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(Espaço de 5 linhas)
Processo nº.
SEMPRE CONECTADO LTDA., já qualificada, por intermédio do seu advogado que esta subscreve, nos autos
da Reclamação Trabalhista movida por ARMANDO DA SILVA, devidamente qualificada, vem, tempestiva e
respeitosamente à presença de Vossa Excelência, inconformada com a respeitável sentença, interpor
tempestivamente RECURSO ORDINÁRIO, com base no artigo 895, I, da CLT, cujas razões seguem em anexo, as quais
requer sejam recebidas e remetidas para o Egrégio Tribunal Regional do Trabalho da 2ª Região para a reapreciação
da demanda1.
É imperioso dizer que as custas fixadas em sentença foram devidamente recolhidas, bem como o depósito
recursal, conforme guias anexas.
Requer a notificação da Reclamante, ora Recorrida, para apresentar contrarrazões no prazo legal, na forma
do art. 900, da CLT.
Nesses termos, Pede deferimento.
Local e data. Advogado e OAB.
Em síntese, Recorrido, outrora reclamante, ingressou com reclamação trabalhista postulando o pagamento de
horas extras sobrejornada, bem como o vale-refeição previsto na norma coletiva de 2018.
A Reclamada, ora Recorrente, compareceu à audiência, apresentou defesa com documentos e, após regular
trâmite, o juiz do trabalho da 3ª Vara do Trabalho de São Paulo/SP julgou totalmente procedentes os pedidos
formulados pelo Recorrido.
Apesar disso, ousamos divergir, pelos seguintes fundamentos de fato e de direito.
PRELIMINAR
I – DA COISA JULGADA
O M.M. Juiz de primeiro grau de jurisdição reconheceu ao Recorrido o direito ao pagamento do vale-refeição
previsto em norma coletiva de 2018, muito embora o trabalhador tenha reproduzindo pedido idêntico ao formulado
1
Quando o enunciado informar a Vara do Trabalho na qual o processo está tramitando, indicando o Município e principalmente o
Estado em que está localizada a Vara do Trabalho, sugerimos o pedido de remessa do Recurso Ordinário para o Tribunal Regional
do Trabalho a que a Vara do Trabalho está vinculada, nos termos do art. 674 da CLT.
no bojo da reclamação trabalhista n. 123456-78-2019.5.02.0023, que tramitou perante a 23ª Vara do Trabalho de São
Paulo, cuja parcela em questão foi objeto de acordo judicial, devidamente homologado.
Nesse aspecto, é válido ressaltar que a respeitável sentença viola o instituto jurídico da coisa julgada, na medida
em que propôs uma nova demanda com pedido idêntico, em face do mesmo empregador.
De acordo com o art. 831, parágrafo único, da CLT, havendo conciliação perante a Justiça do Trabalho, o termo
de conciliação torna-se irrecorrível para as partes litigantes. Acrescente-se que as Súmulas 100, item V, e 259, ambas
do TST, o termo de conciliação somente pode ser impugnado através de Ação Rescisória.
Ademais, o art. 502 do CPC, bem como art. 5º, XXXVI, da CF e o art. 6º, §3º, da LINDB (Decreto-Lei n. 4.657/42)
(0,20), estabelecem que a coisa julgada material torna a decisão de mérito, não mais sujeita a recurso, imutável e
indiscutível.
A sentença fere preceitos constitucionais e infraconstitucionais, violando frontalmente o princípio da segurança
jurídica, mormente a estabilidade das relações jurídicas.
Com efeito, requer a reforma da sentença para afastar a condenação ao pagamento do vale-refeição previsto
em norma coletiva de 2018.
2
Se existir alguma tese preliminar, não se esqueça de requerer o acolhimento nos requerimentos finais das razões de Recurso
Ordinário.