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CURSO DE DIREITO
DISCIPLINA: Direito Processual do Trabalho II - 8º PERÍODO
PROFESSOR: Monica Teixeira Carvalho
NOME: Erick Muniz dos Santos
OAB Nº XXXXX/XX
RECORRENTE: AERODUTO
RECORRIDO: PAULO XXXXXX
Egrégio Tribunal de Justiça da Bahia
Colenda Câmara
Eméritos Julgadores
INSTITUTO DE ENSINO SUPERIOR FRANCISCANO – IESF
Recredenciado pela Portaria do MEC Nº 725, de 20 de julho de 2016
publicado no D.O.U de 21 de julho de 2016
I – DA TEMPESTIVIDADE
Diante do inconformismo da recorrente respectivo a sentença proferida pelo juízo de
1º grau merece ser reexaminada conforme Art. 895, I da CLT, o prazo para a
interposição de recurso ordinário é de 08 (dias), e tendo o apelante sido intimado da
sentença no dia XX/XX/XXXX, o prazo final para a interposição do mesmo se dará em
XX/XX/XXX, sendo, portanto tempestivo o presente recurso.
II – DOS FATOS
Paulo XXXXX, trabalhou como auxiliar de serviços gerais na microempresa Tudo Limpo
Ltda. no período de 22/02/2019 a 15/03/2020, atuando na limpeza de parte da pista
de um aeroporto de pequeno porte. Durante todo o contrato, prestou serviços na
Aeroduto – Empresa pública de Gerenciamento de Aeroportos
Ao ser dispensado, recebeu as verbas rescisórias, porém, ajuizou reclamação
trabalhista, que foi distribuída na 99ª Vara do Trabalho de Salvador, em face da
empregadora e da tomadora de serviços, pretendendo adicional de insalubridade por
conta do barulho do local de trabalho, bem como a incidência de correção monetária
sobre o valor dos salários, pois, tendo mudado o mês de competência, deveria haver a
correção monetária, dado o momento, na época, de inflação galopante, contudo,
Paulo recebia sempre até o quinto dia útil do mês subsequente ao vencido.
No dia da audiência, a empregadora, foi representada pelo seu contador, assistido por
advogado. A Aeroduto, segunda ré, por preposto empregado e advogado. Fora juntada
toda a documentação relacionada à fiscalização do contrato entre as rés, o qual ainda
se encontra em vigor.
O processo seguiu concluso para sentença, após o Juiz indeferir os requerimentos da
segunda ré. Na sentença foi decretada a revelia e confissão da primeira ré, Tudo Limpo
Ltda., por não estar representada regularmente. Julgou procedentes os pedidos de
pagamento de adicional de insalubridade em grau máximo, bem como de incidência de
correção monetária sobre o valor do salário mensal pago após a “virada do mês”. A
segunda ré fora condenada, subsidiariamente, em todos os pedidos, fundamentando a
procedência na revelia e confissão da 1ª ré.
III – PRELIMINARMENTE
É veraz o esforço do reclamante, ora, recorrido, em fazer crer que possui interesse de
agir para propor presente ação em face da recorrente, bem como, o direito de
requerer adicional de insalubridade e correção monetária, não obstante, sua
pretensão não é digna de prosperar, vejamos:
INSTITUTO DE ENSINO SUPERIOR FRANCISCANO – IESF
Recredenciado pela Portaria do MEC Nº 725, de 20 de julho de 2016
publicado no D.O.U de 21 de julho de 2016
Na inicial Paulo requereu adicional de insalubridade por conta do local de trabalho ter
muito barulho. Ao proferir sentença, o MM Juiz, por entender que as provas
testemunhal e pericial comprovariam que o EPI eliminava a insalubridade, indeferiu o
pedido da recorrente. Pois bem, a perícia e as testemunhas são peças fundamentais
para o desenrolar do processo. É de suma importância a prova testemunhal e pericial
para que se prove a boa índole da recorrente, pois, esta restou prejudicada, uma vez
que tem a devida prova dos fatos, bem como exames médicos de rotina realizados nos
empregados, inclusive em Paulo, os quais não demonstravam nenhuma alteração de
saúde ao longo de todo o contrato, além dos recibos do recorrido de fornecimento de
EPI para audição.
No que tange a este tópico, apesar de favorecer a 1ª ré, faz-se necessário citar o
fundamento do juiz a quo ao proceder a revelia e confissão da primeira reclamada por
não estar representada regularmente. Durante a sentença o magistrado não se ateve à
Súmula 377 do TST, que alude: “Exceto quanto à reclamação de empregado doméstico,
ou contra micro ou pequeno empresário, o preposto deve ser necessariamente
empregado do reclamado.”.
Destarte, ao se tratar de microempresa não há obrigação de o preposto ser
empregado da mesma, a Lei Complementar 123/2006 (Estatuto Nacional da
Microempresa e da Empresa de Pequeno Porte). Em seu artigo 54, faculta ao
empregador de microempresa ou de empresa de pequeno porte “fazer-se substituir ou
representar perante a Justiça do Trabalho por terceiros que conheçam dos fatos, ainda
que não possuam vínculo trabalhista ou societário”.
V – DOS PEDIDOS
Antes o exposto, requer-se
a) Que o presente recurso ordinário seja conhecido e totalmente provido;
b) Que seja anulada a sentença, tendo em vista o cerceamento de defesa, para que
seja realizada perícia no local de trabalho, concluindo acerca da existência da
periculosidade.
c) Seja reformada a sentença de primeiro grau com todos os itens apontados no
mérito
d) Seja o advogado da parte recorrida intimado
e) Seja o recorrido condenado ao pagamento dos honorários