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É o que se pede,
EGRÉGIO COLEGIADO,
RAZÕES DO AGRAVO
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Considerando que a r. decisão publicou em 31.08.2022 e que a lei confere o prazo de 05 (cinco) dias para a
interposição do agravo regimental, tem-se que o termo ad quem do presente recurso será dia 05.09.2022, pelo que
comprovada a sua tempestividade.
SÍNTESE DO CASO:
DA DECISÃO AGRAVADA:
Este juízo, contudo, rejeitou liminarmente o habeas corpus vez que esbarraria
no enunciado da Súmula n. 691 do STF, considerando que a matéria não poderia ser
apreciada, posto que tribunal de origem não julgou o mérito do Habeas Corpus
originário.
habeas corpus.’’
De inicio aponta que este juízo, rejeitou liminarmente Habeas Corpus uma
vez que esbarraria no enunciado da Súmula 691 do STF, todavia o presente caso
enseja flagrante ilegalidade , violação a precedentes e a compreensão do
Supremo Tribunal de Justiça, que esta corte em situações semelhantes já superou
a referida súmula e passou a conceder a ordem de oficio.
Segundo constou, em razão do mérito do writ originário ainda não ter sido
apreciado, bem como o fato de não ter vislumbrado ilegalidades que ensejassem
a possiblidade de superação da referida súmula, posto que não enxergaram
qualquer erro na decisão que se tentou atacar com o presente mandamus.
Conforme tudo ao que foi narrado fica evidente a ilegalidade a qual foi
revestida a abordagem policial que resultou na prisão em flagrante do agravante,
sendo assim diante da ilegalidade deverá a Súmula 691 do Supremo Tribunal
Federal, considerando abordaram o agravante apenas por estar transitando em
local que houve indicativo (entende se informes anônimos) que estaria existindo
tráfico de drogas.
Ademais, observa que a decisão proferida em sede de audiencia de
custódia, é totalmente genérica e carente de fundamentação, contrariando
expressamente o preceitua o Art. 315, parágrafo segundo, do Código de Processo
Penal, impondo assim a revogação da prisão do paciente, considerando a
invalidade da decisão (HC 415.743/PR, Rel. Ministro SEBASTIÃO REIS
JÚNIOR, SEXTA TURMA, julgado em 05/06/2018, DJe 12/06/2018).
Vide a decisão:
“[...] Desta forma profiro a seguinte decisão: Ante o exposto, com fundamento
no art. 310, II, c/c arts. 312 e 313, I do CPP, CONVERTO A PRISÃO EM
FLAGRANTE EM PREVENTIVA em desfavor DO AUTUADO EDNALDO
CANDIDO BEZERRA FILHO, devidamente qualificado nos autos, para fins de
garantia da ordem pública e da aplicação da lei penal.’’
Ficando evidente que trata de uma decisão tão genérica que poderia
pertencer a qualquer outro caso, visto que não guarda qualquer relação com a
situação fático-jurídica do caso, sendo assim diante da natureza excepcional da
medida prisão preventiva (medida cautelar mais gravosa), se faz necessário a
demonstração do efetivo risco por parte do acusado. (HC n. 520.166/PA, relator
Ministro Reynaldo Soares da Fonseca, Quinta Turma, julgado em 22/10/2019,
DJe de 4/11/2019.)
Por fim, além da patente ilegalidade da abordagem policial a qual originou
a prisão em flagrante do agravante, como também um decreto preventivo
totalmente genérico e que não se atenta de forma alguma para as minucias do
caso concreto, a medida imposta se mostra totalmente desproporcional ao caso.
(HC 624.222/SP, Rel. Ministro ANTONIO SALDANHA PALHEIRO, SEXTA
TURMA, julgado em 02/02/2021, DJe 10/02/2021).
DOS PEDIDOS
É o que se pede,