a mesma foi totalmente embasada pelo fato:
V DOS PEDIDOS
Diante do exposto, requer seja conhecido e provido o presente recurso para que a
decisão de pronúncia seja reformada com imediata soltura do réu.
Nestes termos,
Advogado XXXXXXXXX
OAB MG XXXXXX