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DOS FATOS:
Narram os fatos, que o Réu (preso em flagrante delito) fora denunciado por
supostamente ter praticado os crimes previstos nos art. 2º, § 2º da lei n°
12850/2013 (Lei da Organização Criminosa) e no art. 180, caput do código
penal (Receptação), fato esse ocorrido entre os dias 00 de mês tal e de 00 mês
tal de 2018. A denúncia fora recebida por Vossa Excelência na data de
08/06/2018.
Citado, o Acusado apresentou Resposta à Acusação no dia 00/00/2018,
constando na defesa pedido de julgamento antecipado (absolvição sumária).
Referida audiência, conforme revela-se pelo termo de audiência (doc. 00), não
fora realizada em face da falta do réu, NOME DO CLIENTE, não conduzido pela
escolta, e as testemunhas; exceto as testemunhas NOME DA TESTEMUNHA,
não intimada, e NOME DA TESTEMUNHA, que, no entanto intimada não
compareceu, a qual fora devidamente esclarecida do ato processual em liça.
Fora, então, no mesmo ato processual, designada nova audiência para o dia
00/00/2018.
A Suprema Corte Europeia dos Direitos Humanos fixou quatro critérios para
nortear a análise da razoabilidade do prazo de duração dos procedimentos, a
saber (GAJARDONI, 2007, p. 114):
Como assegurado em linhas anteriores desta exordial, não havendo por parte
do réu e sua defesa não deram ensejo a obstrução para a solução da lide
processual.
DA CONSTITUIÇÃO FEDERAL
Art. 5º - (...)
CONSTITUIÇÃO FEDERAL
Art. 5º - (...)
HABEAS CORPUS. ART. 157, CAPUT, C/C ART. 14, II, AMBOS DO
CP. EXCESSO DE PRAZO. PACIENTE PRESO CAUTELARMENTE HÁ
MAIS DE 06 MESES, SEM QUE TENHA SIDO, SEQUER, CITADO.
COAÇÃO ILEGAL. RECONHECIMENTO. CONCESSÃO.
O paciente, acusado da prática do crime previsto no art. 157, caput, c/c art. 14,
II, ambos do Código Penal, encontrase encarcerado há mais de 06 (seis) meses
desde o dia 06 de junho de 2012, sem que tenha sido, sequer, citado.
De tal modo, certo é que uma vez apurado o excesso de prazo na instrução
criminal, compete colocar em liberdade o acusado, visto que a ordem jurídica
impõe prazos para a concretização dos atos processuais, valendo notar que em
prol de qualquer acusado milita a presunção de inocência e não a de culpa –
inciso LVII do art. 5º da CF.
DOS PEDIDOS
Diante de todo o exposto, requer a Vossa Excelência, com arrimo no art. 5º,
inc. LVII da Constituição da República e, que seja RELAXADA A PRISÃO do
denunciado NOME DO DENUNCIADO, devendo ser expedido o competente
ALVARÁ DE SOLTURA.
Termos em que,
Pede Deferimento.
ADVOGADO
OAB Nº