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EXMO.

SENHOR DOUTOR JUIZ DE DIREITO DA ____ VARA DE


EXECUÇÃO PENAL DA COMARCA DE RECIFE/PE

Processo nº ____________

__________________já qualificado nos autos do processo de execução


penal em epígrafe, através de sua advogada ao final assinada, vem,
respeitosamente, perante V. Exª, oferecer

PEDIDO DE LIVRAMENTO CONDICIONAL

com fulcro no art. 131 da Lei n. 7.210/84, art. 83 do Código Penal c/c
Recomendação CNJ nº 62, de 17 de março de 2020.

1. BREVE RELATO DOS FATOS.

O requerente encontra-se cumprindo pena por dois crimes de tráfico de


drogas e pelos crimes dos arts. 12 e 14, do Estatuto do Desarmamento, cuja pena
totaliza 16 anos e 4 meses de reclusão.

2. DO DIREITO AO LIVRAMENTO CONDICIONAL.

No caso em tela, verifica-se que o Reeducando já preenche os requisitos


objetivos e subjetivos para concessão do livramento condicional, nos termos do
art. 83, do CP.

No tocante aos requisitos subjetivos, consta em anexo o atestado de


conduta atualizado do reeducando, confirmando seu BOM comportamento
carcerário.

No tocante aos requisitos objetivos, tem-se que o sentenciado não é


reincidente específico em crime hediondo e já cumpriu mais de 12 anos da sua
pena. Preenche, portanto, a fração de 2/3 de pena cumprida no dia 26/12/2021.
Tem em vista o recesso forense, a defesa vem requerer, desde logo, a
concessão do benefício, para que não haja excesso de execução e o Reeducando
possa passar as festividades de fim de ano próximo a sua família, como lhe é de
direito.

Nesse sentido:

"(...) À primeira vista, pode parecer que não seja razoável que alguém
condenado a aproximadamente 18 (dezoito) anos, 03 (três) meses e 06 (seis)
dias de reclusão possa ser agraciado com a liberdade condicional tendo longa
pena a cumprir ainda, direito esse que exige senso de autodisciplina e senso de
responsabilidade ao novo regime. Mas, se a decisão importar em restrição à
liberdade de alguém, deve ser motivada e alicerçada em expressa disposição
legal. 4. Se houver um consenso no país de que a lei é benevolente ou
inadequada, ela deve ser mudada, mas não podemos tangenciá-la. É necessário
aferir se o apenado preenche ou não os requisitos objetivos e subjetivos para a
obtenção do seu pleito. 5. Só haverá incompatibilidade do livramento
condicional com os objetivos da pena se ele importar em obstáculo a que o preso
se reinsira na vida em sociedade. Nos parece que a progressividade na execução
da pena atinge plenamente os objetivos previstos na LEP. 6. Além disso, a
liberdade condicional é subordinada ao cumprimento de certas obrigações que
devem ser aceitas pelo penitente, o que possibilitará ao poder público exercer o
controle de seus atos. 7. Recurso conhecido e provido, para conceder o
livramento condicional, que será formalizado pelo juízo da execução,
observadas as cautelas de praxe." (TJRJ, AGRAVO DE EXECUÇÃO PENAL
0246749-93.2017.8.19.0001, Relator(a): CAIRO ÍTALO FRANÇA DAVID,
QUINTA CÂMARA CRIMINAL, Julgado em: 01/03/2018, Publicado em:
13/03/2018)

Cumpridos os requisitos, o deferimento da liberdade condicional é


medida que se impõe.

3. DOS PEDIDOS:

Ante o exposto, requer:


I. Seja dada vista do presente petitório ao notável Douto Promotor de
Justiça;
II. Seja concedido o presente pedido de LIVRAMENTO
CONDICIONAL, nos termos do art. 131 e ss. da LEP, expedindo-se a
competente carta de livramento.

Nesses termos, pede deferimento.

Recife, _____________

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