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2019 / 2020
STF. 1ª Turma. HC 161452 AgR, Rel. Min. Luiz Fux, julgado em 6/3/2020. STJ. 5ª Turma. AgRg nos
EDcl no AREsp 1361814/RJ, Rel. Min. Reynaldo Soares da Fonseca, julgado em 19/05/2020.
STF. 2ª Turma. HC 181389 AgR/SP, Rel. Min. Gilmar Mendes, julgado em 14/4/2020 (Info 973).
Tema: Art. 97 do Código Penal. Inimputabilidade do réu. Crime punido com pena de
reclusão. Sentença absolutória imprópria. Medida de segurança. Internação
em manicômio judiciário. Substituição por tratamento ambulatorial.
Possibilidade.
Resumo: Na aplicação do art. 97 do Código Penal não deve ser considerada a natureza da pena privativa
de liberdade aplicável, mas sim a periculosidade do agente, cabendo ao julgador a faculdade de optar
pelo tratamento que melhor se adapte ao inimputável.
INTEIRO TEOR
A Quinta Turma, há muito, firmou entendimento no sentido de que, "conforme a dicção do art. 97 do
Código Penal, tratando-se de crime punível com reclusão, descabe a substituição da internação em
hospital de custódia por tratamento ambulatorial". Lado outro, a Sexta Turma, em sucessivos julgados,
tem proclamado a tese de que, "na fixação da medida de segurança, por não se vincular à gravidade do
delito perpetrado, mas à periculosidade do agente, é cabível ao magistrado a opção por tratamento mais
apropriado ao inimputável, independentemente de o fato ser punível com reclusão ou detenção, em
homenagem aos princípios da adequação, da razoabilidade e da proporcionalidade". A doutrina brasileira
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majoritariamente tem se manifestado acerca da injustiça da referida norma, por padronizar a aplicação
da sanção penal, impondo ao condenado, independentemente de sua periculosidade, medida de
segurança de internação em hospital de custódia, em razão de o fato previsto como crime ser punível
com reclusão. Nesse contexto deve prevalecer a jurisprudência da Sexta Turma. (Informativo 662).
EREsp 998.128-MG, Rel. Min. Ribeiro Dantas, Terceira Seção, por unanimidade, julgado em
27/11/2019, DJe 18/12/2019.
STJ: AgRg no REsp 1.850.903-SP, Rel. Min. Reynaldo Soares da Fonseca, Quinta Turma, por
unanimidade, julgado em 28/04/2020, DJe 30/04/2020
INTEIRO TEOR
O art. 3º do Decreto n. 7.873/2012 prevê que apenas falta disciplinar de natureza grave prevista na Lei
de Execução Penal cometida nos 12 (doze) meses anteriores à data de publicação do decreto, pode obstar
a concessão do indulto.É cediço, portanto, que o descumprimento das condições do livramento
condicional não encontra previsão no art. 50 da Lei de Execuções Penais, o qual elenca de forma taxativa
as faltas graves. Eventual descumprimento de condições impostas não pode ser invocado a título de
infração disciplinar grave a fim de impedir a concessão do indulto.
Desse modo, não há amparo no decreto concessivo para que faltas disciplinares não previstas na LEP
sejam utilizadas para obstar a concessão do indulto, a título de não preenchimento do requisito subjetivo.
STJ: AgRg no HC 537.982-DF, Rel. Min. Jorge Mussi, Quinta Turma, por unanimidade, julgado em
13/04/2020, DJe 20/04/2020