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GERAIS ACERCA
DA APLICAÇÃO
DA LEI PENAL
SUMÁRIO
pena será possível quando: 1) o condenado em território estrangeiro for nacional ou tiver residência
habitual ou vínculo pessoal no Brasil; 2) a sentença tiver transitado em julgado; 3) a duração da con-
denação a cumprir ou que restar para cumprir for de, pelo menos, um ano, na data de apresentação
do pedido ao Estado da condenação; 4) o fato que originou a condenação constituir infração penal
perante a lei de ambas as partes; e 5) houver tratado ou promessa de reciprocidade de tratamento.
Ademais, o pedido passivo de transferência da execução da pena formulado por Estado estran-
geiro deve ser encaminhado pela via diplomática ou por via de autoridades centrais, se houver
tratado nessa matéria, sendo certo que, após o recebimento pela autoridade responsável do Poder
Executivo, ele deve ser encaminhado ao STJ para decisão quanto à sua homologação (art. 105, inc.
I, “i”, da CF/1988, c/c art. 101 e §§, da Lei nº 13.445/2017). Caso o STJ decida pelo preenchimento
dos pressupostos legais para a homologação, deve a sentença estrangeira ser encaminhada para
a respectiva vara de execução penal da Justiça Federal do local onde se encontra a pessoa que irá
cumprir a pena (art. 102 da Lei nº 13.445/2017).
3. CONTAGEM DE PRAZO
Art. 10. O dia do começo inclui-se no cômputo do prazo. Contam-se os dias, os meses e os
anos pelo calendário comum.
Este dispositivo, embora pareça simples e não tenha a devida importância, deve ser enfatizado,
na medida em que permite a aplicação de uma série de benefícios ao acusado. Além disso, a própria
Cespe já cobrou questão nesse sentido, senão vejamos:
(CESPE – 2006)
Acerca da ação penal nos crimes contra os costumes, julgue o item a seguir.
O dia do começo inclui-se na contagem do prazo penal e tem relevância para as hipóteses de cálculo de duração
da pena, do livramento condicional e da prescrição. Em todos esses casos, a contagem dos dias, meses e anos é
feita pelo calendário gregoriano.
A assertiva está correta, tendo em vista que a hipótese se correlaciona com um prazo penal,
que é aquele utilizado para a contagem dos institutos penais, tais como a prescrição, decadência,
livramento condicional, dias de prisão etc.
Não se pode confundir o prazo de natureza penal com o prazo de natureza processual: este
possui previsão no art. 798, § 1º do CPP e, para ele, não se computará no prazo o dia do começo,
incluindo-se, porém, o do vencimento.