Você está na página 1de 16

A MELHOR FORMA DE MELHORAR A PRÁTICA É ESTUDAR

OS PROCESSOS: como utilizar o Concedo a Ordem para estudar a


atuação dos grandes players, consultando as peças e a íntegra dos
processos originários (principalmente, claro, dos recursos e habeas
corpus vencedores)
Clique aqui para entender como

Como copiar trechos das decisões dos acervos em segundos


Clique aqui

A pasta “Entendimentos Gerais” é uma das mais importantes do


Acervo, pois reúne julgados que fixam as principais teses favoráveis à
defesa.
Clique aqui para saber como utilizá-la da melhor forma

Está com dúvidas ou precisando de suporte?


Nos contate através do e-mail sintesecriminal@hotmail.com

1
➔ “As ordens mandamentais (como as proferidas em habeas
corpus, mandados de injunção, mandado de segurança e
habeas data) têm eficácia imediata (STJ, Rcl 4.924/DF, Rel.
Ministra MARIA THEREZA DE ASSIS MOURA, Terceira Seção,
julgado em 22/6/2011)

➔ “É inconstitucional a aplicação do preceito secundário do art.


273 do Código Penal, com redação dada pela Lei no 9.677/98
(reclusão, de 10 a 15 anos, e multa), à hipótese prevista no seu
§ 1o-B, I, que versa sobre a importação de medicamento sem
registro no órgão de vigilância sanitária. Para esta situação
específica, fica repristinado o preceito secundário do art. 273,
na redação originária (reclusão, de 1 a 3 anos, e multa)" (RE
979962, Relator(a): ROBERTO BARROSO, Tribunal Pleno, julgado em
24/03/2021, PROCESSO ELETRÔNICO REPERCUSSÃO GERAL -
MÉRITO DJe-113 DIVULG 11-06- 2023 PUBLIC 14-06-2021).

2
DESTAQUES DESTA EDIÇÃO

3
• Habeas Corpus tem eficácia imediata, assenta
Terceira Seção ao determinar que juíza que
afirmou que iria cumprir a decisão do STJ após
o trânsito em julgado cumpra imediatamente
Clique aqui para acessar a decisão

TRECHO IMPORTANTE: “As ordens mandamentais (como as proferidas


em habeas corpus, mandados de injunção, mandado de segurança e
habeas data) têm eficácia imediata (mutatis mutandis, STJ, Rcl 4.924/DF,
Rel. Ministra MARIA THEREZA DE ASSIS MOURA, Terceira Seção, julgado
em 22/6/2011, DJe de 10/2/2012), salvo expressa previsão legal em
sentido contrário (como a que determina o trânsito em julgado da ordem
que reconhece benefícios financeiros a servidores públicos, v.g.)”.

Espécie na qual o Juiz Reclamado condicionou o integral cumprimento da


ordem de habeas corpus concedida pela Sexta Turma do Superior Tribunal
de Justiça no julgamento do AgRg no HC 762.049/PR, Rel. Ministra
LAURITA VAZ , ao trânsito em julgado do decisum.

4
• Terceira Seção ordena soltura imediata de réu
acusado em mais de 62 processos em razão de
reconhecimento falho
Clique aqui para acessar a decisão

• Overruling: Terceira Seção reconhece


competência da Justiça Federal para julgar
homicídio praticado para assegurar a
impunidade de contrabando
Clique aqui para acessar a decisão

5
• Fato de 16 cartuchos de .20 terem sido
apreendidos em local de tráfico intenso não
afasta possibilidade de aplicação do princípio
da insignificância, decide Quinta Turma ao
manter absolvição de réu acusado por porte
ilegal de munições.
MINAS GERAIS - Clique aqui para acessar

TRECHO IMPORTANTE: “A Quinta Turma deste Superior Tribunal de


Justiça vem entendendo que "para que exista, de fato, a possibilidade de
incidência do princípio da insignificância, deve-se examinar o caso
concreto, afastando-se o critério meramente matemático" (AgRg no HC
554.858/SC, Rel. Ministro RIBEIRO DANTAS, Quinta Turma, julgado em
12/5/2020, DJe 18/5/2020), de forma que deve ser considerado todo o
contexto fático no qual houve a apreensão da munição, a indicar a patente
ausência de lesividade jurídica ao bem tutelado.

Na hipótese, consta do acórdão recorrido que "o denunciando portou e


transportou 16 (dezesseis) cartuchos de munição intactos, calibre .20,
marca CBC, [...] de uso permitido". Embora a inicial acusatória mencione a
apreensão dos cartuchos em local conhecido pelo intenso tráfico de
drogas, nenhum outro crime foi imputado ao agravante, não havendo

6
notícia de que as munições apreendidas fossem dirigidas ao tráfico de
drogas.

• Homem já condenado pelo tribunal do júri:


superveniência de sentença condenatória não
prejudica análise de nulidade da pronúncia
quando esta for baseada apenas em elementos
não admitidos pelo ordenamento jurídico,
decide Quinta Turma ao manter decisão que
reconheceu nulidade de sentença e
despronunciou paciente
Rio Grande do Sul - Clique aqui para acessar

TRECHO IMPORTANTE: “A única prova a respeito da autoria delitiva do


paciente consiste em um depoimento de testemunha colhido na fase
investigativa que não foi ratificado em juízo. Desse modo, inexistem
fundamentos idôneos para a submissão do acusado ao Tribunal do Júri,
impondo-se a despronúncia do paciente.

"Configura perda da chance probatória, a inviabilizar a pronúncia, a


omissão estatal quanto à produção de provas relevantes que poderiam
esclarecer a autoria delitiva, principalmente quando a acusação se
contenta com testemunhos indiretos e depoimentos colhidos apenas no
inquérito" (AgRg no AREsp n. 2.097.685/MG, Relator Ministro RIBEIRO
DANTAS, Quinta Turma, julgado em 16/8/2022, DJe de 22/8/2022).

Quanto à superveniência da sentença penal condenatória pelo Tribunal do


Júri, embora se trate de novo título que, em regra, prejudica o exame de
eventual nulidade da sentença de pronúncia, excepcionalmente, admite-se

7
seu exame, mesmo diante da superveniência de condenação, quando esta
for baseada, apenas, em elementos da pronúncia que não são admitidos
pelo ordenamento jurídico pátrio”.

• Violência doméstica: por falta de exame de


corpo de delito e ausência de perícia nas
fotografias, Quinta Turma absolve réu
Distrito Federal- Clique aqui para acessar

TRECHO IMPORTANTE: “Segundo a jurisprudência deste Tribunal, a


palavra da vítima detém especial importância nos crimes praticados no
âmbito de violência doméstica, devido ao contexto de clandestinidade em
que normalmente ocorrem. Todavia, a aludida tese não deve ser
vulgarizada a ponto de esvaziar o conteúdo normativo do art. 158 do
Código de Processo Penal.

Por um lado, incumbe ao Poder Judiciário responder adequadamente aos


que perpetram atos de violência doméstica, a fim de assegurar a proteção
de pessoas vulneráveis, conforme preconiza a Constituição. Por outro, é
um consectário do Estado de Direito preservar os direitos e garantias que
visam a mitigar a assimetria entre os cidadãos e o Estado no âmbito do
processo penal.

O exame de corpo de delito poderá, em determinadas situações, ser


dispensado para a configuração de lesão corporal ocorrida em âmbito
doméstico, na hipótese de subsistirem outras provas idôneas da
materialidade do crime acostadas aos autos. Precedentes.

Todavia, especificamente no caso em análise, o exame de corpo de delito


deixou de ser realizado e os elementos de prova restantes - fotografia não
periciada, depoimento da vítima e relato de informante que não

8
presenciou os fatos - se mostraram insuficientes para a manutenção do
édito condenatório. Súmula 83 afastada”.

• Peculato e lavagem: estando o cargo público


já afastado, cautelares diversas da prisão são
suficientes, decide Quinta Turma ao manter
decisão que revogou prisão preventiva
Mato Grosso do Sul - Clique aqui para acessar

TRECHO IMPORTANTE: “No caso em exame, as decisões proferidas pelas


instâncias ordinárias não justificaram, de forma fundamentada e com base
nos elementos do caso concreto, o não cabimento da substituição da
prisão preventiva – a qual somente é admitida quando restar claro que tal
medida é o único meio cabível para proteger os bens jurídicos ameaçados,
em atendimento ao princípio da proibição de excesso – por outra medida
cautelar, deixando, assim, de considerar o disposto na parte final do § 6o
do art. 282 do CPP.

De fato, imputa-se ao agravado a prática, no exercício de cargo público


municipal, dos crimes de peculato e de lavagem de capitais. Ocorre que, in
casu, a suposta prática relativa ao peculato somente teria sido possível, em
tese, em razão do cargo público então exercido pelo acusado. Ademais, a
lavagem de dinheiro apenas se mostra viável se o agente tem liberdade
para dispor sobre os seus bens. Acrescente-se, ainda, que o agravado tem
condições pessoais favoráveis, vale dizer, tem residência fixa, é primário e
não ostenta antecedentes criminais.

A submissão do ora agravado a medidas menos gravosas que o


encarceramento é, no momento, adequada e suficiente para restabelecer
ou garantir a ordem pública, assegurar a higidez da instrução criminal e a
aplicação da lei penal, dentre elas, necessariamente, a suspensão do

9
exercício de função pública e de proibição de ausentar-se do País, além de
medidas assecuratórias relacionadas aos bens que podem estar envolvidos
na prática de lavagem de capitais, sem prejuízo da manutenção ou da
imposição, pelo Juízo singular, de outras medidas, inclusive cautelares de
natureza pessoal”.

• Quinta Turma reconhece ilegalidade em


acórdão de tribunal que, em recurso exclusivo
da defesa, valorou agravante não valorada
pelo juízo de primeira instância e compensou
com atenuante
Minas Gerais - Clique aqui para acessar

TRECHO IMPORTANTE: “No caso dos autos, o Juízo de origem reputou,


na segunda fase da dosimetria, a inexistência de agravante e presença da
atenuante da confissão, diminuindo a pena em 06 (seis) meses - fl. 199.
Contudo, o eg. Tribunal a quo, por ocasião de julgamento de recurso
exclusivo da defesa, na segunda fase da dosimetria, fez incidir a agravante
da reincidência, compensando-a com a confissão (fl. 256), embora, como
consectário lógico, deveria ser mantido a diminuição anteriormente
operada. Destarte, imperioso o reconhecimento da violação ao art. 617 do
Código de Processo Penal e o refazimento da dosimetria, culminando na
pena definitiva de o que resulta na pena definitiva de 01 (um) ano, 04
(quatro) meses de reclusão, além de 13 (treze) dias-multa”.

10
OUTRAS DECISÕES IMPORTANTES DA 5ª
TURMA

• Quinta Turma supera supressão de instância e


reconhece menoridade relativa
Minas Gerais - Clique aqui para acessar

• Apreensão de 1kg de maconha não justifica


aplicação do tráfico privilegiado apenas em um
terço, reforça Quinta Turma
Santa Catarina – Clique aqui para acessar

• Quinta Turma reconhece fundamentação genérico


relacionados apenas à gravidade abstrata do crime e
revoga preventiva de paciente acusado por tráfico
São Paulo - Clique aqui para acessar

• Fato de terem sido encontradas drogas na


abordagem pessoal não justifica invasão, reforça
Quinta Turma ao reconhecer ilicitude de provas
Goiás - Clique aqui para acessar

11
• Tráfico privilegiado não pode ser afastado apenas
com base no fato de réu ser conhecido no meio
policial e ser apontado como autor de homicídio,
decide Quinta Turma
Minas Gerais - Clique aqui para acessar

• Caso Isabela Nardoni: Quinta Turma determina que


juízo aprecie o pedido de progressão para o regime
aberto sem a necessidade de teste de Rorschach
São Paulo - Clique aqui para acessar

• 23 anos de pena, exame criminológico favorável e


12 faltas: Quinta Turma determina progressão de
apenado para o regime semiaberto
São Paulo - Clique aqui para acessar

12
• Diante da ausência de fundamentação da
decisão que autorizou a interceptação
telefônicas e as prorrogações, Sexta Turma
decreta nulidade de tudo
São Paulo - Clique aqui para acessar

TRECHO IMPORTANTE: “Embora se admita remissão aos fundamentos


utilizados pela autoridade policial e pelo Ministério Público, a
jurisprudência desta Casa é firme no entendimento de que é necessário o
Magistrado expressar, com base na situação concreta dos autos, o motivo
de suas decisões, o que não foi verificado nos autos.

No caso, constata-se ilegalidade nas decisões que deferiram a quebra de


sigilo nas medidas cautelares de interceptação telefônica, bem como em
suas prorrogações, em razão da ausência de fundamentos próprios e
pressupostos de cautelaridade. Nota-se que a decisão que inaugurou a
medida constritiva serviu de fundamento para autorizar as prorrogações,
sem qualquer análise diferenciada das situações, configurando o alegado
constrangimento ilegal”.

13
• Fragilidade probatória: Sexta Turma absolve
homem condenado apenas com base em
delação informal de corréu
Minas Gerais - Clique aqui para acessar

TRECHO IMPORTANTE: “A delação foi feita pela Corré, inicialmente,


apenas de modo informal, mesmo porque a Acusada permaneceu em
silêncio em sede policial. Posteriormente, por ocasião das alegações finais,
a Defesa juntou declaração de próprio punho da Corré, confirmando tal
delação, na parte em que incrimina o Recorrente, mas a Acusada não foi
ouvida em juízo, tendo sido declarada a sua revelia.

Além da fragilidade da presente delação, não submetida ao crivo do


contraditório na audiência de instrução e julgamento, é notória a
impossibilidade de se condenar alguém exclusivamente com base em
delação prestada por corréu.

No presente caso, não há outras provas aptas a demonstrar, de forma


minimamente segura, a ligação entre o Agravante e os entorpecentes
apreendidos em poder da Corré, porque os depoimentos policiais limitam-
se a mencionar a existência prévia de denúncias anônimas com as
características físicas da Corré, a delação informal por ela realizada no
momento do flagrante e a informação de que o Agravante seria um
conhecido traficante de drogas da região.”.

• Sexta Turma defere domiciliar em favor de


paciente suposta integrante do PCC mãe de
criança de 8 anos
São Paulo - Clique aqui para acessar

14
• TEORIA DA PERDA DE UMA CHANCE
APLICADA AO PROCESSO PENAL: Sexta Turma
absolve acusado condenado por roubo após os
órgãos competentes deixarem de requisitar as
imagens do roubo no coletivo
Rio de Janeiro - Clique aqui para acessar

TRECHO IMPORTANTE: “Aplica-se, ao caso, a teoria da perda de uma


chance probatória, a qual dispõe que "o Estado não pode perder a
oportunidade de produzir provas contra o acusado, tirando-lhe a chance
de um resultado pautado na (in)certeza. Todas as provas possíveis se
constituem como preceitos do devido processo substancial, já que a vida e
a liberdade do sujeito estão em jogo" (ROSA, Alexandre Morais da.
RUDOLFO, Fernanda Mambrini. A teoria da perda de uma chance
probatória aplicada ao processo penal. In Revista Brasileira de Direito. v.
13, n. 3, dez. 2017, p. 464; sem grifos no original.”.

• Por excesso de prazo, Sexta Turma relaxa a


prisão de acusado que aguarda há 3 anos e 8
meses, desde a pronúncia, a marcação do
Plenário do Júri
Minas Gerais - Clique aqui para acessar

15

Você também pode gostar