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9º PERIODO - MATUTINO
Autos nº...
Local e data.
Advogado/OAB.
ALUNO: LUAN PEREIRA RAYMUNDO
9º PERIODO - MATUTINO
Egrégio Tribunal,
Colenda Turma,
Eméritos Julgadores.
Em que pese o elevado saber jurídico do Juízo a quo, a r. sentença de fls...
está eivada de vícios e merece ser reformada, conforme a fundamentação de fato e de
direito a seguir exposta.
I. TEMPESTIVIDADE
A r. sentença foi publicada no dia dd/mm/aaaa. Assim, entre a publicação e
a data de interposição deste recurso, não houve o transcurso do prazo de oito dias, do
art. 895, I, da CLT.
Portanto, o presente recurso se mostra tempestivo.
II. SÍNTESE DOS FATOS
O Recorrido exerceu trabalho de auxiliar de serviços gerais para a empresa
Tudo Limpo LTDA., entre 22/02/2015 e 15/03/2016. Os serviços eram prestados em
pista de aeroporto de pequeno porte, administrado pela ora Recorrente.
O Recorrido foi dispensado da primeira Reclamada, tendo recebido todas as
verbas rescisórias devidas. Contudo, ajuizou reclamação trabalhista em face da
Recorrente e da empresa Tudo Limpo LTDA. Tendo requerido adicional de
insalubridade em razão de barulho, correção monetária dos salários recebidos, uma vez
que era feito até o quinto dia útil do mês seguinte.
O feito foi instruído e, em audiência, o magistrado indeferiu os
requerimentos de produção de prova pericial e testemunhal, feitos pela Recorrente.
Em sentença, julgou totalmente procedentes os pedidos do ora recorrido,
condenando subsidiariamente a Recorrente, sob o fundamento de que houve confissão e
revelia da primeira reclamada, uma vez que estava irregularmente representada em
audiência de instrução.
III. PRELIMINAR – CERCEAMENTO DE DEFESA
O magistrado, ao condenar a Recorrente, estendeu àquela a revelia que se
operou para a primeira reclamada. Não obstante, conforme ata de audiência de
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Assim, e também nos termos do art. 71, §1º, da Lei 8.666/93, é impossível a
condenação subsidiária da Recorrente, empresa da Administração Pública, ao
pagamento de encargos trabalhistas decorrentes da inadimplência da primeira
reclamada.
Ademais, a Recorrida sempre fiscalizou ativamente o cumprimento dos
termos contratuais havidos com a primeira reclamada, que inclusiva se encontra vigente
no presente momento.
Assim, a r. sentença merece ser reformada para se afastar a responsabilidade
subsidiária da Recorrente.
3. ADICIONAL DE INSALUBRIDADE – NÃO CABIMENTO
O adicional de insalubridade é salário condição, ou seja, basta estar exposto
ao agente/condição danosa para recebe-lo. Logo, não havendo exposição à
condição/agente danoso, não há o que se falar em adicional de insalubridade.
No presente caso, houve a apresentação de laudo médico indicando inexistir
qualquer problema auditivo no Recorrido, bem como foi juntado aos autos os recibos de
obtenção dos EPIs, todos assinados pelo Recorrido.
Ainda assim, a fixação de grau de insalubridade em grau máximo, feita pelo
magistrado a quo em sentença, prescinde de realização de perícia técnica, nos termos do
art. 195, §2º, da CLT.
Assim, requer-se a reforma da sentença para afastar o pagamento de
adicional de insalubridade, vez que este não é devido.
4. CORREÇÃO MONETÁRIA – NÃO CABIMENTO
Apresar de o magistrado a quo entender cabível a condenação à correção
monetária dos salários do Recorrido, não há respaldo legal para tal determinação.
O art. 459, §1º, da CLT, permite o pagamento do salário até o quinto dia útil
do mês subsequente ao vencido. Portanto, no presente caso, não há o que se falar em
mora salarial, uma vez que a primeira reclamada sempre efetuou o pagamento dos
salários dentro do prazo legal, conforme a própria narrativa da exordial.
Inclusive, a súmula 381, do TST, reforça a desnecessidade de correção
monetária para os salários pagos dentro do prazo mencionado no parágrafo anterior.
Assim, requer-se a reforma da sentença para se afastar a correção monetária
sobre os salários pagos ao Recorrido pela primeira reclamada.
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V. DOS PEDIDOS
Diante do exposto, requer seja o presente Recurso Ordinário seja conhecido
e provido, com a finalidade de:
a) Preliminarmente, anular todos os atos processuais havidos desde a
audiência de instrução, em face do evidente cerceamento de defesa,
determinando nova instrução do feito, com a realização de perícia técnica de
oitiva testemunhal.
Local e data.
Advogado/OAB.